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NR - 13
Para tanto, faz-se necessário o treinamento objetivo de todas as pessoas que, direta ou
indiretamente, respondem pelo funcionamento deste equipamento. De acordo com o
Ministério do Trabalho, através da Norma Regulamentadora (NR-13) Portaria 3214/79,
alterada pela Portaria no 23, de 27/12/94, republicada em 26/ 04/95: toda caldeira deve estar
obrigatoriamente sob controle de operador qualificado.
O presente manual foi elaborado segundo o programa oficial determinado pela referida
norma. Tem como objetivo servir de apoio durante o curso e como fonte de consulta para o
operador de caldeiras, no desempenho de sua função.
Com o presente manual espera-se estar contribuindo para que os operadores de caldeiras
possam trabalhar com mais segurança, evitando acidentes e suas conseqüências.
1 – Noções de Grandezas Físicas
1.1 – Pressão
Segundo Pascal, pressão é uma força exercida sobre uma determinada área. As unidades
de medidas de peso, força e área variam de acordo com as normas de cada país.
P=F/A
a) Pressão Atmosférica
Pressão atmosférica é a pressão exercida pela acamada de ar em um determinado ponto.
Segundo a experiência de Torricelli, em uma cidade ao nível do mar, com Rio de Janeiro, em
relação à outra com altitude elevada, como La Paz, na Bolívia, as pressões são diferentes.
2 – Calor
É uma forma de energia térmica em trânsito, ou seja, está sempre se transferindo de um
corpo com maior temperatura para um corpo de menor temperatura. O calor não pode ser
armazenado; o que pode ser feito é apenas facilitar ou dificultar sua transferência.
A unidade de medida de calor é o kcal, que é a quantidade de calor necessária para elevar 1 kg
de água de 1ºc.
2.1 – Temperatura
É uma medida da energia cinética, isto é, da energia de vibração das moléculas que
compõem certo corpo. Quanto mais intensa é a vibração das moléculas, maior será a
temperatura do corpo em questão. É justamente a diferença de temperatura entre dois corpos
que promove a transferência de calor.
Para a medição da temperatura, criaram-se escalas térmicas, tais como, Celsius ou Centigrado,
Fahrenheit, Kelvin, etc. A escala utilizada no Brasil é a Celsius.
2.2 – Modos de Transferência de Calor
Entende-se por transferência de calor o fenômeno da cessão de calor entre uma região
com temperatura mais elevada para outra temperatura mais baixa. Essa diferencia de
temperatura pode ocorrer num mesmo corpo ou em corpos diferentes.
a) Condução
Ao se colocar no fogo a extremidade de uma barra de ferro, após certo tempo o outro
extremo começa a aquecer-se. Caso se permaneça segurando o material sentirá a temperatura
aumentar gradativamente.
b) Convecção
Considera-se a barra mencionada no item anterior, porém sendo retirada a fonte de calor.
Ao se colocar a mão sobre o material aquecido, mantendo-se certa distância, conforme ilustra
a figura 6, percebe-se que o calor do material aquece o ar.
O ar torna-se leve e sobe, tal como ocorre com os balões de papel cheio de ar quente. O
lugar deixado livre pelo ar quente é ocupado pelo ar mais frio (mais pesado) que, por sua vez,
se aquece, repetindo o ciclo anterior. Dessa forma, estabelece-se uma corrente ascendente de
ar quente, que atua como veículo transportador de calor desde a barra de ferro até a mão.
c) Irradiação
Transmissão que não necessita de um meio material para que o calor seja transmitido. Se o
bulbo de um termômetro for envolvido por um recipiente no qual foi feito vácuo, o calor que
atinge o termômetro o faz por meio de irradiação. Neste caso, a transferência de calor é feita
por meio de ondas eletromagnéticas.
2.7 – Vapor
O vapor é a água no estado gasoso. Esta mudança de estado é proporcionada pelo efeito
direto do calor e inverso da pressão. Quanto maior for à pressão, mais elevada será a
temperatura de vaporização da água e mais energia o vapor transportará pelas moléculas de
água que o constitui. Ao se condensar, a mesma energia que as moléculas absorveram para
passar para fase vapor é liberada para o meio, resultando aí na transferência de energia na
forma de calor.
a) Vapor Saturado
É composto por uma mistura de água e vapor, cuja temperatura se mantém constante em
relação à sua pressão, e é justamente esta característica que lhe confere maior facilidade no
controle de temperatura de processos, portanto, é o tipo de vapor mais utilizado na maioria das
aplicações industriais, que não requerem isenção de umidade ou altas temperaturas.
b) Vapor Superaquecido
É isento de umidade e comporta-se nas tubulações como gás. Graças a estas qualidades,
é o perfeito para alimentação de turbinas geradoras de energia elétrica ou motora, e este é de
fato sua principal aplicação. Isso por que as turbinas não podem receber umidade, sob o risco
de sofrerem danos em seus componentes
P P P
T Vapor
Líquido Líquido Líquido
Vapor Gás
Vapor Superaq.
Saturado
Suponhamos: 7,0kgf/cm²
- Procure em seguida na 1ª coluna da Tabela o valor da pressão, lido anteriormente;
- Encontrado o valor, basta ler os valores da respectiva linha; portanto:
Tvap = 169,6°C e Vesp = 0,24m³/kg
3 – Considerações Gerais das Caldeiras
3.1– As Primeiras Maquinas a Vapor
Em 130 AC, Heron de Alexandria criou a Eolípila, uma forma bem rudimentar de turbina
a vapor que iria provocar, séculos mais tarde, uma verdadeira revolução industrial, com a
invenção da máquina a vapor.
Utilizada em seus primeiros anos de vida, por Thomas Saveny no Trabalho de
extração de águas das minas, a nova máquina foi sendo aperfeiçoada passando a funcionar
com cilindro e êmbolo a partir de 1705.
Em 1763, James Watt, estudando a nova máquina a vapor, chegou a outras
conclusões e terminou por inventar o seu próprio tipo que corresponde, aproximadamente, a
moderna máquina a vapor. Em 1782, Watt patenteou um novo modelo, máquina rotativa de
ação dupla que permitiu o aproveitamento do vapor para impulsionar toda espécie de
mecanismos.
Depois de Watt, em torno de 1800, Richard Tvevithick e Oliver Evans,
observando o fenômeno de alta pressão, aperfeiçoaram a engenhosa máquina que logo teve
aplicação nas locomotivas e rapidamente na navegação.
Esta última é atribuída ao americano Robert Fulton que depois, de algumas
experiências malogradas no Rio Sena conseguiu cruzar o Rio Hudson dando inicio a
navegação comercial.
b) Caldeiras Aquotubulares
Baseia-se no fato das partículas do líquido aquecido ser mais leves e sobem, enquanto no
caso das frias, estas são mais pesadas e descem; recebendo mais calor, este processo fica
contínuo, até a água entrar em ebulição. Podem ser de tubos retos, curvos e circulação
positiva.
Vantagens
OS TUBOS RETOS SÃO DE FÁCIL SUBSTITUIÇÃO;
INSPEÇÃO E LIMPEZA FÁCEIS;
NÃO NECESSITAM CHAMINÉIS ELEVADAS OU TIRAGEM
FORÇADA.
Desvantagens
NECESSIDADE DE DUAS TAMPAS PARA CADA TUBO;
BAIXA VAPAORIZAÇÃO ESPECÍFICA;
RIGOROSO PROCESSO DE AQUECIMENTO (GRANDE QUANTIDADE
DE MATERIAL REFRATÁRIO – CUSTO ONEROSO).
c) Caldeiras Mistas
São caldeiras flamotubulares que possuem uma ante fornalha com parede d’água.
Normalmente são projetadas para a queima de combustível sólido.
d) Caldeiras Elétricas
Transforma energia elétrica em térmica, não possuem fornalha, ventilador, queimador e
chaminé. A produção de vapor baseia-se no fato da corrente elétrica atravessar qualquer
condutor, encontra resistência e desprende calor ( Efeito Joule ), podem ser de eletrodo
submerso ou resistência.
3.4 – Classificação
De acordo com as classes de pressão, as caldeiras foram classificadas segundo a NR-13
em:
a) Categoria A
Caldeira cuja pressão de operação é superior a 1960 KPa ( 19,98 kgf / cm2 )
b) Categoria C
Caldeiras com pressão de operação igual ou inferior a 588 KPa ( 5,99 kgf / cm2 )
c) Categoria B
Caldeiras que não se enquadram nas categorias anteriores.
3.5 – Combustível
Definimos combustíveis industriais como sendo toda substância (no estado sólido,
líquido ou gasoso) que reagindo com o oxigênio (O2) irá liberar calor.
Enxofre: ao reagir com o oxigênio forma SO2 e SO3. Estes gases tendem a combinar-se
com a água formada na reação ou com a umidade presente no combustível, resultando o
ácido sulfúrico (H2SO4 ). Ocorrendo o resfriamento destes gases, em temperatura
próxima a 170º C (ponto de orvalho), os mesmos irão se condensar provocando
problemas de corrosão. Outra desvantagem de combustíveis com enxofre é o que diz
respeito à poluição do meio ambiente.
c) Tipos de Combustíveis
Combustível Sólido
São caldeiras que utilizam carvão mineral (Turfa, hulhas, linhito,...), madeira (lenha,
serragem, nó de pinho,...), xistos (betuminosos e pirobetuminosos,...) e resíduos industriais
( bagaço de cana, cascas de cereais,...) na produção de vapor.
Combustível Líquido
São caldeiras de queimam álcool (etano) e derivados de petróleo (gasolina, óleos: BPF,
diesel...) para produzir vapor.
Combustível Gasoso
Esse tipo de caldeira utilizam gás natural ( metano), gás de gasogênio e gás liquefeito de
petróleo (GLP) na produção de vapor.
Carvão mineral
- Rocha preta dura, originada de decomposição de vegetais, sob a influencia do tempo,
pressão, temperatura e processos bioquímicos;
- Sua utilização apresenta alguns inconvenientes devido ao alto teor de cinzas e enxofre;
- De acordo com a idade geológica e constituição, podem ser agrupados em diversas
categorias (linhitos, subbetuminosos, betuminosos e antracitos);
- Poder calorífico variável de acordo com o tipo do carvão (CE – 6000, CE-5200, etc): 3.000 a
6000 kcal/kg.
Lenha
- Denominação dada à maneira quando destinada ao uso como combustível;
- Teor de enxofre e cinzas desprezível;
- Problemas de fornecimento: transporte, manuseio e estocagem;
- Ocasiona o desmatamento, obrigando a criação de florestas energéticas;
- Baixo custo (dependendo da região) em relação aos derivados de petróleo;
- A umidade prejudica sua qualidade;
- Poder calorífico: entre 4.700 e 5.000 kcal/kg (madeira seca)
Xistos
- Betuminosos: rochas compactas impregnadas de betume (hidrocarbonetos naturais);
- Pirobetuminosos: rochas compactas formadas por complexo de matéria orgânica.
Petróleo
- Formados por restos de matéria orgânica acumulada no fundo dos antigos mares e soterrados
pelos movimentos da crosta terrestre;
- As principais jazidas no Brasil estão situadas nos seguintes estados: Bahia, Sergipe, Alagoas,
-- Rio grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Bacia de Santos (São Paulo e Paraná).
Carvão Vegetal
- Obtido através de carbonização da lenha (2m³ lenha 1m³ de carvão);
- Poder calorífico aproximado: 7.000 kcal/kg (muito usado em siderúrgicas).
Óleo BPF
- Obtido através de destilação fracionada do petróleo;
- Poder calorífico inferior (aprox.): 9.700 kcal/kg;
- Alto teor de enxofre(S);
- Necessidade de pré-aquecimento para queima.
4 – Caldeiras Flamotubulares
Também conhecidas como flamotubulares, estas caldeiras caracterizam-se por serem
equipamentos simples que trabalham com pressões e taxas de vaporização limitadas,
destinando-se a pequenas produções de vapor.
4.1 – Tipos
a) Caldeiras Cornuália
Sendo um dos primeiros modelos desenvolvidos, é constituída de um tubulão horizontal
ligando a fornalha ao local de saída de gases. É de funcionamento simples, porém rendimento
muito baixo. As suas principais características são:
- pressão máxima de 10kg/cm²;
- vaporização específica de 12 a 14 kg de vapor/m² e máximo de 100m² de superfície.
b) Caldeira Lancaster
De construção idêntica, porém apresentando uma evolução técnica em relação à
anterior. Pode ser constituída de dois a quatro tubulões internos. Algumas características são
área de troca térmica de 120 a 140 m² e 15 a 18kg de vapor/m².
Há caldeiras que apresenta tubos de fogo e de retorno, o que apresenta uma melhoria em
relação às anteriores.
c)Caldeira Locomóvel
Também é do tipo multitubular, cuja principal característica é apresentar uma dupla
parede em chapa na fornalha, onde circula água. A vantagem maior está no fato de ser fácil a
sua transferência de local e pode produzir energia elétrica. Sua aplicação seria em serrarias
junto à matéria-prima e campos de petróleo.
d)Caldeira Escocesa
Foi criada basicamente para uso marítimo, servindo como modelo das caldeiras
industriais mais difundidas no mundo. São destinadas à queima de óleo ou gás, tendo ainda
pressão máxima de 18kg/cm², rendimento térmico 83% e taxa de vaporização de 30 a 35kg de
vapor/m².
4.2 – Partes da Caldeira Flamotubular
a) Corpo da Caldeira
Também chamado de casco ou carcaça, é construído a partir de chapas de aço carbono
calandrado e soldadas, seu diâmetro e comprimento são função da capacidade de produção de
vapor. As pressões de trabalho são limitadas (normalmente máximo de 20 kgf/cm²) pelo
diâmetro do corpo destas caldeiras.
b) Espelhos
É chapas planas cortadas em forma circular, de modo que encaixem nas duas
extremidades do corpo da caldeira e são fixadas através de soldagem.
Sofrem um processo de furação, por onde os tubos de fumaça deverão passar: são
fixados através de mandrilamento ou soldagem.
c) Feixe Tubular ou Tubos de Fogo
São tubos responsáveis pela absorção do calor contido nos gases de exaustão para
aquecimento de água. Ligam o espelho frontal com o posterior, podendo ser de um dois ou
três passes.
d) Caixa de Fumaça
É o local onde os gases da combustão fazem a reversão do seu trajeto, passando
novamente pelo interior da caldeira (pelos tubos de fogo).
4.3 – Vantagens
- Pelo grande volume de água que encerram, atendem também as cargas flutuantes, ou seja,
aos aumentos instantâneos na demanda de vapor;
- Construção fácil, de custo relativamente baixo;
São bastante robustas;
- Exigem tratamento de água menos apurado;
- Exigem pouca alvenaria. Pelo grande volume de água que encerram, atendem também as
cargas flutuantes, ou seja, aos aumentos instantâneos na demanda de vapor;
- Construção fácil, de custo relativamente baixo;
- São bastante robustas;
- Exigem tratamento de água menos apurado;
- Exigem pouca alvenaria.;
4.4 - Desvantagens
- Pressão manométrica limitada, o que se deve ao fato de que a espessura chapas do vaso de
pressão cilíndricos;
- Vapor para geração de energia elétrica, esta limitação pela;
- Pequena capacidade de vaporização(kg de vapor /hora);
- São trocadores de calor de pouca área de troca por volume (menos compactos);
- Oferecem dificuldades para a instalação de superaquecedor e pre-aquecedor de ar.
4.5– Características
- Superfície de aquecimento direta (SAD): É aquela que por um lado está em contato com a
água e pela outra recebe calor diretamente em contato com o fogo;
- Superfície de aquecimento indireta (SAI): É aquela que por um lado está em contato com a
água e pela outra recebe calor que entregam os gases de combustão;
- Superfície de aquecimento da caldeira (SC): SAD + SAI. Se expressa em [m2].
5 – Caldeira Aquatubulares
São caldeiras em que a produção de vapor e pelo aquecimento de água que circula no
interior dos tubos. Permitem a produção de grandes quantidades de vapor, em alta pressão e
temperatura.
5.1 – Tipos
Para fins didáticos, dividimos as caldeiras aquatubulares em três grandes grupos:
a) Caldeiras aquatubulares de tubos retos
As caldeiras aquatubulares de tubos retos consistem de um feixe tubular de transmissão
de calor, com uma série de tubos retos e paralelos, interligados a uma câmara coletora. Essa
câmara comunica-se com os tubulões de vapor (superiores), formando um circuito fechado por
onde circula a água.
b) Caldeiras aquatubulares de tubos curvos
As caldeiras aquatubulares de tubos curvos não apresentam limites de capacidade de
produção de vapor. A forma construtiva foi idealizada por Stirling, interligando os tubos
curvos aos tubulões por meio de solda ou mandrilagem.
d) Superaquecedor
O Superaquecedor é constituído de tubos ( lisos ou aletados) de aço resistente a altas
temperaturas, distribuídos em forma de serpentina que aproveitam os gases de combustão para
dar o devido aquecimento ao vapor saturado transformando-o em vapor superaquecido. Possui
dois coletores, podendo existir um terceiro intermediário. Um dos coletores recebe o vapor
saturado vindo do balão de vapor e do outro sai o vapor superaquecido para o processo.
Quando instalados dentro das caldeiras podem estar localizados atrás do último feixe de
tubos, entre dois feixes, sobre os feixes ou ainda na fornalha. Existem alguns tipos de caldeira
onde o Superaquecedor é instalado da forma separada da caldeira.
Existem três mecanismos de transferência de calor nos superaquecedores: radiação,
convecção e mista.
d) Economizador:
Sua finalidade é aquecer a água de alimentação da caldeira. Está localizado na parte alta
da caldeira entre o tambor de vapor e os tubos geradores de vapor sendo que estes gases
são obrigados a circular através dele, antes de saírem pela chaminé. Existem vários tipos de
economizadores e na sua construção podem ser empregados tubos de aço maleável ou
tubos de aço fundido com aletas.
e) Pré-aquecedor de Ar
O pré-aquecedor de ar é um equipamento (trocador de calor) que eleva a temperatura
do ar antes que este entre na fornalha. O calor é cedido pelos gases residuais quentes
ou pelo vapor da própria caldeira.
f) Parede d’água
A parede d’água é formada por tubos que estão em contato direto com as chamas e
os gases, permitindo maior taxa de absorção de calor por radiação.
g) Sopradores de fuligem.
Os sopradores de fuligem (ramonadores) permitem uma distribuição rotativa de um jato
de vapor no interior da caldeira e tem por finalidade, fazer a remoção da fuligem e depósitos
formados na superfície externa da zona de convecção das caldeiras.
6.2 – Queimadores
Os queimadores são equipamentos destinados a promover, de forma adequada e
eficiente, a queima dos combustíveis em suspensão.
Ao contrário dos combustíveis gasosos, que já se encontram em condições de reagir
com o oxigênio, os óleos combustíveis devem ser preparados antes da queima. A preparação
consiste em:
- Dosar as quantidades adequadas de ar e combustíveis;
- Atomizar o combustível líquido, ou seja, transformá-lo em pequenas gotículas (semelhante a
uma névoa);
- Gaseificação das gotículas através da absorção do calor ambiente (câmara de combustão);
- Mistura do combustível com o oxigênio do ar;
- Direcionar a mistura nebulizada na câmara de combustão.
O principal problema dos queimadores é a fase de atomização, ou seja, a transformação
do combustível em pequenas gotículas, o que aumenta a superfície específica, facilitando
sobremaneira a sua gaseificação rápida e o contato com o oxigênio do ar de combustão.
6.3 – Refratários
Basicamente, refratários são compostos de sílica e alumina. Podem se apresentar como:
tijolos, mantas, placas, pó. Suas principais características são: resistência de calor, retenção de
calor, baixa dilatação e resistência a corrosão.
Existem dois tipos de refratários: tijolos e concretos isolantes e tijolos e concretos
refratários. Os primeiros, leves, de baixa densidade e resistência mecânica, são usados para
impedir a troca térmica. Os segundos, duros, de alta densidade e impermeabilidade, são
usados na vedação de gases e para proteção contra incidência de chama.
6.4 - Chaminé
Chaminé é uma parte importante da caldeira. Ela ajuda na tiragem (saída dos gases da
combustão) devido a diferença de pressão atmosférica que existe entre a sua base e o seu topo,
provocada pela diferença de temperatura dos gases de combustão.
Pode ser constituída de chapas de aço ou alvenaria de tijolo comum porém em qualquer
um dos casos, sua construção deve ser rigorosamente projetada e executada,levando-se em
conta a quantidade de gases que deverá passar pela mesma, a velocidade destes gases, a
temperatura (tanto na base como no topo) e a pressão atmosférica local.
Também deve ser observado, que não haja qualquer fenda que possibilite uma entrada
falsa de ar.
A tiragem chama-se forçada, quando é promovida por ventiladores ou exautores.
b) Eletrodo Submerso
Geralmente destinadas a trabalhar com pressões de vapor não muito elevadas (em torno de
15 kgf/cm²). O casco é construído na posição vertical internamente possui um elemento
denominado câmara de vapor onde ficam os eletrodos. O controle de pressão, ocorre com a
variação de nível de água na câmara de vapor.
c) Jato de Água
Destinadas a pressão de vapor elevadas e grandes quantidades de vapor. O casco é
construído na posição vertical, internamente possui um elemento denominado corpo da
cascata que tem como função criar jatos d’água que incidem sobre os eletrodos e destes aos
contra-eletrodos. O controle de pressão é feito pelo volume de água introduzido no corpo da
cascata.
8 – Instrumentos e Dispositivos de Controle de uma Caldeira
Instrumentos e dispositivos são itens indisponíveis a qualquer unidade geradora de
vapor, pois servem para garantir operações segura, econômica e confiável do equipamento.
b) tubulação
Deve ligar o reservatório de água a caldeira. O diâmetro é função da vazão de água da
bomba, válvulas e filtros utilizados.
d) Filtro
Destina-se a reter impurezas presentes na água.
Recomendações importantes:
O injetor não funcionará com a pressão do vapor, abaixo de 30 libras;
A água que o injetor succiona deverá ser limpa, não gordurosa e não conter
quaisquer resíduos, preferencialmente deve ser utilizado à água tratada, porém
fria (antes de misturá-la ao concentrado);
A água para alimentação deve estar numa temperatura abaixo de 30ºC;
No caso do injetor uma vez ou outra ameaçar falhar, não se deve dar pancadas em
seu corpo, pois isso ocasionaria o deslocamento e descontrole dos cones internos.
Aconselha-se, nesse caso, jogar água fria sobre o mesmo;
Quando em funcionamento, a válvula instalada entre o injetor e a entrada de água
na caldeira deve estar totalmente aberta;
Tenham em mente que o injetor é muito sensível a uma eventual entrada de ar e
as partículas (sujeiras) presentes na água, os quais entopem ou modificam a
abertura dos cones.
b) Bomba d’água
É um equipamento que deve ter uma pressão superior à pressão de trabalho da caldeira
para que possa introduzir água no sistema. Na sua instalação hidráulica é dotada de válvulas
de retenção evitando o retorno do líquido de trabalho, bem como a entrada de ar no circuito de
aspiração. Podem ser:
Bombas Alternativas;
Bombas Centrífugas.
b) Sistema de Eletrodos
Aproveitando-se a condutividade elétrica da água e através de eletrodos de tamanhos
diferentes, correspondendo cada tamanho a um nível de água fazemos o controle de nível da
caldeira.
Esse dispositivo está instalado em recipiente cilíndrico, anexo á caldeira de modo a
acompanhar variações de nível de água, e os eletrodos estão ligados a um relê que através de
contatos elétricos, comandam a bomba de alimentação de água alarmes e em alguns casos até
a parada da caldeira.
8.5 – Indicadores de Pressão
Manômetro é o aparelho com o qual se mede a pressão de gases, de vapores e de outros
fluídos. É muito utilizado na indústria, entre outros fins, para verificar a pressão de caldeiras e
de vasos sob pressão.
O conhecimento desta pressão é obrigatório, não só sob o ponto de vista de segurança,
como também, para a operação econômica e segura dos equipamentos.
8.10 - Compressores de Ar
Existem alguns tipos de caldeiras que possuem um compressor para realizar o processo
de pulverização do combustível.
8.11 - Válvulas
Numa caldeira encontramos os mais diversos tipos de válvulas, cujas especificações vão
depender das classes de pressão e temperatura e do fluído em quentão.
As principais válvulas numa caldeira são:
a) Válvula Principal de Saída de Vapor
Permite a passagem de todo o vapor produzido na caldeira. Em caldeiras de pequena
capacidade utiliza-se válvula do tipo globo: caldeira maior utiliza-se de válvulas tipo gaveta.
b) Válvulas de Descarga
Também conhecidas como válvulas de descarga de fundo ou dreno. Permitem a
extração da lama ou lodo acumulado no fundo dos coletores ou tambores inferiores da
caldeira.
São utilizadas também como recurso de correção dos parâmetros da qualidade da água
da caldeira. São sempre instaladas em série.
g) Válvula de Alivio.
É uma válvula instalada no circuito de combustível e é responsável por evitar um
aumento da pressão da rede a níveis superiores ao permitido.
Para sistema de óleo combustível este alívio pode ser feito para a linha de retorno.
No caso de combustível gasoso este alívio pode ser feito para flare (tocha)
Existem algumas caldeiras que possuem um dispositivo de alívio para quando ocorre o
aumento da pressão interna da fornalha.
b) Programador
Tem como finalidade promover, para caldeiras de combustível líquido ou gasoso, um
ciclo com a seqüência de acendimento. De uma maneira geral esta seqüência envolve:
- Acionamento do ventilador;
- Purga na fornalha;
- Acendimento do piloto (com gás ou óleo diesel).
- Abertura da válvula de combustível (após verificação da foto célula);
- Desligar piloto;
- Término da seqüência de acendimento ficando disponível para novo ciclo.
Conforme a concentração da mistura (ar/combustível), a magnitude da explosão poderá
tornar-se perigosa, causando danos ao equipamento e provocando risco de vida ao seu
operador.
A maior parte dos casos de explosão ocorre durante o acendimento da chama.
Qualquer sistema de proteção e controle de chama exige certas características
indispensáveis para que possa desempenhar adequadamente suas funções, tais como:
Assegurar que o procedimento de partida seja seguido;
Impedir o fornecimento de combustível ao queimador até o estabelecimento da chama-
piloto ou impedir a vazão total ao queimador até que a chama numa vazão tenha sido
testada;
Não ter falhas de bloqueio;
Cortar o fornecimento de combustível aos queimadores quando houver ausência de
chama e exigir rearme manual.
c) Válvula Solenóide
É um elemento auxiliar de controle e destina-se a cortar rapidamente o suprimento de
combustível em caso de falha de chama.
d) Ventiladores
Os ventiladores são equipamentos necessários para purga (exaustão) de gases da
fornalha insuflamento de ar para combustão e devem ser dimensionados para vencer as perdas
do sistema garantindo a tiragem. As caldeiras possuem ventiladores acionados por motor
elétrico e/ou turbinas a vapor.
9 - Tiragem de Fumaça
Tiragem é o processo pelo qual se garante a admissão de ar na fornalha e circulação dos
gases de combustão através de todo o sistema, até a saída para a atmosfera. A tiragem deve
vencer a perda de cargas do sistema e o ventilador deverá ser dimensionado para tal.
O valor da perda de carga através do sistema é que determina o processo a ser usado,
que pode ser:
a) Tiragem Natural
Onde a diferença de pressão gerada pela diferença de densidade entre os gases quentes e
o ar frio na entrada da fornalha provoca o escoamento natural dos gases de combustão para a
chaminé.
A altura da chaminé limita a entrada de ar para combustão. A tiragem natural tem por
base três fatores:
- Altura da chaminé;
- Temperatura ambiente;
- Temperatura dos gases quentes.
b) Tiragem Mecânica
Quando as perdas de carga ultrapassam determinado limite torna-se necessária a
tiragem mecânica, utilizando-se de equipamentos mecânicos para promover o suprimento de
ar ficando a chaminé unicamente com a função de lançar os gases para pontos mais altos.
b) Partida
- Coloque lenha seca e fina.
- Alimentar a fornalha de maneira a garantir aquecimento gradual dos refratários e gralhas da
caldeira.
- Para caldeiras que não possuem superaquecedor, fechar o respiro (vent) do tubulão superior
após garantir eliminação total do ar.
- Quando atingida a pressão de trabalho da caldeira, abrir lentamente a válvula de saída de
vapor, evitando golpe de aríete e liberar vapor para consumo.
- Para caldeiras que possuem superaquecedor, fechar o respiro (vent) do superaquecedor.
c) Operação Normal
- Observar atentamente o nível de água da caldeira, fazendo os ajustes necessários.
- Observar a temperatura do economizador e pré-aquecedor de ar.
- Observar as indicações dos dispositivos de controle de temperatura e pressão, fazendo os
ajustes necessários.
- Fazer todos os testes de rotina da caldeira.
- Observar se os tanques de suprimento de água estão sendo suficientemente abastecidos.
- Observar se a reposição de combustível está sendo suficiente.
- Fazer vistoria nos equipamentos, observando qualquer anormalidade (ruído, vibrações,
superaquecimento).
- Verificar se a temperatura dos gases da chaminé está dentro dos parâmetros normais.
- Observar a combustão através dos visores e da chaminé fazendo os ajustes necessários.
- Fazer regulagem nos dampers quando necessário.
- Fazer sopragem de fuligem periódica conforme rotina de cada equipamento.
- Fazer descargas de fundo conforme recomendações do laboratório de análise de água.
- Fazer as anotações exigidas pelos superiores.
- Manter sempre em ordem e limpa a casa de caldeiras.
- Nunca se ausentar da casa de caldeiras sem notificar algum colega ou superior para que se
efetue a substituição.
- Se a caldeira apagar subitamente durante a operação normal, retomar o processo de
acendimento somente após garantia de completa purga e exaustão dos gases remanescentes.
d) Parada da Caldeira
- Fazer sopragem de fuligem (ramonagem) em caldeiras aquatubulares dotadas com estes
dispositivos.
- Interromper a alimentação de combustíveis e tomar os cuidados necessários com ralação aos
alimentadores (pneumáticos, rotativos, etc).
- Manter o nível de água ajustando-o, conforme a vaporização que irá ocorrer dependendo da
quantidade de combustível disponível na fornalha.
- Garantindo-se que o combustível remanescente na fornalha não é suficiente para geração de
vapor, devemos desligar os ventiladores e exaustores.
- Abafar a caldeira fechando os damper’s e pontas de alimentação da fornalha, garantindo
vedação contra entradas de ar frio.
- Fechar a válvula de saída de vapor.
- Abrir respiro (vent) da caldeira ou do superaquecedor.
- Bascular as grelhas para possibilitar limpeza da fornalha.
- Tomar as providências necessárias dependendo do objetivo da parada de caldeira.
b) Partida
- Ventilar ou purgar a fornalha por um período suficiente para garantir eliminação total
de gases.
- Partir compressor de ar para atomização.
- Verificar se os valores de temperatura e pressão do combustível são ideais para
acendimento.
- Acender queimador piloto.
- Alinhar lentamente a válvula manual de combustível, certificando-se de que a caldeira
está acesa.
- Para caldeiras com mais de um queimador, obedece a seqüência de acendimento
recomendada pelo fabricante.
- Ajustar as condições de queima, garantindo estabilidade de chama.
- Desligar o queimador piloto e verificar se a chama se mantém estável.
- Fazer aquecimento gradual para não danificar refratário e tubos respeitando-se a curva
de aquecimento recomendada para cada tipo de caldeira.
- Durante a fase de aquecimento, verificar quaisquer anormalidades nos equipamentos e
nos instrumentos indicadores de controle, tomando as providências para ao ajustes
necessários.
- Para caldeiras que não possuem superaquecedor, fechar o respiro (vent) do tubulão
superior após garantir eliminação total do ar.
- Passar o controle da caldeira para automático quando as condições de pressão atingirem
valores preestabelecidos para tal, conforme procedimento operacional.
- Atingida a pressão de trabalho, abra vagarosamente a válvula de saída de vapor
evitando-se o golpe aríete e liberando vapor para consumo.
- Para caldeiras que possuem superaquecedor fechar o respiro do superaquecedor.
c) Operação Normal
- Observar atentamente o nível de água da caldeira, fazendo os ajustes necessários.
- Observar temperaturas do economizador e pré-aquecedor de ar.
- Observar as condições dos dispositivos de controle de temperatura e pressão, fazendo os
ajustes necessários.
- Fazer todos os testes de rotina da caldeira.
- Observar se os tanques de suprimento de água estão suficientemente abastecidos.
- Observar se a reposição de combustível está sendo suficiente.
- Fazer vistoria nos equipamentos, observando qualquer anormalidade
(ruído,vibrações,superaquecimento).
- Verificar se a temperatura dos gases da chaminé está dentro dos parâmetros normais.
- Observar a combustão através dos visores e da chaminé fazendo os ajustes necessários.
- Fazer regulagem nos dampers quando necessário.
- Fazer sopragem de fuligem periódica conforme rotina de cada equipamento.
- Fazer descargas de fundo conforme recomendações do laboratório de análise de água.
- Fazer anotações exigidas pelos superiores.
- Manter sempre em ordem e limpa a casa de caldeiras.
- Nunca se ausentar da casa de caldeira sem notificar algum colega ou superior para que
se efetue a substituição.
- Se a caldeira apagar subitamente durante sua operação normal, retomar o processo de
acendimento somente após garantia de completa purga e exaustão dos gases
remanescentes.
d) Parada da caldeira
- Fazer sopragem de fuligem (ramonagem), em caldeiras dotadas com estes dispositivos.
- Interromper a alimentação de combustível, fazendo a purga da linha, uma parte para
queima e o restante para uma linha de retorno.
- A purga da linha no caso de queima de óleo combustível pode ser feita com óleo menos
viscoso, o qual não poderá passar pelo aquecedor de óleo que deverá ser desligado.
- Para a linha de gás, esta purga poderá ser feita com injeção de vapor.
- Apagar os queimadores obedecendo à seqüência recomendada pelo fabricante da
caldeira.
- Para caldeira de óleo combustível, desligar a bomba de alimentação de óleo.
- Ventilar a fornalha para exaustão completa de gases remanescentes.
- Drenar visores de nível, fazendo os ajustes necessários para manter a caldeira com nível
operacional.
- Após a exaustão da fornalha, parar o ventilador e abafar a caldeira fechando todos os
dampers e registros de ar.
- Fechara válvula de saída de vapor e bloquear todos os pontos de drenagem da caldeira.
- Interromper a alimentação de água.
- Abrir respira (vent) da caldeira.
- Tomar as providências necessárias dependendo do objetivo da parada da caldeira
11 – Regulagem e Controle
11.1 - Temperatura
Numa caldeira são importantes, dentre os controles de temperatura, os seguintes:
a) vapor
Em termo de vapor saturado a temperatura do vapor é diretamente proporcional à
pressão de operação da caldeira.
Em caso de vapor superaquecido, o controle e ajuste de temperatura podem ser feitos
através de superaquecimento.
De qualquer maneira as condições de regulagem da relação combustível X ar tem que
ser suficientes para que o vapor gerado atinja o nível de temperatura requerido pelo
consumidor.
b) Ar
O controle de temperatura no pré-aquecedor de ar, tem por finalidade aumentar o
rendimento da caldeira em termos energéticos.
c) Gases de Combustão
O aparecimento de temperatura altas na saída dos gases de combustão pode ser sintoma
de alguma anormalidade operacional, dentre as quais destacamos:
- Caldeira está suja, com deficiência de troca térmica.
- Ocorrência de queda de material refratário, mudando caminho preferencial dos gases.
- Juntas de amianto não dão perfeita vedação.
- Tamanho da chama maior que o aceitável.
- Excesso de ar na fornalha, causando aumento de velocidade dos gases.
d) Óleo Combustível
Os controles de temperatura do óleo devem ser dimensionados e ajustados para garantir
a circulação e a viscosidade ideal de pulverização para queima.
O controle de temperatura é feito na regulagem do termostato ou do “Set Point” dos
controladores.
e) Água de Alimentação
O controle de temperatura da água de alimentação se preocupa principalmente em
garantir uma faixa de temperatura ideal para favorecer a desgaseificação de água.
Normalmente este controle é feito por uma controladora que está ligada na malha do sistema
de alimentação.
11.2 - Pressão
Os controles de pressão mais importantes de uma caldeira são:
a) Água
Faz parte da malha de controle o desarme da caldeira por baixa pressão de água de
alimentação, que pode ser causada por uma parada da bomba, problemas mecânicos com a
bomba etc.
A atuação para sanar o problema pode ser feita manual ou automaticamente (ligando
uma bomba reserva por exemplo).
b) Ar
O controle de pressão de ar é executado, regulando a ventilação/exaustão de modo a
evitar-se pressão muito acima ou muito abaixo dos recomendados no interior da fornalha.
c) Pressão da Fornalha
O controle de pressão da fornalha é muito importante no sentido de se evitar
vazamentos de gases para o ambiente de trabalho, ou a ocorrência de infiltração de ar “falso”
que vai alterar o rendimento da caldeira.
d) Pressão de combustível
A regulagem e o controle da pressão é muito importante para a eficiência da combustão,
afetando a atomização e dispersão do combustível.
As variações de pressão podem causar problemas inclusive de desarme da caldeira.
e) Pressão de Vapor
A regulagem de controle de pressão deve ser executada no vapor de modo a que seja
atendida a pressão requerida pelos consumidores.
Deve-se tomar especial atenção para que a pressão de vapor não suba a níveis acima da
pressão de trabalho, pois irá gerar perdas de insumos (água, produtos químicos, combustíveis
etc.) através da abertura das válvulas de alívio e segurança do sistema.
Este ajuste deve ser realizado sempre que o nível real estiver fora da posição ideal de
operação.
Para controladores do tipo de transmissão por pressão diferencial, a regulagem é feita
mediante ajuste do Set Point no próprio controlador.
11.5 – Poluentes
O controle e a otimização da combustão são fatores importantes na economia de
combustíveis e preservação do meio ambiente.
A melhor eficiência da combustão será obtida observando-se fatores como: uso do
queimador adequado, nebulização perfeita, porcentagem correta de ar, manutenção periódica
no equipamento, análise contínua dos gases etc.
Para otimizar o processo de combustão pode-se utilizar os seguintes meios:
Pré aquecimento do ar de combustão, pré-aquecimento do combustível, controle de
tiragem, análise e controle da combustão por instrumentos.
Quanto ao controle de processo da combustão, podem ocorrer duas situações; a primeira
é aquela em que, na ausência de controle por instrumentação o operador faz o controle
baseando-se na observação prática das seguintes características: aspecto da chama, da fumaça,
da chaminé etc.
Na segunda, o controle é feito por instrumentos e é a mais segura e correta.
Podem ser analisados além dos analisadores contínuos, detectores de fumaça
(opacimento), resultados de análises dos gases de combustão por laboratório (ORSAT ou
FYRITE) etc.
b) Alimentação de Água
Defeitos providências
Causas prováveis
A bomba não recalca água, ou se Ar na sucção Purgar o ar bomba e
recalca, é insuficiente verificar se não há
entrada de ar pelas
conexões da rede
Filtro de água sujo Limpar o filtro
Válvula na sucção ou no Verificar se há alguma
recalque fechada. válvula fechada na rede
de água.
Cavitação. A instalação está
incorreta para água
quente, causando
vaporização na sucção;
Reexaminar a
instalação.
Válvula de retenção dando Verificar se está mal
passagem. ajustada ou se tem
partículas sólidas na
sede.
Bomba com capacitação Reexaminar o projeto da
inferior à exigida caldeira.
caldeira e atualizar o
procedimento
Rotação invertida da bomba Verificar junto a
manutenção instalação
elétrica do motor da
bomba.
Válvula de descarga de Verificar se as válvulas
fundo aberta. de descarga de fundo
estão fechadas.
c) Controle de Nível
d) Controle de Combustão
O queimador piloto não acende ou Falta de óleo no depósito Encher o tanque, tendo o
falha as vezes e o manômetro de de combustível para cuidado de purgar o ar da
óleo não registra pressão. ignição. sucção da bomba. Ver
instruções de manutenção.
Válvula de saída do Abrir válvula
combustível para ignição
fechada.
Ar na tubulação de sucção. Ver instruções a este
respeito.
O queimador piloto não acende ou Ar na tubulação Ver instruções a este
falha as vezes. A pressão registrada respeito.
no manômetro de óleo é inferior a Filtro sujo Efetuar limpeza.
100lb/pol².
Atomizador de óleo diesel Não usar estopa. Também
sujo não deve ser usado arame
ou estilete metálico para
limpar o furo do giclê.
Eletrodos de ignição Consultar o capítulo sobre
desajustados. manutenção.
Porcelanas partidas Trocar as porcelanas.
O sistema automático de combustão O óleo não chega Verificar se o atomizador
opera, o piloto acende, mas o normalmente ao está obstruído. Fazer
queimador principal não acende combustor. limpeza nessa peça,
apesar de o manômetro indicar que a usando querosene ou
pressão do óleo está boa. solvente apropriado. Não
usar estopa, mas de
preferência, ar
comprimido. Se o
atomizador estiver limpo e
o fenômeno prosseguir,
observar se a junta
colocada no acento da
culatra da parte interna de
sede do combustor, está
mal ajustada.
1B - Ventilador
Temperatura dos mancais do ventilador NORMAL
Folga das correntes do ventilador NORMAL
Rolamentos (estado geral) NORMAL
1C – Bomba de óleo
Temperatura dos mancais da bomba de óleo combustível NORMAL
Redutor (estado geral) e nível de óleo (até um quarto de engrenagens NORMAL
conduzidas)
1D – Circuito de óleo
Temperatura do óleo combustível 120ºC
Pressão do óleo combustível 206 kpa
1E - Ignição
Pressão de óleo diesel do piloto 820 kpa
IV - DIVERSOS
Lubrificação geral NORMAL
Temperatura dos motores NORMAL
Temperatura dos gases de combustão da chaminé 120ºC
Descarga da válvula de segurança SIM
a) Retrocessos
Este fenômeno ocorre quando a pressão interna da caldeira aumenta bruscamente a
pressão ambiente na sala das caldeiras.
1ª) Causas
- Vazamento no sistema de alimentação de óleo, com acúmulo de resíduos de
combustível no interior da fornalha;
- Falhas no sistema de ignição;
- Defeito no sistema de tiragem da caldeira;
- Tentativas de acender o queimador a partir de uma parede incandescente;
- Procedimento incorreto no acendedor da caldeira;
- Abertura de porta da fornalha de forma indevida;
- Alimentação de combustível sólido pulverizado de maneira incorreta.
1ª) Causas
- Sede da válvula de segurança está emperrada;
- Válvula de segurança desregulada;
- Válvula de segurança subdimensionada.
17 – Legislação
A legislação específica que versa sobre a segurança das caldeiras é a NR-13
DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO.
(kPa) Categoria
A
1960
Categoria B
588 Categoria
100
Volume (litros)
12 meses
ou
Estabelecimento sem
Serviço Próprio de 24 meses com testes 12 meses
Inspeção de de válvulas de
Equipamento segurança a cada 12
meses (exceto caldeira
Certificado de recuperação de
Álcalis)
Estabelecimento com
Serviço Próprio de 30 meses 18 meses 40 meses
Inspeção de
Equipamento
certificado
13.5.5 As caldeiras que operam de forma contínua e que utilizam
gases ou resíduos das unidades de processo, como combustível
principal para aproveitamento de calor ou para fins de controle
ambiental, podem ser consideradas especiais quando todas as
condições seguintes forem satisfeitas:
a) estiverem instaladas em estabelecimentos que possuam Serviço
Próprio de Inspeção de Equipamentos citado no Anexo II;
b) tenham testado a cada 12 (doze) meses o sistema de
intertravamento e a pressão de abertura de cada válvula
de segurança;
c) não apresentem variações inesperadas na temperatura de saída
dos gases e do vapor, durante a operação;
d) existam análise e controle periódico da qualidade da água;
e) exista controle de deterioração dos materiais que compõem
as principais partes da caldeira;
f) seja homologada como classe especial mediante:
- acordo entre a representação sindical da categoria profissional
predominante no estabelecimento e o empregador;
- intermediação do órgão regional do MTE, solicitada por qualquer
uma das partes, quando não houver acordo;
- decisão do órgão regional do MTE quando, persistir o impasse.
ANEXO I-A
1.1. Pressão
3. OPERAÇÃO DE CALDEIRAS
Carga horária: 12 horas
3.1. Partida e parada
3.2. Regulagem e controle;
3.2.1. de temperatura
3.2.2. de pressão
3.2.3. de fornecimento de energia
3.2.4. do nível de água
3.2.5. de poluentes
3.3. Falhas de operação, causas e providência
3.4. Roteiro de vistoria diária
3.5. Operação de um sistema de várias caldeiras
3.6. Procedimentos em situações de emergência
6. LEGISLAÇÃO E NORMALIZAÇÃO
Carga horária: 04 horas
6.1. Normas Regulamentadoras
6.2. Norma Regulamentadora 13 (NR-13)
O currículo apresentado é mínimo, podendo ser acrescido de outras
disciplinas, ou ter a carga horária das disciplinas estendidas em função
das particularidades de cada estabelecimento.
ANEXO II
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