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INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE

E AUDITORIA DE MOÇAMBIQUE
Introdução à Gestão
Fundamentos Da Organização Aula teórica
Periodo Laboral e Pós-Laboral Jnh. de 2021
1º ano I semestre: Tronco Comum

I. FUNDAMENTOS DE ORGANIZAÇÃO
1.1.Conceito de Organização
Definição de organização: Instituição ou empresa com ou sem fins lucrativos. Esta é composta por
um conjunto de pessoas (2 ou mais), por objectivos aos quais a instituição se propõe atingir e uma
estrutura hierárquica dentro da própria organização (exemplo de uma organização a ONU,
Universidades, Grupos de pessoas).

Tipos de recursos organizacionais


Os recursos que são utilizados pelas organizações para a realização das suas actividades são os
recursos:
Humanos: Formação contínua e motivação
Materiais: Matérias-primas, a sede, as suas instalações e a sua localização.
Financeiros: O capital da empresa e o seu capital de reserva.
Os recursos, dependem do tipo de actividade a realizar, devendo estas ser sempre as melhores para

1.2.Razão da existência Organizações


Necessidades por parte da pessoa humana. Neste contexto percebe-se que o Homem é um ser na
sua essência racional, tem necessidade para poder sobreviver de relação, de viver em grupo. No
fundo, podemos referir o Homem como um ser gregário.
Perante esta introdução interessa realçar a atitude voluntária e espontânea com que o Homem se
organiza – clubes sociais, desportivos, culturais, recreativos; partidos políticos; outro tipo de
organizações.
Deste modo, entende-se a necessidade da existência das organizações pelas seguintes razões:

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1 – Razões sociais
As razões sociais são aquelas que fazem parte integrante do ser humano, a importância da relação
intersubjectiva.
2 – Razões materiais
As razões materiais dizem respeito àquelas em que o desenvolvimento da actividade de uma
organização aumenta a habilidade / eficiência na execução de tarefas, ao “ganhar tempo” para
atingir mais rapidamente um objectivo, com acumulação de conhecimento (obtido pela experiência
e vivência com os outros) e à possibilidade de passagem de conhecimento aos vindouros.
3 – Efeito de sinergia
O efeito de sinerga é o efeito multiplicador da actividade dos membros de uma organização.
Quando a acção é de forma conjunta (mais que um elemento) o efeito da acção realizada é maior
do que a soma dos efeitos que produziriam isoladamente.

Conceitos de eficácia e eficiência.


Eficiência: (Gestão dos recursos disponíveis), Para um determinado nível de produção utilizar o
menor número de recursos possível, com vista a aumentar a produção, aumentando assim também
a rentabilidade. Cumprimento de prazos.
Eficácia: (depende dos objectivos a que a empresa se propõem), Atingir os objectivos a que se
propõem, mas a empresa pode ser eficiente sem ser eficaz

1.3.Meio ambiente das Organizações


A Organizacao Como Sistema Aberto
Urn sistema pode definir-se como:
Urn conjunto de elementos, partes ou organs componentes do sistema, isto é, os subsistemas;
Dinamicamente inter-relacionados, formando uma rede de comunicacoes e relacionados, em
funcao da dependencia reciproca entre eles;
Desenvolvendo uma actividade ou funcao que é a operagdo, actividade ou processo do sistema;
Para atingir urn ou mais objectivos ou propósitos que constituem a própria finalidade para a qual
o sistema foi criado.
Em funcao destas quatro caracteristicas, o sistema funciona como urn todo organizado
logicamente.

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Quando falamos em natureza sistemica, queremos referir-nos a esse funcionamento global, total e
integrado no qual o todo é maior (ou diferente) do que a soma das partes.
Para poder funcionar, todo o sistema apresenta os seguintes parametros:
 Entradas, ou insumos, ou inputs – constituem os recursos que vão permitir o
funcionamento do sistema. No caso das empresas, sao as materias-primas, os recursos
financeiros e humanos, etc;
 Operacdo ou processamento: consiste na "transformacao" dos inputs (os recursos)
tendo em vista a obtencao dos outputs desejados, de acordo corn os objectivos que se
procura atingir e que em Ultima analise a razao de ser do sistema ou da organizacdo.
No caso das empresas industriais, por exemplo, traduz-se no próprio processo produtivo, ou seja,
producao de automóveis, sapatos, habitacões, etc.;
 Saidas, ou resultados, ou outputs: sao os produtos finais no caso das empresas;
 Retroaccdo, ou realinhamento, ou feedback: tern em vista controlar o funcionamento do
próprio sistema, informando se os objectivos estdo ou nao a ser cumpridos. Pode ser
positiva ou negativa;
 Entropia: significa que o sistema tende desintegracao, a desorganizacao, a deterioração.
 Os sistemas podem ser abertos ou fechados.
Os sistemas abertos tern muitissimas entradas e saidas em relacao ao ambiente, como por
exemplo uma organizacao (ou urn conjunto de coisas que afecta e e afectada por factos externos
ao próprio sistema).
Os sistemas fechados tern pouquissimas entradas e saidas, como por exemplo os sistemas
mecanicos – o motor de urn carro – ou as organizaceies que nao afectam nem sao afectadas por
factores externos. Na prática não existem sistemas completamente fechados.

Cada sistema a constituido por varios subsistemas e, por outro lado, faz parte integrante de um
sistema maior, o qual constitui o seu ambiente
O ambiente das empresas, tambem chamado envolvente ou contexto, é, por assim dizer, o
terreno onde as empresas actuam, e costuma dividir-se em ambiente geral e ambiente de tarefa.

Elementos de Acção Indirecta


Considera-se ambiente geral o conjunto amplo e complexo de condigOes e- factores externos que

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envolve e influencia difusamente todas as empresas.
É constituido pelas seguintes variaveis:
Tecnológicas: as invencões tecnicas, aplicadas, desenvolvimento, etc;
Politicas: o clima politico e ideológico geral, a estabilidade ou instabilidade política, a politica
econômica, fiscal, de emprego, sande educacao, habitagao, etc;
Económicas: o nivel de actividade econômica do pais, o nivel de desenvolvimento econdmico da
regiao, o grau de industrializagao do pais ou da regiao, a distribuigao do rendimento per capita, a
tendencia inflacionista ou deflacionista, etc;
Legais: o conjunto de leis, reguladoras, controladoras, incentivadoras ou que restringem
determinado tipo de comportamento empresarial;
Sociais: as tradicOes culturais do pais e/ou da regiao, a estrutura do orgamento familiar, as atitudes
quanto ao trabalho e a profissao; as atitudes quanto ao dinheiro e a poupanga, etc;
Demo grcificas: as caracterfsticas da populagao, seu crescimento, raga, religiao, distribuigao
geografica, por sexo e/ou idade, etc;
Ecológicas: as condições fisicas e geograficas – clima, terreno, vegetagao – e a sua utilizacao pelo
homem.

O ambiente de tarefa/ Elementos de Acção Directa – Stakeholders


corresponde ao segmento do ambiente , geral mais imediato e proximo da empresa. E constituido
por 4 sectores principais:
Consumidores/clientes;
Fornecedores (de recursos): capitais, materiais,
mao-de-obra, equipamento;
Concorrentes;
Sidicatos
Instituições financeiras
Grupos regulamentadores: governo, sindicatos, associacoes de empresas, etc.
Qualquer que seja o tipo de ambiente em que uma empresa opera – domestic° ou global – os
gestores terao sempre de utilizar os seus recursos de forma eficiente, produzindo bens e servigos
que satisfagam, da melhor maneira, as necessidades dos consumidores. Para que a empresa tenha
sucesso, deve faze-lo melhor do que fazem os concorrentes. Isso significa, como adiante se very

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mais detalhadamente, que a empresa tern de procurar colocar no mercado produtos ou servigos de
qualidade igual a concorrencia mas corn custos mais reduzidos, aliciando o consumidor pelo preco,
ou produtos (ou servicos) de qualidade superior a dos concorrentes a precos convenientes para os
consumidores.
Trata-se, em Ultima em retirar do ambiente os recursos (inputs), transforms-los (em outputs) e
devolve-los ao mesmo ambiente.
O conhecimento das condicionantes do ambiente especIfico de cada gestor, e das suas alteracoes
é portanto crucial.
Um dos maiores desafios dos gestores, no fim do seculo, a precisamente a constante alteracdo das
condigOes do ambiente, em ritmo cada vez mais acelerado e de forma cada vez mais de prever.

1.1.Empresa como caso particular de Organização


Objectivos da Empresa Como agente económico
Tem como objectivo último a maximização do lucro a longo prazo, de forma a manter a
estabilidade de longo prazo do seu ciclo de actividade;
É um agente económico autónomo capaz de definir com independência o seu vector de
objectivos;
Assim, o objectivo estrutural da empresa é a combinação óptima de recursos (inputs) de forma
a potenciar a sua capacidade de produção (output)

Envolvente Transaccional (empresa)


É a tipologia que define que qualquer empresa concorre simultaneamente em 5 mercados:
a) Mercado de matérias-primas e componentes (mercados de inputs);
b) Mercado de bens de equipamento para o seu processo produtivo;
c) Mercado de trabalho;
d) Mercado financeira;
e) Mercado do produto final da empresa (mercado de outputs);
Nos quatro primeiros a empresa faz parte da procura e irá tentar obter a combinação de recursos
mais eficiente, para o seu processo produtivo, quanto ao último, a empresa é parte integrante
da oferta e terá de ser capaz de colocar o seu output de forma a que lhe seja possível manter o
seu ciclo de actividade.

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“A empresa deve ser encarada como uma organização, com objectivos próprios, e parte de um
sistema social mais vasto em que se integra e em que comunica”
Contudo, as empresas distinguem-se das demais organizações sociais por várias características:
 São orientadas para a obtenção do lucro.
 Assumem riscos.
 São geridas e organizadas segundo a filosofia de negócio, com reconhecimento do Estado
e pelas organizações que com elas lidam.
 São avaliadas sob o ponto de vista contabilístico.

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