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TT312A
(a ser completado!)
1 Sequências
Uma seqüência numérica é uma lista de números. Essa lista pode ter um padrão
ou não. Por exemplo,
a1 , a2 , ..., an , ...
s:N →R
n 7−→ sn
Exemplos:
1
• 1, 1, 1, 1, 1, 1, ... A seqüência (an = 1)∞ ∞
n=1 ou {an = 1}n=1 ou ainda, {1}.
1 ∞ 1 ∞
• 1, 21 , 14 , 18 , 16
1
, ... A seqüência (an = 2n )n=1 ou {an = 2n }n=1 ou ainda,
1
{ 2n }.
1 ∞ 1 ∞
• 1, 12 , 13 , 14 , 15 , ...A seqüência (an = n )n=1 ou {an = n }n=1 ou ainda, { n1 }.
• 1, 12 , 14 , 18 , 16
1
, ...
• 1, 1, 1, 1, 1, 1, ...
• 1, 12 , 13 , 14 , 15 , ...
• 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, ...
• 1, 0, 1, 0, 1, 0, 1, 0, ...
• 1, 3, 12 , 3, 13 , 3, 14 , 3, 15 , ...
• 1, −1, 1, −1, 1, ...
lim an = L,
n→∞
|an − L| < .
2
Se lim an = L a sequência é dita ser convergente, os seus termos convergem
n→∞
para o valor L. Se lim an não existe, a sequencia é dita ser não-convergente,
n→∞
ou divergente.
lim an
an n→∞
5. lim = desde que lim bn 6= 0
n→∞ bn lim bn
n→∞ n→∞
6. lim k = k
n→∞
Definition 7 Uma sequencia (an ) é dita ser crescente se an ≤ an+1 para todo
n ≥ 1. Note que, a partir dessa definição, a sequencia a1 ≤ a2 ≤ a3 ≤ .... é
crescente.
3
Definition 12 Uma sequencia (an ) é dita ser limitada superiormente se
existir um número real Y tal que an ≤ Y para todo n ∈ N.
Definition 14 Uma sequencia (an ) é dita ser limitada se for limitada supe-
riormente e limitada inferiormente, ou seja, se existirem número reais X e Y
tais que X ≤ an ≤ Y para todo n ∈ N.
Definition 16 Uma sequencia (an ) de números reais é dita ter ínfimo se exis-
tir um número real x tal que X ≤ x, para todo limite inferior X . O ínfimo da
sequencia (an ) é o maior dos limitantes inferiores.
4
Seja a série
∞
X
an = a1 + a2 + a3 + a4 + · · · .
n=1
Definition 20 Seja
∞
X
an
n=1
sn = a1 + a2 + a3 + a4 + · · · + an−1 + an
lim sn = +∞
n→∞
S1 = 1
1 6
S2 = 1 + 5 = 5
5
S3 = 1 + 15 + 25
1 31
= 25
1 1 1 1 471
S4 = 1 + 5 + 25 + 75 + 125 = 375
...
1
Sn = 1 + 15 + ... + 5n−1 =?
Nem sempre é fácil encontrar uma expressão para Sn . Para encontrar nesse
exercício, é preciso descobrir o termo geral (uma fórmula) que indique o próximo
termo da seqüência (de somas parciais).
6 31 94 471
1, , , , , ...
5 25 75 125
O método que será exibido na seqüência pode ser utilizado em outras situa-
ções.
Sabe-se que:
n
X
(an − bn ) = (a − b) an−k bk−1
k=1
ou
n
n
X n
(a + b) = ap bn−p
p
p=0
Na fórmula (an − bn ) = (a − b) an−1 + an−2 b + an−3 b2 + an−4 b3 + ... + bn−1
1
fazer b = e a = 1.
5
Assim,
1 1 1 1 1
1n − ( )n = (1 − )(1n−1 + 1n−2 ( ) + 1n−3 ( )2 + ... + ( )n−1 )
5 5 5 5 5
1 1 1 1 1
1n − = (1 − )(1 + + 2 + ... + n−1 )
5n 5 5 5 5
Segue-se então que:
1
1− n
Sn = 5
1
1−
5
1
1− n 5
1
Sn = 5 = 1− n .
5−1 4 5
5
5 1
Sn = 1− n
4 5
O valor da soma da série infinita é fornecido por:
6
5 1 5
lim Sn = lim 1− =
n→+∞ n→+∞ 4 5n 4
1
Note que n −→ 0 quando n → +∞
5
Portanto,
+∞
X 1 1 1 5
n−1
= 1 + + 2 + ... =
n=1
5 5 5 4
P+∞ 1
Um modo alternativo de se verificar a soma da série n=1 n−1 é através
5
das séries geométricas.
Seja a soma finita:
1 1 1 1 1 1
Sn = 1 + + 2 + 3 + 4 + 5 + ... + n−1
5 5 5 5 5 5
1
Sn é uma progressão geométrica de razão igual a , cujo termo geral é dado
5
por:
a(1 − rn )
Sn =
(1 − r)
1
Se a = 1 e r =
5
1
1− n 5
1n
Sn = 5 = 1−
4 4 5
5
1n
5 5
lim Sn = lim 1− =
n→+∞ n→+∞ 4 5 4
Portanto, a soma da série
+∞
X 1 5
= .
n=1
5n−1 4
P+∞
A série arn−1 = a + ar + ar2 + ... é dita ser uma série geométrica, que
n=1
a
converge para se |r| < 1 e diverge se |r| ≥ 1.
1−r
7
P+∞ P+∞
• Se n=1 an e n=1 bn são duas séries infinitas que diferem somente pelo
seus m primeiros termos, então ambas convergem ou ambas divergem.
• A série
∞
X 1 1 1 1 1 1
p
= p + p + p + p + ... + p + ...
n=1
n 1 2 3 4 n
é a série p-harmônica. Diverge se p ≤ 1 e converge se p > 1.
8
• (Teste da Integral) Seja f uma função contínua, decrescente e com
valores positivos para todo x ≥ 1. Então, a série infinita
+∞
X
f (n) = f (1) + f (2) + f (3) + ... + f (n) + ...
n=1
´ +∞
será convergente se a integral imprópria f (x)dx existir e será diver-
´b 1
gente se lim 1 f (x)dx = +∞.
b→+∞
• Se an > 0 para todo n inteiro positivo. As séries abaixo são ditas series
alternadas:
+∞
X
(−1)n+1 an = a1 − a2 + a3 − a4 + ... + (−1)n+1 an + ....
n=1
+∞
X
(−1)n an = −a1 + a2 − a3 + a4 − ... + (−1)n an + ....
n=1
9
Roteiro para analisar séries
6. Teste da comparação
4 Séries de Potências
• Uma série de potências em x − a é uma série da forma:
+∞
X
cn (x − a)n = c0 + c1 (x − a) + c2 (x − a)2 + ... + cn (x − a)n + ...
n=0
P+∞
• Seja n=0 cn xn uma série de potências. Então, uma e somente uma das
seguintes afirmações é verdadeira:
10
for uma série de potências com um raio de convergência R > 0, então a
série
+∞
X
ncn xn−1
n=0
também será R.
P+∞
• Seja n=0 cn xn uma série de potências cujo raio de convergência é R > 0.
P+∞
Então, se f for uma função definida por f (x) = n=0 cn xn . A função
f 0 (x) existirá
P+∞ para todo x no intervalo aberto (−R, R) , sendo dada por
f 0 (x) = n=1 ncn xn−1 .
ˆ x +∞
X cn n+1
f (t)dt = x ,
0 n=0
n+1
com raio de convergência R.
11
4.4 Série de Taylor
+∞ (n)
X f (a) f 00 (a) f (n) (a)
(x−a)n = f (a)+f 0 (a)(x−a)+ (x−a)2 +...+ (x−a)n +...
n=0
n! 2! n!
.
Exemplos
x3 x5 x2n−1
1+x
• ln =2 x+ + + ... + + ... se |x| < 1.
1−x 3 5 2n − 1
P+∞ n x2n+1 x3 x5
• tg −1 x = n=0 (−1) =x− + − ...se |x| ≤ 1.
2n + 1 3 5
P+∞ xn x2 x3
• ex = n=0 =1+x+ + + ... para todo x.
n! 2! 3!
P+∞ (−1)n x2n+1 x3 x5 x7
• sin x = n=0 =x− + − + ....
(2n + 1)! 3! 5! 7!
P+∞ x2n+1 x3 x5 x7
• sinh x = n=0 =x+ + + + ....
(2n + 1)! 3! 5! 7!
P+∞ x2n x2 x4 x6
• cosh x = n=0 = 1 + + + + ....
(2n)! 2! 4! 6!
+∞
X m(m − 1)(m − 2)...(m − n + 1) n
(1 + x)m = 1 + x
n=1
n!
12
5 Equações Diferenciais Ordinárias
5.1 Classificação das equações diferenciais
O exemplo mais conhecido seja o da lei de Newton F =ma. Se u(t) é a posi-
ção no instante t de uma partícula de massa m submetida a uma força F, temos:
d2 u
du
= F t, u,
dt2 dt
Equações diferenciais ordinárias e equações diferenciais parciais.
Uma das classificações mais evidentes se baseia em a função desconhecida de-
pender de uma só variável independente ou de diversas variáveis independentes.
No primeiro caso, na equação diferencial só aparecem derivadas ordinárias e
a equação é uma equação diferencial ordinárias. No segundo caso, as de-
rivadas são derivadas parciais, e a equação é uma equação diferencial parcial.
d2 Q(t) dQ(t) 1
L +R + Q(t) = E(t).
dt2 dt C
Exemplos típicos de euqações diferenciais parciais são a equação do potencial
∂ 2 u(x, y) ∂ 2 u(x, y)
+ = 0,
∂x2 ∂y 2
a equação da difusão e da condução do calor
∂ 2 u(x, t) ∂u(x, t)
α2 2
= ,
∂x ∂t
e a equação da onda
∂ 2 u(x, t) ∂ 2 u(x, t)
α2 2
= .
∂x ∂t2
dx/dt = ax − αxy
13
é uma equação diferencial ordinária de ordem n.
Por exemplo,
y 000 + 2et y 00 + yy 0 = t4
é uma equação diferencial de terceira ordem em y = u(t).
Uma solução da equação diferencial ordinária, no intervalo α < t < β.
é linear se F for uma função linear das variáveis y, y 0 , ....y (n) . Assim , a equação
diferencial ordinária linearm de ordem n, é
Uma equação que não tenha a forma acima é uma equação não-linear. O
ângulo θ que um pêndulo de comprimento L faz com a direção vertical, obedece
a equação não linear.
d2 θ g
2
+ sin θ = 0
dt L
Campos de direções
dy
= f (t, y).
dt
• fator integrante: ´
p(t)dt
µ(t) = e
14
• solução geral: ´
µ(t)g(t)dt + c
y=
µ(t)
• condição inicial:
y(t0 ) = y0
5.2.1 Justificativa
Sobre as equações diferenciais de primeira ordem,
dy
= f (t, y),
dt
onde f é uma função conhecidade de duas variáveis.
Equações Lineares
Se a função f da equação depende linearmente da variável dependente y, então
a equação pode ser escrita na forma
dy
dt + p(t)y = g(t).
dt
e é chamada de equação diferencial linear de primeira ordem. Vamos
adimitir que p e g são funções conhecidas e contínuas no intervalo α < x < β.
Por exemplo, a equação diferencial
dy 1 3
dt + y =
dt 2 2
é uma equação linear particularmente simples, com as funções p(x) = 1/2 e
g(x) = 3/2, ambas constantes.
(y 0 − rt)e−rt = ke−rt .
(ye−rt )0 = ke−rt ,
15
pela função e−rt . Como está muliplicação deixa a equação em uma forma que
é imediatamente integrável, a função e−rt é chamada de fator integrante
y 0 + p(t)y = g(t)
[µ(t)y]0 = µg(t).
ˆ
µ(t)y = u(t)g(t)dt + c
´
µ(t)g(t)dt + c
y=
µ(t)
Portanto, esta expressão é uma solução geral. É de uma familia infinita de cur-
vas, uma para cada valor de c. Estas curvas são ascurvas integrais da equação
diferencial. Muitas vezes é importante selecionar um membro particular da fa-
mília de curvas integrais, o que se faz pela identificação de um ponto particular
(t0 , y0 ) por onde deve passar yna das cyrvas da solução. Esta exigência se es-
creve, usualmente, como
y(t0 ) = y0 ,
e é conhecida como uma condição inicial. Uma equação diferencial de pri-
meira ordem.
16
5.3.1 Justificativa
Às vezes é conveniente usar x em vez de t para designar a variável independente
de uma equação diferencial. Neste caso, a equação geral de primeira ordem
assume a forma
dy
= f (x, y).
dx
Se a equação é não-linear, isto é, s f não é uma função linear da variável inde-
pendente y, não existe um método geral para resolver a equação. Reescrevemos
a equação na forma
dy
M (x, y) + N (x, y) =0
dx
m(x, y) = −f (x, y) e N (x, y) = 1
dy
M (x) + N (y) =0
dx
Uma equação deste tipo é dita separável porque é escrita na forma diferencial
M (x)dx + N (y)dy = 0,
na qual, caso se deseje, os termos que envolvem cada variável podem ser sepa-
rados pelo sinal de igualdade.
Teorema
Sejam M,N, My e Nx , onde os índices inferiores simbolizam derivadas par-
ciais, funções contínuas no domínio retangular R : α < x < β, γ < y < δ
My (x, y) + Nx (x, y)
5.4 Aplicações
• Decaimento Radioativo
• Juros Compostos
• Misturas
17
• Dinâmica de Populações
(1 + y 02 )y = k 2
y = k 2 sin2 t
2k 2 sin2 tdt = dx
18
5.5 Equações diferenciais exatas
Definição 5.1 Sejam M ,N ,My ,Nx funções continuas num domínio R
(uma região simplesmente conexa, isto é, "sem buracos"), então
My (x, y) = Nx (x, y)
em cada ponto de R. Isso significa que existe uma função φ(x, y) tal que:
φx (x, y) = M (x, y)
e
φy (x, y) = N (x, y)
se e somente se
My (x, y) = Nx (x, y).
e
φy (x, y) = N (x, y) = sin x + x2 ey − 1.
Portanto,
y + x2 ey − y = c
19
5.6 Equações diferenciais de primeira ordem homogê-
neas
As equações diferenciais separáveis e exatas são dois tipos de equações
diferenciais de primeira ordem não-lineares que podem ser resolvidas por
processos diretos de integração. No entanto, em alguns casos, é possível
utilizar de mudanças (convenientes) de variáveis de modo a simplificar a
equação e poder resolvê-la.
dy
Após isso a equação dx = F ( xy ) pode ser transformada em uma equação
separável
dv
x = F (v) − v.
dx
dy y 2 +2xy
Exemplo 5.2 Seja a equação diferencial dx = x2 . Essa equação pode
ser reescrita como:
dy y2 2xy
= 2+ 2
dx x x
dy y y
= ( )2 + 2 .
dx x x
dy
Neste caso, dx = F ( xy ). Como é então uma equação homogênea, faz-se a
substituição tal como exposta na definição de equação diferencial homogê-
nea.
dv
v+x = v 2 + 2v
dx
ou seja,
dv
= v2 + v
x
dx
Separando dx com x e dv com v se tem:
dx dv
= 2 .
x v +v
20
Por frações parciais (lado direito)
dx 1 1
=( − ).
x v v+1
Integrando ambos os lados e assumindo c como constante,
ln |x| + ln |c| = ln |v| − ln |v + 1| .
Simplificando,
v
cx = .
v+1
Refazendo as substituições originais e simplificando,
y
cx = .
y+x
dy y 2 +2xy
Portanto, a solução da equação diferencial dx = x2 é dada por:
cx2
y= .
1 − cx
– raízes complexas: λ ± iµ
y = c1 eλt cos(µt) + c2 eλt sin(µt)
– raízes repetidas: r1 = r2
y = c1 er1 t + c2 ter1 t
• condições iniciais: y(t0 ) = y0 e y 0 (t0 ) = y00
21
5.8.1 Justificativa
22
Uma vez resolvida a equação homogênea, é sempre possível resolver a
equação correspondente, não-homgênea(4), ou pelo menos exprimir a so-
lução em termos de uma integral. Assim, o problema da resolução da
equação homogênea é um problema fundamental.
As equações nas quais as funções P , Q e R são constantes.
ay 00 + by 0 + cy = 0
ay 00 + by 0 + cy = 0
ar2 + br + c = 0
y 0 = c1 r1 er1 t + c2 r2 er2 t
y = c 1 e r1 t + c 2 e r2 t
ay 00 + by 0 + cy = 0.
23
5.9 Método dos coeficientes indeterminados
Seja
y 00 + p(t)y 0 + q(t)y = g(t) (1)
uma equação diferencial de segunda ordem linear e não homogênea. A
solução geral da equação acima pode ser escrita na forma
y 00 + p(t)y 0 + q(t)y = 0,
y 00 − 3y 0 − 4y = 3e2t . (∗)
Para a solução particular, o objetivo é encontrar uma função Y (t) tal que
Uma possível solução pode ser do tipo Y (t) = Ae2t . Assim, Y 00 (t) = 4Ae2t
e Y 0 (t) = 2Ae2t . Substituindo em (*) se tem que:
−1
Ou seja, A = 2 . Portanto, uma solução particular é:
−1 2t
Y (t) = e .
2
24
Para a solução geral de
y 00 − 3y 0 − 4y = 0. (∗)
é:
25
ˆ ˆ
y2 (t)g(t) y1 (t)g(t)
Y (t) = −y1 (t) dt + y2 (t) dt
W (y1 , y2 )(t) W (y1 , y2 )(t)
onde o Wronskiano W é:
y (t) y2 (t)
W (y1 , y2 )(t) = 10
y1 (t) y20 (t)
26