Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE TECNICA DE mOC

Introdução

Neste presente trabalho falaremos sobre a Geocronologia que é definida como a ciência que
determina a idade de materiais terrestres (rochas, minerais, fósseis) e eventos geológicos. E
decomporemos o tema em suas partes componentes a saber:

 Fósseis
 Condições de Fossilização
 Importância Geológica dos fósseis
 A escala do termo Geológico.
Geocronologia

É a ciência que estuda a determinação da idade dos minerais e consequentemente a idade


terrestre, juntamente com outros eventos geológicos ocorridos, e os métodos e cálculos pelos
quais se chega a estas conclusões.

Desde que a humanidade se conscientizou sobre a questão da idade terrestre, vários métodos
foram desenvolvidos para tentar determinar a mesma, como por exemplo, calcular a idade
terrestre pela salinidade da água do mar, mas após um tempo perdendo sua eficiência, pois se
descobriu que a água do mar é alterada por vários fatores e não apenas os quais se sabiam na
época.

Sendo posteriormente desenvolvido outros métodos de cálculos, mas nenhum com firmeza
suficiente para conquistar os estudiosos da época. Principalmente após o desenvolvimento da
teoria evolucionista de Charles Darwin.

Primeiras visões e descobertas

Algumas estimativas sugerem que até 70 por cento de todas as rochas que afloram da superfície
da Terra são sedimentares. Preservado nessas rochas está o registro complexo das muitas
transgressões e regressões do mar, bem como os restos fósseis ou outras indicações de
organismos agora extintos e as areias petrificadas e cascalhos de antigas praias, dunas e rios.

O estudo do tempo relacionado à história da Terra, começou no século 19 quando os geólogos


tentaram colocar estratos rochosos em uma estrutura sequencial e, em seguida, com o advento da
datação radiométrica, desenvolveu-se ao longo do século 20 em uma disciplina distinta das
ciências da terra. A determinação da idade relativa e absoluta fornece estruturas temporais
complementares através das quais diferentes estratos geológicos podem ser correlacionados no
tempo. A geocronologia fornece uma estrutura dentro da qual outros repositórios de informações
geológicas podem ser correlacionados, interpretados e compreendidos. A geocronologia
moderna, desenvolvida e posta em prática durante o final do século 20, hoje vai muito além da
simples medição de idades absolutas de materiais geológicos e se tornou uma ferramenta
essencial para entender a Terra como um sistema dinâmico que vem se desenvolvendo e
evoluindo desde sua origem há cerca de 4,6 bilhões de anos.
Tipos de dobramentos

Existem dois tipos de dobramentos que são respectivamente: Dobramentos modernos e antigos.

 Dobramentos modernos

Podemos classificar como dobramentos modernos as estruturas originadas no período Terciário


provenientes do deslocamento das placas tectônicas que provocam o soerguimento do relevo
originando assim as cadeias montanhosas como por exemplo a cordilheira dos Andes na América
do Sul, e a Cordilheira do Himalaia, na Ásia, onde se encontra o Monte Everest.

Na figura ao abaixo podemos ver que no atrito entre duas placas, uma delas entra por baixo,
levantando (dobrando) a outra. Logo, estes dobramentos modernos são regiões elevadas (picos,
montanhas, cordilheiras).

São chamados assim, pois se observarmos o ponto de vista do tempo geológico, os dobramentos
modernos se originaram recentemente com cerca de 250 milhões de anos desde o início de sua
formação. Essas estruturas são encontradas em regiões de relativa instabilidade geológica graças
ao fato de se originarem do choque e interação entre duas placas tectônicas.

Dobramentos antigos

Os dobramentos antigos, datam do período Pré-Cambriano (mais de 550 milhões de anos),


devido a isso apresentam-se bem erodidos e são mais baixos que os dobramentos modernos.

Exemplos dos dobramentos antigos são: Montanhas Caledônicas (Escócia), Montes Apalaches
(EUA), Serras do Mar, Mantiqueira e do Espinhaço (Brasil) entre outros.

Métodos de determinação para a idade terrestre

Atualmente está em vigor dois métodos de determinação para a idade terrestre, sendo o método
relativo e método absoluto.

O método relativo foi o primeiro a ser desenvolvido para determinação da idade terrestre e
consiste em determinar a mesma através dos fósseis encontrados em solos ou rochas, formado
por colunas estratigráficas, cujo quais têm por finalidade determinar qual camada é a mais velha
e qual a mais nova, formando sua linha cronológica da mais antiga para a mais recente de baixo
para cima, ou do centro para as extremidades.

O método absoluto consiste na determinação da idade dos minerais através de alguns elementos
radioativos encontrados nos mesmos, baseando-se no fato de que os átomos instáveis liberam
seus isótopos de maneira constante, e cada átomo tem sua própria constante de liberação, e esta
não sendo alterada por agentes físicos nem químicos, estes derivados da desintegração do
elemento radioativo, se acumula lentamente permitindo assim o cálculo da idade absoluta com
precisão.

Elemento Pai Elemento Filho Meia - vida (t1/2)*


238U 206Pb 4,5 Ga
235U 207Pb 0,733 Ga
232Th 208Pb 14,1 Ga
147Sm 143Nd 108 Ga
87Rb 87Sr 4,7 Ga
40K 40Ar 1,3 Ga
Um importante processo para a determinação da idade absoluta é a meia vida dos elementos
radioativos (o elemento pai se transforma, por decaimento, no elemento filho), a qual se faz
necessária para os cálculos sobre o decaimento radioativo, mas dos vários elementos radioativos
conhecidos apenas alguns possuem esta meia vida suficientemente longa, pois a grande maioria é
de frações de segundos até alguns dias ou meses. Para ser aproveitada pela geocronologia são
estudados os seguintes elementos:
Condições de fossilização

Denomina-se o conjunto de fenómenos físicos, químicos e biológicos que permitem a formação


de fosseis. No entanto, este é um fenómeno raro, que apenas ocorre quando se verificam
condições específicas. Estas condições podem ser inerentes ao meio ambiente ou intrínsecas
ao próprio ser vivo.

 Condições inerentes ao meio

Para que a fossilização ocorra é necessário que, após a morte do ser vivo, sobre ele se forme um
depósito que o isole do ambiente, impedindo a sua destruição (ingestão por animais necrófagos,
decomposição, oxigenação, exposição a agentes corrosivos, entre outras). É esta a razão da
existência de grande número de fósseis marinhos e da escassez de fosseis terrestres.

A qualidade do depósito que recobre o ser é também condicionante da fossilização. Quanto mais
fina e impermeável esta for, mais fácil será a fossilização. Um depósito grosseiro e permeável
dificulta a fossilização.

As temperaturas médias e a humidade ao facilitarem as ações microbianas, dificultam a


fossilização. Temperaturas baixas e clima seco facilitam a fossilização, na medida que impedem
as ações microbianas.
Condições inerentes ao ser vivo
Fossilização é tanto mais fácil quanto mais rico for o ser vivo em substancias minerais, tais
como: sílica, sais de cálcio, etc. Os ossos, dentes e conchas, fornecem os melhores fosseis.

Unhas, pelos, penas e chifres,


constituídos por ceratina (substancia
orgânica) raramente se conservam.
As partes moles só em casos
excecionais deixam impressões
reconhecíveis. Quando tal acontece,
o fóssil é do mais alto interesse,
pois fornece informações mais
precisas sobre a constituição do ser.

Fósseis

Os Fósseis são vestígios de organismos (animais e vegetais) muito antigos que foram
preservados como passar dos anos por meio de processos naturais.

São considerados fósseis os restos que apresentem mais de 11 mil anos. Ou seja, na época
geológica do Holoceno da era Cenozoica que se iniciou após a última era glacial, cerca de 11,5
mil anos e que se estende até o presente.
Fig: Fóssil de dinossauro

O estudo dos fósseis foi aprofundado em meados no século XVIII, embora o filósofo grego
Xenófanes já utilizava os fósseis em suas análises. Os fósseis mais antigos encontrados no
planeta Terra são datados por aproximadamente 3,8 bilhões de anos.

Formação dos Fósseis

Os fósseis podem ser ossos, conchas, dentes, pegadas e geralmente são encontrados nas pedras e
rochas muito antigas. Existem fósseis que são conservados quase que inteiramente, por exemplo,
os mamutes encontrados no gelo, ou os insetos em âmbar (resina vegetal). Note que as partes
duras dos seres apresentam maior probabilidade de se fossilizar em relação as partes moles.

A formação dos fósseis está intimamente relacionada com as condições climáticas do planeta e
as características morfológicas dos seres envolvidos, que conservaram, de alguma maneira, os
restos ou vestígios durante muitos anos. Para saber o período em que o fóssil esteve vivo no
planeta Terra, os cientistas medem a quantidade de compostos químicos presentes, por exemplo,
o carbono, chumbo e urânio. Esse método moderno de datação dos fósseis é denominado de
"radioatividade" e determina quantos milhões ou bilhões de anos, o organismo esteve presente.

Veja abaixo os principais processos de fossilização, os quais levaram à formação dos fósseis.

Processos de Fossilização

A fossilização representa o processo de conservação dos fósseis, que podem ocorrer de diversas
maneiras. Abaixo estão os principais processos de fossilização:

 Marcas: impressões deixadas por atividades dos seres vivos, por exemplo, as pegadas.
 Restos: incluem todos os tipos de vestígios rígidos, por exemplo, as conchas.
 Moldes: fósseis moldados pela região em que ocorre o processo de fossilização, do qual
permanecem as partes rígidas dos seres, por exemplo, os ossos.
 Mineralização: ocorre por meio da transformação da matéria orgânica em minérios, por
exemplo, a sílica.
 Mumificação: também chamado de “conservação”, é processo em que permanecem as
partes rígidas e moles dos seres, por exemplo aqueles que fossilizaram no gelo.
Tipos de Fósseis

De acordo com o estudo dos fósseis, há dois tipos:

Somatofóssil: são os fósseis de organismos do passado (restos somáticos), por exemplo, ossos,
carapaças, folhas, troncos, dentre outros.

Icnofóssil: são fósseis que identificam a atividade animal, seja por meio de pegadas, rastros,
túneis, excrementos, marcas de dentadas, dentre outros.

A Importância dos Fósseis

É através dos estudos sobre os fósseis que podemos conhecer melhor a história do planeta em
tempos remotos, identificada pelos vestígios que marcaram determinada época.

Um exemplo notório é os fósseis encontrados dos dinossauros, visto que se não fossem
estudados nunca saberíamos que esses répteis gigantescos viveram no planeta muito antes da
raça humana habitá-lo. Outro exemplo são os fósseis de mamutes, que foram extintos há mais de
10 mil nos e ainda hoje são estudados por pesquisadores.

Assim, os fósseis são as provas mais concretas da existência de vida no planeta, sendo uma
importante ferramenta de estudos entre os biólogos, arqueólogos, paleontólogos e geólogos. Eles
revelam as transformações que ocorreram nos seres vivos e no próprio planeta durante anos. Por
esse e outros motivos, a conservação dos fósseis revela grande importância histórica para o
estudo da evolução da vida.

O trabalho de encontro dos fósseis é executado pelo paleontólogo, realizado por meio da
escavação de um local e da coleta do material. Atualmente, é possível encontrar muitos fósseis
em diversos museus de história natural espalhados pelo mundo.

Escala do tempo geológico

A Escala do Tempo Geológico foi proposta a partir da reunião de informações de afloramentos


do mundo todo utilizando dos princípios de datação relativa, que é um “calendário” de idades
relativas da história geológica da Terra. Cada intervalo de tempo nessa escala esta relacionado a
um pacote de rochas e seus respectivos fósseis. Embora a escala venha sendo frequentemente
atualizada, suas principais divisões tem permanecido constantes durante o último século.

A tabela abaixo mostra a escala do tempo geológico dividida em quatro unidades principais de
tempo, sendo a seguir enunciadas em ordem de diminuição da sua duração temporal: éons, eras,
períodos e épocas. O éon é a maior divisão da escala temporal da Terra. (o tempo indicado
sinaliza o início do éon/era/período/época).
Escala do tempo geológico da Terra
Éon Era Período Época Início
Holoceno 11 mil anos
Pleistoceno 1,8 milhões de
Quaternário
anos
Plioceno 5,3 milhões de
anos
Cenozóico Mioceno 23 milhões de
Neógeno
anos
Oligoceno 40 milhões de
anos
Eoceno 55 milhões de
Fanerozóico
anos
Paleógeno
Paleoceno 60 milhões de
anos
Cretáceo 65 milhões de anos
Jurássico 161 milhões de anos
Mesozóico
Triássico 228 milhões de anos

Permiano 260 milhões de anos

Carbonífero 306 milhões de anos

Devoniano 385 milhões de anos

Paleozóico Siluriano 418 milhões de anos

Ordoviciano 460 milhões de anos

Cambriano 501 milhões de anos

Neo- 630 milhões de anos


proterozóico
Meso- 1,2 bilhões de anos
Proterozóico
proterozóico
Paleo- 1,8 bilhões de anos
proterozóico
Arqueano 2,8 bilhões de anos

Hadeano 3,8 bilhões de anos)


Conclusão

Após uma profunda analise sobre o tema, o grupo concluiu que a Geocronologia é uma
ferramenta indispensável para reconstruir a evolução geodinâmica de cinturões orogênicos,
datando a colocação de rochas plutônicas ou vulcânicas, eventos metamórficos, deposição de
sedimentos e determinando a idade das rochas geradoras das quais os detritos sedimentares são
derivados. É essencial para a sismologia porque restringe as idades dos terremotos e as taxas
médias de deslocamento de falha, permitindo aos cientistas avaliar a taxa de levantamento
crustal, datar a deposição de recursos minerais e muitas outras aplicações.
Bibliografia

https://mineralpedra.blogspot.com/2016/05/o-que-e-fossilizacao-condicoes-de.html

https://www.todamateria.com.br/o-que-sao-fosseis/

https://www.infoescola.com/geologia/escala-do-tempo-geologico/

https://www.infoescola.com/geografia/geocronologia/

https://www.britannica.com/science/geochronology

https://www.infoescola.com/geologia/sismologia/

Você também pode gostar