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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


LICENCIATURA EM PEDAGOGIA - 8ºPERIODO
CAMILA FERREIRA BATISTA PINHEIRO

EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O PROCESSO DE


ENSINO-APRENDIZAGEM
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CAMILA FERREIRA BATISTA PINHEIRO

EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O PROCESSO DE


ENSINO-APRENDIZAGEM

Projeto de Ensino apresentado à Universidade


Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial
para a obtenção do título de Pedagogo.
Tutor à Distância: Rosana Cardoso Moraes Oliveira

MANTENA - MG
MANTENA-MG
2021
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
1 TEMA.....................................................................................................................5
2 JUSTIFICATIVA....................................................................................................5
3 PARTICIPANTES..................................................................................................6
4 OBJETIVOS...........................................................................................................7
5 PROBLEMATIZAÇÃO...........................................................................................8
6 REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................8
7 METODOLOGIA..................................................................................................10
8 CRONOGRAMA..................................................................................................11
9 RECURSOS.........................................................................................................23
10 AVALIAÇÃO........................................................................................................23
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................23
REFERÊNCIAS...........................................................................................................23
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1 INTRODUÇÃO

A presente pesquisa procura analisar os objetivos da educação


inclusiva, as teorias que a fundamentam, as dificuldades para sua efetivação na
escola pública, bem como apresentar sugestões para uma prática pedagógica
distinta, que de fato atenda seus objetivos.

A inclusão na educação aflorou em um período de


crescimento do país no cenário mundial e isso demonstra o quanto precisamos nos
preparar para as inovações e desafios que a inclusão nos exige.

O que buscar-se através desta pesquisa é comprovar as dificuldades


encontradas pelos professores no processo de inclusão dos alunos com
necessidades educacionais especiais nas salas de aula comum na educação
regular.
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1-TEMA

EDUCAÇÃO INCLUSIVA E O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Sobre o que seu projeto de ensino vai falar?


O Projeto irá abordar as questões de relacionamento a Educação
Inclusiva, e o processo de ensino-aprendizagem, se as escolas estão preparadas
para atender o aluno especial, na educação principalmente, pois será de extrema
importância a escola e a família estar em parceria, para obter resultados positivam
com os estes alunos que requer muita atenção e principalmente, que a escola possa
oferecer um ensino que esteja também voltado a ele, que quando a entrar na escola
ele não se sinta tão indiferente.
Pois muitas escolas desconhecem a importância que o professores
tem na vida dessas crianças, sendo que muitos não estão preparados para a
formação do aluno especial 

2 JUSTIFICATIVA

O desafio da educação especial brasileira é a implantação de uma


educação de qualidade e com a organização de escolas que atendam a todos os
alunos sem nenhum tipo de discriminação e que reconheçam as diferenças como
fator de enriquecimento no processo educacional.

A expressão “atendimento especializado”, entendido de forma


equivocada, como sinônima de escolarização realizada pelas escolas com classes
especiais, alimentou por longo período as práticas educacionais direcionadas a
alunos com deficiência, bem como a formação de professores de educação especial.

Tal erro, decorrente de um pensamento de que os alunos com


deficiência não eram capazes de aprender, provocou a existência de um sistema,
que impedia a inclusão escolar dos alunos nas escolas de rede regular de ensino.

A correção deste erro foi possível na medida em que as teorias se


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aprimoraram e com a constatação de que os alunos ditos especiais também


aprendiam.

Assim, de acordo com o documento Sala de Recursos


Multifuncionais (Mec 2006), o atendimento educacional especializado deve ser uma
ação dos sistemas de ensino para acolher a diversidade ao longo do processo
educativo.

Constitui parte diversificada do currículo dos alunos com


necessidades educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar,
complementar e suplementar os serviços educacionais comuns.

3 PARTICIPANTES

Segundo o site Diversa: Educação Inclusiva na Prática os cinco


princípios da educação inclusiva são:
1. Toda pessoa tem o direito de acesso à educação;
2. Toda pessoa aprende;
3. O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular;
4. O convívio no ambiente escolar comum beneficia todos
5. A educação inclusiva diz respeito a todos;

O presente projeto será realizado na Escola Municipal Sebastião


Albano no Município de Barra de São Francisco/ES.
O projeto será aplicado nas turmas do 1º e 2º ano no período
matutino da Educação infantil, sendo que cada turma possui em torno de 18 a 20
alunos, somando em torno de 04 alunos entre estes alunos com deficiências.
A escola totaliza 80 alunos, nas series que o programa irá ser
aplicado.
A escola é bem estruturada possui nove salas, salas de TV, vídeo e
informática, biblioteca, salão coberto para as refeições e ginásio de esportes recém-
reformado em excelentes condições de uso.
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As aulas serão trabalhadas em sala de aula, ao ar livre e no ginásio


de esportes, terão a duração de duas horas, as atividades serão realizadas em
grupo e individualmente com práticas afetivas em todas as disciplinas trabalhadas
na série pelo currículo da escola dando-se sequência ao trabalho do professor (a)
regente e segundo professor(a).
Os materiais usados para as atividades propostas serão: caderno,
lápis de cor, lápis, borracha, régua, papel A4, aparelho de TV, CD e DVD, Slides e
xérox.
O enfoque maior do projeto será o aspecto afetivo e sua importância
na aprendizagem do aluno especial e o lúdico, pois através das brincadeiras e do
afeto as crianças aprendem a se relacionar com os demais colegas e juntos
descobrem o universo à sua volta e enquanto se divertem estão sem perceber a se
conhecer e aprender. 
A avaliação com os alunos será diária, observando-se o interesse,
seu desempenho dentro de suas reais necessidades e potencialidades respeitando
o tempo de cada um.

4 OBJETIVOS

Conscientizar os educadores da importância da prática do lúdico nas


escolas de educação infantil, pois assim eles conseguirão alcançar seus objetivos
com sucesso. Isto é, fazer com que o aluno aprenda o conteúdo, fazendo o que ele
mais gosta: brincando.

Mostrando que através do lúdico a criança revela o seu verdadeiro


sentimento, amplia suas relações sociais, aproxima-se mais do seu mediador de
sala e desenvolve suas habilidades de forma prazerosa

4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Valorizar os potenciais dos alunos especiais, respeitando suas


limitações e atendendo as suas necessidades, assim eliminando
as barreiras de acessibilidade;
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 Lutar em defesa de uma escola inclusiva rompendo barreiras e


garantindo igualdade de direitos para todos;

 Sensibilizar profissionais da educação, estudantes e sociedade


para respeitar as diferenças e proporcionar um bom
desenvolvimento de aprendizagem;
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5-PROBLEMATIZAÇÃO

A importância de pesquisar sobre como está acontecendo a inclusão


de crianças com necessidades especiais nas séries iniciais do ensino regular, o
trabalho dos professores envolvidos nessa experiência com a tarefa de derrubar
barreiras e enfrentar o desafio de trabalhar com a diversidade em sala de aula.
Trazer a conhecimento, instrumentos que facilitem o convívio dos
alunos com pessoas especiais.
O tempo gasto em cada ação será realizado em uma semana a 1ª,
2ª, 3ª, 4ª e 5ª, sendo realizada em cada dia, uma aula por dia diferenciada.
Entendendo o Desafio. Como ponto de investigação para o objeto de
pesquisa de “A proposta da educação inclusiva e o processo de ensino
aprendizagem na escola de ensino regular”.

Pretende- se com este estudo de modo geral demonstrar os


benefícios da proposta inclusiva para todos os alunos inseridos na escola de ensino
regular.

6 REFERENCIAL TEÓRICO

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ESCOLAS INCLUSIVAS 

Nesse trabalho, atenção especial é dada à teoria de Vygotsky e suas


implicações para o debate sobre inclusão nos campos da educação na escola e na
sociedade.

O trabalho focaliza também as relações que definem a política


inclusiva e a complexidade que caracteriza este processo.

Segundo a educadora Mantoan (2005) afirma que na escola


inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina:
respeitar as diferenças.

Ressalta ainda, que a inclusão é a nossa capacidade de reconhecer


o outro e ter o privilégio de conviver com pessoas diferentes.
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Diferentemente do que muitos possam pensar, inclusão é mais do


que rampas e banheiros adaptados.

Na perspectiva de Mantoan, um professor sem capacitação pode


ensinar alunos com deficiência.

O papel do professor é ser regente de classe e não especialista em


deficiência, essa responsabilidade é da equipe de atendimento especializado, uma
criança surda, por exemplo, aprende com especialista em libras e leitura labial. 

Questionam-se os valores e padrões pré-estabelecidos, os critérios


de avaliação e discriminação que prejudicam o desenvolvimento e a aprendizagem
das habilidades e a independência destas crianças.

Neste sentido, observamos que Vygotsky, psicólogo russo e


estudioso do tema desenvolvimento e aprendizagem, ao falar sobre deficiências
educacionalmente consideradas como uma das necessidades educacionais
especiais mostra a interação existente entre as características biológicas e as
relações sociais para o desenvolvimento da pessoa.

Segundo Vygotsky o conceito de Zona de Desenvolvimento


proximal, conhecida como ZDP, que é a distância entre o desenvolvimento real e o
potencial.

Abordando mais especificamente as questões da educação inclusiva


temos um histórico amplo de várias significações no decorrer da história, que
assinala registros de resistência à aceitação social dos portadores de necessidades
educativas especiais.

Práticas executadas como abandono, afogamentos, sacrifícios eram


comuns até meados do século XVIII, quando o atendimento passa das famílias e da
igreja, para a ciência, passando das instituições residenciais às classes especiais no
século XX.

Conforme Cardoso (2003) os médicos passaram a dedicar-se ao


estudo dos deficientes, nomenclatura adotada.
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Com esta institucionalização especializada dá se início o período de


segregação, onde a política era separar, isolar e proteger a sociedade do convívio
social, do contato com estas pessoas anormais, inválidas, incapazes de exercer
qualquer atividade.

Espera-se que a escola tenha um papel complementar ao


desempenhado pela família no processo de socialização das crianças com
necessidades educacionais especiais.

É uma tarefa difícil e delicada, que envolve boas doses de atitudes


pessoais e coletivas, caracterizadas principalmente pelo diálogo, pela compreensão,
pelo respeito às diferenças e necessidades individuais, pelo compromisso e pela
ação.

As escolas inclusivas, portanto, propõem a constituição de um


sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é
estruturado em razão dessas necessidades.

A inclusão gera uma mudança de perspectiva educacional, pois não


se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola; mas
apoia a todos: professores, alunos e pessoal administrativo para que obtenham
sucesso na escola convencional (MANTOAN, 1997, p. 121).

Na inclusão, as escolas devem reconhecer e responder às diversas


necessidades de seus alunos, considerando tanto os estilos como ritmos diferentes
de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos, por meio de
currículo apropriado, de modificações organizacionais, de estratégias de ensino, de
uso de recursos e de parcerias com a comunidade.

Os dois modelos de escola regular e especial podem ter


características inclusivas e ser o melhor para determinado aluno, o processo de
avaliação é que vai identificar a melhor intervenção, o mais importante salientar que
muitos alunos têm passagens rápidas e eficientes pela escola especial, o que acaba
garantindo uma entrada tranquila e bem assessorada no ensino fundamental
convencional, evitando uma série de transtornos para o aluno, para os pais e para a
escola.
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Segundo Coll (1995):

A igualdade educacional não pode ser obtida quando se oferece o mesmo


cardápio a todos os alunos; a integração escolar das crianças com
deficiências torna-se possível quando se oferece a cada aluno aquilo de que
ele necessita. (COLL, 1995, p. 54)

CONTEXTOS HISTÓRICOS SOBRE A DEFICIÊNCIA

As crianças no século XV portadores de deficiência eram


deformadas e atiradas nos esgotos de Roma na Idade Média.

Porém os portadores de deficiências eram abrigados nas igrejas e


passaram a ganhar a função de bobo da corte. Segundo Martinho Lutero, as
pessoas com deficiências eram seres diabólicos que mereciam castigos para serem
purificados.

A partir do século XVI e XIX as pessoas com deficiências


continuavam isoladas em asilos, conventos albergues, ou até mesmo em hospitais
psiquiátricos como na Europa que não passava de uma prisão sem qualquer tipo de
tratamento especializado.

No entanto a partir do século XX, os portadores de deficiências


começaram a ser considerados cidadãos com direitos e deveres da participação da
sociedade, mas com a Declaração Universal dos Direitos Humanos começaram a
surgir os movimentos organizadores por familiares com críticas à discriminação,
para a melhorias de vida para os mutilados na guerra em 1970 só então começa a
mudar a visão da sociedade nos anos 80, 90 onde passam a defender a inclusão.

Segundo Silva (1987): anomalias físicas ou mentais, deformações


congênitas, amputações traumáticas, doenças graves e de consequências
incapacitantes, sejam elas de natureza transitória ou permanente, são tão antigas
quanto à própria humanidade. 

Nas escolas de Anatomia da cidade de Alexandria, Segundo a


afirmação de Silva (1987) existiu no período de 300 a. C, nela ficam registro da
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medicina egípcia utilizada para o tratamento de males que afetavam os ossos e os


olhos das pessoas adulas.

Pois havia passagem histórica sobre os cegos do Egito que faziam


atividades artesanais.

Gugel (2008) expõe que na era primitiva, as pessoas com deficiência


não sobreviviam, devido ao ambiente desfavorável.

Afinal, para seu sustento, o homem primitivo tinha que caçar e colher
frutos, além de produzir vestuário com peles de animais.

Com as mudanças climáticas, os homens começam a se agrupar e


juntos irem à busca de sustento e vestimenta.

No entanto, somente os mais fortes resistiam e segundo


pesquisadores, era comum nesta época desfazerem de crianças com deficiência,
pois representava um fardo para o grupo.

Segundo Gugel (2008);

No Egito Antigo, as múmias e os túmulos nos mostram que a pessoa


com deficiência interagia com toda sociedade. Já na Grécia, as
deficiências eram tratadas pelo termo "disformes." Devido à
necessidade de manter um exército forte, os gregos eliminavam as
pessoas com deficiências. (GUGEL, 2008, p.65)

As famosas múmias do Egito, que permitiam a conservação dos


corpos por muitos anos, possibilitaram o estudo dos restos mortais de faraós e
nobres do Egito que apresentavam distrofias e limitações físicas, como Sipthah (séc.
XIII a.C.) e Amon (séc. XI a.C.).

A construção da escola inclusiva exige mudanças nessa cultura e


nas suas consequentes práticas.

Segundo Perrenoud (2000) aponta alguns fatores que dificultam a


construção de um coletivo, no contexto educacional, na limitação histórica da
autonomia política e alternativa do profissional da educação. 
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O significado da inclusão escolar e que ela vem se desenvolvendo


em todos os setores sociais, não somente na escola, mas em todos âmbitos sociais:

 Educação como direito de todos;

 Convívio social;

 Cidadania;

 Valorização da Diversidade;

 Transformação Social.

 Igualdade de oportunidades;

2.5 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E A EDUCAÇÃO ESPECIAL

É a aplicação do conhecimento contextualizado e teórico


aglomerado em anos de estudo nas faculdades que traz para a educação,
profissionais cheios de gana e vontade de fazer a diferença, enquanto profissionais
especializados, nas áreas de atendimento a alunos de NEE.
Segundo Bueno (2003, p. 10),

[...] as escolas devem reciclar seu corpo docente e seus servidores para o
atendimento adequado aos portadores de necessidades educativas
especiais, estabelecendo ainda que professores efetivos possam atuar, em
caráter provisório, nas salas de recursos e no atendimento itinerante. No
caso de não haver professores que atendam às exigências, admitir-se-á a
atuação de professores em designação temporária. Definiu-se que, em
todas as hipóteses, o professor deverá possuir curso de especialização de,
no mínimo, 120 horas.

Dos novos profissionais que chegam ao mercado de trabalho a cada


semestre, o que se espera é uma aplicação clara e concisa de seus conhecimentos
e a capacidade intuitiva de inovar e aplicar novas técnicas e conhecimentos no
cotidiano escolar, sem fugir totalmente do tradicional, mas inserindo os alunos que
não tem necessidades educacionais no mundo daqueles que tais necessidades
possuem.
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A formação por especialização destes profissionais é uma chave que


abre a porta do preparo para receber alunos especiais, vislumbrando um melhor
acolhimento destes por parte do corpo docente da instituição de ensino.

Conforme Mantoan (2010, p. 12):

O professor de AEE é um profissional que atua


sobre as peculiaridades de certos alunos [...] trata-
se de um professor especializado nesse tipo de
atendimento, mas que não se confunde com o
especialista no sentido usual do termo.

O professor que atua no atendimento educacional especializado tem


que ter habilidade e disposição para adaptarem-se as peculiaridades que a função
exige, uma vez que, atuará diretamente com alunos que possuem necessidades
educacionais especiais das mais variadas especialidades, e para tal atendimento é
necessário uma especialização que atualmente é específica para cada área; tais
como: deficiência mental, visual, auditiva dentre outras.
A abordagem ao tema inclusão vai além do recebimento de alunos
com necessidades educacionais especiais pelas escolas.
Ela passa pelo campo da aceitação dos pais, que muitas das vezes
põem barreiras ainda maiores sobre seus filhos, limitando sua capacidade de
inserção e do desenvolvimento cognitivo, emocional e social, junto aos demais
alunos das escolas regulares.

Outro elemento importante é o Estado, que precisa investir na


educação inclusiva e preparar a rede física da escola e todo o corpo docente para o
recebimento dos alunos, sem discriminação.

O profissional da educação deve ter uma qualificação específica


para atender às necessidades educacionais especiais destes alunos tanto auditiva,
visual, mental, motora, dificuldades de aprendizagem dentre outras, garantindo a
qualidade da educação oferecida e participação nas atividades desenvolvidas pela
escola.
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No Brasil, o tema é relativamente novo, apesar de seus primeiros


passos terem sido dados em meados da década de sessenta.
Nos últimos anos, com o advento da Constituição Federal de 1988,
avanços importantes ocorreram.
Nossa carta magna em seu Art. 206(inciso I), ao instituir princípio,
“igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”, norteou que, não
haveria diferença de condições.
Um dos princípios que deve nortear à práxis do professor da sala
comum é acreditar que o diferente traz inovação na pratica pedagógica, e a inclusão
por si só, é mais que receber alguém especial é trazer para o dia a dia da escola o
diferente na pratica de ensinar.

Para tanto é necessário que se perceba que, para cada tipo de


necessidade especial exista um meio de ensinar e o mais importante, que a o
retorno que cada aluno demonstra, também será diferente.

Sabe-se que cada necessidade precisa de um meio de tratamento,


não pode esperar que um mesmo método, uma mesma estratégia aplicada a um
aluno com deficiência mental, seja eficiente para todos os demais com deficiência
mental. Tem-se que aprimorar práticas para alcançar êxito em no trabalho escolar.
Cada deficiência é única, portanto o atendimento é singular.

As dificuldades encontradas pelos profissionais da educação para a


inclusão das crianças com necessidades educacionais especiais nas salas de aula
comum devem servir de estímulo aos mesmos, para que através destas, possam
descobrir oportunidades de desenvolvimento e crescimento profissional.

Não há o que se falar em aluno normal e especial, se não se


vislumbra que o normal é especial, assim como o especial se torna normal, quando
o mesmo está inserido em uma sala se aula comum e passa a realizar todas as
tarefas propostas, de acordo com suas limitações. A inserção dos meios de avaliar e
ensinar seus alunos de acordo com suas necessidades, respeitando a frequência
escolar.
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Todas essas adequações devem estar devidamente dispostas no


Projeto Político Pedagógico da escola.

O Decreto nº 7.611/2011 dispõe sobre a educação especial, o


atendimento educacional especializado em seu art. 5, parágrafo 2º (inciso III e IV)
estabelece que: A união prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de
ensino.

III- Formação continuada de professores, inclusive para o


desenvolvimento da educação bilíngue para estudantes surdos ou com deficiência
auditiva e do ensino do Braile para estudantes cegos ou com baixa visão; Formação
continuada de professores, inclusive para o desenvolvimento da educação bilíngüe
para estudantes surdos ou com deficiência auditiva e do ensino do braile para
estudantes cegos ou com baixa visão.

IV - Formação de gestores, educadores e demais profissionais da


escola para educação na perspectiva da educação inclusiva, particularmente na
aprendizagem, na participação e na criação de vínculos interpessoais.

O governo oferecerá apoio às entidades educacionais públicas para


que os profissionais que nelas estejam inseridas possam gozar de formação
especifica e voltada ao atendimento dos alunos portadores de necessidades
educacionais especiais, viabilizando assim um melhor desempenho dos mesmos na
aplicação dos conhecimentos adquiridos para as práticas educacionais à estes
alunos e um desenvolvimento digno e de qualidade aos alunos que são atendidos
por estes profissionais.

De acordo com Carvalho (2004, p.27) “o professor, como qualquer


dos cidadãos de uma comunidade, está inserido numa formação histórico-social que
ele engendra, mas é também, por ela engendrado”.

Todos os profissionais da educação estão convocados a


efetivamente romper paradigmas e educar na diferença. Nesse processo, a inclusão
visa uma melhor qualidade de vida para todos, pois, quando um aluno especial é
inserido na escola, os pais ganham novo fôlego e ânimo na educação do filho, certos
que, seu filho deixou de ser diferente, e passou a ser especial.
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METODOLOGIA

A importância de pesquisar sobre como está acontecendo a inclusão


de crianças com necessidades especiais nas séries iniciais do ensino regular, o
trabalho dos professores envolvidos nessa experiência com a tarefa de derrubar
barreiras e enfrentar o desafio de trabalhar com a diversidade em sala de aula.
Trazer a conhecimento, instrumentos que facilitem o convívio dos alunos com
pessoas especiais.
O tempo gasto em cada ação será realizado em uma semana a 1ª,
2ª, 3ª, 4ª e 5ª, sendo realizada em cada dia, uma aula por dia diferenciada.

1ª Etapa:

VIODEOKÊ – com músicas infantis, cantigas de roda e movimentos


do corpo. Desenvolvimento psicomotor através da música e ritmo (canto e dança
gestual): ajuda no raciocínio lógico-matemático, contribui para a compreensão da
linguagem e para o desenvolvimento da comunicação, para a percepção de sons
sutis e para o aprimoramento de outras habilidades.

 As atividades musicais agem sobre a mente favorecendo a


reação motora e qualquer movimento adaptado a um ritmo é o resultado de um
conjunto completo de atividades coordenadas. Linguagem oral e leitura. Ritmos,
memória sensorialiedade, motricidade, afetividade e autoestima

2ª Etapa:
ALFABETO MÓVEL: objetos, formas geométricas, cores… Este
plano de aula mostra como trabalhar as necessidades do aluno especial dentro da
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adaptação curricular e dentro dos conteúdos trabalhados na série cursada visando o


avanço  na hipótese, no desenvolvimento motor, na compreensão da aquisição da
escrita/leitura, dentro da aquisição das habilidades e competências que, embora em
um ritmo mais lento, estará realmente incluído na série cursada.

3ª Etapa:

DESENHO DE OBSERVAÇÃO: Leve para sala de aula figuras,


fotos ou ilustrações que representem pessoas negras, brancas, indígenas,
japoneses e PNEEs e cole-os em uma cartolina. Em seguida, deixe que as crianças
percebam as diferenças entre eles, para, então, fazerem um desenho de
observação. Várias curiosidades irão surgir e, assim, esta se torna uma ótima
oportunidade de valorizar a diversidade de características culturais e físicas de cada
pessoa.· Prepare um mural onde ficarão expostos os desenhos dos alunos. Para
isso, reúna os desenhos e cole-os em uma folha de papel pardo. Como atividade
complementar construa um texto coletivo onde os alunos falem sobre as diferenças.  

4ª Etapa:

TRABALHANDO LIBRAS

1. Levar um alfabeto de LIBRAS ilustrado para que as crianças


reconheçam e se familiarizem com ele, ensine os sinais a eles.
2. Pedir para que os alunos digam seus nomes utilizando apenas os
sinais.
3. Montar um diagrama com os alunos:
 Tirar cópias do alfabeto de LIBRAS (duas cópias para cada
criança). Em seguida entregar figuras de animais com palavras de fácil
reconhecimento para eles (ex. sapo, pato, lago, etc.), e uma folha em branco.
 Pedir para que os alunos sentem-se em duplas e entregas o
material preparado anteriormente para cada dupla, e peça para que eles completem
o diagrama em branco com as letras avulsas, de acordo com a figura presente em
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cada linha. Deve ser formada a palavra inteira, sendo que, para isso, os alunos se
ajudem mutuamente. A atividade termina quando o diagrama estiver completo. Se
possível leve um intérprete de LIBRAS e uma pessoa surda para que se interajam
com os alunos, e troque experiências.

5ª Etapa:

BOLA AO CESTO – improvise um cesto preso á janela: meninos


contra meninas: coordenação visomotora (visomotora têm como finalidade o domínio
de campo visual, associado à motricidade fina das mãos, dois elementos básicos
para o grafismo, concentração, atenção, lateralidade, estruturação espacial, (em
cima/ embaixo, dentro/fora, perto, longe, do lado.

EQUILÍBRIO - equilíbrio, que é a base essencial da coordenação


dinâmica geral; destreza, o controle muscular e a leveza dos movimentos; melhora o
comando nervoso, a precisão motora; orientação espacial, domínio do esquema
corporal, organização e situação de si mesmo no tempo e no espaço; e de objetos:
corpo, espaço e tempo; movimentação dos olhos da esquerda para a direita e vice
versa; proporção de altura e largura; Aumentando o grau de dificuldade .

3.7 TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO

Estima-se que desde a elaboração até a execução do projeto o


tempo para sua realização seja de uma semana. E estendido de acordo com as
necessidades.

8 CRONOGRAMA

Semana Atividades
1º Apresentação do projeto;
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2º Visita aos espaços da brinquedoteca


3º Visita ao parquinho da escola
4º Festa fantasia
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9 RECURSOS HUMANOS

Profissionais da educação, estagiários e bolsistas.


Equipe Pedagógica, corpo docente, discente e os pais.

9.1 RECURSOS MATERIAIS


Serão utilizados para realização deste projeto: quadro de giz, cartolina, cola, tesoura
revistas, jornais, toca etc. Cd de músicas reciclagem (garrafa pet) entre outros
dependendo do jogo ou brincadeira realizada

Espaço físico adequado;


Livros para didáticos;
Brinquedos pedagógicos;
Jogos;
Fantasias,
Audiovisuais.
Jogos como damas;
Dominó;
Bolas de diversos tamanhos e cores, etc;
Lousa com giz ou pincel;
Lápis de cor, giz de cera, canetinhas coloridas;
Sulfite;
massas de modelar.

10 Avaliação
Através de observações do desempenho nas atividades propostas:
avanço na hipótese (novo teste da psicogênese), atenção, concentração,
coordenação motora, percepção, memória, discriminação, cálculo mental e as
dificuldades á serem trabalhadas, que constitui uma das finalidades da avaliação
(não somente o que avançou nos seus processos cognitivos).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A concretização da política de educação inclusiva só ocorrerá com a


participação e posicionamento político de seus envolvidos, professores, pais, alunos,
gestores e comunidade interessada.

Não basta o direito legal, é necessário iniciá-lo para fazê-lo efetivo.

Uma mudança mais concreta e duradoura virá na medida em que


uma parceria entre as comunidades, as escolas, as universidades e o governo, criar
condições para um debate e conscientização permanentes, e levar a um
compromisso coletivo de inclusão cidadã.

É um embate educacional, mas também essencialmente político,


uma vez que somente a pressão social garantirá políticas públicas efetivas e um
aporte orçamentário onde a educação seja realmente uma prioridade e na qual a
educação inclusiva torne-se um objetivo permanente.

Criar uma escola inclusiva só é possível onde há respeito pelas


diferenças. Criar uma escola inclusiva é fazê-la reflexo da diversidade social.
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REFERÊNCIAS

AINSCOW, M. Desarollo de escuelas inclusivas. Madri: Narcea, 2001 BRASIL.


Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Ministério da
Educação. Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 2001.
BAPTISTA, C. R. Formação e investigação no desenvolvimento da relação
educativa enquanto prática mediadora: Fazendo diferença. Cadernos Pedagógicos,
Porto Alegre, nº 20, p. 78-86, jan. 2000.
BUENO, J. G. S. Educação inclusiva e a escolarização dos surdos. Revista
Integração, Brasília (Ministério da Educação e do Desporto/ Secretaria de Educação
Especial), v.13, n.23, p.37- 42, 2001.         
BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas
especiais. Brasília: UNESCO, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação. O Desafio das Diferenças nas Escolas. Boletim 21.
MEC, 2006.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Construir a Escola das diferenças: caminhando nas
pistas da inclusão. In: O Desafio das Diferenças nas Escolas. Boletim 21. MEC,
2006.
SANTOS, Boaventura de Souza Santos. A construção multicultural da igualdade e
da diferença. Coimbra: Centro de Estudos Sociais. (Oficina do CES nº 135, janeiro
de 1999).

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