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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO

FICHA DE TRABALHO DE GEOGRAFIA A - 10º Ano

TEMA – ESTUDO DE CASO: O ALQUEVA

Depois de teres realizado uma tarefa com base na consulta do site da EDIA –
Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, analisa a informação
seguinte e realiza a atividade apresentada no final.

Texto 1
Alentejo – Terra de pão e crises
(…) O Além-Tejo é das regiões do país com limites mais precisos e a oferecerem maior consenso. (…)
A reduzida precipitação faz com que o Alentejo seja a única região do país em que os recursos hídricos disponíveis
são inferiores às necessidades, pelo que desde há muitos anos se estudam formas de trazer ao Alentejo água das
regiões mais a norte.
O Alentejo, com 765 971 habitantes, foi sempre pouco povoado, para isso contribuindo, conjugadamente , a carência
e irregularidade na distribuição temporal e espacial da água, a estrutura da posse e da exploração da terra (latifúndio)
e a instabilidade dos preços das produções agrícolas, silvícolas e pecuárias. (…)
Os turismos e os lazeres, variados e de qualidade, são outros caminhos do futuro, assim o percebam os jovens da
região e de outras regiões.
Mas não se esqueça o essencial. O Alentejo é uma grande reserva do país, onde será necessário voltar sempre em
tempos de carestia e convulsões políticas e internacionais, para reencontrar “o pão, o vinho e o azeite”, o porco e
tantas matérias-primas, vegetais e minerais, e milhares de hectares para irrigar e enraizar gente nova. (…)
Jorge Garpar, As regiões Portuguesas, MPAT, 1993 (adaptado)

Texto 2

Localizada no sul de Portugal Continental, a região do Alentejo é limitada a norte pelo Centro, a este por Espanha, a
Oeste por Lisboa e pelo oceano Atlântico e a sul pelo Algarve.
A indústria extrativa e a agricultura são as duas principais atividades económicas da população. Quanto ao sector
terciário, é apenas relevante na estrutura da população ativa dos três principais centros urbanos: Évora, Beja e
Portalegre.
Cerca de 27 mil trabalhadores rurais abandonaram nos anos 90 os campos do Alentejo, segundo o Recenseamento
Geral Agrícola de 1999. No mesmo período, apesar de se ter registado uma diminuição no número de explorações
agrícolas – passou de 48 680 para 35 906 -, aumentou em 22% o número de propriedades com mais de 500 hectares.
Com a melhoria geral dos equipamentos agrícolas, verifica-se um aumento da mecanização que explica a libertação da
mão-de-obra agrícola para outros sectores, em especial o dos serviços.
Segundo o demógrafo Manuel Nazaret, “o Alentejo perde 10 pessoas por dia” (valores de 2000), considerando que “se
nada for feito, o Alentejo terá menos de 50 mil pessoas dentro de 10 anos”. De acordo com este professor, “no último
recenseamento populacional, o Alentejo tinha um total de 543 442 habitantes (perdeu cerca de 30 000 em relação a
1981) dos quais 17% pertenciam ao grupo dos jovens entre 0-14 anos e 19% apresentavam mais de 65 anos”.

(Adaptado)
Alqueva – empreendimento de fins múltiplos

Sucessivos governos têm garantido que a agricultura é o primeiro objetivo do Alqueva.


No entanto, as valências do turismo e da energia têm-se posicionado como determinantes na viabilização do
empreendimento dimensionado para fins múltiplos.
Desde o início da construção da barragem, em 1995, a área envolvente do Alqueva passou a ser olhada pelo
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potencial turístico que oferece. As margens da albufeira perfazem 1674 quilómetros, uma extensão superior ao
litoral marítimo português. Igualmente aliciantes se apresentam as 440 ilhas que se formarão no plano de água.
Em maio último, a área de influência da albufeira passou a ser designada definitivamente por “Terras do Grande
Lago”. O arranque da componente turística do Alqueva já foi iniciado em 2003 com a recuperação de 318 aldeias
localizadas junto à albufeira, projeto que tem como objetivo a instalação, junto às aldeias turísticas, de parques
de estacionamento, instalações sanitárias, para possibilitar o uso balnear, a atividade náutica, a pesca, a canoagem
e a motonáutica, transformando Alqueva “num destino de eleição para turistas de qualidade”.

Energias renováveis…
Parte da água represada na albufeira será utilizada no funcionamento da central hidroeléctrica construída no sopé
da barragem, produzindo eletricidade
O Empreendimento suficiente
de Fins Múltiplosparadeabastecer
Alquevaoéconsumo doméstico
um projeto da população
estruturante para odo Baixo
Alentejo, cerca de 160 mil habitantes. A partir de 2005 a electricidade do Alqueva será canalizada para Espanha
Alentejo, assumindo-se como investimento-âncora do desenvolvimento regional. O
através da rede Balboa.
Para alémseu
da conjunto de infraestruturas
energia hídrica, o empreendimentopermite viabilizar,
do Alqueva do ponto
contempla aindadea vista económico
possibilidade e
de produção de
social, uma das regiões mais desfavorecidas da Europa.
biocombustíveis (biodísel e bioetanol), obtidos essencialmente a partir das monoculturas da beterraba, milho e
sorgo. http://www.edia.pt/ (consultado em 3/7/2019)
Também a central fotovoltaica da Amareleja vai contar com a central hidroeléctrica do Alqueva para fazer o
lançamentoAtividade:
da energia na Rede Eléctrica Nacional.
Fonte: “Caderno de Economia”, Público, 25 de Outubro de 2004 (adaptado)
Elabore um texto (com cerca de 30 linhas, letra tamanho 10) onde justifique a
frase sublinhada no texto anterior, tendo em conta os seguintes tópicos de
reflexão:
- Condicionantes, de caráter natural e demográfico, do desenvolvimento do
Alentejo;
- Modo como as oportunidades proporcionadas pela barragem e albufeira do
Alqueva favorecem o desenvolvimento económico e social da região do Alentejo.

Bacia Hidrográfica do Guadiana


O

Alentejo é uma das regiões mais desfavorecidas em


Portugal, devido a condicionantes de caráter natural e demográfico. Sendo que há muitos projetos
e empresas a investir nessa zona, pois como já foi referido é umas das regiões mais desfavorecidas
da Europa. É também uma região pouco povoada e muito envelhecida, pois os jovens acabam por ir
para as grandes cidades á procura de melhores condições de vida e trabalho.
Uma das condicionantes do Alentejo que já estudamos é a precipitação, é muito escassa a
chuva nesta região, sendo onde se encontram os valores mais baixos de Portugal Continental. O
Alentejo possui um clima temperado ou mediterrâneo, ou seja, invernos suaves e curtos com
precipitação irregular e fraca, e verões quentes, longos e secos. A estação seca pode durar entre
quatro a seis meses, nesse período de tempo os rios podem secar. E com a construção de
barragens pode-se evitar que os rios sequem, pois permite que se mantenha um escoamento
mínimo. Os recursos hídricos são inferiores às necessidades, logo é preciso arranjar-se uma solução
para este problema.
A indústria extrativa e a agricultura são as duas principais atividades da população, a maior
parte da água das barragens serve para regas, para atividades relacionadas com a agricultura e para
o setor da indústria, ambos os setores requerem muita água. E essa quantidade o Alentejo não tem,
por isso precisa de recorrer ás barragens.
Com o arranque do projeto Alqueva no Alentejo desde 2003, em apenas 1 ano recuperam-se
318 aldeias localizadas junto á albufeira. A barragem não traz só problemas, mas também
vantagens como a utilização dessa água para a produção de energia para a região; atração dos
turistas á barragem, logo vai melhorar a economia da região; regulação dos caudais e como já
referi, o impedimento de secas.
O Alentejo ao ter imensas horas de insolação anuais, faz com que a partir da energia
fotovoltaica, seja possível a criação de energia, pois é uma região com muito potencial para a
criação este tipo de energia, pois é ‘muito rica’ em energia solar. Ajudando assim no equilíbrio da
balança comercial do país.
Esta região também se tornou ‘produtora’ de biotenol, que ode fazer a vez dos combustíveis
fosseis, fazendo com que a região se desenvolva em termos económicos, pois com a redução disto
pode ajudar na balança comercial do país.
Por fim, o Alentejo tem muitas potencialidades, por exemplo para a agricultura, para a energia
solar, e isso faz com que seja uma região riquíssima em cultura. Por outro lado, é uma região
‘pobre’ em recursos hídricos e por isso o projeto Alqueva está a ajudar.

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