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COLÉGIO ESTADUAL THALES DE AZEVEDO

EIXO: GESTÃO E NEGÓCIOS


CURSO: TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO E LOGÍSTICA
DISCIPLINA: HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

INTRODUÇÃO

*HIGIENE E SAÚDE
A observação acurada dos cientistas sociais tem demonstrado que a influência do fator
SAÚDE nos indicadores da qualidade de vida das populações, sobretudo no que diz
respeito ao emprego, à renda, à moradia, à alimentação e à educação, constitui um ponto
de suma importância no quadro geral econômico, político, cultural e social da vida
nacional. Neste sentido, não é demais considerar a SAÚDE como um dos pilares
fundamentais do processo de desenvolvimento social da Nação.
O que diz a Constituição Federal do Brasil?

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.


No capítulo da Ordem Social (Capítulo II – Seção II), consta o princípio básico: Art.
196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais
e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação,


a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o
transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da
população expressam a organização social e econômica do País.

*HIGIENE
Aplicação de conhecimentos que se destinam a cuidar e preservar a
saúde, alongando a vida.
Algumas medidas dependem de ações governamentais e outras dependem de ações do
próprio indivíduo.
ATIVIDADES GOVERNAMENTAIS - conjunto de programas voltados para o estudo
das condições e recursos que possam proporcionar a saúde a toda uma coletividade, as
prevenções de doenças, principalmente as endêmicas e epidêmicas.
* Construção de redes de esgotos
* Construção de sistema de abastecimento de água
* Construção de hospitais
* Campanhas de vacinação

ATIVIDADES PESSOAIS - Conjunto de ações que visam manter a saúde do próprio


corpo.
* Asseio corporal
* Higiene mental
- Divertimentos
* Boa alimentação
* Prática de esportes
*SAÚDE

 Segundo o dicionário “Aurélio”, “SAÚDE” significa conservação da vida,


robustez, vigor, estado em que se é sadio ou são, disposição do organismo,
moral ou mental.
• Segundo a OMS, “SAÚDE” não é só a ausência da doença, mas o completo
bem-estar físico, mental, moral e social do indivíduo.

*FATORES DETREMINANTES DA SAÚDE

A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a


alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a
renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais;
os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do
País.

*DOENÇAS
 Qualquer perturbação ou anormalidade observada no funcionamento
orgânico do indivíduo ou no seu comportamento.
 AGENTES CAUSADORES DE DOENÇAS
* Físicos
* Químicos
* Biológicos
* Ergonômicos
* Psicossociais

Riscos Ergonômicos: A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência


relativamente recente que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de
trabalho e definida pela Organização Internacional do Trabalho - OIT como "A
aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas
da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e o seu
trabalho, e cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem-estar
no trabalho".

Ríscos ergonômicos são os fatores que podem afetar a integridade física ou mental
do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou doença.

São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso, postura


inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em
período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade,
imposição de rotina intensa.
Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar
sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e
estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como:
LER/DORT, cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do
sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo
(gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc.

Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é


necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de
praticidade, conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de
trabalho, melhores condições no local de trabalho, modernização de máquinas e
equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de
trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada, etc.

Referências Bibliográficas:

Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. Oda, Leila, Ávila, Suzana. Et al.


Brasília. Ministério da Saúde, 1998.

http://www.fundeci.com.br/

http://www.btu.unesp.br/mapaderisco.htm

https://beecorp.com.br/riscos-ergonomicos-encontrados-nas-empresas/ vídeo

* CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS:

A) ADQUIRIDAS - São aquelas que o indivíduo contrai no meio em que vive.

* A doença é contraída como consequência da ação de um agente físico (fogo,


eletricidade, radioatividade), químico (ácidos, detergentes, inseticidas), mecânico
(qualquer objeto traumatizante, pedra, faca, arma de fogo), biológico (bactérias, vírus,
fungos, vermes).

B) DOENÇAS CONGÊNITAS

São aquelas decorrentes de desvios do desenvolvimento embrionário e aquelas que se


transmitem de mãe a filho por via placentária. Alguns microrganismos,
como vírus, bactérias e protozoários, têm a capacidade de atravessar a barreira
placentária, migrando do sangue materno para o sangue embrionário ou fetal,
contaminando, assim, o filho.

As doenças congênitas podem ser causadas por alterações genéticas ou pelo meio
ambiente onde a pessoa foi concebida ou gerada, ou ainda pela combinação destes dois
fatores. A interação entre fatores genéticos, ambientais, dietas, infecciosos, químicos e
tóxicos são alguns dos principais pontos que contribuem para a sua origem.

C) DOENÇAS HEREDITÁRIAS

São aquelas que se transmitem de uma geração a outra, isto é, de pais para filhos, por
meio de genes ou em decorrência de alterações cromossômicas. Como tal se enquadram
a hemofilia, fenilcetonuria, anemia falciforme, diabete, galactosemia, glaucoma
hereditário, câncer, hipertensão, obesidade, daltonismo, doença celíaca.

*MUTAÇÕES
São alterações que ocorrem no material genético. As mutações podem ser espontâneas
ou provocadas por agentes mutagênicos. Os agentes mutagênicos podem ser físicos,
químicos ou biológicos. Os mais conhecidos agentes físicos são os raios X, os raios
gama, a radiação ultravioleta e a exposição ao calor excessivo. Substâncias químicas,
como o gás mostarda, o ácido nitroso (HNO2), certos corantes alimentares e alguns
componentes da fumaça do cigarro. Os vírus podem causar mutações. As mutações
podem envolver apenas um gene (gênicas), cromossomos inteiros ou partes deles
(cromossômicas). Na maioria das vezes as mutações gênicas são prejudiciais.
Ocasionalmente, mutações
favoráveis acontecem e trazem vantagem adaptativa, sendo selecionadas e incorporadas
ao patrimônio genético da espécie.
*EPIDEMIOLOGIA
É a ciência que estuda os diferentes fatores que intervêm na propagação de doenças,
sua frequência, seu modo de distribuição, sua evolução e a colocação dos meios
necessários à sua prevenção.

*DOENÇAS INFECCIOSAS são doenças causadas por microrganismos como vírus,


bactérias, protozoários ou fungos.
*DOENÇAS CONTAGIOSAS
Doenças de contágio direto São aquelas que se contrai pelo contato com um
doente ou através do ar que se respira, da água ou de alimentos e objetos contaminados.
Podemos citar a tuberculose, hanseníase, sarampo, gripe, rubéola, sífilis, AIDS, etc.
Doenças de contágio indireto são aquelas que “não passam” diretamente de uma
pessoa para outra. Elas requerem, para sua transmissão, a existência de um elemento
intermediário, isto é, um vetor ou transmissor, na maioria das vezes representado por
um inseto. Podemos citar a dengue, malária, doença de Chagas, elefantíase, etc.
*ENDEMIAS, EPIDEMIAS E PANDEMIAS

ENDEMIAS são moléstias cuja ocorrência, afeta grande número de pessoas


rotineiramente. Por exemplo, a malária na região norte.
EPIDEMIAS são doenças que se caracterizam pelo aparecimento súbito, com uma
grande incidência, em determinada área, assumindo caráter alarmante dentro da
população. Por exemplo, no passado a varíola, a caxumba, a febre amarela provocou no
Brasil surtos epidêmicos.
PANDEMIA são doenças contagiosas de caráter super alarmante que se alastram
rapidamente por todo um país, por todo um continente ou, até mesmo, por todo o
mundo. Por exemplo, a gripe espanhola, a peste negra que provocou a morte de milhões
de pessoas em vários continentes.
*MEIOS PROFILÁTICOS E TERAPÊUTICOS

*Constituem todos os cuidados, aconselhamentos e recursos, como substâncias ou


medicamentos, que se destinam, respectivamente, a prevenir e a curar doenças.

*PROFILAXIA – São as medidas de prevenção das doenças.

Baseiam-se principalmente em tratamento de água, medidas de saneamento básico,


educação sanitária, identificação e tratamento dos doentes assintomáticos, medidas de
higiene pessoal, destino adequado do lixo, imunização, boa alimentação, uso de
equipamentos de proteção individual e coletivos.

*TERAPÊUTICA
É o emprego de medicamentos (anti-inflamatórios, antibióticos,
antidepressivos, antidiarreicos, analgésicos) ou outros recursos que se
destinam a combater uma doença já instalada no indivíduo.

ATIVIDADE

1-Por que, segundo o conceito emitido pela OMS, saúde não é só a ausência da doença?
RES: Segundo a OMS, saúde é um estado completo de bem-estar físico, mental e social.

2-O que é profilaxia e em que consiste? Rofilaxia é o termo utilizado para denominar as

medidas utilizadas na prevenção ou atenuação de doenças; Consiste em medidas que visam à

contenção da transmissão de doenças em uma população.

 3-O que é vetor de uma doença? Os vetores são organismos que podem


transmitir doenças infecciosas entre os seres humanos ou de animais para humanos.

4-O que é doença de contágio direto? Cite dois exemplos. Contato direto: é
a transmissão que ocorre com o contato da superfície corporal de uma pessoa

infectada. Exemplo: conjuntivite e sarna.

5-Conceitue e exemplifique doença hereditária. As doenças hereditárias são um conjunto de


doenças genéticas caracterizadas por transmitir-se de geração em geração.

6- As endemias são tão nocivas quanto as epidemias, pois matam lentamente um grande
número de pessoas. As alternativas trazem doenças associadas a um comportamento
epidêmico ou endêmico.
Assinale a alternativa que traz a associação correta:
a) Teníase - doença epidêmica na Europa.
b) Malária - doença endêmica na Europa.
c) Esquistossomose - doença epidêmica nos Estados Unidos.
x)Doença de Chagas - doença endêmica no Brasil.
d) Febre amarela - doença epidêmica na Europa.
7- Preencha as lacunas e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência
correta.
I. Epidemia é a concentração de casos de uma mesma doença em determinado local e
época, claramente em excesso ao que seria teoricamente esperado.
II. Endemia é a presença constante de uma doença ou de um agente infeccioso em
determinada área geográfica.
III. Pandemia é o nome dado à ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga
distribuição espacial, atingindo várias nações.
IV. Surto Epidêmico é a epidemia de proporções reduzidas, que atinge uma
pequena comunidade humana, restrita no tempo e espaço.
a) Epidemia / pandemia / surto epidêmico / endemia
b) Pandemia / epidemia / surto epidêmico / endemia
c) Epidemia / endemia / pandemia / surto epidêmico

d) Epidemia / surto epidêmico / pandemia / endemia


e) Surto epidêmico / epidemia / endemia / pandemia

8-Não constituem recursos terapêuticos:

a) As vacinas
b) Antibióticos
c) Anti-inflamatórios
X) Os quimioterápicos

9- Dentre as opções oferecidas, identifique aquela que menciona uma pandemia.

a) Dengue
b) Zika
c) Doença de Chagas
X) Gripe espanhola

10-Assinale a alternativa que apresenta pandemias que tiveram grande


impacto na história da humanidade:

a) Doença de Chagas, gastrite nervosa e conjuntivite viral.

b) Sarampo, coqueluche e amebíase.

c) Amidalite, asma e reumatismo.

X) Peste negra, gripe espanhola e HIV.

d) Artrite, rinite e cólera.

11- Com a ajuda de uma fonte de informação, faça uma pesquisa e em seguida explique
o que é uma pandemia.R: pandemia é a disseminação mundial de uma nova doença.

12- Roer as unhas não é um hábito saudável, porque, além de danificar as unhas e
machucar os dedos, pode favorecer o aparecimento de determinadas doenças. Que
relação pode haver entre esse hábito e o desenvolvimento de doenças? R: afeta todo um
sistema que abrange ossos, músculos, nervos, vasos sanguíneos, língua e dentes. Dessa
forma, vira fator de risco para  disfunções na articulação temporomandibular (ATM), aquela
que conecta a mandíbula ao crânio e fica logo à frente dos nossos ouvidos. Um dos
principais resultados desse desgaste é a dor nos músculos da face e mesmo a de cabeça.

13-O que significa dizer que um indivíduo está imunizado? Em que situações pode
ocorrer tal imunização? R: significa que esse indivíduo possui anticorpos contra algum tipo
de doença infecciosa, A imunidade é aquela produzida pelo corpo após exposição a um
antígeno.

14- Uma medida simples como lavagem das mãos tem grande importância em saúde
pública.
A partir do que você estudou sobre modo de transmissão, explique, em seu
caderno, por que lavar as mãos é importante na prevenção de muitas doenças
causadas por microrganismos.
R: A prevenção se torna essencial para deter a disseminação do vírus, uma vez que não há
vacina para preveni-lo e nem antivirais para tratá-lo. Por isso, é importante explicar como lavar as
mãos diminui o número de micróbios nelas e ajuda a prevenir a disseminação de doenças
contagiosas.

15- Elabore um texto defendendo a importância da vacinação para a saúde do


indivíduo e da população em geral.
R: Para entendermos a importância da vacinação, é crucial que possamos resgatar algumas
informações e dados históricos, assim podemos compreender o cenário de onde partimos, em
uma época em que a vacinação não existia. É verdade que, atualmente, muitos debates em torno
do tema “vacina” têm acontecido. Provavelmente, por isso mesmo, é de extrema importância
relembrar a trajetória do setor da saúde, é possível entender (e defender) os argumentos
racionais e científicos de quem afirma que a vacina é, sim, a melhor forma de prevenir doenças.
A vacina é uma forma de “forçar” o organismo a produzir anticorpos para combater uma
determinada substância, que ele entende como um corpo estranho. Isso acontece quando
injetamos, propositalmente, o agressor que se deseja combater. A presença no organismo
servirá, somente, para que o corpo seja capaz de produzir os anticorpos necessários para
combatê-lo, impedindo que a doença seja desenvolvida, mesmo por meio de uma nova
exposição e contágio. 

16- Com auxílio de livros, internet, e outras fontes, faça uma pesquisa sobre a
Revolta da Vacina que ocorreu no Rio de Janeiro em 1904, abordando a situação
social do Estado e o médico envolvido na campanha de vacinação, etc.
R: A Revolta da Vacina aconteceu no Rio de Janeiro, quando ainda era capital do Brasil, entre os
dias 10 e 16 de novembro de 1904,  chegava a 1.800 o número de internações devido à varíola no
Hospital São Sebastião. Mesmo assim, as camadas populares rejeitavam a vacina, que consistia no
líquido de pústulas de vacas doentes. Afinal, era esquisita a idéia de ser inoculado com esse líquido.
E ainda corria o boato de que quem se vacinava ficava com feições bovinas.
No Brasil, o uso de vacina contra a varíola foi declarado obrigatório para crianças em 1837 e para
adultos em 1846. Mas essa resolução não era cumprida, até porque a produção da vacina em escala
industrial no Rio só começou em 1884. Então, em junho de 1904, Oswaldo Cruz motivou o governo a
enviar ao Congresso um projeto para reinstalar a obrigatoriedade da vacinação em todo o território
nacional. Apenas os indivíduos que comprovassem ser vacinados conseguiriam contratos de trabalho,
matrículas em escolas, certidões de casamento, autorização para viagens etc.

Após intenso bate-boca no Congresso, a nova lei foi aprovada em 31 de outubro e regulamentada em 9
de novembro. Isso serviu de catalisador para um episódio conhecido como Revolta da Vacina. O povo,
já tão oprimido, não aceitava ver sua casa invadida e ter que tomar uma injeção contra a vontade: ele
foi às ruas da capital da República protestar. Mas a revolta não se resumiu a esse movimento popular.

Toda a confusão em torno da vacina também serviu de


pretexto para a ação de forças políticas que queriam
depor Rodrigues Alves – típico representante da
oligarquia cafeeira. “Uniram-se na oposição
monarquistas que se reorganizavam, militares,
republicanos mais radicais e operários. Era uma
coalizão estranha e explosiva”, diz o historiador Jaime
Benchimol.
Em 5 de novembro, foi criada a Liga Contra a Vacinação Obrigatória. Cinco dias depois, estudantes aos
gritos foram reprimidos pela polícia. No dia 11, já era possível escutar troca de tiros. No dia 12, havia
muito mais gente nas ruas e, no dia 13, o caos estava instalado no Rio. “Houve de tudo ontem. Tiros,
gritos, vaias, interrupção de trânsito, estabelecimentos e casas de espetáculos fechadas, bondes
assaltados e bondes queimados, lampiões quebrados à pedrada, árvores derrubadas, edifícios públicos e
particulares deteriorados”, dizia a edição de 14 de novembro de 1904 da Gazeta de Notícias.

Tanto tumulto incluía uma rebelião militar. Cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha enfrentaram
tropas governamentais na rua da Passagem. O conflito terminou com a fuga dos combatentes de ambas
as partes. Do lado popular, os revoltosos que mais resistiram aos batalhões federais ficavam no bairro
da Saúde. Eram mais de 2 mil pessoas, mas foram vencidas pela dura repressão do Exército.

Após um saldo total de 945 prisões, 461 deportados, 110 feridos e 30 mortos em menos de duas
semanas de conflitos, Rodrigues Alves se viu obrigado a desistir da vacinação obrigatória. “Todos saíram
perdendo. Os revoltosos foram castigados pelo governo e pela varíola. A vacinação vinha crescendo e
despencou, depois da tentativa de torná-la obrigatória. A ação do governo foi desastrada e desastrosa,
porque interrompeu um movimento ascendente de adesão à vacina”, explica Benchimol. Mais tarde, em
1908, quando o Rio foi atingido pela mais violenta epidemia de varíola de sua história, o povo correu
para ser vacinado, em um episódio avesso à Revolta da Vacina.

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