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Curso de Arteterapia - Modulo II
Curso de Arteterapia - Modulo II
Continuada a Distância
Curso de Arteterapia
MÓDULO II
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos nas Referências Bibliográficas.
MÓDULO II
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clássico até o surrealismo. Destacando-se as descobertas de novos procedimentos,
materiais e técnicas que levam a uma concepção do objeto artístico. Em segundo
lugar aparece a determinação social da atividade artística (sua finalidade), para que
ou para quem era desenvolvida.
Aprofundando um pouco mais a ideia, vemos que, no mundo atual, a função
da arte e o seu valor não estão em copiar a realidade, mas sim na representação
simbólica que um artista faz do mundo humano.
Portanto, a arte também é uma das maneiras pela qual o ser humano atribui
sentido à realidade que o cerca, e uma forma de orientação que transforma a
experiência em objeto de conhecimento, com valor simbólico.
O homem criou utensílios para facilitar o seu trabalho, como as ferramentas
para cavar a terra e os talheres para a cozinha, a roda para movimentar-se. E a arte
aparece neste sentido para que o mundo saiba o que ele pensa, para divulgar as
suas crenças e as dos outros, para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para
explorar novas formas de olhar e perceber objetos e cenas.
A arte, principalmente a arte contemporânea, busca a desestabilização das
verdades originárias, a ruptura com os princípios bem-instalados, destruindo as
evidências imediatas e atordoando as mentes com questões como a da realidade e
sua representação.
A arte é uma manifestação humana criada com a essência e inspiração de
seu momento, isto é, das circunstâncias e situações moldadas pelas referências
simbólicas da cultura. A arte pode ser entendida como um dos modos simbólicos de
que o ser humano se utiliza para atribuir significados ao mundo, mostrando por meio
de um objeto as possibilidades do real. A arte fala à imaginação e, por isso, sua
compreensão exige sensibilidade treinada, disponibilidade e conhecimento de
história geral e de história da arte.
Para compreendermos as formas de manifestação artística ao longo da
evolução histórica, vamos percorrer o caminho da arte desde a pré-história até a arte
contemporânea, no sentido de expandir nosso entendimento sobre o universo
artístico. Apertem os cintos e BOA VIAGEM!!!
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2.2 A ARTE NO MUNDO
A Idade da Pedra Lascada (cerca de 400 mil anos atrás) é o tempo dos
homens que viviam em cavernas, e que viviam da caça, da pesca e da colheita.
Nesta época, o homem já fazia uso da arte com representação de seu mundo, por
meio de registros nas paredes das cavernas, o que se denomina por Pintura
Rupestre. Executadas em recantos escuros e profundos das grutas que intrigam os
pesquisadores por seu propósito mais complexo que a mera decoração,
relacionadas ao pensamento mítico. Acredita-se que esteja ligado a rituais
realizados com o intuito que ajudasse em uma boa caçada. Abaixo podemos
observar uma pintura rupestre:
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Willendorf, encontrada na Áustria; ela possui cerca de doze centímetros de altura e
deve ter sido produzida entre 25 e 20 mil anos a.C.
FIGURA 11 – VÊNUS DE WILLENDORF - 25 E 20 MIL ANOS a.C
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FIGURA 12 – ESCULTURA GREGA
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FIGURA 13 – DETALHE DE UM MOSAICO DA IGREJA DE SANTA SOFIA.
SÉCULO XIII
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O mesmo mecena foi também o patrocinador de Américo Vespucio. Havia
um clima inovador e uma mudança de espírito (aliada ao dinheiro que vinha da
burguesia) que permeava o período e permitia que os artistas não reproduzissem
apenas os temas bíblicos.
O valor da obra de Leonardo é indiscutível. Obras como “A Virgem do
Rochedo”, “Santa Ceia” e, é claro, a “Monalisa” até hoje despertam curiosidade e
novas interpretações, sem dúvida fazem parte de nossa riqueza cultural. Além da
utilização da perspectiva geométrica, Da Vinci criou uma técnica conhecida como
esfumato, onde o claro e o escuro da imagem final é o resultado da sobreposição de
inúmeras camadas de tinta bem diluída. À geometria das linhas soma-se uma
ambientação ímpar, que potencializa a sensação ilusionista de profundidade e
realidade.
FIGURA 5 – MONALISA
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Na Idade Contemporânea muitos foram os movimentos artísticos, dentre
eles: Neoclássico (caracterizado pelo retorno ao passado, pela imitação dos
modelos antigos greco-latinos), Realismo (cientificismo, a expressão da realidade e
dos aspectos descritivos), Impressionismo (destaque para a arte abstrata que tende
a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos,
as cores e a significação que esses elementos podem sugerir ao espírito), Cubismo
(geometrização das formas e volumes, renúncia à perspectiva, o claro-escuro perde
sua função, representação do volume colorido sobre superfícies planas).
Algumas obras deste período merecem destaque:
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Acesso em: 14 fev. 2009.
FIGURA 16 – OBRA DO IMPRESSIONISMO
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Marcel Duchamp, artista bastante polêmico da contemporaneidade, revelou
sua posição crítica com relação aos grandes salões de arte, com obras um tanto
“ousadas”, mas que mostram o quanto a arte se desligou da obrigatoriedade de
retratar a realidade externa. O artista tenta buscar uma linguagem pessoal, a
expressão de seu pensamento.
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A obra de Marcel Duchamp é considerada uma “ready-made”, ou seja, uma
manifestação da intenção em romper com o processo artesanal da produção
artística de seu tempo, apropriando-se de algo que já está feito, industrializado e que
tem finalidade prática e não artística (o urinol de louça, a roda de bicicleta, a
banqueta) passando esses artigos para a categoria de arte.
Os temas e interesses, formas e conteúdos vão se modificando ao longo do
tempo. Cada época de uma civilização cria uma arte que lhe é própria e que jamais
se irá renascer.
A arte contemporânea, no início do século XX, sai dos museus e galerias e
deixa de ser privilégio das elites, para ajudar a humanizar o nosso mundo
materialista, é o momento do efêmero, que suscita uma atitude de aceitação.
Nossa sociedade vive uma crise de valores, proveniente da ruptura com os
paradigmas da modernidade agravada pela globalização econômica e cultural. Uma
sociedade que deixa bem claro que não existe diferença entre honesto ou traidor,
ignorante ou sábio, enganador ou generoso.
A arte, atualmente, propõe um novo olhar sobre a realidade, por meio das
intervenções urbanas. Neste contexto, recria-se um clima de incertezas, dificuldades
e resoluções em que o espectador interage com a obra que não finda, mas está em
constante renovação.
Convém lembrar que chamamos de intervenção toda e qualquer atividade
artística que rompe com o padrão ou a rotina de um determinado ambiente.
Na contemporaneidade podemos citar como intervenção urbana o trabalho
de performance, muito comum em agências de publicidades, por ocasião do
lançamento de um novo produto no mercado, as estátuas vivas, presentes em
praças e shoppings e o grafite, dentre outros. Neste último caso, a pintura sai da tela
para ocupar espaços alternativos como muros ou paredes, prédios, veículos,
calçadas, postes, árvores, corpos humanos, etc.
O que vale ressaltar é que a arte contemporânea, produto do homem,
procura soluções para os nossos problemas mais imediatos. Por isso, afasta-se das
questões da contemplação e busca uma interação mais efetiva com o observador.
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Os movimentos encontrados dentro da arte contemporânea beiram ao
infinito, pois a cada dia um artista pode criar seu próprio movimento. As
transformações parecem dar indício de que não estão nem próximas de uma
estabilidade. Equilibrar-se neste mundo é vital, e ter critérios de discernimento é
fundamental para não cairmos nos perigos do excesso de subjetividade do gosto
pessoal. Já que as fontes de informação são inesgotáveis, se tivermos alguns
pontos cardeais poderemos nos situar com menor dificuldade no labirinto da pós-
modernidade.
Segundo Tavares (2006), ao desenhar nas paredes ou fabricar cestarias e
cerâmicas, o homem primitivo era impulsionado pelas mesmas questões de
sobrevivência que motivaram o homem do Renascimento e o do século XX. A arte,
então, aparece no mundo humano como forma de organização, como modo de
transformar a experiência vivida em objeto de conhecimento que se desvela por
meio de sentimentos, percepções e imaginação. Assim, ela abarca um tipo de
conhecimento a partir de universos sensíveis e ideais da apreensão humana da
realidade.
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2.3 ARTE NO BRASIL
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A arte é influenciada pelo desenvolvimento da sociedade e a prova disso é
que se examinarmos o contexto histórico de um país ou de uma época, este é
permeado pelas descrições e informações trazidas pela arte e pelos artistas, grande
parte da história é escrita baseada nos elementos artísticos. Como exemplo, pode-
se citar o artista francês Jean Baptiste Debret, o qual retratou em suas obras as
aclamações à Dom Pedro I, a vida indígena no Brasil e os vários momentos
históricos do império. Vejamos a seguir uma de suas obras, a qual retrata a
escravidão pela qual foram vítimas os indígenas que aqui habitavam na chegada
dos colonizadores.
Manuel da Costa Ataíde foi o maior vulto da pintura colonial brasileira. Foi
autor de uma extensa obra, mas o teto da Igreja de São Francisco de Assis é seu
trabalho mais reconhecido. Mulato, como a maior parte dos artistas brasileiros do
período, volta-se com mais atenção para a execução do que para a criação. Inova,
entretanto, nos modelos compositivos e na fisionomia das personagens.
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FIGURA 22 – TETO DA IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS PINTADO POR
MANUEL DA COSTA ATAÍDE
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FIGURA 23 – ESCULTURA DE ANTÔNIO FRANCISCO LISBOA, O ALEIJADINHO
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Essa obra foi realizada para presentear Oswald de Andrade (marido de Tarsila
nesta época). O quadro acabou virando marco do movimento Antropófago no Brasil, pois
a figura estranha fez Tarsila lembrar de um verbete Tupi-Guarani “Abapuru”, ou, na
sua tradução, “Homem que come”. Esse episódio marcou o início da determinação
artística de digerir a cultura europeia e transformá-la em algo originalmente
brasileiro.
Outros artistas modernistas brasileiros significaram muito para a evolução da
arte brasileira, algumas de suas obras são abaixo ilustradas:
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FIGURA 27 – BANDEIRINHAS DE ALFREDO VOLPI
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FIGURA 29 – RETIRANTES DE CÂNDIDO PORTINARI
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FIGURA 31 – A BOBA DE ANITA MALFATI
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FIGURA 33 – PAINEL DE POTY LAZZAROTTO NO CENTRO DE CURITIBA
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Alguns artistas brasileiros e contemporâneos:
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FIGURA 36 – DANIEL SENISE
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Ainda sobre a arte contemporânea, a 28ª Bienal de São Paulo
(dezembro/2008) é um modelo do que a arte sugere para a atualidade. Na foto
abaixo você pode perceber a magnitude da obra, a qual pretende que o visitante
possa interagir com a produção artística.
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Agora é a sua vez!!!
Vamos refletir um pouco sobre a arte contemporânea!
Leia as perguntas e tente responder mentalmente. Procure dentro de você
os significados de cada obra, as qualidades de cada artista.
O que você pensa sobre a arte contemporânea?
O que cada artista procurou mostrar com as obras abaixo ilustradas?
Qual a ligação com o tema abordado "em vivo contato" (pretendia refletir
sobre a função da exposição)?
Você compraria uma obra dessas? Até quanto pagaria?
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