Você está na página 1de 25

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3

EXPERIÊNCIA PRÁTICA 4

MTC É UMA FRAUDE; ENERGIAS, DOENÇAS DE PELE E PROBLEMAS PULMONARES 5

HISTÓRICO 6

TAOÍSMO; DUALISMO; YIN E YANG NA PRÁTICA 7

NATUREZA YANG DO HOMEM E YIN DA MULHER; MACROCOSMO E MICROCOSMO 8

A PARTE DO TODO; ORIGEM 9

CORPO FÍSICO 10

INTRODUÇÃO A FISIOLOGIA ENERGÉTICA; SISTEMA ENERGÉTICO 11

5 ÓRGÃOS E AS 5 VÍSCERAS; PULMÃO E INTESTINO GROSSO 12

SISTEMA FISIOLÓGICO: PELE; BAÇO-PÂNCREAS E ESTOMÂGO 13

MÚSCULOS E TECIDO ADIPOSO 14

RIM, BEXIGA E OSSOS 15

FÍGADO, VESÍCULA BILIAR E TENDÕES 16

CORAÇÃO E INTESTINO DELGADO 17

MECANISMOS DE ADOECIMENTO 18

E POR QUE EU DEVERIA APRENDER TUDO ISSO, FABRÍCIO? 24


FISIOLOGIA ENERGÉTICA

INTRODUÇÃO

Auriculoterapia é o recurso, técnica ou modalidade terapêutica, originária da Me-


dicina Tradicional Chinesa (MTC), na qual se utiliza a inserção de agulhas no pavil-
hão auricular com a intenção de produzir a remissão de doenças e bem-estar geral,
contribuindo com a homeostase integral do corpo humano.

Historicamente a Auriculoterapia surge da observação e analogia da semelhança


anatômica entre o pavilhão auricular e o feto em posição invertida. Além disso, a
orelha externa assume a forma de um grão de feijão como o rim e o próprio hemi-
sfério cerebral. As semelhanças conferem ao contexto terapêutico auricular o princí-
pio original de uma forma de tratar organizada e estruturada por conceitos energéti-
cos, fisiológicos e neuroendócrinos.

A estrutura de conhecimento articulada que determina a terapêutica auricular con-


strói a necessidade de o terapeuta entender o mecanismo de funcionamento do
corpo humano dado pelo sistema energético. A necessidade de compreender a fisio-
logia energética surge como o grande diferencial do profissional moderno que pre-
tende alavancar seus atendimentos num nível superior à média.

O processo de alavancagem sugerido e aqui modelado por esse raciocínio foi


intelectualmente impresso pela minha prática clínica. Na época compreendi o
quanto o conhecimento acerca das energias e principalmente dos contextos
energéticos embutidos em cada um dos componentes orgânicos aumentou muito a
taxa de recuperação de meus pacientes em relação à quantidade de sessões.

A eficiência terapêutica produzida pelo conhecimento acerca das nuances da fisio-


logia energética acontece devido a inúmeras circunstâncias, mas uma em especial
é notadamente a que mais representa esse efeito. No caso, a capacidade de entend-
er o mecanismo e funcionamento do corpo humano por meio das energias sustenta
os procedimentos de investigação durante a avaliação e ainda orienta os compo-
nentes do diagnóstico, ao mesmo tempo em que explica o efeito de cada ponto e/ou
combinação utilizada para o tratamento.

Ou seja: o conhecimento atribuído pela fisiologia energética cria um efeito em cas-

3
cata capaz de sustentar a tríade da Auriculoterapia formada pela avaliação, diag-
nóstico e tratamento. A essência da Auriculoterapia é na verdade expressada pela
capacidade de o profissional entender o mecanismo energético utilizado para
formar, manter e nutrir o corpo humano. Sem esse tipo de conhecimento, a técnica
perde seu valor por limitar-se à decoreba de padrões sindrômicos descritos em livros
clássicos e obtusidade de artigos científicos.

Na verdade, todos esses recursos são essenciais à prática clínica. Mas ao contrário
do oferecido pela fisiologia energética, a decoreba e os artigos científicos são limita-
dos e limitantes. A verdadeira independência intelectual está diretamente relaciona-
da ao nível de conhecimento de fisiologia energética do terapeuta.

EXPERIÊNCIA PRÁTICA

Ao longo dos últimos 20 anos busquei compreender a MTC através da prática clínica.
Escrevi até então 12 livros, tenho mais de 70 cursos gravados e um núcleo de for-
mação (NFA), que já influenciou quase 2000 alunos.

Tudo isso foi possível devido a necessidade de entender os mecanismos da MTC na


prática.

A prática clínica mostra o efeito da técnica e calibra os aspectos teóricos no sentido


de explicá-los dentro de uma linha de raciocínio no mínimo coerente. Passei e ainda
passo um grande tempo em busca desse saber que na verdade sempre esteve e
estará na Fisiologia energética tradicional aplicada pelos chineses desde a origem
da MTC.

A fisiologia energética explica como os elementos orgânicos interagem em busca de


equilíbrio. Além disso, essa especialidade demonstra o quanto é avançado o modo
de compreensão da MTC. Pois hoje diante de tanto aparato e tecnologia consegui-
mos comprovar a realidade exposta há 8 mil anos.

Pode parecer estranho que os termos relacionados a esse assunto se pautem em


“aspectos energéticos”, pois nós logo associamos essa condição a questões místicas
que remetem a algo no mínimo duvidoso.

Eu passei por esse mesmo momento de dúvida quando comecei o estudo sobre esse

4
assunto em meados de 1998. E realmente a nossa tendência é refutar tudo aquilo que
parece estranho e diferente do tradicional.

O caminho trilhado na MTC foi constituído de muito estudo e prática. A tendência ao


fechadismo intelectual oferecido pela natureza humana ocidental modulou muito
minhas motivações e de maneira secundária qualificou minha intenção quanto a
buscar provar para mim mesmo que essas informações eram mesmo uma fraude.

“A teoria da MTC é escrita pela prática clínica”

“MTC É UMA FRAUDE!”

Na época, com 20 anos de idade ingressei no curso de Acupuntura motivado por algo
inato. Desde a primeira aula, a Fisiologia Energética me chamou atenção a ponto de
começar ali mesmo naquele momento iniciar um processo básico de investigação e
pesquisa prática.

ENERGIAS, DOENÇAS DE PELE E PROBLEMAS PULMONARES

Sentado no fundo da sala de aula eu escutava o professor posicionado logo no


centro. A aula dada era sobre a natureza energética dos pulmões e suas conexões
com a pele e intestino grosso. À medida que o conteúdo era exposto eu anotava e
pensava ao mesmo tempo na minha condição individual que sofria de problemas de
pele e pulmonares ao mesmo tempo.

A narrativa sobre energias exposta em diversos nomes em chinês eram logo traduzi-
das para a linguagem ocidental. Nesse momento eu simplesmente construía a base
do raciocínio que veio compor boa parte do meu acervo literário. A coerência dos
fatos mostrados na transparência refletida no quadro e a capacidade de interpre-
tação oferecida pelo conhecimento prévio concederam a possibilidade de enfrentar
os obstáculos a seguir para compor uma linha de raciocínio técnica e própria sobre
a Fisiologia Energética. Esse método é na verdade um modo de pensar, sentir e agir
criado a partir da genuína forma de me relacionar com o conteúdo que a MCT me
oferece.

Os conceitos atribuídos ao conteúdo da Fisiologia Energética são pautados na


existência de uma estrutura imaterial formulada por componentes capazes de acu-

5
mular informações primordiais em sua estrutura. Esses componentes permeiam toda
a estrutura orgânica e se mantêm em padrão vibracional de acordo com a quali-
dade e característica do tecido.

Fazem parte desse sistema de controle paralelo do corpo humano os meridianos,


acupontos e chacras. Juntos esses elementos formam um complexo sistema de
controle e distribuição de informação necessário à vida orgânica.

Os meridianos são canais de comunicação traçados pelo corpo para ligar os acu-
pontos, órgãos, vísceras, sistemas fisiológicos e as partes anatômicas distantes entre
si. Os acupontos estão posicionados na superfície do corpo e servem de pontos de
referência para os sistemas internos codificarem através de aspectos energéticos
suas informações mais importantes. Enquanto os chacras surgem anatomicamente
mais complexos e funcionalmente capazes de metabolizar e transformar as energias
em modelos de informação mais simples e úteis ao corpo humano.

O sistema energético rege todos os processos fisiológicos orgânicos utilizando esses


elementos como instrumento de condução e trabalho. O corpo responde funcionan-
do a partir de suas partes destacadas pelos órgãos e vísceras que assumem a
responsabilidade de serem os pontos de referência do sistema energético para efeti-
var o processamento das informações e consequente utilização.

Os órgãos e vísceras fazem parte do sistema de conceitos e paradigmas destacados


pela MTC. Na verdade, os órgãos e vísceras trabalham em dupla, e de forma organ-
izada conseguem suprir as demandas internas e externas do corpo. Esse mecanismo
operacional de trabalho institui a necessidade de entender o contexto energético
que mobiliza os processos orgânicos situados como tela de fundo.

HISTÓRICO

Os chineses foram precursores no hábito de interpretar o ambiente à sua volta.


Desde o início a civilização chinesa buscou resolver seus problemas através de
soluções práticas presentes na própria natureza.

O ambiente formado pela natureza representa o alvo de interpretação dos chineses


que a partir de análises comparativas conseguiram extrair de cada parte do todo seu
modo de viver e conduzir suas perspectivas enquanto sociedade motivada a viver

6
melhor. Foi analisando e interpretando a natureza que o sistema filosófico chinês
pautou a partir do taoísmo os paradigmas da Medicina Tradicional Chinesa – MTC.

A MTC surge como parte desse movimento intelectual instigado pela necessidade de
sobrevivência imposta às primeiras comunidades assentadas à beira do Rio Amarelo
no Norte da China. Esses povos oriundos do Oriente Médio construíram uma socie-
dade coesa e bem organizada por princípios éticos modulada por conceitos “estran-
hos” ao Ocidente.

TAOÍSMO

O taoísmo representa o principal movimento filosófico do Oriente. Sua base conceitu-


al utiliza paradigmas próprios para explicar o Universo desde a sua origem.

DUALISMO: YIN E YANG

O dualismo descreve a presença de uma plataforma de eventos formulada por


aspectos opostos em constante interação. Os opostos são representados didatica-
mente pela terminologia: Yin e Yang.

A teoria dualística compõe a partir da oposição de Yin e Yang o principal ponto de


referência organizadora dos processos internos do corpo. Segundo os intelectuais
chineses da antiguidade, a arquitetura cósmica é proveniente do Yin e Yang. Tudo e
o todo fazem parte do cenário dualístico determinado pela interação entre Yin e
Yang.

YIN E YANG NA PRÁTICA

O homem e a mulher representam a partir da natureza biológica corporal a oposição


mais simples de ser explicada dentro do contexto dualístico.

O homem representa o Yang enquanto a mulher o Yin. Nesse caso a interpretação


dada pelos chineses traz à tona algumas habilidades e competências atribuídas por
contextos biológicos essenciais e isso nada tem a ver com considerações sociais for-
muladas ao longo do tempo por aspectos ideológicos.

7
Isso quer dizer que o homem, Yang, é o responsável por agir em busca do alimento e
proteger a casa e a família. Enquanto, a mulher Yin é a responsável por gerir o lar e
cuidar dos filhos.

A natureza biológica organiza a referência básica desses conceitos de oposição


instaurados pelos intelectuais chineses há pelo menos 6 mil anos. A questão de inter-
pretação dentro desses conceitos estará sempre ligada a uma referência que
sempre orienta os desdobramentos de interpretação proferidos adiante.

NATUREZA YANG DO HOMEM

A natureza Yang do homem mobiliza os processos internos do corpo à produção de


hormônios e outras substâncias especializadas a fim de construir a estrutura muscu-
loesquelética alinhada à necessidade original. Esse papel cumpre-se com a testos-
terona, cortisol e adrenalina, por exemplo.

Esses hormônios imprimem na estrutura física as necessidades biológicas impostas


pelo contexto energético humano.

NATUREZA YIN DO MULHER

A natureza Yin da mulher mobiliza os processos internos do corpo para a produção


de hormônios especializados em construir uma estrutura física sensível aos senti-
mentos e resistente o suficiente para suportar o período gestacional, por exemplo.
Esse papel cumpre-se com a ocitocina, prolactina e óxido nítrico, principalmente.

Percebam que o contexto dualístico modula suas perspectivas diante do alvo de


interpretação utilizando os aspectos teóricos de uma única forma. Não há nesse sis-
tema filosófico mudanças de conceito de acordo com a necessidade do observador.
Os processos seguem o mesmo eixo de produção sempre em acordo com a matriz
intelectual disposta pela teoria Yin e Yang – O dualismo.

MACROCOSMO E MICROCOSMO

O sistema dualístico descreve que o cenário utilizado para compor o planeta Terra
organiza suas atividades a partir da interação das partes que constitui o todo. Nesse
contexto, o cenário do “todo”, representa o Universo formado por partes representa-

8
das pelas estrelas, cometas e planetas.

Cada parte contribui com a formação e manutenção do todo – o Universo. O Universo


rege os processos e influencia cada uma de suas partes com regras específicas pau-
tadas em leis originais. Segundo os chineses essas regras são pautadas pelo dualis-
mo. Yin e Yang representam o pano de fundo que opera estimulando os mecanismos
internos de cada parte do todo.

A PARTE DO TODO

O planeta Terra surge como uma parte do Universo. Sua estrutura rochosa feita de
minerais é perfeita para gerar e acumular água. Que por sua vez serve de combustív-
el para a maioria dos seres vivos e ainda pode ser utilizada como agente de equilíbrio
térmico.

A interatividade estabelecida entre o universo e a terra é modulada pelos opostos Yin


e Yang que seguem nesse caso as mesmas regras de sempre. A diferença nesse
caso, é que o processo de interação é mais amplo e dinâmico pois conta com maior
número de possibilidades e elementos.

ORIGEM

Desde o Big Bang observa-se no Universo a presença de regras básicas acontecendo


entre partículas energéticas primordiais chamadas de elétrons, prótons e nêutrons.
Essas partículas imateriais se unem por afinidade para compor a base atômica dos
elementos químicos responsáveis pela formação substancial da estrutura plan-
etária.

O início de tudo que vivemos hoje é simplesmente reflexo da atividade dualística na


prática. A união das partículas representa a pequena parte dos processos de for-
mação e manutenção do Universo.

No centro, comandando os procedimentos, existe a matriz de informações capaz de


compor os elementos conceituais especializados em estabelecer as regras básicas
dos processos. Nesse caso os aspectos Yin e Yang surgem como moldes do processo
que virá a seguir para compor os pontos de interação entre as partículas energéticas
que surgem diante do decaimento de energia.

9
A interação dos opostos fornece a base dos elementos químicos que formam a sub-
stância de estrelas, por exemplo. As estrelas assumem num certo momento a
responsabilidade de criar energia sobressalente capaz de sustentar reações
energéticas mais complexas. Desse processo os corpos estelares formam por fusão
outros elementos imprescindíveis à vida no planeta.

A natureza original dos procedimentos dualísticos organiza suas diretrizes para


compor os astros e estrelas, e esses servirem de referência para a formação de ele-
mentos químicos necessários à vida terrestre. Nesse movimento proposto pelo mac-
rocosmo forma-se o microcosmo.

O microcosmo representado pelo planeta Terra é formado pela interação de uma


série de componentes de força capazes de compor cada parte. Tudo isso surge para
formatar níveis mais avançados de interação e novos componentes. Caminhamos
sob a égide de um sistema que preza a evolução.

O conteúdo proposto por esse material visa contribuir com o processo de ensino e
aprendizagem do interessado que busca ampliar os conceitos sobre a vida cotidiana
que sempre se esbarra em questões relativas ao assunto – dualismo.

CORPO FÍSICO

A estrutura orgânica é modelada por aspectos energéticos compostos por princípios


de informação capazes de replicar os mesmos movimentos vistos no ambiente exte-
rior. O corpo é uma réplica da natureza segundo os chineses taoístas.

Os chineses desenvolveram uma forma de análise, interpretação e conclusão ba-


seada em analogias. O sistema de equivalência funcional e estrutural moldou a
teoria dos cinco elementos, que serviu de referência para a formação dos conceitos
da fisiologia energética.

Tudo começa com a base dualística Yin e Yang, que nesse caso pode ser considera-
do o ponto de apoio para a formação da plataforma de eventos capaz de construir e
gerir o sistema fisiológico corporal. O Yin e Yang são então os extremos de uma inter-
essante conversa mantida entre as partes do corpo que possuem níveis de hierar-
quia especializados em tarefas importantíssimas.

10
A divisão hierárquica feita pelo sistema fisiológico dualístico distingue os órgãos a
partir de seu conteúdo e função. Nesse caso os órgãos são substancialmente sólidos
e capazes de formar energias. Enquanto a sua contraparte chamada de víscera é
substancialmente oca e capaz de armazenar energias.

Os órgãos e vísceras montam o arquétipo de referências utilizado pelo sistema du-


alístico para compor a base dos conceitos energéticos do corpo humano. Como
qualquer sistema de opostos, os órgãos e vísceras se acoplam energeticamente
para fornecer ao corpo o material de informação especializado numa determinada
tarefa.

Quando então analisamos cada parte desse todo fisiológico observamos um esque-
ma de funcionamento energético extremamente refinado composto por inúmeros
componentes integrados à estrutura física. Esses componentes que formatam a
estrutura energética do corpo humano fazem parte de um grande sistema de con-
trole capaz de difundir os princípios básicos da fisiologia humana e fazer a vida acon-
tecer.

INTRODUÇÃO A FISIOLOGIA ENERGÉTICA

O corpo é organizado por peças formadas de células especializadas funcionalmente


em atribuir ao todo orgânico sua parcela de energia. As células se agrupam em teci-
dos por afinidade e isso oferece consistência aos órgãos e vísceras que assumem a
qualidade de referências do contexto metabólico produzido pelo sistema energético.

O agrupamento celular e a consequente formação de tecidos seguem uma rotina de


produção conduzida por agentes de informação primordiais instalados na superfície
de sua estrutura. Esse mecanismo de produção oferece ao corpo as devidas
condições de funcionamento a partir de um trabalho silencioso feito pelo sistema
energético.

SISTEMA ENERGÉTICO

O sistema energético representa o pano de fundo corporal. Através dele os coman-


dos fisiológicos são ofertados ao corpo. O modo de operar do sistema energético
utiliza o padrão de afinidade informacional impresso em cada uma de suas partes.
Além disso, sua estrutura fluida e imaterial consegue modular os processos de ma-

11
neira que os eventos fisiológicos ocorram automatizados e imperceptíveis ao olhar
mais atento do ser humano.

5 ÓRGÃOS E AS 5 VÍSCERAS

PULMÃO E INTESTINO GROSSO

O pulmão é o órgão de característica Yin capaz de captar o ar do alto e transportá-lo


ao interior dos vasos sanguíneos e meridianos através da respiração. O intestino
grosso assimila das fezes os elementos necessários à composição e funcionamento
do organismo. Além disso, os dois eliminam as toxinas produzidas durante o metabo-
lismo celular tradicional.

O pulmão e o intestino grosso realizam a troca de informações e energia entre os


ambientes. Esse modelo de trabalho é executado perfeitamente quando todos os
dois estão em sintonia com suas capacidades de trabalhar em equilíbrio. Isso se
deve ao suprimento energético fornecido por outros pontos de trabalho metabólico
presentes na estrutura corporal como o Rim e o sistema digestivo.

Mas o caso é que o ponto de afinidade criado entre pulmão e intestino grosso é mar-
cado pela capacidade de limpar e desintoxicar os ambientes. A limpeza é realizada
quando o ar assimilado entra e o gás carbônico entregue pelo sangue sai. E quando
o bolo fecal finalmente recebe o estímulo necessário para formar as fezes eliminadas
pela atividade defecatória.

Quando esses sistemas perdem a sintonia e o desequilíbrio prepondera, os proble-


mas aparecem em forma de doenças e patologias causadas diretamente na estru-
tura e/ou função pulmonar ou intestinal. Nesse momento percebam que os proble-
mas orgânicos são criados num ambiente anterior ao físico.

Os problemas são realmente conduzidos pelo sistema energético e o efeito disso


precisa ser investigado com afinco e sabedoria, já que aqui no órgão e víscera o
problema pode se dirigir a outros pontos de controle próximos ou distantes ligados a
eles, como a pele, por exemplo.

12
SISTEMA FISIOLÓGICO: PELE

A pele representa o maior órgão do corpo humano. Através dela o corpo se protege
e modela sua arquitetura num sistema fechado de ocorrências. Além disso, a pele
controla em sua estrutura diversas atividades que contribuem para o metabolismo
orgânico, como a captação de raios ultravioleta, a fabricação de vitamina D e de pré
hormônios.

A pele é um sistema vivo que organiza seus procedimentos a partir do mesmo princí-
pio de informação destacado pelo pulmão e o intestino grosso.

A pele através de suas maquinarias realiza principalmente troca entre o ambiente


externo e interno. A pele modula a quantidade de água que entra e sai do corpo e
acaba influenciando o próprio pulmão e intestino grosso.

O pulmão, intestino grosso e a pele são inseparáveis. Suas atividades promovem ao


corpo ritmo e equilíbrio!

BAÇO-PÂNCREAS E ESTÔMAGO

O baço se une ao pâncreas para juntos trabalharem em prol da estrutura. O estôma-


go entra no jogo para separar o joio do trigo. O caminho dos cereais é ativado desde
a mastigação dos alimentos feitos no interior da boca.

A interação entre Baço-Pâncreas e o Estômago é formulada pela necessidade de


estabilizar o corpo com um modelo energético denso – Yin qi.

O baço-pâncreas e o estômago recepciona, separam e transformam os alimentos


em substratos de energia capazes de subsidiar os procedimentos celulares em
quase todo o tipo de ambiente. Originalmente esse substrato de energia oferecido ao
corpo é chamado de Yin qi.

Os chineses entenderam que o Yin é sólido e denso. E por isso os alimentos retirados
da terra representam esse modelo de energia utilizado pelo sistema digestivo para
estabilizar.

13
O sistema digestivo nutre a estrutura celular com energia Yin retirada dos alimentos.
Os alimentos por sua vez são retirados da terra que os nutre com nutrientes diversos.
O modelo de energia Yin é qualificado de acordo com a qualidade do alimento
ingerido. Quanto mais próximo da natureza e distante da indústria maior a qualidade
da energia Yin. No corpo a energia Yin é representada pelos ácidos graxos, glicose e
proteínas.

A natureza do Yin qi fornece densidade ao corpo e isso concede estabilidade a estru-


tura orgânica.

O Yin qi modula a composição corporal a partir das necessidades biológicas internas.


Isso significa que a característica metabólica corporal de cada indivíduo caracteriza
a qualidade do Yin qi a partir de sua consistência.

A consistência da energia Yin modulada pelo tipo de metabolismo corporal organiza


a forma anatômica. E isso é realizado através dos músculos e tecido adiposo.

MÚSCULOS E TECIDO ADIPOSO

A atividade digestiva produz energia para alimentar o corpo. Ligado a eles estão o
tecido muscular e adiposo. A interatividade energética é subsidiada por pontos de
afinidade relacionados à estabilidade criada pela própria consistência desses teci-
dos ligados ao baço-pâncreas e estômago.

A estrutura muscular é formada de células capazes de acomodar em repouso o mo-


mento de produzir movimento.

O tecido adiposo formado por adipócitos estabelece em sua estrutura a propriedade


de acumular energia pura em forma de gordura. A gordura estocada em partes ana-
tomicamente planejada organiza a forma, protege o interior e estabiliza o metabolis-
mo através de citocinas e hormônios produzidos quando necessários.

O Yin e o Yang se encontram no sistema digestivo para o equilíbrio dinâmico e estáti-


co conquistados diante da necessidade de estabilizar os procedimentos energéticos.

A estabilidade mantém a forma da estrutura intacta para funcionar em prol da vida


orgânica.

14
Acontece que quando a estabilidade é perdida e o desequilíbrio mostra sua face, a
estrutura perde continuidade e se deteriora. A inoperância do Yin qi mostra na den-
sidade de sua estrutura a umidade que ainda percorre o corpo através de caminhos
invisíveis.

A estabilidade concede equilíbrio através de alimentos naturais e diversificados por


seus nutrientes. Quando isso é substituído por alimentos industrializados ou proces-
sados a forma é alterada e a estabilidade se transforma em paralisia. A estrutura fica
imperfeita, o movimento lento e a digestão incomodada.

RIM, BEXIGA E OSSOS

A vida começa e as etapas são cumpridas de acordo com o programado. No fundo


do abdome a energia que modula os processos flui através do núcleo celular para
formar e estimular os genes. Os códigos são modulados de acordo com as variáveis
impostas pelo tempo e estilo de vida.

Próximos às últimas costelas encontram-se os rins emparelhados e conectados à


bexiga. Os dois rins filtram, mas apenas um abriga a ancestralidade em forma de
energia. Isso mesmo, o rim direito é o mais importante nesse quesito. A energia an-
cestral armazena os dados relacionados à atividade celular e orgânica. Para fazer
efeito ela precisa ser passar pelo rim direito e depois seguir as células.

A estrutura renal foi desenvolvida para filtrar o sangue e retirar dele as impurezas
mais densas e impossíveis de sair por outra via metabólica. Suas células são posicio-
nadas em alça e funcionam como um grande filtro. Internamente a função renal de-
pende da concentração de certos minerais capazes de alterar o fluxo energético
entre as células.

A forma e estrutura renal alcançam seu propósito de filtrar o sangue e produzir o con-
teúdo líquido próprio chamado urina. A urina produzida pela atividade renal é
encaminhada a bexiga que recepciona o conteúdo para ser armazenado e posteri-
ormente eliminado através da atividade mictória.

A capacidade de a bexiga armazenar e eliminar urina é continuada por vias conec-


tadas aos genitais internos e externos. O processo de eliminação é ativado devido à
quantidade de urina acumulada enquanto sua capacidade de armazenar depende

15
de sua estrutura muscular interna.

Os sincronismos entre os opostos compõem a eliminação da urina. A estrutura dis-


tende e anuncia ao sistema nervoso a necessidade de liberar urina. A distensão
provocada pela quantidade é sensibilizada também às propriedades do conteúdo. A
quantidade de minerais e certos eletrólitos sensibilizam o tecido e diminuem o limiar
de atividade, provocando a eliminação de urina antes de atingir o limite de conteúdo
previsto.

A atividade mictória prejudicada altera o fluxo energético entre as células e pode


provocar edemas ou desidratação. O gradiente de concentração de minerais altera
a quantidade de minerais como cálcio, potássio e magnésio. A mudança prejudica a
função óssea e diminui a conversão de vitamina D em D3 no rim. Tudo isso acaba
desgastando a energia das células e provocando o envelhecimento precoce.

A função geniturinária prejudicada altera o metabolismo celular e obriga o consumo


de mais energia por parte dos tecidos. A estrutura comprometida é originalmente
deficiente de energia ancestral.

FÍGADO, VESÍCULA BILIAR E TENDÕES

O fígado representa a solidez qualificado pelo Yin para funcionar metabolizando


componentes químicos específicos para formarem energia e bile. Tudo isso é formu-
lado por células especializadas chamadas de hepatócitos que necessitam de vitam-
ina B para funcionar adequadamente.

Acoplado ao fígado está a vesícula biliar. Formada por células que se agrupam
dentro de uma rotina capaz de acumular e liberar bile para o interior do duodeno. A
bile vinda do fígado é formada de colesterol, água e minerais, e é utilizada para a
digestão de gordura principalmente.

A atividade hepática sintetiza a energia dos alimentos em energia de altíssima quali-


dade. Esse material produzido no interior do hepatócito é utilizado para formar diver-
sos tipos de outras substâncias como hormônios sexuais, células nervosas e ocu-
lares.

A capacidade de ordenar os processos e organizar a rotina metabólica representa a

16
principal função do fígado dentro do processo energético. A atividade hepática
modula os procedimentos dentro de uma linha de produção coordenada e integrada
às necessidades do organismo.

A interação entre o fígado e a vesícula biliar concede ao corpo a capacidade de me-


tabolizar diversas fontes de energia, entre elas a gordura estocada. O metabolismo
de gordura fornece mais sedimento à estrutura do sangue e aumenta a produtivi-
dade de células especiais utilizadas pelo sistema musculoesquelético para otimizar
sua atividade.

O sangue é suprido com maior quantidade de ferro e proteínas enquanto os tendões


e fáscias recebem maior quantidade de colágeno. Tudo isso otimiza os procedimen-
tos metabólicos e melhora a oferta de energia ao cérebro. A estrutura neuronal
recebe energia mais qualificada e favorece a cognição.

CORAÇÃO E INTESTINO DELGADO

A natureza ativa do coração esconde por detrás de músculos e fibras a essência


ativa de suas nuances. O coração imprime em cada batida a essência emocional do
indivíduo. O sangue que sai para o corpo abastece as células e tecidos com energia
de todo o tipo, mas o que poucos sabem é que o íntimo de sua estrutura está marca-
do com elementos pessoais importantes para a qualificação dos processos.

Os chineses observaram que o coração representa a mente e as emoções. Hoje


sabemos que o cérebro obedece ao ritmo cardíaco. Os neurônios recepcionam os
códigos emitidos pelo pulsar do sangue no interior dos vasos.

A atividade cardíaca modula o ritmo de circulação do sangue pelo corpo. Enquanto


sua estrutura recepciona o conteúdo de cada emoção produzida durante o
dia/noite.

Em paralelo está o intestino delgado trabalhando para fomentar a atividade cardía-


ca. Lá no íntimo do tecido intestinal estão as bactérias do bem responsáveis pela
captação de minerais imprescindíveis ao músculo cardíaco.

Além disso, o intestino delgado interfere nos movimentos da mão e face. Essa conex-
ão é puramente energética. Nas mãos os movimentos finos são supridos e na face a

17
mímica é estimulada.

A intimidade emocional assimilada pelo coração modula a expressão facial. Os sen-


timentos expostos em cada grupo muscular formam a expressão em sua mais pura
e transparente condição. Na face corada ou não nos mostramos internamente.

O processamento das emoções interfere na atividade cardíaca. Qualquer exagero


altera o ritmo dos batimentos causando consequências no sistema. Isso significa que
a partir do Coração o corpo adoece emocionalmente!

MECANISMO DE ADOECIMENTO

O corpo formado de células é na verdade apenas um conceptáculo de informações


que responde ao automatismo produzido pelo sistema energético.

O sistema energético abriga os elementos de conexão capazes de transportar


através de modelos de energia especializados informações produzidas por emoções.
As emoções integram a primeira parte do processo de adoecimento. Os chineses
entenderam isso no passado. E nós hoje precisamos ampliar essa abordagem para
continuar oferecendo o melhor da MTC aos nossos pacientes.

Nessa linha entendo que a doença física é acima de tudo causada por agentes
energéticos desequilibrados por emoções. E cada um dos 5 órgãos possui a sua.

18
ELEMENTO METAL

Órgão: Pulmão

Víscera: Intestino Grosso

Energia: Yang e Oxigênio

Função: Captar nutrientes e


eliminar toxínas

Tecido: Pele
ELEMENTO ÁGUA

Órgão: Rim

Víscera: Bexiga

Energia: Jing e Genes

Função: Impulso inicial para


produziro movimento das
energias em direção ao
seu objetivo

Tecido: Ossos
ELEMENTO TERRA

Órgão: Baço-Pâncreas

Víscera: Estomâgo

Energia: Ying e Ácidos Graxos

Função: Assimilar, transformar e


estabilizar as energias do corpo

Tecido: Musular e Adiposo


ELEMENTO MADEIRA

Órgão: Fígado

Víscera: Vesícula Biliar

Energia: Sangue

Função: Organizar e coordenar os


processos metabólicos com exatidão

Tecido: Tendinoso
ELEMENTO FOGO

Órgão: Coração

Víscera: Intestino Delgado

Energia: Calor

Função: Estimular o movimento das


energias com objetivo de aquecer

Tecido: Vascular
E POR QUE EU DEVERIA APRENDER TUDO ISSO, FABRÍCIO?

A grande maioria das pessoas conhece e estuda a Auriculoterapia de forma simplis-


ta – e é importante destacar que isso não é culpa delas.

Por falta de instrução da parte de seus professores, passam a achar que decorar
alguns pontos é suficiente para trazer resultados aos pacientes, muitas vezes menos-
prezando a importância do diagnóstico e principalmente da correta localização de
pontos.

O que vem depois, infelizmente, é a frustração – dos pacientes não terem resultado e
não retornarem, e a agenda continuar vazia...

Com esses tópicos, você já possui a base teórica necessária para dominar o diag-
nóstico dentro da Auriculoterapia.

A partir do dia 13 de setembro, no Evento A Tríade da Auriculoterapia, continuaremos


esse assunto, mas também falaremos sobre como você pode fazer para localizar
pontos com mais de 90% de eficiência e criar combinações que potencializam ao
máximo o resultado do seu paciente.

Tenho certeza que você nunca viu algo como esse método antes, uma vez que ele foi
criado por mim, ao longo dos meus 20 anos de estudos e prática com mais de 10.000
pacientes.

Eu estou ansioso para esse Evento e tenho certeza que criaremos um marco sem
precedentes na história da Auriculoterapia.

Se você chegou ao fim deste Ebook, quero lhe dar os parabéns. Isso mostra que você
realmente está determinado(a) a dar o próximo passo dentro dessa área.

Quero lhe propor mais um desafio: tire uma foto desta página e me mencione nos
stories do Instagram (@fabricioborgesoficial). Vou olhar todas as menções e
repostá-las no meu perfil.

Espero você na primeira aula do nosso Evento!

24

Você também pode gostar