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Processo Civil II
Processo Civil II
Novo CPC
Pilares
Linha de celeridade
Cooperação dos sujeitos processuais
Garantia do contraditório e do devido processo legal
Novidades
Atos Processuais
Os atos e termos do processo não possuem forma determinada, salvo previsão legal. Aqueles que atingem sua
finalidade são válidos, mesmo se forem realizados em desacordo da lei.
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente
a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e
guarda de crianças e adolescentes;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade
estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.
Interesse público ou social: Deverá ser analisado no caso concreto – Conceito aberto. Ex: Questão envolvendo
duplicata de cobrança de duas pessoas jurídicas que digam respeito a alguma questão sigilosa, como segredo
industrial. O interesse social poderá surgir no meio de um processo. Há necessidade de requerimento
Casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e
adolescentes: Todos esses processos são automaticamente protegidos por segredo de justiça – Direito de família.
Visa a proteção das pessoas envolvidas nas questões do direito material
Dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade: A CF garante o direito à intimidade. A critério do autor
ou do réu, quando atingir a intimidade, o processo poderá seguir em segredo de justiça
Arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na
arbitragem seja comprovada perante o juízo: O árbitro, em alguns casos, deve manter sigilo das sessões de
arbitragem. Na maioria dos casos, essa questão não é ajuizada e resolve-se no âmbito da arbitragem
Autos eletrônicos: Nos autos eletrônicos o sistema permite que o advogado lance, ao protocolar a petição inicial, a
configuração de segredo de justiça.
O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus
atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem
como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
Art 191 As partes podem montar um calendário específico para o processo. Objetivo: melhor resolução de uma
determinada demanda com necessidade de tratamento diferenciado. O código dá ampla possibilidade de haver
acordo para calendário especial, sem haver necessidade prevista. O calendário e os prazos podem ser reduzidos ou
aumentados.
O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado
de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por
tradutor juramentado. Em alguns casos, há necessidade de juntada de documentos em prazo específico e
não há disponibilidade de tradutor junta-se o documento e apresenta a tradução posteriormente.
O código opta por uma classificação subjetiva dos atos processuais das partes
Os atos processuais devem ter uma ligação com o processo
As partes e também outros, como terceiros interessados e o MP, estão ligadas à relação jurídica de direito
material. A mesma parte da relação jurídica de direito material será parte na relação jurídica processual
O código ao tratar os atos das partes, quis dizer que são construídos de declaração unilaterais ou bilaterais
de vontade e valem por si sós Produzem imediatamente constituição, modificação ou extinção de direitos
processuais.
Os atos não precisam de aprovação judicial – Toda vez que for necessária à aprovação judicial, estará
previsto na lei. Exemplo de atos que necessitam de chancela judicial:
As partes poderão exigir recibo de petições, arrazoados, papéis e documentos que entregarem em cartório o
código possui uma mentalidade antiga, de processo físico
É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo a quem
as escrever multa correspondente à metade do salário-mínimo
Orais:
Arquivadas em arquivo de áudio ou áudio e vídeo
Reduzidas a termo nos autos
Escritas:
Por quota: Em alguns casos quando o juiz determina que a parte se
manifeste, há autorização de manifestação por quota, que é escrever
no próprio processo (físico)
Por petição
Sentença: é o ato do juiz que põe termo ao processo de conhecimento ou extingue a execução, nos
termos do art. 485, 487 e 924
CPC15: Houve a morte do processo cautelar autônomo. Agora fazem parte de um capitulo do processo
de conhecimento. A execução de sentença foi inserida dentro do processo de conhecimento. Processo
de conhecimento ficou com duas fases: Fase de conhecimento e fase de cumprimento de sentença.
Ainda permanece o processo autônomo de execução de título executivo extrajudicial.
Despacho: todos os outros atos de mero impulsionamento do processo. São atos delegáveis. Sentença
e decisões interlocutórias são indelegáveis
Decisão monocrática de relator: Em raros casos, pode exigir decisão colegiada em julgamento de 1ª
grau
Ato de documentação
Ato de informação
Requerimento ao juiz: Primeiro passo registrar no fórum, depois essa petição deve ser autuada. Autuar é juntar e
registrar como documento público. Após, haverá distribuição.
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas
- A rigidez de horário não se aplica aos autos eletrônicos, em que os ato podem ser praticados a qualquer momento
- Os atos processuais podem ser praticados o ano inteiro com exceção dos feriados e das férias forenses
- Feriado: datas declaradas por lei como feriado. Também são feriados os sábados, domingos e qualquer dia que não
houver expediente.
- Férias forenses: Dias previsto no CPC em que os tribunais não funcionavam. De 2 a 31 de janeiro e a 2 a 31 de
julho. Emenda = extinção das férias forenses no primeiro e segundo grau de jurisdição. No supremo, tribunais
superiores e no STJ ainda há férias forenses.
- Atos permitidos em feriados e férias forenses: citação, intimação, penhora e tutela de urgência
- Art. 217 - Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro
lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e
acolhido pelo juiz.
Deferência: Pessoa “importante” (art. 454) – Prerrogativa de escolher onde serão ouvidas como testemunha
Interesse da justiça: Ex: Júri de destaque em uma cidade em que o prédio do juízo não tem estrutura, realiza-
se em outro local
Obstáculo alegado pela parte e acolhido pelo juiz: Ex: oitiva de parte em depoimento pessoal em que a
pessoa está a acamada ou internada
Prazo: É um lapso de tempo em que a parte pode praticar um ato processual válido
Classificação dos prazos: Professor vê falta de relevância da classificação doutrinária dos prazos
Próprios: Aqueles, efetivamente, em que o termo final deve ser observado, sob pena de preclusão
Preclusão: Perda do direito, no caso, pela não prática do ato no prazo – preclusão temporal
Impróprios: Prazos que, com o fim do prazo, não ocorre preclusão
Das partes
Comuns: Praticados por ambas as partes do mesmo lapso de tempo
Particulares: Prazo para apenas uma das partes se manifestar
Do juiz
Decisórios
Não decisórios
Legais: A própria lei estabelece o prazo. Ex: lei estabelece 15 dias para a contestação
Judiciais: Prazo fixado pelo juiz em ato que não há prazo legal. Ex: Juiz fixa prazo de 30 dias para a parte
conseguir um endereço para citação do réu.
Toda vez em que não houver prazo fixado na lei ou pelo juiz, comparecimento até 48h de antecedência, outros
prazos = 5 dias
Convencionais: Prazos ajustados pelas partes e quem devem ser aceitos pelo juiz
Citação: Ato do juiz que dá conhecimento a alguém da existência de uma demanda instaurada em desfavor dessa
pessoa e a existência de sua oportunidade de defesa A partir da citação se inicia a relação processual
Intimação: Apenas consiste na noticia da pratica de um ato pelo juiz Conhecimento ao advogado/parte de que
houve um ato realizado pelo juiz. Em regra, se da pela pessoa do advogado
Em regra a citação é feita por carta por correio com AR (Aviso de recebimento) – Prazo começa a correr da
juntada nos autos do AR
Por oficial de justiça Servidor da justiça encarregado de cumprir as ordens do juiz = citação por mandado –
Prazo começa a correr a partir da juntada aos autos do mandado
Pelo escrivão ou chefe de secretaria A parte que comparece ao juízo é citada pelo chefe da secretaria –
Prazo se inicia no dia seguinte após a citação
Por edital Quando não se encontra a pessoa – Publica-se uma nota em jornal ou diário oficial – Todo edital
possui prazo de dilação Prazo para que as pessoas tomem conhecimento daquele edital – Prazo corre após o
ultimo dia do prazo de dilação
Por meio eletrônico Casos de PJE – A citação é feita dentro do próprio sistema – A lei prevê prazo de 10 dias
para a parte abrir o sistema e tomar conhecimento - O prazo começa a correr após esses 10 dias ou no dia
seguinte após a visualização da intimação pelo advogado
Por carga Intimação ocorre com o recebimento dos autos pela parte. Ex: Quando o advogado pega os autos
e leva para o escritório – Prazo inicia a partir do dia em que os autos são levados - Não ocorre para citação
Por publicação Forma mais comum de intimação das partes. Prazo corre a partir do dia seguinte ao da
publicação, dia da publicação é o dia seguinte ao dia da divulgação – Não ocorre para citação
Para casos em que há litisconsórcio (mais de um réu com advogados diferentes e escritórios diferentes)
todos os prazos são contados em dobro Não se aplica para autos eletrônicos – Art. 229
Fazenda pública Não vale para sociedade de economia mista e empresas públicas – Prazo em dobro –
Finalidade de facilitar a atuação jurídica da Fazenda Pública – Art. 183
Ministério Público Prazo em dobro – Art. 180 – Exceto os prazos específicos para o MP previstos na Lei
Defensoria Pública Prazo em dobro – Art. 186 – As assistências judiciárias das universidades se equiparam à
defensorias públicas (§3º)
Serventuário Conclusão dos autos em 1 dia – Pode ocorrer processo administrativo se não houver justificativa
Partes Perda do prazo leva à preclusão Quando há carga de autos e a parte não devolve os autos em seu poder, o
juiz vai, de ofício, ou a pedido da outra parte, intimar o advogado para devolver em 3 dias. Se não devolver, o
advogado perde direito de vista externa e ser condenado a pagar multa de até meio salário mínimo pela OAB. Caso
seja da DP ou MP, o servidor poderá ser denunciado para a corregedoria competente
Juiz A parte pode reclamar ao corregedor. Poderá sofrer penalidade, se não houve justificativa, podendo ainda os
autos serem remetidos a outro juiz. Excesso de trabalho é geralmente reconhecida como justificativa
Necessidade de o juiz utilizar um pedido de auxílio a outro juízo para realização de um ato processual, chamada de
carta precatória
Carta de ordem Tribunal determina que um juízo, vinculado a ele, realize uma ordem. Ex: realização de uma citação
– “Vem de cima para baixo, de um âmbito superior da justiça”
Carta arbitral Interação entre árbitro e juiz – O árbitro pede um auxílio ao juiz para realização de algum ato
É em regra feita por correio (por entrega de carta), para qualquer parte do país, sem
necessitar de carta precatória
Exceções (art. 247):
Ações de Estado (Ex: ações de família e curadoria) – devem ser feitas na pessoa do Réu (pessoal)
Citando for incapaz – Os incapazes devem ser citados por mandado ou pelo chefe de secretaria
Citado for Pessoa de Direito público
Quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência
Quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma
Art. 248, §1º - A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que assine
o recibo.
Embora o CPC exija que o réu assine o recibo, A jurisprudência tem interpretado no sentido de que compete ao réu
o ônus da prova para comprovar alguma irregularidade no recebimento dessa carta
Citação de PJ: A citação é, em regra, por carta. Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a
pessoa com poderes de gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento
de correspondências.
Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do mandado a
funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, poderá recusar o
recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente.
Em caso de irregularidade, o réu pode arguir nulidade da citação. Provada e reconhecida a nulidade, o
comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta
data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução
Citação mais garantida, o Oficial de Justiça possui fé pública Tudo que for alegado pelo oficial de justiça, é
presumidamente verdadeiro.
O mandado também exige de Recibo de entrega assina pela pessoa que recebeu (Aviso de recebimento)
A citação por Oficial de Justiça ocorre no momento que o Oficial fala com a pessoa sobre a citação judicial.
Se a pessoa recusar-se a assinar o recibo, considera-se citada
Diferentemente da carta, o Oficial de Justiça deve se identificar como Oficial. Ocorre de o citando dizer que
não está ou se esconde. Nesses casos, o CPC prevê a citação por hora certa Art. 252: Quando, por 2 vezes, o
oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá,
havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de
que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar. O juiz não pode
determinar a citação por hora certa, ela só ocorre por determinação do Oficial de Justiça na análise do caso
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu,
executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do
mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo
ciência
Citação por chefe de secretaria: O chefe deve certificar a pessoa correta e é imprescindível a entrega de cópia da
petição inicial ao citando
Citação por edital: Normalmente é feita quando o réu não é encontrado para ser citado, está em local incerto ou
desconhecido. Primeiramente há uma tentativa de localizar o citando. É feita mediante a publicação resumida da
demanda, com nome do citado. A publicação do edital será feita na rede mundial de computadores, no sítio do
respectivo tribunal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos autos
(art. 257)
O réu citado que não responder, será nomeado a ele um curador. O curador será um
membro da defensoria pública
Sumula STJ 429 - A citação postal, quando autorizada por lei, exige o aviso de recebimento
Jurisprudências:
STJ - Ag Int no AREsp 1167808/SP, DJ 2-8-18, 3ªT
Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer lugar em que se encontre o réu, o executado ou o interessado.
Parágrafo único. O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver servindo, se não for conhecida sua
residência ou nela não for encontrado.
Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
§ 2º Para examinar o citando, o juiz nomeará médico, que apresentará laudo no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3º Dispensa-se a nomeação de que trata o § 2o se pessoa da família apresentar declaração do médico do citando
que ateste a incapacidade deste.
§ 4º Reconhecida a impossibilidade, o juiz nomeará curador ao citando, observando, quanto à sua escolha, a
preferência estabelecida em lei e restringindo a nomeação à causa.
§ 5º A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa dos interesses do citando.
O curador, figura diferindo do curador do código civil, é uma pessoa que será intimada e responderá o processo no
lugar da pessoa impossibilitada. O curador deve ser uma pessoa relacionada à parte
Citação válida:
Litispendência – Repetição de uma demanda em curso – Pode ocorrer por descuido ou
má-fe. A citação dá ao réu a ciência da demanda, havendo litispendência, o réu ficará
sabendo
Torna Litigiosa a coisa – Aquilo que era apenas um objeto de uma pretensão, após a
citação, passa a ser um objeto litigioso
Constitui em mora o devedor – A partir da citação, se houver uma dívida, o réu entra em
moratória.
Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a
coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 do Código Civil
§ 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo
incompetente, retroagirá à data de propositura da ação. O despacho interrompe a prescrição e os efeitos
retroagem à data de ajuizamento. A partir da data de ajuizamento interrompe-se a prescrição até a efetivação da
citação e inicio do processo.
§ 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar a citação, sob
pena de não se aplicar o disposto no § 1º. O autor deverá, na petição inicial, indicar o nome da pessoa, endereço e
pagar a diligência do oficial de justiça. Se o autor não conseguir encontrar o endereço, ele pode pedir ajuda ao
juízo, por meio dos cadastros públicos.
§ 3º A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário. O atraso da
diligência de citação por parte do Estado, esse atraso não será imputado ao autor, sem haver prejuízo.
§ 4º O efeito retroativo a que se refere o § 1º aplica-se à decadência e aos demais prazos extintivos previstos em lei.
Art. 241. Transitada em julgado a sentença de mérito proferida em favor do réu antes da citação, incumbe ao
escrivão ou ao chefe de secretaria comunicar-lhe o resultado do julgamento. Ocorre geralmente quando, pela
petição inicial, o juiz já decreta prescrição ou decadência. Ocorre também nos casos de julgamento liminar da
demanda, quando há julgamento prévio da pretensão por tribunais superiores
Das cartas
As cartas são itinerantes, ou seja, se ao ser enviada chega ao destino e não obtém êxito em chegar ao
endereço solicitado, o juízo local tem competência para reenviar a carta para o endereço correto sem a
necessidade de devolver a carta ao juízo de origem.
Art. 262. A carta tem caráter itinerante, podendo, antes ou depois de lhe ser ordenado o cumprimento, ser
encaminhada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.
Das intimações
A intimação, no processo, é feita na maioria dos casos na pessoa do advogado Motivo: Existência de conhecimento
técnico para identificar o conteúdo na intimação
Também é possível intimação diretamente às partes. Ex: necessidade de ouvir a parte em depoimento pessoal
Algumas vezes há necessidade de intimar terceiro
Normalmente a intimação se da dentro do próprio sistema (eletrônico) ou por publicação no diário de justiça
eletrônico
No caso de ausência de meios eletrônicos, a intimação é feita por aviso pessoal do escrivão ou por carta + AR
A intimação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias e fundações
de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial
Intimação por carga dos autos, pelos advogados públicos
Pú do Art. 274: Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda que não
recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva não tiver sido devidamente
comunicada ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência
no primitivo endereço. Se o adv. Mudar o endereço físico ou eletrônico, sem avisar ao juízo, a intimação ao
endereço antigo será considerada legítima
DAS NULIDADES
Princípios:
É dever do juiz estabelecer prazo para as partes sanarem defeitos processuais
A nulidade só será decretada se não for possível sanar a irregularidade
Para haver nulidade é necessário que haja prejuízo – análise do caso concreto
A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob
pena de preclusão – art. 278
Não se pronuncia uma nulidade se, no mérito, o juiz decidir a favor da parte que arguiu a nulidade – Art. 282, §2º
Casos de nulidade:
DA DISTRIBUIÇÃO E REGISTRO
Escolhida o local de competência, a petição inicial será apresentada ao juízo e será registrada
Registrar = Servidor registra a petição nos anais do judiciário, sendo a ela atribuído um número (que é
regulamentado pelo CNJ)
Se há mais de um juiz naquela unidade, haverá distribuição dos autos a um dos juízes
A distribuição se dá por sorteio Garantia constitucional do juiz natural
Em alguns casos, não haverá sorteio, e a distribuição será direcionada a um juízo específico:
II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em
litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;
III - quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3o, ao juízo prevento.
A distribuição poderá ser fiscalizada pela parte, por seu procurador, pelo Ministério Público e pela
Defensoria Pública.
Importância da distribuição:
O processo pode ser tratado de formas diferentes caso não seja adequadamente distribuído
Pode ocorrer, em casos de ilegalidade, redirecionamento do processo
Pagamento das custas: Em regra, a justiça exige pagamento de custas na distribuição do processo
Art. 290. Será cancelada a distribuição do feito se a parte, intimada na pessoa de seu advogado, não realizar o
pagamento das custas e despesas de ingresso em 15 (quinze) dias.
Conceito: Acordo de vontades que agentes capazes formulam uma arranjo no procedimento ou nos poderes, ônus, e
faculdades do agente
Benefícios e vantagens:
Eficiência pra tutela do direito
Previsibilidade
Critérios interpretativos
-in dubio pro libertati – Na dúvida do juiz sobre a validade do negócio, considera-se válido o negócio
processual. Para invalidar o negócio, o juiz tem o ônus argumentativo, para validar não precisa
argumentação, pressupõe-se validade
-Máximo aproveitamento dos atos – O juiz deverá fazer o máximo possível para aproveitar e efetivar o
negócio processual
- Autonomia do negocio processual em relação ao contrato de direito material em que está inserido – Se o
contrato de direito matéria tiver a nulidade declarada, o negocio processual não será necessariamente
anulado, já que é autônomo.
Exemplos/casuística
Clausula de eleição de foro
Acordo de instancia única
DO VALOR DA CAUSA
- Regra principal: P/ determinar o valor da causa proveito econômico que se quer obter com aquela demanda
Ainda que se trate de demanda de procedimento especial, necessita-se a indicação do valor da causa
I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de
outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a
rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;
III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;
O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo
patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao
recolhimento das custas correspondentes
Muda a base de cálculo das custas
O valor da causa indicado equivocadamente (ou maliciosamente) atrasa a análise da PA. Outros processos
passarão na frente
DA TUTELA PROVISÓRIA
- A tutela provisória foi introduzida em 1994. Até 1994 não existia, para os casos de procedimento comum,
possibilidade de tutela provisória. Naquela época existia um processo autônomo chamado processo cautelar, que
não permitia a alteração da situação fática da coisa. O juiz poderia apenas bloquear a situação fática para da coisa
para o estado como ela estava, ex: ameaça de negativação, entrava com pedido de processo cautelar pra não
ocorrer a negativação. A tutela cautelar apenas impede que a alteração fática aconteça.
Da tutela de evidência
- Art. 311
- Pode ser deferida depois de ser formada a relação processual ou antes disso
Hipóteses:
2. Quando petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do
direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável Quando todos os
fatos forem comprovados por documentos prévios e não há oposição do réu – Necessário analisar o
comportamento do réu, portanto só pode ser deferida após contestação da defesa
4. Quando as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante Quando os fatos puderem ser
totalmente comprovados por documentos e que exista uma sumula ou caso repetitivo vinculante.
Da tutela de urgência
Requisitos:
Tutela de urgência antecedente: Quando é postulada de forma anteriormente. O advogado deve resolver
rapidamente, Formula petição inicial apenas para pleitear tutela de urgência antecedente. O juiz analisará a petição,
se defere ou não, e dará um prazo para o advogado realizar a petição inicial principal.
Nas tutelas antecipatórias antecedentes há um ônus de impugnação para o réu: O réu deve contestar
( reconhecido pelo STJ) a demanda ou recorrer daquela demanda. Ausente a manifestação, aquela tutela
antecipada se estabilizará, ou seja, haverá uma sentença de extinção do processo e de estabilidade da
tutela. Nos próximos dois anos seguintes a sentença de extinção, ambas as partes tem a possibilidade de
ajuizar uma demanda (ação nova) para reverter a situação no próprio juízo que deferiu a tutela antecipada
Em regra, a prova de necessidade de tutela de urgência deve estar presente na petição inicial
É possível, ainda que sem demonstrar os requisitos, que a tutela de urgência seja analisada.
Audiência de justificação: Audiência para que o juiz possa apurar a violação de direito. Pode ser realizada com ou
sem a presença do Réu. Acontece quase que exclusivamente nas ações possessórias.
Indeferir
Deferir
Designar audiência de justificação
Deferir condicionada a uma garantia Vincula a eficácia da medida a uma garantia real ou fidejussória, exceto
se a parte que estiver pleiteando a medida não tenha condição de arcar com a garantia. Jurisprudência
entende que a garantia será utilizada apenas em casos excepcionais
Em caso de urgência imediata, o juiz analisará o pedido sem existência de contraditório, no caso de urgência não
imediata, o juiz ouvirá a parte contrária.
A tutela pode ser deferida, indeferida e analisa a qualquer tempo. O juiz pode indeferir ou revogar uma tutela antes
deferida.
Pressuposto negativo da tutela: A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão
STF Casos que envolvem direito a vida (medicamento, tratamentos, transfusões de sangue, previdenciaria etc) Não
se aplica a irreversibilidade
Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de
urgência causar à parte adversa, se:
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do
requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
Formação:
Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz
quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.
Suspensão:
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu
procurador;
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova,
requisitada a outro juízo;
VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do Tribunal
Marítimo;
IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo processo constituir a única
patrona da causa;
X - quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se pai.
PARTE ESPECIAL
Procedimento
Procedimento comum
Procedimento especial
Do CPC
De lei extravagante
Do procedimento comum
- As normas de procedimento comum aplicam-se a todos outros casos, se não houver lei especial
Nomes e qualificação das partes os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união
estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional
da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
Fatos e fundamentos jurídicos – Relatar os fatos que levaram aquela demanda e indicar os
fundamentos jurídicos( motivo pelo qual o autor acredita que seu direito foi violado)
O pedido com suas especificações – A parte tem que formular um pedido ao final da PI.
Valor da causa
As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados – Prova documental
ou indicação/requerimento de prova a ser produzida durante o processo
Se a petição não estiver correta, o juiz deve permitir a realização de emenda no prazo de 15 dias
Se o autor não cumprir o despacho de emenda Indeferimento da PI Extinção do processo sem resolução de mérito
por defeito informal
O pedido
Determinado= Pedido devidamente delimitado, não é em aberto, é objetivo – trata efetivamente daquilo
que se pretende com a PI – não é genérico
Quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
Quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser
praticado pelo réu.
Pedidos alternativos: é aquele que o autor requer ao juiz que se observe um pedido A ou um pedido B
Pedidos subsidiários: é aquele feito em cadeia, só será analisado o segundo pedido se o primeiro não for aceito pelo
juiz. Preferencia entre os pedidos, se o juiz não apreciar o pedido A, que se analise o B
É possível a cumulação de vários pedidos contra um mesmo réu, ainda que entre eles não haja conexeção (Art. 327)
– Fundamento: economia processual
Critérios
Até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu
I - for inepta;
II - a parte for manifestamente ilegítima; a parte autora deverá ser intimada para se manifestar, mesmo com a
ilegitimidade
§2 do Art. → exige que nas ações revistonas de empréstimos ou financiamentos, o autor deverá cumprir alguns
requisitos, já na PI:
Indeferimento da PI:
● O autor poderá interpor recurso de apelação - há possibilidade do juiz rever a sentença e reconsiderar a PI
● Se o autor não reconsiderar, o juiz deverá mandar os autos para o Tribunal e citar o réu para acompanhamento
do recurso
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação
do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em
julgamento de recursos repetitivos;
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. → direito local= direito
estadual ou municipal
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde
logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição
● Caso seja julgado improcedente liminarmente, perde-se a possibilidade de discussão da causa futuramente
● Se o autor recorrer, há possibilidade de retratação do juiz. Se juiz não se retratar, o réu será citado para
acompanhar o recurso no Tribunal
Da audiência de conciliação/mediação
● O réu é citado para audiência. Se há conciliação/mediação, o processo se extingue com resolução do mérito.
Se não há conciliação/mediação, continua-se para a contestação
● Se não há ilegalidades, parte-se para o momento em que as partes apresentam as provas que ainda precisam
ser produzidas
● No caso de deferimento de prova, o juiz marca AIJ, alegações finais e depois sentença
● Sem interesse do autor → O juiz marcará memo assim, pois o réu poderá ter interesse
● A audiência não ser imposta apenas quando: Ambas as partes não tiverem interesse ou quando a natureza do
litígio não permitir conciliação/mediação
● Há uma multa prevista para quem faltar à audiência de conciliação/mediação - §8 Art. 334
● Se há audiência marcada e o réu informa que não comparcerá, conta-se a partir dessa data, o prazo para
apresentar contestação
● A parte poderá apresentar procuração para que alguém vá em seu lugar na audiência, porém advogado é
imprescindível
Da contestação
● O juiz nomeará curador ao réu preso revel ou réu revél citado por edital/hora certa que ainda não tem
advogado → Curador especial para apresentar contestação para o réu. O curador possui prerrogativa especial para
contestação, ele pode contestar os fatos por negação geral → Objetivo de tornar o fato controverso e passar o ônus
probatório para quem alega. Isso acontece porque na maioria das vezes o curador especial não tem ciência dos fatos.
● O réu pode comparecer ao processo → o réu comparece para refutar as alegações do autor ou para concordar
com aquilo que foi pedido → Reconhecimento da pretensão/pedido - Processo extinto
● Os fatos devem ser especificados especificamente na impugnação, aqueles não impugnados serão
considerados como verdadeiros → deve impugnar fato a fato → Ônus da impugnação - Art. 341 → Não se aplica ao
defensor público, adv. Dativo e ao curador especial - Pù do Art. 341
● Sempre quando alegar uma matéria de defesa, ela deverá ser alegada no momento da contestação - Art. 336 →
Princípio da concentração dos atos
V - perempção;
VI - litispendência;
VIII - conexão;
X - convenção de arbitragem;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar
§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias
enumeradas neste artigo.
§ 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica
aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral
● Portanto cabe a réu alegar matéria processual (Art. 337) e matéria de mérito ( direito material)
● Art. 339 → Quando houver alegação de ilegitimidade, o réu terá o ônus de indicar o sujeito passivo correto,
sob pena de indenização
Da reconvenção
● O réu poderá formular uma pretensão (pedido) contra o autor, isso se dá na forma de reconvenção - Art.343
● Nos JECs admite-se o pedido contraposto - é a mesma coisa da reconvenção, mas no juizados
Da revelia
● Ausência de defesa
● Relevância: Fatos verdadeiros não precisarão de prova, isso é, o autor se esquivará de ter que comprovar os
fatos alegados
→ há entendimento que ações sobre direitos do Estado, Fazenda Pública etc devem
ser analisados caso a caso para saber se são indisponíveis ou não.
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à
prova do ato;
→ Prazo de 15 dias
● Não havendo qualquer desses requisitos → Não haverá vista ao autor, o procedimento seguirá
Saneamento: Quando o réu alega vício processual sanável → o juiz determinará, no prazo de 30 dias, que o
autor corrija o defeito.
→ Não havendo irregularidades e ocorrendo o cumprimento de preliminares, o juiz analisará se é caso de
julgamento do processo sem resolução de mérito (485 e 487)
Julgamento antecipado o mérito
● Hipóteses
Caso seja necessária produção de provas: alonga-se o processo. Inicia-se a produção das provas
● Art. 356
I - mostrar-se incontroverso;
● O juiz proferirá decisão que resolverá o mérito de parcela do pedido ou um dos pedidos e o processo
continuará em relação ao restante que não foi julgado
● Possibilidade de executar e transitar em julgado pedido ou parte dele antes dos demais
● Art. 357
● Não havendo nenhum dos procedimentos citados anteriormente, o juiz deverá, por decisão de
saneamento:
● O Juiz analisará as provas que ainda precisam de ser produzidas → Além das provas da petição
inicial, pode ter provas a serem produzidas a partir da contestação (Art. 437)
● O saneamento do processo, permite as partes cobrar ajustes e esclarecimentos ao juiz, em 5 dias, após
isso tornando-se estável
● Saneamento significa análise de tudo que se passou no processo para avançar para a parte de produção
de provas
● → Para o caso do juiz ter se equivocado ou esquecido algo, depois do prazo não poderá haver
modificações
● As partes, em acordo, podem levar ao juiz uma delimitação de fato ou de direito → As partes dizem
ao juiz quais os fatos e qual o direito devem ser aplicados ao fato. Poderá deixar de aplicar uma norma x, para
aplicar uma norma y → A petição deve ser conjunta
● Em caso de grande complexidade do caso → o Juiz deverá designar audiência para que o saneamento
seja feito em comparação com as partes → é uma oportunidade de que o advogado possa conversar com o juiz
e esclarecer pontos complexos
● As pautas deverão ser preparadas com intervalo mínimo de 1 (uma) hora entre as audiências
● O saneamento pode ser um ato solitário do juiz (ele de oficio em seu gabinete resolvendo tudo) ou
pode ser um saneamento partilhado ( entre as partes em audiÊncia de conciliação
● Espécies de prova
○ Prova pericial
○ Inspeção judicial → Juiz vai pessoalmente analisar determinado local, pessoa, fato etc
Audiência
● Quando uma prova tiver que ser produzida, o juiz designará uma AIJ
● Embora o código preveja a AIJ, não necessariamente ela vai acontecer em todos os casos, ela ocorrerá
apenas nos casos em que serão necessários
● O juiz tentará fazer um acordo/conciliação com as partes - sem acordo as provas serão produzidas em
audiência
● Adiamento de audiência: convenção das partes, quando uma delas justificadamente não puder
comparece ou por atraso superior a 30 min
● O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor
público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao Ministério Público
Provas
● O juiz pode, de ofício, realizar a determinação de provas - deve-se evitar a quebra da imparcialidade
● Aquilo que foi alegado, deve ser demonstrado no processo. Contudo há exceções em que não há
necessidade de comprovação.
○ Fato admitido no processo como incontroverso → Fatos que não apresentam contestação e
que já estão provados
● A quem compete provar os fatos? - A regra geral é de que compete ao autor comprovar os fatos por
ele alegados e compete ao réu provar os fatos impeditivos, extintivo ou modificativos do direito do
autor
● Aquele que alega, deverá provar
● Novidade do CPC15 - Pode o juiz estabelecer uma divisão diferente na estrutura de provar - Art. 373,
§§1º a 3º
● A inversão do ônus da prova deve ser feita antes da sentença - Para permitir que a parte tenha
oportunidade de produzir a prova em juízo
● Inversão do ônus da prova é o fato ter de ser provado pela parte contrária - Depende do fato concreto
e depende de atender os critérios do CPC
● É possível a produção de provas antes do saneamento, desde que sejam indispensáveis - Produção
antecipada de provas → Ocorre quando a prova se tornar impossível por risco de perda, prova para viabilizar
autocomposição ou que possa evitar o ajuizamento da ação - Pode acontecer antes do ajuizamento da ação,
funcionará como uma medida cautelar autônoma. Nesse caso a medida cautelar é autônoma e não necessita de
estar vinculada pedido principal que condiciona sua eficácia
Ata notarial
● Novidade do CPC
● È uma escritura publica feita por tabelião de notas que atesta a existência de um fato
● Vantagem da ata notarial → Apresenta maior segurança jurídica devido à fé pública do tabelião
Depoimento pessoal
● A oitiva é requerida por uma das partes para ouvir a outra e poderá ser requerida de ofício pelo juiz
● Só poderá ser requerido pela parte contrária → Apenas a parte contrária faz perguntas em audiência
● É importante para que a parte possa esclarecer fatos que não estão claros no processo
● A parte deve ser intimada pessoalmente e não na pessoa do advogado → Isso ocorre porque se a
vitima for intima e faltar à audiência ocorrerá a confissão dos fatos indicados na petição inicial
● Poderá a parte apresentar procuração para ser representada em depoimento pessoa? → Entendimento
mais recente do STJ: entende-se pela impossibilidade devido ao objeto especifico do depoimento pessoal que
procura obter informações bem próximas à parte
● A parte não presta depoimento sob juramento, ela não é compromissada com a verdade
● A parte não é obrigada a responder pelos fatos descritos no Art. 388 - Se forem causas de direito de
família não se aplica o Art. 388
Confissão
● Jurisprudência: A confissão não surte efeito se ela está contra uma prova presente nos autos
● Quando a pessoa é parte, a exibição traz um contorno relacionado ao ônus da prova, já que é possível
ao juiz aplicar confissão de fato à não exibição de documento ou coisa.
● No caso do terceiro, a falta de apresentação não gera nenhum ônus, porém o juiz poderá aplicar
medidas coercitivas contra o terceiro, como multa e busca e apreensão
● Art. 405
● Art. 406 - Caso de exigência de instrumento público imprescindível → não poderá ser substituído -
Ex: Demandas que exigem registro de propriedade de imóvel
● Documento público - Aqueles que os confeccionam possuem fé pública, entretanto pode duvidar da
veracidade dos documentos particulares
○ Quando surgir dúvida sobre data, poderá utilizar todos os meios de direito para provar
● Toda vez que houver impugnação de doc. Particular→ a parte que o produziu deverá demonstrar sua
autenticidade. No caso de argüição de falsidade, quem arguiu que deverá provar a falsidade
● Cópia de doc. Particular tem o mesmo valor probante que a original, cabe ao escrivão realizar a
conferência
● Como se argui a falsidade de determinado - Pode ser alegado pelas partes, MP, ou juiz de ofício. A
falsidade deverá ser alegada em contestação se o documento foi alegado em PI. Caso tenha sido
juntado em contestação, impugna-se na impugnação de contestação, se houver, ou em 15 dias após a
ciência
● Depois de alegada a falsidade, deve-se ouvir a parte contrária. Se a parte insistir na legitimidade do
documento, o juiz pede perícia. A parte tem opção de retirar o documento, podendo ela ser condenada
em litigância de má-fé
● O CPC permite que, a critério de quem alega a falsidade, que a falsidade possa ser apreciada apenas
em sentença, para que possa haver caracterização de coisa julgada e seus efeitos
Momento de produção de prova documental: Deverá ser apresentada em petição inicial ou contestação
● Não possibilita juntada em momento posterior, mas deverá passar por análise do juiz para aceitar
juntada tardia - art. 435
● Sempre que houver pedido de juntada de documento, deve-se ouvir a parte contrária e em seguida
haverá analise do juiz