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Tə-OO BANCHES O VOYLETS TROD

INTO THE MAD:


uma reflexão crítica da tradução de
Millôr Fernandes do texto dramático
Pygmalion de George Bernard Shaw.
Mestranda: Letícia Silva Santos
Profª Drª Marlova Asseff – PGET – UFSC
PPGL – Pato Branco
Particularidade e a incompletude do texto dramático;

D’Onofrio (2007, p. 278), “o espetáculo teatral é composto de


uma constelação de signos: imagens visuais, auditivas, musicais,
rítmicas, pictóricas entrelaçam-se, formando uma entretecedura
harmoniosa.”;

A autonomia do texto dramático;

Pavis (2008, p. 25) salienta que, “[...] o texto não é um


reservatório não estruturado de significados, um Baumaterial (um
material em construção), como diria Brecht; é exatamente o
oposto, isto é, o resultado de um circuito historicamente
determinado de concretizações: significante (obra-coisa),
significado (objeto estético) e Contexto social [...], são variáveis
que modificam a concretização do texto e que é mais ou menos
possível reconstituir.”
A incompletude do texto dramático;

Segundo Bassnett (1991 apud SANTOS, 2018, p. 26), “o texto


dramático é um texto incompleto, pois foi criado para ser
encenado, ou seja, foi construído de forma que o ator possa dar a
vida a ele no momento da mise-en-scène do espetáculo teatral.”

Em seu texto Teatro no Cruzamento de Culturas (2008, p. 127),


Pavis comenta que o tradutor exerce uma posição de leitor e
dramaturgo, no sentido mais técnico da palavra, quando está no
processo de tradução da cultura de partida para a cultura de
chegada.
O socioleto cockney como desafio de tradução de Millôr
Fernandes em Pygmalion de George Bernard Shaw;

“O conceito de socioleto literário é aqui construído como a


representação textual de formas 'não-padrão' de fala que
manifestam as forças socioculturais (sic) que moldaram a
competência linguística (sic) do falante bem como os vários
grupos socioculturais (sic) aos quais o falante pertence ou
pertenceu.” (LANE -MERCIER, 1997, apud CARVALHO, 2006, p.
23)
“A tradução teatral é uma arte hermenêutica” (ZARDO, p. 147,
2012)

“Os ingleses não respeitam sua língua, e não sou eu quem vou
ensiná-la aos seus filhos” (FERNANDES, p. 5, 2011)

“[...] o tradutor seria igualmente um mágico, que brinca com a


tríade (real, imaginário e fictício).” (AMARANTE, p. 621-622,
2020).
REFERÊNCIAS
SANTOS, Letícia Silva. Tə-oo banches o voylets trod into the mad: um estudo do socioleto cockney
como desafio de tradução do texto dramático em Pygmalion de George Bernard Shaw. Disponível
em: < http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/14704 > Acesso em: 22 de out. de 2021.
SHAW, George Bernard. Pigmaleão: um romance em cinco atos. Tradução: Millôr Fernandes. Porto
Alegre: L&PM, 2011. 176 p.
ZARDO, Mônica. Tradução do texto teatral: novos desafios da investigação tradutória. Porto Alegre:
UFRGS, 2012. Tese. Disponível em:
<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/66289/000870716.pdf?sequence=1>
Acesso em: 15 de jun. de 2017.
AMARANTE, Dirce Waltrick. Tradutores como atores e mágicos. Revista X, v. 15, n. 6, p. 619-626,
2020.
CARVALHO, S. P. P. A tradução do socioleto literário: um estudo de Wuthering Heighs. 2006, 218 f.
Dissertação. (Mestrado em Estudos Estilísticos e Literários em Inglês) – Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Disponível em: <
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-09112007-
142700/publico/TESE_SOLANGE_P_PINHEIRO_CARVALHO.pdf > Acesso em: 23 de jun. de 2018.
D’ONOFRIO, S. Forma e sentido do texto literário. São Paulo: Ática, 2007. 307 p.
PAVIS, P. O teatro no cruzamento de culturas. Tradução de Nanci Fernandes. Perspectiva: São
Paulo, 2008.

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