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e do Adolescente
Edição atualizada até outubro de 2017
Estatuto da Criança
e do Adolescente
SENADO FEDERAL
Mesa
Biênio 2017 – 2018
SUPLENTES DE SECRETÁRIO
Senador Eduardo Amorim
Senador Sérgio Petecão
Senador Davi Alcolumbre
Senador Cidinho Santos
Secretaria de Editoração e Publicações
Coordenação de Edições Técnicas
Estatuto da Criança
e do Adolescente
Brasília – 2017
Edição do Senado Federal
Diretora-Geral: Ilana Trombka
Secretário-Geral da Mesa: Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho
ISBN: 978-85-7018-885-4
CDDir 342.1157
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 2o Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze
anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos
de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente
este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
§ 9o A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não
iniciar ou que abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera
que não comparecer às consultas pós-parto.
§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com
filho na primeira infância que se encontrem sob custódia em unidade
de privação de liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e
assistenciais do Sistema Único de Saúde para o acolhimento do filho, em
articulação com o sistema de ensino competente, visando ao desenvolvi-
mento integral da criança.
SUBSEÇÃO II – Da Guarda
Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18
(dezoito) anos incompletos.
Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decreta-
ção da perda ou suspensão do poder familiar e implica necessariamente o
dever de guarda.
SUBSEÇÃO IV – Da Adoção
Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais
naturais.
§ 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não podem ser representa-
dos por mais de uma entidade credenciada para atuar na cooperação em
adoção internacional.
§ 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou domiciliado fora do
Brasil terá validade máxima de 1 (um) ano, podendo ser renovada.
§ 14. É vedado o contato direto de representantes de organismos de
adoção, nacionais ou estrangeiros, com dirigentes de programas de acolhi-
mento institucional ou familiar, assim como com crianças e adolescentes
em condições de serem adotados, sem a devida autorização judicial.
§ 15. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá limitar ou suspen-
der a concessão de novos credenciamentos sempre que julgar necessário,
mediante ato administrativo fundamentado.
Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob
responsabilidade de entidade governamental ou não governamental sem
fins lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições
de capacitação para o exercício de atividade regular remunerada.
§ 1o Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as
exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do
educando prevalecem sobre o aspecto produtivo.
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Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo deverão exibir, no invó-
lucro, informação sobre a natureza da obra e a faixa etária a que se destinam.
Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca onde reside,
desacompanhada dos pais ou responsável, sem expressa autorização judicial.
§ 1o A autorização não será exigida quando:
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, se na mesma
unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana;
b) a criança estiver acompanhada:
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado
documentalmente o parentesco;
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou res-
ponsável.
§ 2o A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável,
conceder autorização válida por dois anos.
SEÇÃO II – Da Advertência
Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física e mental dos inter-
nos, cabendo-lhe adotar as medidas adequadas de contenção e segurança.
CAPÍTULO V – Da Remissão
Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá ser revista ju-
dicialmente, a qualquer tempo, mediante pedido expresso do adolescente
ou de seu representante legal, ou do Ministério Público.
SEÇÃO II – Do Juiz
Art. 158. O requerido será citado para, no prazo de dez dias, oferecer res-
posta escrita, indicando as provas a serem produzidas e oferecendo desde
logo o rol de testemunhas e documentos.
§ 1o A citação será pessoal, salvo se esgotados todos os meios para sua
realização.
§ 2o O requerido privado de liberdade deverá ser citado pessoalmente.
minutos para cada um, prorrogável por mais dez, a critério da autoridade
judiciária, que em seguida proferirá decisão.
Art. 190-C. Não comete crime o policial que oculta a sua identidade para,
por meio da internet, colher indícios de autoria e materialidade dos crimes
previstos nos arts. 240, 241, 241-A, 241-B, 241-C e 241-D desta Lei e nos
arts. 154-A, 217-A, 218, 218-A e 218-B do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 (Código Penal).
Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de observar a
estrita finalidade da investigação responderá pelos excessos praticados.
CAPÍTULO VI – Do Advogado
Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses protegidos por esta Lei, são
admissíveis todas as espécies de ações pertinentes.
§ 1o Aplicam-se às ações previstas neste Capítulo as normas do Código
de Processo Civil.
§ 2o Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade pública ou agente
de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público, que lesem
direito líquido e certo previsto nesta Lei, caberá ação mandamental, que se
regerá pelas normas da lei do mandado de segurança.
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Art. 215. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar
dano irreparável à parte.
Art. 219. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá adiantamento
de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas.
Art. 233. (Revogado)
Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de
sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva
criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas,
ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins
primordialmente sexuais.
Art. 260-C. As doações de que trata o art. 260 desta Lei podem ser efe-
tuadas em espécie ou em bens.
Parágrafo único. As doações efetuadas em espécie devem ser deposita-
das em conta específica, em instituição financeira pública, vinculadas aos
respectivos fundos de que trata o art. 260.
e atividades previstos nesta Lei, tão logo estejam criados os Conselhos dos
Direitos da Criança e do Adolescente nos seus respectivos níveis.
Estatuto, que será posto à disposição das escolas e das entidades de aten-
dimento e de defesa dos direitos da criança e do adolescente.
Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua publicação.
Parágrafo único. Durante o período de vacância deverão ser promo-
vidas atividades e campanhas de divulgação e esclarecimentos acerca do
disposto nesta Lei.
www.senado.leg.br/livraria
Esta obra apresenta a Lei no 8.069/1990, que constitui sobre o Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA). Ele assegura a todos os cidadãos
brasileiros com até dezoito anos de idade os direitos fundamentais inerentes
à pessoa humana, além das oportunidades e facilidades que lhes facultem o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de
liberdade e de dignidade.