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FORÇAR O MOVIMENTO: A FABRICAÇÃO DO TERROR EM APRENDER A

REZAR NA ERA DA TÉCNICA DE GONÇALO TAVARES

Ana Belén Vera – Facultad de Lenguas – UNC

 RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo analisar como a fabricação do terror é uma
estratégia empregada por Lenz Buchmann, protagonista de Aprender a rezar na era da técnica, de
Gonçalo Tavares (2008), com o intuito de manipular os votantes da sua cidade e assim obter maior
poder. Para isso, partiremos dos conceitos apresentados por Zygmut Bauman no seu livro El miedo
líquido: la sociedad contemporánea y sus temores (2008), observando qual a natureza e algumas
características do medo que devém em terror. Depois, colocaremos o foco na fabricação do terror e
na sua manipulação com fins determinados e tentaremos extrapolar a situação para estabelecer uma
comparação com a estratégia de implantação do terror da ditadura militar na Argentina. Por último,
faremos referência ao perigo representado por este mecanismo.
 PALAVRAS-CHAVE: Terrorismo de Estado. Manipulação do medo. Uso político do terror.

“A técnica de influenciar os homens


assustando-os com o que ainda não existe
é antiga”
Gonçalo Tavares, A máquina de Joseph Walser

Introdução

Aprender a rezar na era da técnica (2008) forma parte da tetralogia O Reino, do


prolífero autor nascido em Luanda, mas nacionalizado português, Gonçalo Tavares,
vencedor do prêmio José Saramago em 2005 com seu romance Jerusalém (2004),
terceiro livro da mencionada tetralogia.
Tavares cria em Aprender a rezar... um mundo ficcional que fica perigosamente
perto duma realidade que pode ser reconhecida pela maioria dos leitores com relativa
facilidade, mas muito em particular por nós, leitores argentinos e americanos, se
pensarmos através de algumas das nossas experiências políticas do século XX. Tavares
escreve, de forma bastante intuitiva, sobre a realidade contemporânea das nossas
sociedades ocidentais. Como os outros livros da tetralogia, a temática que percorre esta
narrativa é o tratamento do mal, ligado à técnica, à política, às relações de poder; com
fortes componentes psicológicos que nos permitem entrar na história, na cabeça e nos
sentimentos mais profundos dos personagens.
Aprender a rezar na era da técnica vai fornecendo pistas da personalidade de
Lenz Buchmann, o protagonista, e tecendo eventos que vão se desenvolvendo na sua
vida, buscados ou precipitados. Sobre este cidadão ilustre, herdeiro duma família
renomada, prestigiado médico depois devindo em político, Tavares coloca uma figura
perversa, de dupla moral, que está concentrado em conservar as aparências a partir dum
incalculável grau de hipocrisia, mas que no fundo despreza enormemente a espécie
humana e tudo o relacionado com ela. Para Lenz Buchmann, a lógica que rege a vida
em sociedade é a ditada pela natureza: este mundo foi feito para que só os mais fortes
possam sobreviver: ele não está interessado na construção de laços de afeto de nenhuma
classe, nem de solidariedade, senão em estar rodeado por pessoas fortes como ele, desde
que sejam úteis para os seus propósitos.
No momento em que sente que a sua carreira como médico já não é satisfatória,
pois só lhe outorga poder sobre indivíduos, decide entrar na carreira política, para poder
exercer controle sobre a massa, sobre a cidade inteira. Em sua faceta política, Lenz
configura-se como um estrategista que põe em andamento determinados artifícios
destinados a criar as condições necessárias para manipular o voto da cidade onde se
apresenta como candidato. O mais significativo desses instrumentos, e que será alvo da
nossa análise, é a determinação de colocar uma bomba no Teatro principal, como o
objetivo de “forçar o movimento” (Tavares, 2008, p. 206) (lema da sua campanha),
através da implantação do medo.
Este tipo de estratégia, que nesta comunicação denominaremos “fabricação do
terror”, foi e é empregada assiduamente por aqueles que detêm o poder. Com um
planejamento semelhante ao ideado por Lenz Buchmann, a criação de circunstâncias
que favorecem o espalhamento do medo e a sua manipulação, para aproveitar o
momento em que a população se sente insegura e desconcertada, foi um subterfúgio
presente na Alemanha nazista, nas políticas adotadas nos Estados Unidos a partir do
atentado de 11 de setembro de 2001, na ditadura militar na Argentina e em políticas de
segurança do Estado de direito na atualidade em diversas partes do mundo, entre
inúmeros exemplos. A seguir, analisaremos com mais detalhe os elementos que
compõem esta trama.

A natureza do medo e a sua função social


Para Bauman (2008), na implantação duma ameaça, o desconhecimento da sua
origem é um componente fundamental, pois “«Miedo» es el nombre que damos a
nuestra incertidumbre: a nuestra ignorancia con respecto a la amenaza y a lo que hay
que hacer (…) para detenerla en seco, o para combatirla” (p. 10, grifos do autor) e é “el
otro nombre que damos a nuestra indefensión” (Bauman, 2008, pág. 148, grifos do
autor). O medo funciona, assim, como uma resposta instintiva, natural. Lenz Buchmann
afirma a este efeito que “Era o medo que mobilizava, era o medo que tornava visível o
único instinto universal, que não deixava ninguém excluído e sobre o qual se podia
dizer que nada existia que não estivesse, ou quisesse estar, virado para ele” (Tavares,
2008, p. 210).
Mas, qual é o pano de fundo daquele medo? O que é o que gera aquele temor?
Para Bauman, a ameaça tão constrangedora é a possibilidade do caos (2008, p.30). A
população vê-se intimidada pela iminência da desordem, da imprevisibilidade, vista
como sinônimo de falta de civilidade. A civilização está relacionada com os direitos
individuais e coletivos, como elementos fundamentais da vida em sociedade; e a ideia
de perder estas garantias é a primeira fonte do medo: “o caos e a ausência de sentido ou
de explicação da violência varriam de uma forma eficaz a segurança da cidade.
Buchmann e Kestner sabiam-no bem” (Tavares, 2008, p. 243).
Nos capítulos “Dois medos” e “O exemplo da caça”, Lenz estabelece uma
classificação: “Havia, portanto, dois medos, e não apenas um. O primeiro medo
arrancava as coisas da sua imobilidade e o segundo, o mais poderoso, mantinha as
coisas em movimento (Tavares, 2008, p. 223, grifos nossos).”
O primeiro medo está relacionado com “a velocidade de quem quer avançar” e o
segundo com “a velocidade de quem não quer cair”. Coincidentemente com a definição
de Bauman, o primeiro medo é instintivo, é a primeira resposta natural de qualquer
organismo que se percebe em perigo. Já o segundo medo “desorganiza por completo o
sistema de estratégia”, fazendo com que o sujeito, desorientado, perca toda capacidade
de discernimento e a desesperação o leve a acatar qualquer ordem emitida por um poder
que lhe garanta um mínimo de segurança (Tavares, 2008, pp. 223-227).
Se avançarmos na definição de “medo” e de “terror”, deveremos estabelecer
uma diferenciação: o termo “medo” pode ser equiparável ao conceito de “horror” 1, se
1
Neste trabalho empregaremos de forma alternada os termos “medo” e “horror”, com preponderância do
primeiro, pois é o termo acunhado no romance que aqui se trata; porém é conveniente esclarecer que o
entendermos que “a forma clássica dada ao horror se manifesta através do agenciamento
pleno dos sentidos que norteiam as paixões de cada simples cidadão” (Sá, 2012, p. 163).
Isto é, segundo a definição de Lenz, o “medo” e o “horror” seriam equivalentes a
“primeiro medo”, como sensação individual e natural frente a determinados estímulos.
Já o conceito de “terror”:
Não é simplesmente um medo mais forte que responde a uma ameaça mais
temerosa e difusa. É uma maneira de nomear, de ressentir e de explicar o que causa
perturbação na alma de cada um de nós, assim como na ordem mundial. É uma
maneira de definir os princípios da ordem e as razões da desordem” (Rancière,
2007, em Sá, 2012, p. 163).

Este conceito se refere ao que Lenz define como “segundo medo”, é fabricado e
manipulado por uma entidade externa a quem o sofre e é compartilhado pela
comunidade, além de este termo ter tomado outras conotações a nível mundial a partir
do atentado às Torres Gêmeas2.
Voltando à nossa reconstrução da estratégia, é então a possibilidade do caos, a
desorientação gerada pelo segundo medo, que faz emergir a necessidade da proteção
outorgada por um poder capaz de ter controle da situação. A continuação da estratégia é,
por isso, que o poder se apresente “ante sus oprimidos súbditos como salvadores frente
al terror más que como fuente primaria de éste” (Bauman, 2008, p. 202). Lenz
Buchmann vê essa necessidade de forma muito clara:

Lenz Buchmann e Hamm Kestner haviam falado já da hipótese de uma explosão


no edifício do Teatro principal, meio talvez necessário para instalar o estado de
tensão na cidade. O tal primeiro medo útil para o Partido. (...) Os dois tinham
encontrado uma nova direção para a campanha, uma direção secreta, claro: criar
um perigo que eles próprios, depois vencessem. Sem a sensação de um perigo
consistente não havia heróis, e aqueles dois homens não queriam apenas ganhar a
autoridade através do voto; sabiam que a autoridade da velha coragem e da velha
força era a única que resistia às flutuações provocadas pelos múltiplos
acontecimentos. Eles apareceriam como os únicos capazes de fazer frente a um
terror de origem não localizada (Tavares, 2008, p. 240, grifos do autor).

Eles haviam simplificado as suas ideias e por isso a sua moral de ação não tinha
obstáculos. Primeiro, construir um perigo sem origem identificável; depois, com
isso, forçar o movimento da população; por fim, preparar o estado forte do qual
sairiam dois tipos de pessoas: as que protegem e as que são protegidas (Tavares,
2008, p. 241).

entendemos aqui como equivalente de “horror” segundo a definição fornecida acima.


2
Pela sua vez, se o relacionarmos com o conceito de “terrorismo de Estado” vigente a partir da ditadura
implantada em 1976 na Argentina, adquire outros matizes particulares.
Para continuar com a lógica de Lenz Buchmann, (que claramente acreditava que
a sua superioridade o colocaria dentro do primeiro grupo, o dos poderosos) uma vez
desatado o primeiro medo, que “mobiliza com significado”, faz-se necessário que essa
força propulsora continue incitando, de forma persecutória, o movimento da população.
(Tavares, 2008, p. 218). Bauman explica, por sua vez, como funciona este movimento
fora da ficção:

El miedo arraiga en nuestras motivaciones y objetivos, se instala en nuestras


acciones y satura nuestras rutinas diarias; si apenas necesita más estímulos del
exterior, es porque las acciones a las que da pie día tras día suministran toda la
motivación, toda la justificación y toda la energía requerida para mantenerlo con
vida, y para que, incluso, ramifique y florezca (Bauman, 2008, págs. 171-172).

Por isso Lenz acredita na necessidade de combinar o medo com a velocidade,


para estimular o acionamento do mecanismo do terror que deixa o sujeito submergido
numa voragem. É preciso que, uma vez que se “forçou o movimento” o sujeito não pare
para pensar, é o segundo medo que garante o movimento constante e a “acumulación
del terror”, em palavras de Hannah Arendt (2005, p. 265) para se referir ao método
nazista.

Da fabricação e manipulação do terror

No caso de Lenz Buchmann, a decisão de criar um auto-atentado é quase um


extremo (não por isso mais afastado da realidade, como observaremos depois). Porém,
sem ter necessariamente que existir uma coincidência com o agente responsável por um
ato terrorista, há uma entidade mais poderosa que tira proveito da situação, seja para
exercer um controle mais rigoroso sobre a população, seja para aplicar políticas
autoritárias, etc. Sobre um caso britânico, Bauman afirma:

Las medidas tomadas por el gobierno para contrarrestar la amenaza del terrorismo
parecen haber sido calculadas de antemano no tanto para rebajar la probabilidad de
una nueva atrocidad terrorista como para acrecentar aún más la sensación de
emergencia e instalar una especie de complejo colectivo de «fortaleza asediada»
(Bauman, 2008, pág. 194).

Com isto não estamos, de modo nenhum, tentando negar a existência de


verdadeiros atos terroristas, totalmente condenáveis. O nosso objetivo, novamente, é
apontar para o uso que o poder (o Estado, nos casos em que não for responsável) faz
desses atos, principalmente ajudado pelos meios de comunicação massiva, que, a través
da repetição, da escolha do tratamento, do tipo de imagens e depoimentos transmitidos,
etc., conseguem instalar o tema no inconsciente coletivo rapidamente. Para Bauman,
estes mecanismos respondem à escassez de propostas por parte dos políticos, que faz
com que a criação de um inimigo fantasma seja o único meio de manterem seu poder
(2008, p. 192) e de justificarem determinadas políticas que talvez não receberiam
aprovação social em outros contextos menos “dramáticos”. Estamos, em definitiva,
diante da fabricação duma “desculpa” para medidas que serão tomadas posteriormente
como parte dum plano maior de domínio, como é o caso das aspirações do protagonista
do romance de Tavares.
Essa manipulação tem diferentes gradações. No caso do regime nazista, como
afirma Hannah Arendt, “No bastaba mentir. Para ser creídos, los nazis tenían que
fabricar la realidad misma y tenían que hacer que los judíos apareciesen infrahumanos”
(1946, p. 247, grifos da autora). Assim, Hitler conseguiu preparar o terreno para garantir
o não questionamento das suas políticas de marginação, roubo e extermínio. Lenz, numa
“gradação” semelhante, fabrica o acontecimento que desata o terror para instalar o caos
de maneira permanente e tirar partido dessa tensão social que “paralisa a ação de
combate dos cidadãos, fazendo deles meros espectadores do fenômeno” (Sá, 2012, p.
163).
Traçando um paralelismo com a última ditadura militar na Argentina, é possível
comparar estratégias de fabricação do terror como as mencionadas anteriormente com
as postas em prática pelo regime de Videla. Com um modus operandi semelhante ao
adotado em outras ditaduras, afirma Gonzalo Aguilar: “El relato del Estado ya no tiene
como prioridad producir verosimilitud, sino terror” (2000, em Vannucchi, 2010, p. 7).
Além da manipulação da informação, podemos referir diretamente à fabricação
de situações, como foi o caso dos numerosos enfrentamentos com militantes, forjados
pelas forças de segurança com dois objetivos atrelados: “branquear” a morte de presos
políticos que na verdade foram executados, ao mesmo tempo em que criavam um clima
de perigo iminente que permitia justificar a continuidade e o endurecimento de políticas
de controle, censura e extermínio, assim como a carta branca para a adoção de políticas
econômicas e sociais de direita.
A forma como estes supostos combates e tentativas de fuga foram apresentados
à sociedade serviu para disseminar uma ideia de caos, construindo como inimigo o
comunismo e a subversão e deixando o governo militar na posição de herói que veio
resgatar a nação no meio duma guerra interna e promovendo o disciplinamento, através
da delação e a autocensura (Vannucchi, 2010, p.6). O jornalista Rodolfo Walsh,
publicou na sua Carta abierta de um escritor a la junta militar: “la Junta que ustedes
presiden no es el fiel de la balanza entre ‘violencias de distintos signos’ ni el árbitro
justo entre ‘dos terrorismos’, sino la fuente misma del terror que ha perdido el rumbo y
solo puede balbucear el discurso de la muerte” (Walsh, 1977, grifos nossos). Esta foi a
última denúncia publicada por Walsh antes de ser assassinado pelo governo militar.
Voltando ao caso “ficcional” que é alvo do nosso estudo, Lenz emprega então o
terror como instrumento de um “poder coercitivo capaz de constranger os homens a
confiar no conselho e na autoridade […] dos homens eloquentes (Limongi, 2007, em
Sá, 2012, p.163). Retomando a explicação de Bauman, as pessoas aterrorizadas
transformam-se de forma involuntária nos perfeitos cúmplices do uso político do seu
próprio medo, cegas pelo seu “comprensible deseo de seguridad” (2008, p. 160, 186-
187).

Considerações finais: sobre o perigo de brincar com o medo alheio

As operações que fizemos a humilde tentativa de esboçar ao longo deste trabalho


têm geralmente consequências negativas para o convívio social, que, paradoxalmente, a
sociedade acredita estar tentando proteger.
No caso do romance, Tavares não fornece demasiados detalhes sobre a
repercussão na opinião pública do atentado ideado por Lenz, só sabemos que a
estratégia é bem-sucedida e o partido que ele representa resulta vencedor. Mesmo assim,
podemos, a partir das outras situações às que fizemos referência, imaginar que esta
sociedade da ficção não resultou ilesa depois de ter caído na armadilha preparada por
Buchmann.
Uma das repercussões possíveis é a concentração por parte dos indivíduos na
própria integridade, de cada família e dos bens pessoais, com um abandono progressivo
da consciência coletiva. Além disso, num contexto caótico, qualquer poder que possa
garantir uma sensação de segurança, de ordenamento, de controle da situação será
recebido com pouca análise crítica. Este fato, somado à falta de interesse pelo bem-estar
social, pode derivar na legitimação de medidas que, como foi mencionado, não teriam
sido aprovadas em outros contextos, mas que são apresentadas aqui como a única e
melhor saída dos problemas. O poder, então, como salvador, cria a sua própria
justificativa para adotar políticas duras de segurança, extremistas, excludentes daquele
grupo da população que é assinalado como sendo perigoso, sejam os pobres no sistema
capitalista das grandes desigualdades, sejam os cidadãos de origem árabe depois do 11S,
sejam os comunistas em países europeus, sejam os guerrilheiros na ditadura militar. Os
meios de comunicação dominados pelos poderes governamentais se constituem em
instrumentos para semear essa sensação de perigo, que é metonimicamente ampliado,
difundido, projetado, até nos sentirmos ameaçados até pelo nosso vizinho.
Finalmente, num círculo vicioso, estes fatores são causa e efeito do
enfraquecimento da democracia, já que o Estado de Direito se constroi sobre a base da
confiança no sistema e na participação cidadã. Por isso, o grande perigo da
implementação do terror como política de Estado é a legitimação do autoritarismo e a
consequente fabricação ilimitada do terror.

Referências bibliográficas

Arendt, H. (2005). La imagen del infierno (Septiembre de 1946). Em H. Arendt,


Ensayos de comprensión (1930 - 1954) (A. Serrano de Haro, Trad.). Madrid: Caparrós.

Bauman, Z. (2008). Miedo líquido: la sociedad contemporánea y sus temores. Buenos


Aires: Paidós.

Sá, J. M. (2012). Aprender a rezar na Era da Técnica ou "Modos de pensar a paz após
Auschwitz". Revista Abril: Revista do núcleo de estudos de literatura portuguesa e
africana da UFF, 4, 153-172.

Tavares, G. M. (2008). Aprender a rezar na Era da técnica: posição no mundo de Lenz


Buchmann. São Paulo: Companhia das Letras.
Vannucchi, E. (2010). Carta abierta de un escritor a la junta militar, Rodolfo Walsh,
24 de marzo de 1977: propuestas para trabajar en el aula. Recuperado em julho de
2015, de Centro Cultural de la Memoria Haroldo Conti:
http://conti.derhuman.jus.gov.ar/_pdf/serie_1_walsh.pdf

Walsh, R. (24 de Março de 1977). Carta abierta de Rodolfo Walsh a la Junta militar .
Recuperado em Julho de 2015, de Educ.ar: archivo de documentos históricos:
http://archivohistorico.educ.ar/content/carta-abierta-de-rodolfo-walsh-la-junta-militar

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