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Discente: Isaque Bastos Oliveira

Docente: Robson Freire


Disciplina: Estudos Brasileiros

Relatório da aula – 14/09

A aula de estudos brasileiros que aconteceu no dia 14 de setembro teve


como convidados especiais Maria Alice Pereira e Sonia Mendes. A fala começou
com Maria Alice, que se apresentou como Arquiteta e Urbanista e acadêmica de
Direito. Ela discorreu sobre a luta dos negros, mostrando uma apresentação que
informou sobre diversos pontos cruciais da história do Brasil, relacionando as
vivencias dos povos vindo da África com a atualidade.
Uma das temáticas foram os terreiros, que como Maria explicou, são
locais de culto destinados a rituais do candomblé, que são liderados por um pai
ou mãe de santo. Ela conta que seu Trabalho de conclusão de curso levou esse
tema, abordando tudo sobre os terreiros e o Candomblé, seguindo todas as
normativas dos editais, e para sua surpresa, seu TCC foi recusado. Essa foi uma
das muitas batalhas que Maria precisou passar por ser mulher, negra, e do santo
num curso tão elitista e branco como a Arquitetura e urbanismo, que até hoje
pendura estes termos.
Ademais, as convidadas contam como são feitos projetos de terreiros.
Não é um trabalho habitual como os da universidade, os terreiros são projetados
pelas entidades africanas, que dizem onde querem suas casas e todo o resto do
terreiro, como tudo irá funcionar. Fizeram uma pergunta direcionada a Maria,
questionando se em toda a sua trajetória ela já pensou em desistir, e a arquiteta
responde que nunca, que essa palavra não faz parte do seu vocabulário. Uma
verdadeira inspiração para aqueles que seguem a religião, que é negro e que
estuda arquitetura.
Sonia iniciou sua apresentação, falando um pouco sobre sua carreira e
vivencias. Deu uma aula excelente sobre todo o acervo cultural da cidade de
Salvador, que está diretamente ligado aos povos de matriz africana. Ela conta
os desafios que teve que enfrentar seguindo a religião do Candomblé, o
preconceito que a sociedade ainda tem hoje, vinculando os cultos a coisas
demoníacas, o que foi desmistificado pelas convidadas.
Após muita conversa, o bate-papo foi encerrado. Os alunos tiveram a
oportunidade de tirar suas dúvidas com duas especialistas. A maioria das
perguntas se concentraram na comparação da reação da sociedade diante o
tema, e as profissionais disseram que pouca coisa mudou, mas para que as
pessoas passem a ter menos preconceito, deve-se apresentar a elas a verdade
sobre as religiões de matriz africanas, conhecimento muda tudo. Apesar de ser
um absurdo em plena atualidade existir ainda intolerância religiosa. Como
feedback, a aula foi sensacional, experiencia inesquecível. É de suma
importância o conhecimento de outras culturas, e as duas convidadas puderam
esclarecer de maneira clara um pouco das suas vidas sendo adeptas.

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