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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

Disciplina: ECO -1115 -Teoria Microeconômica III


Créditos: 04 - Carga Horária: 60 Hs - Horário: 35N34
Prof(a): Dra. Maria Lussieu da Silva

PLANO DE ENSINO – 2021.2 (REMOTO)

1 EMENTA

Firmas e mercados em um contexto dinâmico: progresso técnico e concorrência; dinâmica das


estruturas industriais; Inovação e concorrência schumpeterina e neo-schumpeteriana: geração e difusão
de inovações, trajetórias, processo de seleção. Concorrência em mercados oligopolísticos. Estratégias
de crescimento da firma: estratégias de inovação, propaganda e marketing, financiamento. Economia
da diversificação. Atuação internacional. Intervenção governamental: Defesa da concorrência e Política
industrial.

2 OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Analisar as características e os comportamentos típicos das firmas capitalistas, tendo como referência o
estudo das estruturas de mercado oligopolistas. Neste contexto, estudam-se as estratégias de
crescimento e ampliação do mercado das firmas através dos processos de concorrência e de inovação
tecnológicas e/ou organizacionais.

2.2. Objetivos Específicos

a) analisar as formas de concorrência em mercados oligopolistas;


b) observar o processo de concorrência como processo de busca e seleção de inovações
c) analisar questões relacionadas a inovação e a competitividade
d) analisar aspectos que caracterizam a estrutura industrial brasileira.

3 QUANTIDADE DE VAGAS OFERTADAS

Serão oferecidas 45 vagas para matrículas dos alunos de Ciências Econômicas.

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4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

3.1. Estruturas de mercado e padrões de concorrência – revisitando o tema

3.1.1. Estruturas de mercado, processo de acumulação, tipologias das estruturas de mercado e padrões
de concorrência
 Possas (1985), cap. 4

3.2. O processo de concorrência e a busca e seleção de inovações na abordagem neoschumpeteriana

3.2.1. A firma enquanto agente da concorrência: conceituação, organização e crescimento


 Dantas, Kertsnetzky e Procknick (2002), cap. 2, IN: Kupfer, David e Hasenclever, Lia (2002)
 Penrose (2006), cap. 2
 Tigre (1998 e 2005)*

3.2.2. Concorrência: dimensões e atributos


 Schumpeter (1943), caps. 7 e 8
 Possas, M. L. (2002), cap 17, IN: KUPFER, David, HASENCLEVER, Lia (2002)
 Possas, M. S. (2006)

3.3. Inovação e concorrência na abordagem neo-schumpeteriana: geração e difusão de inovações;


trajetórias, processo de busca e seleção, paradigmas e trajetórias tecnológicas.
 Possas (1989)*
 Baptista (2000, cap. 2)
 Rovere (2006)
 Rosenberg (1982), cap. 5
 Caetano (1998)*
 Cario (1995)*

3.4. Estratégias das firmas

3.4.1. A Diversificação
 Penrose (2006), cap. 7
 Britto, J. (2002), cap. 14, IN: Kupfer, David e Hasenclever, Lia (2002)

3.4.2. A atuação Internacional


 Possas, M. S. (1999), cap. 4
 Gonçalves (2002)
 Chesnais (1996), cap. 3
 Chesnais (1995)*
 Saracini e Paula (2006)*
 Zucoloto, Nogueira e Tavares (2018)*

3.4.3. A organização das Firmas em Rede


 Tigre (2006), cap. 12
 Shima (2002)
 Mazzalli e Costa (1997)*
 Castro (2018*

3.5. Inovação e Competitividade


 Tigre (2006), caps. 5 a 7

3.6. Determinantes de competitividade e a indústria brasileira


 Haguenauer (1989)*
 Ferraz, Kupfer e Haguenauer (1995)
 textos a serem selecionados
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5 METODOLOGIA

A metodologia do aprendizado terá as seguintes ferramentas didáticas:

a) Aulas síncronas e assíncronas alternadas. Horário das aulas síncronas: 3N34, com início às 20h35.
b) Atividades assíncronas com base na indicação de textos para leituras (livros, capítulos de livros,
artigos) e/ou indicação de vídeos, documentários, filmes, palestras, entrevistas, dentre outros,
realização de resumos, sínteses, fóruns, questionários.
c) Fóruns e chat on-line para dúvidas.
d) Debates, seminários interativos e outras atividades a serem indicadas para o ensino-aprendizagem.

6 SISTEMA DE AVALIAÇÃO

a) A avaliação de aprendizagem será realizada através de instrumentos como provas, apresentações


orais, com base em seminários temáticos e/ou debates, elaboração e envio de materiais, questionários,
dentre outros.
b) Serão realizadas 3 (três) avaliações assíncronas, conforme previsão abaixo:
 1ª avaliação: 23/11/2021
 2ª avaliação: 13/01/2022
 3ª avalilação: 15/02/2022
 Avaliação de Reposição: 17/02/2022

c) Será aprovado o aluno que atender aos critérios do art. 105 da Resolução nº 171/2013-CONSEPE,
de 5 de novembro de 2013.
d) A avaliação de reposição obedecerá ao art. 106 da Resolução nº 171/2013-CONSEPE, de 5 de
novembro de 2013, e a aprovação obederá ao disposto no art. 108 da referida resolução.
e) O critério assiduidade é atendido com 75% de frequência remota, observando a participação do
discente em:
 Aula síncrona: presença do discente na plataforma utilizada para a realização da aula
remota.
 Aula assíncrona: realização das atividades disponibilizadas no SIGAA.

7 CRONOGRAMA E CRITÉRIOS PARA A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES E VALIDAÇÃO DA ASSIDUIDADE


DOS DISCENTES

O Início do Período Letivo 2021.2 ocorrerá no dia 18/10/2021 e encerrar-se-á no dia 19/02/2022.
a) As aulas serão ministradas nos seguintes dias:
 Aulas síncronas: 3N34 / Aulas assíncronas: 5N34
 Caso haja alguma ocorrência que impossibilite a aula síncrona prevista no plano (3N34), a
mesma será reposta na aula prevista como assíncrona (5N34). O mesmo critério será
considerado caso feriados coincidam com o dia da aula síncrona.
 A realização da disciplina obedecerá aos critérios da Resolução Nº 062/2020- CONSEPE, de
05 de novembro de 2020 e obedecerá o Regulamento da Graduação (Resolução nº
171/2013-CONSEPE, de 05 de novembro de 2013).
b) A aferição da frequência e participação do discente serão verificadas de acordo com o
acompanhamento das atividades propostas no plano de ensino: presença nas aulas síncronas e
cumprimento das atividades indicadas para as aulas assíncronas, conforme prazos indicados para
estas.

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8 RECURSOS DIDÁTICOS A SEREM UTILIZADOS

a) Para as aulas síncronas será utilizado prioritariamente a Plataforma da Rede Nacional de Ensino e
Pesquisa (RNP). Em caso de intercorrências poderá ser utilizado o Google Meet ou a Turma virtual do
SIGAA.
b) A Comunicação com os alunos será feita de forma síncrona (em tempo real) e assíncrona.
c) As atividades assíncronas serão inseridas na turma virtual do SIGAA.

9 OBSERVAÇÕES GERAIS

a) Para o conteúdo das aulas será utilizado o SIGAA e as dúvidas serão tiradas nas aulas síncronas e/ou
remotamente.
b) Toda aula requer leitura prévia do assunto, tendo como parâmetro a bibliografia indicada para a
disciplina.
c) Outras bibliografias/referências poderão ser indicadas no decorrer do curso para leituras e/ou
atividades, tanto para aulas síncronas quanto para aulas assíncronas.
d) A leitura da bibliografia indicada é obrigatória para os discentes e a complementar é recomendável.
e) A programação de aulas assíncronas poderão ser alteradas para síncronas, se houver necessidade,
sendo a mesma informada aos discentes com antecedência, bem como a programação prevista para a
realização das avaliações.
f) Ressalta-se que será proibida a gravação de vídeos e de áudios durante a realização das aulas e
demais atividades de ensino nessa disciplina, conforme preconiza a Resolução Nº 025/2018-
CONSUNI/UFRN, em consonância com ao artigo 5º, inciso X, e com os artigos 206 e 207 da Constituição
Federal.

10 BIBLIOGRAFIA

BAPTISTA, Margarida A. C. Política industrial: uma interpretação heterodoxa. São Paulo, Campinas:
Editora da Unicamp, 2000.
BRITTO, Jorge. Cooperação interindustrial e redes de empresas. IN: KUPFER, David, HASENCLEVER, Lia.
Economia industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
CAETANO, R. Paradigmas e trajetórias do processo de inovação tecnológica em Saúde. In: Physis: Rev.
Saúde Coletiva. Rio de Janeiro 8(2): 71-94, 1998.
CARIO. S. A. F. Contribuição do Paradigma Microdinâmico Neo-Schumpeteriano à Teoria Econômica
Contemporânea. In: Textos de Economia (TEC), v. 6, n.1. Santa Catarina: UFSC, 1995
CASTRO,N., ROVERE, L. R, LIMA, A. P., MOSZKOWICZ, M. Redes de Inovação: uma abordagem teórica.
Texto de Discussão do Setor Eletrico n. 84. RJ: IE.UFRJ, julho 2018
CHESNAIS, François. A globalização e o curso do capitalismo de fim-de-século. IN: Economia e
Sociedade, Campinas, (5):1-30, dez.1995
CHESNAIS, François. A mundialização do Capital. São Paulo: Xamã. 1996.
DANTAS, Alexis, KERTSNETZKY, Jacques, PROCKNIK, Victor. Empresa, indústria e mercados. IN: KUPFER,
David, HASENCLEVER, Lia. Economia industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. Rio de
Janeiro: Campus, 2002.
FERRAZ, João C, KUPFER, David e HAGUENAUER, Lia. Made in Brazil: desafios competitivos para a
indústria. Rio de Janeiro: Campus, 1995.
GONÇALVES, Reinaldo. A empresa transnacional. IN: KUPFER, David, HASENCLEVER, Lia. Economia
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industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
Haguenauer, Lia. Competitividade: conceitos e medidas: uma resenha da bibiliografia recente com
ênfase no caso brasileiro. Texto para Discussão n. 211. RJ: IE.UFRJ, Agosto/1989
KUPFER, D. Uma abordagem neo-shumpeteriana da competitividade industrial. Ensaios FEE, Porto
Alegre, (17) 1:355-372, 1996.
MAZZALI, L., COSTA, V. M. H. de M. As formas de organização “em rede”: configuração e instrumento
de análise da dinâmica industrial recente. Revista de Economia Política, v. 17, n. 4 (68), outubro-
dezembro/1997.
PENROSE, E. A teoria do crescimento da firma. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2006.
POSSAS, M. L. Estruturas de mercado em oligopólio. 2. ed., São Paulo: HUCITEC, 1985.
POSSAS, Maria Silvia. Concorrência e competitividade: notas sobre estratégia e dinâmica seletiva na
economia capitalista. São Paulo: HUCITEC, 1999.
POSSAS, Maria Silvia. Concorrência e inovação. IN: Pelaez, Victor et al. Economia da inovação
tecnológica. São Paulo: HUCITEC, 2006.
POSSAS, Mario Luiz. Em direção a um paradigma microdinâmico: a abordagem neo-schumpeteriana. IN:
AMADEO, Edward J. (org.). Ensaios sobre economia política moderna: teoria e historia do pensamento
econômico. São Paulo: Editora Marco zero, 1989.
POSSAS, Mário. Concorrência schumpeteriana. IN: KUPFER, David, HASENCLEVER, Lia. Economia
industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
ROSENBERG, N. Sobre as expectativas tecnológicas. Tradução de ROSENBERG, Nathan. Inside the black
Box: technology and economics. Cambridge, Cambridge University Press, 1985. (Cap. 5 – “On
technological expectations”), Campinas: IE/UNICAMP, 1988.
ROVERE. Paradigmas e trajetórias tecnológicas. IN: Victor Pelaez & Tamás Szmrecsányi ( orgs.). A
Economia da Inovação Tecnológica (2006).
SARACINI, T. PAULA, N. de. Empresas transnacionais e investimento direto estrangeiro: um survey das
principais abordagens. Texto para Discussão, 21. 2006.
SCHUMPETER, Joseph. (1943). Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1984.
SHIMA, Walter (2006). Economia de redes e inovação. IN: Victor Pelaez & Tamás Szmrecsányi ( orgs.).
A Economia da Inovação Tecnológica (2006).
TIGRE, P. B. Inovação e teorias da firma em três paradigmas. IN: Revista de Economia Contemporanea,
n .3, janeiro/junho 1998.
TIGRE, P. B. Paradigmas tecnológicos e teorias econõmicas da firma. In: Revista Brasileira de Inovação,
volume 4, Número 1, janeiro/junho 2005.
TIGRE, Paulo Bastos. Gestão da Inovação: a economia da tecnologia no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006
ZUCOLOTO, G. F, NOGUEIRA, M.O., TAVARES, J.M.H. Uma análise dos investimentos das empresas
transnacionais no Brasil a partir das contribuições de François Chesnais. IN: Revista de Sociedade
Brasileira de Economia Política, jan/abril 2018.

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