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Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Profª. Estelamaris Reif
Prof. Péricles Ewaldo Jader Pereira
R361a
Reif, Estelamaris
Análise de investimentos. / Estelamaris Reif; Péricles Ewaldo Jader
Pereira. – Indaial: UNIASSELVI, 2019.
204 p.; il.
ISBN 978-85-515-0377-5
CDD 658.152
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Você já deve ter ouvido a famosa expressão: “Não
sei se caso ou se compro uma bicicleta”? Essa ilustração serve como exemplo
para os vários dilemas pelos quais passamos no dia a dia ao longo de nossas
vidas quando pensamos em investimentos.
Ótimos estudos.
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS.............. 1
VII
UNIDADE 2 – MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS............... 81
VIII
UNIDADE 3 – ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE
INVESTIMENTOS..................................................................................................... 137
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 201
IX
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O mercado financeiro brasileiro apresentou uma enorme evolução nas
últimas décadas, principalmente no que se refere aos instrumentos disponíveis
para investimento.
Afinal, o que vem a ser investimento? Títulos de Renda-Fixa, Taxa DI, Taxa
SELIC, Ações, Fundos de Investimento Multimercados, Clubes de Investimento e
Ações? Ou ainda, Investimento em Máquinas, Equipamento, Produção, Abertura
de uma nova unidade? Se você respondeu a alguma das opções acima, está
correto! O investimento é tudo isso e muito mais. É todo capital desprendido no
desejo de se obter lucro.
3
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
COMO APRENDEMOS
Pirâmide de aprendizagem
de William Glasser
Ler
Escutar
Ver
Ver e ouvir
Conversar,perguntar,repetir,
relatar,numerar, reproduzir,
recordar, debater, nomear
Escrever,interpretar,traduzir,
expressar,revisar,identificar,comunicar,
ampliar,utilizar,demonstrar,praticar,
diferenciar,catalogar.
Explicar,resumir,estruturar,definir,
generalizar,elaborar,ilustrar
FONTE: <https://media.licdn.com/dms/image/C4E22AQHKdYdT-B9A3g/feedshare-shrink_1280/
0?e=1562198400&v=beta&t=hN7-bEvHsEWYR9PTeeuQHfOzXM-otITf3juyzgFJTSg>. Acesso em:
5 jun 2019.
Por isso, temos à disposição vários materiais para lhe auxiliar nesta
caminhada, além da nossa central de atendimento.
4
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
5
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
* Na entidade em que o ciclo operacional tiver duração maior do que o período de 12 meses, a
classificação como circulante ou não circulante terá por base o prazo do ciclo.
FONTE: Iudícibus e Marion (2018, p. 16)
6
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
CONTA INFORMAÇÕES
7
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
8
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
PESQUISA DE MERCADO
Entenda o Conceito e saiba porque é importante para sua empresa de Turismo
O QUE É?
O estudo de mercado diz respeito à
pesquisa realizada por empreendedores
que estão criando sua empresa ou
se situando melhor em seu mercado
de atuação. Seu objetivo é analisar o
segmento de uma empresa e aplicar
estratégias com maior precisão.
COMO FAZER?
Para fazer uma pesquisa de mercado,
é necessário que você analise alguns
pontos, como a análise macro-ambiental,
necessidades do mercado, análise da
concorrência e questão regulamentação.
Esse são os principais itens!
Entende-se como fluxo de caixa projetado aquele que é a feito com base
na estimativa de entradas e saídas, diferente do fluxo de caixa tradicional, que é
elaborado utilizando-se as entradas e saídas de dinheiro que já aconteceram na
empresa.
9
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
E
IMPORTANT
O fluxo de caixa é uma projeção e não uma adivinhação. Por isso, ele deve estar
baseado em dados reais. Para isso, solicite à contabilidade uma descrição dos pagamentos e
recebimentos organizados por períodos.
E
IMPORTANT
10
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Vamos supor que o preço da gasolina em 02/2019 seja R$ 3,50 por litro.
Logo, com R$ 140,00 podemos abastecer nosso carro com 40 litros da gasolina
Fórmula = 140,00/3,50 = 40 litros.
Agora, se daqui há 1 ano o preço da gasolina estiver R$ 4,00 por litro, teremos
duas opções:
1ª - Ou abastecemos menos combustível, com o mesmo valor de 02/2019
(140,00/4,00 = 35 litros), ou
2ª - Pagamos mais pela mesma quantidade de litros (40 litros x R$ 4,00 = 160,00)
O que podemos concluir? A expectativa de aumento do combustível ocasionou
uma perda no nosso poder de compra. Isso é a inflação, neste caso específico
temos um aumento no preço equivalente a 14,29%, ou seja, de R$ 3,50 para R$
4,00.
11
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Dinheiro
= Retorno
Tempo
DICAS
3.1 INFLAÇÃO
Inflação é um dos conceitos econômicos mais comentados pelos brasileiros.
E o motivo é notório, pois a alta dos preços tem influência direta no bolso do
consumidor e nos custos das empresas.
12
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
FONTE: <https://cdn.mises.org.br/images/articles/e3fd81325c3e4999aa5d64061e499e51.jpg>.
Acesso em: 22 fev. 2019.
Tendo o mesmo dinheiro você comprará menos, pois os itens vão estar
mais caros, pois seu dinheiro está desvalorizado. Esse é um dos motivos pelos
quais ninguém gosta da inflação.
13
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
FONTE: <https://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/dragao-da-inflacao-assombrou-os-
brasileiros-ao-longo-de-quatro-decadas-8999171>. Acesso em: 22 fev. 2019.
DICAS
Quer saber mais sobre Inflação e seus impactos? Assista ao vídeo proposto que
explica de maneira fácil e lúdica esse conceito. Acesse o link: <https://www.youtube.com/
watch?v=ZZEFReskU0Y>. Acesso em: 23 maio 2019.
14
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
FONTE: <https://escolinhadahora.blogspot.com/2011/02/pequena-historia-do-dinheiro-
brasileiro.html>. Acesso em: 22 fev. 2019.
15
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
16
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
4 INDICADORES ECONÔMICOS
A ADVFN – Advanced Financial Network (2019) relacionou os
principais indicadores econômicos do Brasil utilizados para o cálculo de taxa de
juros, inflação, aluguéis e demais valores contratuais.
Os dados são obtidos diretamente das fontes dos dados: Banco Central
do Brasil (BCB), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Fundação
Getúlio Vargas (FGV).
17
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Taxa Selic
DICAS
18
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Este índice tem como objetivo monitorar a variação dos custos para
verificar a movimentação dos preços. Isso quer dizer que: quanto maior o valor
desses itens em relação ao mês anterior, maior será o indicador. A mesma coisa
se dá para o contrário, ou seja, tendo diminuição do valor desses itens de um mês
para o outro, menor será o índice.
E
IMPORTANT
19
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
5 FONTES DE FINANCIAMENTO
Pode-se caracterizar as fontes de financiamento como sendo um conjunto
de capitais internos e externos à organização utilizados para financiamento das
aplicações e investimentos realizados.
FFF ou 3 F’s (Family, Friends and Fools) – Os três “F” são amigos,
familiares e tolos. Um jeito popular de mostrar a importância das redes informais
para se conseguir capital.
21
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
22
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
23
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
3- Private Equity:
apontam recursos em empresas já
bem desenvolvidas, em processo de
consolidação de mercado, para ajudá-las
a se preparar para abrir capital, fundir-se
ou serem adquiridas por outras grandes
empresas.
2- Venture Capital
Investem em empresas
que já estão faturando
bem, mas ainda estão em
processo de crescimento
e desenvolvimento.
1- Seed Capital:
apostam na fase inicial
dos negócios e, por
isso, são chamados de
seed capital ou capital
semente. Eles fornecem
recursos para estruturar
e fazer essas empresas
deslancharem.
FONTE: <http://www.valorebrasil.com.br/2017/09/28/quais-sao-as-principais-fontes-de-
investimento-de-capital/>. Acesso em: 22 fev. 2019.
24
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
25
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
como os fundos de longo prazo usados para financiar os ativos da empresa e suas
operações. As fontes de recursos da empresa podem ser classificadas quanto ao
prazo de quitação ou quanto à origem dos recursos.
PASSIVO Capital de
CIRCULANTE Curto Prazo
Capital de
Terceiros
ATIVO EXIGÍVEL A
LONGO PRAZO Capital
Permanente
e de
PATRIMÔNIO Longo Prazo
Capital
LÍQUIDO Próprio
FONTE: <http://livrozilla.com/doc/228714/custo-de-capital--estrutura-de-capital-e-
pol%C3%ADtica-de---cr...>. Acesso em: 22 fev. 2019.
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TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
• O capital de uma empresa está todo investido no Ativo para gerar retornos.
• O custo de capital é um fator de produção consequentemente é a importância
de determinar tal custo.
Os autores Bruni e Famá (2017) escrevem que o custo de capital pode ser
conceituado como a taxa de retorno que uma empresa precisa obter sobre seus
projetos de investimentos, para manter o valor de mercado de suas ações e atrair
os recursos necessários para a empresa.
27
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
28
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
FONTE: <http://inovaemgestao.blogspot.com/2012/06/teoria-da-agencia-e-governanca.html>.
Acesso em: 22 fev. 2019.
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RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Investimentos são Títulos de Renda-Fixa, Taxa DI, Taxa SELIC, Ações, Fundos
de Investimento Multimercados, Clubes de Investimento e Ações, ou ainda,
Investimento em Máquinas, Equipamento, Produção e Abertura de uma nova
unidade.
• Só faz sentido analisarmos o dinheiro se esta análise for feita com base no
estudo da evolução do dinheiro no tempo, variável fundamental quando se fala
em dinheiro. O estudo da evolução no tempo do capital emprega raciocínios,
métodos e conceitos matemáticos, por isso, este estudo é conhecido também
como MATEMÁTICA FINANCEIRA.
• Nos custos de capital, vimos sobre os de curto prazo e longo prazo, bem como
a definição de capital de terceiros e capital próprio.
• Por fim, destacou-se a importância da inclusão dos custos de agência nos custos
de capital.
30
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Gestão financeira.
b) ( ) Matemática financeira.
c) ( ) Economia.
d) ( ) Métodos quantitativos.
31
5 Sobre os principais motivos que levaram a inflação a sair do controle na
década de 1980 e 1990, considerando os internos e externos, qual deles não
elevou a inflação?
a) ( ) Cruzado.
b) ( ) Real.
c) ( ) Cruzeiro Real.
d) ( ) Cruzado Novo.
32
9 O que vem a ser investidor anjo (angel money)? Assinale a alternativa correta:
33
34
UNIDADE 1
TÓPICO 2
TAXAS E JUROS
1 INTRODUÇÃO
Bem-vindo ao Tópico 2! Agora que já estudamos toda a parte conceitual
sobre investimentos, é hora de começarmos a estudar os fatores que impactam
diretamente no investimento, como taxas e juros.
35
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Exemplo: imagine que você poupou todo mês certa quantia durante um
ano. Ao final deste ano você possui R$ 2.000,00 e resolve aplicar esse dinheiro
em um banco que renderá 2% ao mês pelo tempo que estiver aplicado. Nesse
exemplo, o seu capital será o valor de R$ 2.000,00, ou seja, é o valor na “data
zero”, antes da efetiva aplicação.
Assim, na sua origem, o juro pode ser justificado como uma compensação
que o possuidor do capital exige pelo seu não uso durante o tempo do
empréstimo, além de um prêmio pelo risco de não receber o seu dinheiro de
volta (SOBRINHO, 2018).
36
TÓPICO 2 | TAXAS E JUROS
Exemplo: taxa de juros de 12% ao ano com capitalização mensal dos juros.
Nesse caso, se dividiria a taxa anual por 12 e a taxa mensal obtida de 1% seria
capitalizada por 12 meses, resultando em uma taxa de 12,68% ao ano, sendo esta
denominada efetiva e a taxa de 12% de nominal.
37
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Ano 1 12,00000
Semestre 2 12,36000
Trimestre 4 12,55088
Mês 12 12,68250
FONTE: Os autores
TAXA NOMINAL: é aquela que possui valor de face. Imagine uma nota
de R$10,00 quanto ela vale? A resposta que parece ser óbvia é que uma nota de
R$10 vale R$10. Mas será que vale mesmo? Uma nota de R$10 somente vale R$10
porque você acredita que ela vale os R$10, em outras palavras, o valor é fiduciário
e mais nada.
38
TÓPICO 2 | TAXAS E JUROS
A taxa de juros pode ser definida também como a razão entre os juros,
cobrável ou pagável, no fim de um período e o dinheiro devido no início do
período. Habitualmente, utiliza-se o conceito de taxa de juros quando se paga
por um empréstimo, e taxa de retorno quando se recebe pelo capital emprestado.
DICAS
Valor fiduciário advém da moeda fiduciária, que é qualquer título não conversível,
ou seja, não é lastreado a nenhum metal (ouro, prata) e não tem nenhum valor intrínseco.
Seu valor advém da confiança que as pessoas têm de quem emitiu o título. Exemplos de
moeda fiduciária: ordem de pagamento, cheques, títulos de crédito e notas promissórias.
DICAS
A forma unitária da taxa e prazo devem sempre ter a mesma base, ou seja, taxa
ao mês, prazo em número de meses. Caso taxa e prazo estejam em bases diferentes, deve-se
ajustar o prazo para a unidade da taxa (BRUNI, 2013).
39
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Nesse regime, os juros de cada período que não são pagos periodicamente
não são somados ao capital para o cálculo dos juros nos períodos subsequentes.
Consequentemente esses juros não pagos não são capitalizados nem rendem
juros, pois não participam da base de cálculo dos juros, apesar de estarem retidos
pelas instituições financeiras para serem pagos de uma só vez no final do prazo
da operação (PUCCINI, 2017).
DICAS
J=P×i×n
40
TÓPICO 2 | TAXAS E JUROS
AUTOATIVIDADE
DICAS
41
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Como ainda não conhecemos uma fórmula para a solução fácil e rápida
desse problema, e sabendo que a taxa de juros para cada período unitário incide
sobre o capital inicial mais os juros acumulados, vamos calcular o montante da
forma mais primária possível, em que Sᵀ é o valor do montante no final de cada
período unitário, que em nosso exemplo é o mês.
42
TÓPICO 2 | TAXAS E JUROS
S0 = 1.000,00
S1= 1000,00 + 0,05 x 1.000,00= 1000,00 x (1 + 0,05)= 1000,00 x 1,05
S2 =
1000,00 x 1,05 + 0,05 x 1000,00 x 1,05 = 1000,00 x 1,052
1.000,00 x 1,05 x 1,05 =
1000,00 x 1,052 + 0,05 x 1000,00 x 1,052 =
S3 = 1000,00 x 1,052 x 1,05 = 1000,00 x 1,053
1000,00 x 1,053 + 0,05 x 1000,00 x 1,053 =
S4 = 1.000,00 x 1,053 x 1,05 =
1000,00 x 1,054
Como 1,054 = 1,21551 => S4 = 1.000 × 1,21551 = 1.215,51, que confere com o
valor determinado anteriormente.
S = P (1 + i)n
Onde: S é montante
P o capital inicial
1 Fator de Capitalização
i a taxa de juros
n o prazo.
AUTOATIVIDADE
P = 15.000,00
n = 6 meses
i= 3% ao mês
S=?
43
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
S = 200.000,00
n = 2 anos = 24 meses
i = 4% ao mês
P=?
VF
Juros Compostos
Juros Simples
Prazo
n=1
44
TÓPICO 2 | TAXAS E JUROS
E
IMPORTANT
45
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
DICAS
A palavra nominal diz respeito ao que está nominado, ao que está escrito.
No mundo financeiro corresponde ao valor monetário escrito em um título de
crédito ou especificado em um contrato de empréstimo ou financiamento. Assim,
se uma duplicata for emitida por R$ 500,00, diz-se que o seu valor nominal é de
R$ 500,00 porque esse é o valor que está escrito no título. E se em um contrato de
financiamento estiver especificado que o valor financiado é de R$ 20.000,00, esse
é o valor nominal financiado.
46
TÓPICO 2 | TAXAS E JUROS
DICAS
Taxa nominal é a taxa de juros calculada com base no valor nominal do empréstimo
ou da aplicação, ou seja, com base no valor explicitado no contrato e ou no título; se conhecida,
é a taxa que incide sobre o valor nominal do empréstimo ou da aplicação (SOBRINHO, 2018).
• Taxa efetiva é a taxa utilizada nos cálculos financeiros, a juros compostos, pelas
calculadoras financeiras e pelas funções financeiras das planilhas eletrônicas.
• Taxa nominal tem uma taxa efetiva implícita em seu enunciado, que depende
do número de períodos de capitalização. Essa taxa efetiva implícita é a que
deve ser utilizada nos cálculos financeiros, a juros compostos.
FONTE: <https://br.pinterest.com/pin/475411304410552125/visual-search/?x=0&y=0&w=564
&h=845.6163265306122>. Acesso em: 27 fev. 2019.
47
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Solução:
Valor nominal financiado: $ 1.000,00
Valor do IOF + cadastro: (2,13% + 2,00%) × 1.000,00 = 41,30
Valor efetivamente recebido pelo mutuário: $ 1.000,00 – 41,30 = 958,70
Valor efetivamente recebido e corrigido: 958,70 × 1,0635 = 1.019,58
As taxas anuais são obtidas como segue:
1.250,00
Taxa nominal de juros: =− 1 1,2500 − 1,0000
= 0,25 ou 25,00%
1.000,00
1.250,00
Taxa efetiva de juros: =− 1 1,3038 − 1,0000
= 0,3038 ou 30,38%
958,70
1.250,00
Taxa real de juros: = = 0,2260 ou 22,60%
− 1 1,2260 − 1,0000
1.019,58
25,00%
Taxa nominal de juros: = 2,08% ao mês
12
30,38%
Taxa efetiva de juros: = 2,53% ao mês
12
22,60%
Taxa real de juros: = 1,88% ao mês
12
48
TÓPICO 2 | TAXAS E JUROS
Solução:
Valor das comissões cobradas no ato: 0,85% × 18.058,30 = 153,50
Valor desembolsado: 18.058,30 + 153,50 = 18.211,70
Valor do imposto de renda: (20.000,00 – 18.058,30) × 20% = 388,34
Valor líquido resgatado: 20.000,00 – 388,34 = 19.611,66
Valor desembolsado corrigido pela inflação do período:
18.211,70 × 1,0584 = 19.275,26
20.000,00 365/305
Taxa nominal: ( ) −1= 0,1300 ou 13,00% ao ano
18.058,30
19.611,66 365/305
Taxa efetiva: ( ) − 1=0,0927 ou 9,27% ao ano
18.211,70
19.611,66 365/305
Taxa real: ( ) −1= 0,0209 ou 2,09% ao ano
19.275,26
DICAS
49
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Deve ser expresso na forma de taxa percentual anual (ano de 365 dias)
e inclui todas as taxas e despesas relativas à operação, isto é, engloba a taxa
contratual de juros, tarifas, tributos, seguros e outras despesas cobradas do
cliente, definidas na data do contrato.
50
TÓPICO 2 | TAXAS E JUROS
O CET é quem vai informar qual é o valor total que você vai pagar em um
empréstimo ou financiamento.
Como é calculado?
51
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
52
TÓPICO 2 | TAXAS E JUROS
DICAS
53
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
O site Clube dos Poupadores (2019) aborda de uma forma bem simples
a necessidade das taxas equivalentes, vejamos: para os investidores: é muito
comum bancos e corretoras informarem a rentabilidade anual de um determinado
investimento, porém, o investidor precisa descobrir a taxa equivalente mensal
para fazer a comparação.
Uma rentabilidade acumulada por vários meses pode ser convertida para
uma taxa equivalente mensal que por sua vez pode ser convertida em taxa anual,
diária etc.
período da taxa
1+ taxa equivalente = (1 + taxa de juros)
equivalente/ período da taxa atual
DICAS
54
TÓPICO 2 | TAXAS E JUROS
Exemplo 1:
Taxa anual para mensal: no exemplo acima temos a taxa de 6,17% ao ano
(12 meses) e queremos saber qual é a taxa mensal (1 mês) equivalente a essa.
No campo “taxa de juros” preenchemos o valor de 6,17. No campo “Períodos”
preenchemos que essa taxa é referente a 12 meses. Depois preenchemos que a
taxa equivalente que queremos encontrar é referente a um mês. O resultado será
0,5002% ao mês.
Exemplo 2:
Taxa mensal para anual: vamos imaginar que você tenha uma taxa de
juros de 1% ao mês e queira saber quanto isso equivale anualmente (12 meses).
No campo “taxa de juros” preencha o número 1,00%. No campo período, digite
o número um, pois essa taxa de 1% é referente a um período de um mês. No
período da taxa equivalente devemos preencher 12, pois queremos saber qual é a
taxa equivalente em 12 meses. O resultado será 12,6825%. Podemos dizer que um
investimento que rende 1% ao mês tem rentabilidade anual equivalente a 12,68%.
Exemplo 3:
55
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
DICAS
56
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• JUROS SIMPLES são os juros de cada intervalo de tempo e que sempre são
calculados sobre o capital inicial emprestado ou aplicado.
• A taxa nominal é aquela que possui valor de face. Imagine uma nota de
R$10,00, quanto ela vale? A resposta que parece ser óbvia é que uma nota de
R$10 vale R$10. No entanto, será que vale mesmo? Uma nota de R$10 somente
vale R$10 porque você acredita que ela vale os R$10, em outras palavras, o
valor é fiduciário e mais nada.
a) ( ) Dinheiro Investido.
b) ( ) Capital Intelectual.
c) ( ) Valor Financiando.
d) ( ) Empréstimo tomado.
a) ( ) 210,00.
b) ( ) 20%.
c) ( ) 252,00.
d) ( ) 42,00.
a) ( ) 12,30.
b) ( ) 69,70.
c) ( ) 82,00.
d) ( ) 15%.
a) ( ) Juro simples.
b) ( ) Juro composto.
( ) Juro simples.
( ) Juro composto.
58
6 Uma aplicação de $ 50.000,00 pelo prazo de 180 dias obteve um rendimento
de $ 8.250,00. Indaga-se: quais as taxas diárias e mensais correspondentes a
essa aplicação?
S = 22.753,61.
P = 16.000,00.
n = 8 meses.
i=?
8 É a taxa de juros em que a unidade referencial de seu tempo não coincide com
a unidade de tempo dos períodos de capitalização. Este conceito pertence a
que tipo de taxa?
a) ( ) Taxa efetiva.
b) ( ) Taxa nominal.
c) ( ) CET – Custo Efetivo total.
d) ( ) Equivalência entre taxas.
a) ( ) Taxa efetiva.
b) ( ) Taxa nominal.
c) ( ) CET – Custo Efetivo total.
d) ( ) Equivalência entre taxas.
a) ( ) Taxa efetiva.
b) ( ) Taxa nominal.
c) ( ) CET – Custo Efetivo total.
d) ( ) Equivalência entre taxas.
59
60
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Entende-se por investimento inicial todo o aporte de capital necessário
para colocar um projeto em funcionamento. Usualmente, ele é composto pelos
investimentos em ativos fixos, despesa pré-operacionais e aporte inicial de
capital de giro, também denominados de entrada e saída de recursos (SOUZA;
CLEMENTE, 2009).
Bons estudos!
61
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
2 FLUXO FINANCEIRO
Para Hoji e Luz (2019), o crescimento e o desenvolvimento econômico
de um país estão diretamente ligados à capacidade empreendedora de seus
cidadãos, com a sua capacidade de organizar os fatores de produção (recursos
naturais, capital e trabalho) para a produção e distribuição de bens e serviços.
• Operações.
• Investimentos.
• Financiamentos.
Os autores abordam ainda, que o fluxo de caixa não deve ser enfocado como
uma preocupação exclusiva da área financeira. Deve haver comprometimento de
todos os setores empresariais com os resultados, destacando-se:
63
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
FONTE: <https://controlefinanceiro.granatum.com.br/wp-content/uploads/2012/07/fluxo-caixa-
ilustra.jpg>. Acesso em: 3 mar. 2019.
64
TÓPICO 3 | ENTRADA E SAÍDA DE RECURSOS
DICAS
Weston e Brigham (2000, p. 400) apud Hoji e da Luz (2019) comparam o caixa
ao “óleo que lubrifica as rodas dos negócios. Sem um óleo adequado, as máquinas rangem
até parar, e o mesmo acontecerá com uma empresa sem um nível de caixa adequado”.
3 LIQUIDEZ X RENTABILIDADE
Historicamente, o lucro sempre foi considerado o elemento mais
importante para a avaliação do retorno financeiro de uma empresa. Contudo, ele
pode apresentar uma deficiência do ponto de vista de um investidor, no aspecto
de liquidez do investimento: não havendo suficiência de recursos disponíveis no
caixa da empresa, o poder do investidor em tomar decisões sobre o lucro apurado
fica limitado ou reduzido.
Quanto mais rápida for a conversão do ativo em dinheiro, mais líquido ele
será. Um ativo com pouca liquidez é aquele que é mais difícil de ser convertido
em dinheiro, seja pela falta de compradores ou até mesmo pelo tempo necessário
para liquidar o investimento.
65
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Para saber lidar com a liquidez, é necessário saber quais são os seus planos
e suas necessidades. Qual é a função do dinheiro que você está investindo? Formar
uma reserva de emergência? Construir um patrimônio? Busque opções pensando
no retorno, sem negligenciar qual é a liquidez do investimento para adequar aos
seus prazos. E não se esqueça de ficar atento ao risco!
Um dos ditados populares mais famosos fala que “quem não arrisca não
petisca”. Ou seja, para petiscar mais e obter maior retorno, o investidor deveria
estar disposto a correr maior risco.
Observe a figura a seguir que faz a associação entre este tripé: Risco X
Rentabilidade x Liquidez.
66
TÓPICO 3 | ENTRADA E SAÍDA DE RECURSOS
FONTE: <https://i1.wp.com/taurusacademy.com.br/wp-content/uploads/2017/07/2-IMAGEM-1.
png?w=795>. Acesso em: 3 mar. 2019.
67
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
FONTE: <https://www.outrosquinhentos.com/wp-content/uploads/2019/01/comparacao.png>.
Acesso em: 3 mar. 2019.
Isso quer dizer que, para cada R$ 1,00 investido, a empresa obteve um
retorno de R$ 3,00. Mas atenção! uma empresa com 300% de rentabilidade pode
vir a ter uma lucratividade pequena, isso no caso dos custos e despesas da sua
operação serem muito altos e consumirem grande parte da receita, interferindo
no lucro líquido.
70
TÓPICO 3 | ENTRADA E SAÍDA DE RECURSOS
FONTE: <https://www.valorebrasil.com.br/wp-content/uploads/2014/07/Metodos-de-avaliacao-
de-empresas-1024x533.png>. Acesso em: 3 mar. 2019.
DICAS
Quer saber mais sobre o Valuation? Assista ao vídeo Em 2 minutos, "o que
é avaliação de empresas (valuation)". Conceitos e métodos de avaliação. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?time_continue=152&v=oed4atVQp-U>.
71
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
5 EFEITOS TRIBUTÁRIOS
É comum no mundo dos investimentos (principalmente os iniciantes)
cometerem erros graves, como o de só pensar em rentabilidade e serem
impacientes quando o assunto é enriquecer a médio e longo prazo, utilizando-
se dos juros compostos. Eles pensam apenas em ter o melhor retorno de forma
mais rápida.
72
TÓPICO 3 | ENTRADA E SAÍDA DE RECURSOS
QUADRO 7 – INCIDÊNCIA DE IR
FONTE: O autor
E
IMPORTANT
Atenção! Deve-se ficar muito atento à cobrança de Imposto de Renda (IR) e IOF,
pois ela incidente sobre os fundos de investimento. Na hora de investir, investimentos de
prazo mais curto pagam mais impostos. Além do mais, investimentos como a poupança e o
LCI/LCA são isentos de impostos.
DICAS
Quer aprender mais sobre o efeito tributário nos investimentos? Assista ao vídeo:
Qual IMPACTO do Imposto de Renda nos Investimentos de LONGO PRAZO? Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?time_continue=173&v=KckrbXJvxMk>.
73
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Como tudo no mundo das finanças, é preciso analisar. Se você não sabe
nem por onde começar, fique calmo! Estamos aqui para te ajudar com isso.
Neste post, vamos passar por todas as características da poupança e, no final, te
responder se é um investimento que vale a pena ou não.
Inflação: a inimiga
Para falar sobre poupança, nós precisamos falar sobre a inflação. Inflação,
em poucas palavras, significa um processo de aumento de preços. Sabe quando
você vai ao mercado em dois dias seguidos e os preços já estão diferentes? É o
efeito da inflação. No Brasil, o índice oficial que mede a inflação é o IPCA.
“Mas o que isso tem a ver com a poupança?” Tudo! A inflação é a maior
inimiga da poupança. Dependendo de como estiver o IPCA do Brasil, o rendimento
da poupança pode ser tão baixo que parece que você está ganhando dinheiro,
mas na verdade está perdendo. Para sermos mais exatos, você perde “poder de
compra”. Isso significa que o seu dinheiro perde valor diante das situações do
mercado.
Exemplo simples e prático para você entender: você guardou R$100,00 para
comprar uma roupa, mas, ao invés de comprar, coloca o dinheiro na poupança.
Um ano depois, você ficou com R$ 105,00, ou seja, rendeu R$ 5,00. Quando vai
comprar a roupa, percebe que agora ela custa R$110,00! O seu dinheiro não tem
mais o poder para comprar aquele item.
Rentabilidade e liquidez
Se a poupança pode render menos que a inflação, ela rende muito pouco.
O cálculo é feito da seguinte forma:
Se a Selic for superior a 8,5% ao ano, ela tem rentabilidade fixa: 0,5% mais
a TR.
Para você ter uma ideia, o CDI (outra taxa de juros que move o mundo
financeiro) sempre acompanha o valor da taxa Selic. No Yubb, você encontra
investimentos em renda fixa que são tão seguros quanto a poupança e que rendem
até 150% do CDI (ou até mais)! Se a poupança rende só 70% da Selic, isso significa
que a rentabilidade é muito baixa.
Se você decidir resgatar o seu dinheiro, basta transferi-lo para a sua conta
corrente e pronto. Em questão de minutos ele já estará lá disponível para ser
usado. Mas vale dizer que outros investimentos também oferecem uma boa
liquidez.
Existem CDBs que pagam bem mais de 100% do CDI e que oferecem
liquidez diária. Ou seja, você pode resgatar o seu dinheiro a qualquer momento e,
no próximo dia útil, ele estará na sua conta. Claro que não é tão imediato quanto
a poupança, mas é muito válido.
Segurança
Conclusão
Agora que você já sabe de tudo isso, é hora de botar a mão na massa e
começar a ganhar mais dinheiro!
76
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
77
AUTOATIVIDADE
( ) Ações.
( ) Poupança.
( ) Títulos públicos.
( ) Imóveis.
( ) Fundos de investimentos.
78
7 Qual é a diferença entre rentabilidade e lucratividade?
a) ( ) Espontânea.
b) ( ) Contábil.
c) ( ) Mercado.
d) ( ) Múltiplos.
a) ( ) LCI.
b) ( ) Poupança.
c) ( ) LCA.
d) ( ) CDI.
a) ( ) 15%.
b) ( ) 17,5%.
c) ( ) 20%.
d) ( ) 22,5%.
79
80
UNIDADE 2
MÉTODOS E CRITÉRIOS DE
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
81
82
UNIDADE 2
TÓPICO 1
PROJETOS DE INVESTIMENTO
1 INTRODUÇÃO
Projetos de investimentos fazem parte das necessidades das empresas
que buscam alcançar seus objetivos. Para que um projeto seja bem-sucedido, é
necessária a utilização de várias ferramentas que serão abordadas nesta unidade.
Entender o que está por trás de cada um desses indicadores é o que faz
eles serem tão importantes, podendo tornarem-se divisores de águas entre um
projeto de investimento bem-sucedido e um malsucedido.
83
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
84
TÓPICO 1 | PROJETOS DE INVESTIMENTO
to Riq
op roje uez
a ge
ão n rad
Aplicaç a=
0
Riq
uez
a ge MA
rad
a= ão na T
VPL
Ap licaç
Caixa de
surpresa
85
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Onde:
FC = Fluxo de Caixa
1, 2, .... (n) = Representam o período ou o (tempo).
i = Taxa Mínima de Atratividade
86
TÓPICO 1 | PROJETOS DE INVESTIMENTO
-380 → g CF0
30 → g CFj
50 → g CFj
70 → g CFj
90 → g CFj
110 → g CFj
130 → g CFj
4 → g Nj
12 → 1%
f NPV → 80,14
DICAS
87
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
i(1 + i )n
VPLa = VPLx n
(1 + i ) − 1
Onde:
VPLa = Valor Presente Líquido Anualizado
VPL = Valor Presente Líquido
i = Taxa de atratividade
t = Tempo de duração
DICAS
Entenda o cálculo do VPLa desses dois projetos por meio da HP12c acessando o
link: <https://www.youtube.com/watch?v=FTD0PsE1yxo>. Acesso em: 7 jun. 2019.
89
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
$ 460,14
=IBC = 1,21089
$ 380
Nota-se que essa taxa não permite comparação imediata com a TMA
(12% ao ano) por enquanto ela se refere a um período de nove anos. No entanto,
existe uma alternativa para se encontrar a taxa equivalente para o mesmo período
da TMA. Essa alternativa apresentará a rentabilidade esperada do projeto
para o mesmo período da TMA. Ela é chamada de (Retorno Adicional sobre o
Investimento) ROIA.
90
TÓPICO 1 | PROJETOS DE INVESTIMENTO
n
ROIA
= IBC − 1
Onde:
Para calcularmos o ROIA, com base no exemplo visto até aqui, temos que
aplicar os valores na fórmula a seguir:
ROIA
= 9
1,21089 − 1
1
ROIA = 1,21089 9 −1
ROIA = 2,15%
91
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
A TIR é a taxa que iguala o valor presente dos fluxos de caixa esperados
com o valor presente dos custos do projeto. Uma TIR maior que a TMA indica um
aumento na riqueza dos acionistas. De outra forma, uma TIR menor que a TMA
mostra que os acionistas terão a sua riqueza diminuída, já que o projeto deverá
render menos do que o mínimo esperado (HOJI; LUZ, 2019).
N
Ft
VP = capital + ∑ (1 + i)
t =1
t
Onde:
VP = valor presente
Capital = valor do investimento
N = quantidade de períodos
Ft = entrada de capital no período t
i = taxa interna de retorno.
DICAS
Você pode usar uma calculadora HP 12C on-line gratuitamente, ela pode ser
encontrada em diversos sites, um exemplo deles é seguinte: <https://epxx.co/ctb/hp12c.
html>. Acesso em: 7 jun. 2019.
-380 → g CF0
30 → g CFj
50 → g CFj
70 → g CFj
90 → g CFj
110 → g CFj
130 → g CFj
4 → g Nj
f IRR → 16,1865%
93
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
TIR >TMA → indica que há mais ganho investindo-se no projeto do que na TMA.
Por ser uma taxa percentual, permite que você compare o retorno dos
mais diferentes tipos de investimentos dentro de um mesmo critério. A TIR é
uma taxa que é mais indicada para fluxos de caixas mais simples (por exemplo,
primeiro período negativo e os futuros positivos). Além disso, em alguns casos,
podem existir conflitos entre o VPL e a TIR. Quando isso ocorrer, sugere-se seguir
o VPL.
DICAS
94
TÓPICO 1 | PROJETOS DE INVESTIMENTO
• Se o período de retorno calculado for menor que o período máximo aceitável pelo
investidor para recuperar o capital investido, o projeto será economicamente
viável.
• Se o período de retorno calculado ultrapassar o período máximo que o
investidor está disposto a esperar para ter de volta o valor investido, o projeto
será economicamente inviável (HOJI; LUZ, 2019).
Ano 2: R$ 2.000,00;
Ano 3: R$ 1.000,00;
Ano 4: R$ 1.500,00;
Ano 5: R$ 2.500,00.
95
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Períodos
0 1 2 3 4 5 Total
(anos)
Retornos
2.000 2.000 (1.000) 1.500 2.500 7.000
esperados
(-) Investimento
(5.000) (5.000)
inicial
Saldo de
(5.000) (3.000) (1.000) (2.000) (500) 2.000
investimento
500
Número de meses = x 12 = 2,4 meses
2.500
Período
0 1 2 3 4 5 Total
(ano)
(-) Investimento
(5.000) (5.000)
inicial
Retornos
esperados em 1.818 1.653 (751) 1.025 1.552 5.297
valor presente
Saldo de
(5.000) (3.182) (1.529) (2.280) (1.255) 297
investimento
96
TÓPICO 1 | PROJETOS DE INVESTIMENTO
1.255
Número de meses = x 12 = 9,7 meses
1.552
DICAS
97
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
98
TÓPICO 1 | PROJETOS DE INVESTIMENTO
DICAS
99
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
100
AUTOATIVIDADE
101
a) ( ) Uma TIR menor que a TMA indica um aumento na riqueza dos
acionistas.
b) ( ) Uma TIR maior que a TMA indica um aumento na riqueza dos acionistas.
c) ( ) Uma TIR igual que a TMA indica problemas futuros no investimento.
d) ( ) Uma TIR maior que a TMA indica uma diminuição na riqueza dos
acionistas.
102
UNIDADE 2 TÓPICO 2
CUSTOS DE TRANSAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Tópico 2. No tópico anterior
aprendemos os indicadores financeiros de investimento e sua aplicabilidade na
tomada de decisão de um projeto. Dando continuidade ao objetivo da Unidade
2, que visa analisar os métodos e critérios de avaliação de investimentos, não
podemos deixar de falar sobre os custos de transação.
103
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
104
TÓPICO 2 | CUSTOS DE TRANSAÇÃO
DICAS
Envolve as atividades
São todas as atividades de Envolve a escolha das
de negociação entre as
planejamento necessárias, estruturas de governança e
duas ou mais partes do
executadas anteriormente as respectivas salvaguardas
contrato, objetivando
à fase de negociação que objetivam prever os
acomodar os interesses
propriamente dita do problemas contratuais e
conflitantes dos agentes
contrato. suas respectivas soluções.
envolvidos.
DICAS
105
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
3 CUSTO DE CAPITAL
De acordo com Materlanc, Pasin e Pereira (2014), o conceito de custo de
capital pode ser entendido como:
PASSIVO Capital de
CIRCULANTE Curto Prazo
Capital de
Terceiros
ATIVO EXIGÍVEL A
LONGO PRAZO Capital
Permanente
e de
PATRIMÔNIO Longo Prazo
Capital
LÍQUIDO Próprio
FONTE: <http://livrozilla.com/doc/228714/custo-de-capital--estrutura-de-capital-e-
pol%C3%ADtica-de---cr>. Acesso em: 22 fev. 2019.
106
TÓPICO 2 | CUSTOS DE TRANSAÇÃO
DICAS
107
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
a execução do contrato. Dentro desse custo, o capital asset pricing model (CAPM) é
um dos mais aplicados no mercado.
Ke =R f + â ( Rm − R ' f ) + Rp (2)
Onde:
108
TÓPICO 2 | CUSTOS DE TRANSAÇÃO
DICAS
E D
WACC = rE + r (1 − T )
E+D E+D D
Onde:
E: corresponde ao valor do capital próprio.
D: corresponde ao valor do capital de terceiros.
rE: é a taxa de custo do capital próprio.
rD: é a taxa de custo do capital de terceiros.
T: é a taxa de imposto.
O cálculo resume-se a:
1 – Encontrar a proporção de capitais próprios e alheios no total do ativo, cálculo
que facilmente se efetua a partir da análise do Balanço.
2 – Encontrar a taxa de custo do capital alheio, que só obtém igualmente a partir
das demonstrações financeiras ou então, se disponível, a partir dos dados de
cada financiamento e respetiva taxa, calcular o custo médio dos capitais alheios.
3 – Encontrar a taxa de custo do capital próprio.
4 – Encontrar a taxa efetiva de imposto, também disponível a partir das
demonstrações financeiras.
109
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
110
TÓPICO 2 | CUSTOS DE TRANSAÇÃO
DICAS
56,00/700,00 *100 = 8%
111
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Grande parte das organizações começa com capital próprio para bancar
suas operações e até expansão. Nessa modalidade, considera-se o fluxo de caixa
como residual, quando acionistas/sócios detém o controle integral ou parcial da
administração do negócio. Esse instrumento é representado pelo pagamento de
dividendos, o que pode ocorre indeterminadamente.
112
TÓPICO 2 | CUSTOS DE TRANSAÇÃO
113
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
FONTE: <https://blog.biva.com.br/empreendedor/capital-proprio-ou-de-terceiros-o-que-e-melhor-
para-sua-empresa/>. Acesso em: 28 mar. 2019.
114
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Por fim, estudamos custo de capital de terceiros, que é o retorno exigido pelos
credores de dívida de uma empresa. Representa a remuneração que a empresa
paga para instituições financeiras nos empréstimos obtidos.
115
AUTOATIVIDADE
1 A teoria dos custos de transação foi proposta por Ronald Coase (1937), um
economista britânico que coloca a transação como unidade básica de análise.
Em outras palavras, custos de transação significa?
a) ( ) Ronald Coase.
b) ( ) Adam Smith.
c) ( ) Luca Bartolomeo de Pacioli.
d) ( ) Frederick Taylor.
116
6 Analisando o balanço patrimonial, conseguimos calcular o capital próprio e
de terceiros de uma empresa. Quais grupos de contas pertencem ao capital
de terceiros e quais pertencem ao capital próprio?
117
118
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo ao último tópico da Unidade 2. O segmento de
investimento de capital é bastante complexo e amplo, envolvendo inúmeros
critérios e métodos de análise. E o processo de análise de investimentos demanda
uma série de informações financeiras, enunciadas segundo diversos critérios
(ASSAF NETO, 2014).
119
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
1º passo – fluxo de caixa livre (FLC): envolve a projeção dos ganhos associados
aos ativos ou aos investimentos feitos no projeto. Financeiramente, os ganhos
devem ser apresentados na forma de dinheiro no tempo ou fluxo de caixa.
O adjetivo LIVRE expressa que são fluxos de caixa dos ativos. Ou seja, não
incorporam juros ou amortizações das dívidas contraídas.
2º passo – taxa mínima de atratividade (TMA): está associada ao cálculo do custo
dos financiamentos, apresentado como taxa mínima de oportunidade. Deve
representar uma média ponderada dos custos individuais de cada uma das
fontes, líquidas de impostos e considerando eventuais custos de oportunidade.
3º passo – técnicas: envolve a aplicação das diferentes técnicas que comparam os
ganhos dos ativos, apresentados sob a forma de fluxos de caixa livres, com os
custos dos passivos, representados sob a forma de taxa mínima de atratividade.
Técnicas podem envolver a análise de prazos, valores ou taxas (BRUNI, 2013).
O fluxo de caixa livre de uma empresa deve ser igual ao seu fluxo de caixa
de financiamento. Ou seja, o total de dinheiro gerado pelas operações da empresa
(mais fluxo de caixa não operacional, se existir) precisa ser igual ao pagamento
líquido para todos os credores e acionistas da empresa. Caso o fluxo de caixa
livre seja negativo, ele precisa ser igual aos investimentos (descontados impostos)
providos pelos credores e acionistas (SILVA, 2018).
120
TÓPICO 3 | PRINCÍPIOS QUALITATIVOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO
121
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Reter Desembolsar
• Quando a empresa tem dificuldades de gerar caixa das operações, existe uma
tendência a reduzir o volume de investimento. Apesar disso permitir que o
fluxo de caixa livre seja positivo em um determinado exercício social, esta
opção pode comprometer a participação da empresa no mercado.
DICAS
123
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
124
TÓPICO 3 | PRINCÍPIOS QUALITATIVOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO
125
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Situação Situação
sem Projeto com Projeto
Fluxo de Fluxo de
Caixa 1 Caixa 2
FC2 - FC1
Fluxo de Caixa
Incremental
126
TÓPICO 3 | PRINCÍPIOS QUALITATIVOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO
DICAS
Agora, vamos assumir que você abriu uma conta corrente para a
empresa em um banco, que os recebimentos em dinheiro entram nessa conta
e que os desembolsos saem dessa conta. Depois de um ano de operação, você
construiu um saldo de caixa de, digamos, R$10.000,00, depois de pagar todas
as suas despesas (inclusive os consertos nos equipamentos). Se considerarmos,
por enquanto, que você não tomou emprestado valor algum para investir na
lavadora de carros, você tem R$10.000,00 que pode distribuir para você mesmo
127
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
como único proprietário. Esse dinheiro pode ser gasto imediatamente ao fim do
primeiro ano de atividades, antecipando os próximos dois, três anos, e assim por
diante, e fazendo um cálculo semelhante, podemos determinar fluxos de caixa
futuros – calculados depois de pagar todas as despesas operacionais da firma e de
fazer qualquer dispêndio adicional. Esses fluxos de caixa são os elementos-chave
que determinam o valor do negócio. Basicamente, a utilização da avaliação de
FCD exige um processo de três passos, conforme podemos visualizar no quadro
a seguir (TITMAN; MARTIN, 2010).
128
TÓPICO 3 | PRINCÍPIOS QUALITATIVOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO
1º ano – R$ 58.400,00
2º ano – R$ 64.200,00
3º ano – R$ 73.800,00
4º ano – R$ 87.500,00
5 PLANEJAMENTO
O mercado exige que as empresas sejam competitivas e se mantenham
tecnologicamente atualizadas. Nenhuma companhia pode se sentir completamente
segura, pois existe a possibilidade de algum concorrente chegar com um novo
produto melhor e mais barato. Assim, as empresas são levadas a desenvolver
novos projetos e implementá-los. Isso representa investimentos e a necessidade
de grandes somas adicionais, além de um aumento no risco do empreendimento
(SILVA, 2009).
129
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
• Visão da empresa
• Forte orientação externa
Estratégico Alta Administração • Foco no longo prazo
• Objetivos gerais
• Planos genéricos
130
TÓPICO 3 | PRINCÍPIOS QUALITATIVOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO
FIGURA 9 – 5W2H
FONTE: <https://3.bp.blogspot.com/-pjiZz_UI3Oo/Vr03gcW-lGI/AAAAAAAAMm8/RT2ZeVzC_XA/
s640/5W2H.jpg>. Acesso em: 28 mar. 2019.
131
UNIDADE 2 | MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
132
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os efeitos dos investimentos são mensurados sob a forma dos fluxos de caixa
livres (FLC), enquanto as decisões de financiamento têm seus efeitos captados
na taxa mínima de atratividade (TMA).
133
AUTOATIVIDADE
2 Por meio da fórmula para cálculo do fluxo de caixa livre, conseguimos obter
informações como o EBIT e EBITDA. O que vem a ser isso?
a) ( ) Investir em projetos.
b) ( ) Recomprar ações.
c) ( ) Pagar dividendos.
d) ( ) Aumentar as reservas de caixa.
134
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) ( ) 40.000, 20.000 e 720.000.
b) ( ) 30.000, 20.000 e 740.000.
c) ( ) 50.000, 30.000 e 720.000.
d) ( ) 40.000, 30.000 e 740.000.
a) ( ) 3 a 6 meses.
b) ( ) Até 6 meses.
c) ( ) 6 a 10 meses.
d) ( ) Até 12 meses.
135
136
UNIDADE 3
ELABORAÇÃO, ANÁLISE E
AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE
INVESTIMENTOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudo está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades, que reforçarão o conteúdo apresentado.
137
138
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Chegamos à última unidade! Após conceituados e
abordados vários exemplos sobre fundamentos de investimentos, métodos e
critérios de avaliação dos investimentos, chegou a hora de analisarmos como
funcionam na prática. Contudo, na prática, a tarefa dos gestores vai muito
além dos conceitos abordados anteriormente nas Unidades 1 e 2. Na análise e
avaliação de um projeto de investimento, é necessário entender onde e por que
um investimento pode falhar (SAMANEZ, 2007). Após conhecidos os possíveis
pontos de falha, poderemos decidir se vale ou não o investimento e saber se é
possível reduzir essas incertezas (SAMANEZ, 2007).
2 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Construir cenários é uma das principais ferramentas de gestão, pois é
uma ação que possibilita que o gestor tenha a possibilidade de tomar medidas
de contingência para diferentes situações futuras que um projeto pode enfrentar,
prevendo uma situação esperada, uma situação melhor ou, ainda, uma situação
pior. Assim, tomando como base tais pressupostos, podemos identificar pontos
de melhoria das atividades antes mesmo de haver qualquer tipo de impacto
negativo nos resultados esperados.
139
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
140
TÓPICO 1 | TÉCNICAS PARA ANÁLISES DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
Portanto, é o lucro esperado, porém, você sabe que alguns fatores podem
afetar, positiva ou negativamente, o resultado: a variação de preço pode trazer
mais ou menos gente para o evento, pois pode ocorrer chuva, pode haver um
evento concorrente no mesmo dia e, ainda, você pode investir mais ou menos em
publicidade.
141
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
FIGURA 1 – VARIAÇÕES
Concorrente
Tempo bom
Publicidade
ou Chuva
Preço do
Ingresso
Evento
R$ 100
R$ 100
R$ 100
R$ 80
Preço Mínimo
R$ 100
R$ 120
R$ 100
R$ 100
Preço Máximo
Tempo bom
Tempo ruim
R$ 200.000
R$ 200.000
R$ 200.000
R$ 300.000
Muita Publicidade
R$ 200.000
R$ 200.000
R$ 200.000
R$ 100.000
Pouca Publicidade
Evento Concorrente
15.000
18.000
16.000
Público Mínimo
20.000
30.000
20.000
28.000
Público Máximo
R$ 1.300.000
R$ 1.700.000
R$ 1.300.000
R$ 2.000.000
Lucro Máximo
R$ 1.100.000
R$ 1.100.000
R$ 1.000.000
R$ 600.000
Lucro Mínimo
FONTE: O autor
142
TÓPICO 1 | TÉCNICAS PARA ANÁLISES DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
FONTE: O autor
143
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
das variáveis e, a partir dela, pode-se ter a comparação dos limites máximos e
mínimos de cada variável.
3 ANÁLISE DE CENÁRIOS
A análise de cenários evita os conflitos destacados no parágrafo anterior.
É preciso definir, inicialmente, cenários mutuamente excludentes e coletivamente
exaustivos. Usualmente, os cenários são definidos como: realista (ou mais
provável), pessimista e otimista (BRUNI, 2013).
144
TÓPICO 1 | TÉCNICAS PARA ANÁLISES DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
• Investimentos;
• Custos fixos;
• Receitas (e custos diretos).
Indicadores de retorno
Agora, vejamos uma projeção geral dos dados de receitas, custos e lucros
por ano:
145
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
Uma pergunta que nem todo mundo faz e que é essencial: você vai
acreditar 100% no seu dinheiro e esforço na projeção? E se algo diferente do que
você planejou acontecer? Se, ao invés de vender dez produtos por dia, você só
conseguir vender cinco? E se, simplesmente, o governo não mantiver as taxas
que você estava utilizando na projeção para aquele ano? Enfim, muita coisa
pode mudar e pode impactar positivamente ou negativamente no seu estudo de
viabilidade econômica. É aqui que entra a análise de cenários!
146
TÓPICO 1 | TÉCNICAS PARA ANÁLISES DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
Indicadores de retorno
Indicadores de retorno
147
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
Veja que, apesar do VPL e TIR serem pontos positivos (bons indicadores),
o payback está acima do limite de 36 meses da nossa análise, o que indica que
pode demorar muito tempo para recuperar o dinheiro investido. Por fim, falta
só consolidar todos os cenários em um único lugar para poder ter uma boa
visão do todo.
R$ 1.214.436,64
R$ 676.854,26
R$ 591.649,56
R$ 301.755,30
R$ 148.662,15
R$ 39.251,82 R$ 20.807,49
Ano 1 -R$ 50.599,37 Ano 2 Ano 3
-R$ 92.487,49
De forma resumida, são três as faces de uma mesma situação que podem
vir a ocorrer no futuro. É importante salientar que não existe decisão certa ou
errada. Tudo vai depender da quantidade de risco que você está disposto a
aguentar e o quanto você se dedicará.
148
TÓPICO 1 | TÉCNICAS PARA ANÁLISES DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
QUADRO 2 – PARÂMETROS
Investimento 600,00
149
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
DICAS
Quer saber mais sobre a análise de cenários? Acesse o link e assista ao vídeo
a seguir. FONTE: <https://www.youtube.com/watch?time_continue=41&v=WFwr_sqp2jY>.
Acesso em: 31 jul. 2019.
150
TÓPICO 1 | TÉCNICAS PARA ANÁLISES DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
4 ÁRVORE DE DECISÃO
Conceitualmente, a árvore de decisão é um mapa que apresenta os
possíveis resultados de uma série de escolhas relacionadas. Permite a comparação
de possíveis ações com base em seus custos, probabilidades e benefícios.
151
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
Ponto P1 Resultado
de Risco
Alternativa 1 P2
Resultado
Ponto de
Decisão A Ponto
de Risco P3 Resultado
Alternativa 2 P4
Resultado
152
TÓPICO 1 | TÉCNICAS PARA ANÁLISES DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
• Se optar pela festa no jardim e houver sol, o resultado será ideal. Clima
ensolarado e festa no jardim.
• Caso a festa seja no jardim e chova, o resultado será péssimo. A chuva impedirá
a festa no jardim e, talvez, inviabilize-a.
• Se Juliana fizer a festa na varanda e houver sol, o resultado poderá ser
classificado como bom, com restrições em função do menor espaço da varanda
em relação ao jardim.
• Caso a festa ocorra na varanda e chova, o resultado será bom com restrições em
função dos respingos que, eventualmente, poderão molhar os convidados.
• Se a festa ocorrer dentro de casa e houver sol, o resultado será ruim em função
do calor exagerado.
• Por outro lado, se a festa for dentro de casa e chover, o resultado será bom, com
a temperatura amena e sem respingos para chatear os convidados.
Para uma pessoa neutra em relação ao risco foram oferecidas duas opções:
153
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
154
TÓPICO 1 | TÉCNICAS PARA ANÁLISES DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
E
IMPORTANT
Assaf Neto (2014) escreve que a ideia de risco, de forma mais específica,
está diretamente associada às probabilidades de ocorrência de determinados
resultados em relação a um valor médio esperado. É um conceito voltado para
o futuro, revelando uma possibilidade de perda (ou ganho) nos retornos de um
ativo. Em outras palavras, pode-se dizer que o conceito de risco está vinculado
com o conceito de probabilidade. “O conceito básico de probabilidade refere-se
à possibilidade (ou chance), expressa normalmente em porcentagem, de ocorrer
determinado evento” (ASSAF NETO, 2014, p. 220).
155
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
156
TÓPICO 1 | TÉCNICAS PARA ANÁLISES DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
157
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
E
IMPORTANT
DICAS
Quer saber mais sobre risco x retorno em investimentos? Acesse o link a seguir.
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=MtOInNH6oGs>. Acesso em: 31 jul. 2019.
158
TÓPICO 1 | TÉCNICAS PARA ANÁLISES DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
Risco não
sistemático
Risco
Risco (%)
sistemático
Título Empresa
Empresa Renda fixa X Y
159
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Como vantagens, citamos a flexibilização das variáveis, estas que podem ser
incorporadas à análise. Já como desvantagens, apresentamos a variabilidade
de produtos, pois quanto maior o portfólio de produtos esperados em um
projeto, maior será a dificuldade em definir estratégias de intervenção.
a) ( ) análises de sensibilidade.
b) ( ) análise de cenários.
c) ( ) análise de risco x retorno.
4 A análise de cenários trabalha com três tipos de cenários. Quais são e o que
cada um representa?
Concorrência
Investimentos de grande incerteza
Políticas
Riscos de investimentos
Macroeconômicas
Investimentos com longo prazo de maturação
Mercado
Riscos tecnológicos
Tecnológicas
Sociais
161
(1) Pontos de decisão ( ) representados por um círculo
(2) Pontos de risco ( ) representados por um quadrado
(3) Resultados ( ) representados por um retângulo
162
9 Na análise de riscos, podemos observar que, quanto maior a dispersão,
maior será o risco. Consequentemente, quanto menor a dispersão, menor
será o risco. Como se dá a preferência pelo risco x retorno?
Retorno
Esperado
Rp UA
RA
0 σA Desvio Padrão
do Retorno
σp
163
164
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Martins et al. (2001) escrevem que um projeto de investimento pode ser
avaliado por meio de diversas técnicas, inclusive, utilizando modelos usuais
de avaliação (que não deixam de ser técnicas de avaliação de projetos), como a
compra, fusão ou incorporação de empresas. Os autores afirmam que a escolha
do método deve considerar o propósito da avaliação e as características próprias
do empreendimento, classificando em: técnicas comparativas de mercado,
técnicas baseadas em ativos e passivos contábeis ajustados e técnicas baseadas no
desconto de fluxos futuros de benefícios.
2 FLEXIBILIDADE GERENCIAL
É fato que qualquer negócio empresarial está sujeito a fenômenos como
globalização, inovação tecnológica constante e desregulamentação. O cenário
empresarial é altamente competitivo e incerto, e alguns dos negócios podem estar
se transformando drasticamente com novas formas emergentes de relacionamento
entre clientes e fornecedores e novos competidores. Rever a estratégia inicial e
alterar o plano de investimento de acordo com as novas condições econômicas
são ações chamadas de flexibilidades gerenciais (MINARDI, 2004).
165
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
valor presente líquido) nem sempre conduzem à melhor solução estratégica. Assim,
surgiram os modelos alternativos para correção das deficiências quantitativas e
captação do valor de flexibilidade gerencial (análise de sensibilidade, árvore de
decisão e análise de cenário).
166
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
trará uma vantagem competitiva. Minardi (2004, p. 21) destaca que “a flexibilidade
gerencial é uma possibilidade, mas não uma obrigação de alterar um projeto em
diferentes etapas de sua vida útil operacional”.
E
IMPORTANT
167
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
Dias (2005) aborda que as opções reais são o direito, mas não a obrigação,
que um agente possui quando toma decisões sobre um ativo real. O agente pode
ser um gerente, um consumidor, um planejador social ou qualquer tomador de
decisão.
168
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
$4x10.000
VPL= -$10.000 -$500.000 +
10%
VLP= -$110.000
Seria um caso típico para negociar uma opção de compra, mas uma
proposta assim poderia influenciar o vendedor de forma a aumentar o preço do
terreno. De qualquer forma, ele pretende vender o terreno imediatamente, e se
não fizermos a operação, podemos perder o terreno definitivamente.
FONTE: O autor
169
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
FONTE: O autor
1
VLP = -$10.000 + x
(1+10% )
( $35 -$16 ) x10.000
0,25x -$500.000 +
10%
VLP ≈ $308.182
170
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
DICAS
Expansão
Contração Insumo (switch-input)
Troca/ Modificação Produto (switch-output)
Operacionais (Switch) Uso (switch-use)
Opções Reais
Parada Temporária Localização (switch-place)
(Shut-down)
Abandono
Bayesiana tradicional
Endógena
(learning Processos de revelação (Dias)
Aprendizagem
by doing)
Exógena Incerteza de mercado (= OR de espera)
Incerteza estratégica (teoria dos jogos)
171
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
E
IMPORTANT
172
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
FONTE: O autor
• Primeiro: a opção financeira tem como ativo básico um valor mobiliário (ativo
negociado no mercado financeiro), enquanto a opção real tem por base algo
tangível, como um projeto.
• Segundo: a maioria das opções financeiras é composta por apostas secundárias.
O emissor da opção não, necessariamente, é o dono da ação que compõe o
ativo básico, ou seja, ele não tem influência sobre o que a empresa faz e sobre
o preço de suas ações. Por outro lado, a opção real é gerenciada pelos mesmos
agentes que detêm o ativo subjacente, tendo, portanto, poder sobre a mudança
do seu valor.
Grande parte das opções financeiras pode ser avaliada pelo modelo Black-
Scholes. No entanto, opções reais são muito mais complexas (MINARDI, 2000).
a) Opções financeiras típicas têm vida curta (menos de um ano para expiração,
embora existam algumas de cinco a dez anos). Opções reais têm vida longa,
sendo perpétuas, em alguns casos.
173
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
3 VISÃO DO PROJETO
Brito (2011) escreve que fazer um projeto só tem sentidos econômico
e social se o resultado for a produção de bens e/ou serviços. Existem vários
caminhos que variam de acordo com a atividade da empresa e a finalidade do
empreendimento.
Segundo Buarque (1985) apud Brito (2011), um projeto tem cinco fases: a
ideia, a pré-viabilidade, a viabilidade, a engenharia e a execução. Demais autores
colocam, de uma forma parecida, as mesmas fases, classificando-as em: estudos
preliminares, anteprojeto, projeto, execução e acompanhamento.
175
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
176
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
177
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
178
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
Cenário ideal
Prognóstico
,
as
os m
et a
çõ e
oj gr
ea sd
es
pr pro
as a
gi re
té s á
s,
no
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a
Pl
es o
o, çã
çã nta
ua la
at mp
I
Cenário atual
Diagnóstico
• Agrícolas;
• Pecuários;
• Agropecuários;
• Industriais;
• Agroindustriais;
• De serviços básicos (agua, saneamento, energia, transportes, estradas,
comunicações, telefones);
• De serviços sociais (escolas, habitações, lazer);
• Outros serviços.
Enfim, todos podem ser classificados de acordo com a definição dos três
setores da economia: primário, secundário e terciário.
179
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
4 INVESTIMENTOS NA PRODUÇÃO
Em economia, investimento significa a aplicação de capital com a
expectativa de um benefício futuro. As empresas tendem a fazer investimentos
com alguma frequência. Alguns investimentos são necessários para o
funcionamento quotidiano de um negócio (como a compra de computadores).
Outros são realizados visando à obtenção de lucros no futuro, como a compra de
uma custosa máquina que permita incrementar a produção.
Gasto
Investimento Despesa
Custo
(Benefícios (Administrar
(Produzir)
futuros) e vender)
FONTE: O autor
DICAS
Capacitação instalada
Recursos financeiros
182
RESUMO DO TÓPICO 2
183
• Investimento significa a aplicação de capital com a expectativa de um benefício
futuro.
184
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Postergar um projeto.
b) ( ) Abandonar o projeto ainda em fase de construção.
c) ( ) Abandonar temporária ou definitivamente um projeto.
d) ( ) Realizar outros investimentos dependentes de um projeto inicial.
a) ( ) Correta.
b) ( ) Falsa.
a) ( ) Contábil e Financeiro.
b) ( ) Estratégico e Finanças.
c) ( ) Legal e Jurídico.
d) ( ) Estratégico e Legal.
a) ( ) Opções financeiras têm vida longa. Opções reais têm vida curda.
b) ( ) Ativos-objetos de opções financeiras são comercializados em vários
mercados e nunca serão negativos.
185
c) ( ) Opções financeiras têm um preço de exercício determinado e único.
d) ( ) Opções financeiras geralmente envolvem uma única opção. Opções
reais geralmente são compostas.
186
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, chegamos ao último tópico da Unidade 3! Nos tópicos
anteriores, estudamos questões qualitativas aplicadas aos investimentos e
sobre a flexibilidade gerencial, uma importante ferramenta que torna possível a
capitalização de futuras oportunidades favoráveis ao negócio, além da diminuição
das perdas.
A delimitação de um ano não costuma ser seguida por empresas cujo ciclo
(produção-venda-produção) ultrapasse caracteristicamente o prazo (exemplo:
estaleiros, atividade rural etc.).
187
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
Em que:
188
TÓPICO 3 | PRINCÍPIOS DA APLICAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO
E
IMPORTANT
189
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
FIGURA 25 – EXPRESSÕES
FONTE: O autor
3 PONTO DE EQUILÍBRIO
O ponto de equilíbrio (break-even-point) é a denominação dada ao estudo
nas empresas. O total das receitas é igual ao total dos gastos (custos e despesas).
Alguns autores também classificam o conceito como ponto de equilíbrio contábil.
190
TÓPICO 3 | PRINCÍPIOS DA APLICAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO
FONTE: <https://pt.slideshare.net/wandickrochadeaquino/prticas-financeiras-e-contbeis-aulas-
5-e-6>. Acesso em: 2 ago. 2019.
CF + Lucro
Mínimo
Ponto de Equilíbrio Econômico =
p - CVu
FONTE: O autor
191
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
FONTE: O autor
Ponto de
2.000 + 500
Equilíbrio = = 250 unidades
15 − 5
Econômico
192
TÓPICO 3 | PRINCÍPIOS DA APLICAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO
Ponto de
2.000 − 100 + 700
Equilíbrio = = 260 unidades
15 − 5
Financeiro
FONTE: O autor
193
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
194
TÓPICO 3 | PRINCÍPIOS DA APLICAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO
195
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Tiago da Costa
Quer ver sua empresa com mais fôlego no controle financeiro? Um dos
segredos está em fazer o planejamento financeiro. Veja as dicas que separamos
para você começar a planejar agora.
Planejar as finanças pode ser algo bem menos complicado e sair mais
barato do que você imagina, bastando um pouco de disciplina e atenção. Veja
algumas dicas para facilitar o planejamento financeiro de sua empresa:
196
TÓPICO 3 | PRINCÍPIOS DA APLICAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO
Se você percebe que as coisas estão bagunçadas em sua empresa, pode ser
interessante contar com o auxílio direto de um consultor financeiro. O profissional
passará ao gestor orientações financeiras que levam em conta as características
individuais do negócio, traçando, também, planos certeiros de investimentos.
Com a estrutura, você será capaz de fazer projeções das entradas e saídas
de recursos da empresa com muito mais precisão, além de entender como suas
finanças vêm progredindo com o passar dos meses.
Com um bom sistema de controle, você tem acesso fácil ao seu histórico
de gastos e ganhos. A ação te ajudará a usar o passado para planejar o futuro
com muito mais embasamento. Portanto, coloque tudo registrado e monitorado,
implementando uma nova mentalidade na cultura da empresa, se possível, desde
o nascimento.
FONTE: IOGULLO, Flavio. 5 dicas para o planejamento financeiro da sua empresa. 2019. Disponível
em: https://controlefinanceiro.granatum.com.br/dicas/5-dicas-planejamento-financeiro-empresa/.
Acesso em: 2 ago. 2019.
197
RESUMO DO TÓPICO 3
198
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Contábil.
b) ( ) Econômico.
c) ( ) Financeiro.
a) ( ) Contábil e Econômico.
b) ( ) Econômico e Financeiro.
c) ( ) Contábil e Financeiro.
199
200
REFERÊNCIAS
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br.advfn.com/indicadores. Acesso em: 22 fev. 2019.
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. 7. ed. São Paulo: Atlas,
2014.
ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G.; ARAÚJO, Adriana Maria Procópio de. Uma
proposta metodológica para o cálculo do custo de capital no Brasil. Revista de
Administração. São Paulo: USP, v. 43, n. 1, p. 72-83, jan. /fev. /mar. 2008.
BRUNI, Adriano Leal. Avaliação de investimentos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
BRUNI, Adriano Leal. Avaliação de investimentos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
BTG PACTUA DIGITAL. Tudo sobre infração: anual histórico, índices de inflação
e mais. 2017. Disponível em: https://www.btgpactualdigital.com/blog/financas/
tudo-sobre-inflacao. Acesso em: 22 fev. 2019.
201
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204