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1 CURSO CONSULTORIA EM AMAMENTAÇÃO – INSTITUTO MAME BEM

CURSO CONSULTORIA EM AMAMENTAÇÃO

Objetivo: Apresentar a profissionais da saúde uma visão abrangente, profunda


e minimalista de todas as dificuldades que possam estar presentes no momento
do aleitamento materno. Discutir o cenário atual, no Brasil e no mundo, sobre a
mudança das práticas de assistência à amamentação e o impacto sócio cultural
das gerações sobre este evento. Trazer as últimas evidências científicas sobre
a assistência de qualidade à mulher, bebê e díade, para que o aluno incorpore e
some a seus conhecimentos de base e vivência prática, em prol de se tornar um
profissional referência na área.
CORPO DOCENTE

Tatiana Vargas Camila Ramos Camila Dantas


Fonoaudióloga IBCLC Fonoaudióloga Fonoaudióloga
Dra em Engenharia Ms em Engenharia Doutoranda em
Mecânica Mecânica Fonoaudiologia

ALEITAMENTO MATERNO
Normatizes no Brasil e no mundo
• Aleitamento materno exclusivo até 6 meses
• Aleitamento materno até 2 anos ou mais

Avaliações e condutas clínicas:


Experiência Clínica + Evidências Científicas

“Todo conteúdo deste material é de propriedade intelectual dos autores e seu conteúdo é exclusivamente para uso dos
alunos matriculados no referido programa, a reprodução total e/ou parcial deste material é expressamente proibida.”
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Tendência dos indicadores

BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO


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LITERATURA SUGERIDA

1. Documento – BREASTFEEDING IN THE 21ST CENTURY


2. Caderno 23. Saúde da Criança, Aleitamento Materno e Alimentação
Complementar – Ministério da Saúde
3. Manual do Método Canguru – Ministério da Saúde
4. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos – Ministério
da Saúde
5. Documentos científicos e Guias práticos de atualização do Departamento
Científico de Aleitamento Materno - Sociedade Brasileira de Pediatria
6. Core Curriculum for Lactation Consultant Practice
7. Amamentação Bases Científicas – Marcus Renato de Carvalho e
Cristiane F. Gomes
8. Tratado do Especialista em Cuidado Materno Infantil com enfoque
em Amamentação – Tatiana Vargas Castro Perilo. 2019.

O que significa ser uma CONSULTORA?

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Qual o papel da CONSULTORA DE AMAMENTAÇÃO?

Avaliar Diagnosticar Intervir

• Promover o aleitamento materno


• Prevenir dificuldades de amamentação
• Incentivar e encorajar as mães
• Esclarecer dúvidas | Ouvir
• Apresentar soluções / Resolver os problemas
• Apoiar a decisão da mulher

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O que consideramos uma amamentação bem sucedida?


- Prazer
- Qualidade de vida
- Ganho de peso
- Saúde

Emocionais

História Amamentação Anatomofisi


Pregressa bem sucedida ológicos

Culturais

Onde está o problema da amamentação?


Antes da amamentação...
- Parto
- Idealização / desejo
- Gestação
- Amamentação

O casal grávido
A construção da parentalidade
“Processo de formação dos sentimentos, das funções e dos comportamentos
no desempenho da maternalidade e da paternalidade. Tem início anteriormente
ao momento da concepção, percorre a gestação e o puerpério e permanece
durante toda a vida”
Método Canguru, 2018. Módulo 2

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Fatores que influenciam o AM


• Presença do pai
• O apoio do pai é fundamental no AM
• Idade da mãe
• Mães adolescentes maior resistência
• Presença do pai x idade da mãe
• A presença do pai de mães adolescente desfavorece o AM
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de
Ações Programáticas Estratégicas. Atenção humanizada ao recém-nascido
de baixo peso: Método Canguru/ Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção a Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. –
2. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2011. / MÓDULO 2

• Bebê Imaginado X Bebê Real


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• Condições emocionais

Blues do Pós Parto Depressão Pós Parto Psicose Puerperal


50 a 70% dos nascimentos 10 a 15% dos nascimentos 1-5/1000 dos nascimentos
Humor depressivo, fadiga, Sensação de incapacidade, Transtornos do sono, irritabilidade,
insônia, ansiedade sentimento de culpa, mudança de humor, sintomas
transtornos do sono, mudança psicóticos (delírios, alucinações)
de humor, tristeza

- O pico se situa entre o 3º - Maioria dos casos: 2 - 1ª semana ao 1º mês


e 6º dia após o nascimento primeiros meses depois do - Pode requerer hospitalização
- Não há necessidade de parto - Duração é variável
hospitalização - Pode necessitar internação - Pode ser o início de uma
- Raramente dura mais que 1 - Duração é variável depressão psicótica, esquizofrenia
semana - Melhor prognóstico que ou síndrome cerebral orgânica
- Se durar mais de 1 mês outras depressões
procurar auxílio profissional
Apoio familiar, das Tratamento por profissional Tratamento por profissionais da
maternidades e profissionais da especializado saúde mental
saúde

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Período gestacional - 40 SEMANAS


Nascimento - Termo: 37 a 42 semanas
Pré termo: Abaixo de 37 semanas
Pós termo: Acima de 42 semanas

• Possibilidades diagnósticas durante a gestação


• Ultrassons:
1º trimestre
Transluscência nucal: 11ª e 14ª semana de gravidez
Morfológico: 18ª e 24ª semana de gravidez
Crescimento fetal: após a 34ª semana

Parto
Qual o melhor tipo de parto?
O melhor tipo de parto é aquele que tem a melhor indicação clínica!
• 70% das gestantes iniciam o pré-natal desejando um parto normal
Mas no Brasil, apenas 44% conseguem
Em alguns hospitais, apenas 2%
• O Brasil é o “campeão” mundial de cesarianas.
- Um dos procedimentos mais comuns no país
- Quase 50% dos brasileiros vêm ao mundo dessa maneira
- Entre os países da América Latina, o Brasil está em primeiro no
ranking dos que mais realizam a cirurgia
- Nos hospitais privados, o número de gestantes que fazem
cesáreas chega a 85%, segundo o Sinasc
• A OMS preconiza que somente 15% dos partos sejam cirúrgicos

Via Vaginal
- 24 horas de internação
“O corpo da mulher – salvo algumas exceções – foi feito para dar à luz de maneira
natural.”

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“No parto normal, a mulher está assumindo para si a responsabilidade de ter um filho.
É algo que não sabemos a hora que vai acontecer, se vai ser num momento conveniente
ou não. Na cesárea é justamente o contrário. A gestante deita na maca, recebe a
anestesia e quem faz o parto é o médico. Tudo é programado. Marcamos horário e a
família está preparada, esperando com bexigas e presentes”.

Médico José Vicente Kosmiscas, ginecologista e obstetra

- Intervenções
Extratores
Episiotomia (considerada violência obstétrica)
Cesárea
- 48 horas de internação
- Risco de Infecções
- Uso de medicamentos
* Só há DUAS indicações absolutas de cesáreas, segundo médico James
Cadidé da Comissão de Parto da Febrasgo.
- Desproporção céfalo-pélvica e apresentação prévia da placenta
Parto Humanizado
Humanização também para o bebê
- Clampeamento tardio do cordão umbilical
- Contato pele a pele imediato mãe-bebê
- Início precoce do aleitamento materno
- Método Canguru

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Iniciativa Hospital Amigo da Criança - IHAC


• Idealizada em 1990 pelo UNICEF e pela OMS

• Visa à promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno

• Objetivo: mobilizar funcionários dos estabelecimentos de saúde para


que mudem condutas e rotinas responsáveis pelos elevados índices
de desmame precoce

10 passos para o SUCESSO do aleitamento materno


Passo 1 - Ter uma norma escrita sobre Aleitamento Materno, que deve ser
rotineiramente transmitida a toda a equipe de saúde
Passo 2 - Treinar toda a equipe de saúde, capacitando-a para implementar esta
norma
Passo 3 - Orientar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do
Aleitamento Materno
Orientações no pré-natal devem abordar:

Vantagens do Aleitamento Materno

Início precoce da Amamentação

Importância do alojamento conjunto

Importância da Amamentação sob livre demanda

Como ter leite suficiente

Posicionamento e pega

Importância do Aleitamento Materno exclusivo

Riscos da alimentação artificial e do uso de mamadeiras, bicos e chupetas

Passo 4 - Ajudar as mães a iniciar o Aleitamento Materno na primeira meia hora


após o nascimento do bebê
Início precoce da amamentação

Por quê?

Aumenta a duração do Aleitamento Materno

O contato pele-a-pele mantém o calor e permite a colonização do RN com a flora


materna

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O colostro é a primeira imunização do recém-nascido

Aproveita o estado de alerta do recém-nascido durante a primeira hora

O bebê aprende a mamar de maneira mais eficiente

Como?

 Manter mãe e bebê juntos

 Colocar o recém-nascido sobre o peito da mãe

 Deixar o bebê mama quando quiser

 Não ter pressa e não interromper o processo

Passo 5 - Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo


se vierem a ser separadas de seus filhos
Passo 6 - Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do
Leite Materno, a não ser que tal procedimento tenha uma indicação médica
Impacto da rotina da complementação:

Diminuição da frequência ou efetividade da sucção

Diminuição da quantidade de leite removido das mamas

Retardo da produção ou redução do volume de leite

Algumas crianças têm dificuldade de pegar o

Peito quando são alimentadas com mamadeira

Passo 7 - Praticar o alojamento conjunto permitir que mãe e bebê permaneçam


juntos 24 horas por dia
Passo 8 - Encorajar o Aleitamento Materno sob LIVRE DEMANDA
Dar o peito cada vez que a mãe ou o bebê quiserem, sem restrição na duração
ou frequência das mamadas

Aleitamento materno sem restrição. Por quê?

Eliminação mais precoce do mecônio

Menos icterícia

A secreção láctea se estabelece mais cedo

Menor perda de peso

Maior ingestão de leite no terceiro dia


Yamauchi Y e Yamanouchi I. Breast feeding frequency during teh first 24 hours after birth in full-
term neonates. Pediatrics 86(2): 171-175. 1990

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Passo 9 - Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio


ALTERNATIVA ao uso dos bicos: Xícara, copinho ou colher

Passo 10 - Encaminhar as mães, por ocasião da alta hospitalar, para grupos de


apoio ao Aleitamento Materno na comunidade ou em serviços de saúde

Cuidado Amigo da Mulher


Requer as seguintes práticas:

• Garantir à mulher, durante o trabalho de parto, parto e pós-parto, um


acompanhante
• Ofertar à mulher, durante o trabalho de parto, líquidos e alimentos leves
• Garantir à mulher, ambiente tranquilo e acolhedor
• Incentivar a mulher a andar e a se movimentar durante o trabalho de parto,
se desejar, e adotar posições de sua escolha durante o parto, a não ser
que existem restrições médicas
• Disponibilizar métodos não farmacológicos de alívio da dor
• Assegurar cuidados que reduzam procedimentos invasivos, como
rupturas de membranas, episiotomias, aceleração ou indução do parto,
partos instrumentais ou cesarianas, a menos que sejam necessários em
virtude de complicações
• Caso seja da rotina do estabelecimento de saúde: autorizar a presença
de doula comunitária ou voluntária em apoio à mulher de forma contínua,
se for da sua vontade
• Cumprir a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para
Lactentes e Crianças na Primeira Infância (NBCAL)

Outras práticas existentes:


Parto Lotus
VBAC ou PNAC
(Vaginal Birth After Cesarean ou Parto Normal Após Cesárea)
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Tipo de parto X Amamentação

• Segundo o estudo “Incidência e duração da amamentação conforme o


tipo de parto: estudo longitudinal no Sul do Brasil”, a duração da
amamentação foi similar entre os nascidos por parto vaginal e cesariana
emergencial. Os nascidos por cesariana eletiva apresentaram um risco
três vezes maior de interromper a lactação no primeiro mês de vida.
• O aleitamento materno na primeira hora de vida protege contra a
mortalidade no período neonatal.
• O leite materno é o alimento com a maior quantidade de nutrientes
protetores para recém-nascidos.
• Todas as maternidades devem aderir à Iniciativa Hospital Amigo da
Criança como a melhor prática baseada em evidências
J Pediatric (Rio J). 2013; 89(2): 109-111

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Hormônios – Gestação, parto e lactação


• HCG
- Glicoprotéico
- Secretado desde a formação da placenta
- Funções:
- Manter o corpo lúteo
- Imunossupressão à mulher – não rejeição do embrião
- Declínio – 15ª semana

• Hormônio melanotrófico
- Atua nos melanócitos
- Função: liberação de melanina,
- Aumenta a pigmentação da aréola, abdômen e face.

• Hormônios e Lactação
- Estrogênio: ramificação dos ductos
- Progestogênio: formação dos lóbulos

- Lactogênio placentário
- Prolactina Crescimento mamário
- Gonadotrofina cariônica

- Prolactina: produção láctea


- Ocitocina: ejeção de leite

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• Reflexo ocitocina
- A ocitocina, liberada pelo estímulo da sucção, é disponibilizada em
resposta a estímulos condicionados, tais como visão, cheiro e choro da
criança, e a fatores de ordem emocional, como motivação, autoconfiança
e tranquilidade
- Com a estimulação, os sinais passam pela via nervosa aferente,
hipotálamo e hipófise posterior, é liberada a ocitocina no sangue e ocorre
a ejeção de leite.

• Reflexo liberação prolactina


- Depende da sucção do bebê e do esvaziamento da mama.
- Esvaziamento prejudicado levará a diminuição na produção do LM
(inibição mecânica e química – FIL).
- A liberação acontece pela hipófise anterior.

• Lactogênese I - II - III

• Pode ser atrasada por fatores externos:


Condições clínicas maternas, hemorragia pós parto, DM, placenta
retida

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Consultora de Amamentação – Ambiente e atuação

• Período gestacional

• Pós parto imediato


Sala de parto

• Maternidade

• Pós alta hospitalar


Domiciliar
Consultório
Hospitalar

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CONSULTORIA EM AMAMENTAÇÃO

PERÍODO GESTACIONAL
- Acolhimento
- Informação pós parto
- Informação sobre amamentação
- Avaliação das mamas
- Protocolos específicos
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Amamentação em tandem

Desejo da
Mãe

AMAMENTAÇÃO
EM TANDEM

Ausência
de riscos na
gestação

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Mães adotivas

Desejo
Materno

INDUÇÃO DA
LACTAÇÃO

Auxilio
Profissional

Estimulação frequente dos seios


(Sucção em livre demanda + massagem
Amor, desejo, vontade: prazer em amamentar manual)
Aumento da ingesta de água
Mecanismo hormonal – induzido por psíquico
Galactogogos
Mecânica de sucção Associar a complementação da dieta:
Relactação
Copo
Posição Canguru – contato pele a pele

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Mães adotivas com experiência prévia: em torno de 7 dias


Mães adotivas sem experiência prévia: em torno de 15 dias
Aumento da produção até o SEXTO mês
Gotas – volume significativo
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Ambiente hospitalar - Sala de PARTO


Tipo de parto
CONTATO PELE
Postura
A PELE
Características da mama
Auxílio profissional

• Dificuldade na postura
• Mãe cansada
• Não houve a apojadura
• RN sonolento

Amamentar não é uma tarefa fácil!


Requer treino, aprendizado, paciência e auxílio profissional!!!

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Perguntas que um Consultor em Amamentação terá que responder


O meu bebê está satisfeito?
O meu leite é suficiente?
De quanto em quanto tempo preciso amamentar?
Quanto tempo o bebê precisa ficar no seio?
Tenho que ofertar as 2 mamas ou apenas 1?
Quanto tempo tenho que colocar para arrotar?
Posso amamentar deitada?
Devo acordar meu bebê para amamentar?
Quantas vezes tenho que ordenhar a mama?
Como devo ordenhar?
Posso guardar meu leite por quanto tempo?
E a fórmula, posso guardar depois de preparada?
Meu bebê quer mamar toda hora, o que faço?
Meus seios estão feridos, o que devo fazer?

ONDE ESTÁ A DIFICULDADE DA AMAMENTAÇÃO???


Processo necessário
Avaliar / diagnosticar / intervir

MÃE + RN + DÍADE = Sucesso no Aleitamento Materno

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AVALIAÇÃO DA PUÉRPERA

• Dados relevantes
• Características das mamas
• Características dos mamilos
• Produção láctea

FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO
Lactogênese I
• Anatomia
15 a 20 lobos mamários
20 a 40 lóbulos mamários
10 a 100 alvéolos
• O leite produzido é armazenado nos alvéolos e nos ductos
• Os ductos mamários não se dilatam para formar os seis lactíferos, como
se acreditava até pouco tempo atrás
• O que ocorre é que durante as mamadas, enquanto o reflexo de ejeção
do leite está ativo, os ductos sob a aréola se enchem de leite e se dilatam
(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009/ MS, 2015)

• Na primeira metade da gestação, há crescimento e proliferação dos


ductos e formação dos lóbulos
• Na segunda metade, a atividade secretora se acelera e os ácinos e
alvéolos ficam distendidos com o acúmulo do colostro
• A secreção láctea inicia após 16 semanas de gravidez
• Com a expulsão da placenta, há queda acentuada de progestogênio, com
liberação de prolactina (hipófise anterior), iniciando a lactogênese fase II
e a secreção do leite
• Há também a liberação de ocitocina (hipófise posterior) durante a sucção,
que tem a capacidade de contrair as células mioepiteliais que envolvem
os alvéolos, expulsando o leite

Lactogênese – Apojadura

• Momento crítico da amamentação


• Descida do leite MAMAS
INGURGITADAS
• 48 a 72 horas após o parto
• Dura, em média, de três a quatro dias
• O volume de leite tende a aumentar gradativamente.

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Ministério da Saúde,2001

Lactogênese III

• Após a “descida do leite” (galactopoiese)


• Mantém-se por toda a lactação
• Depende da sucção do bebê e do esvaziamento da mama
• Esvaziamento prejudicado → diminuição na produção do LM (inibição
mecânica e química)
• Fator inibidor da lactação (FIL)
• A medida que o leite se acumula nos alvéolos, a forma das células
alveolares fica distorcida e a prolactina não consegue se ligar aos seus
receptores, criando assim um efeito inibidor da síntese de leite
(VAN VELDHUIZEN-STAAS, 2007)
• Grande parte do leite de uma mamada é produzida enquanto a criança
mama
• A ocitocina, liberada pelo estímulo da sucção, também é disponibilizada
em resposta a estímulos condicionados, tais como visão, cheiro e choro
da criança, e a fatores de ordem emocional, como motivação,
autoconfiança e tranquilidade
• Na amamentação, o volume de leite produzido varia, do quanto a criança
mama e da frequência com que mama
• Uma nutriz que amamenta exclusivamente produz, em média, 800 mL por
dia

Aspecto do Leite

Fatores que influenciam:


1. Tempo
2. Maturação gestacional
3. Hora do dia
4. Tempo de mamada

• Ingesta de grande volume de vegetais verdes: aspecto azulado ou


esverdeado.
• Presença de sangue no leite:
- Primeiras 48 horas após o parto.
- Primíparas adolescentes
- Mulheres acima de 35 anos
• Rompimento de capilares - aumento súbito da pressão dentro dos
alvéolos mamários.
• Manter amamentação, desde que o sangue não provoque náuseas ou
vômitos na criança.

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Tipos de Leite
1. Precoce
2. Colostro
3. Leite de transição
4. Maduro

Composição química
1. Água
- Componente mais abundante
- Regulação da temperatura
- Suficiente para as necessidades hídricas do bebê
- Meio de solução/ dispersão de nutrientes
2. Lipídios
- Aumentam com tempo de lactação
- Triglicerídeos: 50% energia – 98% gordura
- Ácidos graxos
- Colesterol
- Leite precoce: 93% triglicerídeos
- Colostro: 97%
3. Energia
- Valor calórico aumenta com a maturação do leite
- Atendendo a necessidade de crescimento e desenvolvimento da
criança
4. Proteínas
- Maior no leite dos prematuros
- Colostro: rico em proteínas protetoras – IGsA
- Proteínas nutritivas: maior no leite maduro
- 72% proteínas do soro
- 28% caseína
- Digestão
5. Carboidratos
- Lactose – abundante
- 7%
- Favorece absorção de cálcio
- Galactose para mielinização dos axônios
- Energia
- Aumenta com o tempo de lactação
6. Minerais
- Macrominerais: maior quantidade – potássio, cloro, cálcio, fósforo
e magnésio
- Microminerais: zinco, ferro, cobre, iodo, flúor....

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7. Vitaminas
- Colostro: rico em betacaroteno e vitaminas lipossolúveis
- O LM fornece quantidades adequadas às necessidades do bebê

Cuidados com as mamas no pré-natal: Mito ou verdade?


• Não tem sido recomendada
• Manobras para aumentar e fortalecer os mamilos durante a gravidez - não
funcionam
• O uso de conchas ou sutiãs com um orifício central para alongar os
mamilos também não são eficazes nesta fase
• O grau de inversão dos mamilos tende a diminuir em gravidezes
subsequentes
• Em mulheres com mamilos planos ou invertidos, a intervenção logo após
o nascimento do bebê é mais efetiva
• O uso de sutiã adequado ajuda na sustentação das mamas, pois na
gestação elas apresentam o primeiro aumento de volume
• Se ao longo da gravidez a mulher não notou aumento nas suas mamas,
é importante fazer acompanhamento do ganho de peso da criança, pois
é possível tratar-se de insuficiência de tecido mamário
• Tipo de bico
Normal
Pequeno ou plano
Comprido
* Invertido
- Manobras de exteriorização
- Conchas – NÃO
- Sucção com bomba manual
- Seringa invertida (10 mL ou 20 mL adaptada)
- Recomenda-se essa técnica antes das mamadas e nos intervalos
- O mamilo deve ser mantido em sucção por 30 a 60 segundos, ou
menos, se houver desconforto
- Latch Assist®
- Niplette ®
- Intermediários de silicone

Se ao longo da gravidez a mulher não notou aumento nas suas


mamas, é importante fazer acompanhamento do ganho de peso da
criança, pois é possível tratar-se de insuficiência de tecido mamário

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MAMAS INGURGITADAS
• Massagem
• Ordenha
• Bebê sugar
• Compressa fria
• Repolho???
- Folhas de repolho podem ser benéficas
- Lavar a folha e colocá-la no congelador
- Cortar com uma faca de ponta a região que estaria em contato com
o complexo mamilo areolar
- Auxilia na diminuição do edema, do desconforto e dos sinais do
processo inflamatório (acredita-se que o enxofre tem ação anti-
inflamatória importante)
- Não provoca queimaduras
- Não se encontram evidências científicas fortes para seu uso
• Bandagem elástica traz benefícios no tratamento de edemas
• Favorece a drenagem linfática, reduzindo o edema e a dor
• Uso de analgésicos sistêmicos/anti-inflamatórios (Ibuprofeno é
considerado o mais efetivo, auxiliando também na redução da
inflamação e do edema)
*Atenção: medicamentos exigem prescrição profissional habilitado
• Suporte para as mamas, com o uso ininterrupto de sutiã com alças
largas e firmes, para aliviar a dor e manter os ductos em posição
anatômica
• Ordenha
- Manual
- Elétrica
- Ordenhar leite do seio adequadamente leva mais ou menos 20 a
30 minutos, em cada mama, especialmente nos primeiros dias,
quando apenas uma pequena quantidade de leite pode ser
produzida
• Termoterapia
- Frio
- Calor

MAMAS FERIDAS
• Ajustar a pega
• Utilizar o próprio leite
• Banho de sol
• Pomadas preventivas e cicatrizantes

“Todo conteúdo deste material é de propriedade intelectual dos autores e seu conteúdo é exclusivamente para uso dos
alunos matriculados no referido programa, a reprodução total e/ou parcial deste material é expressamente proibida.”
23 CURSO CONSULTORIA EM AMAMENTAÇÃO – INSTITUTO MAME BEM

- Lanonina pura (NÃO HÁ EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS)


- Garmastan
- Medihoney
• Ordenhar manualmente e ofertar outra mama
• Utilizar intermediário de silicone (NÃO INDICADO PELO MS)
• Suspender aleitamento materno
- Copo
• Ordenha de um pouco de leite antes da mamada, para
desencadear o reflexo de ejeção de leite
• Diferentes posições para amamentar, reduzindo a pressão nos
pontos dolorosos ou áreas machucadas
• Rolinho de fralda
• Analgésicos sistêmicos
• Evitar “conchas protetoras”
• Laserterapia
• Mamilos com escoriações ou fissuras, devem ser enxaguados com
água limpa após cada mamada, para evitar infecção
(RIORDAN; WAMBACH, 2010)

MASTITE PUERPERAL
• Processo infeccioso agudo das glândulas mamárias
• O consultor deve saber identificar sinais e sintomas
• Encaminhar para avaliação médica
• Tratamento pós diagnóstico médica: medicamentoso
• Drenagem cirúrgica,
• Antibioticoterapia
• Esvaziamento regular da mama afetada

ABSCESSO
• Causa comum: mastite não tratada ou tratamento tardio
• Não esvaziamento adequado da mama afetada pela mastite
• À palpação: sensação de flutuação
• Ultrassonografia pode confirmar a condição

CANDIDÍASE MAMÁRIA
Os sintomas da candidíase na mama:
• Dor no mamilo, que piora quando o bebê mama
• Dor em fisgada na mama, após o bebê mamar

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• Pequena ferida, como pontinho branco no mamilo, que demora


para passar
• Sensação de queimação no mamilo ou mama
• Coceira constante no mamilo e na aréola
• Prevenção: manter os mamilos secos e arejados, evitar uso de
discos de absorventes de seio
• Mãe e bebê devem ser tratados simultaneamente
• Tratamento inicialmente é local, com nistatina, clotrimazol,
miconazol ou cetoconazol tópicos por duas semanas *prescrição
médica
• As mulheres podem aplicar o creme após cada mamada e ele não
precisa ser removido antes da próxima mamada
• Um grande número de espécies de cândida é resistente à nistatina.
Violeta de genciana a 0,5% a 1,0% pode ser usada nos
mamilos/aréolas e na boca da criança uma vez por dia por três a
cinco dias
• Se o tratamento tópico não for eficaz, recomenda-se cetoconazol
200 mg/dia, por 10 a 20 dias
• Terapia fotodinâmica

BLOQUEIO DE DUCTOS
• Ocorre quando a mama não está sendo esvaziada adequadamente
• Outras causas: pressão local ou obstrução dos poros de saída do
leite, por uso de cremes
• Pode-se manifestar por nódulos, sensíveis e dolorosos,
acompanhados de dor, vermelhidão e calor

Tratamento:

• Mamadas frequentes
• Posicionamento e pega correta
• Compressas mornas e massagens
• Ordenha
• Posicionar o bebê de maneira que o queixo da criança toque na
região endurecida
• Amamentar em uma postura que favoreça a ação da gravidade
(mãe inclinada sobre o bebê)

FENÔMENO DE REYNAUD
• Isquemia intermitente causada por vasoespasmo, em resposta à
exposição ao frio, compressão anormal do mamilo ou trauma
mamilar

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• Sintomas: palidez dos mamilos e dor antes, durante ou depois das


mamadas, dor em “fisgadas” ou sensação de queimação
(confundida com candidíase)

Tratamento:

• Adequar a pega
• Compressas mornas, logo após a mamada
• Proteger e cobrir o mamilo assim que o bebê sai do peito também
irá evitar o contato com o ambiente frio
• Evitar substâncias que causem agravo da vasoconstrição como
cafeína, cigarro e descongestionantes nasais
• Uso de anti-inflamatórios e analgésicos compatíveis com a
amamentação podem ser necessários
• Caso a dor persista, o médico poderá prescrever medicamentos
bloqueadores dos canais de cálcio (Nifedipina)
• Vitamina do complexo B (Vit B6 100mg/dia) tem sido descrita na
literatura para melhora do quadro

GALACTOCELE
• Formação cística nos ductos mamários contendo líquido leitoso,
que pode ser exteriorizado por meio do mamilo
• Causada por bloqueio de ducto lactífero;
• Palpada como uma massa lisa e redonda, mas o diagnóstico é feito
por aspiração ou ultrassonografia;
• Tratamento: aspiração e extração da formação cística

AMAMENTAÇÃO PÓS CIRURGIA BARIÁTRICA


• Requer atenção especial ao estado nutricional da mãe e ao
crescimento da criança
• O monitoramento da perda de peso da mãe e do desenvolvimento
do bebê é essencial
• É preciso repor algumas vitaminas e minerais que têm sua
absorção reduzida após a cirurgia

AUSÊNCIA / DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO LÁCTEA


• Insistir no AM
• Aumentar a Frequência das mamadas
• Power pumping
• Relactação

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• Hormônios
o Preparam a mama para lactação
o Estrogênio + Progesterona (por no mínimo um mês),
casos em que a puérpera não gerou o bebê
• Galactogogo (alopático e fitoterápico)

POWER PUMPING
20 min ordenha ou até o leite parar de sair

Descansa 10 min

Realizar
Ordenha 10 min 3x/dia,
por 3 dias

Descansa 10 min

Ordenha 10 min

Relactação
o Seringa
o Sonda
o Micropore
o Recipiente
Galactogogos
o Fármacos que atuam estimulando a secreção de
prolactina.
o O bebê precisa estar mamando!!!
o Plasil (Metoclopramida)
O uso de 10 mg, três vezes ao dia, por 7 a 14 dias
Pico no 3º/4º dia de uso;
o Equilidi (Sulpirida)
o Ocitocina nasal
o Motilium (Domperidona)
10 a 20 mg, 3 a 4 vezes ao dia, por 3 a 8 semanas
Vantagens: não atravessa a barreira hematoencefálica,
mais seguro do que a metoclopramida, menos efeitos

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colaterais, podendo ser utilizada por maior período de


tempo.
Galactogogos Fitoterápicos
o Arruda capraria
o Galega
o Hortelã grosso
o Cardo santo
o Feno grego
o Alfafa
o Tintura de algodoeiro
Uso do copo – Quando indicar?
o AM suspenso temporariamente
o Complementação de dieta
o Prognóstico favorável para o AM

CIRURGIAS
o Prótese mamária
o Redução de mamas
o Mastectomias parciais

REFLEXO ANORMAL DE EJEÇÃO DO LEITE - HIPERGALACTIA


• Reflexo aumentado de ejeção do leite não significa volume
aumentado de produção
• Mulheres que fizeram colocação de prótese de silicone, podem
apresentar um reflexo aumentado de ejeção, pois a área interna da
mama ficou menor, aumentando a pressão de saída do leite.

Manejo:

• Ordenhar um pouco de leite antes da mamada até que o fluxo


diminua
• Mudanças posturais da puérpera

MÃES COM NECESSIDADES ESPECIAIS


Mães com demandas especiais - Limitações físicas, sensoriais

• Demanda - maior habilidade de comunicação


• Maior suporte da família
• Maior suporte dos profissionais da saúde

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• Aumento do vínculo entre profissionais, mãe-bebê e família


• Garantir direitos de forma inclusiva

FATORES EMOCIONAIS, SOCIAIS e CULTURAIS


• Desejo da mãe
• Sentimentos da mãe
• Instrução / formação
• Histórico de amamentação
• Familiares

RECUSA DA MÃE
• Orientação
Baby Blues
• Acolhimento
Depressão
• Auxílio psicológico

D-MER
Dysphoric Milk Ejection Reflex

• Disforia ou emoções negativas que ocorrem justamente antes do


reflexo de ejeção do leite e pode continuar por alguns minutos
• Humor desagradável ou desconfortável, como tristeza, humor
deprimido, ansiedade, irritabilidade ou inquietação
• É uma resposta fisiológica da ejeção do leite
Leva de 30 seg a 2 min
• Atividade inadequada da dopamina no momento do reflexo de
ejeção de leite

DOR
A Dor é um fenômeno multidimensional, envolvendo aspectos físico-sensoriais
e aspectos emocionais.
"Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada com
danos reais ou potenciais em tecidos, ou assim percepcionada como dano.”
International Association for the Study of Pain

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Amamentação e o uso de medicamentos e outras substâncias


Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria da Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e
Estratégicas. Amamentação e Uso de Medicamentos e outras substâncias. 2 ed. Brasília: MS, 2010.

Risco x Benefício
• A maioria dos fármacos são compatíveis com AM.
• Importante lembrar:
a placenta permite a passagem de drogas para o feto
o epitélio alveolar mamário funciona como uma barreira quase impermeável.
• É necessário suspender o AM ou não?
Manual Ministério da Saúde
Site e-lactancia

Excreção de fármacos no leite materno


A passagem de drogas do sangue para o leite materno ocorre por mecanismos
envolvendo membranas biológicas
Endotélio capilar → Interstício → Membrana basal das células alveolares do
tecido mamário

Farmacologia e Lactação
Composição do LM - influencia a extensão da transferência de fármacos do
plasma para o leite - causando variações nas concentrações dos mesmos no
LM.

Colostro
Favorece
transferência
Células alveolares Menores
Espaço intercellular largo

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Na segunda semana pós-parto:


- Redução dos níveis de progesterona
- Crescimento das células alveolares
- Estreitamento dos espaços intercelulares
- Redução da transferência de fármacos para o leite materno.
Porém, a dose absoluta dos fármacos recebida pelo recém-nascido é baixa
devido ao pequeno volume de colostro ingerido (50 a 60mL/dia)
• Capacidade reduzida da mãe de metabolizar ou excretar o fármaco:
Aumentam a exposição do lactente ao mesmo.
• Via de administração dos fármacos:
Tópicos ou inaláveis: não atingem níveis plasmáticos significativos –
níveis lácteos não mensuráveis.

Idade do lactente

• Risco mais elevado – menores de 2 meses (78%)


• Risco baixo – maiores de 6 meses (4%)
• (maior maturidade metabólica – menor ingesta láctea)
• Baixo risco – 6 a 18 meses
• Moderado risco – 2 a 6 meses
• Alto risco – RNPT, RN, bebês instáveis, função renal debilitada (0 – 2
meses)

Idade x efeito adverso do fármaco

• Influência do tipo de leite


• Grau de maturidade dos sistemas de eliminação de fármacos
• Barreira hematoencefálica imatura em RN – favorecendo passagem de
fármacos lipossolúveis – SNC

Fármacos e transferência para LM:

• Peso molecular
• Lipossolubilidade
• Capacidade de ligação à proteínas
• Grau de ionização
• Meia – vida de eliminação
• Biodisponibilidade
• Concentração plasmática materna

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Princípios básicos para o uso de fármacos durante a amamentação:

• Risco x benefício
• Experiência com o fármaco
• Via de administração
• Tempo de ação
• Horário de administração
• Níveis e dosagem séricos
• Dosagem sérica
• Evitar fármacos combinados
• Observar a criança

Categorias de risco

• USO COMPATÍVEL COM A AMAMENTAÇÃO


Fármacos de uso potencialmente seguro durante a lactação.

• USO CRITERIOSO DURANTE A AMAMENTAÇÃO


Considerar risco/benefício;
Monitorização
Uso: tempo e dose
Remédios cuja segurança na amamentação não foi documentada.

• USO CONTRAINDICADO DURANTE A AMAMENTAÇÃO


Drogas que exigem interrupção da amamentação.

Alimentos

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Fitoterápicos

Cosméticos

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Galactogogos

Fármacos que atuam como antagonista dopaminérgico, reduzindo a ação


inibitória da dopamina sobre a secreção da prolactina.
AVALIAR DINÂMICA DA AMAMENTAÇÃO

Medicamentos mais indicados:


• Domperidona – menor lipossolubilidade e maior peso molecular (reduz
penetração no SNC e no compartimento lácteo).
• Metoclopramida – risco de depressão materna após uso prolongado de
metoclopramida.

Inibidores da lactação

Fármacos que reduzem a produção do leite.


Risco de déficit ponderal.

• Álcool
• Bromocriptina
• Bupropiona
• Cabergolina
• Ergometrina
• Ergotamina
• Estrogênios, com o etinilestradol
• Levodopa
• Lisurida
• Modafinila
• Nicotina
• Psideuefedrina
• Testosterona
Contraceptivos

• Dentre os métodos hormonais, preferir aqueles com progestogênio, por


sua eficácia na contracepção sem interferir com o aleitamento materno
• Recomenda-se iniciá-los a partir da sexta semana após o parto
• Os anovulatórios orais contendo estrogênios são contraindicados devido
ao risco de redução da produção do leite
Farmacologia e Lactação
“O conhecimento farmacológico permite ao profissional propiciar um tratamento
adequado à nutriz, além de contribuir para a manutenção do aleitamento
materno; compatibilizando o tratamento medicamentoso com a amamentação.”

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AMAMENTAÇÃO E RETORNO AO TRABALHO

Conjunto de ações que visa:

• Incentivar a alimentação saudável para crianças


menores de 2 anos
• Promover o aumento da prevalência do AM
• Promover a melhoria dos indicadores de alimentação
e de nutrição

• Qualificar ações de promoção ao AM e


alimentação complementar saudável
• Aprimorar competências e habilidades dos
profissionais para a promoção do AM e da
alimentação complementar
• Melhorar perfil nutricional das crianças

Antes do retorno ao trabalho

• Manter AME
• Conhecer facilidades para a retirada e armazenamento do leite no local
de trabalho
• Ordenhar o leite e congelar para usar no futuro
• Iniciar o estoque de leite 15 dias antes do retorno ao trabalho

Após o retorno ao trabalho

• Amamentar quando estiver em casa


• Evitar mamadeiras
• Durante as horas de trabalho, esvaziar as mamas e guardar o leite em
congelador
• Leite cru (não pasteurizado) pode ser conservado em geladeira por 12
horas e, no freezer ou congelador, por 15 dias (Rede Banco de Leite do
Brasil)

ABM Protocol, 2017

“Todo conteúdo deste material é de propriedade intelectual dos autores e seu conteúdo é exclusivamente para uso dos
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35 CURSO CONSULTORIA EM AMAMENTAÇÃO – INSTITUTO MAME BEM

• Para alimentar o bebê com leite ordenhado congelado, esse deve ser
descongelado em banho-maria fora do fogo
• Antes de oferecê-lo à criança, ele deve ser agitado suavemente para
homogeneizar a gordura
• Leitura indicada: Cartilha para mãe trabalhadora que amamenta

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