Plano de assistência de enfermagem para crianças e adolescentes vítimas de violência e suas famílias. Além do cuidado técnico, é indispensável que o enfermeiro trate o subjetivo, obtendo informações através do comportamento da criança e suas necessidades de cuidado e sofrimento emocional. Quando a criança é admita no hospital, desde o atendimento inicial, até a alta hospitalar o corpo multidisciplinar deve sempre obter informações e perceber mudanças de comportamento, saber diferenciar marcas acidentais de marcas de agressão, na maioria das vezes as marcas não são físicas, cabe ao profissional perceber o comportamento da criança. O cuidado prestado a criança seja em qualquer enfermidade se diferencia do cuidado do adulto nas situações emergenciais, como no caso da violência sexual, a criança é quase sempre a principal vítima, necessitando de uma atenção especial, recursos materiais e humanos especializados para o atendimento. O processo de enfermagem é dividido em várias etapas. São eles: Histórico de enfermagem, dividido em entrevistas e exames físicos, com a finalidade de coletar dados sobre a criança e seu responsável; diagnóstico de enfermagem, oferecendo opções de intervenções de enfermagem, visando atingir os resultados de responsabilidade do enfermeiro; prescrições de enfermagem, que vai coordenar o cuidado As ações da equipe na realização de cuidados adequados para atender às necessidades da criança e a evolução do cuidado, em que o enfermeiro avalia a resposta do paciente e analisa se as metas e objetivos foram alcançados. Em todas as etapas o profissional enfermeiro deve tentar ganhar a confiança da criança e mostrar que ela pode se abrir com ele. E também o enfermeiro tem o dever de familiarizar a criança com o ambiente hospitalar, procurando explicar como funciona os procedimentos e a rotina hospitalar, pois assim se transmite confiança e afeto. Nos casos de violência sexual contra crianças, qualquer intervenção do enfermeiro deve ter como objetivo principal a prevenção de danos posteriores causados pela intervenção e, a seguir, dedicar-se ao cuidado e assistência no tratamento do trauma causado pela própria violência sexual. 16 Portanto, enfermeiros e equipe de enfermagem transmitem a importância da confiança e segurança para as crianças. Para as famílias o atendimento trata-se com um corpo multidisciplinar especializado para informar, preparar e instruir, já que além de lidar com o trauma, precisarão de forças para cuidar da criança lesionada. Geralmente o abusador é alguém conhecido, portanto a família precisa reconhecer e prestar queixa para que possa tornar o ambiente favorável para a criança.