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Edição | 2017
Catalogação na Fonte
A265r
Agência Nacional de Energia Elétrica (Brasil).
633 p. : il.
©
ANEEL 2017
1. Introdução ........................................................................................................................... 38
2. Objetivos ............................................................................................................................. 41
3. Visão geral do Sistema de Transmissão Brasileiro .............................................................. 42
4. Resultados do ciclo de análises de desligamentos forçados 2014/2015 ............................ 45
4.1. Planos de Melhorias e Providências Ciclo 2014/2015 ................................................ 45
4.2. Empreendimentos indicados para o acompanhamento diferenciado ....................... 47
4.3. GT Queimadas ............................................................................................................. 48
4.4. GT Teleassistência ....................................................................................................... 49
4.5. GT Norte-Sudeste ........................................................................................................ 49
5. A metodologia de análise de perturbações ........................................................................ 51
6. Plano de Melhorias e Providências ..................................................................................... 60
7. Ferramentas de auxílio à análise de perturbações ............................................................. 64
8. Campanhas de Fiscalização ................................................................................................. 69
9. Resumo das medidas sugeridas após as análises realizadas............................................... 72
9.1. Solicitações de Planos de Melhorias ........................................................................... 72
9.2. Orientação quanto ao correto preenchimento do sistema SIPER .............................. 76
9.3. Grupos de trabalho resultantes .................................................................................. 76
9.4. Campanhas de Fiscalização ......................................................................................... 76
10. Perturbações Analisadas ..................................................................................................... 77
10.1. Perturbações ocorridas nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste em instalações do
grupo de transmissoras Furnas ............................................................................................... 77
10.1.1. Perturbações no Grupo de Transmissora Furnas ................................................ 79
SE ADRIANÓPOLIS ............................................................................................................... 79
SE BANDEIRANTES ............................................................................................................... 86
SE IBIÚNA ............................................................................................................................ 93
LT 345 kV CAMPINAS / POCOS CALDAS C 1 SP/MG .......................................................... 101
LT 345 kV GUARULHOS / POÇOS CALDAS C 2 SP/MG ....................................................... 107
LT 500 kV B.DESPACHO 3 / OURO PRETO 2 C 1 MG .......................................................... 114
LT 500 kV TIJUCO PRETO / TAUBATE C 1 SP ...................................................................... 121
SE SAMAMBAIA ................................................................................................................. 129
Figura 1 – Ações conforme a resposta dos agentes, seguindo a Pirâmide de Conformidade. ... 38
Figura 2 – Ciclo de Atividades ..................................................................................................... 39
Figura 3 – Sistema de Transmissão - Horizonte 2017 (ONS, 2017) ............................................. 42
Figura 4 – Estratificação dos desligamentos forçados analisados .............................................. 43
Figura 5 – Estratificação dos desligamentos forçados analisados .............................................. 43
Figura 6 – Estratificação dos planos de melhorias solicitados no ciclo 2014/2015 .................... 45
Figura 7 – Desempenho do sistema de transmissão antes, durante e após o primeiro ciclo de
análises ........................................................................................................................................ 46
Figura 8 – Desligamentos Forçados no SIN para o período de 2013 a 2017 ............................... 47
Figura 9 – Divisão geográfica utilizada para análises de desligamentos forçados ...................... 51
Figura 10 – Fluxograma de Análise de Desligamentos Forçados: (a) visão geral do processo; (b)
etapa de pré-análise; (c) etapa de análise conclusiva................................................................. 55
Figura 11 – Exemplo de Plano de Melhorias ............................................................................... 60
Figura 12 – Esquemático para numeração dos planos de melhorias.......................................... 61
Figura 13 – Campos de inserção de informações ....................................................................... 64
Figura 14 – Interface do aplicativo GAPT .................................................................................... 65
Figura 15 – Representação gráfica das causas dos desligamentos da LT sob análise................. 65
Figura 16 – Tipos de curtos-circuitos e fases envolvidas nos desligamentos da LT sob análise . 65
Figura 17 – Localização das faltas da LT sob análise considerando-se os trechos oriundos da
transposição completa ................................................................................................................ 66
Figura 18 – Localização das faltas, com as respectivas causas, ao longo da LT sob análise,
considerando-se o comprimento total normalizado em 100% .................................................. 66
Figura 19 – Distribuição dos desligamentos da LT, com as respectivas causas, ao longo da janela
de análise .................................................................................................................................... 66
Figura 20 – Representação gráfica das causas dos desligamentos ............................................. 67
Figura 21 – Localização das faltas por equipamento .................................................................. 67
Figura 22 – Distribuição dos desligamentos por equipamento, com as respectivas causas, ao
longo da janela de análise ........................................................................................................... 68
Figura 23 – Estratificação das causas dos desligamentos forçados do período de 1º de julho de
2015 a 30 de junho de 2016. ....................................................................................................... 69
A nova forma de trabalho consiste em uma mudança de paradigma, a partir da adoção de novas
técnicas de fiscalização embasadas em referências mundiais, como os relatórios da Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, 2014). A nova estratégia é fortemente
calcada na utilização de inteligência analítica e de técnicas de fiscalização baseada em
evidências, num contexto de regulação responsiva (Responsive Regulation).
Nos termos dos relatórios da OCDE, a abordagem da regulação responsiva sugere que as
atividades de fiscalização devem ser moduladas de acordo com o perfil e o comportamento de
cada agente regulado. Nesse sentido, as agências reguladoras devem adotar estratégias de
incentivo e fiscalização diferenciadas baseadas no comportamento e no histórico dos agentes.
Dessa forma, a regulação responsiva promove a melhoria do desempenho dos agentes ao
reduzir os custos daqueles que apresentam melhor performance regulatória.
Neste contexto, as ações adotadas serão proporcionais à resposta dos agentes à regulação e à
fiscalização, conforme a teoria de Responsive Regulation e seguindo uma filosofia baseada na
Pirâmide de Conformidade, como ilustrado na Figura 1.
Esta forma de atuação mostra-se adequada, pois a aplicação de sanções nem sempre é o melhor
instrumento para resolver todos os problemas setoriais. A organização do setor, a
regulamentação coerente e a publicidade de informações têm sido apontadas como melhores
práticas de fiscalização regulatória, restando para as ações fiscalizadoras os problemas mais
graves ou sem resposta dos agentes.
Uma vez delineado o Projeto Fiscalização Estratégica, teve início a sua implantação, com a
definição de um novo fluxo de atividades de fiscalização, dividido em quatro etapas, conforme
a Figura 2.
P D
A C
Ação
Acompanhamento
Fiscalizadora
•Acompanhar a resolução dos
•Realizar a Ação Fiscalizadora problemas evidenciados na
(REN 63/2004) Análise
•Instaurar Processo •Divulgar Relatórios de
Administrativo Punitivo Acompanhamento
•Emitir Termos de Notificação •Elaborar Relatórios de
Resultados
A partir dos resultados de monitoramento, são definidas campanhas anuais de fiscalização com
divulgação dos principais assuntos a serem fiscalizados pela SFE e que deverão ser objeto de
ações de melhorias pelos agentes.
Não foram considerados desligamentos com causa externa, ou seja, desligamentos resultantes
de: (i) atuação correta da proteção do componente em virtude de falhas externas, (ii)
desligamento por atuação correta da proteção de outro componente, (iii) desligamento por
configuração ou (iv) desligamento por atuação de Sistema Especial de Proteção - SEP. Do mesmo
modo, também não foram avaliados os desligamentos com causa operacional, ou seja, cuja
causa é de natureza elétrica sistêmica (oscilação, sobretensões, sobrefrequências, etc.).
1
A origem da causa do desligamento é classificada como Interna quando a causa se relaciona com as
partes principais do componente em análise, em geral energizadas, incluindo seus equipamentos
terminais (Ex.: isoladores, o lado primário de transformadores de instrumentos, estator, mancal, eixo de
um gerador, disjuntores, seccionadoras, etc.).
2
A origem da causa do desligamento é classificada como Secundária quando a causa se relaciona com os
equipamentos secundários, complementares ou auxiliares do componente em análise (Ex.: fiação,
proteção, controle, comando, serviços auxiliares, sistema de ventilação e resfriamento, etc.).
Enquadra-se também nesse tipo de classificação o desligamento do componente em análise por atuação
incorreta de seu sistema de proteção na ocasião de falhas externas, dado que a anormalidade, neste caso,
encontra-se na parte secundária do componente em análise.
Dessa forma, é possível antever riscos ao desempenho do sistema, identificar possíveis soluções
de planejamento ou solicitar planos de melhorias específicos. Também com base nas
informações levantadas é possível estabelecer estratégias para atuação da fiscalização.
O Sistema de Transmissão brasileiro pode ser ilustrado pela Figura 1. Até o fim de 2016, esse
sistema era composto por 252 contratos distribuídos para 159 concessionários, responsáveis
pela manutenção e operação de 130 mil km de linhas de transmissão em tensões que variavam
de 138 a 800 kV e cerca de 500 subestações (Costa et al., 2017; ONS, 2016) com capacidade de
transformação instalada superior 320 GVA (Aneel, 2016).
Por meio dessa estratificação percebe-se que 76,1% dos desligamentos ocorreram em linhas de
transmissão e 93,6% na Rede Básica.
2500
Quantidade de desligamentos
2000
1500
1000
500
0
Linha de Transmissão Subestação Linha de Transmissão Subestação
BÁSICA COMPLEMENTAR
Total 2688 850 182 51
Os planos de melhorias solicitados podem ser estratificados, por causa, conforme a Figura 6.
3
Processos SIC nº 48500.004777/2016-12 , 48500.004778/2016-59, 48500.004987/2016-01,
48500.004985/2016-11, 48500.004986/2016-58, 48500.004988/2016-47, 48500.004942/2016-28,
48500.004945/2016-61, 48500.004944/2016-17, 48500.004710/2016-70, 48500.004886/2016-21,
48500.005491/2016-46, 48500.005493/2016-35, 48500.005494/2016-80 e 48500.005490/2016-00.
No caso dos desligamentos forçados, o desempenho do sistema após a inserção dos PMPs
também já apresentou uma melhora. A Figura 8 apresenta a evolução dos desligamentos
forçados por causas internas e secundárias no período de janeiro de 2013 a outubro de 2016.
Código Situação em
Concessionária Descrição
SIGET 1º/8/2017
Construção do 2º circuito em
230kV interligando a SE Barro Alto
Empreendimento
à SE Itapaci, de responsabilidade
CELG GT T2014-074 concluído em
do agente Lago Azul Transmissão
14/11/2016
(previsão de conclusão em
julho/2016)
Adequação do arranjo de
barramentos em 230kV para barra
Empreendimento
dupla quatro chaves, de
CELG GT T2011-159 concluído em
responsabilidade do agente CELG-
2/7/2017
GT (previsão de conclusão em
dezembro/2016);
3º banco de autotransformadores Empreendimento
CELG GT T2009-179 de 230/138kV, 100MVA SE concluído em
Anhanguera 19/4/2015
Instalação de dois transformadores
Empreendimento em
230/138/13,8kV (6x75MVA) e
CELG GT T2014-102 andamento (Previsão:
conexões em substituição aos TRs
15/4/2018)
1 e 2 SE Anhanguera
SE Rurópolis - Instalação do AT3
Empreendimento
230/138-13,8 kV 100 MVA e
ELETRONORTE T2012-010 concluído em
adequação dos setores 138 kV e
23/10/2016
230 kV
4.3. GT Queimadas
No que tange ao grupo de estudos para análise das instalações susceptíveis a queimadas o
objetivo proposto originalmente era mapear as linhas vulneráveis e verificar a situação dessas
quanto à permissão de limpeza de faixa de servidão.
Os trabalhos no âmbito deste grupo ainda estão em andamento e foram expandidos numa série
de ações da fiscalização da Aneel. As ações foram organizadas em três fases: ações de curto,
médio e longo prazo.
No curto prazo, a SFE mapeou as linhas de transmissão com maior incidência de desligamentos
motivados por queimadas, criou planilha específica para preenchimento dos agentes informado
a situação da limpeza de faixas de servidão torre a torre, realizou Workshop com agentes de
transmissão para debater o tema, entre outras. Ainda, consultou o ONS quanto a criticidade de
perdas de circuitos envolvendo grandes interligações e a partir da análise combinadas das
Até o fim de 2017, considerado médio prazo, a SFE deve concluir a análise de vulnerabilidade de
linhas ou trechos de linhas de transmissão quanto a queimadas, baseadas nas limitações
impostas pelo licenciamento ambiental, pelo projeto construtivo da linha e as condições de
bioma e antropização.
Para o longo prazo, ainda sem definição de cronograma final, a SFE pretende desenvolver
parcerias no sentido de operacionalizar solução com o intuito de monitorar as linhas de
transmissão em operação por meio de imagens de satélite e processamento dessas imagens. A
solução abrangerá ainda aplicação móvel para que os agentes de transmissão tenham a
possibilidade de evidenciar as suas atividades de limpeza de faixa junto a fiscalização da Aneel,
além de integração com o Sistema de Acompanhamento da Manutenção – SAM (ONS, 2016) .
4.4. GT Teleassistência
O grupo de estudos para análise dos requisitos de teleassistências de instalações de rede básica
tinha como objetivo subsidiar as áreas de regulação da ANEEL, no sentido de sugerir melhorias
aos regulamentos afetos ao tema.
Foram realizadas análises estatísticas afetas ao tema, foram identificados pontos a serem
evoluídos nos Procedimentos de Rede e melhorias a serem implementadas pelo ONS quanto
aos bancos de dados existentes e documentação de rotinas operacionais.
4.5. GT Norte-Sudeste
4
Processos SIC nº 48500.003335/2017-21, 48500.002973/2017-25, 48500.003215/2017-24 e
48500.003411/2017-07
5
Processo SIC nº 48500.004800/2016-61
6
Processo SIC nº 48500.005172/2016-31
Pelo exposto, a SFE/ANEEL ponderou e entende que neste momento não se fazem necessárias
medidas excepcionais com relação aos procedimentos de operação e/ou manutenção já
existente, visando garantir a máxima disponibilidade e confiabilidade para as interligações Norte
Sudeste
O trabalho foi concluído e encontra-se materializado por meio de nota técnica, disponível por
meio do sistema de consulta processual7 da Aneel.
7
Processo SIC nº 48500.003007/2017-00
No atual ciclo de análise foram selecionadas as subestações e linhas de transmissão nas quais
tiveram o maior número de desligamentos forçados no período de 1º de julho de 2015 a 30 de
junho de 2016, conforme metodologia de monitoramento e diagnóstico técnico preventivo dos
serviços de transmissão e de distribuição de energia elétrica, estabelecida na Nota Técnica nº
217/2015-SFE (Aneel, 2015).
Não foram considerados desligamentos com causa externa, ou seja, desligamentos resultantes
de: (i) atuação correta da proteção do componente em virtude de falhas externas, (ii)
desligamento por atuação correta da proteção de outro componente, (iii) desligamento por
configuração ou (iv) desligamento por atuação de Sistema Especial de Proteção - SEP. Do mesmo
modo, também não foram avaliados os desligamentos com causa operacional, ou seja, cuja
causa é de natureza elétrica sistêmica (oscilação, sobretensões, sobrefrequências, etc.)
Tabela 3 – Relação das instalações analisadas pela SFE com desligamentos no período de 1º de
julho de 2015 a 30 de junho de 2016.
Grupo de Total de
Transmissora Instalação
Transmissoras Desligamentos
LT 230 kV SUB CUIABA / RONDONOPOLIS C 1
AETE AETE 13
MT
ALUPAR ETEM LT 230 kV NOBRES / NOVA MUTUM C 2 MT 9
ALUPAR STN LT 500 kV TERESINA II / SOBRAL III C V8 PI/CE 20
ALUPAR TRANSNORTE BOA VISTA 33
CEEE GT CEEE GT LT 230 kV C.INDUSTRIAL / V.AIRES C 1 RS 25
CEEE GT CEEE GT LT 138 kV JACUI / SANTA MARIA1 C 1 RS 24
CEEE GT CEEE GT LT 230 kV ALEGRETE2 / S.VICENTE SUL C 1 RS 21
CEEE GT CEEE GT LT 230 kV PASSO REAL / V.AIRES C 1 RS 18
CEEE GT CEEE GT LT 230 kV BAGE2 / LIVRAMENTO 2 C 1 RS 14
CEEE GT CEEE GT LT 230 kV PRE.MEDICI / BAGE2 C 1 RS 14
CEEE GT CEEE GT LT 230 kV ITAUBA / NOVA STA RITA C 1 RS 11
CEEE GT CEEE GT LT 230 kV SCHARLAU 2 / CHARQUEADAS C 1 RS 11
CEEE GT CEEE GT LT 230 kV MISSOES / SAO BORJA2 C 1 RS 6
CELEO BRILHANTE LT 230 kV ANASTACIO / SIDROLANDIA 2 C 1 MS 12
Nos casos em que a perturbação passou por uma reunião de análise, com a participação dos
diversos agentes do setor elétrico, e possuía Relatório de Análise de Perturbação – RAP, as
informações contidas nesses relatórios também foram levadas em consideração no universo de
dados de estudo do equipamento selecionado.
Também foi realizada consulta de obras, reforços e melhorias, nos Sistema de Gestão do PMI
(SGPMI, do ONS) e Sistema de Gestão da Transmissão (SIGET, da ANEEL), envolvendo os
equipamentos selecionados, no intuito de se encontrar a existência de nexo causal entre os
problemas evidenciados e uma possível solução para se evitar recorrência do mesmo fato
gerador.
Na consolidação dos dados desses sistemas buscou-se mapear padrões e principais formas de
problemas para cada instalação e/ou empresa avaliada. As informações obtidas foram discutidas
previamente entre a equipe de análise em reuniões internas entre os especialistas da SFE
conforme mostra a Tabela 4.
Durante as reuniões presenciais os agentes foram incentivados a apresentar sua visão sobre as
ocorrências, conforme itens mínimos definidos no ofício de convocação. Foram discutidos
pontos relevantes das ocorrências e ao final feito um registro da reunião. Nesse registro constam
obrigações resultantes às partes, prazos e solicitações de informações adicionais, de acordo com
a necessidade.
Para direcionar a proposta de encaminhamento que foi dada em cada um dos casos, fez-se
necessária a etapa denominada ‘Análise Conclusiva’. Essa etapa está descrita na Figura 10c.
Com a ciência desses dados se discutiu internamente os encaminhamentos a serem dados para
cada instalação analisada. Esses encaminhamentos foram debatidos com a liderança da SFE, por
meio de reuniões técnicas (Tabela 7), onde foram decididas para quais instalações seriam
solicitados planos de melhorias específicos. As informações foram consolidadas, com o parecer
de um diagnóstico, proposta de prognóstico e documentação dessas conclusões.
Nos casos em que se julgou necessário, foi solicitada a apresentação de um Plano de Melhorias
e Providências - PMP para resolver ou mitigar os desligamentos forçados observados. Esse plano
contém a caracterização dos problemas, detalhamento de ações e investimentos (se houver)
para correção dos mesmos, forma de se dar publicidade da execução dos atos e resultados
esperados.
As ações e investimentos foram subdivididos em curto, médio e longo prazo. As ações de curto
prazo são aquelas com potencial para gerar resultados em até 3 meses. As de médio prazo são
aquelas que gerem resultados em até 6 meses e as de logo prazo as que propiciem efeitos em
até 1 ano.
Os PMPs propostos pelas empresas foram avaliados pela SFE, que pôde propor alterações para
o atendimento aos aspectos relacionados com a correção das falhas dentro de um prazo
adequado, objetivando sempre resultados relacionados com a melhoria do desempenho dos
agentes e instalações para uma adequada prestação do serviço.
Destaca-se que a proposição das ações necessárias para a melhoria do desempenho das
instalações, os adequados cumprimentos dessas ações propostas e a concretização dos
resultados esperados, são de inteira responsabilidade das empresas. Nessa etapa de elaboração
dos planos de melhorias, coube à equipe de Análise somente a tarefa de analisar a
Uma vez definido o PMP, as ações da empresa serão acompanhadas até a sua execução ou até
o final dos prazos estabelecidos.
Data da coleta de dados (aa/aa): Corresponde ao período da “janela” que os dados foram
avaliados para análise pela SFE/ANEEL – A formatação “aa/aa” corresponde aos anos coletados
– Exemplos:
1516 - Corresponde que os dados da análise foram coletados nos anos de 2015 a 2016
(janela de dados sendo iniciada em 2015 e terminada em 2016);
1601 - Corresponde que os dados foram todos coletados no primeiro semestre do ano
de 2016, para o caso de a “janela” ser apenas em um dos semestres do ano;
1602 - Corresponde que os dados foram todos coletados no segundo semestre do ano
de 2016, para o caso de a “janela” ser apenas em um dos semestres do ano.
Código do agente: Corresponde ao código do agente concessionário o qual foi registrada. Este
código é o mesmo utilizado em outros processos dentro da SFE. A tabela atualizada com os
códigos de cada agente está disponível no link a seguir:
http://rig.aneel.gov.br/ReportServer/Pages/ReportViewer.aspx?%2fSFE%2fTransmissoras&rs:
Command=Render.
Para o caso de o agente ser o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS usar o código
00001.
Para o caso de o agente ser a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE usar o código
00002.
Quatro de uma única Empresa (código Agente: 07188) sendo: três planos de equipamentos
Específicos (código: E) e um plano relacionado ao Tema Campanha (código: C) e dados coletados
para as análises foram referentes aos anos de 2015 e 2016.
Dois planos da mesma empresa acima (código agente: 07188) sendo um plano de equipamentos
Específicos (código: E) e um plano relacionado ao Tema Campanha (código: C) e dados coletados
para as análises foram referentes ao segundo semestre de 2016.
1516E07188-001,
1516E07188-002,
1516E07188-003,
1516C07188-001,
1602E07188-001 e
1602C07188-001.
Devido ao volume significativo de informações constantes no rol dos trabalhos de análise, foi
criada uma planilha com o intuito de extrair rapidamente informações sobre os perfis dos
desligamentos das linhas de transmissão. Na janela de análise passada, foram encontradas
algumas dificuldades para buscar informações no sistema SIPER – ONS, como lentidão para
acessar o sistema, interface pouco amigável, impossibilidade de obter relatórios em uma janela
de tempo maior do que 7 dias e a necessidade de acessar os desligamentos um a um. Em 2016,
observou-se que algumas informações são padronizadas pelo ONS. Com isso, verificou-se que
seria possível automatizar a etapa de “pré-análise” dos desligamentos forçados.
Nesse contexto, criou-se o Gerador de Análise Preliminar da Transmissão – GAPT, que têm como
principais objetivos otimizar o tempo para análise de desligamentos forçados e padronizar os
processos da análise da transmissão. Assim, o foco da primeira versão consiste em organizar e
apresentar rapidamente ao analista as informações de interesse, afim de agilizar as análises dos
desligamentos forçados. Com as informações apresentadas, de forma organizada e com
informações gráficas de fácil assimilação, acredita-se em uma considerável redução do tempo
de análise.
A Figura 13 mostra a interface de inserção dos dados referentes aos desligamentos de uma
determinada linha de transmissão a ser analisada.
i. Data do desligamento;
ii. Causa do desligamento;
iii. Distância da localização da falta com relação a um dos terminais da LT;
iv. Tipo de curto-circuito;
v. Fases envolvidas no desligamento;
vi. Comprimento da LT.
Figura 18 – Localização das faltas, com as respectivas causas, ao longo da LT sob análise,
considerando-se o comprimento total normalizado em 100%
Figura 19 – Distribuição dos desligamentos da LT, com as respectivas causas, ao longo da janela
de análise
Com base nas informações gráficas geradas pela planilha de análise, foi possível saber
rapidamente quais as principais causas de desligamentos da LT, os tipos de curtos-circuitos
predominantes, as localizações das maiores incidências de faltas de acordo com as causas, os
possíveis efeitos que as transposições completas da linha podem causar na distribuição espacial
1. Data do desligamento;
2. Causa do desligamento;
3. Equipamento onde ocorreu a falta.
Com base nos dados meteorológicos e conhecendo o traçado da linha, por meio de arquivos
disponibilizados pelos agentes, foi possível complementar as informações disponíveis nos
sistemas do ONS (Aneel, 2017; ONS, 2017).
Conforme descrito na Nota técnica nº 219/2015-SFE (Aneel, 2015b), a escolha dos assuntos que
compõem as Campanhas de Fiscalização considera a estratificação das causas dos
desligamentos forçados de equipamentos e linhas de transmissão, priorizando as causas que
levaram a um maior número de desligamentos no sistema de transmissão.
A Figura 23 mostra a estratificação das causas dos desligamentos forçados ocorridos no período,
considerados para a definição das campanhas de fiscalização.
Os desligamentos forçados causados por falhas humanas e a adequada identificação das causas
de desligamentos foram temas das Campanhas de Fiscalização no ano de 2016. As ações
resultantes dessas campanhas ainda estão sendo executadas pelas transmissoras e
acompanhadas pela SFE. Assim, espera-se que em 2017 sejam observados os resultados dessas
campanhas, com a redução da incidência de falhas humanas na operação do sistema de
transmissão e com a melhoria na qualidade do processo de identificação das causas dos
desligamentos forçados.
Por meio da Nota técnica nº 014/2017-SFE (Aneel, 2017a), foram estabelecidas as ações para a
execução da Campanha de Fiscalização das transmissoras de energia elétrica no ano de 2017. A
proposta detalhou as empresas que prioritariamente deveriam ser verificadas, indicando ainda
assuntos e instalações de maior relevância.
Ficou definido que as ações sugeridas para as Campanhas de Fiscalização seriam diferenciadas
por grupos de importância. As transmissoras foram divididas em 2 conjuntos: transmissoras em
geral e transmissoras sob atenção.
Para as transmissoras em geral foram realizadas ações de divulgação dos números setoriais
relacionados a desligamentos por falhas em equipamentos e acessórios e sistemas de proteção,
medição e controle, alertando as concessionárias quanto à importância em reduzir esses
números.
Para as transmissoras sob atenção, além das ações previstas para o grupo geral, realizaram-se
reuniões técnicas específicas. Nessas reuniões a ANEEL apresentou o quadro da empresa e
solicitou PMPs para resolver ou mitigar os desligamentos provocados por falhas em
equipamentos e acessórios e sistemas de proteção, medição e controle. Foi aberto prazo para
apresentação desse plano com um cronograma limitado.
A seguir apresentamos um resumo das medidas sugeridas pela equipe de análise face aos
prognósticos apresentados ao longo desse Relatório. Basicamente, as análises apontaram a
necessidade de solicitação de 53 (cinquenta e três) Planos de Melhorias e Providências, o envio
de orientação circular acerca de correto preenchimento de informações no sistema SIPER, a
continuidade das atividades do grupo de trabalho para análise de desligamentos forçados
causados por queimadas e aperfeiçoamentos nas campanhas de fiscalização de ciclos
posteriores.
Os Planos de Melhorias solicitados podem ser resumidos por meio da Tabela 9 a seguir:
Quantidades de
Descrição
Planos
AETE
Causa indeterminada
LT 230 kV SUB CUIABA / RONDONOPOLIS C 1 MT 1
Descargas Atmosféricas
LT 230 kV SUB CUIABA / RONDONOPOLIS C 1 MT 1
ALUPAR
Descargas Atmosféricas
LT 230 kV NOBRES / NOVA MUTUM C 2 MT 1
Queimadas
LT 500 kV TERESINA II / SOBRAL III C V8 PI/CE 1
CEEE GT
Campanhas - falhas nos sistemas de proteção, medição e controle
Todas as instalações da concessão 1
Chuva Temporal
LT 138 kV JACUI / SANTA MARIA1 C 1 RS 1
Pássaros
LT 230 kV C.INDUSTRIAL / V.AIRES C 1 RS 1
Pássaros; Chuva Temporal
LT 230 kV ALEGRETE2 / S.VICENTE SUL C 1 RS 1
Vegetação; Chuva Temporal
LT 230 kV PASSO REAL / V.AIRES C 1 RS 1
CELEO
Poluição e Vegetação
A distribuição dos planos de melhorias por temas, pode ser observada na Figura 24 a seguir:
Por meio do Ofício Circular nº 11/2017-SFE/ANEEL8 foi observado quanto aos grupos de
transmissoras do quadro a seguir, a baixa qualidade no preenchimento das informações
inseridas no SIPER. Entendeu-se como baixa qualidade a ausência de informações de proteções
atuadas, fases atingidas, classificação quanto a operação do religamento automático da linha,
informações de localização da falta, causa da falta, providências tomadas, prestações das
informações solicitadas pelo ONS via SGR - Acompanhamento de Recomendações e
Providências em Andamento, entre outras.
Em continuidade aos grupos de trabalhos criados no ano de 2016, o tema ‘queimadas’ mostrou-
se mais desafiador. Nesse sentido, optou-se por postergar os trabalhos desse grupo por mais
um ciclo de análises. O detalhamento das atividades planejadas para esse grupo de trabalho já
foi descrito no item 4.3 deste relatório.
Para o ano de 2017 ficou deliberado que os temas abordados seriam ‘falhas nos sistemas de
proteção, medição e controle’ e ‘falhas em equipamentos e acessórios’. Ao realizar a análise
pormenorizada por grupo de transmissoras, observou-se que ocorreu uma excessiva dispersão
de desligamentos, sem padronização. Dessa forma, entendeu-se adequado solicitar planos de
melhorias para as campanhas de fiscalização apenas nos casos em que houver ao menos dois
desligamentos por equipamento ou instalação.
8
Doc SIC nº 48534.002034/2017-00
10.1. Perturbações ocorridas nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste em instalações do
grupo de transmissoras Furnas
22,7%
21,1%
17,1%
15,0%
Figura 26 – Unidades da federação com instalações analisadas (PR, SP, RJ, MG, GO, DF)
Corte de
Perturbações
Carga Total Total de
Transmissão Instalação com Corte de
no Período Desligamentos
Carga
[MW]
SE ADRIANÓPOLIS
9
Registro de reunião DOC SIC nº 48534.001725/2017-00
Diagnóstico:
Houve ainda duas ocorrências neste equipamento, uma em 19/12/2015, devido à um pássaro
que se chocou contra o equipamento, e outra em 30/12/2015 devido à uma queima de um elo
fusível de proteção do banco de capacitor.
Houve três ocorrências no TR 345 / 138 kV ADRIANOPOLIS 2A RJ: uma em 10/07/2015, causada
pelo vazamento de óleo na bucha da fase B de 138 kV, e outra em 23/12/2015, causado pelo
rompimento de cabo entre o transformador e a barra do banco de capacitor BC05. Estas
ocorrências foram atendidas pelas intervenções registradas no SGI sob o nº 27600-15 e o n°
04495-16. O terceiro desligamento ocorreu em 22/10/2015, classificada como “Causa
Indeterminada”.
A terceira ocorrência foi na data de 06/02/2016, ocasionada pelo curto circuito em bornes da
caixa de junção dos cabos do secundário do TC para alimentação da proteção diferencial. O
problema foi resolvido na intervenção SGI nº 05483-16.
Para o TR 500 / 345 kV ADRIANOPOLIS 53 RJ, houve uma ocorrência em 31/08/2015, devido ao
corte acidental no cabeamento do circuito de abertura do disjuntor DJ886 do lado de baixa
tensão do transformador, durante execução da SGI nº 35599-15. O problema foi corrigido pela
própria equipe de manutenção e registrado sob o mesmo registro no SGI.
Houve duas ocorrências classificadas com causa “Indeterminada”. A primeira se deu no TR 345
/ 138 kV ADRIANOPOLIS 1A RJ em 05/02/16, após desligamento do disjuntor de interligação DJ
606, sem indicação da proteção operada. Segundo o agente, foi realizada inspeção visual e nada
de anormal foi verificado.
De forma a verificar se houve um padrão nos desligamentos nos BC 345 kV 160 MVar
ADRIANOPOLIS 11 RJ, no TR 345 / 138 kV ADRIANOPOLIS 2A RJ e no TR 345 / 138 kV
ADRIANOPOLIS 2B RJ, foram observados os desligamentos além da janela de análise (junho/16
a setembro/16), porém não foram identificados novos desligamentos nestes equipamentos.
Verifica-se que maioria dos desligamentos ocorreram no BC 345 kV 160 MVar ADRIANOPOLIS
11 RJ, com as demais ocorrências espalhadas em vários equipamentos da subestação.
As causas dos desligamentos informadas no SIPER podem ser observadas no gráfico abaixo.
Observa-se que não há uma predominância de uma específica, sendo as causas dos
desligamentos muito variadas.
A Figura 28 mostra a distribuição das causas dos desligamentos discriminadas por equipamento
da subestação e a Figura 29 – Distribuição dos locais das falhas por equipamento da Subestação
ADRIANOPOLIS
Nos gráficos abaixo observa-se a distribuição dos desligamentos ao longo da janela de análise.
Verifica-se que não há nenhum equipamento ou causa em particular que tenha predominância
acima das demais.
Esclarecimentos:
Os demais desligamentos foram causados por variadas causas, e todas foram solucionadas pelo
agente. Contudo, ficaram duas ocorrências ainda classificadas como “Indeterminadas”.
Com base no exposto, a SFE decidiu por não solicitar, por enquanto, Planos de Melhorias e
Providências específicos para a SE ADRIANÓPOLIS. No entanto, o desempenho e as classificações
das ocorrências dessa subestação continuarão a ser monitorados por esta Superintendência.
Subestação localizada no estado de Goiás, tendo sido energizada antes de 02/06/2000, e seu
maior nível de tensão é 345 kV. Dentro da janela de análise, constataram-se 28 ocorrências.
Diagnóstico:
Houve 10 ocorrências no CE 100 / -50 MVar BANDEIRANTES 1 GO, por diversas causas pontuais,
com o destaque de várias causa no Sistema Ventilação/Resfriamento.
A Figura 33 mostra a distribuição das causas dos desligamentos discriminadas por equipamento
da subestação.
Nos gráficos abaixo observa-se a distribuição dos desligamentos ao longo da janela de análise.
Verifica-se que há a predominância de falhas em Bancos de Capacitores acima dos demais
equipamentos.
Esclarecimentos:
Resp.: A grande maioria das ocorrências devido a equipamentos foi ocasionada pela
atuação do elo fusível das unidades capacitivas, sendo assim FURNAS fez a troca de
todos os elos fusíveis e também de algumas unidades capacitivas deste banco de
capacitores, esta ação está evidenciada no sistema de Intervenção conforme tabela
abaixo:
Prognóstico:
Verificou-se que a maioria dos desligamentos foram em sua maioria nos sistemas de Bancos de
Capacitores da SE Bandeirantes, tendo como causa a Queima de elo fusível.
Subestação localizada na região da cidade de Ibiúna no estado de São Paulo, tendo sido
energizada em outubro de 1984. Esta instalação é responsável pela transmissão de parte da
energia gerada na Usina de Itaipu e seu maior nível de tensão é ±600 kV em corrente contínua.
Dentro da janela de análise, constataram-se 32 ocorrências.
Diagnóstico:
• 6 ocorrências no BS 500 kV 382 MVar IBIUNA 1A SP, sendo 2 classificadas como “Cartão
Eletrônico - Falha/Defeito”, 1 por “Acidental - Serviços/Testes”, 1 por “Instrumento de
Medição - Falha/Defeito”, 2 por “Outras - Proteção, Medição, Controle”;
• 5 ocorrências no BS 500 kV 382 MVar IBIUNA 2A SP, sendo classificadas como “Outras -
Proteção, Medição, Controle”;
• 2 ocorrências no BC 345 kV 220 MVar IBIUNA ZRM SP, classificada como “Falha”;
• 1 ocorrência no FI 345 kV IBIUNA ZRJ SP, classificada como “Defeito”, com a ocorrência
de incêndio neste equipamento;
• 1 ocorrência no BC 345 kV 220 MVar IBIUNA ZRK SP, sendo classificadas como “Falha”;
• 1 ocorrência no BC 345 kV 279 MVar IBIUNA ZRC SP, classificada como “Vegetação”;
• 1 ocorrência no BS 500 kV 382 MVar IBIUNA 1B SP, classificada como “Cartão Eletrônico
- Falha/Defeito”;
• 1 ocorrência no CS 300 / -270 MVar IBIUNA 3 SP, por “Instrumento de Medição -
Falha/Defeito”;
• 1 ocorrência no CS 300 / -270 MVar IBIUNA 4 SP, por “Dispos./Prot. Mecânica -
Falha/Defeito”;
• 1 ocorrência no CV 345 kV IBIUNA 1 SP, por “Instrumento de Medição - Falha/Defeito”;
• 1 ocorrência no CV 345 kV IBIUNA 3 SP, classificada como “Defeito”;
• 1 ocorrência no FI 345 kV IBIUNA ZRC SP, classificada como “Outras - Corpos Estranhos
e Objetos”;
• 1 ocorrência no FI 345 kV IBIUNA ZRI SP, classificada como “Queima”;
• 1 ocorrência no FI 345 kV IBIUNA ZRK SP, classificada como “Queima”;
• 1 ocorrência no FI 345 kV IBIUNA ZRN SP, classificada como “Queima”;
Destaca-se que a SE Ibiúna foi objeto de análise de desligamentos forçados no ciclo 2014/2015.
Naquela ocasião, concluiu-se que os desligamentos observados durante a janela de tempo
analisada envolveram os filtros da subestação, sendo cinco eventos por danificação de
capacitor. Segundo FURNAS, os bancos de filtro na SE de Ibiúna possuem uma alta cadência de
operação e os surtos de manobras colaboram para a degradação acelerada/stress dos referidos
componentes.
À época decidiu-se por não solicitar plano de melhorias devido ao porte da subestação, a
diversidade de causas, o caráter pontual destas, a solução das falhas e a não recorrência do
mesmo defeito na janela de análise. No entanto, conforme notado no Relatório de Análise –
Desligamentos Forçados – Edição 2016, as ações realizadas pela empresa foram continuamente
monitoradas através de indicadores de desligamentos forçados realizados por esta SFE, e como
os índices sofreram uma piora, com o aumento dos desligamentos, esta instalação foi escolhida
para nova análise neste ciclo.
Na presente análise, verificou-se que a maioria das ocorrências se deram no BS 500 kV 382 MVar
IBIUNA 1A SP (6 desligamentos, representando 19% do total) sendo que 2 desligamentos foram
devidos a defeito em “Cartão Eletrônico – Falha/Defeito”, devido à falha de 2 cartões eletrônicos
do Sistema de Proteção e Controle do Banco de Capacitores Série, substituídos na SGI nº 07492-
16. Um desligamento classificado como “Acidental – Serviços /Testes”, foi durante a
manutenção realizada para substituir os cartões eletrônicos das duas ocorrências anteriores. A
ocorrência por “Instrumento de Medição - Falha/Defeito”, foi causada por um defeito no sensor
de corrente do banco de capacitores série (SGI nº09279-16). E as 2 ocorrências classificadas
como “Outras - Proteção, Medição, Controle”, foi devido a um defeito no conversor eletro-
óptico responsável pelas medidas utilizadas no sistema de supervisão e controle. Esse conversor
foi substituído, conforme SGI nº 16678-16.
Foram verificados ainda 5 desligamentos no BS 500 kV 382 MVar IBIUNA 2A SP, todas
classificadas como “Outras - Proteção, Medição, Controle”. Desses desligamentos, 4 foram
devido à falha no canal de comunicação do sistema de proteção e controle do Banco Série, sem
indicação de proteção operada. O agente informou que no dia 05/02/2016, sob a SGI nº 04649-
16 foi realizada manutenção corretiva com a substituição de uma fibra óptica de comunicação
entre a plataforma e o sistema de proteção e controle do Banco. O quinto desligamento está
descrito como desligamento automático da LT 500 kV Peixe 2 - Serra da Mesa 2, por causas não
informadas pelo Agente, na data de 02/02/16.
Houve ainda uma ocorrência em 05/06/16, no FI 345 kV IBIUNA ZRJ SP, que está classificada
como “Defeito”, porém a causa descrita no SIPER foi incêndio no equipamento. Contudo, a causa
do incêndio não foi esclarecida.
As causas dos desligamentos informadas no SIPER podem ser observadas na Figura 36 – Causas
dos desligamentos da Subestação IBIÚNA. Observa-se uma predominância de causas
classificadas como “Outras - Proteção, Medição, Controle”.
A Figura 37 mostra a distribuição das causas dos desligamentos discriminadas por equipamento
da subestação, a Figura 38 – Distribuição dos desligamentos por equipamento na janela de
análise e a Figura 39 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise
Nos gráficos abaixo observa-se a distribuição dos desligamentos ao longo da janela de análise.
Verifica-se que há a predominância de falhas em Bancos de Capacitores Série acima dos demais
equipamentos.
Esclarecimentos:
• Esclarecimentos acerca da ocorrência de 05/06/16, no FI 345 KV IBIUNA ZRJ SP, que foi
causada por incêndio no equipamento;
Prognóstico:
Verifica-se que houve a maioria dos desligamentos na SE IBIÚNA tiveram origens diferentes em
Bancos de Capacitores.
Com base no exposto, a SFE decidiu solicitar um Plano de Melhorias e Providências, objetivando-
se a redução drástica de desligamentos causados por problemas nos Banco de Capacitores na
SE IBIÚNA para a convivência com os bancos até a completa modernização desses.
Linha de transmissão em operação comercial desde 03/10/1972 (fonte: FURNAS) com 126 km
de extensão. O esquema de religamento automático encontra-se desabilitado.
Quanto à localização das faltas, temos a distribuição ao longo da linha mostrada na Figura 42:
Verifica-se que os curtos-circuitos foram em sua maioria do tipo Fase-terra, com o destaque
para uma ocorrência classificada como “Sem Dados”. No SIPER, é informado que a causa do
desligamento de 05/06/16 foi a queda de torres nas LT 345 kV Guarulhos - Poços de Caldas C 1
e C 2. Estas ocorrências causaram o desligamento incorreto no terminal de Poços de Caldas da
LT 345 kV Campinas - Poços de Caldas C1 por atuação acidental da lógica de proteção,
ocasionando o desligamento da linha. Verificou-se no SIPER que a causa desta perturbação foi
alterada para “Queda”.
Esclarecimentos:
Logo, no período analisado (1º de julho de 2015 a 30 de junho de 2016), foram verificadas 11
ocorrências, que com as causas corrigidas, são apresentadas a seguir:
Durante a análise dos desligamentos, a SFE solicitou que FURNAS apresentasse à SFE as
seguintes informações com relação à LT 345 kV CAMPINAS / POCOS CALDAS C 1 SP/MG:
Resp.: O agente informa que realiza periodicamente inspeções aéreas e terrestres nas
Linhas de Transmissão e, se necessário, executa serviços de supressão na vegetação que
possa causar desligamentos nas faixas de servidão.
Resp.: O evento 1 da tabela deste item não caracteriza uma reincidência de causa e se
enquadra nos casos de inspeção programada devido à natureza fugitiva. Os eventos 2,
3, 4, 5 e 6, classificados como causa indeterminada da primeira tabela, após avaliação,
tiveram suas causas identificadas como provável queimada, em função das
Prognóstico:
Considerando-se a nova classificação realizada por FURNAS para 5 (cinco) desligamentos, bem
como informações do próprio agente de que ocorrem queimadas na região, verifica-que a
principal causa de desligamentos na linha de transmissão foram Queimadas/Fogo Sob a Linha.
Assim sendo, a SFE decidiu solicitar um Plano de Melhorias e Providências, objetivando a
redução drástica para a causa de queimadas na LT 345 kV CAMPINAS / POCOS CALDAS C 1
SP/MG.
Linha de transmissão em operação comercial desde antes de 11/11/1966 (fonte: FURNAS) com
184 km de extensão. O esquema de religamento automático encontra-se desabilitado por
conveniência operacional.
Diagnóstico:
Verifica-se que a maioria dos desligamentos foram causados por queimada/ Fogo sob a Linha,
seguidas por ocorrências classificadas como “Indeterminada”.
Observa-se que todas as ocorrências foram do tipo Fase-terra, com duas ocorrências do tipo
Fase-terra c/ Alta Resistência.
Foi verificado que a maioria dos desligamentos ocorreram na fase A e C, não sendo a fase B
afetada nas ocorrências. Destaca-se que 3 desligamentos na fase C ocorreram por queimada/
Fogo sob a Linha, e 1 por Vegetação. Destacam-se ainda 5 ocorrências com indicação das
proteções, a localização da falta, mas classificadas como “Causa Indeterminada”.
Verifica-se que os desligamentos foram bem espalhados dentro da janela de análise, com
destaque para o mês de setembro de 2015, com 5 ocorrências por Queimada/Fogo sob a Linha.
Não foram identificados no SGI ou no SIPER intervenções que poderiam ter resultado na
mitigação das ocorrências por queimada após setembro de 2015.
De forma a verificar se existe um padrão nos desligamentos por Queimada/Fogo sob a Linha,
foram observados os desligamentos além da janela de análise (junho/2016 a setembro/2016),
os quais estão listados na tabela abaixo:
Verifica-se que não houve mais ocorrências classificadas como Queimada/Fogo sob a Linha após
o período da janela de análise, tendo os novos desligamentos origem devido à outras causas.
Esclarecimentos:
Logo, no período analisado (1º de julho de 2015 a 30 de junho de 2016), foram verificadas 11
ocorrências, que com as causas corrigidas, são apresentadas a seguir:
Durante a análise dos desligamentos, a SFE solicitou que FURNAS apresentasse à SFE as
seguintes informações com relação à LT 345 kV CAMPINAS / POCOS CALDAS C 2 SP/MG:
Resp.: O agente informa que realiza campanhas anuais de prevenção contra queimadas,
com distribuição de calendários, folders, bonés e outros materiais, visando à
conscientização da população local quanto à necessidade de se evitar as queimadas.
Resp.: Os eventos 1 e 8 da tabela deste item não caracterizam uma reincidência de causa
e se enquadram nos casos de inspeção programada devido à natureza fugitiva. Os
eventos de 2 a 7 classificados como causa indeterminada da primeira tabela, após
avaliação, tiveram suas causas identificadas como provável queimada, em função das
características da região e da época do ano. Para prevenção dessa causa, FURNAS
realiza campanhas periódicas de esclarecimentos junto às populações que residem
próximo às faixas de servidão. Os eventos 10 e 11, com características semelhantes de
localização e fase, foram inspecionados e tendo sido constatada presença de Curicacas.
Nessas torres foram instalados dispositivos anti presença de pássaros.
Prognóstico:
Considerando-se a nova classificação realizada por FURNAS para 8 (oito) desligamentos, bem
como informações do próprio agente de que ocorrem queimadas na região, verifica-que a
principal causa de desligamentos na linha de transmissão foram Queimadas/Fogo Sob a Linha.
Diagnóstico:
Observa-se que a maioria dos desligamentos foi do tipo Fase-Terra c/ Alta Impedância.
Verifica-se que a maioria dos desligamentos ocorreu em março de 2016, sendo que 3
ocorrências ocorreram no dia 18/03/16, 5 ocorrências no dia 19/03/16, 4 no dia 20/03/16, 6 no
dia 21/03/16 e 4 no dia 29/03/16. Observa-se que houveram ainda uma ocorrência no dia
05/04/16, uma em 08/04/16 e outra em 12/05/16.
Foi verificado que está em andamento a obra de seccionamento do circuito 1 da LT 500 kV Bom
Despacho 3 / Ouro Preto 2 na SE Itabirito 2, com a construção de 3 km de linha de transmissão,
Sobre a localização das faltas, conforme o agente havia informado que a característica de alta-
impedância das faltas trazia dificuldades na localização exata dos desligamentos, esse buscou
contornar essa situação e, no dia 14/04/16, instalou um localizador de faltas por ondas viajantes
– TW. Após a instalação do localizador de faltas por ondas viajantes, ocorreu somente uma
perturbação, no dia 12/05/2016 às 09h17min, em que a falha se deu com as mesmas
características dos eventos anteriores. Esta falha foi localizada como sendo a 70 km da
subestação de Ouro Preto, próximo às torres T224 e T225. Segundo o agente, a equipe de
manutenção foi acionada e, no dia 20/05/2016, foi detalhadamente inspecionado o trecho entre
as torres T220 à T233, não sendo encontrado nada de anormal. Desde então não ocorreram
mais falhas com as mesmas características. E o agente informou que continua acompanhando o
desempenho dessa linha. Não foi possível encontrar no SGI registro dessas inspeções.
O quadro abaixo mostra as faltas afetadas e a distância na linha, tomando como referência a SE
Bom Despacho.
Distância na linha
Nº da ocorrência Data Fase afetada
(km)
5745/2016 30/7/16 2:57 C 110
6104/2016 15/8/16 15:43 A 5,8
6104/2016 15/8/16 15:43 A 5,8
7536/2016 5/10/16 16:50 C 42
7636/2016 7/10/16 22:27 C 31
8446/2016 3/11/16 11:53 C 58
Depreende-se dos quadros acima que as fases afetadas nos novos desligamentos são diferentes
dos desligamentos estudados dentro da janela de análise, naqueles casos, a fase B.
Esclarecimentos:
Resp.: O agente informa que a causa dos desligamentos desta linha não foi identificada,
apesar de realizada inspeção, tanto terrestre, quanto aérea. A localização dos defeitos
concentrou-se entre 28% e 66% da linha, a partir de Ouro Preto. A dificuldade na
identificação da localização exata foi devido às baixas correntes geradas por essas
falhas, o que normalmente é característica de desligamento causado por vegetação. O
método de cálculo por impedância, utilizado na grande maioria dos desligamentos,
também é impactado por essa característica de baixas correntes.
Resp.: Apesar das várias inspeções e verificações na LT, não foi encontrada nenhuma
causa efetiva para os desligamentos registrados. Também não foi possível identificar
uma razão para os desligamentos acontecerem sempre na fase B.
Resp.: O agente informa que realiza periodicamente inspeções aéreas e terrestres nas
Linhas de Transmissão e, se necessário, executa serviços de supressão na vegetação que
possa causar desligamentos nas faixas de servidão.
Resp.: A localização do defeito pelo método de ondas trafegantes, que possui maior
precisão de localização, confirmou as localizações anteriores pelo método de
impedância. Contudo, na realização da inspeção terrestre extraordinária, foi identificada
uma copa de árvore próxima a catenária da linha, em função da topografia acidentada
da região. Porém, não é possível confirmar, uma vez que não havia indício de curto
circuito, que essa árvore foi a causa dos desligamentos. Independente disso foi realizada
a supressão daquela árvore e, a partir de então, não houve mais repetição da ocorrência
naquele trecho.
Prognóstico:
FURNAS informou que a provável causa para os desligamentos era uma árvore num dos vãos da
linha de transmissão, e que tal vegetação estaria causando o curto-circuito nesta linha. Contudo,
o agente não quis reclassificar os desligamentos, por não poder afirmar com certeza se a causa
era mesmo causada pelo indivíduo arbóreo em questão, mantendo a classificação dos
desligamentos como sendo Causa Indeterminada.
Verifica-se que FURNAS faz parte da Campanha de Fiscalização 2016, que tratou de classificação
de desligamentos por Causa Indeterminada. Assim sendo, a SFE decidiu não solicitar Planos de
Melhorias e Providências para a LT 500 kV B. DESPACHO 3 / OURO PRETO 2 C 1 MG, uma vez
que os planos de Melhoria e Providências da Campanha de Fiscalização 2016 para todas as
instalações de FURNAS ainda estão vigentes.
Linha de transmissão localizada entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, em operação
comercial desde 29/03/1984 (fonte: FURNAS), com 108 km de extensão e com religamento
automático de 5 s habilitado, sendo o terminal líder na SE Tijuco Preto.
Diagnóstico:
As causas dos desligamentos são mostradas na Figura 58 – Causas dos desligamentos da LT 500
kV TIJUCO PRETO / TAUBATE C 1 SP
Verifica-se que a maioria dos desligamentos foram causados por Queimada/Fogo sob a Linha.
Nota-se a presença de duas ocorrências com causa “Acidental – Serviços /Testes” localizadas à
89,7e à 90 km de extensão da linha. A primeira ocorrência ocorreu às 15:36 do dia 22/06/16,
provocado por vegetação devido à falha de procedimento durante poda seletiva fora da faixa
de servidão da linha. Segundo o agente, houve falha na amarração da vegetação que precede o
corte, tendo como consequência a queda da vegetação na direção da linha. No mesmo dia, às
16:01, houve outro desligamento pelo mesmo motivo: falha no procedimento para corte de
vegetação fora da faixa de servidão. Segundo informado pelo agente, foi realizada reunião com
a empresa contratada e com a equipe de fiscalização de linhas e de segurança do trabalho, para
A maioria dos desligamentos ao longo da linha foram do tipo Fase-Terra com duas ocorrências
de causa externa, classificadas como “Sem natureza Elétrica”.
Observa-se que a maioria dos desligamentos tiveram origem na fase A, com 3 desligamentos
com origem na fase C. A fase B não foi afetada.
Observa-se que a maioria dos desligamentos ocorreram nos meses de setembro e outubro de
2015, correspondente ao período de seca no Sudeste do país no ano de 2015.
De forma a verificar se existe um padrão nos desligamentos por Queimada/Fogo sob a Linha,
foram observados os desligamentos além da janela de análise, os quais estão listados na tabela
abaixo:
Depreende-se das ocorrências que o padrão de desligamentos por Queimada/Fogo sob a Linha
ainda se mantém dentro do período de seca, bem como outra ocorrência por Descarga
Atmosférica.
Esclarecimentos:
Logo, no período analisado (1º de julho de 2015 a 30 de junho de 2016), foram verificadas 13
ocorrências, que com as causas corrigidas, são apresentadas a seguir:
Durante a análise dos desligamentos, a SFE solicitou que FURNAS apresentasse à SFE as
seguintes informações com relação à LT 500 kV TIJUCO PRETO / TAUBATE C 1 SP:
OBS.: O agente informa que a linha de transmissão entrou em operação na data de
29/03/1984.
Resp.: O agente não detectou uma causa efetiva que determine as razões das
ocorrências terem ocorrido nas fases A e C. Em função da transposição da linha, as fases
se alternam proporcionalmente em cada posição.
Resp.: O agente informa que realiza periodicamente inspeções aéreas e terrestres nas
Linhas de Transmissão e, se necessário, executa serviços de supressão na vegetação que
possa causar desligamentos nas faixas de servidão.
Considerando-se a nova classificação realizada por FURNAS para 1 (um) desligamentos bem
como informações do próprio agente de que ocorrem queimadas na região, verifica-que a
principal causa de desligamentos nesta linha de transmissão foram Queimadas/Fogo Sob a
Linha.
Subestação localizada na região metropolitana de Brasília, no Distrito Federal, tendo seu maior
nível de tensão em 500 kV. Dentro da janela de análise, constataram-se 14 ocorrências.
Diagnóstico:
Na presente análise, verificou-se que a maioria das ocorrências se deram nos Bancos de
Capacitores, sendo 3 destes no BS 500 kV 252 MVar SAMAMBAIA 3 DF (representando 22% do
total). Desses, dois desligamentos ocorreram devido à erro de Fiação – AC. Esses desligamentos
ocorreram durante manobra de transferência da barra B 345 kV, para testes do circuito de
potencial do agente Vale do São Bartolomeu Transmissora de Energia. Segundo FURNAS, foi
realizada inspeção e identificado um erro no aterramento da fase Branca (Fase B) do DCP, o que
sensibilizou a proteção do banco e provocou a sua atuação. O serviço foi interrompido, foi feita
a isolação do circuito e correção da ligação, sob responsabilidade da VSB. O terceiro
desligamento ocorreu devido à manobra operacional indevida. Na ocasião estava em
andamento manobra para controle de tensão atendendo a uma solicitação pelo COSR-NCO de
inserir o BC05, no entanto houve o telecomando por engano para desligar o BC04.
Houve também 3 desligamentos no BS 500 kV 252 MVar SAMAMBAIA 3 DF, com dois
desligamentos causados por defeito em proteção de sobrecarga do sistema. Durante a tentativa
de normalização do banco ocorreu novo desligamento pela atuação da mesma proteção. Nesta
ocasião o agente realizou intervenção de manutenção, quando foi constatado que a medição de
corrente do Sistema A estava inconsistente com as medições nos demais sistemas. Foi verificado
que o Sistema de Proteção B estava operando normalmente e que as correntes desse sistema
estavam equilibradas e dentro de valores condizentes com os da linha. O agente informou que
foi realizada manutenção corretiva no sistema de proteção A, reestabelecendo o sistema. O
terceiro desligamento se deu devido à atuação acidental do operador durante execução de
serviços e testes de instalação do sistema de monitoramento dos disjuntores.
O agente verificou a causa dos desligamentos e corrigiu um erro de fiação que resultou na
informação incorreta para a proteção de barras, habilitando de forma indevida a função de zona
morta no AT06. Além disso, FURNAS verificou e alterou os ajustes das proteções do AT04 e AT05
(SGI nº 30803-15).
As causas dos desligamentos informadas no SIPER podem ser observadas na Figura 64.
A Figura 65 – Distribuição dos locais das falhas por equipamento da Subestação abaixo mostra
a distribuição das causas dos desligamentos discriminadas por equipamento da subestação.
Figura 65 – Distribuição dos locais das falhas por equipamento da Subestação Samambaia
Esclarecimentos:
• Dado que houve muitas ocorrências pontuais, por motivos variados, verificar se FURNAS
tem planos de substituir/modernizar os Bancos de Capacitores e/ou o sistema de
proteção desses equipamentos;
Resp.: Não há previsão de troca de sistemas de proteção para o banco de capacitores.
• Esclarecer se foi instalado o disparo do oscilógrafo da linha pela atuação das proteções
do banco de capacitores, na ocorrência de 05/02/2016, que foi classificada como
“Indeterminada”. Informar se FURNAS estudou o caso e se já possui uma indicação da
causa do desligamento.
Prognóstico:
Verificou-se que a maioria dos desligamentos foram nos sistemas de Bancos de Capacitores da
SE Samambaia por erro na execução ou por falhas em equipamentos, acessórios e falhas nos
sistemas de proteção, medição e controle. Tais desligamentos estão abrangidos no tema da
Campanha de Fiscalização 2017, na qual FURNAS está incluída.
Subestação localizada na região da cidade de Mogi das Cruzes no estado de São Paulo, tendo
sido energizada em setembro de 1982. Esta instalação é responsável pela transmissão de parte
da energia gerada na Usina de Itaipu e seu maior nível de tensão é 765 kV. Dentro da janela de
análise, constataram-se 18 ocorrências.
• 3 ocorrências no BC 345 kV 200 MVar TIJUCO PRETO 4 SP, classificadas como “Queima”;
• 3 ocorrências no BC 345 kV 200 MVar TIJUCO PRETO 8 SP, classificadas como “Queima”;
• 3 ocorrências no BC 345 kV 200 MVar TIJUCO PRETO 9 SP, classificadas como “Queima”;
• 2 ocorrências no BC 345 kV 200 MVar TIJUCO PRETO 6 SP, classificadas como “Falha”;
• 2 ocorrências no BC 345 kV 200 MVar TIJUCO PRETO 7 SP, 1 classificada como “Queima”
e 1 classificada como “Explosão”;
• 2 ocorrências no CS 300 / -180 MVar TIJUCO PRETO 1 SP, 1 classificada como “Falta de
tensão - AC/DC - Serv. Aux.” e 1 classificada como “Indeterminada”.
• 1 ocorrência na SB 345 kV TIJUCO PRETO B1 SP, classificada como “Explosão”;
• 1 ocorrência na SB 345 kV TIJUCO PRETO B2 SP, classificada como “Explosão”;
• 1 ocorrência no TR 765 / 500 kV TIJUCO PRETO 1 SP, classificada como “Indeterminada”.
Houve três ocorrências no BC 345 kV 200 MVar TIJUCO PRETO 4 SP, uma em 16/10/2015 devido
à queima de elos fusíveis causado por desbalanceamento de tensão na fase C, o que foi corrigido
pelo agente. Houve outra ocorrência relacionada à queima de elos fusíveis e unidades
capacitivas em 15/04/16. A terceira ocorrência se deu em 01/06/2016, pelo mesmo motivo, a
queima de elos fusíveis e elementos capacitivos queimados.
No BC 345 kV 200 MVar TIJUCO PRETO 6 SP houve duas falhas: uma em 13/08/2015 e outra em
14/11/2015, ambas causadas por defeito em unidades capacitivas.
Houve duas ocorrências no BC 345 kV 200 MVar TIJUCO PRETO 7 SP. A primeira em 06/07/2015,
por queima de elo fusível na proteção no equipamento. A segunda ocorrência se deu em
19/02/2016, pela explosão de elemento capacitivo, bem como queima de elo fusível. A
substituição da unidade capacitiva e demais manutenções corretivas foram registradas no SGI
sob o nº 06984-16.
Para o BC 345 kV 200 MVar TIJUCO PRETO 8 SP houve duas ocorrências que foram causadas por
queima de elo fusível e elemento capacitivo: uma em 04/03/2016 e outra em 10/05/2016.
Foram realizadas as manutenções corretivas para correção de ambas as ocorrências. Houve
ainda uma terceira ocorrência, esta causada por queima de unidade capacitiva, a qual foi
substituída pelo agente.
Houve duas ocorrências no CS 300 / -180 MVar TIJUCO PRETO 1 SP. A primeira se deu em
19/01/2016, devido à falta de tensão na alimentação para o circuito das bombas de óleo do
sistema de lubrificação dos mancais. O agente verificou o problema e corrigiu o problema. A
Houve uma ocorrência no TR 765 / 500 kV TIJUCO PRETO 1 SP, a qual ocorreu em 18/04/16.
Segundo o agente, a perturbação consistiu no desligamento automático do autotransformador
AT01 da pela atuação do relé de bloqueio, porém, sem indicação de proteção operada.
As causas dos desligamentos informadas no SIPER podem ser observadas na Figura 69. Observa-
se uma predominância de causas classificadas como “Queima”.
Figura 70 – Distribuição dos locais das falhas por equipamento da Subestação TIJUCO PRETO
Esclarecimentos:
Com base no exposto, a SFE decidiu solicitar um Plano de Melhorias e Providências, objetivando-
se a redução drástica de desligamentos causados por problemas nos Banco de Capacitores na
SE TIJUCO PRETO.
Trata-se de linha de transmissão que faz parte da rede de operação do ONS, com data de entrada
em operação em 06 de janeiro de 1973, com 48 km de extensão. Não possui religamento
automático.
Descarga
15/2/16 16:46 Sem Localização Específica Fase-Terra
Atmosférica
Descarga
15/02/2016 16:54 Sem Localização Específica Fase-Terra
Atmosférica
Descarga
20/2/16 18:16 Sem Localização Específica Fase-Terra
Atmosférica
Diagnóstico:
Verifica-se que as causas principais dos desligamentos dessa LT sob análise foram à Descargas
Atmosféricas (3 ocorrências, representando 23% dos desligamentos), com a maioria sendo
classificada como indeterminada (54% do total das ocorrências).
No gráfico da Figura 77 observa-se a predominância de ocorrências na fase Azul (fase C), com
doze ocorrências, e uma ocorrência na fase Branca (fase B).
Sobre a localização dos eventos na faixa de 28 km da extensão da LT, foi verificado no SGI –
Sistema de Gestão de Intervenções, a intervenção SGI nº 14249-16, que tratou da substituição
de isoladores ao longo da linha de transmissão. Esta intervenção aconteceu de 12 a 14/04/2016.
Após esse período, não foram verificadas um grande número de desligamentos na LT após esta
data.
Esclarecimentos:
Logo, no período analisado (1º de julho de 2015 a 30 de junho de 2016), foram verificadas 13
ocorrências, que com as causas corrigidas, são apresentadas a seguir:
Durante a análise dos desligamentos, a SFE solicitou que FURNAS apresentasse à SFE as
seguintes informações com relação à LT 138 kV ADRIANOPOLIS / MAGE C 2 RJ:
Resp.: Como houve a troca da cadeia de isoladores na torre 76 (31 km da STAD), o agente
atribui as causas dos desligamentos, antes indeterminadas, à cadeia de isoladores que
estava queimada e foi trocada no dia 14/04/2016. A diferença de localização em alguns
casos pode estar relacionada a valores distintos de arco, assim como a erro de cálculo,
devido ao método de localização por impedância.
Resp.: No trecho onde ocorreu a troca de cadeia queimada houve diminuição dos
desligamentos de causa indeterminada. Após o período de análise pela ANEEL,
Prognóstico:
A SFE verificou que o agente agiu para a resolução do problema dos desligamentos, por meio da
troca de cadeia de isoladores, e que submeterá à reclassificação os desligamentos classificados
como Causa Indeterminada para Isolação – Falha/Defeito. Ainda assim, a análise da SFE entende
que a causa principal das perturbações nesta linha de transmissão foram Descargas
Atmosféricas
Dessa forma, FURNAS foi demandada a apresentar Plano de Melhorias e Providências para a
redução dos desligamentos motivados pela presente causa, que será acompanhado pela equipe
da ANEEL.
Figura 81 – Causas dos desligamentos da LT 230 kV ITUMBIARA / RIO VERDE FUR C 1 MG/GO
Verifica-se que a maioria dos desligamentos foi classificada como indeterminadas. Quanto à
localização das faltas, temos a distribuição mostrada na Figura 82:
Figura 82 - Localização das faltas por porcentagem da LT 230 kV ITUMBIARA / RIO VERDE FUR C
1 MG/GO (208 km da extensão)
Verifica-se que a maioria dos desligamentos ocorreram na fase B, com 7 ocorrências, e duas
ocorrências na fase A.
Na Figura 85, verifica-se a distribuição dos desligamentos ao longo da janela de análise (julho
de 2015 a junho de 2016):
Depreende-se pelo gráfico que a maioria dos desligamentos ocorreram no segundo semestre
de 2015, com um desligamento isolado em março de 2016.
Esclarecimentos:
Prognóstico:
Assim sendo, a SFE decidiu por solicitar um Plano de Melhorias e Providências para a causa de
descargas atmosféricas na LT 230 kV ITUMBIARA / RIO VERDE FUR C 1 MG/GO.
• 1 Acidental – Serviços/Testes;
• 2 por Queimada /Fogo sob a Linha;
• 2 por Erro de Configuração de Lógica – Concepção;
• 1 por Veículo (com 46 MW de corte de carga);
• 3 classificadas como Causa Indeterminada (1 com 45 MW de corte de carga).
Do gráfico depreende-se que os números das causas dos desligamentos foram equilibrados
dentro da janela de análise, sem alguma causa que se destaque acima das demais.
Vale notar que a ocorrência de 16/06/2016 até a data da janela de análise estava classificada
como indeterminada. Foi verificado que já consta no SIPER e no SGR que a causa foi erro na
lógica de proteção já identificado pelo agente, contudo a classificação da ocorrência ainda
continua como Indeterminada no SIPER.
Verificou-se que há obras em andamento para a instalação de um segundo circuito nesta linha,
incluído entradas de linha em 230 kV nas SE Pirineus e SE Xavantes, com arranjo barra dupla a
cinco chaves. Segundo dados informados no SIGET, estas obras encontram-se atrasadas
Verifica-se que a maior parte das ocorrências foi do tipo curto-circuito fase-terra, com destaque
para duas ocorrências (ambas em 28/10/15) sem informação do tipo do curto-circuito. É descrito
que este desligamento ocorreu durante a normalização da LT 345 kV Brasília Sul - Samambaia
C2, classificada como causa indeterminada. No SIPER, no campo Justificativa do Agente, FURNAS
solicitou que a causa do desligamento seja alterada para Erro de Configuração de Lógica.
Segundo informado pelo agente, havia um problema na lógica de teleproteção, o qual já foi
corrigido.
A ocorrência de 18/09 ocorreu devido ao trip acidental causado por funcionário, que estava
efetuando manutenção na Subestação Xavantes da CELG, permanecendo a linha energizada
pelo terminal Pirineus de FURNAS. No SIPER está descrito que o agente CELG deverá informar a
causa e a análise de desempenho dos sistemas de proteção associadas ao desligamento.
Na Figura 92, verifica-se a distribuição dos desligamentos ao longo da janela de análise (julho de
2015 a junho de 2016):
Figura 92 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 230 kV PIRINEUS
/ XAVANTES C 1 GO
Verifica-se que a distribuição dos desligamentos dentro da janela de análise ficou bem
distribuída, com destaque para outubro/15 com seis desligamentos. Neste mês, houve duas
ocorrências devido à Erro de Lógica/Configuração, duas por queimadas e duas indeterminadas.
Verifica-se que estas quatro ocorrências podem estar ligadas ao período de queimadas na
região.
Foi verificado no SGI que a partir de novembro de 2015 foram realizadas as intervenções SGI nº
49171-15, 01656-16 e 01661-16 que trataram de implantação de Ampliação, Reforço e
Melhorias na LT. Após esse período, não foram verificadas um grande número de desligamentos
na LT após esta data.
Esclarecimentos:
Logo, no período analisado (1º de julho de 2015 a 30 de junho de 2016), foram verificadas 9
ocorrências, que com as causas corrigidas, são apresentadas a seguir:
• 1 Acidental – Serviços/Testes;
• 5 por Queimada /Fogo sob a Linha;
• 2 por Erro de Configuração de Lógica – Concepção;
• 1 por Veículo (com 46 MW de corte de carga);
Durante a análise dos desligamentos, a SFE solicitou que FURNAS apresentasse à SFE as
seguintes informações com relação à LT 230 kV PIRINEUS / XAVANTES C 1 GO:
Resp.: Com a atual configuração em que se encontram as fases, visto que essa LT está
em paralelo à futura LT Pirineus-Xavantes-2 e levando-se em conta que a mesma assume
diferentes posicionamentos nas estruturas ao longo do seu traçado, em função da
transposição de fases, torna-se complexo afirmar com maior precisão por qual motivo a
fase B possui maior número de desligamentos. A previsão de normalização da LT
Resp.: O agente informa que realiza campanhas anuais de prevenção contra queimadas,
com distribuição de calendários, folders, bonés e outros materiais, visando à
conscientização da população local quanto à necessidade de se evitar as queimadas.
• Informar o estado atual do andamento das obras do segundo circuito e se esta obra irá
resolver o problema de localização de faltas nesta instalação;
Constatou-se que o agente FURNAS não conseguiu verificar a causa de alguns desligamentos
classificados como Causa Indeterminada devido ao fato que esta linha compartilha o vão de
saída com a LT 230 kV PIRINEUS / XAVANTES C 2 GO, o que induz muitos erros no equipamento
localizador de falta. Verifica-se, também, que já existe obra do PMIS prevista para estas
instalações, de forma a desfazer o paralelismo dos circuitos. Além disso, um dos desligamentos
com corte de carga foi pontual, devido à execução de serviço na subestação. E, vale ressaltar,
que não foi possível verificar um padrão nos desligamentos, sendo estes de causas pulverizadas
ao longo da janela de análise.
Baseado nisto, a SFE entende que tais causas já estão cobertas pela Campanha de Fiscalização
2016, que trata de desligamentos por falhas humanas e causas indeterminadas, e pela
Campanha de Fiscalização 2017, que trata de desligamentos forçados por falhas em
equipamentos e acessórios e por falhas nos sistemas de proteção, medição e controle.
Assim sendo, a SFE decidiu por não solicitar, por enquanto, Planos de Melhorias e Providências
específicos para a LT 230 kV PIRINEUS / XAVANTES C 1 GO. No entanto, o desempenho e as
classificações das ocorrências dessa linha de transmissão continuarão a ser monitorados por
esta Superintendência.
Linha de transmissão em operação comercial desde 04/11/1982 (fonte: FURNAS) com 436 km
de extensão. Não possui religamento automático habilitado.
Verifica-se que a metade das ocorrências foi classificada como indeterminada, seguida por
Queimada/Fogo sob a Linha.
Figura 95 – Localização das faltas por porcentagem da LT da LT 230 kV RIO VERDE FUR /
RONDONOPOLIS C 1 GO/MT (436 km de extensão)
Foi verificado que a maioria dos desligamentos ocorreram na fase B, seguidos por desligamentos
na fase A, sendo a fase C pouco afetada nas ocorrências. É importante verificar com o agente se
tal distribuição é relacionada à disposição e layout da linha e/ou a substituição de cadeia de
Na Figura 98, verifica-se a distribuição dos desligamentos ao longo da janela de análise (julho
de 2015 a junho de 2016):
Figura 98 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 230 kV RIO
VERDE FUR / RONDONOPOLIS C 1 GO/MT
Foi verificado no SGI que houve duas intervenções ao longo da linha dentro da janela de análise,
as intervenções SGI nº 31805-15 e SGI nº 36298-15. A primeira tratou de substituição de
amortecedores quebrados no poste 681, e foi concluída na data de 13 de agosto de 2015. A
segunda intervenção, foi realizada na data de 07 de setembro de 2015 devido às quatro
ocorrências das datas de 3, 4 e 7 de setembro. A intervenção tratou de inspeção para possível
troca de isolador ou corte de vegetação sob a linha, mas não ficou claro na descrição da SGI se
foi executado algum serviço de manutenção corretiva.
Contudo, ainda houve ocorrências nos meses subsequentes, finalizando apenas após janeiro de
2016. Pelas informações disponíveis, é difícil achar uma correlação entre as ações tomadas nas
intervenções e o término das ocorrências. Um possível motivo para o fim das ocorrências é o
fim do período de queimadas a partir do mês de janeiro.
De forma a tentar verificar algum tipo padrão nos desligamentos da LT, foram verificados os
desligamentos na linha após a janela de análise (julho de 2015 a junho de 2016), e verificou-se
6 desligamentos, os quais são listados abaixo:
Depreende-se do quadro acima que as causas dos desligamentos que ocorreram dentro da
janela de análise ainda persistem, e estes são causados primariamente por queimadas e
problemas relacionados à cadeias de isoladores ao longo da linha.
Esclarecimentos:
Logo, no período analisado (1º de julho de 2015 a 30 de junho de 2016), foram verificadas 13
ocorrências, que com as causas corrigidas, são apresentadas a seguir:
Resp.: O agente não identificou justificativa para o maior número de ocorrências na fase
B. O agente informa ainda que em função da transposição da linha, as fases se alternam
proporcionalmente em cada posição.
Considerando-se a nova classificação realizada por FURNAS para 6 (seis) desligamentos, bem
como informações do próprio agente de que ocorrem queimadas na região, verifica-que a
principal causa de desligamentos na linha de transmissão foram Queimadas/Fogo Sob a Linha.
Linha de transmissão em operação comercial desde 07/01/2013 (fonte: FURNAS) com 64,5 km
de extensão. Possui religamento automático tripolar de 5 s.
Verifica-se que a maior parte ocorrências foi causada por Vegetação, seguida por três
Chuva/Temporal, duas por Descarga Atmosférica e uma classificada como indeterminada.
Tem-se que a maioria dos desligamentos foi do tipo Falta à terra, com uma ocorrência bifásica
causada por chuva forte/ temporal.
Foi verificado que a maioria dos desligamentos ocorreram na fase A, seguidos por desligamentos
na fase C, sendo a fase B pouco afetada nas ocorrências. Destaca-se que 6 desligamentos
ocorreram por Vegetação na fase A.
Figura 104 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 345 kV ATIBAIA
II / MOGI CRUZES C 1 SP
Verifica-se que os desligamentos foram bem espalhados ao longo da janela de análise, com o
destaque para as ocorrências de vegetação ocorrendo em Março de 2016.
Sobre as ocorrências com vegetação, está descrito no SIPER que o agente já corrigiu o problema,
por meio da poda de uma árvore próxima ao circuito, a 32km do terminal de Mogi das Cruzes.
Esclarecimentos:
Resp.: O agente informa que realiza periodicamente inspeções aéreas e terrestres nas
Linhas de Transmissão e, se necessário, executa serviços de supressão na vegetação que
possa causar desligamentos nas faixas de servidão.
• Esclarecer a ocorrência com causa indeterminada, a qual tem a indicação das proteções,
a localização da falta, mas não tem a causa determinada.
Resp.: O evento 11 da tabela deste item não caracteriza uma reincidência de causa e se
enquadra nos casos de inspeção programada devido à natureza fugitiva.
Prognóstico:
Verifica-se que a maior parte das ocorrências na LT 345 kV ATIBAIA II / MOGI CRUZES C 1 SP, foi
causada por Vegetação, com destaque para 7 ocorrências nas datas de 22 e 23 de março de
2016. De 13 desligamentos, essas ocorrências corresponderam à 54% do total.
O agente informou que, após inspeção das equipes de manutenção, foi realizada a poda de uma
árvore próxima ao circuito. A fiscalização verificou que tal ação pode ter contribuído para a
mitigação dos desligamentos, uma vez que após a data de 23 de março de 2016, não houve
novas ocorrências tendo Vegetação como causa de desligamento.
Ainda, verificou-se que as causas dos demais desligamentos nesta instalação ficaram divididas
entre Descarga Atmosférica e Chuva/temporal, não sendo possível destacar uma causa acima
da outra.
Data do
Desligamento Equipamento Desligado Descrição do Local Descrição da Causa
Forçado
28/8/15 7:19 BS 500 kV 107 MVar S.DA MESA 1 GO Proteção Relé de Proteção - Falha/Defeito
Instrumento de Medição -
23/10/15 11:32 BS 500 kV 107 MVar S.DA MESA 1 GO Proteção Falha/Defeito
16/1/16 11:57 TR 230 / 138 kV S.DA MESA 5 GO Proteção Umidade
3/2/16 20:19 BS 500 kV 107 MVar S.DA MESA 1 GO Fusível Defeito
Transformador de
4/2/16 20:58 BS 500 kV 107 MVar S.DA MESA 1 GO Corrente Defeito
9/2/16 8:46 TR 230 / 138 kV S.DA MESA 5 GO Painel Umidade
Transformador de
10/2/16 17:42 TR 230 / 138 kV S.DA MESA 6 GO Corrente Erro de Relação
Transformador de
17/2/16 12:58 BS 500 kV 107 MVar S.DA MESA 1 GO Corrente Defeito
Transformador de
17/2/16 13:06 BS 500 kV 107 MVar S.DA MESA 1 GO Corrente Falha
Transformador de
17/2/16 14:06 BS 500 kV 107 MVar S.DA MESA 1 GO Corrente Falha
25/2/16 19:24 BS 500 kV 107 MVar S.DA MESA 1 GO Serviço Auxiliar AC Erro de operação - instalação
Transformador de
26/2/16 10:32 BS 500 kV 107 MVar S.DA MESA 1 GO Corrente Falha
10/3/16 13:49 TR 500 / 230 kV S.DA MESA 1 GO Comutador Acidental - Serviços/Testes
Transformador de
4/4/16 16:04 TR 230 / 138 kV S.DA MESA 6 GO Corrente Erro de Relação
Diagnóstico:
Constatou-se que a maioria dos desligamentos foi originada no Banco de Capacitores Série 500
kV BS1, localizado na LT 500 kV Serra da Mesa – Gurupi 1 (9 desligamentos, representando 64%
do total). Segundo informado por FURNAS no SIPER, 7 desses desligamentos foram devidos a
problema de desbalanço de corrente (28/8/2015; 3/2/2016; 4/2/2016; 17/2/2016 às 12h58min,
13h06min e 14h06min; 26/2/2016). Após a realização de várias inspeções no intuito de se
identificar a real causa dos desligamentos, concluiu-se que o problema estava no TC de
desbalanço da fase B (desbalanço na ponte capacitiva). Esse TC foi substituído durante a
intervenção cadastrada no SGI sob o número 08902-16 e o BS1 foi liberado para a operação em
3/3/2016. A SFE consultou as perturbações cadastradas no SIPER até novembro de 2016 e
constatou que o BS1 se desligou mais 4 vezes por causas diversas após a data em que foi liberado
para a operação, porém nenhum dos desligamentos foi devido ao problema relatado no TC de
desbalanço.
Quanto aos outros dois desligamentos do BS1 verificados dentro da janela de análise, o primeiro
(dia 23/10/2015) foi devido a atuação acidental da proteção de nível muito baixo de água de
resfriamento das válvulas do tanque de expansão, sendo substituídos o conjunto de motobomba
1 do sistema de resfriamento dos tiristores e o sensor BL1 de nível muito baixo que apresentava
defeito. O segundo desligamento (dia 25/2/2016) foi durante uma manobra de transferência de
barras do serviço auxiliar da subestação que resultou na perda de alimentação do sistema de
refrigeração do BS1 e seu consequente desligamento.
Por fim, o desligamento do banco de autotransformadores TR1 500/230 kV foi devido a atuação
acidental da proteção de pressão súbita do comutador da fase C ocorrida durante os trabalhos
de complementação do nível de óleo isolante no comutador de TAP.
A Figura 106 mostra a distribuição das causas dos desligamentos discriminadas por equipamento
da subestação.
Figura 106 – Causas dos desligamentos discriminadas por equipamento da SE SERRA DA MESA
Figura 107 – Distribuição dos desligamentos por equipamento e por causa ao longo da janela
de análise da SE SERRA DA MESA
Esclarecimentos:
Prognóstico:
Verificou-se que a maioria dos desligamentos na SE SERRA DA MESA foram causados por
defeitos no Banco de Capacitores Série 500 kV BS1, localizado na LT 500 kV Serra da Mesa –
Gurupi 1. Do total de 14 desligamentos na SE SERRA DA MESA, 9 desligamentos ocorreram no
Banco de capacitores Série BS1, representando 64% do total das ocorrências.
Importante ressaltar que a substituição dos Banco de Capacitores Série 500 kV BS1 está sendo
tratada dentro do âmbito do PAR-2017.
Assim sendo, a SFE decidiu solicitar um Plano de Melhorias e Providências para os bancos de
capacitores da SE SERRA DA MESA, objetivando-se a redução dos desligamentos até a completa
substituição do equipamento conforme previsto.
Subestação localizada na região da cidade de Foz do Iguaçu no estado do Paraná, tendo a SE Foz
50Hz tendo sido energizada em outubro/1984 e a SE Foz 60Hz tendo sido energizada em
dezembro/1986. Esta instalação é responsável pela transmissão de parte da energia gerada na
Usina de Itaipu, sendo realizada a conversão AC/DC e a transmissão por meio do Bipolo de
Corrente Contínua até a Subestação de Ibiúna. Dentro da janela de análise, constataram-se 10
ocorrências, resumidas no quadro a seguir.
Diagnóstico:
Das ocorrências citadas, duas foram no BC 500 kV 349 MVar F.IGUACU 50HZ 1 PR, que afetaram
o filtro de harmônicos ZRA e uma no BC 500 kV 349 MVar F.IGUACU 50HZ 1 PR que afetou o
filtro de harmônicos ZRB.
Ainda, foram observados mais 3 desligamentos envolvendo o filtro de harmônicos ZRA, nos dias
4 e 7/4/2016 e 28/5/2016, cujas informações não permitem concluir um padrão de causa ou
ações para evitar reincidência de desligamentos no equipamento.
A distribuição das datas, equipamentos envolvidos, causas e o local das faltas estão
apresentados nas Figura 109, Figura 110 e Figura 111.
Esclarecimentos:
Verificou-se que a maioria dos desligamentos na SE Foz do Iguaçu foram causados por defeitos
nos Bancos de Capacitores e/ou nos Filtros de Harmônicos da instalação.
Além disso, verifica-se que as causas de desligamentos nestes equipamentos são muito
pulverizadas, não sendo possível identificar uma causa de desligamentos que se destaque acima
de outras.
Ainda, vale ressaltar que as substituições dos Bancos de Capacitores estão sendo tratadas dentro
do âmbito do PAR-2017.
Com base no exposto, a SFE decidiu por não solicitar, por enquanto, Planos de Melhorias e
Providências específicos para a SE FOZ DO IGUAÇU. No entanto, o desempenho e as
classificações das ocorrências dessa subestação continuarão a ser monitorados por esta
Superintendência.
36,4%
29,3%
26,7%
23,5%
Figura 113 – Estados com instalações analisadas (AC, RO, MT, PA, TO, MA, PI, BA)
Corte de
Perturbações
Carga Total Total de
Transmissão Instalação com Corte de
no Período Desligamentos
Carga
[MW]
Linha de transmissão em operação comercial desde 21/8/2005 (fonte: SINDAT) com 171 km de
extensão. Possui religamento automático (R.A.) de 5s tripolar, cujo terminal líder é a SE Cuiabá.
10
Registro de reunião DOC SIC nº 48534.001841/2017-00
Diagnóstico:
Constatou-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
Descarga Atmosférica (8 ocorrências, representando 62% dos desligamentos). Segundo
estabelecido no Submódulo 2.4 dos Procedimentos de Rede, o limite de desligamentos por
descargas atmosféricas para linhas de transmissão de 230kV é de 2 desligamentos por 100 km
por ano. Desse modo, o limite para a linha de transmissão sob análise é de 4 desligamentos
devidos a essa causa durante a janela de um ano analisada, o qual foi excedido em 4
desligamentos.
Na Figura 117 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados. Observa-se que 8 faltas (62%) foram do tipo Fase-Terra.
Observa-se ainda que houve um desligamento por causa indeterminada para o qual a AETE não
informou o tipo de curto-circuito ocorrido (Sem Dados).
Com relação às fases envolvidas nas perturbações, observa-se na Figura 118 que houve uma
distribuição praticamente equilibrada dos desligamentos entre as 3 fases, com uma singela
predominância da fase B. A AETE não informou as fases envolvidas em 4 dos desligamentos
analisados (Dia 6/9/2015 às 16h23min e às 16h38min, Dia 9/10/2015 às 17h41min e dia
25/12/2015 às 19h17min).
Figura 118 – Fases Envolvidas e Causas dos Desligamentos da LT 230 kV SUB CUIABA /
RONDONOPOLIS C 1 MT
Na Figura 120 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela AETE no
SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o comprimento total da LT
em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal SE Cuiabá.
Figura 120 – Localização das faltas ao longo da LT 230 kV SUB CUIABA / RONDONOPOLIS C 1
MT
Esclarecimentos:
Com base no exposto, a SFE solicitou que a AETE apresentasse as seguintes informações com
relação à LT 230 kV SUB CUIABA / RONDONOPOLIS C 1 MT:
As atividades estão previstas para o mês de setembro porque na região onde a linha se encontra
é o período mais seco do ano e, portanto, mais crítico para resistência de pé de torre.
A Identificação das Fases envolvidas nos desligamentos dos dias 6/9/2015 às 16h23min e às
16h38min, 9/10/2015 às 17h41min e 25/12/2015 às 19h17min, é a seguinte:
Foi constatado que nas ocorrências citadas houve atuação da proteção SOTF, após os
desligamentos a equipe de linhas da empresa realizou inspeção nos pontos localizados pelo RDP,
tanto com relação a isoladores, quanto a possibilidade de existência de vegetação ao longo da
LT, não foram encontrados problemas. No cronograma enviado está prevista a ampliação da
quantidade de torres a serem inspecionadas nos pontos próximos às localizações dos defeitos.
Prognóstico:
11
DOC SIC nº 48534.002035/2017-00
SE GUAMÁ (ELETRONORTE)
Diagnóstico:
12
Registro de reunião DOC SIC nº 48534.001597/2017-00
Com relação ao desligamento do dia 19/9/2015 às 9h38min, consta no SIPER que a atuação
acidental da proteção contra falha do disjuntor de acoplamento foi coincidente com a execução
de serviços de manutenção no bay do transformador GMTF6-03, conforme intervenção nº
30.352-15 cadastrada no SGI.
BC 230 kV 55P5
19/1/16 10:19
MVar GUAMA 1 PA
BC 230 kV 55P5
19/1/16 10:19
MVar GUAMA 2 PA Erro de CELPA
TR 230 / 69 kV Esquema Configuração 426 MW
19/1/16 10:19 SE Blindada
GUAMA TF1 PA Especial de Lógica -
Concepção SE Tucuruí
TR 230 / 69 kV
19/1/16 10:19
GUAMA TF2 PA
TR 230 / 69 kV
19/1/16 10:19
GUAMA TF3 PA
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE decidiu por não solicitar, para o ciclo vigente, Planos de Melhorias
e Providências específicos para a SE Guamá. No entanto, o desempenho e as classificações das
ocorrências dessa subestação continuarão a ser monitorados por esta Superintendência.
Diagnóstico:
Constava ainda no SGR na data de realização da presente análise outra recomendação ‘Pendente
com prazo vencido’. Trata-se da recomendação REC-002871/2016, emitida em 25/8/2016 e
constante no relatório COSR-NCO 047/2016, para que a ELETRONORTE informasse o motivo da
indisponibilidade de supervisão analógica dos transformadores ATR1 e ATR2 230/138 kV e dos
barramentos de 138 kV da SE Ji-Paraná, bem como as providencias tomadas para sua
normalização.
3/11/15 16:26
TR 230 / 69 kV JI- Relé de Proteção - 0,00
3/11/15 18:23 Proteção
PARANA TF2 RO Falha/Defeito
4/11/15 4:56
As causas dos desligamentos informadas no SIPER podem ser observadas na Figura 125.
Figura 127 – Distribuição dos desligamentos por equipamento e por causa ao longo da janela
de análise da SE JI-PARANA
• Evidências de ações tomadas para a correção dos problemas relacionados ao relé de gás
do TR 230 / 69 kV TF2;
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE decidiu por não solicitar, por enquanto, Planos de Melhorias e
Providências específicos para a SE JI-PARANA. No entanto, o desempenho e as classificações das
ocorrências dessa subestação continuarão a ser monitorados por esta Superintendência.
Linha de transmissão em operação comercial desde antes de 2/6/2000 (fonte: SINDAT) com
387,9 km de extensão. Possui religamento automático (R.A.) de 8s tripolar, cujo terminal líder é
a SE Imperatriz.
Queimada / Fogo
13/9/15 16:33 Sem Localização Específica sob a Linha Bifásica
Queimada / Fogo
19/9/15 10:34 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
19/9/15 13:54 Sem Localização Específica sob a Linha Bifásica
Queimada / Fogo
20/9/15 15:41 Sem Localização Específica sob a Linha Sem Dados
Queimada / Fogo
25/9/15 15:13 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
25/9/15 15:22 Condutor sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
5/10/15 15:44 Sem Localização Específica sob a Linha Bifásica
Queimada / Fogo
11/10/15 10:46 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
13/10/15 12:52 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Descarga
24/11/15 10:35 Sem Localização Específica Atmosférica Fase-Terra
Diagnóstico:
• 10 ocorrências por queimada / Fogo sob a Linha (Desempenho do R.A.: 2 Sem Sucesso
e 8 Bloqueado);
• 1 ocorrência por Descarga Atmosférica (Desempenho do R.A.: Bloqueado).
Constatou-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
queimada / Fogo sob a Linha (10 ocorrências, representando 91% dos desligamentos). Chamou
a atenção o fato de 8 atuações do R.A. terem sido bloqueadas. Segundo informado pela
ELETRONORTE ao ONS no SIPER, os bloqueios ocorreram devido ao fato de estar travada na UCD
a seleção simultânea dos 4 tipos de religamento. Ainda segundo a empresa, no dia 8/10/2015
foi realizada uma intervenção visando à solução do problema. Entretanto, constatou-se que
houve reincidência do problema em mais duas ocorrências posteriores (dias 11 e 13/10/2015).
Na Figura 224 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados. Constatou-se que a ELETRONORTE não prestou informações
referentes a um desligamento provocado por queimada (dia 20/9/2015 às 15h41min).
Na Figura 132 são apresentadas as fases envolvidas nas perturbações analisadas discriminadas
pelas respectivas causas.
Figura 132 – Fases Envolvidas e Causas dos Desligamentos da LT 500 kV IMPERATRIZ / P.DUTRA
C 2 MA
Na Figura 134 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela
ELETRONORTE no SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o
comprimento total da LT em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal
SE Imperatriz. Constatou-se que a ELETRONORTE não prestou informações referentes a um
desligamento provocado por queimada (dia 20/9/2015 às 15h41min).
A ELETRONORTE informou ao ONS que realizou diversos testes e inspeções no dia 11/12/2016,
mas que não foi possível detectar a causa fundamental do problema. Solicitou ainda uma
segunda reprogramação do prazo para maio de 2017.
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ELETRONORTE apresentasse alguns esclarecimentos
com relação à LT 500 kV IMPERATRIZ / P.DUTRA C 2 MA:
• Ações tomadas pela empresa no sentido de mapear as áreas mais críticas relacionadas
a queimadas e buscar junto ao órgão ambiental uma flexibilização das condicionantes
nessas áreas para a realização da manutenção de faixa;
No dia 11/12/2016 foi realizada inspeção nos relés auxiliares da proteção interna do reator n°04
de 500 kV para verificar causa da recusa de atuação do esquema de religamento automático da
LT na perturbação do dia 22/09/2016. Foram feitos os seguintes testes:
1. Testes nos relés auxiliares de desligamento das proteções internas do reator onde
não foi observada anormalidade;
3. Feita inspeção visual nos cabos de interligação desta proteção onde não foi
detectada anormalidade.
Pelos resultados dos testes acima, não foi possível detectar a causa fundamental. Portanto, será
necessário um desligamento do reator n°04 de 500 kV para inspecionar a fiação interna do
mesmo incluindo as caixas de passagem, verificar a isolação e possível presença de umidade.
A Eletronorte informa que realizou novas inspeções na fiação interna do relé de gás, do reator
n°04 de 500 kV, por meio de medições de isolação, tendo sido identificada anormalidade no
funcionamento do relé auxiliar do circuito de trip de gás 2º estágio 94.1/REX tipo RAR1-44. Como
forma de evitar reincidências, no dia 11.04.2017 através da ordem 4550770, a Equipe de
Manutenção providenciou a substituição do relé auxiliar defeituoso. Após a conclusão da
intervenção o sistema de religamento automático da LT 500 kV Imperatriz - Presidente Dutra C2
encontra-se em condições normais de operação, sem restrições. Diante do exposto, solicitamos
a baixa desta recomendação.”
Prognóstico:
13
Doc SIC nº 48534.002036/2017-00
Linha de transmissão em operação comercial desde antes de 2/6/2000 (fonte: SINDAT) com 205
km de extensão. Possui religamento automático (R.A.) de 5s tripolar, cujo terminal líder é a SE
Boa Esperança.
Queimada / Fogo
4/9/15 12:53 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
10/9/15 12:57 Sem Localização Específica sob a Linha Bifásica
Queimada / Fogo
11/9/15 13:09 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
11/9/15 15:03 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
12/9/15 15:42 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
1/10/15 12:39 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
8/10/15 14:44 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
13/10/15 11:07 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
13/10/15 12:18 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Diagnóstico:
Constatou-se que a única causa dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
queimada / Fogo sob a Linha (10 ocorrências, representando 100% dos desligamentos). Chamou
a atenção o fato de o R.A. ter sido bloqueado em todos os desligamentos. Segundo informado
pela ELETRONORTE no SIPER, as não atuações do R.A. foram em função da atuação da proteção
de distância temporizada no terminal de Presidente Dutra.
Na Figura 143 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela
ELETRONORTE no SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o
comprimento total da LT em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal
SE Presidente Dutra.
Figura 143 – Localização das faltas ao longo da LT 500 kV P.DUTRA / B. ESPERANCA C 1 MA/PI
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ELETRONORTE apresentasse alguns esclarecimentos
com relação à LT 500 kV P.DUTRA / B. ESPERANCA C 1 MA/PI:
• Ações tomadas pela empresa no sentido de mapear as áreas mais críticas relacionadas
a queimadas e buscar junto ao órgão ambiental uma flexibilização das condicionantes
nessas áreas para a realização da manutenção de faixa;
Em 09/2015 a Eletronorte propôs à CHESF a ativação da função 67N para utilização no esquema
de teleproteção.
Em 11/01/2017 foi ativada a função 67N para utilização no esquema de teleproteção em ambos
os terminais da LT o que deverá evitar a reincidência de desligamentos temporizados para faltas
de alta impedância e o consequente bloqueio de religamento automático.”
Prognóstico:
14
Doc SIC nº 48534.002036/2017-00
Importante subestação responsável pelo suprimento da cidade de São Luís e energizada antes
de 2/6/2000 (Fonte: SINDAT). Seu maior nível de tensão é 500 kV.
Diagnóstico:
As causas dos desligamentos informadas no SIPER podem ser observadas na Figura 150.
Observa-se que 50% dos desligamentos foram classificados como Causa Indeterminada ou
Causa a ser Determinada.
A Figura 151 mostra a distribuição das causas dos desligamentos discriminadas por equipamento
da subestação. Observa-se que 3 desligamentos do TF1 não tiveram suas causas informadas pela
ELETRONORTE.
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ELETRONORTE apresentasse alguns esclarecimentos
com relação à SE MIRANDA II:
Desligamento do MRTF6-02 no dia 12/09/2015: Foi identificado defeito no relé XV1, responsável
por supervisão do circuito de fechamento do disjuntor MRDJ6-11. Este relé impede o comando
do disjuntor. O mesmo foi substituído e foram alterados os projetos de todos os disjuntores
Vatech da instalação, com melhoria desta supervisão. A correção no disjuntor foi concluída
mediante ordem de serviço nº 4495597.”
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE decidiu por não solicitar, no presente ciclo, Planos de Melhorias e
Providências específicos para a SE MIRANDA II. No entanto, o desempenho e as classificações
das ocorrências dessa subestação continuarão a ser monitorados por esta Superintendência.
Subestação localizada no sul do Estado do Mato Grosso e energizada antes de 2/6/2000 (Fonte:
SINDAT). Seu maior nível de tensão é 230 kV.
Diagnóstico:
Constatou-se que 8 das ocorrências classificadas como Erro de Ajuste – Cálculo se verificaram
no Autotransformador TR3 230/138 kV da subestação. Segundo informado pela ELETRONORTE
Carga
Data Deslig. Forçado Descrição do Local Causa Natureza Elétrica Int.
MW
18/12/15 16:53
17/1/16 21:37
23/1/16 14:20
TR 230 / 138 kV Proteção Erro de Ajuste -
RONDONOPOLIS 3 MT Cálculo 0,00
27/1/16 23:11
28/1/16 7:19
30/1/16 22:11
31/1/16 0:01
21/2/16 16:02
As causas dos desligamentos informadas no SIPER podem ser observadas na Figura 154.
Observa-se uma predominância de causas classificadas como Erro de Ajuste - Cálculo.
A Figura 155 mostra a distribuição das causas dos desligamentos discriminadas por equipamento
da subestação.
Figura 156 – Distribuição dos desligamentos por equipamento e por causa ao longo da janela
de análise da SE RONDONOPOLIS
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ELETRONORTE apresentasse alguns esclarecimentos
com relação à SE RONDONOPOLIS:
Ativou ajuste de bloqueio cruzado (cross blocking) por 2 e 5 Harmônicas, nas UPD1 e UPD2 do
RPAT603
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE decidiu por não solicitar, para o atual ciclo de análises, Planos de
Melhorias e Providências específicos para a SE RONDONOPOLIS. No entanto, o desempenho e
as classificações das ocorrências dessa subestação continuarão a ser monitorados por esta
Superintendência.
Subestação localizada no Oeste do estado do Pará. Está conectada na ponta do circuito radial
em 230 kV proveniente da subestação Tucuruí denominado “Tramo Oeste”.
Diagnóstico:
• 9 desligamentos do TR 2 230/138 kV, todos com cortes de cargas (4 por mau contato
fiação AC/DC; 1 por Erro de ajuste – Cálculo; 1 por Saturação de TC; 1 por
Falha/Defeito no relé de gás do comutador e 2 por causa indeterminada ou causa a
ser Determinada);
Data do Carga
Natureza
Desligamento Descrição do Local Causa Int.
Elétrica
Forçado MW
Figura 160 – Distribuição dos desligamentos por equipamento e por causa ao longo da janela
de análise da SE Rurópolis
A perturbação do dia 15/09/2015 ocorreu devido a saturação dos TC´s do lado de 13,8 kV para
uma falta em alimentador de 13,8 kV da Celpa no momento do religamento automático desse
alimentador. Foi avaliado o desempenho transitório dos referidos TC´s e verificado que eles não
são adequados para operação durante ciclos de religamento automático. O religamento
automático do alimentador de 13,8 kV foi desativado.
Os desligamentos dos dias 12 e 22/04/2016 ocorreram pela atuação acidental do relé de gás do
comutador de tapes do transformador. A equipe de manutenção realizou ensaios elétricos no
transformador, inspeção em todas as proteções intrínsecas e ensaios de isolação em todos os
cabos do painel do Trafo até a sala de comando. Observou-se do que a causa do desligamento
foi atuação indevida do relé de gás do comutador. Adicionalmente, foi realizada abertura dos
cilindros das chaves comutadoras para inspeção especializada pelo fabricante, não sendo
encontrada nenhuma anormalidade no interior das chaves comutadoras e na carga de óleo
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE decidiu por não solicitar, para o presente ciclo de análises, Planos
de Melhorias e Providências específicos para a SE Rurópolis. No entanto, o desempenho e as
classificações das ocorrências dessa subestação continuarão a ser monitorados por esta
Superintendência.
Linha de transmissão em operação comercial desde 22/12/2012 (fonte: SINDAT) com 299 km de
extensão. Possui religamento automático (R.A.) de 5s tripolar, cujo terminal líder é a SE Abunã.
Descarga
27/8/15 20:11 Sem Localização Específica Atmosférica Fase-Terra
Descarga
31/8/15 15:13 Sem Localização Específica Atmosférica Fase-Terra
Descarga
19/9/15 15:41 Sem Localização Específica Atmosférica Sem Dados
Descarga
26/10/15 15:39 Sem Localização Específica Atmosférica Fase-Terra
Descarga
28/12/15 16:22 Sem Localização Específica Atmosférica Bifásica
Descarga
28/12/15 16:31 Sem Localização Específica Atmosférica Bifásica
Descarga
6/4/16 6:46 Sem Localização Específica Atmosférica Bifásica
Diagnóstico:
Primeiramente destaca-se que a LT 230 kV ABUNA / RIO BRANCO I C2 RO/AC foi objeto de
análise de desligamentos forçados no ciclo 2014/2015. Naquela ocasião, concluiu-se, após
realização de reclassificação pela ELETRONORTE, que a principal causa de desligamentos
observada durante a janela de tempo analisada foi queimada. Constatou-se também que
inicialmente 50% das faltas foram classificadas como causa indeterminada. Com relação aos
desligamentos associados a queimadas, a SFE não solicitou um Plano de Melhoria visto que seria
criado um grupo de estudos específicos para esse tema.
Na presente análise, foram verificadas 10 ocorrências no período analisado (1º de julho de 2015
a 30 de junho de 2016), cujas causas informadas no SIPER estão apresentadas a seguir:
Constatou-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
Descarga Atmosférica (7 ocorrências, representando 70% dos desligamentos). Segundo
estabelecido no Submódulo 2.4 dos Procedimentos de Rede, o limite de desligamentos por
descargas atmosféricas para linhas de transmissão de 230kV é de 2 desligamentos por 100 km
por ano. Desse modo, o limite para a linha de transmissão sob análise é de 6 desligamentos
devidos a essa causa durante a janela de um ano analisada, o qual foi excedido em 1
desligamento.
Na Figura 267 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados. Observa-se que 50% das faltas foram do tipo Fase-Terra.
Observa-se ainda que houve um desligamento por descarga atmosférica (dia 19/9/2015 às
15h41min) para o qual a ELETRONORTE não informou o tipo de curto-circuito ocorrido (Sem
Dados).
Com relação às fases envolvidas nas perturbações, observa-se na Figura 268 que houve um
predomínio de desligamentos por descargas atmosféricas com origem na fase B. A
ELETRONORTE não informou as fases envolvidas no desligamento no dia 19/9/15 às 15h41min
provocado por Descarga Atmosférica.
Figura 165 – Fases Envolvidas e Causas dos Desligamentos da LT 230 kV ABUNA / RIO BRANCO
I C2 RO/AC
Na Figura 270 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela
ELETRONORTE no SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o
comprimento total da LT em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal
SE Abunã. Observa-se que a empresa informou a localização das faltas somente para 7 dos 10
desligamentos observados na janela de análise. Dos 3 desligamentos cujas localizações não
foram informadas, 2 foram devidos a descargas atmosféricas. Não foram identificadas no SIPER
as razões para as localizações desses desligamentos não terem sido informadas (desligamentos
de 19/9/15, 15h41min e 26/10/15, 15h39min).
Figura 167 – Localização das faltas ao longo da LT 230 kV ABUNA / RIO BRANCO I C 2 RO/AC
A ELETRONORTE informou ao ONS que, para a LT ora analisada, realizou medições de resistência
de aterramento de pé de torre e que realizou melhorias no sistema de aterramento nos locais
onde identificou divergências com relação aos valores de projeto. Adicionalmente, para os
pontos em que foram registradas as maiores incidências de faltas, a empresa informou que
alterou as distâncias entre fases.
Consta também no SGR como ‘Pendente com prazo vencido’ desde 30/9/2016 a recomendação
REC-002532/2016, cujo teor é idêntico ao da recomendação REC-002225/2015. No entanto, não
constam informações sobre as providências em andamento por parte da ELETRONORTE.
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ELETRONORTE apresentasse alguns esclarecimentos
com relação à LT 230 kV ABUNA / RIO BRANCO I C2 RO/AC:
Plano
Função Denominação Data planejada Texto item manutenção
manutenção
“19/09/15 – 15h41min
Comprimento da linha – 302,50 km
SE AN – 80,25 km
SE RB – 222,25 km
26/10/15 – 15h39min
Comprimento da linha – 302,50 km
SE AN – 51,49 km
SE RB – 251,01 km”
“REC-002225/2015
A Eletronorte informa que após a realização dos serviços informados ao ONS no sistema SGR
(18/11/2015), foram verificados os seguintes desligamentos:
“A Eletronorte identificou que a causa de não atuação do RA foi em função de erro na lógica da
função SOTF. Esta anormalidade já foi corrigida em outubro de 2015. Outros desligamentos
ocorridos após esta data obtiveram RA com sucesso.”
Figura 168 – Ordem de Serviço de manutenção da correção do erro na lógica da função SOTF”
A principal causa de desligamentos da LT 230 kV ABUNA / RIO BRANCO I C2 RO/AC foi Descargas
Atmosféricas (7 desligamentos).
15
DOC SIC nº 48534.002036/2017-00
5/10/15 15:00 Sem Localização Específica Queimada / Fogo sob a Linha Bifásica-Terra
Esquema Inadequado de
10/3/16 5:55 Proteção Proteção Fase-Terra
Esquema Inadequado de
18/3/16 7:06 Proteção Proteção Fase-Terra
Constatou-se que as causas dos desligamentos da linha de transmissão sob análise foram
variadas. No entanto, 3 ocorrências (50%) foram classificadas como ‘Esquema Inadequado de
Proteção’ ou ‘Acidental - Serviços/Testes’, causas estas que estão relacionadas a falhas de
natureza humana, seja na parametrização das proteções, seja na execução de atividades de
campo. Destaca-se ainda que as 3 ocorrências foram verificadas em um espaço de tempo de 8
dias (dias 10, 16 e 18 de março de 2016). Ademais, constatou-se que houve um outro
desligamento classificado como ‘Causa Indeterminada’, não sendo possível realizar uma análise
mais profunda desse desligamento por falta de informações mais detalhadas por parte da
empresa.
Na Figura 171 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados. Não foi possível identificar um padrão relevante para análise.
Figura 173 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 230 kV
ALTAMIRA / RUROPOLIS C 1 PA
Na Figura 174 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela
ELETRONORTE no SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o
comprimento total da LT em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal
SE Altamira. Observa-se que somente 3 desligamentos tiveram origem ao longo da LT.
Com relação à solução estrutural para a melhoria do atendimento à região do Tramo Oeste do
Pará, esta constou no lote A do leilão 001/2014, no lote B do leilão 004/2014 e no lote D do
leilão 001/2015 e consistiu na construção da LT 230 kV Xingu / Altamira / Transamazônica /
Tapajós. Nos dois primeiros certames não se verificaram proponentes interessados pelo
empreendimento. Somente no terceiro leilão houve apresentação de proposta, tendo a
empresa Isolux Ingenieria S.A. como proponente vencedor. No entanto, a decisão de
adjudicação foi revogada pela não assinatura de Contrato de Concessão devido ao não aporte
de garantia de fiel cumprimento, conforme consta no voto da Diretoria da ANEEL16, culminando
no despacho de nº 3.25617, publicado no D.O.U em 19 de dezembro de 2016. A solução constou
novamente no lote 31 do leilão 005/2016, o qual se realizou em 24/4/2017 e teve como
proponente vencedor a empresa Equatorial Energia S.A.
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ELETRONORTE apresentasse alguns esclarecimentos
com relação à LT 230 kV ALTAMIRA / RUROPOLIS C 1 PA:
• Ações tomadas pela empresa para evitar a reincidência dos problemas cujas causas
estão relacionadas a falhas de natureza humana;
16
Doc SIC nº 48575.007494/2016-00
17
Doc SIC nº 48575.007513/2016-00
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE decidiu por não solicitar, por enquanto, Planos de Melhorias e
Providências específicos para a LT 230 kV ALTAMIRA / RUROPOLIS C 1 PA., no entanto, o
desempenho e as classificações das ocorrências dessa linha de transmissão continuarão a ser
monitorados por esta Superintendência.
Linha de transmissão em operação comercial desde 30/7/2006 (fonte: SINDAT) com 190,5 km
de extensão. Possui religamento automático (R.A.) de 3s tripolar, cujo terminal líder é a SE
Peritoró.
Queimada / Fogo
10/8/15 18:31 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
10/9/15 12:55 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
11/9/15 13:19 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
11/9/15 15:00 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
28/9/15 14:36 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
13/10/15 13:36 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
16/10/15 21:20 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
14/11/15 15:33 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
26/11/15 12:13 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
26/11/15 12:13 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
30/11/15 16:36 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Queimada / Fogo
7/12/15 12:01 Sem Localização Específica sob a Linha Fase-Terra
Descarga
9/1/16 3:19 Sem Localização Específica Atmosférica Fase-Terra
Descarga
9/1/16 4:18 Sem Localização Específica Atmosférica Fase-Terra
Descarga
24/1/16 8:54 Sem Localização Específica Atmosférica Fase-Terra
Descarga
26/1/16 1:31 Sem Localização Específica Atmosférica Trifásica
Descarga
30/1/16 2:03 Sem Localização Específica Atmosférica Fase-Terra
Isolação -
4/2/16 7:28 Isolador/Cadeia Falha/Defeito Fase-Terra
Descarga
23/2/16 19:03 Sem Localização Específica Atmosférica Fase-Terra
Descarga
20/3/16 21:34 Sem Localização Específica Atmosférica Trifásica
Diagnóstico:
Na presente análise, foram verificadas 30 ocorrências no período analisado (1º de julho de 2015
a 30 de junho de 2016), cujas causas informadas no SIPER estão apresentadas a seguir:
• 13 ocorrências por queimada / Fogo sob a linha (Desempenho do R.A.: 9 Com Sucesso e
4 Sem Sucesso);
Constatou-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
queimada / Fogo sob a linha (13 ocorrências, representando 43% dos desligamentos).
Ampliando a janela de análise até novembro de 2016, constataram-se mais 11 desligamentos
provocados por queimadas.
Constatou-se ainda que a LT 230 kV COELHO NETO / PERITORO C 1 MA também foi desligada
várias vezes por Descarga Atmosférica (7 ocorrências, representando 23% dos desligamentos).
Segundo estabelecido no Submódulo 2.4 dos Procedimentos de Rede, o limite de desligamentos
por descargas atmosféricas para linhas de transmissão de 230kV é de 2 desligamentos por 100
km por ano. Desse modo, o limite para a linha de transmissão sob análise é de 4 desligamentos
devidos a essa causa durante a janela de um ano analisada, o qual foi excedido em 3
desligamentos.
Na Figura 178 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados. Observa-se um predomínio de faltas Fase-Terra.
Figura 178 – Tipos de Curtos-Circuitos e Causas dos Desligamentos da LT 230 kV COELHO NETO
/ PERITORO C 1 MA
Na Figura 179 são apresentadas as fases envolvidas nas perturbações analisadas discriminadas
pelas respectivas causas. Observa-se que todos os desligamentos provocados pelo problema no
para-raios do consumidor Schincariol, os quais foram classificados como Falha ou como Defeito,
ocorreram na fase B. Os demais foram distribuídos nas três fases, havendo, no entanto, uma
concentração de descargas atmosféricas também na fase B:
Figura 180 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 230 kV
COELHO NETO / PERITORO C 1 MA
Na Figura 181 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela
ELETRONORTE no SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o
comprimento total da LT em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal
SE Coelho Neto.
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ELETRONORTE apresentasse alguns esclarecimentos
com relação à LT 230 kV COELHO NETO / PERITORO C 1 MA:
• Ações tomadas pela empresa no sentido de mapear as áreas mais críticas relacionadas
a queimadas e buscar junto ao órgão ambiental uma flexibilização das condicionantes
nessas áreas para a realização da manutenção de faixa;
Tornar a malha de terra contínua da estrutura 311 até a estrutura 487 no Km 56, trecho com
estruturas de concreto. Esta ação está em andamento, com conclusão prevista para
outubro/2017;
Substituição de isoladores poliméricos de 153 torres por isoladores de vidro, que foram
diagnosticados com presença de anormalidades após inspeção detalhada (27% do total de
torres). Este serviço foi realizado mediante ordens de manutenção nº 4510893, 4510913,
4512714, 4515436, 4532764.”
Prognóstico:
18
Doc SIC nº 48534.002036/2017-00
Linha de transmissão em operação comercial desde 2/11/2012 (fonte: SINDAT) com 52,5 km de
extensão. Possui religamento automático (R.A.) de 5s tripolar, cujo terminal líder é a SE Lucas
do Rio Verde.
Sem Localização
6/10/15 15:17 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Sem Localização
8/12/15 5:12 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Evolução Fase-Terra /
16/2/16 10:16 Condutor Acidental - Serviços/Testes Bifásica
Diagnóstico:
Na Figura 188 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados. Observou-se um predomínio de faltas Fase-Terra.
Na Figura 189 são apresentadas as fases envolvidas nas perturbações analisadas discriminadas
pelas respectivas causas:
Na Figura 221 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela
ELETRONORTE no SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o
comprimento total da LT em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal
SE Lucas do Rio Verde. Observa-se que somente 2 desligamentos tiveram origem ao longo da
LT.
Figura 191 – Localização das faltas ao longo da LT 230 kV L.D.RIO VERDE / SORRISO C 1 MT
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ELETRONORTE apresentasse alguns esclarecimentos
com relação à LT 230 kV L.D.RIO VERDE / SORRISO C 1 MT:
“Realização de Reunião com BRF para explicar a importância dos cuidados com serviços
próximos a linhas de transmissão e o plantio de Eucaliptos próximo à faixa de servidão.”
Diante disso, a Eletronorte alterou os parâmetros listados abaixo, portanto, a partir do instante
que o relé detectar falta reversa o bloqueio se iniciará 20ms depois.
A respeito dessa ocorrência o ONS havia emitido no sistema SGR-ONS, a recomendação REC-
001495/2016, sendo que essa recomendação foi considerada atendida pelo ONS, no dia
10/06/2016.”
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE decidiu por não solicitar, por enquanto, Planos de Melhorias e
Providências específicos para a LT 230 kV L.D.RIO VERDE / SORRISO C 1 MT. No entanto, o
desempenho e as classificações das ocorrências dessa linha de transmissão continuarão a ser
monitorados por esta Superintendência.
Linha de transmissão em operação comercial desde 22/12/2012 (fonte: SINDAT) com 188 km de
extensão. Possui religamento automático (R.A.) de 5s tripolar, cujo terminal líder é a SE Porto
Velho.
Fase-Terra c/ Alta
30/7/15 14:54 Condutor Vegetação Resistência
Sem Localização
1/9/15 21:34 Específica Descarga Atmosférica Sem Dados
Sem Localização
18/9/15 15:44 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Sem Localização
19/9/15 15:41 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Sem Localização
22/10/15 14:37 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Sem Localização
30/12/15 2:53 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Sem Localização
15/4/16 14:35 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Diagnóstico:
Primeiramente destaca-se que a LT 230 kV PORTO VELHO / ABUNA C 2 RO foi objeto de análise
de desligamentos forçados no ciclo 2014/2015. Naquela ocasião, concluiu-se que a principal
classificação de desligamentos no período analisado foi causa indeterminada. Tendo em vista
que à época foi solicitado um Plano de Melhorias à ELETRONORTE para redução, em toda a
empresa, de desligamentos forçados por causa indeterminada, tema de uma das Campanhas de
Fiscalização de 2016, decidiu-se à época por não solicitar um plano específico para tratar esse
mesmo problema na LT 230 kV PORTO VELHO / ABUNA C 2 RO.
Na presente análise foram verificadas 9 ocorrências no período analisado (1º de julho de 2015
a 30 de junho de 2016), cujas causas informadas no SIPER estão apresentadas a seguir:
Constatou-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
Descarga Atmosférica (6 ocorrências, representando 67% dos desligamentos). Segundo
estabelecido no Submódulo 2.4 dos Procedimentos de Rede, o limite de desligamentos por
descargas atmosféricas para linhas de transmissão de 230kV é de 2 desligamentos por 100 km
por ano. Desse modo, o limite para a linha de transmissão sob análise é de 4 desligamentos
devidos a essa causa durante a janela de um ano analisada, o qual foi excedido em 2
desligamentos.
Na Figura 276 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados. Observa-se que 67% das faltas foram do tipo Fase-Terra.
Observa-se ainda que houve um desligamento por descarga atmosférica (dia 1/9/2015 às
21h34min) para o qual a ELETRONORTE não informou o tipo de curto-circuito ocorrido (Sem
Dados).
Figura 195 – Tipos de Curtos-Circuitos e Causas dos Desligamentos da LT 230 kV PORTO VELHO
/ ABUNA C 2 RO
Com relação às fases envolvidas nas perturbações, observa-se na Figura 277 que houve um
predomínio de desligamentos com origem na fase C. A ELETRONORTE não informou as fases
Figura 196 – Fases Envolvidas e Causas dos Desligamentos da LT 230 kV PORTO VELHO /
ABUNA C 2 RO
Figura 197 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 230 kV
PORTO VELHO / ABUNA C 2 RO
Na Figura 279 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela
ELETRONORTE no SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o
comprimento total da LT em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal
SE Porto Velho. Observa-se que a empresa informou a localização das faltas somente para 4 dos
9 desligamentos observados na janela de análise.
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ELETRONORTE apresentasse alguns esclarecimentos
com relação à LT 230 kV PORTO VELHO / ABUNA C 2 RO:
Para a medição da resistência de aterramento prevista para agosto de 2017 a OS será emitida
em data mais próxima para se evitar reprogramações.
“16/07/2015 – 15h17min
Falta de Alta Impedância. Atuação do 67NT. 87L Bloqueado. Sem localização de falta
pela função 87L e do 21. Problema de comunicação, foi substituído o conversor de 64
KB/PDH por um de 2 MB/SDH. Não foi possível determinar a localização da falta devido
à característica de alta impedância do curto-circuito.
30/07/2015 – 14h54min
Falta de Alta Impedância. Atuação do 67NT. 87L bloqueado. Sem localização de falta
pela função 87L e do 21. Problema de comunicação, foi substituído o conversor de 64
KB/PDH por um de 2 MB/SDHNão foi possível determinar a localização da falta devido à
característica de alta impedância do curto-circuito.
01/09/2015 – 21h34min
Atuação do 67NI. 87L bloqueado. Sem localização de falta pela função 87L e do 21. Não
foi possível determinar a localização da falta devido a falta de informação de corrente.
Medição em apenas um terminal por falha de comunicação da função 87L.
22/10/2015 – 14h37min
Falta de Alta Impedância. Atuação do 67NT. 87L Bloqueado. Sem localização de falta
pela função 87L e do 21. Não foi possível determinar a localização da falta devido à
característica de alta impedância do curto-circuito.”
• Fases envolvidas nos desligamentos dos dias 1/9/2015 e 19/9/15, ambos provocados
por Descarga Atmosférica;
19
DOC SIC nº 48534.002036/2017-00
20
DOC SIC nº 48534.002889/2017-00
21
DOC SIC nº 48534.002034/2017-00
Linha de transmissão em operação comercial desde 08/12/2002 (fonte: SINDAT) com 105 km de
extensão. Possui religamento automático (R.A.) de 2s tripolar, cujo terminal líder é a SE Miranda
II.
Sem Localização
19/8/15 13:16 Específica Queimada / Fogo sob a Linha Fase-Terra
Sem Localização
19/8/15 14:02 Específica Queimada / Fogo sob a Linha Fase-Terra
Sem Localização
19/8/15 14:02 Específica Queimada / Fogo sob a Linha Fase-Terra
Poluição / Contaminação
7/10/15 2:42 Isolador/Cadeia Ambiental Fase-Terra
Poluição / Contaminação
7/10/15 3:21 Isolador/Cadeia Ambiental Fase-Terra
Poluição / Contaminação
7/10/15 3:43 Isolador/Cadeia Ambiental Fase-Terra
Poluição / Contaminação
7/10/15 4:22 Isolador/Cadeia Ambiental Fase-Terra
Poluição / Contaminação
7/10/15 5:28 Isolador/Cadeia Ambiental Fase-Terra
Poluição / Contaminação
7/10/15 6:01 Isolador/Cadeia Ambiental Fase-Terra
Sem Localização
9/12/15 13:29 Específica Queimada / Fogo sob a Linha Fase-Terra
Sem Localização
2/4/16 5:48 Específica Descarga Atmosférica Bifásica-Terra
Diagnóstico:
Constatou-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
Poluição / Contaminação Ambiental (6 ocorrências, representando 46% dos desligamentos),
seguido por queimada / Fogo sob a Linha (4 ocorrências, representando 31% dos
Com relação aos desligamentos provocados por queimada / Fogo sob a Linha, 3 dos 4 eventos
foram verificados no mesmo dia, 19/8/2015, entre 13h16min e 14h2min.
Na Figura 205 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados. Observa-se um predomínio de faltas Fase-Terra.
Na Figura 206 são apresentadas as fases envolvidas nas perturbações analisadas discriminadas
pelas respectivas causas.
Figura 206 – Fases Envolvidas e Causas dos Desligamentos da LT 230 kV SAO LUIS II / MIRANDA
II C 1 MA
Na Figura 208 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela
ELETRONORTE no SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o
comprimento total da LT em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal
SE Miranda II.
Figura 208 – Localização das faltas ao longo da LT 230 kV SAO LUIS II / MIRANDA II C 1 MA
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ELETRONORTE apresentasse alguns esclarecimentos
com relação à LT 230 kV SAO LUIS II / MIRANDA II C 1 MA:
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE decidiu por não solicitar, por enquanto, Planos de Melhorias e
Providências específicos para a LT 230 kV SAO LUIS II / MIRANDA II C 1 MA. No entanto, o
desempenho e as classificações das ocorrências dessa linha de transmissão continuarão a ser
monitorados por esta Superintendência.
Linha de transmissão em operação comercial desde 17/9/2006 (fonte: SINDAT) com 120 km de
extensão. Possui religamento automático (R.A.) de 2s tripolar, cujo terminal líder é a SE Coelho
Neto.
16/9/15 18:30 Sem Localização Específica Queimada / Fogo sob a Linha Bifásica
16/9/15 18:32 Sem Localização Específica Queimada / Fogo sob a Linha Bifásica
16/9/15 18:32 Sem Localização Específica Queimada / Fogo sob a Linha Bifásica
17/10/15 13:48 Sem Localização Específica Queimada / Fogo sob a Linha Fase-Terra
6/11/15 14:32 Sem Localização Específica Queimada / Fogo sob a Linha Fase-Terra
Fase-Terra c/ Alta
2/12/15 14:29 Sem Localização Específica Indeterminada Resistência
Fase-Terra c/ Alta
14/4/16 7:53 Condutor Vegetação Resistência
Fase-Terra c/ Alta
18/4/16 15:11 Condutor Vegetação Resistência
Fase-Terra c/ Alta
28/5/16 13:19 Condutor Vegetação Resistência
Diagnóstico:
• 6 ocorrências por queimada / Fogo sob a linha (Desempenho do R.A.: 4 Com Sucesso, 1
Bloqueado e 1 Não Informado);
• 4 ocorrências classificadas como Vegetação (Desempenho do R.A.: 1 Sem Sucesso e 3
Bloqueado);
• 3 ocorrências por Descarga Atmosférica (Desempenho do R.A.: 2 Com Sucesso e 1 Sem
Sucesso);
• 3 ocorrências por Causa Indeterminada ou por Causa a ser determinada (Desempenho
do R.A.: 1 Com Sucesso, 1 Sem Sucesso e 1 Bloqueado).
Constatou-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
queimada / Fogo sob a linha (6 ocorrências, representando 38% dos desligamentos), seguido
Constatou-se ainda que 3 desligamentos (19% do total) foram classificados pela ELETRONORTE
como Causa Indeterminada ou Causa a ser determinada.
Uma questão a ser destacada é a baixa qualidade das informações prestadas pela ELETRONORTE
ao ONS no SIPER. Além de terem sido constatados 3 desligamentos cujas causas não foram
informadas, a empresa também não prestou informações acerca do comportamento do
Religamento Automático para 1 desligamento (dia 17/10/2015 às 13h48min). Ademais, as
informações referentes às localizações das faltas também apresentaram várias inconsistências.
Para 4 desligamentos as localizações não foram informadas (dias 17/10/2015, 6/11/2015,
2/12/2015 e 18/4/2016) e para 5 desligamentos as localizações foram informadas em distâncias
muito superiores ao comprimento total da LT, que é de 120 km (dia 1/4/2016 às 11h28/min:
183 km, dia 1/4/2016 às 12h29min: 133 km, 14/4/2016: 152 km, 16/4/2016 às 8h23min: 143
km, 28/5/2016: 188 km).
Figura 210 – Causas dos desligamentos da LT 230 kV TERESINA / COELHO NETO C 1 PI/MA
Na Figura 212 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados. Observa-se um predomínio de faltas Fase-Terra.
Na Figura 213 são apresentadas as fases envolvidas nas perturbações analisadas discriminadas
pelas respectivas causas. Observa-se o envolvimento principalmente das fases A e B.
Figura 214 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 230 kV
TERESINA / COELHO NETO C 1 PI/MA
Na Figura 215 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela
ELETRONORTE no SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o
comprimento total da LT em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal
SE Coelho Neto. Observa-se que a empresa somente informou coerentemente a localização de
7 desligamentos (44% do total).
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ELETRONORTE apresentasse alguns esclarecimentos
com relação à LT 230 kV TERESINA / COELHO NETO C 1 PI/MA:
RELATÓRIO 2
DATA -25/04/2017.
Constatou-se que no vão da torre 147 houve avanço no crescimento das arvores área de APP
conforme foto.
Feito corte nas arvores do vão da torre 147.Área de APP nesta área foram cortados 8 pés de
buritis, todos do lado direito da foto e duas arvores do lado esquerdo brejo, tivemos que cortar
os pés de buriti com as abelhas me atacando, pois era as que tinha maior risco de desligamento,
para chegar nesta área cortei 8 arvores caída na estrada de acesso demorei muito ao chegar
nesta área de APP.
Torre 149.
Neste vão não foi possível fazer este acompanhamento, pois tínhamos umas prioridades em
fazer corte de buritis nos vãos das torres 147 e 222 mais o tempo foi insuficiente e sem contar
com os contratempos.
Constatou-se que no vão da torre 222 houve avanço no crescimento das arvores (buritis) brejo
conforme foto.
Nesta área só foram cortados 5 pés de buritis pois tem muita água mas o problema foi que por
duas vezes o eletricista caiu dentro d’água com o moto serra, e ficou impossibilitando o mesmo
de funcionar, nesta área deve ser cortado mais de quinze pés pois estão no mesmo alinhamento
e a medida em que você entra no local e que vai se observando o número maior que tem que ser
cortados.
No vão da torre 222 precisamos fazer um corte seletivo em toda área de APP. Área com risco de
desligamento da linha.
Veja fotos.
Torre 232.
Neste vão não foi possível fazer este acompanhamento, pois tínhamos umas prioridades em
fazer corte de buritis nos vãos das torres 147, 222 o tempo foi insuficiente e sem contar com os
contratempos
Torre 263.
Prognóstico:
22
DOC SIC nº 48534.002036/2017-00
23
DOC SIC nº 48534.002889/2017-00
24
DOC SIC nº 48534.002034/2017-00
Linha de transmissão em operação comercial desde 6/6/1998 (fonte: SINDAT) com 325 km de
extensão. Em 13/10/2014 foi conectado um TAP na linha para a conexão provisória da SE Xingu
através do autotransformador 9AT01 500/230 kV, obra autorizada pela Resolução Autorizativa
nº 4.472, de 17/12/2013. Não possui religamento automático (R.A.).
Na presente análise foram verificadas 5 ocorrências no período analisado (1º de julho de 2015
a 30 de junho de 2016), cujas causas informadas no SIPER estão apresentadas a seguir:
Na Figura 219 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados. Não foi possível identificar um padrão relevante para análise.
Figura 220 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 230 kV
TUCURUI / ALTAMIRA C 1 PA
Na Figura 221 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela
ELETRONORTE no SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o
comprimento total da LT em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal
SE Tucuruí. Observa-se que somente 2 desligamentos tiveram origem ao longo da LT.
Com relação à solução estrutural para a melhoria do atendimento à região do Tramo Oeste do
Pará, esta constou no lote A do leilão 001/2014, no lote B do leilão 004/2014 e no lote D do
leilão 001/2015 e consistiu na construção da LT 230 kV Xingu / Altamira / Transamazônica /
Tapajós. Nos dois primeiros certames não se verificaram proponentes interessados pelo
empreendimento. Somente no terceiro leilão houve apresentação de proposta, tendo a
empresa Isolux Ingenieria S.A. como proponente vencedor. No entanto, a decisão de
adjudicação foi revogada pela não assinatura de Contrato de Concessão devido ao não aporte
de garantia de fiel cumprimento, conforme consta no voto da Diretoria da ANEEL25, culminando
no despacho de nº 3.25626, publicado no D.O.U em 19 de dezembro de 2016. A solução constou
novamente no lote 31 do leilão 005/2016, o qual se realizou em 24/4/2017 e teve como
proponente vencedor a empresa Equatorial Energia S.A.
Destaca-se que a solução provisória instalada por meio da Resolução Autorizativa nº 4.472/2013
(conexão da SE Xingu à LT 230 kV TUCURUI / ALTAMIRA C 1 por meio de TAP) somente será
desconectada após a entrada em operação da solução estrutural da região.
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ELETRONORTE apresentasse alguns esclarecimentos
com relação à LT 230 kV TUCURUI / ALTAMIRA C 1 PA:
25
Doc SIC nº 48575.007494/2016-00
26
Doc SIC nº 48575.007513/2016-00
O desligamento do dia 03/11/2015 foi provocado pelo tempo elevado necessário para envio do
sinal de teleproteção de bloqueio para os terminais remotos durante a ocorrência de faltas
externas. O tempo de espera do sinal de bloqueio nos três terminais da LT foi inicialmente
ajustado em 35 milissegundos, valor típico ajustado em LTs que adotam o esquema de
teleproteção de bloqueio. Na perturbação do dia 03/11/2015 foram verificados tempos
superiores ao ajustado em virtude da configuração dos enlaces de teleproteção. O sinal enviado
de Xingu para Altamira necessita ser primeiramente enviado para a SE Tucuruí e os
equipamentos de Tucuruí repetem este sinal para a SE Altamira. Os tempos de espera foram
alterados de 35 para 56 milissegundos nos três terminais não havendo mais reincidência desse
tipo de ocorrência.”
“Causa Externa
A Eletronorte informa que a causa do desligamento verificado no dia 2/3/2016, às 8h18min, foi
de origem externa. Destaca-se que esta perturbação foi analisada pelo RAP ONS RE 3/0040/2016
- ANÁLISE DA PERTURBAÇÃO DO DIA 02/03/2016 ÀS 08H15MIN COM ORIGEM NA UHE TUCURUÍ
E ENVOLVENDO OS ESTADOS DO PARÁ, AMAZONAS E AMAPÁ. Nas conclusões do citado relatório
verificou-se que:
As causas do desligamento das cargas do Tramo Oeste nesta perturbação estão relacionadas ao
comportamento incorreto das proteções da LT 230 kV Altamira – Xingu Tucuruí, que desligaram
a LT para uma falta externa na Barra de 500 kV da SE Tucuruí. Houve interrupção no sinal de
Bloqueio do esquema de teleproteção enviado do terminal de Xingu para o terminal de Altamira,
cerca de 390 ms após o início da segunda falha na Barra de 500 kV da SE Tucuruí, por causas
ainda não esclarecidas.
Deste modo, foi emitida a recomendação REC-001743/2016, cadastrada no sistema SGR, para o
agente XINGU TRANSMISSORA DE ENERGIA:
Investigar e informar ao ONS as causas da interrupção do sinal de Bloqueio que estava sendo
enviado pelo terminal de Xingu da LT 230 kV Altamira – Xingu - Tucuruí para o terminal de
Foi analisada a ocorrência em conjunto com o fabricante do relé e o responsável do projeto e foi
constatado que a lógica de bloqueio estava com dependência do alcance reverso apenas na
função de distância, quando deveria, também, depender da função de sobrecorrente.
Testes nas cadeias de proteção do terminal de Xingu, com as oscilografias geradas na ocorrência
de 02/03/2016. Os testes foram realizados com intervenção cadastrada no SGI, com o número
46925-16, de novembro de 2016.”
Ressalta-se que a Eletronorte encaminhou no dia 30/01/2015, dentro do prazo previsto pelo
sistema SGR, os esclarecimentos solicitados. Entretanto, o ONS somente analisou e concordou
com os esclarecimentos prestados, no dia 30/10/2015.
A Eletronorte informa que houve atuação da proteção 67N apenas no terminal de Altamira, em
razão da proximidade da SE Altamira com o local do defeito,
durante a condição de desequilíbrio de corrente na falha do mecanismo de comutação de TAP
na SE Xingu. Informa também que foi correta a atuação da
proteção 67N, na SE Altamira, uma vez que a corrente de neutro atingiu o valor de 127 A, acima
do ajustado (80A) para a atuação da proteção 67N. O terminal
de Tucuruí foi desligado pela recepção de TDD, oriundo do terminal Altamira.”
Com base no exposto, a SFE decidiu por não solicitar, por enquanto, Planos de Melhorias e
Providências específicos para a LT 230 kV TUCURUI / ALTAMIRA C 1 PA. No entanto, o
desempenho e as classificações das ocorrências dessa linha de transmissão continuarão a ser
monitorados por esta Superintendência.
Linha de transmissão em operação comercial desde 2/3/1999 (fonte: SINDAT) com 343 km de
extensão. Possui religamento automático (R.A.) de 5s tripolar, cujo terminal líder é a SE
Imperatriz.
Sem Localização
5/9/15 14:35 Específica Queimada / Fogo sob a Linha Fase-Terra
Sem Localização
18/9/15 15:20 Específica Queimada / Fogo sob a Linha Bifásica
Sem Localização
19/9/15 18:14 Específica Queimada / Fogo sob a Linha Fase-Terra
Sem Localização
15/10/15 20:46 Específica Queimada / Fogo sob a Linha Fase-Terra
Sem Localização
30/10/15 17:46 Específica Descarga Atmosférica Bifásica
Sem Localização
30/10/15 17:46 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Sem Localização
22/12/15 23:06 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Sem Localização
8/1/16 0:10 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Sem Localização
13/2/16 16:57 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Sem Localização
14/2/16 4:37 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Sem Localização
20/3/16 18:14 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Sem Localização
15/5/16 5:03 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Diagnóstico:
Constatou-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
Descargas Atmosféricas (9 ocorrências, representando 60% dos desligamentos). Segundo
estabelecido no Submódulo 2.4 dos Procedimentos de Rede, o limite de desligamentos por
descargas atmosféricas para linhas de transmissão com nível de tensão igual ou superior a 345kV
Na Figura 224 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados. Observa-se que todos foram classificados como Fase-Terra.
Na Figura 225 são apresentadas as fases envolvidas nas perturbações analisadas discriminadas
pelas respectivas causas.
Figura 226 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 500 kV
IMPERATRIZ / COLINAS C 1 MA/TO
Na Figura 227 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela
ELETRONORTE no SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o
comprimento total da LT em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal
SE Imperatriz.
A ELETRONORTE informou ao ONS que, para a LT ora analisada, realizou campanha de medição
das resistências de pé de torre de 100% das estruturas (total de 821 torres) e elaborou projeto
básico para realização de melhorias na geometria de aterramento das torres da linha de
transmissão. No entanto, o ONS informou que a recomendação somente seria considerada
como atendida quando a ELETRONORTE concluísse os serviços referentes às LTs 500 kV COLINAS
/ MIRACEMA C 1 TO e IMPERATRIZ / COLINAS C 1 MA/TO, serviços estes dos quais não constam
no SIPER evidências de conclusão.
Consta também no SGR como ‘Pendente com prazo vencido’ desde 30/9/2016 a recomendação
REC-002532/2016, cujo teor é idêntico ao da recomendação REC-002225/2015. No entanto, não
constam informações sobre as providências em andamento por parte da ELETRONORTE.
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ELETRONORTE apresentasse alguns esclarecimentos
com relação à LT 500 kV IMPERATRIZ / COLINAS C 1 MA/TO:
Ainda não existe ordem lançada no SAP, pois o serviço só começará em junho 2017.”
“Ata de Registro de preço para ciclo 2016/ 2017. Realizado contrato N. 4400001160,
4400001142 para fins de supressão de vegetação em 2016.
• Ações tomadas pela empresa no sentido de mapear as áreas mais críticas relacionadas
a queimadas e buscar junto ao órgão ambiental uma flexibilização das condicionantes
nessas áreas para a realização da manutenção de faixa;
São utilizados cartazes na Campanha, cartilhas infantil e adulto, spot de rádio de 60’, camisetas
e bonés para nossas equipes de linha e população.
Figura 230 – Campanha em escolas e Junto aos proprietários ao longo da Linha de Transmissão
Destaca-se que as ações tomadas foram acompanhadas no sistema SGR-ONS, por meio da
recomendação REC-002966/2015, sendo o pedido de baixa da mesma atendida pelo ONS no dia
10/12/2015.”
“REC-002532/2016
- Realizou a troca de isoladores com suspeita de avarias, nos trechos em que ocorreram maior
incidência de desligamentos. Especificamente para as LTs 230 kV Coelho Neto / Peritoró C1 e LT
230 kV Teresina / Coelho C1 foi realizada a troca de isoladores poliméricos que estavam com
final de vida útil;
O ONS prorrogou o prazo de atendimento da recomendação para que o agente informe sobre a
conclusão dos serviços referentes às LTs 500 kV COLINAS / MIRACEMA C 1 TO e IMPERATRIZ /
COLINAS C 1 MA/TO
Comentários do ONS:
Prognóstico:
27
DOC SIC nº 48534.002036/2017-00
Linha de transmissão em operação comercial desde 28/11/2010 (fonte: SINDAT) com 106,8 km
de extensão. Possui religamento automático (R.A.) de 2,5s tripolar, cujo terminal líder é a SE
Miranda II.
Isolação -
18/10/15 6:59 Isolador/Cadeia Falha/Defeito Fase-Terra
Isolação -
26/10/15 5:42 Isolador/Cadeia Falha/Defeito Fase-Terra
Isolação -
26/10/15 6:11 Isolador/Cadeia Falha/Defeito Fase-Terra
Isolação -
26/10/15 6:15 Isolador/Cadeia Falha/Defeito Fase-Terra
Isolação -
26/10/15 6:38 Isolador/Cadeia Falha/Defeito Fase-Terra
Sem Localização
1/1/16 1:01 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Sem Localização
9/1/16 6:21 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Sem Localização
9/1/16 8:00 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Acidental -
1/3/16 9:35 Isolador/Cadeia Serviços/Testes Fase-Terra
Diagnóstico:
Constatou-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
Isolação - Falha/Defeito (6 ocorrências, representando 60% dos desligamentos), seguido por
Descarga Atmosférica (3 ocorrências, representando 30% dos desligamentos).
Com relação aos desligamentos provocados por Descargas Atmosféricas, segundo estabelecido
no Submódulo 2.4 dos Procedimentos de Rede, o limite de desligamentos por descargas
atmosféricas para linhas de transmissão com nível de tensão igual ou superior a 345kV é de 1
desligamento por 100 km por ano. Desse modo, o limite para a linha de transmissão sob análise
é de 2 desligamentos devidos a essa causa durante a janela de um ano analisada, o qual foi
excedido em 1 desligamento.
Na Figura 235 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados. Observa-se que todos foram classificados como Fase-Terra.
Na Figura 236 são apresentadas as fases envolvidas nas perturbações analisadas discriminadas
pelas respectivas causas.
Figura 237 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 500 kV
MIRANDA II / SAO LUIS II C 2 MA
Na Figura 238 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela
ELETRONORTE no SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o
comprimento total da LT em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal
SE Miranda II.
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ELETRONORTE apresentasse alguns esclarecimentos
com relação à LT 500 kV MIRANDA II / SAO LUIS II C 2 MA:
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE decidiu por não solicitar, por enquanto, Planos de Melhorias e
Providências específicos para a LT 500 kV MIRANDA II / SAO LUIS II C 2 MA. No entanto, o
desempenho e as classificações das ocorrências dessa linha de transmissão continuarão a ser
monitorados por esta Superintendência.
Diagnóstico:
Constatou-se que a principal causa das ocorrências foi Descarga Atmosférica (9 ocorrências,
representando 69% dos desligamentos). Segundo estabelecido no Submódulo 2.4 dos
Procedimentos de Rede, o limite de desligamentos por descargas atmosféricas para linhas de
transmissão com nível de tensão igual ou superior a 345kV é de 1 desligamento por 100 km por
ano. Desse modo, o limite para a linha de transmissão sob análise é de 2 desligamentos devidos
a essa causa durante a janela de um ano analisada, o qual foi excedido em 7 desligamentos.
Na Figura 244 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados. Observa-se que quase todos foram classificados como Fase-
Terra.
Na Figura 245 são apresentadas as fases envolvidas nas perturbações analisadas discriminadas
pelas respectivas causas. Observa-se a predominância das fases A e B.
Na Figura 247 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela
ELETRONORTE no SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o
comprimento total da LT em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal
SE Miranda II.
Figura 247 – Localização das faltas por porcentagem da LT 500 kV COLINAS / MIRACEMA C1 TO
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ELETRONORTE apresentasse alguns esclarecimentos
com relação à LT 500 kV COLINAS / MIRACEMA C1 TO:
Prognóstico:
28
DOC SIC nº 48534.002036/2017-00
SE ITACAIÚNAS
Diagnóstico:
29
Registro de reunião DOC SIC nº 48534.002947/2016-00
Quanto aos desligamentos verificados nos dias 20/1/2016 e 30/3/2016 nos transformadores
500/230 kV TR 3 e TR 1, respectivamente, a ATE III apresentou informações bastante sucintas
no SIPER, não informando as ações tomadas para correção dos problemas nem para se evitarem
reincidências.
Os locais das falhas informados no SIPER podem ser observados na Figura 252. Observa-se uma
predominância de falhas nos sistemas de proteção.
A Figura 106 mostra a distribuição das causas dos desligamentos discriminadas por equipamento
da subestação.
Figura 254 – Distribuição dos desligamentos por equipamento e por causa ao longo da janela
de análise da SE ITACAIÚNAS
Esclarecimentos:
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ATE III apresentasse as seguintes informações com
relação à SE ITACAIÚNAS:
A TAESA realizou o reset da placa PS932, pois de acordo com informações do fornecedor esta
placa é suscetível à falha quando da perda corrente continua, como ocorrido horas antes na
perturbação das 10h13min.
A falha da placa PS932, ocasionando a perda de sinal das correntes que vem do centelhador,
tendo como consequência a atuação acidental do sistema de proteção do banco de capacitores.
Sendo assim, as ações da TAESA corrigir o que ocasionou a perda da alimentação da corrente
continua e se resumem a:
✓ Troca de todos os cartões DI que queimaram (SGI 21.844-16) quando da mistura do AC
com DC na manobra do mini-disjutnor do ATR1. Ressalta-se que a queima destas placas
Sobre a ocorrência do dia 20/1/2016 a TAESA informa que foi constatado em inspeção que havia
erro na indicação de temperatura do monitor de temperatura (TM) instalado na fase C, sendo
este substituído no dia 15/02/2016 – (ASS IN-079-16, sem SGI associado).
Para a ocorrência do dia 20/03/2016 a TAESA informa que no mesmo dia foi remanejada a carga
de serviço auxiliar do ATR1 para o ATR2 da SE Itacaiúnas e no dia 27/12/2016 foi substituído o
disjuntor falhado por um de maior nível de isolamento – AS IN-3027-16 (sem SGI associado), por
suspeita de que tenha sido a origem da falha.
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE decidiu por não solicitar, por enquanto, Planos de Melhorias e
Providências específicos para a SE ITACAIÚNAS. No entanto, o desempenho e as classificações
das ocorrências dessa linha de transmissão continuarão a ser monitorados por esta
Superintendência.
Linha de transmissão em operação comercial desde 23/5/2008 (fonte: SINDAT) com 304 km de
extensão. Possui religamento automático (R.A.) de 5s tripolar, cujo terminal líder é a SE Colinas.
Sem Localização
14/12/15 15:28 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Sem Localização
18/3/16 20:42 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Sem Natureza
20/5/16 10:13 Proteção Mistura AC com DC Elétrica
Transformador de
26/6/16 1:12 Corrente Explosão Fase-Terra
Diagnóstico:
• 5 ocorrências por queimada / Fogo sob a Linha (Desempenho do R.A.: Todos Com
Sucesso). Nenhum desligamento provocou corte de carga;
• 2 ocorrências por Descarga Atmosférica (Desempenho do R.A.: 1 Com Sucesso e 1 Não
Informado). Nenhum desligamento provocou corte de carga;
• 1 ocorrência por Mistura AC com DC (Desempenho do R.A.: Bloqueado). Houve o corte
de 408 MW de carga;
• 1 ocorrência por Baixa isolação fiação AC/DC (Desempenho do R.A.: Bloqueado). Não
houve corte de carga;
• 1 ocorrência por Explosão de TC (Desempenho do R.A.: Bloqueado). Não houve corte de
carga.
Constatou-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
queimada (5 ocorrências, representando 50% dos desligamentos). Entretanto, constatou-se que
Com relação à ocorrência provocada por Mistura AC com DC (dia 20/5/2016 às 10h13min), a
qual ocasionou corte de 408 MW de carga, constatou-se no RAP ONS RE 3/0075/2016 que a LT
500 kV Itacaiúnas – Colinas foi desligada no terminal Itacaiúnas devido à atuação acidental da
proteção do banco de capacitores série a ela associado provocada pela perda de alimentação
em corrente contínua em todo o setor 500 kV da subestação. Esse problema foi originado
durante a mistura de alimentação AC e DC provocada pela existência de uma ligação indevida
em um mini disjuntor que foi manobrado durante uma intervenção que estava sendo realizada
na SE Itacaiúnas (SGI 10685/16: Primeira manutenção preventiva de 6 anos do DJ 230 kV INDJ6-
01). Não ficaram esclarecidas no RAP as ações tomadas pela ATE III no sentido de se evitarem
reincidências de atuações acidentais do banco de capacitores série da LT 500 kV Itacaiúnas –
Colinas.
Quanto aos desligamentos provocados por Baixa isolação fiação AC/DC e por Explosão de TC, a
empresa não informou no SIPER quais medidas foram tomadas para a correção dos problemas
tampouco as providências tomadas para se evitarem reincidências dos problemas. Ademais,
constatou-se que a ATE III não prestou informações a respeito do R.A. durante o desligamento
do dia 18/3/2016 provocado por Descarga Atmosférica.
Com relação a empreendimentos em construção na região com afetação direta à LT sob análise,
consta no SIGET a construção do circuito 2 da LT 500 kV ITACAIUNAS / COLINAS. Tal
empreendimento é objeto do Contrato de Concessão 012/2013 outorgado à concessionária
Itacaiúnas. A data prevista para entrada em operação comercial informada pela empresa é
30/5/2018.
Na Figura 117 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados.
Com relação às fases envolvidas nas perturbações, observa-se na Figura 118 que houve uma
distribuição praticamente equilibrada dos desligamentos entre as 3 fases.
Figura 260 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 500 kV
ITACAIUNAS / COLINAS C 1 PA/TO
Na Figura 120 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela AETE no
SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o comprimento total da LT
em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal SE Itacaiúnas.
Esclarecimentos:
Na documentação apresentada pela TAESA após a reunião presencial realizada na SFE no dia
12/4/2017, a empresa informou que reclassificou no SIPER uma das ocorrências classificadas
inicialmente como queimada / Fogo sob a Linha para Causa Indeterminada.
Com base no exposto, a SFE solicitou que a ATE III apresentasse as seguintes informações com
relação à LT 500 kV ITACAIUNAS / COLINAS C 1 PA/TO:
A LT 500 kV Itacaiúnas – Colinas C1 é uma linha de transmissão que possui como torre típica o
modelo Crossrope, com silhueta compacta com distância de 5 metros entre fases. Esta
característica construtiva resulta em uma maior vulnerabilidade à falhas no que tange a perda
de isolação entre fases.
Cabe ressaltar que entre os dias 7/9/15 e 5/11/15, registramos 1000 focos de incêndio, e como
consequência, o registro de 4 desligamentos por incêndio no mesmo dia, sendo 2 incêndios
registrados no mesmo local. Esta relação demonstra a baixa vulnerabilidade, apesar do número
de ocorrências de incêndio.
• Ações tomadas pela empresa no sentido de mapear as áreas mais críticas relacionadas
a queimadas e buscar junto ao órgão ambiental uma flexibilização das condicionantes
nessas áreas para a realização da manutenção de faixa;
A TAESA, em conjunto com outros agentes e órgãos públicos, está desenvolvendo em seu P&D
044, entre outros produtos, modelagens computacionais que terão o objetivo de classificar,
através de um plugin para sistema de informações geográficas, as áreas críticas das linhas de
transmissão com enfoque no risco de falha por incêndio.
Este produto, caso seja concluído com êxito, trará ao setor elétrico um modelo de aplicação para
o mapeamento de áreas críticas que poderá ser utilizado por órgãos ambientais, pelos agentes
e operador como uma referência de avaliação.
Sobre a ocorrência do dia 25/5/2016 às 17h52min (Baixa isolação fiação AC/DC) a TAESA informa
que no dia 29/05/2016, após verificações e pesquisas nos relés auxiliares das proteções
intrínsecas do reator de linha INRE7-02 localizados no painel comum do reator INRE7-02, foram
constatados danos em 3 relés que causaram a baixa isolação do circuito, sendo estes substituídos
(SGI 22.649-16). Ressalta-se a ocorrência em questão foi a única na TAESA devido baixa isolação
dos relés auxiliares do modelo em questão.
Sobre a ocorrência do dia 26/6/2016 à 1h12min (Explosão) a TAESA informa que foi realizada a
substituição do transformador de corrente avariado por um reserva (SGI 17.233-16). Além disso,
foi montado um grupo de estudos com a participação do fabricante e de diversos agentes do
setor que tiveram o mesmo problema com este modelo de TC, incluindo a TAESA, a fim de
investigar as falhas e prover meios preventivos de monitoramento dos TCs deste modelo em
operação. A investigação segue em andamento.
O R.A. foi satisfatório, sendo que esta informação já consta no sistema do ONS (SIPER).
Prognóstico:
Com base no exposto, a SFE decidiu por não solicitar, por enquanto, Planos de Melhorias e
Providências específicos para a LT 500 kV ITACAIUNAS / COLINAS C 1 PA/TO. No entanto, o
desempenho e as classificações das ocorrências dessa linha de transmissão continuarão a ser
monitorados por esta Superintendência.
Linha de transmissão em operação comercial desde 11/12/2006 (fonte: SINDAT) com 379 km de
extensão. Possui religamento automático (R.A.) de 5s tripolar, cujo terminal líder é a SE Colinas.
Diagnóstico:
• 10 ocorrências por queimada / Fogo sob a Linha (Desempenho do R.A.: 8 Com Sucesso;
2 Bloqueados). Nenhuma apresentou corte de carga.
Constatou-se que a causa de todos os desligamentos verificados no período foi queimada. Com
relação ao R.A., segundo informado no SIPER, o bloqueio verificado no desligamento do dia
16/9/2015 às 11h49min foi devido à atuação da lógica de bloqueio por falta trifásica, uma vez
que o relé interpretou a falta bifásica como evolutiva para a fase C. A empresa informou em
24/11/2015 que tomaria as providências a fim de possibilitar o religamento automático para
faltas trifásicas, mas não confirmou se de fato essa alteração foi realizada. Quanto ao R.A.
bloqueado no desligamento do dia 20/9/2015, este foi correto, haja vista ter havido um novo
desligamento dentro do tempo de guarda.
Na Figura 267 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados. Observa-se que houve uma predominância de faltas bifásicas.
Com relação às fases envolvidas nas perturbações, observa-se na Figura 268 que houve um
predomínio de envolvimento da fase C.
Figura 269 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 500 kV
COLINAS / RIB.GONCALVES C 1 TO/PI
Na Figura 270 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela empresa no
SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o comprimento total da LT
em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal SE Colinas.
Esclarecimentos:
Com base no exposto, a SFE solicitou que a TAESA apresentasse à SFE as seguintes informações
com relação à LT 500 kV COLINAS / RIB.GONCALVES C 1 TO/PI:
A LT 500 kV Colinas – Ribeiro Gonçalves C1 é uma linha de transmissão que possui como torre
típica o modelo Crossrope, com silhueta compacta com distância de 5 metros entre fases. Esta
característica construtiva resulta em uma maior vulnerabilidade à falhas no que tange a perda
de isolação entre fases. Ainda assim, o número de desligamentos.
A TAESA realiza a limpeza de faixa de servidão ao longo das linhas de transmissão, e registra as
áreas de supressão através de formulário e através de fotografias georreferenciadas.
Figura 273 – Registros de falha por incêndio ao longo da LT 500 kV Colinas – Ribeiro Gonçalves
C1
Cabe ressaltar que entre os dias 7/9/15 e 5/11/15, registramos 2868 focos de incêndio, e como
consequência, o registro de 11 desligamentos por incêndio, cabendo os seguintes destaques:
• Ações tomadas pela empresa no sentido de mapear as áreas mais críticas relacionadas
a queimadas e buscar junto ao órgão ambiental uma flexibilização das condicionantes
nessas áreas para a realização da manutenção de faixa;
A TAESA, em conjunto com outros agentes e órgãos públicos, está desenvolvendo em seu P&D
044, entre outros produtos, modelagens computacionais que terão o objetivo de classificar,
através de um plugin para sistema de informações geográficas, as áreas críticas das linhas de
transmissão com enfoque no risco de falha por incêndio.
Este produto, caso seja concluído com êxito, trará ao setor elétrico um modelo de aplicação para
o mapeamento de áreas críticas que poderá ser utilizado por órgãos ambientais, pelos agentes
e operador como uma referência de avaliação.
O referido projeto tem como linha piloto a LT 500 kV Ribeiro Gonçalves – São João do Piauí,
também da ATE II, mas poderá ser aplicado a todas as linhas de transmissão do SIN.
No dia 06/01/2016 foi realizada a intervenção para possibilitar o RA da LT para faltas trifásicas
(ASE CO-893-15 e ASE RGV-892-15).
Prognóstico:
30
DOC SIC nº 48534.002135/2017-00
Linha de transmissão em operação comercial desde 4/3/2003 (fonte: SINDAT) com 322 km de
extensão. Quanto ao religamento automático (R.A.), consta no SIPER que a LT possui R.A.
monopolar de 1s. Não consta a informação de terminal líder.
Sem Localização
4/9/15 20:38 Específica Pássaro Curicaca Fase-Terra
Sem Localização
24/9/15 16:05 Específica Indeterminada Fase-Terra
Sem Localização
25/9/15 12:41 Específica Queimada / Fogo sob a Linha Fase-Terra
Sem Localização
25/9/15 13:20 Específica Queimada / Fogo sob a Linha Fase-Terra
Sem Localização
14/11/15 13:51 Específica Indeterminada Bifásica
Sem Localização
14/11/15 16:41 Específica Indeterminada Bifásica
Sem Localização
22/11/15 15:25 Específica Indeterminada Fase-Terra
Sem Localização
24/11/15 1:23 Específica Indeterminada Fase-Terra
Sem Localização
14/2/16 19:13 Específica Descarga Atmosférica Fase-Terra
Diagnóstico:
Quanto aos desligamentos provocados por queimadas, ambos foram verificados no mesmo dia
e com uma diferença de tempo de cerca de 40 minutos entre eles.
Por fim, o desligamento classificado como Outras - Proteção, Medição, Controle foi devido à
atuação do relé Buchholz no reator de linha por acúmulo de ar em seu interior. Após a purga do
ar, a LT foi disponibilizada e o problema não voltou a ocorrer.
Figura 275 – Causas dos desligamentos da LT 500 kV RIO DAS EGUAS / B.J.LAPA II C L1 BA
Na Figura 276 são apresentadas as causas dos desligamentos classificadas em função dos tipos
de curtos-circuitos informados. Observa-se a predominância de desligamentos fase-terra.
A Figura 277 apresenta as fases envolvidas com relação às causas dos desligamentos.
Figura 277 – Fases Envolvidas e Causas dos Desligamentos da LT 500 kV RIO DAS EGUAS /
B.J.LAPA II C L1 BA
Figura 278 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 500 kV RIO
DAS EGUAS / B.J.LAPA II C L1 BA
Na Figura 279 estão mostradas as localizações das faltas que foram informadas pela
ELETRONORTE no SIPER discriminadas pelas respectivas causas, tendo como referência o
comprimento total da LT em percentuais (0 a 100% do comprimento da LT) a partir do terminal
SE Rio das Éguas.
Figura 279 – Localização das faltas ao longo da LT 500 kV RIO DAS EGUAS / B.J.LAPA II C L1 BA
Esclarecimentos:
Na documentação apresentada pela TAESA após a reunião presencial realizada na SFE no dia
12/4/2017, a empresa informou que reclassificou no SIPER os desligamentos classificados como
Causa Indeterminada, ficando a nova classificação das causas conforme apresentado a seguir:
Com base no exposto, a SFE solicitou que a TAESA apresentasse à SFE as seguintes informações
com relação à LT 500 kV RIO DAS EGUAS / B.J.LAPA II C L1 BA:
Na ocasião das ocorrências o RA monopolar não estava habilitado por determinação do ONS. O
ONS solicitou a habilitação do RA monopolar na LT em questão no dia 19/01/2016, através do
fax do ONS 0001-310-2016, sendo o mesmo implementado no dia 17/07/2016 após a liberação
do ONS para intervenção do serviço (intervenções - II BJD-164-16. PS 002/164-16 e II RDE-163-
16. PS 002/163-16).
• Quais são os procedimentos adotados pela empresa para realizar inspeções na LT após
ocorrências?
A TAESA realização a inspeção especial após a ocorrência de falha em suas instalações. A partir
da localização da falha por meio dos registradores de perturbação, a TAESA aciona suas equipes
que se deslocam para o local indicado e realizam a inspeção em um trecho de LT considerando o
local apontado como o ponto central.
Estes casos são relativamente poucos em relação ao total de confirmações realizadas durante
as inspeções especiais.
A TAESA, ao identificar estruturas críticas, seja por evidência de excrementos ou pela ocorrência
de falha, realiza a instalação de dispositivos anti-pouso nas mísulas e vigas das estruturas.
A instalação dos dispositivos tem se mostrado efetiva para a redução das ocorrências de
desligamento.
Após a reclassificação de causas realizada pela TAESA, constatou-se que a principal causa de
desligamentos da LT 500 kV RIO DAS EGUAS / B.J.LAPA II C L1 BA foi Queimadas (5
desligamentos). Destaca-se que essa LT pertence à interligação regional Sudeste/Nordeste.
31
DOC SIC nº 48534.002135/2017-00
20,0%
18,9%
15,9%
4,5%
Figura 281 – Estados com instalações analisadas (MS, MT, GO, TO, PA, RR, MA, PI e CE)
Tabela 24 – Resumo das perturbações analisadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste
Corte de
Perturbações
Carga Total Total de
Transmissão Instalação com Corte de
no Período Desligamentos
Carga
[MW]
Linha de transmissão localizada ao centro do estado de Mato Grosso à 130km da capital Cuiabá
(terminal Nobres), em operação comercial desde 15/12/2011, com 105km de extensão e
possuindo religamento automático habilitado.
Diagnóstico:
Durante a análise percebeu-se que a principal causa das ocorrências foi decorrente de Descargas
Atmosféricas (56%), sendo que em um destes casos houve corte de carga.
Figura 284 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 230 kV
NOBRES / NOVA MUTUM C 2 MT
Com relação aos desligamentos por descarga atmosférica observou-se que os meses de maior
incidência coincidem com os meses chuvosos na região.
Abaixo segue gráfico com a localização dos desligamentos ao longo da linha. Os dois
desligamentos do dia 2/9/2016 assim como o desligamento de 14/11/2015 não possuem a
localização da falta.
No dia 2/9/2017 houve dois desligamentos, um com causa indeterminada e outro provocado
por problemas na informação da fase V para a unidade de proteção relacionada e classificada
como Mau Contato da fiação AC/DC. No dia 15/10/15, conforme SGI número 37551-15, foi feito
reaperto de todas as conexões do circuito que leva informação da posição aberta/fechado do
disjuntor NBDJ6-04 e, em análise posterior à realização da intervenção, não foi identificado
desligamentos devido a este problema.
No dia 18/10/2015, foram constatadas duas perturbações com diferença de 1 minuto, sendo a
primeira classificada como provável causa a descarga atmosférica e a outra por vegetação,
sendo a localização das faltas à 50km e 59km da SE Nobres, respectivamente. Porém, na
descrição da perturbação, ambas estão classificadas como sendo causadas por descarga
atmosférica.
Durante a análise percebeu que as classificações por descarga atmosférica não foram
comprovadas e sim, são probabilidades.
A ETEM informou que possui um centro de operação localizado na cidade de Cuiabá ao qual as
equipes de O&M localizadas em suas SEs estão sempre em contato, informando condições
climáticas. Além disso, o centro de operação conta com auxílio de informações em tempo real
das condições climáticas e registros de descargas atmosféricas das regiões de sua atuação. A
ETEM informou também que possui profissionais especializados na área de proteção que fazem
analise da oscilografias.
Ainda com relação à comprovação dos desligamentos por descarga atmosférica, a ETEM
informou que a linha de transmissão se encontram em região de agricultura da soja,
descartando-se assim a possibilidade de toque de vegetação ou queimadas.
Quando a empresa foi questionada a respeito das ações para mitigar os desligamentos por
descargas atmosféricas essa informou que adquiriu recentemente equipamentos próprios para
realização de medições de aterramento, e que nos próximos meses realizará inspeções
detalhadas nas torres que se encontram em área críticas.
No decorrer da análise, foi constatado uma baixa qualidade no preenchimento das informações
no SIPER. Assim, em 24 de maio de 2017, foi emitido o Oficio Circular nº 11/2017-SFE/ANEEL
solicitando providências do agente no sentido de alcançar as melhorias desejadas.
Prognóstico:
Após reuniões com o agente percebeu-se que a maior problemática da linha sob análise foi o
desempenho desta relacionadas às causas por descarga atmosférica, 6 desligamentos no total,
já contabilizando a atualização das informações do dia 18/10/2015.
A ETEM foi proativa e na reunião de analise com o agente e a equipe de análise já apresentou
uma minuta de plano de melhoria com ações no sentido de reduzir os desligamentos por
descarga atmosférica.
Diante dos fatos, esta superintendência solicitou Plano de Melhorias e Providencias para a linha
Nobres – Nova Mutum C2 com ações que possam reduzir os desligamentos causados por
descargas atmosféricas.
Linha de transmissão localizada nos estados de Piauí e Ceará, em operação comercial desde
01/01/2006, com 334,4km de extensão e possuindo religamento automático habilitado.
Diagnóstico:
Durante a análise percebeu-se que a principal causa das ocorrências foi decorrente de
Queimada/ Fogo sob a Linha (90%), sendo que não houve corte de carga nos casos analisados.
No decorrer da análise observou-se que todas as faltas foram monofásicas (curto fase-terra) e
que as maiores incidências dos desligamentos ocorreram nas fases A e B conforme podemos
observar nos gráficos a seguir:
Com relação aos meses com maior incidência dos desligamentos, observa-se que o período de
outubro a dezembro (período de seca na região) concentrou todos os desligamentos
relacionados à queimada e que os dois desligamentos por descarga atmosférica ocorreram nos
meses de março e maio (período de chuva na região).
Com relação à localização dos desligamentos, observa-se elevada incidência dos desligamentos
por queimada entre os quilômetros 30 a 60 da linha, a contar do terminal de Teresina.
Embora tenham acontecido várias ocorrências nos mesmos dias, observou-se que as
localizações das faltas ocorreram em locais distintos (das 18 ocorrências por queimadas 11
foram em locais diferentes, porém próximos).
Figura 292 – Localização das faltas por porcentagem da LT da LT 500 kV TERESINA II / SOBRAL
III C V8 PI/CE
Quando o agente foi questionado a respeito das tratativas com o órgão ambiental responsável
pela autorização da supressão e poda da vegetação da faixa de servidão visto o desempenho da
linha de transmissão sob sua concessão ser bem abaixo da linha de transmissão paralela, a qual
possui baixo índice por queimadas e que possui diferente tipo de roço, a STN informou que
solicitou ao IBAMA a ampliação da autorização para os serviços de supressão e poda da
Ainda com relação às queimadas, a STN informou que desde o início do empreendimento realiza
diversas campanhas, junto às comunidades circunvizinhas e junto às escolas da área de
influência, com farta distribuição de diversos materiais alusivos ao combate e controle das
queimadas e incêndios florestais, apoiadas por extenso programa e chamadas via rádios que
cobrem os municípios atravessados pelas linhas.
Prognóstico:
Após reuniões com o agente percebeu-se que a maior problemática da linha sobre análise foi o
desempenho diante as queimadas na região, sendo a causa queimada responsável por 18
desligamentos no total durante a janela de análise.
Diante dos fatos e das ações que o agente tem realizado, esta superintendência resolveu
solicitar Plano de Melhorias e Providências para a Linha de 500 kV TERESINA II / SOBRAL III C2
com ações diferentes que as já realizadas pelo agente como por exemplo solicitação ao órgão
ambiental da ampliação do roço apenas das áreas consideradas críticas no caso da negativa ou
demora do IBAMA em autorizar a ampliação do corredor ao longo de toda a linha assim como
aumentar a frequência do serviço de poda e supressão da faixa de servidão.
Diagnóstico:
Cabe destacar que a Transnorte possui dois equipamentos na SE Boa Vista, sendo o
Transformador TR2 de 150 MVA e o Compensador Estático (CE) de 150/-120 MVar, ambos em
operação desde 04/5/2015 e pertencentes à Rede Básica. Outros equipamentos da SE
pertencem à Eletronorte (SE Boa Vista de 230 kV) ou não estão associados a Rede Básica.
Na perturbação do dia 3/4/2016 foi identificado problemas com a UPS do Compensador Estático
que estava apresentando problemas para assumir a carga do sistema de resfriamento. Foi
realizada em 4/4/2016 uma manutenção de recuperação da UPS do CE e em 1/9/2016 a
Transnorte fez a substituição completa da UPS do CE.
Figura 294 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da Subestação
BOA VISTA
Estendendo a análise até novembro de 2016, verifica-se que houve mais 15 desligamentos no
compensador estático de Boa Vista com classificação, em sua maioria, por Condições Anormais
de Operação [9] seguidos de Erros de Ajuste [4], falha [1] e indeterminada [1].
A Transnorte completa: “Ao observarmos que a rede fraca levava a problemas com os serviços
auxiliares do CE (UPS), a TNE determinou o sobre dimensionamento do conjunto retificador e
baterias, o que reduziu para zero as saídas ‘por causa própria’ do compensador.”
Quando questionada a respeito das ações realizadas para convivência com CE até a entrada do
setor de 500 kV na SE Boa Vista a TNE informa que foi substituída a UPS por uma de maior
capacidade, que permite ao CE suportar as várias interrupções e ocorrências envolvendo o
sistema elétrico local, caracterizado por nível de curto circuito extremamente reduzido, e que
leve a falta de alimentação nos serviços auxiliares.
A TNE informa que o CE opera em configuração precária, com limites de -20 a +50 MVar de uma
capacidade total de -120 a + 150 MVar. Afundamentos de tensão ou grandes rejeições de carga
no sistema de distribuição levam o CE para seus limites e, em algumas situações, o equipamento
é programado para se desligar de maneira a não contribuir com os problemas.
A TNE informa também que o MME tem estudado medidas para implantação de sistemas de
corte automático de cargas de maneira a permitir que o CE se mantenha operando dentro da
faixa de regulação possível, dotando as cargas remanescentes da imprescindível qualidade.
A TNE declara que, após a manutenção na UPS, a quase totalidade das saídas do CE se originaram
em motivos secundários, ou seja, externas ao CE. Informou que foram 5 desligamentos
atribuídos como de responsabilidade da TNE após a substituição da UPS ocorrida em 1/9/2016.
Quando a TNE é questionada a respeito das ações que têm sido feitas para mitigar/acabar com
os problemas associados ao sistema de controle do Serviço Auxiliar essa informou que foi feita
a alteração do modo operativo para um sistema direto (em 18/09/2016), ou seja, a UPS não tem
mais a lógica de aguardar a falta do serviço auxiliar para entrar, ela opera em paralelo,
permanecendo energizada.
Prognóstico:
Após análise percebeu-se que a maior problemática da SE Boa Vista está associada ao
compensador estático principalmente no sistema de resfriamento e serviço auxiliar.
Conforme informado neste relatório, percebeu-se que o compensador estático da SE Boa Vista,
pertencente ao agente Transnorte e que foi projetado para trabalhar no sistema de 500 kV da
subestação (obra ainda não realizada) está trabalhando em regime precário, principalmente
devido às várias interrupções, ocorrências e afundamentos de tensão ou, ainda, às grandes
rejeições de carga no sistema de distribuição, levando o CE para seus limites.
Este fato fez com que a Transnorte substituísse a UPS por uma de maior capacidade. Houve
também a troca das seccionadoras de 13 kV para outra de maior capacidade e a implantação de
uma nova lógica de operação. A Transnorte declarou também que houve troca de todos os
ORINGs das tubulações de resfriamento das válvulas em face de recall do fabricante.
Devido ao fato de, após estas alterações, o sistema de resfriamento ter tido melhor desempenho
assim como o CE ter sido projetado para trabalhar em outras condições (setor de 500 kV) e não
a atual (obras de terceiros não realizada), essa superintendência resolveu não solicitar um plano
de melhorias e providências para o CE, porém continuará monitorando constantemente o
desempenho desse equipamento.
Linha de transmissão localizada ao sul do estado de Goiás próximo à cidade de Caldas Novas,
em operação comercial desde 1958, com 198km de extensão e não possuindo religamento
automático habilitado.
Durante a análise percebeu-se que as principais causas das ocorrências foram decorrentes de
Queimadas (45%) e Descarga Atmosférica (36%). Não houve corte de carga nos casos analisados.
Observou-se que todos os desligamentos por queimada ocorreram entre agosto e outubro de
2015, sendo que no dia 16/10/2015 foram registrados 4 desligamentos a aproximadamente
100km da SE Anhanguera. Cabe destacar que a linha possui invasão de faixa de servidão em
áreas urbanas.
Também neste dia, houve uma inconsistência de classificação no SIPER, onde dizia causa por
vegetação porem a descrição informa que a causa foi queimada. A CELG informou que a
descrição será alterada para queimada/ fogo sob a linha.
A CELG-GT informou que as ações realizadas até o momento estão centradas na limpeza de faixa
com o objetivo de diminuir o volume de vegetação sob as linhas e, consequentemente, diminuir
a probabilidade de uma queimada vir a causar desligamento. Neste sentido, em 2016 foi
contratada equipe de limpeza de faixa adicional, que tem realizado serviço em todas as linhas
da transmissora.
A CELG-GT ainda informou que, com objetivo de propor novas soluções, a concessionária está
participando de grupos de estudo sobre o tema para, em breve, propor um plano de ação.
A CELG – GT informou que os desligamentos com duração menor que um minuto e com a plena
assunção do Centro de Operação da Transmissão – COT estão sendo reportados de imediato ao
setor de manutenção. Para se aumentar a assertividade da classificação de desligamentos como
de causa por descarga atmosférica a CELG GT iniciará pesquisa de viabilidade para contratação
ou parcerias com instituição de monitoramento de fenômenos atmosféricos em tempo real.
Quando questionada a respeito das tratativas da CELG-GT com relação aos órgãos ambientais,
a concessionário informou que a LF nº 66/2005 da LT Cachoeira Dourada – Anhanguera Circuito
I venceu em 23/05/2014. Porém em 14/03/2014 a CELG GT protocolou o requerimento para
renovação da mesma a qual continua em análise pela SECIMA, órgão do governo de Goiás
responsável pela licença. A CELG GT apresentou a Licença GUS 66/2005, Protocolo do Processo
de Renovação nº 2335/2014 e andamento do processo obtido no site da SECIMA, cujo último
andamento ocorreu em 02/01/2017.
Figura 297 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 230 kV
ANHANGUERA / C. DOURADA C 1 GO
Com relação aos desligamentos por causa pássaro Curicaca, foi informado que era devido ao
arame que se encontrava no ninho desta ave. Foi informado também que no dia 7/11/2015 o
arame foi retirado. Após esta data, não foi constatada novas ocorrências por esta causa.
No registro SGI 53905-2015 informa que em 29/12/2015 a CELG-GT efetivou a troca do rele de
distância (REL ABB670) do vão da linha de transmissão Anhanguera / Cachoeira Dourada. Porém,
segundo a descrição da perturbação de 20/2/2016 (número da perturbação 64418/2015),
somente em 28/02/2016 o relé principal desta linha retornou à operação.
Constatou-se, dentro da janela de análise, que houve duas falhas em disjuntores da SE Cachoeira
Dourada:
Figura 298 – Destaque do unifilar de Cachoeira Dourada onde constam os disjuntores 754 e
734
O disjuntor 734 está inserido no vão da LT 230kV Cachoeira Dourada / Planalto com extinção a
SF6 e comando hidráulico e fabricado em 1994.
No dia 23/09/2016, através da intervenção SGI 31260-2016, foi feita a manutenção mecânica
corretiva no disjuntor 734, na qual foram retirados vazamentos de fluido hidráulico e testes de
abertura e fechamento. O disjuntor foi entregue à operação e, segundo descrição da própria
perturbação, informa que se encontra normalizado e em operação.
Prognóstico:
Após reuniões com o agente percebeu-se que a maior problemática da linha sobre análise foi o
desempenho desta relacionada às causas por queimadas (10 ocorrências no ciclo analisado) e
por descargas atmosféricas (8 ocorrências no ciclo analisado). Devido a este desempenho, a
CELG-GT foi demandada a apresentar Plano de Melhorias para a redução dos desligamentos
motivados pelas presentes causas, que será acompanhada pela equipe da ANEEL.
Com relação aos desligamentos causados por pássaro, devido não ter sido observado novos
casos de desligamentos por esta mesma causa e por apresentar um número reduzido, quando
comparado às causas citadas, esta superintendência resolveu não solicitar um plano de
melhorias.
Cabe destacar que os desempenhos das ações realizadas pela empresa serão monitorados
continuamente através dos indicadores de desligamentos forçados realizados pela SFE, e caso
os índices não sofram a melhora desejada, esta instalação passará por nova análise em ciclo
posterior.
O grupo de concessionárias CELEO Redes foi convocado por meio do Ofício nº 139/2017-
SFE/ANEEL, de 18 de abril de 2017, para reunião técnica realizada na sede da ANEEL no dia 25
de abril de 2017 para prestar esclarecimentos relacionados aos desligamentos selecionados em
sua rede.
Diagnóstico:
Durante a análise percebeu-se que as principais causas das ocorrências foram decorrentes de
Vento Forte (42%) e Descarga Atmosférica (33%).
Observou também que das 5 perturbações por vento forte, 4 ocorreram no mesmo dia
(17/10/2015 às 15:52) próximo ao quilômetro 70 da linha, como observado no gráfico abaixo.
Ainda com relação ao desligamento do dia 17/10/2015, existe acompanhamento no SGR para a
BRILHANTE informar ao ONS a causa e as providências tomadas com relação à aproximação do
cabo condutor da estrutura da linha.
O agente informou que este evento foi atípico e foi devido à uma rajada de vento que
normalmente não ocorre.
Figura 304 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 230 kV
ANASTACIO / SIDROLANDIA 2 C 1 MS
Com relação aos desligamentos por causa de pássaro Curicaca ambos foram devido aos
excrementos destes pássaros, o que causou o curto monofásico. Conforme observa-se no
gráfico anterior, as duas incidências ocorreram nos primeiros 10 km da linha a contar do terminal
de Anastácio. Não foi observado a mesma causa quando analisado o período de outubro de 2014
a outubro de 2016.
Não foram identificados no SGI dados de manutenção corretiva ou mesmo preventiva para a
linha de transmissão em analise relacionados as causas identificadas acima.
Em resposta aos questionamentos da SFE/ANEEL referente às ações feitas com relação a vento
forte, descarga atmosférica e desligamentos classificados como pássaro Curicaca o agente
Brilhante informou:
• Vento Forte
Toda indicação de vento forte é validada com imagens dos pontos de aproximação e quando
possível apontando os danos em vegetação nas proximidades do ponto em questão, sendo:
• Descarga Atmosférica
• Pássaro Curicaca
A partir de uma lista de pontos para instalação dos anti-pouso é feita uma campanha específica
para instalação em todos os pontos registrados.
Está previsto para o mês de junho de 2017 a instalação dos anti-pousos nesta LT.
Prognóstico:
A maior problemática da linha sob análise foi o desempenho desta relacionados à causa por
vento forte. Contudo, foi diagnosticado que o evento ocorreu em apenas 1 dia (17/10/2017)
gerando 4 desligamentos. Tendo em vista que este evento foi atípico e foi devido à uma rajada
de vento, que normalmente não ocorre, assim como a não repetição de perturbações por esta
causa, esta superintendência resolveu não solicitar planos específico para ventos.
Os desligamentos ocorridos nos dias 13 e 14/12/2015 foram provocados por poluição na cadeia
de isoladores e causaram 64 MW de corte de carga no total dos desligamentos. Em análise no
SGI verifica-se que no dia 20/12/2015 o agente realizou limpeza de isoladores ao longo da linha
e em pontos críticos, conforme descrito no SGI 52741-2015. Em análise posterior aos
desligamentos informados, não foram identificados novos desligamentos por esta causa.
Com relação aos quatro desligamentos por vegetação, todos ocorreram em locais distintos (a
228 km, a 97 km, 141 km e a 48 km da SE Encruzo Novo) e em meses distintos (agosto/2015,
fevereiro/2016, março/2016 e maio/2016) não sendo possível obter um padrão para este tipo
de desligamento. Detalhe para o desligamento do dia 26/5/2016 que causou um corte de carga
de 23 MW e que a atuação do religamento automático foi sem sucesso.
Observou que, devido sistema ser radial, os cortes de cargas tiveram os mesmos valores (24
MW) em 3 dias distintos: no dia 13/12/15 classificado como causa “Poluição”; e nos dias 18/2/16
e 26/5/16 classificados como causa “ vegetação”
Com relação às fases envolvidas, observou-se que a fase B não foi atingida nos desligamentos.
Não foi considerado à transposição da linha para o gráfico abaixo:
Abaixo, como ilustração, segue gráfico da distribuição das causas dos desligamentos na janela
de análise:
Figura 313 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 230 kV
ENCRUZO NOVO / MIRANDA II C 1 MA
Figura 314 – Localização das faltas por porcentagem da LT 230 kV ENCRUZO NOVO / MIRANDA
II C 1 MA
A Celeo Redes informou que para a localização das faltas na LT Encruzo Novo / Miranda II C1
utiliza-se dos RDPs que utilizam algoritmo por cálculo de impedância. Entretanto, o agente
declarou que como providência para melhorar a identificação, está previsto para agosto/2017 a
instalação do localizador de faltas por ondas viajantes – PMI 2014-2017, sob números
1375/2014 e 1377/2014.
Onde:
Conforme desenvolvimento do projeto será utilizado veículo aéreo não tripulado (VANT ou
Drone) utilizando sensores laser (Lidar) para medições das árvores, com um resultado esperado
conforme a seguir:
Figura 316 – Ilustração de imagem gerada captada a partir de Drones equipados com sensor
laser
Como medidas para mitigar os desligamentos por poluição de isoladores, o agente informou que
durante o ano de 2015, foi realizado desligamento programado para limpeza manual dos
isoladores com o objetivo de eliminar as causas dos desligamentos e que em 2016, ocorreu a
lavagem com a LT energizada, conforme imagens a seguir. O agente informou também que em
2017 aumentou a frequência de monitoramento deste ponto para evitar desligamentos.
Figura 318 – Realização de limpeza manual dos isoladores da LT 230 kV ENCRUZO NOVO /
MIRANDA II C 1 MA
Prognóstico:
Conforme descrito neste relatório, as maiores problemáticas da linha sob análise foram os
desligamentos causados por poluição em isoladores e por toque de vegetação na linha.
Relacionado à poluição o agente tem feito desde 2016 lavagem com a LT energizada e em 2017
o agente informou que irá aumentar a frequência de monitoramento. Diante destas
informações, esta superintendência solicitou ao agente um plano de melhorias no intuito de
informar à SFE/ANEEL a comprovação das alterações dos planos de manutenção preventivas
referente à frequência da limpeza dos isoladores.
Com relação às ações do agente para evitar desligamento por causa de toque de vegetação, esta
superintendência resolveu solicitar ao agente comprovações a respeito do P&D informado assim
como relatório do projeto piloto. Ainda com relação à prevenção de desligamentos por causa
de toque de vegetação esta superintendência solicitou a comprovação das alterações dos planos
de manutenção preventivas referente à redução da frequência das inspeções de rotina na LT.
Diagnóstico:
Observou-se pela análise dos desligamentos da linha em referência, que a principal causa dentro
da janela analisada foi poluição. Observou-se uma grande concentração de desligamentos por
Poluição à aproximadamente 150km da SE Açailândia, conforme ilustrado no gráfico abaixo:
Figura 321 – Localização das faltas por Poluição ao longo da linha. Dados em porcentagem da
LT - 100% equivale à 364,81KM
Observou-se também que as faltas por poluição foram, em sua totalidade, do tipo curto-circuito
trifásico. Abaixo segue gráfico representando os tipos de curtos-circuitos das faltas analisadas:
Observou-se no SGI que houve várias intervenções na linha com a finalidade de diminuir os
desligamentos por poluição conforme demonstra-se na
Tabela 25.
Estendendo a analise até novembro de 2016, não foi identificado novos desligamentos por causa
de Poluição.
Observou-se que houve dois desligamentos por descarga atmosférica, o que pelos
Procedimento de Rede, encontra-se dentro do limite aceitável.
Em reunião com a IMTE, foi informado que o desligamento do dia 18/12/2015 foi no
Isolador/Cadeia e foi causado por poluição/Contaminação e não por Descarga Atmosférica. A
IMTE informa que foi realizada a alteração da causa no SIPER.
Com relação aos desligamentos por queimada, ocorreram três desligamentos em dias distintos
sendo que no desligamento do dia 21/10/15 ocorreu, no terminal de Miranda II, a atuação
indevida da proteção de falha dos disjuntores 500 kV MRDJ7-04 e MRDJ7-05, abrindo todos os
disjuntores conectados aos barramentos de 500 kV 1 e 2 da SE Miranda II. Após intervenção, o
agente informou que foram constatados erros nas lógicas internas dos relés de proteção
principal e alternada do terminal de Miranda II. Foram executadas correções nas logicas internas
das proteções principal e alternada da LT no terminal da SE Miranda II para evitar a reincidência.
Estendendo a análise até outubro de 2016, não foram observados novos desligamentos por esta
causa.
Estendendo a análise até novembro de 2016 observou-se mais quatro desligamentos por
queimada à aproximadamente 280 km da SE Açailândia ou 80 km da SE Miranda II no mês de
novembro de 2016.
Não foi identificado um padrão de localização para os desligamentos por causa de queimada
observando-se apenas a janela de julho/2015 a junho/2016.
As Figuras Figura 323 a Figura 325 mostram a distribuição das causas dos desligamentos na
janela de análise e a localização dos desligamentos em porcentagem da linha:
A LT 500 kV AÇAILÂNDIA / M
D
LT DESLIG
Conform
MANUTENÇÃO CORRETIVA AO LONGO DA LT. “DURANTE A EXECUÇÃO DA IN
29076-16 Contínua 2016-07-31 13:50:00 Concluída Com Desligamento PARA REALIZAÇÃO DE TESTES PR
A LT 500 kV AÇAILÂNDIA / M
D
A LT 500 kV AÇAILÂNDIA / M
D
Com relação ao Religamento Automático, observou-se que este sistema estava bloqueado do
dia 16/10/2015 até o desligamento de 9/2/2016. O agente informou que foi devido à solicitação
do ONS.
Quando o agente foi questionado a respeito da causa da poluição essa informou que a poluição
é formada por partículas aéreas generalizada da região atravessada pela LT.
Avaliando as características da região atravessada pela linha (áreas sem indústrias e com baixa
densidade de casas) com a tabela da norma observa-se que o nível de poluição é classificado
como leve.
Relacionado à construção das torres, a IMTE informou que, de acordo com ANEXO 6I do LOTE I
LT AÇAILÂNDIA / MIRANDA II 500 KV: “A distância de escoamento mínima da cadeia de
isoladores deve ser determinada conforme a norma IEC 60815, considerando o nível de poluição
da região de implantação da LT. Caso o nível de poluição da região seja classificado como inferior
ao nível I – leve, a distância específica de escoamento deverá ser igual ou superior a 14 mm/kV
eficaz fase-fase”. Com estas considerações, a distância de escoamento adotada no projeto é de
14 mm/kV.
A IMTE conclui que com a tensão máxima de operação fase-fase da linha de 550 kV (10% acima
da tensão nominal) e o isolador especificado com uma distância de escoamento de 380 mm, fica
definido que as cadeias de isoladores têm de ser compostas com, no mínimo, 21 unidades de
isoladores. A este valor mínimo somou-se 1, sendo o projeto da LT implantado com 22 isoladores
por cadeia.
Ainda com relação aos desligamentos por poluição, a IMTE informou que além das condições de
poluição da região não contempladas nas normas, a região sofreu uma forte e anormal
estiagem, desviando totalmente do regime de chuvas histórico, corroborando com a ausência
de responsabilidade do agente.
Quando o agente foi questionado a respeito das ações que tem feito para mitigar os
desligamentos por causa de poluição de isoladores esse informou que durante o ano de 2015,
foram realizados desligamentos programados, em caráter de urgência, para lavagem manual
dos isoladores com o objetivo de eliminar as causas dos desligamentos.
Apenas para ilustrar, seguem abaixo fotos de alguns isoladores com poluição:
A seguir, a IMTE apresentou o mapa onde estão marcados os pontos limpos manualmente e a
indicação dos desligamentos, mostrando que o problema é distribuído ao longo da LT e não em
um ponto específico:
A IMTE informou também que para 2016 foi desenvolvido um sistema e procedimentos de
lavagem de isoladores com linha energizada:
Ressaltou que não houve desligamentos no ano de 2016 provenientes de poluição, o que
confirma 100% da efetividade das medidas adotadas pela IMTE.
Conforme descrito neste relatório, as maiores problemáticas da linha sob análise foram os
desligamentos causados por poluição em isoladores.
A JTE informou à SFE/ANEEL que o desligamento do dia 16/10/2015 foi causada por Vento Forte
e que o desligamento do dia 1/4/2016 foi devido à descarga atmosférica. A JTE informou
também que alterou a causa destes desligamentos nos SIPER.
Segundo informações inseridas pela Eletrobrás Eletronorte, via SGR, mesmo com a utilização de
modelagem de carga específica para o sistema Acre - Rondônia, o ONS não observou este
fenômeno nos estudos elétricos e apenas foi verificado nas simulações depois que foi alterada
a modelagem da carga de modo a considerar uma grande presença de motor de indução.
Não foram observados possíveis causas ou padrões nos desligamentos de causa indeterminada.
Abaixo segue gráfico representando a localização das faltas em porcentagem do comprimento
da linha.
Figura 333 – Localização das faltas por porcentagem da LT 230 kV SAMUEL / ARIQUEMES C 2
RO
A JTE/Celeo Redes informou, a respeito das ações para mitigar os desligamentos por causa
queimada que não existem ações específicas para a LT em questão, mas sim conforme
apresentado na reunião de 03/05/2017 com a SFE, possui um programa coorporativo de
campanha contra queimadas.
A Celeo Redes informou que em 2017 foi iniciado o PROGRAMA INTEGRA, que busca um
mapeamento mais específico de riscos de queimadas e, principalmente, uma maior integração
entre os stakeholders envolvidos, ou seja, proprietários das terras, comunidades afetadas,
moradores vizinhos e a equipe de O&M. Este material é distribuído propriedade a propriedade
pelo pessoal de O&M com o objetivo sensibilização quanto a prática de queimada.
A Celeo informou que, como providência para melhorar a identificação da causa dos
desligamentos, em 12/12/2016 foi instalado o localizador de faltas por ondas viajantes – PMI
2014-2017, sob números 1385/2014 e 1386/2014.
Prognóstico:
Após correções nas informações do SIPER, foi constatado que houve 2 desligamentos devidos a
mesma queimada e não três desligamentos conforme inicialmente observado e, conforme
exposto no relatório, o corte de corte de carga não foi proveniente do desligamento da LT 230
kV Samuel/Ariquemes C2, mas sim do ponto operativo do sistema que estava operando próximo
ao limite de estabilidade de tensão.
Diante do exposto, esta superintendência resolveu não solicitar um plano de melhoria específico
para este equipamento. No entanto, o desempenho das ações realizadas pela empresa será
monitorado continuamente através dos quantitativos de desligamentos forçados realizados por
esta SFE, e caso os índices não sofram a melhora desejada, esta instalação passará por nova
análise em ciclo posterior.
Os desligamentos por vento forte ocorreram durante um vendaval que passou pela região e com
a força dos ventos e o balanço dos cabos condutores estes aproximaram da estrutura
provocando o curto monofásico fase-terra. Observou também que, nos desligamentos do dia
22/9/2015, apenas o terminal líder da SE Ariquemes obteve sucesso no religamento automático
uma vez que na SE Ji-Paraná não houve atuação da função 79 devida diferença
angular/Frequência.
A JTE solicitou ao ONS maiores esclarecimentos referentes ao corte de carga do dia 06/10/2015,
sendo informado que a distribuidora CERON não apresentou as causas que acarretaram no
corte.
Desta forma, o corte de corte de carga não foi proveniente do desligamento da LT 230 kV
Ariquemes/Ji-Paraná C2, mas sim do ponto operativo do sistema que estava operando próximo
ao limite de estabilidade de tensão. Assim sendo, o corte de carga não deve ser imputado como
de responsabilidade da JTE.
“(...) apesar da busca pela causa do desligamento pela equipe de manutenção, não foi possível
determinar a causa.
Observa-se que os desligamentos por Vento Forte se encontram próximo ao terminal de Ji-
Paraná enquanto que a causa indeterminada se encontra próximo ao terminal de Ariquemes, à
aproximadamente 13 km deste terminal.
Abaixo, segue a representação gráfica da localização das faltas ao longo da linha de transmissão
assim como o gráfico com as fases envolvidas da LT 230 kV ARIQUEMES / JI-PARANA C 2 RO.
Quando o agente foi questionado a respeito das ações que tem feito para mitigar desligamentos
por vento forte esse respondeu que como os vendavais não são previsíveis e recorrentes em um
determinado ponto da LT não há como mitigar de forma pontual. Informa também que toda
indicação de vento forte é validada com imagens dos pontos de aproximação e quando possível
apontando os danos em vegetação nas proximidades do ponto em questão.
Abaixo, o agente apresentou fotos dos indícios de vento forte nos desligamentos analisados:
Com a força dos ventos e o balanço dos cabos condutores houve aproximação do cabo à
estrutura, fechando um curto circuito, deixando as marcas de queimado na estrutura e no cabo
condutor.
A JTE vem monitorando os desligamentos quanto a sua frequência e localização. Caso seja
identificado algum ponto recorrente medidas específicas poderão ser avaliadas conforme o
caso.
Prognóstico:
A maior problemática da linha sob análise foi o desempenho desta por problemas advindos de
vento forte. Como esta causa ocorreu em 3 dias distintos e em épocas diferentes, esta
superintendência resolveu solicitar ao agente JTE ações a fim de identificar o local com maior
incidência de desligamentos por vento forte, bem como informar quais ações serão efetuadas
para evitar novas ocorrências.
Diagnóstico:
Observa-se pelo gráfico acima, que as maiores causas dos desligamentos estão relacionadas à
queimada e a vegetação.
Observou-se também que embora sejam 6 ocorrências por queimada, 2 ocorreram no dia
28/10/2016 e 4 no dia 1/12/2015 e que 5 foram de curto bifásico, sugerindo que a queimada
seja fora da faixa de servidão. Porém, observou-se que, no período analisado, foram 5
ocorrências por vegetação sendo todas por curto fase-terra, sugerindo-se que seja toque de
vegetação em linha de transmissão.
Abaixo seguem gráficos mostrando a distribuição das causas dos desligamentos ao longo da
janela de análise.
Figura 341 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 500
kV TUCURUI / VILA DO CONDE C 3 PA
Observa-se que tanto os desligamentos por queimadas como por vegetação ocorreram em
períodos distintos ao longo do ano.
Com relação à localização dos desligamentos ao longo da linha, não foi observado um local de
maiores incidências das faltas. Abaixo segue gráfico em porcentagem da localização das faltas,
sendo 100% correspondente a 324km terminal de Tucuruí.
Figura 342 – Localização das faltas por porcentagem da LT da LT 500 kV TUCURUI / VILA DO
CONDE C 3 PA
Com relação ao religamento automático, não foi identificado problemas ou falhas em ambos
terminais. De forma ilustrativa, segue abaixo gráfico mostrando o comportamento do
Religamento automático da linha ao longo da janela analisada.
Estendendo a analise até novembro de 2016 não foram registrados novos desligamentos
referente à explosão de TCs e/ou outros equipamentos do agente em sua concessão.
Ainda com relação aos TCs a VCTE informou que existem TCs do mesmo modelo na SE Tucuruí
no DJ TCDJ7-33 com substituição programada para 14/05/2017, PMI 1820/2016; e na SE Vila do
Conde existem 03 TCs no DJ VCDJ7-07, PMI 1818/2016, e 03 TCs DJ VCDJ7-08, PMI 1819/2016,
ambos com previsão de substituição para dezembro/2017.
A VCTE/Celeo Redes informou que não existem ações específicas para a LT para mitigar os
desligamentos por causa queimada, mas sim, conforme apresentado na reunião de 03/05/2017
com a SFE, a Celeo Redes possui um programa corporativo de campanha contra queimadas.
Informou ainda que em 2017 foi iniciado o Programa Integra, que busca um mapeamento mais
específico de riscos de queimadas e principalmente uma maior integração entre os stakeholders
envolvidos, ou seja, proprietários das terras, comunidades afetadas, moradores vizinhos e a
equipe de O&M. Este material é distribuído propriedade a propriedade pelo pessoal de O&M
com o objetivo sensibilização quanto a prática de fogo.
Prognóstico:
Conforme descrito neste relatório, as maiores problemáticas da linha sob análise foram os
desligamentos causados por queimadas e por toque de vegetação na linha.
Como ambas causas estão relacionados à vegetação e devido ao agente não possuir uma ação
diferente da usual para problemas advindos dos desligamentos por queimadas, assim como para
toque de vegetação, essa superintendência resolveu solicitar ao agente um Plano de Melhoria
e Providencias com ações ligadas à limpeza de faixa de servidão, onde esse possui maior gestão.
O grupo de concessionárias Intesa Redes foi convocado por meio do Ofício nº 138/2017-
SFE/ANEEL, de 17 de abril de 2017, para reunião técnica realizada na sede da ANEEL no dia 02
de maio de 2017 para prestar esclarecimentos relacionados aos desligamentos selecionados em
sua rede.
Diagnóstico:
Durante a análise percebeu-se que as principais causas das ocorrências são decorrentes de
queimada (30%) e acidentais (30%), sendo que não houve corte de carga nos casos analisados.
Com relação ao desligamento de 20/1/2016, este não possui a localização da falta, portanto,
não foi possível afirmar a efetiva causa do desligamento, classificado como provável descarga
atmosférica. A Intesa informou, em reunião, que a classificação como provável descarga
atmosférica foi devido à falta de indícios por outras causas assim como ao clima no momento
do evento que era nublado com trovoadas.
Os desligamentos por Queimadas ocorreram nos meses de agosto e setembro de 2015, sendo
que os desligamentos do dia 4/9/2015 não possuem a informação da localização da falta, assim
como não há informações das proteções atuadas e do religamento automático no SIPER. Após
o atendimento ao SGR a Intesa informou as proteções atuadas e a localização da falta próximo
ao Km 82, sentido Miracema.
Abaixo seguem fotos apresentadas pela Intesa a respeito das evidencias das queimadas
ocorridas no ano de 2015 nos meses de agosto e setembro.
A Intesa informou que protocolou em 31/01/2017, ofício no IBAMA solicitando autorização para
realizar supressão de vegetação nas áreas com reincidência de queimadas.
Este pedido se originou do Relatório de Análise de Perturbação - RAP ONS RE 3-0160-2016, onde
consta a recomendação de “solicitar ao órgão ambiental a realização de roço na faixa de
passagem nas áreas sujeitas a queimadas da LT.”
Com relação aos desligamentos por causas acidentais, dois foram identificados como sendo no
Reator, ambos no dia 22/8/2015 com 1 hora de diferença e devido a atuação indevida da
proteção deste equipamento, e um terceiro desligamento no dia 13/4/2016 associado ao
sistema de teleproteção. Os três casos ocorreram durante a intervenção da equipe de
manutenção da Intesa em equipamentos da subestação de Colinas (13/04/2016) e Miracema
(22/08/2015).
A Intesa informou que os desligamentos do dia 22/08/2015 foram causados por falha na troca
de fases do reator, quando foi retirada a fase "V" e colocada em operação a fase Reserva para a
realização de manutenção. A fase "V" que ficou desligada deveria estar com os links das
proteções abertos, fato que não ocorreu e por esse motivo, quando da realização de trabalhos
de manutenção, ocorreram os dois desligamentos com atuação da proteção diferencial do
reator. A ação imediata foi desativar as proteções da fase "V" (fase em manutenção) que
estavam ativas por meio de plugs no painel central.
Diante desta falha a Intesa informou que efetuará as seguintes ações para evitar reincidências:
• Criar a gestão visual com cores no painel de troca de fase nos plugs;
• Fazer uma Ordem de Serviço específica para teste antes da entrega a operação
comercial;
• Conferir dados de temperatura no sistema SAGE. A indicação de temperatura é menor
no reator que está fora de operação.
Abaixo, segue a representação gráfica dos desligamentos ao longo da janela de análise de julho
de 2015 a junho de 2016. Observa-se que as queimadas ocorreram no período de seca da região
e os desligamentos por causa de descargas atmosféricas nos meses de chuva da região.
Com relação à localização, dos dez desligamentos analisados, em três não foi apresentada a
localização da falta (dois no dia 4/9/2015 por queimada e um por Descarga Atmosférica no dia
20/1/2016). A Intesa informou que utiliza a tecnologia de localizador por ondas viajantes na
linha analisada.
No decorrer da análise, foi constatado uma baixa qualidade no preenchimento das informações
no SIPER como por exemplo, atuações das proteções, localização de falta e definição da causa
do desligamento. Assim, em 24 de maio de 2017, foi emitido o Oficio Circular nº 11/2017-
SFE/ANEEL solicitando providências do agente no sentido de alcançar as melhorias desejadas.
Prognóstico:
Conforme apresentado por este relatório, não foram identificados padrões de causas dos
desligamentos, assim como não foram identificadas condutas inapropriadas do agente no que
tange às ações para prevenir desligamentos não programados da linha analisada.
Diante os fatos, esta superintendência resolveu não solicitar um plano de melhoria para a linha
de transmissão de 500 kV Colinas / Miracema C3. No entanto, o desempenho das ações
realizadas pela empresa será monitorado continuamente através dos indicadores de
desligamentos forçados realizados por esta SFE, e caso os índices não sofram a melhora
desejada, esta instalação passará por nova análise em ciclo posterior.
Durante a análise percebeu-se que as principais causas das ocorrências são decorrentes de
causas acidentais ou por explosão (37%) e por causas indeterminadas (37%).
Este desligamento está descrito no RAP ONS RE 3/0167/2015, o qual gerou duas recomendações
ao agente Intesa: identificar a origem e causa da explosão e; averiguar e corrigir os horários dos
(a) (b)
Figura 351 – Foto do TC avariado: (a) parte interna e (b) parte externa.
Em análise no SGI 35315-2015, a transmissora informa que no dia 4/9/2015 houve a substituição
do TC danificado.
Quando questionada a respeito da rotina de inspeção dos TCs, a Intesa informou o que se segue:
“São realizadas manutenções preventivas (equipamento fora de operação) e preditivas
(equipamento em operação) nos TC`s. As preventivas eram realizadas com intervalos fixos de
cinco em cinco anos, no entanto a partir da resolução 669/2015, esse intervalo passou a ser de
seis anos (72 meses). Além de verificações nos componentes dos equipamentos, como caixa de
secundário, colunas isolantes, entre outros. São realizados também ensaios de isolação CA
(capacitância e Tangente Delta) e coleta de óleo isolante para análise de gases dissolvidos (AGD)
e nível de PPM de H2O. A manutenção preditiva em TC`s é a inspeção termográfica, realizada
semestralmente em todos os equipamentos das subestações da Intesa, nessas inspeções são
avaliadas as temperaturas por radiação infravermelha, nas conexões primárias, colunas
isolantes e conexões secundárias. Vale ressaltar que além das manutenções preventivas e
preditivas, são realizadas, pelos operadores de instalação, as inspeções de rotina semanal
(patrulhamento) e mensal (detalhada), onde são avaliadas a existência de vazamento ou
qualquer outro tipo de anormalidade detectável visual, olfato e auditiva nos TC`s.”
Quando questionada a respeito da quantidade e das ações que tem realizado para evitar
futuros problemas nos TCs que tem apresentado constantes problemas, a Intesa informou que
foram quatro unidades da mesma família de TC que apresentou falha nas subestações sob
concessão da Intesa na Interligação Norte-Sul. Os equipamentos que falharam foram fabricados
em 2007 e estão em operação desde 2008. Ao todo são 60 unidades dessa família em operação.
A Intesa ainda informou que, além das inspeções termográficas especiais, foram realizadas
medições preditivas de descargas parciais em campo, a partir de projeto de pesquisa
desenvolvido pelo CEPEL, que utiliza o método de medição eletromagnético, com TC de alta
frequência, e a medição a partir de uma antena UHF, que capta radiações eletromagnéticas
provenientes de descargas no tanque dos equipamentos. Apesar de alguns resultados dessas
medições apresentarem alterações, não foi constado nenhum defeito conclusivo.
Vale ressaltar que outros agentes do setor tiveram ocorrências de falha com essa família. Ao
todo são 25 equipamentos da mesma família que falharam em todo setor elétrico.
Em 30/8/2015 houve duas perturbações com causa acidental. O agente não prestou
informações das proteções atuadas e das causas apuradas nas duas perturbações. Porém no
SGR informa que o desligamento ocorreu devido a um trip acidental no momento em que foi
manobrada a chave de teste para isolar a proteção e permitir a substituição do TC que explodiu
relacionado ao disjuntor MCDJ7-19 (SE Miracema) conforme SGI 35315-2015. Conforme
informado pelo agente, foi realizada inspeção nos equipamentos associados à falha de
proteção, porém não foi encontrada nenhuma anormalidade.
A Figura 306 apresenta fotos das evidências da causa ‘queimadas’ nos desligamentos ocorridos
em 6/9/2015 capturados pelo localizador de faltas.
Quando a Intesa foi questionada a respeito de quais procedimentos estão sendo feitos para
mitigar os desligamentos por Queimadas a empresa informou que protocolou em 31/01/17,
ofício no IBAMA solicitando autorização para realizar supressão de vegetação nas áreas com
reincidência de queimadas. Este pedido se originou do Relatório de Análise de Perturbação -
RAP ONS RE 3-0160-2016, onde consta a exigência de “solicitar ao órgão ambiental a realização
de roço na faixa de passagem nas áreas sujeitas a queimadas da LT.”
Relacionado aos procedimentos que o agente tem realizado para mitigar os desligamentos por
Descarga Atmosférica essa informou que identificou a necessidade de adequação dos sistemas
de aterramento de algumas estruturas em todas as suas linhas (segue desenhos esquemáticos
abaixo). Declarou que foi realizado estudo e projeto para implantação, visando melhorar o
desempenho das linhas frente às descargas. Informou ainda, que está em análise pelo IBAMA a
autorização da supressão de vegetação (ASV), uma vez que a LO permite apenas o corte seletivo.
Observou-se que o esquema de Religamento Automático ocorreu sem sucesso nos três
desligamentos de causa indeterminada. Abaixo segue a representação gráfica do quantitativo e
do tipo de atuação do religamento automático analisados. A fatia que diz “Não Informado” foi
referente aos desligamentos acidentais da proteção e por explosão do TC.
Com relação aos meses em que ocorreram os desligamentos, não foi identificado um padrão de
data e/ou horários. Abaixo, como ilustração, segue gráfico da distribuição das causas dos
desligamentos na janela de análise:
Figura 356 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 500 kV
GURUPI / MIRACEMA C 3 TO
Com relação à localização dos desligamentos, e com os dados possíveis de análise, não foi
observado um padrão do local onde se encontra a maioria dos desligamentos. Observa-se que
os desligamentos ocorridos dentro das subestações não estão informados no gráfico abaixo.
Cabe destacar, que a linha possui localizador de faltas por ondas viajantes.
No decorrer da análise, foi constatado uma baixa qualidade no preenchimento das informações
no SIPER como por exemplo, atuações das proteções, localização de falta e definição da causa
do desligamento. Assim, em 24 de maio de 2017, foi emitido o Oficio Circular nº 11/2017-
SFE/ANEEL solicitando providências do agente no sentido de alcançar as melhorias desejadas.
A Intesa informou que devido ao contrato de O&M firmado entre Intesa e Eletronorte, o
preenchimento de informações no SIPER é realizado pela Pós-Operação e análise de eventos da
Eletronorte. A Intesa é notificada sobre os prazos para atendimento das informações e solicita
o preenchimento pela Eletronorte. Informou também que existe uma equipa própria da Intesa
que responde as recomendações no SGR, baseado nas informações da operação da Eletronorte.
Prognóstico:
A Intesa apresentou ações que tem feito para evitar os problemas nos TCs desta mesma família
e, por ser um estudo amplo, inclusive envolvendo outros agentes do setor, esta
superintendência resolveu não solicitar um plano de melhoria específico para este tema.
Com relação aos outros desligamentos analisados, não foram identificados padrões de causas
desses desligamentos, assim como não foram identificadas condutas inapropriadas do agente
no que tange às ações para prevenir desligamentos não programados da linha analisada.
Diante os fatos, esta superintendência resolveu não solicitar um Plano de Melhoria para a linha
de transmissão de 500 kV Gurupi / Miracema C3.
Linha de transmissão localizada nos estados de Tocantins e Goiás, em operação comercial desde
30/5/2008, com 195km de extensão e possuindo religamento automático habilitado.
Durante a análise percebeu-se que as principais causas das ocorrências são decorrentes de
descargas atmosféricas (50%) e com causas indeterminadas (30%). Observa-se que o limite de
desligamentos por descarga atmosférica segundo os Procedimentos de Rede foi ultrapassado.
Para uma linha de 500 kV de 255 km o limite seria de 3 desligamentos, uma vez que o critério
para este nível de tensão estabelece 1 desligamento a cada 100 km por ano.
Figura 359 – Causas dos desligamentos da LT 500 kV PEIXE 2 / SERRA MESA 2 C 1 TO/GO
Quando questionada a respeito da quantidade e das ações que tem realizado para evitar
futuros problemas nos TCs que tem apresentado constantes problemas, a Intesa informou que
foram quatro unidades da mesma família de TC que apresentaram falha nas subestações sob
sua concessão na interligação Norte-Sul. Os equipamentos que falharam foram fabricados em
2007 e estão em operação desde 2008, sendo ao todo 60 unidades dessa família em operação.
Devido ao histórico de falha dessa família, a Intesa informou que foram adotados
procedimentos complementares de manutenções preventivas e preditivas nesses
equipamentos. O principal histórico de defeito nesses equipamentos são anomalias térmicas
de media criticidade detectadas nas conexões primárias a partir das inspeções termográficas
de rotina. Em função disso foi adotada a rotina mensal de inspeção termográfica especial nos
equipamentos dessa família. Devido a esse defeito, também foi adotado o procedimento de
medição de resistência ôhmica de conexão, em todos os equipamentos da família, para avaliar
a conexão do primário desses TC`s.
A Intesa ainda informou que, além das inspeções termográficas especiais, foram realizadas
medições preditivas de descargas parciais em campo, a partir de projeto de pesquisa
desenvolvido pelo CEPEL, que utiliza o método de medição eletromagnético, com TC de alta
frequência, e a medição a partir de uma antena UHF, que capta radiações eletromagnéticas
provenientes de descargas no tanque dos equipamentos. Apesar de alguns resultados dessas
medições apresentarem alterações, não foi constado nenhum defeito conclusivo.
Vale ressaltar que outros agentes do setor tiveram ocorrências de falha com essa família. Ao
todo são 25 equipamentos da mesma família que falharam em todo setor elétrico.
Com relação aos desligamentos por descargas atmosféricas observa-se que nos meses de chuva
na região está concentrada a maior incidência de curtos-circuitos por esta causa. Observa-se
que as causas indeterminadas ocorreram também no mesmo período.
Relacionado aos procedimentos que o agente tem realizado para mitigar os desligamentos por
Descarga Atmosférica esse informou que identificou a necessidade de adequação dos sistemas
de aterramento de algumas estruturas em todos as suas linhas (segue desenhos esquemáticos
abaixo). Declarou que foi realizado estudo e projeto para implantação, visando melhorar o
desempenho das linhas frente às descargas. Informou ainda, que está em análise pelo IBAMA a
autorização da supressão de vegetação (ASV), uma vez que a LO permite apenas o corte seletivo.
O agente informou que para prevenir novos desligamentos por Descarga Atmosférica foi
realizada a adição de 4 fios contrapesos de 150 m de comprimento cada, sendo 2 fios instalados
em cada lado da estrutura conforme figuras abaixo:
Figura 360 – Fios contrapeso instalados na estrutura estaiada LT Peixe 2 – Serra da Mesa 2 C1
Segue abaixo gráfico com a distribuição no tempo das causas dos desligamentos:
Figura 362 – Distribuição das causas dos desligamentos na janela de análise da LT 500 kV PEIXE
2 / SERRA MESA 2 C 1 TO/GO
Com relação à localização aos desligamentos ocorridos, observa-se que os desligamentos por
descargas atmosféricas ocorreram muito próximos às subestações de Serra da Mesa e Peixe 2
(distante apenas em no máximo 8 km de cada subestação). Cabe destacar, que a linha possui
localizador de faltas por ondas viajantes.
Observou-se que o esquema de Religamento Automático foi com sucesso ou bloqueado em 90%
dos casos. Apenas no dia 19/3/2016, referente à explosão do TC, que o religamento automático
não foi informado. Abaixo segue a representação gráfica do quantitativo e do tipo de atuação
do religamento automático analisados.
No decorrer da análise, foi constatado uma baixa qualidade no preenchimento das informações
no SIPER como por exemplo, atuações das proteções, localização de falta e definição da causa
do desligamento. Assim, em 24 de maio de 2017, foi emitido o Oficio Circular nº 11/2017-
SFE/ANEEL solicitando providências do agente no sentido de alcançar as melhorias desejadas.
A Intesa informou que devido ao contrato de O&M firmado entre Intesa e Eletronorte, o
preenchimento de informações no SIPER é realizado pela Pós-Operação e análise de eventos da
Eletronorte. A Intesa é notificada sobre os prazos para atendimento das informações e solicita
o preenchimento pela Eletronorte. Informou também que existe uma equipa própria da Intesa
que responde as recomendações no SGR, baseado nas informações da operação da Eletronorte.
Embora o agente tenha apresentado ações para mitigar os desligamentos por descarga
atmosférica, tendo como premissa que para linhas de transmissão que possuem número
elevado de desligamentos acima do limite estabelecido nos Procedimentos de Rede para esta
causa, a SFE resolveu solicitar um Plano de Melhorias e Providências objetivando a redução
drástica dos desligamentos por causa de descarga atmosférica.
A Intesa apresentou as ações que tem feito para evitar os problemas nos TCs desta mesma
família e, por ser um estudo amplo, inclusive envolvendo outros agentes do setor, esta
superintendência resolveu não solicitar um plano de melhoria específico para este tema.
No entanto, o desempenho das ações realizadas pela empresa será monitorado continuamente
através dos indicadores de desligamentos forçados realizados por esta SFE, e caso os índices não
sofram a melhora desejada, esta instalação passará por nova análise em ciclo posterior.
27,3%
20,7%
18,3%
16,5%
Figura 366 – Estados com instalações analisadas (RO, PA, SP, MG e PB)
Tabela 26 – Resumo das perturbações analisadas nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste
Corte
de
Perturbações
Carga Total de
Transmissão Instalação com Corte
Total no Desligamentos
de Carga
Período
[MW]
CEMIG GT B.DESPACHO 3 0 0 22
CEMIG GT LT 345 kV JAGUARA-US / VOLTA GRANDE C 1 MG 0 0 15
CEMIG GT LT 345 kV SETE LAGOAS 4 / TRES MARIAS C 1 MG 1 7 5
CEMIG GT LT 500 kV B.DESPACHO 3 / NEVES 1 C 1 MG 1 30 7
CEMIG GT LT 500 kV JAGUARA-SE / SAO SIMAO-SE C 1 MG 0 0 11
CEMIG GT MONTESCLAROS2 4 1184 4
TRANSLESTE MONTESCLAROS2 4 1184 1
CHESF C.GRANDE II 0 0 23
CTEEP BAURU 1 213 6
CTEEP LT 440 kV AGUA VERMELHA / RIBEIRAOPRETO C 1 SP 0 0 11
CTEEP LT 440 kV BAURU / CABREUVA C 1 SP 0 0 10
CTEEP LT 440 kV EMBU-GUACU / SOLVAY C 1 SP 0 0 13
IEM CC 600 kV C.PORTO VELHO / ARARAQUARA 2 C 1 RO/SP 3 656 17
CC 600 kV C.PORTO VELHO / ARARAQUARA 2 C 2 RO/SP (POLO
IEM 2) 0 0 14
MACAPA
TRA LT 500 kV JURUPARI / ORIXIMINA C 1 PA 1 179 5
XINGU TRA LT 500 kV TUCURUI / XINGU C 2 PA 1 187 6
XINGU TRA XINGU 1 114 6
SE BOM DESPACHO 3 MG
32
Registro de reunião nº 36/2017-SFE/ANEEL (DOC SIC nº 48534.001462/2017-00)
33
DOC SIC nº 48513.016129/2017-00
Diagnóstico:
Para a solução do problema a CEMIG GT instalou em 27/1/2016 uma UPS, que funcionará como
um no-break, regulando a tensão do serviço auxiliar e evitando os respectivos desligamentos
(SGI 53996-15).
Conforme informado pela CEMIG GT, nas ocorrências por falha em placa de controle, o que se
identificou foi um erro na fabricação da placa de interface entre o sistema de controle e os
tiristores, sendo que um dos capacitores do cartão estava montado invertido.
A CEMIG GT possuía plano de melhorias para tratar de desligamentos causados por falhas
humanas relacionadas a sistemas de proteção com ações até a data de 30/9/2016. A medição
dos resultados compreende o ano de 2016.
A distribuição das datas, equipamentos envolvidos, causas e o local das faltas estão
apresentados nas Figura 374, Figura 375 e Figura 376.
Prognóstico:
Assim, dado que o principal problema aparentemente está resolvido e que os demais
desligamentos foram casos pontuais e já solucionados esta matéria não será item de
acompanhamento diferenciado por parte desta Superintendência. No entanto, o desempenho
das ações realizadas pela empresa estará sendo monitorado continuamente através dos
indicadores de desligamentos forçados realizados por esta SFE, e, caso os índices não sofram a
melhora desejada, esta instalação passará por nova análise em ciclo posterior.
Linha de transmissão interligando duas usinas em operação comercial desde 25/4/1974 com
89,2km de extensão e religamento automático configurado de 0,8s. No período selecionado
foram analisados 15 desligamentos, resumidos no quadro abaixo.
Durante a análise percebeu-se que a principal causa das ocorrências foi decorrente de
queimadas, que podem ser agrupadas em 2 eventos distintos. O primeiro evento ocorreu dia
4/7/2015 e teve 4 desligamentos próximos ao quilômetro 57. O segundo evento ocorreu dia
23/8/2015 e teve 8 desligamentos próximos ao quilômetro 63.
Conforme informado pela CEMIG GT, a queimada do dia 4/7/2015 se iniciou às margens de uma
estrada rural e, devido à vegetação seca e os fortes ventos, se propagou até um canavial,
transpôs uma linha férrea e atingiu a LT.
Para os eventos do dia 23/8/2015, o agente atribuiu a um incêndio em canavial, que estava
invadindo a faixa de servidão em 10 metros. Segundo informado pela CEMIG GT, a plantação
invadindo a faixa ocorreu após março/2015, pelo fato que havia sido realizada uma inspeção
aérea neste mês, e a queimada se deu antes da segunda inspeção aérea, realizada em
setembro/2015.
Figura 379 – Evidência queimada dia Figura 380 – Maquinário trabalhando sob a
23/8/2015 LT
Conforme informações prestadas pela CEMIG GT, nos dois casos foi encontrada vegetação
queimada e acima do limite de cabo solo entre estruturas e marcas características de curto
circuito nos cabos. Em ambos os casos o agente alegou ter feito a supressão da vegetação.
Figura 381 – Evento dia 10/2/2016 Figura 382 – Evento dia 16/4/2016
A distribuição das causas, datas e o local34 das faltas estão apresentados nas Figura 383, Figura
384 e Figura 385.
34
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Jaguara-US
A atuação do religamento automático e das fases envolvidas são apresentadas nas Figura 386 e
Figura 387.
Percebe-se que a fase mais afetada foi a fase B, que pelos esclarecimentos prestados pela CEMIG
GT foi possível verificar que nos pontos das ocorrências se trata da fase externa das estruturas.
Quanto ao religamento automático, nos casos não informados, a recomposição se deu de forma
manual. Nos religamentos sem sucesso, em duas ocorrências foi por reincidência do defeito, e
uma (23/8/2015) por um problema de vedação do pressostato PD1 do disjuntor 4P4 no terminal
da SE Volta Grande que impediu a atuação do esquema de religamento por bloquear o
fechamento do disjuntor (resolvido em 2/9/2015 através do SGI nº 34599/15).
A maior problemática da linha no ciclo selecionado para análise foi o desempenho desta com
relação a queimadas e vegetação.
Pelo exposto, estas matérias não serão itens de acompanhamento diferenciado por parte desta
Superintendência. No entanto, o desempenho das ações realizadas pela empresa estará sendo
monitorado continuamente através dos indicadores de desligamentos forçados realizados por
esta SFE e, caso os índices não sofram a melhora desejada, esta instalação passará por nova
análise em ciclo posterior.
Diagnóstico:
Durante a análise percebeu-se que a principal causa das ocorrências foi decorrente da presença
de pássaros do tipo Curicaca nos meses de agosto e setembro de 2015.
A CEMIG GT alega que após avaliação da eficácia do DAC tubular, com algumas reincidências de
ninhos, vem substituindo estes pelo DAC de cabo com pernas difusas, à medida que ocorrem
desligamentos ou são encontrados os ninhos.
A distribuição das datas, as fases envolvidas e o local35 das faltas estão apresentados nas Figura
392, Figura 393 e Figura 394.
35
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Sete Lagoas 4
O religamento automático foi bem sucedido em todas as operações. Apesar disso, na ocorrência
do dia 30/9/2015 houve a atuação indevida da proteção diferencial de barra de 300kV da SE
Três Marias com corte de 7MW de carga. A atuação indevida da proteção se deu por um erro
no circuito de fiação no secundário dos TCs devido as obras na subestação. A fiação foi corrigida
no período de 2 a 7/2/2016 (SGI nº 48788-15, com a troca dos relés BP87-1 e eletromecânicos
por um relé microprocessado B30 GE)
A CEMIG GT possuía plano de melhorias para tratar de desligamentos causados por falhas
humanas relacionadas a sistemas de proteção com ações até a data de 30/9/2016. A medição
dos resultados compreende o ano de 2016.
A maior problemática da linha no ciclo selecionado para análise foi o desempenho desta com
relação a pássaros Curicaca. No entanto, percebeu-se a atuação do agente frente a esta causa,
no sentido de tentar dificultar o acesso deste animal a pontos sensíveis da estrutura.
Pelo exposto, esta matéria não será item de acompanhamento diferenciado por parte desta
Superintendência. No entanto, o desempenho das ações realizadas pela empresa estará sendo
monitorado continuamente através dos indicadores de desligamentos forçados realizados por
esta SFE, e, caso os índices não sofram a melhora desejada, esta instalação passará por nova
análise em ciclo posterior.
Durante a análise percebeu-se que as principais causas das ocorrências foram decorrentes da
presença de pássaros do tipo Curicaca e queimadas.
Conforme informado pela CEMIG GT, para estes eventos se realizou a instalação de Dispositivo
Anti-curicaca – DAC nas estruturas afetadas (568 e 841).
Os episódios causados por queimadas podem ser agrupados em 2 eventos distintos. O primeiro
evento ocorreu dia 26/9/2015 e teve 1 desligamento próximo ao quilômetro 126. O segundo
evento ocorreu dia 13/10/2015 e teve 2 desligamentos próximo ao quilômetro 109. Nesta
ocorrência houve o desligamento do outro circuito que interliga essas subestações pela mesma
queimada, que com a sobrecarga no TR1, ocasionou a atuação correta do ECE, desligando a LT
345kV Barreiro 1 – Neves 1 C1 e cortando 30MW de carga.
A distribuição das causas, as fases envolvidas, datas e o local36 das faltas estão apresentados nas
Figura 401, Figura 402, Figura 403 e Figura 404.
36
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE B. Despacho 3
A atuação do religamento automático e das fases envolvidas são apresentadas na Figura 405.
A CEMIG GT possuía plano de melhorias para tratar de desligamentos causados por falhas
humanas relacionadas a sistemas de proteção com ações até a data de 30/9/2016. A medição
dos resultados compreende o ano de 2016.
Prognóstico:
A maior problemática da linha no ciclo selecionado para análise foi o desempenho desta com
relação a pássaro Curicaca e queimadas.
Com relação ao pássaro Curicaca, percebeu-se a atuação do agente frente a esta causa, no
sentido de tentar dificultar o acesso deste animal a pontos sensíveis da estrutura.
Figura 406 – Intervalo de inspeções para as LTs classificadas como tipo B pela CEMIG GT37
37
ITSS: Inspeção Terrestre Sem Subida; ITCS: Inspeção Terrestre Com Subida; IF: Inspeção de faixa; IA:
Inspeção Aérea
Esse equipamento foi analisado no trabalho realizado no ano de 2016, onde na época não foi
solicitado nenhum plano de melhorias relacionado às ocorrências. Na época, a maior
problemática no ciclo selecionado para análise foi o desempenho desta com relação a
queimadas, principalmente nos meses de agosto e setembro.
Durante a análise percebeu-se que as principais causas das ocorrências foram decorrentes de
queimadas, descarga atmosférica e vegetação .
Conforme informado pela CEMIG GT, a queimada do dia 13/8/2015 foi iniciada em canavial
invadindo a faixa de servidão em aproximadamente 14 metros. As dos dias 23/8/2015 e
15/10/2015 também tiveram a mesma origem, com a observação de que neste caso a plantação
de cana respeitava os limites da faixa de servidão (40 metros para o ponto da ocorrência do dia
23/8/2015 e 30 metros para o ponto do evento do dia 15/10/2015).
Os eventos causados por descarga atmosférica se deram na fase C próximos aos quilômetros
178 e 194 e na fase A próximo ao quilômetro 11.
A distribuição das causas, as fases envolvidas, datas e o local38 das faltas estão apresentados nas
Figura 411, Figura 412, Figura 413 e Figura 414.
38
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Jaguara-SE
Os casos de atuação sem sucesso do religamento automático podem ser divididos em três
grupos. Os do dia 23/8/2015 não foram encontrados os motivos da não atuação do religamento
automático. Os eventos do dia 15/10/2015 se deram pela permanência do defeito (queimada).
Já o evento do dia 17/1/2015 o religamento não foi efetivado devido à atuação da proteção de
discordância de polo do disjuntor 7U4, o qual retornou para operação em 18/1/2016 (SGI nº
2138-16). Os casos de bloqueio se deram pela ocorrência de falta anterior com periodicidade
menor que o tempo de guarda.
Dessa forma, percebe-se que no SIPER foram registrados desligamentos em número menor do
que o que realmente ocorreu, devendo ser acrescido no mínimo mais 5 eventos ao resumo
anteriormente apresentado.
Prognóstico:
A maior problemática da linha no ciclo selecionado para análise foi o desempenho desta com
relação a queimadas.
Assim, haja vista este cenário já ter sido apontado na análise do ano de 2016, ter se repetido na
atual avaliação e continuar se repetindo, a CEMIG GT foi demandada, por solicitação desta
Superintendência, a apresentar plano de melhorias e providências para a redução dos
desligamentos motivados pela presente causa, que será acompanhado pela equipe da ANEEL.
Diagnóstico:
O desligamento do reator dia 11/9/2015 se deu pela atuação da proteção de pressão de gás
durante reposição de óleo na fase Branca. Neste evento não se verificou corte de carga.
O evento envolvendo a seção de barra no dia 4/10/2015 se deu pela atuação do relé diferencial,
colocado em operação de forma equivocada durante investigação de alarme de anormalidade
no circuito de corrente contínua.
A ocorrência no TR3 em 11/1/2016 foi provocada por contato acidental de cabo no circuito de
partida da proteção de falha de disjuntor que teve um de seus terminais conectado
indevidamente em intervenções anteriores durante obras na subestação.
Das cinco perturbações, quatro tiveram corte de carga, totalizando 1,18GW de carga. Em três
oportunidades houve a atuação do ECE nº 1.08.21
A CEMIG GT possuía plano de melhorias para tratar de desligamentos causados por falhas
humanas relacionadas a sistemas de proteção com ações até a data de 30/9/2016. A medição
dos resultados compreende o ano de 2016.
A distribuição das datas, equipamentos envolvidos e o local das faltas estão apresentados nas
Figura 416 e Figura 417.
A CEMIG GT alegou que durante este período a subestação estava passando por obras para
individualização dos transformadores no setor de 345kV. Já era esperado que ocorrências
durante as obras, ocasionando a perda de um transformador, ocasionariam corte severo de
carga (acima de 200MW) devido à topologia da subestação e ao fato de esta ser a principal
alimentação da região de Montes Claros.
Assim, dado que a CEMIG GT possuía plano de melhorias para tratar de desligamentos causados
por falhas humanas relacionadas a sistemas de proteção com ações até a data de 30/9/2016 e
que, as obras na subestação já foram finalizadas, esta matéria não será item de
acompanhamento diferenciado por parte desta Superintendência. No entanto, o desempenho
das ações realizadas pela empresa estará sendo monitorado continuamente através dos
indicadores de desligamentos forçados realizados por esta SFE, e, caso os índices não sofram a
melhora desejada, esta instalação passará por nova análise em ciclo posterior.
Ademais, sugere-se que a CEMIG GT implemente ações de controle nas instalações passíveis de
realização de obras para não se ter a repetição do cenário estudado.
Em decorrência da análise da documentação apresentada pela CHESF, tendo em vista que está
sendo solicitado um Plano de Melhorias específico para a compensação estática da SE Campina
Grande II, que a compensação estática da SE Fortaleza já foi objeto de Plano de Melhorias no
trabalho realizado no ano de 2016 ainda em período de medição por esta Superintendência e
que as ocorrências em isoladores foram em Funções Transmissão distintas, decidiu-se acatar o
pleito da concessionária e desconsiderar o requerimento feito no ofício nº 114/2017-SFE/ANEEL
no que concerne à apresentação de minuta de Plano de Melhorias referente à temática da
Campanha de Fiscalização 2017 de falhas em equipamentos e acessórios.
Em decorrência da análise da documentação apresentada pela CHESF, onde foi apresentado que
os desligamentos na LT 230kV PITUACU/NARANDIBA C L5 BA tiveram como causa defeito no
relé auxiliar no terminal da SE NARANDIBA, de propriedade da COELBA, que nos desligamentos
da LT 230kV COTEGIPE/JACARACANGA C L3 BA já havia sido realizada nova ordem de ajuste e
não foram identificadas ações corretivas ou melhorias a serem implementadas e os demais
desligamentos foram em Funções Transmissão distintas, decidiu-se acatar o pleito da
concessionária e desconsiderar o requerimento feito no ofício nº 114/2017-SFE/ANEEL no que
concerne à apresentação de minuta de Plano de Melhorias referente à temática da Campanha
de Fiscalização 2017 de falhas em sistemas de proteção, medição e controle.
39
Registro de reunião nº 29/2017-SFE/ANEEL (DOC SIC nº 48534.001304/2017-00)
40
DOC SIC nº 48513.016217/2017-00
Diagnóstico:
A maior problemática da subestação no ciclo selecionado para análise foi o desempenho desta
com relação ao sistema de compensação de reativos.
Uma vez que a efetividade das ações não pode ser medida, haja vista o CE Q1 ter ficado
indisponível no período de 9/1/2016 a 17/3/2017, os SGPMRs indicados não estarem concluídos
no sistema do ONS e ter-se retirado a obrigação da CHESF de apresentação de Plano de
Melhorias para os temas da Campanha de Fiscalização 2017, a CHESF foi demandada, por
solicitação desta Superintendência, a apresentar plano de melhorias para a redução dos
desligamentos nos compensadores estáticos da subestação, que será acompanhado pela equipe
da ANEEL.
Fatores contratuais relevantes relacionados aos desligamentos analisados nas LTs CC 600kV
Coletora Porto Velho – Araraquara 2 – Bipolo 1
As LTs CC 600kV Coletora Porto Velho – Araraquara 2 associadas ao bipolo 1 fazem parte da
solução em corrente contínua para a integração ao SIN das usinas do Rio Madeira (Santo Antônio
e Jirau).
Foram arrematadas pela Interligação Elétrica do Madeira S.A. – IE Madeira através do lote D do
leilão nº 007/2008-ANEEL, tendo o seguinte objeto:
41
Registro de reunião nº 37/2017-SFE/ANEEL (DOC SIC nº 48534.001493/2017-00)
42
DOC SIC nº 48534.001652/2017-00
43
DOC SIC nº 48513.019104/2017-00
Durante a análise dos desligamentos, percebeu-se que, nos casos em que os desligamentos das
LTs se davam por problemas associados às conversoras, a origem na LT constava como
secundária e não havia o registro do desligamento das conversoras com origem interna. Esse
Devido à metodologia utilizada no passado pelo ONS, não foram avaliados desligamentos
relacionados ao conversor de 500/±600kV da subestação Coletora Porto Velho na análise de
desligamentos da ANEEL realizada no ano de 2016 (período de análise de agosto/2014 a
julho/2015), apesar de a subestação ter estado no rol de instalações sob investigação.
O desligamento de um dos circuitos por causa interna gera o bloqueio da LT pela respectiva
conversora, que após um tempo tenta religar automaticamente a LT com tensão plena em
primeira tentativa e tensão reduzida na segunda tentativa. Esses chaveamentos podem gerar
desequilíbrios de potência entre os polos e aumento do fluxo pelo TF-13 da SE Coletora Porto
Velho, consequentemente pode ocorrer a atuação da proteção contra perda de sincronismo –
PPS ocasionando o desligamento da LT 230kV Pimenta Bueno / Ji Paraná. Com a restrição de
transmissão e para controle de frequência, geralmente ocorrem desligamentos automáticos de
unidades geradoras da UHE Jirau e UHE Santo Antônio. Dependendo do cenário durante o
evento, pode ocorrer corte de carga.
Das informações do citado relatório é interessante destacar que para a verificação de descargas
atmosféricas foi utilizada a versão do NetRaios, na opção “Ocorrências Históricas”, onde não foi
possível a pesquisa pelo agente dos eventos anteriores a 5/7/2015.
44
No C2, não houve informação de localização nos eventos em 2016 (4/2; 4 e 11/4/16).
Diagnóstico:
Durante a análise percebeu-se que as ocorrências podem ser agrupadas em 2 eventos distintos.
O evento do dia 23/3/16, analisado através do RAP RE 3/0057/2016, foi provocado pelo
fechamento não comandado da seccionadora de aterramento 037 (seccionadora nova e que se
encontrava inoperante e impedida de operar por meio de documentação interna da CTEEP).
Houve recusa de atuação da proteção diferencial de barras adaptativa (proteção inoperante –
relé 7SS52 da Siemens), o que provocou o desligamento automático total da SE Bauru, cortando
213 MW de carga.
45
A chave de aterramento 10529-37 era um equipamento novo, que encontrava-se inoperante e
impedido de operar por meio de documentação. Sua montagem encontrava-se em andamento,
justamente para a conclusão das atividades, cujo término, estava associado ao perfeito funcionamento
de seu seccionador acoplado. Portanto, somente após a conclusão da montagem do conjunto mecânico
e posterior regulagem é que o intertravamento mecânico seria instalado, assim como, o definitivo
aparafusamento que perfura o tubo principal e permite o travamento mecânico do conjunto.
46
As atividades de montagem, regulagem e comissionamento não estavam sendo executadas por equipe
própria da CTEEP e sim por empresa contratada para essa montagem, sob supervisão de funcionário do
próprio fabricante da chave seccionadora e acompanhamento de colaborador da CTEEP. O
acompanhamento da CTEEP indicava que a montagem e sua fiscalização estavam corretas, segundo
etapas de montagem da chave de aterramento, ou seja, a ausência da trava mecânica até aquele
momento era esperada em função da regulagem final ainda não ter sido executada. Somente após essa
regulagem é que o intertravamento seria instalado com o parafuso de travamento do cames. Destaca-se
que no dia da ocorrência não havia atividades em execução no seccionador10529-37.
47
Por se tratar da instalação de novo equipamento, a chave seccionadora 10529-37 encontrava-se
inoperante e impedida de operar por meio de documentação, desde o dia 7/2/2016. Estando esta chave
sem comando elétrico, com seu comando mecânico desacoplado do conjunto motor ( em função de não
ter sido concluída a montagem/regulagem) ,não era previsto que houvesse qualquer movimentação da
chave de aterramento. A movimentação da lâmina de aterramento (contato móvel) somente ocorreu em
função de condições climáticas, totalmente adversas e imprevistas, o que provocou sua aproximação à
chave secionadora, reduzindo a distância de segurança com consequente descarga elétrica.
Durante as verificações, a CTEEP identificou ainda, que os alarmes que “não” geram bloqueio
da proteção de barras (ex. inconsistência de estado de secionador) e os alarmes que "geram"
bloqueio (ex. Idiff Supervision/ Isum) estavam agrupados em um mesmo relé de saída, na
Unidade Central da proteção de barras 7SS520. Portanto, possivelmente o bloqueio da proteção
de barras e sua respectiva sinalização, ocorreu enquanto havia sinalização de inconsistência de
seccionador. Tal situação pode ser explicada, haja vista, que antes da perturbação havia
inconsistência de estado do seccionador 29-200 (conexão do bay 440 kV Ilha Solteira C2) e do
seccionador 29-302 (conexão do bay do TR5 440/138 kV). Entre os dias 1 e 4/4/16 foram
sanadas as inconsistências dos seccionadores 29-200 e 29-302, normalizando os alarmes “Erro
sem bloqueio”.
Relativo aos desligamentos dos TR1 e TR2 concluiu-se que foram incorretas as atuações da
função diferencial das proteções para o curto-circuito monofásico fora da zona protegida. O
nível de 2º harmônico nas fases sãs foi o causador do bloqueio do disparo da função diferencial.
Por um curto intervalo de tempo, ocorreu a liberação do bloqueio, provocado pela momentânea
diminuição do nível de 2º harmônico (inferior ao ajuste de 15%) em uma das fases sãs,
permitindo assim o disparo da função diferencial.
Conforme informado pela CTEEP, a vulnerabilidade existente da não ativação da função Cross
Blocking será sanada com a substituição dos transformadores TR1, TR2 e TR5, juntamente com
os respectivos sistemas de proteção, autorizados pela REA 5.550/2015.
A distribuição das datas, equipamentos envolvidos, causas e o local das faltas estão
apresentados nas Figura 424, Figura 425 e Figura 426.
Prognóstico:
Devido à diversidade de causas, o caráter pontual destas, a solução das falhas e a não
recorrência do mesmo defeito na janela de análise, estas matérias não serão item de
acompanhamento diferenciado por parte desta Superintendência. No entanto, o desempenho
das ações realizadas pela empresa estará sendo monitorado continuamente através dos
indicadores de desligamentos forçados realizados por esta SFE e, caso os índices não sofram a
melhora desejada, esta instalação passará por nova análise em ciclo posterior.
Durante a análise percebeu-se que as ocorrências podem ser agrupadas em 4 eventos distintos.
O primeiro evento ocorreu dia 23/8/2015 causado por queimada e teve 2 desligamentos
próximos ao quilômetro 230. No primeiro desligamento, a fase envolvida foi a fase Vermelha e
o religamento automático foi sem sucesso por recusa do terminal seguidor. Para solução do
problema do religamento, foi ajustado o tempo morto de 400ms para 3s em 4/9/2015 (SGIs nº
35.268-15 e 35.271-15). O segundo desligamento envolveu a fase Azul e o religamento
automático foi sem sucesso por reincidência da falta na fase Branca.
O segundo evento ocorreu dia 11/11/2015 e teve um desligamento próximo ao quilômetro 144.
A causa não foi determinada e envolveu a fase Branca com religamento automático atuado com
sucesso.
O quarto evento ocorreu dia 19/3/2016 causado por aproximação de vegetação a estrutura 169
da linha de transmissão (quilômetro 69) e teve 5 desligamentos. Todos os desligamentos
envolveram a fase Vermelha e em uma ocorrência o religamento automático foi bloqueado por
não ter passado o tempo de guarda (30 segundos) e em outra sem sucesso por permanência da
falta. Nas demais o religamento automático operou com sucesso.
A distribuição das causas, datas e o local48 das faltas estão apresentados nas Figura 428, Figura
429 e Figura 430.
48
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Água Vermelha
A atuação do religamento automático e das fases envolvidas são apresentadas nas Figura 431 e
Figura 432.
Prognóstico:
A maior problemática da linha no ciclo selecionado para análise foi o desempenho desta com
relação a vegetação.
Assim, haja vista que este cenário se repete para outras Linhas de Transmissão desta
concessionária, como pode ser verificado no presente relatório, a CTEEP foi demandada, por
solicitação desta Superintendência, a apresentar plano de melhorias para a redução dos
desligamentos motivados pela presente causa, que será acompanhado pela equipe da ANEEL.
Durante a análise percebeu-se que as ocorrências podem ser agrupadas em 5 eventos distintos.
O primeiro evento ocorreu dia 16/9/2015 causado por vegetação e teve 5 desligamentos
próximos ao quilômetro 161 (entre as torres 390 e 391). A fase afetada em todos os
desligamentos foi a Branca.
O segundo evento ocorreu dia 22/10/2015 e teve um desligamento provocado por descarga
atmosférica próximo ao quilômetro 47. A fase envolvida no desligamento foi a Vermelha e o
religamento automático não teve sucesso devido a permanência do defeito. Na ocasião teve a
queima do fusível secundário do TP da fase branca, pertencente ao bay 440kV Cabreúva na SE
Bauru.
O terceiro evento ocorreu dia 23/11/2015 e teve um desligamento provocado por descarga
atmosférica próximo ao quilômetro 172. A fase envolvida no desligamento foi a Azul com
atuação com sucesso do religamento automático.
O quarto evento ocorreu dia 8/3/2016 e teve um desligamento próximo ao quilômetro 164. A
causa não foi determinada e envolveu a fase Branca com religamento automático atuado com
sucesso.
O quinto evento ocorreu dia 1/6/2016 causado por queda das torres 52, 53 e 54 (próximo ao
quilômetro 20) provocado por vento e teve 2 desligamentos. A fase envolvida no desligamento
foi a Azul. Nos dias 1 e 2/6/2016 houve manutenção corretiva de emergência para reconstrução
das torres 52, 53 e 54 (SGI nº 23448-16) e nos dias 2 a 10/6/2016 manutenção corretiva de
emergência para montagem de estruturas de emergência para reconstituição da linha no trecho
entre as estruturas 42 a 60 (SGI nº 23544-16).
A distribuição das causas, as fases envolvidas, datas e o local49 das faltas estão apresentados nas
Figura 434, Figura 435, Figura 436 e Figura 437.
49
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Bauru
Prognóstico:
A maior problemática da linha no ciclo selecionado para análise foi o desempenho desta com
relação a vegetação.
Assim, haja vista este cenário se repetir para outras Linhas de Transmissão desta concessionária,
como pode ser verificado no presente relatório, a CTEEP foi demandada, por solicitação desta
Superintendência, a apresentar plano de melhorias para a redução dos desligamentos
motivados por vegetação, que será acompanhado pela equipe da ANEEL.
Conforme informado pela CTEEP, apesar da data de operação comercial deste trecho remeter
ao ano de 2011, esta LT foi gerada de um seccionamento da LT Embu-Guaçu – Santo Ângelo,
possuindo ativos (estruturas, cabos, isoladores, etc.) datados de 17/6/1975, data de entrada em
operação da linha original.
Ainda segundo o agente, pelo trecho ser curto a LT não possui transposições e se encontra em
região de APP – Área de Preservação Ambiental, sendo, portanto, realizada apenas a poda
seletiva quando necessário e não a roçada.
Diagnóstico:
Durante a análise percebeu-se que as principais causas das ocorrências foram decorrentes de
vegetação e do rompimento de cabo para raio.
Os eventos causados por vegetação nos dias 15 e 16/10/2015 envolveram a fase Azul nas
proximidades do quilômetro 3. Em 16/10/2015 foi realizada manutenção corretiva de
emergência com o serviço de poda seletiva entre as estruturas 7 e 8 (SGI nº 43027-15).
Os casos de rompimento de cabo para raio podem ser agrupados em 3 eventos distintos.
O primeiro evento ocorreu dia 6/1/2016 envolvendo a fase Vermelha próximo ao quilômetro
34. Em 7/1/2016 foi realizada manutenção corretiva de urgência nas estruturas 107 e 108 (SGI
nº 643-16).
O segundo evento ocorreu dia 9/2/2016 envolvendo a fase Azul próximo ao quilômetro 28. Nos
dias 16 e 17/2/2016 foram realizadas manutenções corretivas de urgência nas estruturas 94 e
95 (SGIs nº 6117-16 e 6479-16).
A distribuição das causas, datas e o local50 das faltas estão apresentados nas Figura 440, Figura
441 e Figura 442.
50
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Embu-Guaçu
A atuação do religamento automático e das fases envolvidas são apresentadas nas Figura 443 e
Figura 444.
Prognóstico:
A maior problemática da linha no ciclo selecionado para análise foi o desempenho desta com
relação a vegetação e rompimento de cabo para-raios.
Assim, haja vista este cenário se repetir para outras Linhas de Transmissão desta concessionária,
como pode ser verificado no presente relatório, a CTEEP foi demandada, por solicitação desta
Superintendência, a apresentar plano de melhorias para a redução dos desligamentos
motivados por vegetação, que será acompanhado pela equipe da ANEEL.
Quanto aos eventos de rompimento de cabo para-raios, percebe-se que os ativos remetem ao
ano de 1975 e que foram corrigidos através dos SGIs apontados. Assim, como se trata de ações
já realizadas, de conhecimento da concessionária e sem repetição até março/2017, esta matéria
não será item de acompanhamento diferenciado por parte desta Superintendência. No entanto,
o desempenho das ações realizadas pela empresa estará sendo monitorado continuamente
através dos indicadores de desligamentos forçados realizados por esta SFE e, caso os índices não
sofram a melhora desejada, esta instalação passará por nova análise em ciclo posterior.
Diagnóstico:
Dos 17 desligamentos, 11 tiveram início por desligamentos na linha, sendo eles de duas causas:
indeterminada [4] e descarga atmosférica [7]. Houve o corte de 190MW de carga na ocorrência
do dia 20/8/201551 e de 30MW de carga na ocorrência do dia 17/12/201552.
51
Indeterminada – localização da falta fornecida pelo especialista da ABB com inspeção entre as torres
3609 a 3648 sem identificação da causa. A faixa de servidão na região inspecionada é basicamente
constituída de plantações e pequenos trechos de cerrado. Sem registro de descarga atmosférica no
NetRaios.
52
Descarga atmosférica – encontrados sinais de possíveis descargas atmosféricas nas torres 3267, 3268,
3271, 3272 e 3275.
53
Conforme informado pela IE Madeira, devido a extensão da LT, sem a localização da falta não é dado
início a inspeção
Para este circuito se verificou a informação da localização da falta para todas as ocorrências
internas a LT após 24/10/2015.
O evento do dia 20/9/2015 foi analisado através do RAP RE 3/154/2015 e culminou num
montante de 436MW de carga cortada. Durante a realização de serviços de manutenção no Polo
2 do elo CC, acidentalmente foi acionada a proteção diferencial da barra A2 de 500 kV da SE
Araraquara 2. Esta atuação acidental não seria suficiente para provocar o desligamento do Polo
1 que se encontrava em operação, o que só ocorreu em função do desligamento do disjuntor
1190, provavelmente por atuação da proteção de baixa pressão de SF6. Com relação a atuação
acidental da proteção diferencial da barra A2 de 500 kV da SE Araraquara 2 e da proteção de
falha do disjuntor 1192 na perturbação do dia 20/09/2015 ás 10h37min, a ELETRONORTE
informou que a causa da atuação da proteção de barras foi a superposição das tensões DC e AC
nos circuitos de distribuição de TRIP pela proteção falha de disjuntor da barra A2. Essa
superposição também sensibilizou o circuito de proteção de falha do disjuntor 1192, levando ao
desligamento do disjuntor central 1190. Após pesquisa e análise do ocorrido verificou-se que no
momento da ocorrência estavam sendo realizadas atividades de manutenção em painel do
Grupo Gerador Diesel de Emergência – GDG, o qual possui as tensões AC e DC. Desse modo,
constatou-se que o ponto de superposição ocorreu, de forma acidental, na régua BT1/ 7 e 8
(alimentação AC) e na mesma régua BT1 / 18 E 19 (alimentação 125 Vcc) do painel de comando
e controle do GDG. Informou também que a anormalidade identificada foi corrigida pela Equipe
de Manutenção.
O evento do dia 2/2/2016 se deu por bloqueio do polo 1 da SE Araraquara 2, devido o fluxo de
água no sistema de resfriamento das válvulas do Polo 1 atingir valores acima do limite máximo
da faixa de ajuste (80 litros/segundo), indicando falha em ambos os sensores de fluxo (E1-FIT1
e E1-FIT2), ocasionando o desligamento do CC 600 kV C.PORTO VELHO / ARARAQUARA 2 C 2
RO/SP. A proteção atuou conforme esperado na lógica do código (MACH2), houve indicação da
falha do sensor de medição (ultrapassou escala do sensor - 80 litros/s) que reportou um erro no
equipamento de medição, após 1 segundo houve bloqueio das válvulas do polo 1 e abertura dos
disjuntores do vão. A análise desta ocorrência pela ELETRONORTE demonstrou a necessidade
de realizar alteração dos parâmetros do software, bem como fazer as alterações dos ajustes do
O distúrbio do dia 28/2/2016 foi o desligamento acidental do polo 1 do Bipolo 1 (CC 600 kV
C.PORTO VELHO / ARARAQUARA 2 C 1 RO/SP) durante intervenção programada para
substituição de fibra óptica associada a proteção do polo na SE Araraquara 254.
Apesar de constar como sendo de origem secundária quando da seleção dos dados pela ANEEL,
o evento do dia 19/4/2016, que também desligou o C2, ainda não havia sido finalizado pelas
avaliações do ONS. Quando do fechamento pela entidade, a classificação passou a ser externa e
se deu pelo desligamento do bipolo durante energização do TF3 da SE Coletora Porto Velho.
A Eletronorte informa que estava em andamento a SGI 16.314-16 da IE Madeira para testes OCT
e OLT no Polo 3 da SE Coletora Porto Velho e no momento da energização do trafo 3 ocorreu
distúrbio no barramento CA 500kV, causando atuação da proteção de sobrecarga no resistor R1
dos filtros FH53 e FH42 devido a elevado índice de conteúdo harmônico. Ambos os Filtros são
do tipo 2 (HP5/36 + HP12). Na ausência destes filtros o sistema efetua o bloqueio do Polo 2,
fazendo com que o Polo 1 entre em sobrecarga.
Após 30 segundos, devido à ausência de Filtro tipo 2, o Polo 1 efetua runbacks para atender a
função ABSMin até o bloqueio do mesmo. Informa também que com relação a Back to Back, o
distúrbio no barramento CA de 500 kV provocou a atuação da proteção de sobrecarga dos
resistores R2 nos filtros FH44, FH54 e FH45 devido aos elevados índices de harmônicas. Após 12
segundos da desconexão do último filtro CA de 500 kV, o Bloco remanescente é bloqueado pela
função ABSmin, uma vez que não há a quantidade mínima de filtros para operação do conversor
Back to Back.
54
SGI nº 7168-16 SUBSTITUIÇÃO DE FIBRA ÓPTICA QUE FAZ O LINK DE COMUNICAÇÃO ENTRE O MC1
DO POLO 1 E VCD SALA DE VÁLVULAS. - Transferir a proteção do sistema B para o sistema A –
ELETRONORTE.
55
REC-001651/2016
Diagnóstico:
Dos 14 desligamentos, 10 tiveram início por desligamentos na linha, sendo eles de duas causas:
indeterminada [9] e descarga atmosférica [1].
56
Conforme informado pela IE Madeira, devido a extensão da LT, sem a localização da falta não é dado
início a inspeção
57
Casos sem localização e origem interna: 4/2/2016; 4/4/2016 e 11/4/2016
O evento do dia 10/12/2015 se deu por uma parada emergencial do Polo 2, por meio do
acionamento da botoeira de emergência pela equipe de operação, devido princípio de incêndio
na bobina de bloqueio do filtro PLC (ADRL7-02) do Polo 2. Após análise do ocorrido pela
ELETRONORTE, foi verificado danos em alguns componentes da bobina de bloqueio, provocado
pelo derretimento da resina de isolação do capacitor da unidade de sintonia. Após intervenção
da equipe de manutenção, todos os componentes danificados foram substituídos de imediato,
sendo o equipamento liberado para operação sem restrições.
A ELETRONORTE informou que, com a abertura do disjuntor 212 do transformador ATR3 houve
a perda de alimentação do barramento "A" das cargas essenciais de ambos os polos 1 e 2. O
automatismo após detectar ausência de tensão efetuou o fechamento do disjuntor 62 (CUB P1)
e 72 (CUBP2) relativo às cargas essenciais, ou seja, o barramento "B" passou a alimentar o
barramento "A" através do disjuntor de interligação de barras.
No instante em que faltou a alimentação CA do barramento "A" houve a comutação das bombas
P1 do sistema de resfriamento de válvulas do Bipolo 1 que estavam em funcionamento,
passando a operar as bombas P2 que estavam conectadas no barramento "B".
No entanto, o fluxo de água do Polo 1 após comutação das bombas se manteve abaixo do valor
de referência durante a temporização de trip por baixo fluxo, o que resultou no desligamento
do mesmo.
A maior problemática das linhas no ciclo selecionado para análise foi o desempenho destas com
relação a descarga atmosférica e não determinação da causa do desligamento.
Conforme informado pela IE Madeira, o tempo de atuação das proteções também é um ponto
que dificulta a identificação durante as inspeções. Pelo tempo de atuação ser bem menor que
nos sistemas de corrente alternada, dificilmente é identificado marcas nos ativos que apontem
as prováveis causas dos desligamentos.
Pela especificidade destes ativos (linhas com mais de 2000 km de comprimento) entende-se que
a reunião com o agente com a divulgação das informações e determinação dos pontos focais é
suficiente como medida para o mesmo se atentar para a qualidade do serviço.
Pelo exposto, estas matérias não serão item de acompanhamento diferenciado por parte desta
Superintendência. No entanto, o desempenho das ações realizadas pela empresa estará sendo
monitorado continuamente através dos indicadores de desligamentos forçados realizados por
esta SFE, e caso os índices não sofram a melhora desejada, esta instalação passará por nova
análise em ciclo posterior.
58
C1 e C2
59
Registro de reunião nº 26/2017-SFE/ANEEL (DOC SIC nº 48534.001179/2017-00)
60
DOC SIC nº 48534.001652/2017-00
61
Ofício nº 284/2013/SEE-MME (Doc SIC nº 48513.041197/2013-00)
62
Doc SIC nº 48552.002998/2013
A conexão foi realizada por meio de tape na LT 230kV Tucuruí / Altamira e sua permanência foi
prevista até a entrada em operação da solução estrutural definitiva a qual inclui um novo circuito
em 230 kV da SE Xingu até a nova SE Tapajós e uma transformação 230/138 kV.
63
Doc SIC nº 48575.007494/2016-00
64
Doc SIC nº 48575.007513/2016-00
Esse equipamento foi analisado no trabalho realizado no ano de 2016, onde na época não foi
solicitado nenhum plano de melhorias relacionado às ocorrências.
Nenhuma das ocorrências teve identificação da causa. No entanto, todos os eventos foram
monofásicos, envolvendo as fases Vermelha ou Branca no trecho do quilômetro 221 a 260.
No primeiro evento do dia 21/7/2015 a falta envolveu a fase Vermelha no quilômetro 232. O
religamento automático não obteve sucesso devido a um erro na lógica de partida do
religamento por recepção de TDD da fase Vermelha. Conforme o agente a lógica foi corrigida
após o desligamento. Após 5 minutos, se teve novo evento com as mesmas características e
local, tendo o religamento automático atuado com sucesso nessa nova solicitação. Nesta
perturbação também ocorreu o desligamento automático da LT 230kV Tucuruí / Altamira C1
(também objeto deste relatório – equipamento de propriedade da Eletronorte) pela atuação
incorreta da proteção de sobrecorrente direcional residual, associada a lógica de teleproteção
de comparação direcional por bloqueio. Como consequência, houve interrupção de cargas
totalizando 179MW. Maiores detalhes relacionados a este desligamento será abordado quando
da análise da LT 230kV Tucuruí / Altamira C1, de propriedade da Eletronorte.
Os demais eventos não necessitam de comentários adicionais haja vista que não foi identificada
a causa, o religamento automático teve sucesso e não houve corte de carga.
Conforme apresentado em reunião pela LXTE, os eventos dos dias 21 e 24/7/2016 estão
classificados internamente na empresa como vegetação. Entretanto, por permanecer a não
determinação no SIPER, não será realizada a reclassificação desta ocorrência no presente
relatório.
65
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Jurupari
Prognóstico:
Esta linha entrou no critério de seleção por ter mais de cinco desligamentos, dentre os quais
pelo menos um teve corte de carga. No entanto, observa-se que o corte de carga foi gerado pelo
desligamento incorreto de outro equipamento, de propriedade de outro agente. Na mesma
janela de análise o circuito 2 também teve 5 registros e não foi selecionado para a análise dos
eventos. Assim, entende-se que a reunião com o agente com a divulgação das informações é
suficiente como medida para o mesmo se atentar para a qualidade do serviço.
Pelo exposto, esta LT não será item de acompanhamento diferenciado por parte desta
Superintendência. No entanto, o desempenho das ações realizadas pela empresa estará sendo
monitorado continuamente através dos indicadores de desligamentos forçados realizados por
No dia 3/11/2015 o evento foi provocado por uma queimada no quilômetro 237, em que o
religamento automático não foi bem sucedido devido a reincidência da falta. Nesta perturbação
também ocorreu o desligamento automático da LT 230kV Tucuruí / Altamira C1 (também objeto
deste relatório – equipamento de propriedade da Eletronorte) pela atuação incorreta da
proteção no terminal de Altamira. Como consequência, houve interrupção de cargas totalizando
187MW. Maiores detalhes relacionados a este desligamento será abordado quando da análise
da LT 230kV Tucuruí / Altamira C1, de propriedade da Eletronorte.
Os desligamentos do dia 15/3/2016 foram provocados por vegetação no quilômetro 227, onde
no primeiro desligamento o religamento automático teve sucesso, sendo bloqueado quando do
segundo evento.
A ocorrência sem determinação em 31/5/2016 foi no quilômetro 241 com atuação com sucesso
do religamento automático. Conforme apresentado em reunião pela LXTE, esta causa
internamente na empresa foi classificada como descarga atmosférica. Entretanto, por
permanecer a não determinação no SIPER, não será realizada a reclassificação desta ocorrência
no presente relatório.
A perturbação do dia 23/4/2016 foi causada por descarga atmosférica (vestígios encontrados na
torre 369 – quilômetro 194), provocando um curto circuito bifásico terra, evolvendo as fases
Azul e Branca. O religamento automático não teve sucesso uma vez que se foi detectada uma
A distribuição das causas, datas e o local66 das faltas estão apresentados nas Figura 457, Figura
458 e Figura 459.
66
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Tucuruí
A atuação do religamento automático e das fases envolvidas são apresentadas nas Figura 460 e
Figura 461.
Prognóstico:
Esta linha entrou no critério de seleção por ter mais de cinco desligamentos, dentre os quais
pelo menos um teve corte de carga. No entanto, observa-se que o corte de carga foi gerado pelo
desligamento incorreto de outro equipamento, de propriedade de outro agente. Na mesma
janela de análise o circuito 1 teve 5 registros e não foi selecionado para a análise dos eventos.
Assim, entende-se que a reunião com o agente com a divulgação das informações é suficiente
como medida para o mesmo se atentar para a qualidade do serviço.
Pelo exposto, esta LT não será item de acompanhamento diferenciado por parte desta
Superintendência. No entanto, o desempenho das ações realizadas pela empresa estará sendo
monitorado continuamente através dos indicadores de desligamentos forçados realizados por
esta SFE e, caso os índices não sofram a melhora desejada, esta instalação passará por nova
análise em ciclo posterior.
Essa subestação foi analisada no trabalho realizado no ano de 2016, onde na época foi solicitado
plano de melhorias relacionado às ocorrências.
Para atuação indevida da proteção dos bancos de capacitores série das linhas de transmissão as
ações seriam realizadas até 10/10/2016. A medição dos resultados compreende o ano de 2016.
Para desligamentos provocados por falha humana, sejam elas acidentais ou relacionadas a
sistemas de proteção, as ações seriam realizadas até 15/12/2016. A medição dos resultados
compreende o período de 1/8/2016 a 31/7/2017.
Diagnóstico:
Dos equipamentos desligados, os bancos de capacitores série das linhas de transmissão que vão
para a SE Tucuruí entraram em operação comercial em 12/6/2013, e o transformador começou
a operar na SE Xingu em 14/10/2014, apesar de ter sido fabricado em 1979.
Entre as causas, verificou-se que foram acidental durante serviços e testes ou erro de
configuração de lógica – concepção.
67
SGI nº 52838-15 – intervenção para implantação de reforço autorizado pela REA 5353/2015 –
Remanejamento da LT 230kV Tucuruí – Altamira, com a finalidade de desobstrução da SE Xingu.
A distribuição das datas, equipamentos envolvidos e causas estão apresentados nas Figura 109
e Figura 110.
Prognóstico:
A maior problemática da linha no ciclo selecionado para análise foi o desempenho desta com
relação a causas acidentais durante a execução de serviços e testes e erro de configuração na
lógica de proteção do transformador que compartilha o disjuntor com a LT 230kV
Tucuruí/Altamira.
Tais temáticas foram objetos de planos de melhorias na análise realizada no ano de 2016 com
período de medição dos resultados compreendendo os períodos de 1/8/2016 a 31/7/2017 e
1/12/2016 a 30/11/2017 respectivamente.
Pelo exposto, estas matérias não serão item de acompanhamento diferenciado por parte desta
Superintendência. No entanto, o desempenho das ações realizadas pela empresa estará sendo
monitorado continuamente através dos indicadores de desligamentos forçados realizados por
esta SFE e, caso os índices não sofram a melhora desejada, esta instalação passará por nova
análise em ciclo posterior.
Corte de
Perturbações
Carga Total Total de
Transmissão Instalação com Corte de
no Período Desligamentos
Carga
[MW]
Linha de transmissão em 138 kV, em operação comercial desde 30/08/1962, com 86 km e sem
religamento automático. No período selecionado foram analisados 24 desligamentos,
resumidos no quadro abaixo.
Quadro resumo das perturbações
Data do
Descrição da
Desligamento Descrição do Local Descrição da Natureza Elétrica
Causa
Forçado
23/7/15 16:38 Sem Localização Específica Chuva/Temporal Fase-Terra
Animais, Pássaros,
10/8/15 21:32 Fase-Terra
Isolador/Cadeia Insetos
Animais, Pássaros, Evolução Fase-Terra / Bifásica-
12/8/15 16:54
Sem Localização Específica Insetos Terra
21/8/15 21:20 Sem Localização Específica Indeterminada Fase-Terra
Descarga
19/9/15 18:33 Fase-Terra
Sem Localização Específica Atmosférica
27/9/15 20:24 Sem Localização Específica Indeterminada Fase-Terra
2/10/15 9:29 Sem Localização Específica Chuva/Temporal Fase-Terra
15/10/15 20:53 Sem Localização Específica Indeterminada Fase-Terra
24/10/15 14:56 Sem Localização Específica Indeterminada Fase-Terra
6/11/15 5:41 Sem Localização Específica Indeterminada Fase-Terra
Naquela ocasião, por se tratar de uma linha com menor quantidade de desligamentos, quando
comparada às demais linhas analisadas, e pelo fato da CEEE-GT estar inserida nas Campanhas
de Fiscalização referentes à Desligamentos de Causa Indeterminada, não foi solicitado plano de
melhorias específico para este equipamento naquele momento.
Diagnóstico:
Ainda, foi observada uma grande quantidade de desligamentos associados à fatores climáticos,
seja por chuva/temporal, com 6 ocorrências, seja por descarga atmosférica, com 3
desligamentos. Embora os Procedimentos de Rede não estabeleçam um limite de desligamentos
para este nível de tensão, pode-se observar que a quantidade de desligamentos por descarga
atmosférica na LT 138 kV Jacuí / Santa Maria 1 C1 é superior ao limite estabelecido no
Submódulo 2.4 dos Procedimentos de Rede para linhas de transmissão de 230 kV, de 2
desligamentos por 100 km por ano.
Após o período de análise, foram observados 4 desligamentos da linha de transmissão até o mês
de novembro de 2016, dos quais 2 não possuem causa determinada, 1 foi provocado por
chuva/temporal e 1 por umidade.
A distribuição das causas, datas e o local68 das faltas estão apresentados nas Figura 467 a Figura
469.
68
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Jacuí
O tipo de curto-circuito e as fases envolvidas são apresentadas nas Figura 470 e Figura 471.
Quando se analisam os desligamentos da LT 138 kV Jacuí / Santa Maria 1 C1, observa-se uma
grande quantidade de desligamentos de causa indeterminada, representando cerca de 54 % dos
desligamentos. A CEEE-GT já possui um plano de melhorias vigente para este tema, resultado da
Campanha de Fiscalização do ciclo 2014/2015, motivo pelo qual não será solicitado novo plano
de melhorias específico para desligamentos com causa indeterminada. Entretanto, no plano de
melhorias para redução da quantidade de desligamentos automáticos desta LT deve ser incluída
uma ação referente à realização do plano de melhorias do ciclo anterior.
Considerando os desligamentos causados por descarga atmosférica, por se tratar de uma linha
de transmissão em 138 kV e não ter os limites de desligamentos definidos nos Procedimentos
de Redes, decidiu-se por não solicitar plano específico para este tema para o equipamento.
Linha de transmissão em 230 kV, em operação comercial desde 07/6/2015, com 104 km e com
religamento automático monopolar ajustado em 1 segundo e tripolar em 5 segundos. No
período selecionado foram analisados 21 desligamentos, resumidos no quadro abaixo.
Quadro resumo das perturbações
Data do
Descrição da
Desligamento Descrição do Local Descrição da Natureza Elétrica
Causa
Forçado
21/7/15 23:49 Sem Localização Específica Indeterminada Fase-Terra
5/8/15 17:53 Sem Localização Específica Indeterminada Fase-Terra
Erro de
Configuração de
30/9/15 9:55 Proteção Sem Natureza Elétrica
Lógica -
Implementação
14/10/15 18:11 Sem Localização Específica Chuva/Temporal Bifásica
15/10/15 4:33 Sem Localização Específica Chuva/Temporal Fase-Terra
Erro de
Configuração de
3/2/16 7:50 Proteção Sem Natureza Elétrica
Lógica -
Implementação
Erro de
Configuração de
30/3/16 8:28 Proteção Sem Natureza Elétrica
Lógica -
Implementação
10/4/16 19:46 Sem Localização Específica Indeterminada Fase-Terra
Acidental -
11/4/16 13:53 Proteção Sem Natureza Elétrica
Serviços/Testes
15/4/16 0:45 Sem Localização Específica Indeterminada Fase-Terra
26/4/16 21:15 Sem Localização Específica Indeterminada Fase-Terra
31/5/16 20:18 Sem Localização Específica Indeterminada Fase-Terra
3/6/16 20:57 Sem Localização Específica Indeterminada Fase-Terra
3/6/16 22:20 Sem Localização Específica Indeterminada Fase-Terra
Outras - Corpos
6/6/16 1:19 Sem Localização Específica Estranhos e Fase-Terra
Objetos
Outras - Corpos
6/6/16 22:18 Sem Localização Específica Estranhos e Fase-Terra
Objetos
Outras - Corpos
7/6/16 2:04 Sem Localização Específica Estranhos e Fase-Terra
Objetos
10/6/16 4:25 Sem Localização Específica Indeterminada Fase-Terra
15/6/16 12:21 Sem Localização Específica Indeterminada Fase-Terra c/ Alta Resistência
27/6/16 19:25 Isolador/Cadeia Chuva/Temporal Fase-Terra
27/6/16 22:47 Isolador/Cadeia Queima Fase-Terra
Diagnóstico:
Ainda, foram observados 3 desligamentos, sendo dois no dia 6/6/2016 e um no dia 7/6/2016,
cujo texto apresenta a causa como indeterminada. Posteriormente, foram reclassificados,
apresentando como causa “Outras – Corpos Estranhos” devido a presença de dejetos de
pássaros na cadeia da torre nº 466 (sem evidência por meio de registros fotográficos), cuja
identificação ocorreu após a consolidação da Síntese Semanal. Tal fato se repete em 27/6/2016,
onde um desligamento inicialmente classificado como indeterminado foi reclassificado para
“Queima” devido a identificação de isoladores queimados nas torres 545 e 546, sem a
apresentação de evidência por meio de registro fotográfico.
Após o período de análise, foram observados 6 desligamentos da linha de transmissão até o mês
de novembro de 2016, dos quais 5 foram provocado por chuva/temporal e 1 por queda de torre.
Neste último desligamento, foi observada nova falha do esquema de falha do disjuntor 52-5.
A distribuição das causas, datas e o local69 das faltas estão apresentados nas Figura 473, Figura
474 e Figura 475.
69
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Alegrete 2
A atuação do religamento automático e as fases envolvidas são apresentadas nas Figura 476 e
Figura 477.
Prognóstico
Quando se analisam os desligamentos da LT 230 kV Alegrete 2 / São Vicente do Sul C1, observa-
se uma grande quantidade de desligamentos de causa indeterminada, representando cerca de
48 % dos desligamentos. A CEEE-GT já possui um plano de melhorias vigente para este tema,
resultado da Campanha de Fiscalização do ciclo 2014/2015, motivo pelo qual não será solicitado
novo plano de melhorias específico para desligamentos com causa indeterminada. Entretanto,
no plano de melhorias para redução da quantidade de desligamentos automáticos desta LT deve
ser incluída uma ação referente à realização do plano de melhorias do ciclo anterior.
Em relação aos desligamentos por Erro de Configuração e Acidental, a CEEE-GT já possui plano
de melhorias vigentes para este tema, resultado da Campanha de Fiscalização do ciclo
2014/2015, motivo pelo qual não será solicitado novo plano de melhorias específico.
Os desligamentos classificados como Outras – Corpos Estranhos e Objetos são devido a presença
de ninhos de pássaros ao longo da linha de transmissão, representando 3 dos 21 desligamentos
da LT no período analisado, número semelhante aos desligamentos causados por
chuva/temporal.
Linha de Transmissão em 230 kV com 151 km, com religamento automático monopolar
configurado em 1 segundo e entrada em operação comercial em 25/11/2002, conforme dados
presentes no SINDAT – ONS. Foram 14 desligamentos no período analisado, resumidos no
quadro abaixo.
Quadro resumo das perturbações
Data do
Descrição da
Desligamento Descrição do Local Descrição da Natureza Elétrica
Causa
Forçado
Sem Localização
Fase-Terra
4/7/15 2:01 Específica Indeterminada
Sem Localização
Fase-Terra
7/7/15 2:38 Específica Indeterminada
Erro de Ajuste - Fase-Terra
18/9/15 15:51 Proteção Execução
Erro de Ajuste - Fase-Terra
19/9/15 16:10 Proteção Execução
Erro de Ajuste - Fase-Terra
21/9/15 6:14 Proteção Execução
Erro de Ajuste - Fase-Terra
22/9/15 5:35 Proteção Execução
Sem Localização
Fase-Terra
23/10/15 6:18 Específica Indeterminada
Sem Localização
Fase-Terra
22/12/15 7:16 Específica Chuva/Temporal
Sem Localização
Fase-Terra
22/12/15 10:25 Específica Chuva/Temporal
Sem Localização
Fase-Terra
15/1/16 5:07 Específica Indeterminada
Sem Localização
Fase-Terra
14/2/16 1:19 Específica Indeterminada
Sem Localização
Fase-Terra
8/4/16 21:58 Específica Indeterminada
Sem Localização
Fase-Terra
2/5/16 2:10 Específica Indeterminada
Sem Localização
Fase-Terra
12/6/16 23:21 Específica Indeterminada
Esta LT foi objeto de análise no ano de 2016, devido à quantidade de desligamentos com causa
indeterminada, além de dois desligamentos por chuva/temporal.
Naquela ocasião, por se tratar de uma linha com menor quantidade de desligamentos, quando
comparada às demais linhas analisadas, e pelo fato da CEEE-GT estar inserida nas Campanhas
de Fiscalização referentes à Desligamentos de Causa Indeterminada, não foi solicitado plano de
melhorias específico para este equipamento naquele momento.
Diagnóstico:
Em 19/9/2015 ocorreu novo desligamento automático da LT 525 kV Itá / Santo Ângelo C1, em
ambos os terminais, devido a um curto-circuito monofásico na linha, envolvendo a fase C, de
causa desconhecida. Durante a eliminação do defeito ocorreu o desligamento automático da LT
525 kV Garabi 2 / Santo Ângelo, em ambos os terminais, pela atuação incorreta das proteções
principais e alternadas direcionais de sobrecorrente residuais e da LT 230 kV Bagé 2 / Livramento
2, somente no terminal de Livramento 2, devido a parametrização incorreta da proteção
alternada.
A CEEE-GT está investigando e informará ao ONS a causa e as providências tomadas com relação
à recusa de atuação da teleproteção da linha Bagé 2 - Livramento 2 na perturbação do dia
15/01/2016 às 05h07min.
Após o período de análise, foram observados 2 desligamentos da linha de transmissão até o mês
de novembro de 2016, dos quais 1 permanece sem causa determinada e 1 foi provocado por
chuva/temporal.
A distribuição das causas, datas e o local70 das faltas estão apresentados nas Figura 479, Figura
480 e Figura 481.
70
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Bage 2
A atuação do Religamento Automático e as fases envolvidas são apresentadas nas Figura 482 e
Figura 483
Em relação aos desligamentos por Erro de Ajuste, a CEEE-GT já possui plano de melhorias
vigentes para este tema, resultado da Campanha de Fiscalização do ciclo 2014/2015, motivo
pelo qual não será solicitado novo plano de melhorias específico.
Naquela ocasião, por se tratar de uma linha com menor quantidade de desligamentos, quando
comparada às demais linhas analisadas, e pelo fato da CEEE-GT estar inserida nas Campanhas
de Fiscalização referentes à Desligamentos de Causa Indeterminada, não foi solicitado plano de
melhorias específico para este equipamento naquele momento.
Em 8/11/2015, foi realizada intervenção (SGI 39325-15) para troca de isoladores e ferragens e
também a retirada de ninhos ao longo da linha de transmissão.
Em 12/2/2016, foi realizada intervenção (SGI 05813-16) para retirar ninho de gavião na estrutura
n°74 (com chuva ou vento está ocorrendo desarme da linha de transmissão).
Ainda, entre os dias 8 e 27/6/2016, foram realizadas intervenções para retirada de ninhos de
gavião e instalação de dispositivos anti-pássaros nas estruturas 39, 40, 56, 74, 79, 80, 81, 82 e
83 (SGIs 24636-16, 26257-16 e 26935-16). Atualmente a LT conta com 14 estruturas com
dispositivos anti-pouso instalados.
A distribuição das causas, datas e o local71 das faltas estão apresentados nas Figura 487, Figura
488 e Figura 489.
71
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Cidade Industrial
Os desligamentos classificados como Outras – Corpos Estranhos e Objetos são devido a presença
de ninhos de pássaros ao longo da linha de transmissão, representando 8 dos 25 desligamentos
da LT no período analisado. Se somados aos 2 desligamentos classificados como Pássaros, pode-
se concluir que esta causa representa cerca de 40 % dos desligamentos da LT.
Linha de transmissão em 230 kV, com 204 km de extensão, com religamento automático
monopolar configurado em 1 segundo e entrada em operação comercial em 18/6/2006. Foram
11 desligamentos no período analisado, resumidos no quadro abaixo.
Esta LT foi objeto de análise no ano de 2016, devido à quantidade de desligamentos com causa
indeterminada ou associados condição climática (Chuva/Temporal).
Naquela ocasião, por se tratar de uma linha com menor quantidade de desligamentos, quando
comparada às demais linhas analisadas, e pelo fato da CEEE-GT estar inserida nas Campanhas
de Fiscalização referentes à Desligamentos de Causa Indeterminada, não foi solicitado plano de
melhorias específico para este equipamento naquele momento.
Diagnóstico:
Ainda em 13/7/2015, ocorreu novo desligamento automático da LT 230 kV Itaúba / Nova Santa
Rita C1, em ambos os terminais, devido a um curto-circuito monofásico na linha, envolvendo a
fase B, provocado por temporal. Houve atuação, com sucesso, do esquema de religamento
automático monopolar do terminal de Nova Santa Rita e recusa no terminal de Itaúba.
Já em 29/7/2015, ocorreu novo desligamento, sem causa determinada, com nova recusa de
atuação do religamento automático da LT no terminal de Itaúba. A CEEE-GT realizou intervenção
em 30/8/2015 (SGI 30689-15) para verificar o motivo da recusa de atuação do RA nas
ocorrências citadas, bem como para a troca de isoladores e limpeza de faixa.
Em 25/1/2016, ocorreu o desligamento automático da LT 230 kV Itaúba / Nova Santa Rita C1,
em ambos os terminais, devido a um curto-circuito monofásico na linha, envolvendo a fase C,
de causa desconhecida, com atuações das proteções principais e alternadas de distância, e
atuação, com sucesso, do esquema de religamento automático monopolar da linha. Cerca de 35
segundos depois ocorreu novo desligamento automático da LT, devido a um curto-circuito
monofásico na linha, envolvendo a fase C, de causa desconhecida, com atuação das mesmas
Após o período de análise, foi observado 1 desligamento até o mês de novembro de 2016,
provocado por Chuva/Temporal.
A distribuição das causas, datas e o local72 das faltas estão apresentados nas Figura 494, Figura
495 e Figura 496.
72
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Itaúba
Quando se analisam os desligamentos da LT 230 kV Itaúba / Nova Santa Rita C1, observa-se uma
grande quantidade de desligamentos de causa indeterminada, representando cerca de 55 % dos
desligamentos. A CEEE-GT já possui um plano de melhorias vigente para este tema, resultado da
Campanha de Fiscalização do ciclo 2014/2015, motivo pelo qual não será solicitado novo plano
de melhorias específico para desligamentos com causa indeterminada.
Ainda, os desligamentos provocados por descarga atmosférica estão dentro dos limites
estabelecidos pelos Procedimentos de Rede vigentes para o nível de tensão e comprimento da
linha de transmissão, motivo que levou a Superintendência a não solicitar plano de melhorias
específico para esta causa neste ciclo.
As demais causas não apresentam quantidade significante que justifique a solicitação de plano
de melhorias específico para esta linha de transmissão.
Linha de transmissão em 230 kV, com 112 km de extensão, com religamento automático
monopolar configurado em 1 segundo e entrada em operação comercial em 19/06/2010. Foram
6 desligamentos no período analisado, resumidos no quadro abaixo.
Em 4/8/2015, ocorreu o desligamento automático das LTs 230 kV Missões / São Borja 2, em
ambos os terminais, e Maçambara / São Borja 2, somente no terminal de Maçambara,
provocados por uma descarga atmosférica que atingiu o sistema de alimentação em corrente
contínua 125 Vcc, com atuação dos esquemas de transferência direta de disparo de ambas as
linhas. No período houve interrupção de 17 MW de cargas da AES-SUL na subestação São Borja
2. Houve demora no restabelecimento devido à falta de corrente contínua na subestação São
Borja 2. A CEEE-GT informou que houve avarias em vários equipamentos necessitando a isolação
da barra A de 125Vcc da subestação São Borja 2.
Foram observadas diversas intervenções na SE São Borja 2 durante o período analisado, a fim
de atender as Resoluções Autorizativas N° 2571/2010 e 3159/2011, que tinham por escopo a
instalação do 3º transformador trifásico 230/69/13,8 kV - 50 MVA e Instalação de um banco de
capacitores em derivação em 230 kV - 30 MVar, respectivamente. Ainda, foi realizada
intervenção (SGI 18457-16) para a troca de isoladores e anel anti-corona ao longo da LT.
A distribuição das causas, datas e o local73 das faltas estão apresentados nas Figura 500, Figura
501 e Figura 502.
73
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE São Borja 2
Prognóstico
Quando se analisam os desligamentos da LT 230 kV Missões / São Borja 2 C1, observa-se uma
predominância de desligamentos de causa indeterminada, representando cerca de 33 % dos
desligamentos. A CEEE-GT já possui um plano de melhorias vigente para este tema, resultado da
Campanha de Fiscalização do ciclo 2014/2015, motivo pelo qual não será solicitado novo plano
de melhorias específico para desligamentos com causa indeterminada.
Ainda, os desligamentos provocados por descarga atmosférica estão dentro dos limites
estabelecidos pelos Procedimentos de Rede vigentes para o nível de tensão e comprimento da
linha de transmissão, motivo que levou a Superintendência a não solicitar plano de melhorias
específico para esta causa neste ciclo.
As demais causas não apresentam quantidade significante que justifique a solicitação de plano
de melhorias específico para esta linha de transmissão.
Linha de Transmissão em 230 kV com 136 km, com religamento automático monopolar
configurado em 1 segundo e tripolar configurado em 3 segundos, e entrada em operação
comercial em 24/10/1975. Foram 18 desligamentos no período analisado, resumidos no quadro
abaixo.
Esta LT foi objeto de análise no ano de 2016, devido à quantidade de desligamentos com causa
indeterminada ou associados a questões climáticas, além de um desligamento acidental e um
por vegetação.
Na ocasião, por se tratar de uma linha com menor quantidade de desligamentos, quando
comparada às demais linhas analisadas, e pelo fato da CEEE-GT estar inserida nas Campanhas
de Fiscalização referentes à Desligamentos de Causa Indeterminada, não foi solicitado plano de
melhorias específico para este equipamento naquele momento.
Diagnóstico:
Em 31/7/2015, ocorreu o desligamento automático da LT 230 kV Passo Real / Venâncio Aires C1,
somente no terminal de Passo Real, provocado acidentalmente durante execução da
intervenção SGI 26641-15, durante manobras de transferência. Em 27/04/2016 a CEEE-GT
informou que foram realizadas inspeções e repetida a manobra de bypass da referida linha de
transmissão, onde não foram encontradas anormalidades que justifiquem a ocorrência.
Em 8/11/2015, ocorreu o desligamento automático da LT 230 kV Passo Real / Venâncio Aires C1,
em ambos os terminais, devido a um curto-circuito monofásico na linha, envolvendo a fase B,
provocado por temporal. Houve atuação das proteções principais e alternadas de distância e
atuação com sucesso do esquema de religamento automático monopolar da linha. A
perturbação foi classificada como Vento Forte, devido correlação do desarme com vento na
região no momento do desligamento.
(a) (b)
Figura 507 – Mapa de descarga atmosférica na região (LT em amarelo) no dia 21/03/2016:
(a) as 17h40 e (b) as 20h15
Após o período de análise, foram observados 6 desligamentos da linha de transmissão até o mês
de novembro de 2016, dos quais 4 permanecem sem causa determinada, 1 foi provocado por
chuva/temporal e 1 por vegetação.
A distribuição das causas, datas e o local74 das faltas estão apresentados nas Figura 509, Figura
510 e Figura 511.
74
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Passo Real
A atuação do Religamento Automático e as fases envolvidas são apresentadas nas Figura 512 e
Figura 513.
Prognóstico
Quando se analisam os desligamentos da LT 230 kV Passo Real / Venâncio Aires C1, observa-se
uma grande quantidade de desligamentos de causa indeterminada, representando cerca de 28
% dos desligamentos. A CEEE-GT já possui um plano de melhorias vigente para este tema,
resultado da Campanha de Fiscalização do ciclo 2014/2015, motivo pelo qual não será solicitado
novo plano de melhorias específico para desligamentos com causa indeterminada. Entretanto,
no plano de melhorias para redução da quantidade de desligamentos automáticos desta LT deve
ser incluída uma ação referente à realização do plano de melhorias do ciclo anterior.
Os desligamentos provocados por descarga atmosférica estão dentro dos limites estabelecidos
pelos Procedimentos de Rede vigentes para o nível de tensão e comprimento da linha de
transmissão, motivo que levou a Superintendência a não solicitar plano de melhorias específico
para esta causa neste ciclo.
As demais causas não apresentam quantidade significante que justifique a solicitação de plano
de melhorias específico para esta linha de transmissão.
Linha de Transmissão em 230 kV, com 50,9 km de extensão, sem religamento automático e data
de entrada em operação em 22/12/1985. Foram 14 desligamentos no período analisado,
resumidos no quadro abaixo.
Esta LT foi objeto de análise no ano de 2016, com causa relacionada a falhas humanas, seja de
terceiros, seja da CEEE-GT, durante investigação de outros desligamentos.
Naquela ocasião, por se tratar de uma linha com menor quantidade de desligamentos, quando
comparada às demais linhas analisadas, e pelo fato da CEEE-GT estar inserida nas Campanhas
de Fiscalização referentes à Desligamentos de Causa Indeterminada, não foi solicitado plano de
melhorias específico para este equipamento naquele momento.
Diagnóstico:
Em 15/12/2015, ocorreu o desligamento automático LT 230 kV Pre. Médici / Bagé 2 C1, somente
no terminal de Presidente Médici, sem causa aparente, sem atuação de proteção. Tal evento se
repetiu por duas vezes no dia 17/12/2015.
Em 29/07/2016 a CEEE-GT informou que foi instalado o transformador TR-1 03/07/2016 original,
e reconstituído o circuito de polarização de sequência zero da proteção primária. No entanto,
em 12/06/2016 a proteção primária já havia sido novamente excluída devido a defeito em TPC
da SE Bagé 2, a qual gerou a recomendação REC-002184/2016 que permanece aberta.
Após o período de análise, foram observados 4 desligamentos da linha de transmissão até o mês
de novembro de 2016, dos quais 3 permanecem sem causa determinada (Pendência SGR) e um
provocado por umidade.
A distribuição das causas, datas e o local75 das faltas estão apresentados nas Figura 515, Figura
516 e Figura 517.
75
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Presidente Médici
Quando se analisam os desligamentos da LT 230 kV Pre. Médici / Bagé 2 C1, observa-se uma
grande quantidade de desligamentos de causa indeterminada, representando cerca de 64 % dos
desligamentos. A CEEE-GT já possui um plano de melhorias vigente para este tema, resultado da
Campanha de Fiscalização do ciclo 2014/2015, motivo pelo qual não será solicitado novo plano
de melhorias específico para desligamentos com causa indeterminada.
As demais causas não apresentam quantidade significante que justifique a solicitação de plano
de melhorias específico para esta linha de transmissão para este ciclo.
Naquela ocasião, por se tratar de uma linha com menor quantidade de desligamentos, quando
comparada às demais linhas analisadas, e pelo fato da CEEE-GT estar inserida nas Campanhas
de Fiscalização referentes à Desligamentos de Causa Indeterminada, não foi solicitado plano de
melhorias específico para este equipamento naquele momento.
Diagnóstico:
Após o período de análise, foram observados 4 desligamentos da linha de transmissão até o mês
de novembro de 2016, dos quais 1 permanece sem causa determinada, 1 foi provocado por
descarga atmosférica, 1 por pássaro Curicaca e 1 por umidade.
A distribuição das causas, datas e o local76 das faltas estão apresentados nas Figura 520, Figura
521 e Figura 522.
76
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Scharlau 2
Prognóstico
As demais causas não apresentam quantidade significante que justifique a solicitação de plano
de melhorias específico para esta linha de transmissão para este ciclo.
77
DOC SIC nº 48534.002457/2017-00
78
DOC SIC nº 48513.002309/2017-00
Diagnóstico:
Constatou-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
Descarga Atmosférica (9 ocorrências, representando 69% dos desligamentos). Segundo
estabelecido no Submódulo 2.4 dos Procedimentos de Rede, o limite de desligamentos por
descargas atmosféricas para linhas de transmissão de 230 kV é de 2 desligamentos por 100 km
por ano. Desse modo, o limite para a linha de transmissão sob análise é de 4 desligamentos
No período compreendido entre 30/9/15 e 20/3/16 foram realizadas diversas intervenções para
a substituição de amortecedores e isoladores danificados ou reparo no cabo para-raios ao longo
da linha de transmissão (ex: SGI: 39263-15; 39590-15; 41118-15; 43460-15; 43468-15; 9215-16;
9218-16)
Somente no desligamento do dia 28/6/16 foi observada a atuação com sucesso do religamento
automático.
Foi observada uma grande quantidade de intervenções nos equipamentos, tanto para correção
de anomalias, como para implantação de melhorias e reforços.
Ainda durante a reunião entre SFE e Copel-GT, a transmissora esclareceu que a necessidade de
reforma da LT foi inserida nas considerações efetuadas pela Copel em atendimento à Resolução
Normativa nº 643/2014, que trata da substituição de equipamentos em final de vida útil.
Estendendo a janela de análise para novembro de 2016, foram observados mais 2 desligamentos
da LT em análise, sendo 1 por falha humana durante intervenção de outra empresa e 1 por
descarga atmosférica.
A distribuição das causas, datas e o local79 das faltas estão apresentados nas Figura 527 a Figura
529.
79
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Figueira
Prognóstico:
Ainda em relação aos desligamentos forçados, percebeu-se que a segunda principal causa são
os desligamentos provocados por pássaros, em especial a Curicaca, com um quantitativo de 3
desligamentos, após esclarecimentos da Copel, no total de 13 da LT. Por se tratar de um menor
número de desligamentos, quando comparado à causa principal, e pelo fato da transmissora já
vir atuando para reduzir esta causa, seja com inspeção, seja com a instalação de dispositivos
anti-aves, a Superintendência decidiu por não solicitar plano específico para este tema.
Constatou-se que a causa principal dos desligamentos da linha de transmissão sob análise é
Descarga Atmosférica (6 ocorrências, representando 46% dos desligamentos). Segundo
estabelecido no Submódulo 2.4 dos Procedimentos de Rede, o limite de desligamentos por
descargas atmosféricas para linhas de transmissão de 230 kV é de 2 desligamentos por 100 km
por ano. Desse modo, o limite para a linha de transmissão sob análise é de 4 desligamentos
devidos a essa causa durante a janela de um ano analisada, o qual foi excedido em 2
desligamentos.
Na tentativa de evitar desligamentos causados por pássaros, a Copel-GT informa que vem
realizando manutenções sistemáticas (inspeções patrulhadas, detalhadas e aéreas nas LTs),
além da instalação de dispositivos inibidores de aves em suas estruturas, bem como a realização
de inspeções pós-ocorrências, para a identificação e correção de anormalidades.
Ainda durante a reunião entre SFE e Copel-GT, a transmissora esclareceu que a necessidade de
reforma da LT foi inserida nas considerações efetuadas pela Copel em atendimento à Resolução
Normativa nº 643/2014, que trata da substituição de equipamentos em final de vida útil.
Estendendo a janela de análise para novembro de 2016, foram observados mais 4 desligamentos
da LT em análise, sendo 2 por Pássaro Curicaca, 1 por descarga atmosférica e 1 pelo
deslocamento físico de uma estrutura provocado por ventos fortes.
80
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Figueira
A atuação do religamento automático e as fases envolvidas são apresentadas nas Figura 536 e
Figura 537
Ainda em relação aos desligamentos forçados, percebeu-se que a segunda principal causa são
os desligamentos provocados por pássaros, em especial a Curicaca, com um quantitativo de 3
desligamentos, de um total de 13desligamentos da LT. Por se tratar de um menor número de
desligamentos, quando comparado à causa principal, e pelo fato da transmissora já vir atuando
para reduzir esta causa, seja com inspeção, seja com a instalação de dispositivos anti-aves, a
Superintendência decidiu por não solicitar plano específico para este tema.
A Eletrosul Centrais Elétricas S.A. – Eletrosul foi convocada através do Ofício nº 117/2017-
SFE/ANEEL, de 28 de março de 2017, para reunião técnica realizada na sede da ANEEL no dia 05
de abril de 2017 para prestar esclarecimentos relacionados aos desligamentos selecionados na
sua rede, em especial para as Linhas de Transmissão em 230 kV Presidente Médici / Santa Cruz
C1, e relacionados às campanhas de fiscalização onde estava inserida.
Também foi convocada a Transmissora Sul Litorânea de Energia S.A. – TSLE por meio do ofício
supracitado, para esclarecer os desligamentos envolvendo a Subestação Marmeleiro 2 e o item
de campanha de fiscalização onde estava inserida, em reunião conjunta com a Eletrosul.
Diagnóstico:
Durante a análise percebeu-se que as ocorrências podem ser agrupadas em 4 grupos distintos.
A Eletrosul possui plano de melhorias para tratar de desligamentos com causa indeterminada,
com ações até setembro de 2016.
Durante a reunião de análise entre a SFE e a Eletrosul, ficou esclarecido que dois dos
desligamentos classificados como de causa indeterminada foram posteriormente identificados
como sendo provocados por Pássaro Curicaca, mesmo não sendo reclassificados pelo ONS em
função da ausência de solicitação de reclassificação pela transmissora. Foi apresentado relato
fotográfico com evidências de dejetos de pássaros nos isoladores.
Como medida de evitar desligamentos causados por pássaros, a Eletrosul vem instalando
dispositivos que impeçam que os dejetos sujem os isoladores, bem como dispositivos que
permitem às aves pousar em pontos longe dos isoladores das LTs.
A transmissora informou que o serviço de limpeza de faixa é realizado por empresa terceirizada,
a partir da identificação e registro da necessidade de supressão da vegetação realizados por
inspetor da transmissora. Essa identificação é feita de forma visual, estimando a distância entre
os cabos condutores da linha e a vegetação, sendo definido um prazo para a supressão. Ainda,
a Eletrosul apontou que vegetação que causou os desligamentos, localizada dentro da faixa de
servidão da linha de transmissão, havia sido apontada como uma necessidade de supressão.
Entretanto, o prazo decorrido desde a identificação até o corte não foi suficiente para evitar os
desligamentos.
Os eventos não provocaram corte de carga. A distribuição das causas, datas e o local81 das faltas
estão apresentados nas Figura 541, Figura 543 e Figura 544.
81
O local está relativizado de 0 a 100% do comprimento da Linha de Transmissão onde o terminal de
referência (0%) é a SE Presidente Médici
A atuação do religamento automático e das fases envolvidas são apresentadas nas Figura 386 e
Figura 387.
Prognóstico
Já considerando os desligamentos causados por descarga atmosférica, por se tratar de uma linha
de transmissão em 230 kV e dada a sua extensão, o equipamento não excedeu os limites
estabelecidos pelos Procedimentos de Redes.
Assim, a Superintendência decidiu por solicitar Plano de Melhorias específico para tratar os
desligamentos envolvendo vegetação em toda a rede da Eletrosul. O referido plano deve
abordar a melhoria nos procedimentos de inspeção para a prevenção de aproximação de
vegetação as linhas de transmissão da Eletrosul. A solicitação dos planos foi feita por meio do
Ofício nº 221/2017-SFE/ANEEL, emitido em 12 de junho de 2017.
Diagnóstico:
A TSLE informou que no dia 17/02/2016 foi retirado o trip da proteção de temperatura de óleo
da cuba do mancal dianteiro e traseiro dos Compensadores Síncrono 1 e 2, em Marmeleiro 2
temporariamente. Estas proteções de temperatura do óleo do mancal ficarão apenas como
alarme, conforme orientação do fabricante WEG. A TSLE ficará monitorando estes alarmes para
identificar qual o componente está com o comportamento indevido, com o objetivo de
identificar o problema no sensor de temperatura PT100 dos Compensadores Síncronos 1 e 2,
em Marmeleiro 2.
Posteriormente, em 27/04/2016, o fabricante alterou a lógica no antigo sinal de trip, para que
o alarme fosse gerado apenas quando houvesse uma variação superior a 10°C em período
inferior a 5 segundos. Esta lógica, entretanto, mostrou problemas tendo o ponto de alarme
voltado a atuar indevidamente.
O fabricante identificou o problema e fez alteração da lógica no CLP, reconfigurando agora dois
pontos de alarme, um de alta temperatura do óleo operando apenas para uma subida gradual
da mesma (rampa menor que 2°C/s) e outro de falha na medição, operando para subida abrupta
e indevida da temperatura (rampa maior ou igual a 2°C/s). Esta alteração foi realizada em
26/10/2016, em ambos os compensadores síncronos, tendo sido testada com sucesso com um
calibrador de processo. O fabricante considera esta solução como definitiva: sem trip e com os
2 pontos de alarme.
SGR: A Eletrobrás Eletrosul (TSLE) informou em 29/07/2016 que foi feita investigação junto ao
fabricante (WEG) em 23/06/16 e verificada a necessidade de reajuste do sistema hidráulico de
lubrificação para prover o fluxo necessário de óleo dos mancais na partida das bombas de
emergência. Foram efetuados testes e os sensores foram reajustados de 18,7 l/min para 17,5
l/min, de forma a evitar reincidência desta natureza.
A TSLE informou que foram retiradas provisoriamente todas as placas guia das barras de
conexão dos reatores limitadores de curto para realizar um levantamento prévio da classificação
do material utilizado na fabricação destas placas, uma vez que foi constatada presença de
umidade no equipamento onde fica localizada a placa (SGI 22972-16).
SGR: No dia 16/06/2016 a TSLE reajustou a temporização das proteções de terra 64S nos relés
ALSTOM P343 das proteções principal e alternada dos compensadores síncronos CS1 e CS2 da
subestação Marmeleiro 2. Em 14/07/2016 a TSLE informou que foi realizada avaliação de
solução que garanta a seletividade entre as proteções dos compensadores síncronos CS1 e CS2
da subestação Marmeleiro 2, entretanto não foi detectada possibilidade de implementação de
solução melhor que a coordenação no tempo já proposta.
Ainda, foram observados desligamentos por falha no sistema de excitação, falha em relés de
proteção, acidental durante testes (SGI 52270-15) ou sem causa determinada.
A distribuição das datas, equipamentos envolvidos, causas e o local das faltas estão
apresentados nas Figura 548, Figura 549 e Figura 550.
Prognóstico
Durante análise, foi observada uma grande quantidade de desligamentos nos dois
Compensadores Síncronos da Subestação Marmeleiro 2, das mais diversas causas. Destacam-se
a atuação indevida da proteção de alta temperatura da cuba óleo dos mancais, desligamento
por falha de comunicação no RT do CO1, entre CPU principal e cartões de entradas e saídas,
quando a CPU de retaguarda já apresentava falha e atuação indevida da proteção de falha terra
do rotor (64R) do CO2, provocada por perda de comunicação entre módulos do relé 64R,
Com o trabalho foi possível identificar causas de defeitos por instalações analisadas. Para cada
caso foi prognosticada uma ação da fiscalização. Foram analisadas 61 (sessente e uma) linhas de
transmissão e 20 (vinte) subestações, totalizando 81 (oitenta e uma) instalações, responsáveis
por 1.096 desligamentos forçados, o que representa 29,1% do total de desligamentos no
período.
O relatório também apresentou uma descrição dos desdobramentos das ações do primeiro ciclo
de análises, que considerou os desligamentos ocorridos entre 1º de agosto de 2014 a 31 de julho
de 2015.
Importante destacar que esses resultados foram observados durante o período de implantação
da maioria dos PMPs solicitados e sem qualquer relativização em relação ao crescimento da
malha de transmissão no período. Assim, é esperado que as reduções de desligamentos sem
causa determinada e do total desligamentos sejam ainda mais expressivas.