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LIVROS
Das Obrigações
Parte Especial
Dos Contratos
Em Geral
Em Espécie
Da Responsabilidade Civil
Dos Direitos Reais
Das Sucessões
Edital passado Do Direito de Família
Regime de Bens
Inventário
Partilha
Leis Especiais
1 02 2 03 3 04 4 05 5 06 6 07 7 08
8 09 9 10 10 11 11 12 12 13 13 14 14 15
2
15 16 17
17 de Janeiro. Início da vigência no dia seguinte ao fim do Vacatio Legis.
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Vigência x Eficácia
Vigência Eficácia
A Lei pode estar em vigência, porém não ser A Lei está sendo efetivamente aplicada.
aplicada, não tem eficácia.
Exemplo: O Código Penal, até 2004, previa a
prisão do adúltero. A Lei estava em vigência,
porém nenhum adúltero era preso mais,
portanto não tinha mais eficácia
Correção
Edição Sanção Promulgação Publicação Vigência
Processo Nascimento da Conhecimento Obrigatoriedade
Legislativo Lei pela sociedade
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Princípio da Continuidade
Em regra, a lei produzirá
produzi efeitos até ser revogada por outra.
Exceto quando for uma lei temporária, ou seja, com data certa para “morrer”.
Tipos de Revogação
⎘ Expressa: “expressamente
expressamente o declare”
declare
⎘ Tácita: “quando seja com ela incompatível”
incompatível
⎘ Global: “quando
“quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior”
anterior
Exemplo: A lei nº. 11.343/06,, que institui o Sistema Nacional de
Exemplo
Drogas, tratou inteiramente sobre o assunto de Combate ao
Políticas sobre Drogas,
Drogas revogou Total e Globalmente (tácita) a Lei nº. 6.368/76
Tráfico de Drogas,
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Princípio da Conciliação
Lei Geral
Repristinação
Questões.
1) (TRE/PB – Analista Judiciário – Administrativa – 2007) No que concerne à vigência
e aplicação das leis, de acordo com a Lei de Introdução ao Código Civil, é correto
afirmar que:
(a) Salvo disposição em contrário, a lei revogada se restaura por ter a lei revogadora
perdido a vigência.
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(b) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou
revogue.
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(c) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes
modifica a lei anterior.
(d) A obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida nos Estados estrangeiros, se inicia
dois meses depois de oficialmente publicada.
(e) As correções a texto de lei já em vigor não consideram-se lei nova.
B
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Tanto incompatibilidade quanto globais
Obs.:
III. Somente haverá revogação tácita da lei quando a lei nova for incompatível com a lei
anterior
Então, há revogação tácita tanto quando há incompatibilidade com a lei nova quanto
quando a lei nova regular totalmente a matéria tratada pela lei anterior.
Princípio da Obrigatoriedade
Repetição
epetição de uma conduta de maneira:
Costumes ou
Contínua 7
Regras Uniforme Características
Consuetudinárias dos Costumes
Diuturna (constante)
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Código Civil.
Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova
exclusivamente testemunhal só se admite nos negócios
jurídicos cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior
salário mínimo vigente no País ao tempo em que foram
celebrados.
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Questões.
1) (TRT 15ª – Analista Judiciário – Execução de Mandatos – 2009).
Denomina-se Vacatio Legis:
(a) O período de tramitação da lei no Congresso Nacional.
(b) O instituto de direito não regulamentado por lei.
(c) O período de vigência da lei temporária.
(d) O intervalo entre a data da publicação da lei a da sua entrada em vigor.
(e) A situação jurídica dos fatos regulamentados por lei revogada.
D
2) (Pref. SP/ Auditor Fiscal Tributário Municipal – 2007).
Na lacuna da lei, o juiz:
(a) Decidirá com base na analogia, nos costumes e nos princípios gerais de direito
(b) Decidirá com base na equidade e na jurisprudência.
(c) Decidirá o caso apenas se houver precedentes judiciais vinculantes dos tribunais
superiores.
(d) Arbitrará a solução que lhe parecer mais justa, de forma motivada.
(e) Poderá escusar-se de proferir decisão.
A
3) (TRE/MG – Técnico de Controle Externo I – Direito – 2007).
No direito brasileiro, quando a lei for omissa, o juiz:
(a) Não poderá deixar de decidir o caso, e deverá valer-se de outras fontes ou formas de
expressão do direito.
(b) Não poderá proferir sentença, tendo de extinguir o processo sem resolução de
mérito.
(c) Somente poderá decidir o caso valendo-se da analogia.
(d) Não poderá julgar por equidade, salvo quando autorizado por lei e a matéria versar
sobre direito indisponível.
(e) Deverá, necessariamente, julgar o caso de acordo com os precedentes
jurisprudenciais.
A
4) (PGE-PE – Procurador – 2004).
Estabelecendo a Lei de Introdução ao Código Civil que “quando a lei for omissa, o juiz
decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito” (art.
4º), é correto afirmar que:
(a) Somente se admite o costume secundum legem.
(b) É admitido amplamente o costume contra legem.
(c) O costume praeter legem desempenha função supletiva à lei. 9
(d) O costume é meio de interpretação do direito, mas não pode ser considerado fonte ou
forma de expressão do direito.
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Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela
se dirige e às exigências do bem comum.
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Interpretação X Integração
Interpretação Integração
A Lei Existe, porém deixa dúvidas. A Lei não existe. Existe uma Lacuna no
Ordenamento Jurídico e o mesmo deve ser
Fonte Resultado Meio integrado (lacuna deve ser preenchida) para
Utilizado que o juiz não se escuse de proferir sentença
alegando a falta da lei.
Autêntica Declarativa Gramatical
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Princípio da Irretroatividade
Vigência
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Código Civil
O Sujeito Passivo (Devedor) tem uma OBRIGAÇÃO com o Sujeito Ativo (Credor)
da Relação Jurídica.
Código Civil.
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
ci
Capacidade de Direito – Capacidade de Gozo
1
Docimasia Hidrostática de Galeno.
Galeno (http://www.silviamota.com.br/enciclopediabiobio/verbetesbiobio/verb-docimasia.htm)
(http://www.silviamota.com.br/enciclopediabiobio/verbetesbiobio/verb
A palavra docimasia tem origem no grego dokimasia e no francês docimasie (experiência, prova).
Trata-se de medida
edida pericial, de caráter médico-legal,
médico legal, aplicada com a finalidade de verificar se uma criança
nasce viva ou morta e, portanto, se chega a respirar.
Após a respiração o feto tem os pulmões cheios de ar e quando colocados numa vasilhame com água, flutuam;
não
ão acontecendo o mesmo com os pulmões que não respiram. Se afundarem, é porque não houve respiração;
se não afundarem é porque houve respiração e, conseqüentemente, vida. Daí, a denominação docimasia
pulmonar hidrostática de Galeno.
No âmbito jurídico a docimasia
cimasia é relevante porque contribui para a determinação do momento da morte, pois
se a pessoa vem à luz viva ou morta, as conseqüências jurídicas serão diferentes em cada caso.
Exemplos:
Quando um homem, ao morrer, deixa a mulher grávida e a criança vêm à luz morta, o patrimônio do de cujus 13
transmitir-se-áá aos herdeiros deste, que poderão ser seus genitores.
Se, por outro lado, a criança nascer viva e morrer imediatamente após o nascimento, o patrimônio do pai
passará aos seus herdeiros, no caso, a mãe da criança.
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nascituro Incapacidade Absoluta (Total) (art. 3º) Incapacidade Relativa (Parcial) Capacidade Civil Plena
Possui alguns Capacidade de Direito ou Menor Púbere (art. 4º) Capacidade de Fato
direitos. Porém de Gozo (art. 1º) (maior de 16 anos, menor de 18 anos)
Ainda não possui a Capacidade de Exercício
ainda não possui
personalidade, Capacidade de Fato
Necessita de ASSISTÊNCIA
portanto não goza de (18 anos)
O próprio incapaz pratica o ato, porém
todos os direitos
com a presença no assistente (sem a
inerentes a uma Menor Impúbere
pessoa normal qual, o ato é anulável)
(menor de 16 anos)
Necessita de REPRESENTAÇÃO
Ébrios Habituais
O Representante pratica o ato no lugar Toxicômanos
do incapaz (sem a qual, o ato é nulo) Deficiência Mental com Processo de Interdição:
Enfermidade discernimento reduzido (Parcial) Nomeado Curador.
Deficiência Mental (Total) Excepcionais sem desenvolvimento Critério: questões
Falta de vontade por causa mental Completo (Parcial) psicológicas, que dependem
transitória (coma)
de discernimento da pessoa.
Pródigos (apenas para atos
patrimoniais)
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Questões.
1) (TJ/PA – Analista Judiciário – Direito – 2009).
Sendo o ser humano sujeito de direitos e deveres, nos termos do disposto no artigo 1º do
Código Civil, pode-se afirmar que:
(a) Capacidade se confunde com legitimação
(b) Todos possuem capacidade de fato
(c) Capacidade é a medida da personalidade
(d) Não existe mais de uma espécie de capacidade
(e) A capacidade de direito é sinônimo de capacidade limitada.
c
A capacidade não se confunde com legitimação. Esta é a posição que a pessoa ocupa na relação
jurídica (no ato negocial), ou seja, quem pratica o ato negocial deve estar ligado, ter relação com
o ato (proprietário, possuidor do bom reclamado, por exemplo). A pessoa pode ser plenamente
capaz com relação à vida civil, porém não ter legitimidade para realizar o ato jurídico.
Capacidade ≠ Legitimidade
A capacidade de fato se adquire apenas ao se completar os 18 anos ou na emancipação. Todos
possuem capacidade de direito (ou de gozo).
A personalidade é medida através da capacidade de direito (de gozo)
Existe mais de uma espécie de capacidade.
Capacidade de Direito (de Gozo) e Capacidade de Fato (de Exercício)
A capacidade de direito (gozo) é sinônimo de capacidade ilimitada.
A capacidade de Fato (exercício) é uma capacidade limitada, pois não são todos que a possuem.
e
Sendo a pessoa incapaz, sua incapacidade, sendo absoluta ou relativa, pode ser superada através
da figura do representante ou do assistente, respectivamente. 16
Existe a incapacidade absoluta e a incapacidade relativa, porém nada tem a ver com incapacidade
de direito (caput da questão).
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A incapacidade absoluta e a incapacidade relativa são totalmente distintas uma da outra, não se
confundindo jamais.
O relativamente incapaz pode sim praticar atos da vida civil sem assistência. Por exemplo: o
pródigo não pode realizar atos de natureza patrimonial sem assistência, como comprar ou
vender bens, porém pode ser testemunha, além de outros atos em que a assistência seja
desnecessária.
Direito Brasileiro NÃO existe incapacidade de Incapacidade de Fato (de exercício)
direito
Capacidade de Direito (de gozo) Capacidade de Fato (de exercício)
Emancipação
Código Civil. Adquire a Capacidade Civil Plena – Capacidade de Fato (ou Exercício)
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a
pessoa fica habilitada à prática de todos os atos
atos da vida civil.
II - pelo casamento;
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Código Civil.
Art. 974. Poderá o incapaz,
incapaz por meio de representante ou
devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele
enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
§ 1º
1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após
exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da
conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada
pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor
ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros.
§ 2º
2º Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o
incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde
que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do
alvará que conceder a autorização.
Se pessoa exercia a atividade de empresário e, por algum motivo, se tornou incapaz (absoluto
a pessoa
ou relativo), poderá continuar a exercer a atividade por meio de representante ou assistente.
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Morte
Fim da Personalidade
Morte
Morte Real
Morte Civil (não se usa mais – a pessoa só morre juridicamente)
Morte Presumida
Prova Comoriência (Morte simultânea)
Direito Civil.
Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes,
nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois
anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida
depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do
falecimento.
CAPÍTULO III
DA AUSÊNCIA
Seção I
Da Curadoria dos Bens do Ausente
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver
deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento
de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.
Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar
mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes
forem insuficientes.
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as
circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais
de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.
§ 1º
1º Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos
descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.
§ 2º
2º Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.
§ 3º
3º Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.
Seção II
Da Sucessão Provisória
Provisória
Art. 26.
26 Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante
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ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a
ausência e se abra provisoriamente a sucessão.
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados:
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Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e
oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à
abertura do testamento, se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse
falecido.
§ 1º
1º Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na sucessão
provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo competente.
§ 2º
2º Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até trinta
dias depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória,
proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts.
1.819 a 1.823.
Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens
móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União.
Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem2 na posse dos bens do ausente, darão garantias da
restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.
§ 1º
1º Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida
neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a
administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa
garantia.
§ 2º
2º Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de
herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente.
Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar,
quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.
Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e
passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de
futuro àquele forem movidas.
Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus
todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém,
deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo
com o representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz competente.
Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e
injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos.
Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, justificando falta de meios,
requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria.
Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente,
considerarse-á, nessa data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo.
Art.
Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse
provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia,
obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono.
Seção III
Da Sucessão Definitiva
Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão
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2
meio de adquirir a posse a que se tem direito por um título qualquer. Imissão é a concessão judicial da posse de
algum bem.
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38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta
Art. 38
anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.
Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum
de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado
em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais
interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e
nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao
domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições,
incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território federal.
Etapas:
dele.
Direito Civil |
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Código Civil.
Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião,
não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos
outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
bens
100% Comoriência 0%
primo 50% 50% irmã
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Pessoas Jurídicas
Código Civil
Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou
externo, e de direito privado.
Art. 41.
41 São pessoas jurídicas de direito público interno:
I. a União;
II. os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
III. os Municípios;
IV. as autarquias;
V. as autarquias, inclusive as associações públicas;
VI. as demais entidades de caráter público criadas por lei.
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de
direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-
se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste
Código.
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados
estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito
internacional público.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente
responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem
danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores
do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:
I. as associações;
II. as sociedades;
III. as fundações.
IV. as organizações religiosas;
V. os partidos políticos.
Pessoa Jurídica
Direito Civil |
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Fases da Fundação
Ato Constitutivo
1. Dotação especial de bens livres (indica
quais bens farão parte da Fundação)
2. Elaboração do ato constitutivo
4 fases
3. Aprovação pelo Ministério Público4
(obs.: na inércia do MP, será aprovado
pelo JUIZ, art. 67, III).
Registro
3 Art. 48. Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo,
quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
4O Ministério Público é o órgão responsável pela fiscalização das Fundações. Por este motivo, para que a
Fundação seja Registrada é necessária a prévia aprovação pelo Ministério Público. Porém, se o mesmo
permanecer inerte, se denegue, o juiz poderá supri-la, a requerimento do interessado.
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III - seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz 24
supri-la, a requerimento do interessado.
A Fiscalização das Fundações cabe ao Ministério Público Estadual onde estiver em funcionamento. Se em mais
de um Estado, os respectivos MPEs serão os responsáveis, se no DF, MPDFT (Ministério Público do Distrito
Federal e Territórios).
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Fundações
Fases da Fundação:
Ato Constitutivo
1. Dotação especial de bens livres (indica quais bens farão parte da Fundação)
2. Elaboração do ato constitutivo
3. Aprovado pelo Ministério Público (obs.: na inércia do MP, será aprovado pelo
JUIZ, art. 67, III).
Registro
Associação
Código Civil.
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se
organizem para fins não econômicos.
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Organizações Religiosas
Art. 44
§ 1º São livres a criação, a organização, a estruturação interna e
o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao
poder público negar-lhes
lhes reconhecimento ou registro dos atos
constitutivos e necessários ao seu funcionamento.
Simples Empresária
Simples (propriamente
( dita) Limitada
Cooperativa Anônima
Comandita Simples
Comandita por Ações
Em Nome Coletivo
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Não pode
agir de ofício
JUIZ
1. abuso de direito,
2. excesso de poder,
3. infração da lei,
4. fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social.
5. quando houver falência,
6. estado de insolvência,
7. encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por
má administração
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