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Curso: Direito Tributário


Professor: Humberto Martins
Aula 00 – Aula Demonstrativa
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APRESENTAÇÃO

Olá, amigos do Exponencial Concursos!


É com enorme satisfação que iniciamos hoje o nosso “Curso de Direito
Tributário (teoria e questões comentadas)!
Meu nome é Humberto Martins, vou fazer uma rápida apresentação,
afinal, o bem mais precioso para o concurseiro é, sem dúvida, o Tempo!
Sou formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de
Campinas e também especialista em comércio exterior pela UNICAMP.
Trabalhei em grandes empresas por 7 anos em áreas comerciais, assim como
muitos de vocês, até que, descontente com o mundo corporativo, decidi dar
uma guinada na minha vida. Fui aprovado no concurso para Auditor Fiscal
da Receita Estadual do Rio Grande do Sul em 2014, com pouco mais de 7
meses de estudos, graças as técnicas de estudo e foco que eu apliquei nessa
preparação.
Inicialmente vou deixar algumas lições aprendidas por mim nesse
período, e depois, direto ao ponto!
- Direito tributário é uma matéria imensa, com muita jurisprudência e
diversos doutrinadores. A ideia é tentar absorver bem aquilo com maior
probabilidade de cair. Já houve casos de questões em provas que solicitavam o
tamanho da nota fiscal! Isso mesmo, as dimensões em centímetros do
documento!! Isso é um absurdo e não recomendo perder um segundo com
isso, visto que na hora, se cair, será pouco e ninguém vai acertar, a não ser no
chute. Se você decidir decorar isso tudo, provavelmente vai acabar pisando
na bola em outra matéria e se dar mal em algum mínimo. Eu acredito que a
sua nota é uma função do seu esforço, mas não uma função linear, é algo mais
ou menos assim:
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Geralmente você precisa de 75% para passar. O segredo da aprovação


rápida é conseguir dosar bem esse esforço em todas as disciplinas. Na de
Direito tributário estarei aqui para ajudar!
- Em concurso com mínimo por disciplina, você não pode vacilar em
nenhuma delas! Então não adianta tirar 100% em quase todas, e ficar por uma
questão em direito administrativo.
- Revise. Anote os exercícios que errou ou acertou com dúvidas e volte a
eles num curto período de tempo.

Como vocês podem ver, nós sentimos na pele, durante bastante tempo
o que se passa “do outro lado”: a ansiedade, as dificuldades, a insegurança.
Esperamos dividir com você, amigo concurseiro (a), a experiência adquirida ao
longo da nossa preparação e desejamos fortemente fazer parte da sua
conquista!
Nosso curso será de Teoria e muitas Questões Comentadas, e iremos
MASTIGAR toda a matéria para vocês, com uma abordagem totalmente
objetiva, concisa e esquematizada. Contem conosco nessa trajetória!
Salientamos aos iniciantes que, no primeiro contato com alguma matéria, é
normal as dúvidas surgirem. Por isso, ficamos à disposição de vocês para
qualquer dúvida no Fórum.

Ainda não sabemos qual será a banca para o certame. De qualquer


forma, este curso terá praticamente todo conteúdo cobrado pelas principais
bancas do país. Estamos adicionando muitas questões para melhor
entendimento dos tópicos e para que você tenha a melhor preparação
para os o certame, independentemente da banca.

Buscando ser o mais objetivo possível, sem abrir mão da qualidade,


nosso curso será composto de 11 aulas (0 a 10). Os temas são abordados
conforme os editais mais recentes especificam, na ordem mais didática
possível.
E, sem mais rodeios, vamos ao programa do nosso curso! 
Aula Conteúdo
00 Sistema Tributário Nacional. Tributo: definição e espécies - impostos,
taxas, contribuição de melhoria, empréstimos compulsórios,
contribuições especiais.
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01 Competência tributária. Capacidade tributária. Limitações ao poder de


tributar 1: Princípios gerais.

02 Limitações ao poder de tributar 2: Imunidade. Incidência e não


incidência. Isenção.
03 Impostos da União. Impostos dos Estados e do Distrito Federal.
Impostos dos Municípios. Repartição de receitas tributárias.
04 Legislação tributária: fontes do Direito Tributário, vigência,
aplicação, integração e interpretação.
05 Obrigação tributária: principal e acessória. Fato gerador. Base de
cálculo. Alíquota. Sujeito ativo. Sujeito passivo: contribuinte e
responsável. Domicílio tributário.
06 Responsabilidade solidária, responsabilidade de terceiros,
responsabilidade por infrações.
07 Crédito tributário: lançamento - efeitos e modalidades.
08 Suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário.
09 Administração tributária - fiscalização, regulamentação,
competência, limites, procedimentos. Dívida ativa - certidão negativa.

10 Garantias e privilégios.
*Confira o cronograma de liberação das aulas (datas) na página do
curso, no site do Exponencial Concursos.

Não se assuste com o número total de páginas de nossas aulas. Perceba


que, na presente aula, a parte teórica se encerra na página 38. As páginas
seguintes contêm apenas questões e seus respectivos comentários, para fazer
a matéria aqui tratada grudar no seu cérebro! ;) Traremos mais de 50
questões para que você possa conhecer o estilo das mais diversas bancas e
aprofundar seus conhecimentos.
Dito tudo isso, hora de partirmos para a nossa aula 00! Tenha uma boa
aula! 

Um forte abraço,
Aline Martins e Humberto Martins

“No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à


dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou
não faz.”
(Ayrton Senna)
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“Uma chave importante para o sucesso é a autoconfiança. Uma


chave importante para a autoconfiança é a preparação. “
(Arthur Ashe)

Aula 00 - Sistema Tributário Nacional. Tributo: definição e espécies


- impostos, taxas, contribuição de melhoria, empréstimos
compulsórios, contribuições especiais.

Sumário

1- Conceito de Tributo ......................................................................... 6


1.1- Receitas Públicas ......................................................................... 6
1.2- Conceito de Direito Tributário ........................................................ 6
1.3- Definição legal de tributo .............................................................. 7
2- Espécies de Tributos...................................................................... 13
2.1 Taxas (art. 77 a 80 do CTN e art. 145, II e § 2º).............................. 15
2.2 Taxas x Preços Públicos................................................................. 17
2.3. Contribuição de melhoria (CTN, arts. 81 e 82; CF, art. 145, III) ........ 21
2.4. Impostos (CTN, art. 16; CF, art. 145, I e § 1º) ............................... 25
2.5. Empréstimos Compulsórios (CTN, art. 15; CF, art. 148) ................... 26
2.6 Contribuições Especiais (CF, arts. 149 e 149-A) ............................... 28
3- Classificação dos Tributos ............................................................. 35
3.1. Classificação quanto ao destino da arrecadação: Tributos de
arrecadação vinculada e de arrecadação não vinculada ........................... 35
3.2. Quanto à finalidade: Fiscal; Extrafiscal e Parafiscal .......................... 35
3.3. Quanto à possibilidade de repercussão do encargo econômico-
financeiro: Tributos Diretos e Indiretos .................................................
36
3.4. Quanto aos aspectos objetivos e subjetivos da Hipótese de Incidência:
Reais e Pessoais ................................................................................ 37
4- Questões Comentadas ................................................................... 38
5- Lista de Exercícios ......................................................................... 91
6- Gabaritos..................................................................................... 113
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1- Definição de Tributo

1.1- Receita Pública


O Direito Tributário é a ramificação do Direito Público dedicado ao
estudo da principal fonte de receita pública: o tributo. Trata-se de um tipo
de receita derivada, isto é, aquela que o Estado obtém por meio da
realização das atividades que lhe são típicas, utilizando-se da soberania1.

Há também as receitas originárias, aquelas que o Estado explora seu


próprio patrimônio. As receitas originárias são fruto de obrigações constituídas
pela vontade das partes (manifestação bilateral da vontade). O Estado
despe-se de sua soberania e age como se particular (Direito Privado) fosse.
Ex. Receitas de alugueis, comerciais, industriais.
RECEITAS
ORIGINÁRIAS DERIVADAS
Relações de Dir. Privado Relações de Dir. Público
Exploração do próprio patrimônio DERIVA do Poder de Império
Natureza contratual Previsão legal
Isonomia entre as partes Desigualdade entre as partes
Ex: Alugueis, dividendos Ex: Tributos

(FCC/Analista de Controle - TCE PR/2011 - adaptada)


Com relação aos tributos, classifique a afirmação abaixo em certa ou errada:
 São considerados receita derivada e têm por finalidade obter recursos
financeiros para o Estado custear as atividades que lhe são correlatas.
Comentários: Certinho, os tributos constituem receita derivada e possibilitam
que o Estado realize a prestação de serviços à sociedade. Gabarito: correta.

1.2- Definição de Direito Tributário


Conforme Hugo de Brito Machado, direito tributário é o ramo do Direito
que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas a imposições

1
A soberania interna significa que o poder do Estado é o mais alto existente dentro do Estado.
2
Prerrogativa é o direito que determinada entidade ou pessoa possui. No caso, o Direito Público dá ao
Estado poderes e direitos especiais por estar em posição de superioridade em relação às demais pessoas e
entes.
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tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o


cidadão contra abusos desse poder.
No que se refere às fontes do direito, “fonte” refere-se ao órgão ou
norma de onde se origina o direito. Assim, fontes materiais são aqueles
órgãos que produzem o direito, sendo, normalmente, atribuição do Poder
Legislativo. Também pode ser o Presidente da República, quando legisla ao
editar uma Medida Provisória.
Já as fontes formais são: a Constituição Federal, que é a Própria Lei
Fundamental do Estado; as Emendas Constitucionais; as Leis Complementares;
as leis Ordinárias; enfim a Legislação Tributária (expressão descrita no art. 96
do CTN, e, que será melhor analisada futuramente).

1.2.1 – Principais fontes formais no direito tributário


As principais fontes formais no direito tributário, que trazem as bases
para a compreensão do direito tributário brasileiro são a Constituição Federal
(CF) e as leis complementares federais. A CF traz as bases constitucionais e
competências tributárias, ou seja, quem detém o poder para instituir e legislar
sobre cada tributo. Abaixo da constituição temos as leis complementares e
ordinárias, e a lei que traz as diretrizes do sistema tributário brasileiro é o CTN
– Código Tributário Nacional. O CTN é uma lei ordinária de 1966 que foi
recepcionada como lei complementar pela constituição de 1988. O CTN, como
consta em seu próprio texto “Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e
Municípios.”

1.3- Definição legal de tributo

A definição legal de tributo é dada pelo art. 3º do CTN. Para ser


considerada tributo, a prestação deve se enquadrar em todas as características
abaixo desmembradas:
prestação

pecuniária

compulsória
TRIBUTO
é toda
em moeda ou cujo valor nela se possa

exprimir que não constitua sanção e de

ato ilícito

instituída
em lei
cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada

i) “Prestação pecuniária” – significa que o tributo é algo que deve


ser pago em dinheiro, não em serviços ou bens.

ii) “Compulsória” – por ser uma receita derivada, como vimos, o


tributo tem caráter obrigatório.

iii) “Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir” – A


interpretação deste dispositivo não autoriza a possibilidade de se pagar
os tributos com mercadorias ou serviços, mas sim a de adotar índices ou
indexadores, tal como a UFIR para quantificá-los.
Entretanto, há uma exceção! Atualmente o tributo também pode ser
pago em bens imóveis, nos termos da lei. Essa hipótese encontra-se no
CTN (inciso XI do art. 156) e depende de ser regulada em lei de cada
esfera (União, Estados, DF e municípios).
Contudo, ATENÇÃO! Embora a LC 104/2001 tenha introduzido essa
exceção no CTN, não se pode considerar essa autorização como uma
derrogação do art.
3º do CTN, no que se refere à definição de tributo como uma prestação
pecuniária “em moeda ou cujo valor nela [em moeda] se possa exprimir”.
Em resumo, o CTN permitiu o pagamento de créditos tributários por
intermédio da entrega de outras utilidades que possam ter seu valor
exprimido em moeda. Contudo, em obediência ao art. 141 do Código,
tais hipóteses devem estar previstas no próprio texto do CTN para que
extingam o crédito tributário.

iv) “Não constitua sanção de ato ilícito” – significa que o dever de


pagar tributo decorre do acontecimento do fato gerador, que é uma
situação prevista na lei instituidora do tributo. Por exemplo, a
propriedade de veículo automotor
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é o fato gerador do IPVA e a circulação de mercadorias é fato gerador do


ICMS. Assim, o dever de pagar tributo não pode ser confundido com uma
punição / sanção ao contribuinte.
Por essa razão, tributo e multa apresentam naturezas distintas. Mesmo as
multas tributárias, decorrentes do descumprimento de algum dever legal
previsto na legislação tributária (como efetuar o recolhimento do tributo dentro
do prazo legal ou emitir notas fiscais), não são tributos!

TRIBUTO MULTA

• Não possui finalidade • É sanção por ato ilícito.


sancionária. • O objetivo é coibir o ato
• O objetivo é arrecadar e ilícito.
interfirir no cenário econômico e
social.

CUIDADO!!! No caso de fatos geradores que ocorrem em meio a


atos ilícitos, tal como ocorre no jogo do bicho, o tributo Imposto de
Renda é devido (a cobrança ocorre não em consequência do ato ilícito
praticado, mas sim em função do acontecimento do fato gerador
obtenção de rendimentos). A doutrina denomina essa possibilidade
como “princípio do pecúnia non olet”, que significa o dinheiro não
cheira.
O art. 118, I, do CTN, também corrobora a cobrança de tributos
no caso de fato geradores ocorrendo em meio a ilícitos. Conforme o
Código, “a definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se
da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos
contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu
objeto ou dos
seus efeitos.”

Estudaremos a matéria crédito tributário em aula futura. Por ora, memorize


que, apesar de tributo e multa serem conceitos distintos, a doutrina e a
jurisprudência consideram que a expressão crédito tributário compreende
tanto os tributos como as multas pecuniárias cobradas do sujeito passivo
pelo inadimplemento da obrigação tributária. A título de exemplo, o STJ, em
2006, afirmou que: "(...) o conceito de crédito tributário abrange também a
multa (...)” (REsp 831.278/PR). No trabalho prático do auditor fiscal, essa
regra também se verifica, pois o auto de infração é lançado abrangendo o
tributo devido e também a multa aplicada pelo inadimplemento da obrigação
tributária.
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v) “instituída em lei” – essa característica é decorrência do tributo ser


compulsório, pois, conforme a Constituição Federal: “ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude da lei” (CF, art. 5º, II). A
depender do tributo, sua instituição pode estar prevista em lei ordinária ou
complementar ou, até mesmo, em ato normativo com força de lei, como as
medidas provisórias (MP).
Entretanto, os atos infralegais, isto é, hierarquicamente abaixo das leis,
como os decretos, não podem instituir tributos. Essa é uma regra sem
exceção! CUIDADO! Embora não haja exceções à essa regra na criação de
tributos, existem exceções na alteração das alíquotas, conforme detalharemos
na próxima aula.
Criar ou
extinguir Sem
tributo exceção!

LEI ou MP II, IE, IOF,


IPI, ICMS
Alteração de monofásico
Há sobre
alíquotas de
exceções! combustíveis
tributo
e CIDE
combuistíveis

vi) “cobrada mediante atividade administrativa plenamente


vinculada” – A autoridade tributária não pode analisar se é conveniente e
oportuno cobrar o tributo. Ou seja, não há nenhuma discricionariedade3 na
cobrança de tributos.
Assim, o agente não pode escolher de quem cobrar ou o valor da cobrança,
por exemplo. Mas sim deve agir exatamente conforme previsto nas leis
tributárias.

(ESAF/APO - MPOG/2010) É sabido que, de acordo com o


art. 3º do Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação pecuniária,
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua
sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.
Consoante tal entendimento, é errado afirmar-se que:

3
Discricionariedade é a livre escolha do agente administrativo sobre que ação deseja tomar, dentro dos
limites impostos pela legislação. No caso da cobrança do tributo, não há qualquer liberdade de escolha ao
agente, logo a atividade é chamada Vinculada, ou seja, obrigatória, sem margens decisórias para o agente.
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a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são tributos,


mas consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao lado do tributo, para
que se submetam ao mesmo regime de constituição, discussão administrativa,
inscrição em dívida ativa e execução dos tributos.
b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear
suas ações no interesse da sociedade. A fiscalização tributária implica exercício
do poder de polícia, e somente mediante atividade administrativa pode ser
exigido o pagamento de tributo.
c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa
tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte,
havendo, no entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade.
d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o
produto de renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos
ilícitos, são passíveis de tributação.
e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim
toda prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes do
art. 3º do CTN, como por exemplo o caráter obrigatório.
Comentários:
Alternativa A: Correta. Apesar de tributo e multa serem conceitos distintos, a
doutrina e a jurisprudência consideram que a expressão crédito tributário
compreende tanto os tributos como as multas pecuniárias cobradas do sujeito
passivo pelo inadimplemento da obrigação tributária. A título de exemplo, o
STJ, em 2006, afirmou que: "(...) o conceito de crédito tributário abrange
também a multa (...)” (REsp 831.278/PR). No trabalho prático do auditor
fiscal, essa regra também se verifica, pois o auto de infração é lançado
abrangendo o tributo devido e também a multa aplicada pelo inadimplemento
da obrigação tributária.
Alternativa B: Correta. O tributo constitui um tipo de receita derivada, isto
é, aquela que o Estado obtém por meio da realização das atividades que lhe
são típicas, utilizando-se da soberania.
As receitas derivadas surgem das prerrogativas de Direito Público, nas
quais o Estado ocupa posição de superioridade em relação ao particular (a
receita é DERIVADA DO poder de império do Estado). A lei obriga o
particular a contribuir com o Estado, independente de sua vontade. Assim, o
poder de tributar é exclusivo dos Entes políticos, para obtenção de recursos
para custear as ações no interesse da sociedade.
No final dessa alternativa, consta que “somente mediante atividade
administrativa pode ser exigido o pagamento de tributo”. Salientamos a
diferença existente entre os conceitos de Exigibilidade e Executoriedade,
estudada na disciplina de Direito Administrativo. Pela exigibilidade, o Estado,
mediante atividade administrativa, pode exigir os tributos, sendo originada
uma obrigação para o particular. Já, pela executoriedade, o Poder Público
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pode compelir materialmente o administrado (sem necessidade de buscar


previamente as vias judiciais) ao cumprimento da obrigação que impôs e
exigiu. Assim, correto esse final da alternativa também.
Alternativa C: Incorreta. Conforme o art. 3º do CTN, o tributo é uma
prestação “cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada”. Assim, a autoridade tributária não pode analisar se é conveniente
e oportuno cobrar o tributo. Ou seja, não há nenhuma discricionariedade
na cobrança de tributos.
Alternativa D: Correta. No caso de fatos geradores que ocorrem em meio a
atos ilícitos, tal como ocorre no jogo do bicho, a tributação ocorre
normalmente (a cobrança ocorre não em consequência do ato ilícito praticado,
mas sim em função do acontecimento do fato gerador obtenção de
rendimentos e circulação de mercadorias). A doutrina denomina essa
possibilidade como “princípio do pecúnia non olet”, que significa o
dinheiro não cheira.
O art. 118, I, do CTN, também corrobora a cobrança de tributos no caso
de fato geradores ocorrendo em meio a ilícitos. Conforme o Código, “a
definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade
jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou
terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos.”
Alternativa E: Correta. Para ser considerada tributo, a prestação deve se
enquadrar em todas as características presentes no art. 3º do CTN.
Gabarito: C
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2- Espécies de Tributos

Espécies de tributos

Teoria Tripartida Teoria Pentapartida


(CTN) (STF)

Contribuição Empréstimos Contribuições


Imposto Taxa de melhoria compulsórios especiais

O CTN, em seu art. 5º e o art. 145 da CF adotaram a Teoria Tripartite


ou Tripartida dos tributos: ou seja, os tributos são divididos em 3 espécies:
impostos, taxas e contribuições de melhoria. Contudo, há uma corrente
que defende que as espécies tributárias existentes são 5, incluindo, além das
já mencionadas, os empréstimos compulsórios e as contribuições
especiais, definidos no art. 145 e 149 da CF, respectivamente. A Teoria
Pentapartida tornou-se a corrente dominante em nosso ordenamento jurídico
após ser adotada em decisões do STF, além de ser amplamente cobrada em
provas de concurso público. No entanto, CUIDADO! Se for perguntado quais
são as espécies tributárias “de acordo com o CTN”, lembre-se de que são
apenas três!

>> E como podemos distinguir um tributo do outro?


São exatamente as características dos respectivos fatos geradores que
fazem a distinção de cada espécie tributária.
Isso consta do art. 4º do CTN: a natureza jurídica específica do
tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo
irrelevantes para qualificá-la: a denominação e demais características
formais adotadas pela lei, bem como a destinação legal do produto da sua
arrecadação.
Portanto, o principal elemento determinante da natureza do tributo é
seu FATO GERADOR, situação prevista em lei e que, ao ocorrer no caso
concreto, gera para o contribuinte o dever de pagá-lo. Assim, quando ocorre
prestação de serviço num salão de beleza, por exemplo, ocorre uma situação
prevista na lei do Imposto sobre Serviços (ISS), ocorrendo o fato gerador
desse tributo.
Vale ressaltar que, em virtude de a CF no art. 145, § 2º proibir que as
taxas tenham bases de cálculo próprias de impostos, tem-se que, além do Fato
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gerador, torna-se necessário também avaliar a BASE DE CÁLCULO para


decifrar sua natureza jurídica.
CUIDADO! Isso já foi cobrado pelo CESPE (Procurador do Estado
RN/2002): “A natureza jurídica específica de um tributo é dada pelo cotejo
entre o seu fato gerador e a sua base de cálculo”.

>> Tributos vinculados X Não vinculados


Ainda que as 3 espécies tributárias sejam diferentes, as taxas e
contribuições de melhoria têm uma certa proximidade que por vezes é objeto
de cobrança em provas:
1. Taxas e Contribuição de Melhoria- nesses casos, os fatos geradores
estão relacionados com alguma atividade estatal: serviço público
específico e divisível ou exercício regular do poder de polícia (taxas) e
valorização imobiliária decorrente de obra pública (contribuição de
melhoria). Assim, pode-se dizer que as taxas e contribuições de melhoria são
tributos contraprestacionais (ou vinculados), pois a obrigação de pagar está
vinculada ao momento em que o Estado realiza alguma atividade em direção
ao contribuinte. São também chamadas de retributivas.
2. Impostos – são ligados a uma situação de manifestação de riqueza por
parte do sujeito passivo (devedor), como a propriedade de um imóvel ou
de um veículo, obtenção de renda, importação de bens, etc. Desse modo,
como os impostos fundam-se na ideia da solidariedade social, pois o Estado
não tem de realizar nenhuma atividade em relação ao sujeito passivo para
validar a
cobrança.

TAXAS e CONTRIBUIÇÕES
IMPOSTOS
DE MELHORIA
•Fato do Contribuinte • Fato do Estado (da Adm.
• Não vinculado Pública)
• Não contraprestacional • Vinculadas
• Caráter contributivo • Contraprestacionais
• Caráter retributivo

Atenção! Não confunda a vinculação da receita do tributo, que é o que agora


vimos com a vinculação da cobrança do tributo, vista na definição de tributo
trazida pelo Art. 3º do CTN. São significados diferentes dados à mesma
palavra. Enquanto vinculação na cobrança do tributo significa que o agente
não possui discricionariedade, ou seja, deve cobrar o tributo sem qualquer
margem de decisão, na vinculação do tributo, o significado é de destinação
específica da receita.
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2.1 Taxas (art. 77 a 80 do CTN e art. 145, II e § 2º)


Sintetizamos as informações sobre as taxas no esquema abaixo:
prestado ao
Efetiva de específico contribuinte
Taxa pela OU serviço E divisível OU
UTILIZAÇÃO potencial público posto à sua
U, disposição
E,
DF
e
M
Taxa pelo EXERCÍCIO regular do poder de polícia.

Explicando o esquema, tem-se que, a taxa é um tributo previsto na


competência comum dos entes políticos, podendo ser instituída por qualquer
um deles, isto é, pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições (daí vêm as abreviações
do primeiro retângulo à esquerda ).
Pela leitura do disposto no CTN, percebemos que o fato gerador das
taxas é dividido em duas espécies.

a) Taxa de serviço
Pelo CTN, a taxa de serviço tem como fato gerador a utilização efetiva
ou potencial de um serviço público.
Primeiramente, tem-se que não basta o Estado ter a incumbência de
prestar o serviço, mas sim é necessário que o serviço exista
efetivamente, em condições razoáveis de utilização. O que pode ser
potencial é apenas a sua utilização por parte do usuário-contribuinte
no caso de serviços de utilização compulsória que sejam colocados à
disposição do contribuinte (CUIDADO!! Repare no esquema acima que os
atributos “efetiva” e “potencial” referem-se à utilização, e não ao serviço!!).
Por exemplo, a taxa de coleta domiciliar de lixo é de utilização
compulsória e tem como contribuintes os proprietários de imóveis, em virtude
de eles disporem deste serviço em suas unidades imobiliárias. No caso de o
proprietário manter sua casa vazia, sem produção de lixo, ainda sim a taxa
será devida, eis que ocorre a utilização potencial do serviço. Essa utilização
potencial significa a mera disponibilidade do serviço, isto é, o contribuinte pode
não se utilizar concretamente do serviço, mas o tem à sua disposição.
Outro ponto que devemos esclarecer a respeito das taxas de serviço é
que só podem ser cobradas se o serviço em questão for específico e divisível
(art. 79, CTN). O STF consagrou o entendimento de que as atividades ou
serviços gerais do Estado (universais, prestados “uti universi”) devem ser
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financiados com impostos, e não com taxas, por não constituírem serviços
públicos específicos e divisíveis. Assim, apenas os serviços públicos específicos
(singulares, prestados “uti singuli”) devem ser financiados por meio das taxas
(ADI 1.942, ADI 2.424).

Serviço específico – Segundo o CTN, é aquele que possa ser destacado


em unidades autônomas de intervenção, utilidade ou necessidade
pública. Ou seja, o contribuinte, ao pagar a taxa, sabe por qual serviço
está pagando. Exemplo: o serviço de combate a incêndios é um serviço
específico.

Serviço divisível – Conforme o CTN, é aquele suscetível ser utilizado


separadamente, por parte de cada um de seus usuários. Isto é, o
fornecimento da utilidade por parte do Estado deve ocorrer
individualmente em relação a cada usuário. Não pode ser cobrada taxa por
serviços prestados de forma genérica à coletividade, como por
exemplo, pela segurança pública ou pela limpeza das ruas, já que não são
oferecidos de forma individualizada aos cidadãos.

Atenção com os conectivos e e ou: O serviço deve ser específico e também


divisível. Deve reunir as duas características. Entretanto, poderá ter sua
prestação efetiva ou potencial. No caso, isso significa que a simples
disponibilização já enseja cobrança.

São constitucionais:
 A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta,
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis. (Súmula Vinculante nº 19 do STF);
 A taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários.
(Súmula nº 665 do STF);
 Taxa de prevenção de incêndio, em razão da prevenção de incêndios. (AI
677.891);
 Taxa Judiciária - é possível que tome por base de cálculo o valor da causa
ou da condenação. (ADI 948);
 Taxa de serviços notariais e de registro. (ADI 3.694);
 Custas e os emolumentos judiciais ou extrajudiciais - os quais têm natureza
de taxa, conforme o STF. (ADI 1.444);
 Taxas judiciárias, em razão da prestação de serviços pelos órgãos
judiciários.
CUIDADO!! Súmula nº 667 STF: “Viola a garantia constitucional de acesso
à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa.”
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b) Taxa de polícia
Conforme visto no esquema da página anterior, a outra forma de taxa
prevista no CTN além da taxa de serviço, é a taxa cobrada pelo exercício do
poder de polícia.
A definição do que significa poder de polícia consta no art. 78 do
CTN: consiste em uma atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à
higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização
do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos
direitos individuais ou coletivos. Exemplos de taxas de polícia: taxa de alvará;
taxa de fiscalização de obras; taxa de vigilância sanitária.
Conforme o STF, é presumido o exercício do poder de polícia quando
existente a estrutura do órgão fiscalizador e este estiver em pleno
funcionamento. Ou seja, para ser cobrada a taxa, não se exige a ocorrência
de efetiva fiscalização ao contribuinte.
CUIDADO! A taxa de polícia decorre de uma atividade administrativa
(polícia administrativa) e não da polícia de manutenção da ordem pública ou
da polícia judiciária...
Enquanto a polícia administrativa é inerente a toda a Administração
Pública, as demais são exercidas apenas por determinados órgãos (Polícias
Civis) ou corporações (Polícias Militares).

2.2 Taxas x Preços Públicos


As bancas adoram armar pegadinhas aqui em virtude de os preços
públicos guardarem semelhanças com taxas de serviço, devido ao caráter
contraprestacional da exigência. Entretanto, preços públicos não são
compulsórios, pois o dever de pagá-los não surge da imposição legal, mas sim
do contrato entre o usuário e a prestadora do serviço.
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Preço Público (TARIFA) TAXA

• Não é tributo • É tributo


• Decorre de contrato • Decorre sempre de lei
• Regime Jurídico de direito • Regime Jurídico de Direito
Privado Público (tributário)
• A receita arrecadada é originária • A receita arrecadada é derivada
• Depende de manifestação de • Não há autonomia da vontade
vontade (é facultativo) (compulsória)
• Não se sujeita aos princípios • Se sujeita aos princípios tributários
tributários • Pode ser exigida apenas por
• Pode ser exigida por pessoa jur. de pessoa jurídica de direito público
dir. público ou privado. • Inadmissível a rescisão da
• A relação pode ser rescindida relação.

• Exemplo: Pedágio cobrado por • Exemplo: Taxa de coleta domiciliar


concessionária; Passagem de de lixo; taxa judiciária (custa
transporte coletivo processual)

Importante que você conheça a Súmula 545 STF: “preços de


serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à
prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.”
Salientamos que esta súmula foi elaborada em 1969, estando hoje
desatualizada em sua segunda parte, pois o princípio da anualidade já foi
revogado no ordenamento jurídico brasileiro. Por esse motivo, deve ser
desconsiderada a exigência de prévia autorização orçamentária para a cobrança
de taxas. Neste sentido, conforme o STF: "Não é constitucionalmente
indispensável que lei tributária preceda à lei orçamentária" (RMS1879RN, RDA
47/26).

>> A Base de Cálculo das Taxas


Reunindo as informações do art. 145, § 2º da CF e do parágrafo único do
art. 77 do CTN, temos:

A TAXA não pode

ter base de cálculo ou fato ser calculada em


ter base de cálculo gerador idênticos aos que função do capital
própria de impostos correspondam a imposto das empresas

Como a taxa é um tributo contraprestacional, o valor a ser pago pelo


contribuinte a título de taxa deve ter relação com o custo suportado pelo
Estado para a prestação do serviço ou para o exercício do poder de polícia. Por
esse motivo, justifica-se a previsão legal acima esquematizada.
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Súmula Vinculante STF nº 29: “É constitucional a adoção, no


cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo
própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade
entre uma base e outra.”
Nesse contexto, o STF considera constitucional a Taxa da CVM de
fiscalização do mercado de títulos e valores mobiliários (Súmula 665),
ainda que ela utilize como fator de referência patrimônio líquido da sociedade
sujeita à fiscalização. Ocorre que o valor do patrimônio líquido é adotado
apenas como um parâmetro para a base de cálculo, pois o tributo é
estabelecido em valores fixos de acordo com as faixas de variação do PL.

(ESAF/Analista de Comércio Exterior - MDIC/2012)


Sobre as taxas, espécie tributária prevista pelo art. 145, inciso II da
Constituição Federal, julgue os itens abaixo e a seguir assinale a opção correta.
I. O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder
de polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando
apenas a estas a prestação potencial do serviço público.
II. O Supremo Tribunal Federal entende como específicos e divisíveis, e
passíveis de tributação por meio de taxa, os serviços públicos de coleta,
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de
outros serviços públicos de limpeza realizados em benefício da população em
geral (uti universi) e de forma indivisível.
III. Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à
prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.
IV. A taxa, enquanto contraprestação a uma atividade do Poder Público, não
pode superar a relação de razoável equivalência que deve existir entre o custo
real da atuação estatal referida ao contribuinte e o valor que o Estado pode
exigir de cada contribuinte, considerados, para esse efeito, os elementos
pertinentes às alíquotas e à base de cálculo fixadas em lei.
a) Apenas I, II e IV estão corretos.
b) Apenas I, III e IV estão corretos.
c) Apenas II e IV estão corretos.
d) Apenas III e IV estão corretos.
e) Todos os itens estão corretos.
Comentários:
Item I: Correto. A primeira parte dessa afirmação está de acordo com o art.
145, II, da CF, o qual de fato discrimina as duas espécies de taxas em seu
texto:
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"Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão


instituir os seguintes tributos:
(...) II- taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos a sua disposição".
Contudo, salientamos que o que pode ser efetivo ou potencial é a UTILIZAÇÃO
do serviço público pelo contribuinte. A prestação do serviço que enseja a taxa
de serviços deve existir (a prestação do serviço deve ser efetiva, deve estar
disponível), o USO pelo contribuinte é que pode ser apenas potencial.
Desse modo, a redação da segunda parte da frase (“facultando apenas a estas
a prestação potencial do serviço público”), torna o item incorreto... Essa
questão foi objeto de vários recursos à época, mas infelizmente a ESAF
manteve o gabarito preliminar, considerando esse item correto...
Item II: Correto. Essa afirmação está contida na Súmula Vinculante nº 19 do
STF: “A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de
coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes
de imóveis não viola o art. 145, II, da CF”.
Além disso, o entendimento descrito no item também está presente em um
julgado do STF de 2011 (RE 613287): "As taxas cobradas em razão dos
serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou
resíduos provenientes de imóveis, desde que dissociadas da cobrança de
outros serviços públicos de limpeza são constitucionais (...)".
Item III: Correto. Esse item foi considerado correto pela ESAF, em virtude de
seguir a literalidade da Súmula 545 STF: “preços de serviços públicos e
taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são
compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização
orçamentária, em relação à lei que as instituiu.”
Contudo, essa Súmula (elaborada em 1969) está hoje desatualizada em
sua segunda parte, tornando esse item incorreto. Ocorre que o princípio da
anualidade já foi revogado no ordenamento jurídico brasileiro. Por esse motivo,
deve ser desconsiderada a exigência de prévia autorização orçamentária para a
cobrança de taxas. Esse é o entendimento atual do STF: "Não é
constitucionalmente indispensável que lei tributária preceda à lei
orçamentária" (RMS 1879 - RN, RDA 47/26).
No entanto essa pegadinha já é clássica da ESAF: considerar a
literalidade dessa Súmula como correta, em virtude de a Súmula
ainda estar vigente. Infelizmente a banca não tem acatado recursos
questionando a cobrança dessa Súmula desatualizada em parte... Em síntese,
embora a Súmula
545 ainda esteja vigente e possa ser cobrada na sua literalidade, saiba que
está
desatualizada na parte final...
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Item IV: Correto. Como a taxa é um tributo contraprestacional, o valor a ser


pago pelo contribuinte deve ter relação com o custo suportado pelo Estado
para a prestação do serviço ou para o exercício do poder de polícia. Essa regra
é decorrência do princípio da proporcionalidade e da razoabilidade.
Gabarito: E

2.3. Contribuição de melhoria (CTN, arts. 81 e 82; CF, art. 145,


III)
Esse tributo está previsto no art. 81 do CTN:

CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

FG = valorização imobiliária
decorrente de obra pública Competência comum = U, E, DF, M

ATENÇÃO!! Aqui há uma pegadinha muito comum!! O fato gerador da


contribuição de melhoria NÃO é a obra pública, mas sim a sua consequência:
a valorização imobiliária decorrente de obra pública. O fato gerador também
NÃO é “a obra pública trazer qualquer benefício ou comodidade”, tem que
haver um incremento no valor do imóvel para que seja legítima a cobrança da
contribuição de melhoria! Fiquem ligados nisso: não basta que seja feita
uma obra para que esteja constituída a obrigação tributária! Se a obra
em questão não promover a valorização do imóvel, não haverá fato gerador de
contribuição de melhoria.
Perceba que, por se tratar de um tributo de competência comum, a
contribuição de melhoria pode ser exigida por qualquer um dos entes
políticos (U, E, DF, M), desde que o ente em questão tenha realizado uma
obra pública da qual decorreu uma valorização imobiliária. Além disso, tenha
em mente que, segundo o STF, não se pode instituir taxa quando for cabível a
criação de contribuição de melhoria (RE 121.617).
A contribuição de melhoria é um tributo contraprestacional, baseado no
princípio geral do direito de que ninguém deve enriquecer sem justa causa. Em
consequência disso, tem-se que o Estado pode exigir por que gastou na obra e
o contribuinte pode ser exigido, uma vez que obteve a valorização.
Nesse sentido, o CTN estabelece limites individual e total para a
cobrança da contribuição de melhoria:
LIMITE LIMITE TOTAL
INDIVIDUAL

• Acréscimo de valor • Despesa realizada


que da obra resultar pelo ente público com a
para cada imóvel obra.
beneficiado.

Abaixo temos outros regramentos estabelecidos pelo CTN acerca


da
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contribuição de melhoria:

memorial descritivo
do projeto

orçamento do custo da obra


determinação da parcela
do custo da obra a ser
publicação prévia financiada pela
dos seguintes contribuição
elementos:
delimitação da
fixação de prazo não zona beneficiada
A lei relativa à inferior a 30 dias, p/
contribuição impugnação pelos determinação do fator de
de melhoria interessados, de absorção do benefício da
observará os qualquer dos valorização para toda a
seguintes elementos zona ou para cada uma das
requisitos áreas diferenciadas, nela
mínimos: regulamentação do contidas
processo
administrativo de
instrução e
julgamento da
impugnação, sem
prejuízo da sua
apreciação judicial

ATENÇÃO ao § 1º do art. 82, CTN:


A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio
da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição entre os
imóveis situados na zona beneficiada, em função dos respectivos
fatores individuais de valorização.
Além disso, por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte
deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos
prazos
de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.

(FCC/ICMS RJ/2014) O Estado do Rio de Janeiro decidiu


realizar obras públicas para conter as enchentes que assolavam um
determinado município hipotético de seu território. Essas obras consistiam em
elevar as margens do Rio que banhava esse município e incluíam,
em
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decorrência disso, a abertura de vias públicas largas e modernas, recuperação


da região degradada e, inclusive, a realização de obras de paisagismo.
As obras públicas a serem realizadas foram orçadas em R$ 250 mil,
valor esse a ser integralmente financiado por contribuição de melhoria.
Estudos efetuados demonstraram que a zona a ser beneficiada pelas
obras abrangeria cinco imóveis da região, sendo que a valorização média
esperada desses imóveis seria de 20%.
Com base nisso, o Estado promoveu o lançamento da contribuição de
melhoria, cobrando, de cada um dos cinco imóveis localizados na região
beneficiada, contribuição de melhoria equivalente a 20% do valor do imóvel,
resultando na seguinte situação:
Contribuição Valorização efetiva,
Imóvel Valia (R$) de Melhoria constatada em razão da
Cobrada (R$) obra
I 100 mil 20 mil Não teve valorização alguma
II 200 mil 40 mil Passou a valer 220 mil
III 300 mil 60 mil Passou a valer 345 mil
IV 400 mil 80 mil Passou a valer 480 mil
V 500 mil 100 mil Passou a valer 625 mil

Considerando as informações acima, é correto afirmar:


a) Todos os cinco imóveis deveriam pagar contribuição de melhoria, pois as
obras realizadas trouxeram vários tipos de benefícios à região, como, por
exemplo, o fim das enchentes e o embelezamento da área.
b) O Estado poderá cobrar contribuição de melhoria de todos os imóveis que
se valorizam em decorrência da obra em questão, tendo como único valor
máximo limite, para essa cobrança, o montante equivalente à valorização que
cada imóvel sofreu em decorrência das obras realizadas.
c) Embora os imóveis valorizados em decorrência da obra em questão tenham
tido uma valorização média de 20%, o Estado poderá cobrar, de todos eles,
linearmente, contribuição de melhoria calculada com base na aplicação do
percentual de 18% sobre o valor do imóvel antes da realização da obra.
d) Se o fator individual de valorização do imóvel II, apurado com base na
legislação própria, fosse igual a 0,074 (ou 7,4%), a contribuição de melhoria
relativa a esse imóvel poderia ser determinada e, posteriormente, lançada e
cobrada, mediante o rateio do custo total da obra por esse fator individual de
valorização (art. 82, § 1º, CTN).
e) Considerando que a valorização do imóvel V (R$ 125 mil) é equivalente a
46,29% da soma total das valorizações individuais de cada imóvel (R$ 270
mil), o Estado poderá aplicar esse índice de 46,29% sobre o valor do imóvel
antes da
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valorização, para fins de cálculo do valor da contribuição de melhoria por ele


devida.
Comentários:
Antes de mais nada, não se assuste com o tamanho da questão! Apesar de
imensa, vamos resolvê-la de forma rápida. A questão trata de Contribuição de
Melhoria. Ela possui um fato gerador que exige primeiramente uma obra
pública e depois uma valorização imobiliária decorrente dela.
No caso de cobrança de contribuição de melhoria, devemos observar
DOIS limites:
1º) O valor total cobrado dos contribuintes não pode ultrapassar o custo
total da obra: R$ 250.000,00. Esse é o limite TOTAL.
CUIDADO! A soma das valorizações dos imóveis é R$ 270.000,00. Entretanto
o Estado gastou apenas R$ 250.000,00, então ele não pode arrecadar mais do
que gastou, por isso o limite máximo é R$ 250.000,00.
2º) O valor cobrado separadamente de cada imóvel não pode exceder o
montante da respectiva valorização. Por exemplo, no caso do imóvel II, não se
pode exigir mais do que R$ 20.000,00. Esse é o limite INDIVIDUAL.
CUIDADO! O enunciado fala da valorização média esperada dos imóveis, mas
esse dado serve apenas para nos confundir, pois a tabela nos fornece já a
valorização efetiva. Outra parte do enunciado fala das razões da obra e toda
uma historinha só para fazer você perder tempo!! Fique ligado!
Assim sendo vamos ver quanto poderia ser cobrado de cada imóvel.
I- Não poderia ser cobrado nada, pois ele não obteve valorização
alguma. II- Poderia ser cobrado R$ 20.000,00, pois foi o quanto
houve de
valorização.
III- Poderia ser cobrado R$ 45.000,00, pois foi o quanto se valorizou.
IV- Poderia ser cobrado R$ 80.000,00, pois foi o quanto se valorizou.
V- Poderia ser cobrado R$ 125.000,00, pois foi o quanto se valorizou.
Vejamos agora ver se as cobranças foram realizadas de acordo com o
permitido:
I- Foi cobrado R$ 20.000,00 e não houve nenhuma valorização.
II- Foi cobrado R$ 20.000,00 além do que era permitido.
III- Foi cobrado R$ 15.000,00 além do que era permitido.
IV- Foi cobrado o valor total permitido.
V- Foi cobrado um valor abaixo do total permitido. Entretanto não está
“errado” cobrar menos do que o valor da valorização. Se o Estado desejasse,
ainda poderia cobrar mais R$ 25.000,00 deste contribuinte.
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Agora vamos para as alternativas:


Alternativa A: Conforme consta na tabela, o imóvel I não teve valorização
alguma. Logo, ele não deve pagar contribuição de melhoria, então não são
todos os imóveis que devem pagar.
Alternativa B: Não há um único máximo limite. Como vimos, há dois limites
para a contribuição de melhoria: o valor do total da obra e o valor individual de
valorização.
Alternativa C: A alternativa fala em cobrança antes da realização da obra.
Mas o fato gerador, que é a valorização imobiliária, só ocorre após a realização
da obra. Logo, não pode haver a cobrança do tributo antes da realização desta.
Alternativa D: Esse é o nosso gabarito! A contribuição de cada imóvel deve
ser de maneira proporcional a sua valorização. O imóvel II valorizou R$ 20.000
e a soma de todas as valorizações foi R$ 270.000, logo, a porcentagem que
pode ser cobrada deste imóvel é de 20.000/270.000 = 7,4% de R$ 250.000,00
= R$
18.500,00.
Alternativa E: Essa alternativa afirma que o Estado poderia realizar o cálculo
da contribuição de melhoria aplicando o índice de 46,29% sobre o valor do
imóvel V antes da valorização. Se calcularmos 46,29% do valor antes da
valorização (R$ 500 mil), o valor da contribuição de melhoria esta seria de R$
231.450,00. Esse valor extrapola limite individual para esse imóvel, que é de
R$ 125.000,00. Gabarito: D

2.4. Impostos (CTN, art. 16; CF, art. 145, I e § 1º)


Situação independente de
qualquer atividade estatal
específica, relativa ao
contribuinte
IMPOSTOS Fato Gerador

Devem ser graduados de


acordo com a capacidade
econômica do contribuinte.

Todos os impostos são tributos não-contraprestacionais (não


vinculados), pois não são cobrados em função de alguma atividade estatal
específica. Conforme já vimos, distinguem-se das taxas e contribuições de
melhoria, as quais para serem cobradas requerem de uma contraprestação do
Estado.
TRIBUTOS TRIBUTOS
VINCULADOS NÃO VINCULADOS

•Fato gerador é um "fato do • São as taxas e


Estado", pois depende de as
uma ação estatal. contribuições de
melhoria
• Contraprestacionais
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• Fato gerador é um "fato do • Não contraprestacionais


contribuinte", pois
independe de ação estatal • São os impostos

É importante que você saiba que, quanto à arrecadação, o art. 167, IV,
da CF VEDA a vinculação da receita de IMPOSTOS a órgão, fundo ou despesa,
ressalvadas as exceções constitucionais.
As diferentes espécies de impostos serão objeto da aula 03.

2.5. Empréstimos Compulsórios (CF, art. 148)

Competência exclusiva da União

Instituído somente por Lei Complementar


Lei instituidora deve determinar
Provisórios prazo de duração

Lei instituidora deve determinar


Restituíveis forma de devolução
EMPRÉSTIMOS
COMPULSÓRIOS
Recursos arrecadados vinculados com a despesa que
fundamentou sua instituição.
Investimento
público urgente e
Obedece de relevante
interesse nacional
Princípio da
Anterioridade Guerra externa
(ou sua iminência)
Exceção
Calamidade
pública

O esquema acima contém a síntese do que costuma ser objeto de


questões sobre empréstimos compulsórios.
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O STF entende que, apesar de haver devolução em dinheiro, o


empréstimo compulsório apresenta natureza tributária (RE 193798/1995).
Em outras palavras, o fato ser restituível não lhe retira o caráter tributário.
CUIDADO!! Despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência e Investimento público de caráter
urgente e de relevante interesse nacional são apenas situações em que pode
ser instituído o empréstimo compulsório. Essas situações não são os fatos
geradores do empréstimo compulsório! O fato gerador será estabelecido na Lei
Complementar que instituir o Empréstimo Compulsório.

ATENÇÃO ao parágrafo único do art. 148, CF:


A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório
será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

Outra pegadinha que as bancas podem fazer com você é falar em guerra
civil. Fique ligado: não há previsão de empréstimo compulsório em caso de
guerra civil/interna, apenas no caso de guerra externa.
Um conceito doutrinário que é importante você conhecer é a definição
de despesas extraordinárias. O caráter extraordinário refere-se a uma
situação de uma anormalidade fática, não previsível, caracterizada pelo
esgotamento dos fundos públicos. Ou seja, para instituição do empréstimo
compulsório, é imprescindível a completa exauriência dos cofres estatais,
consistindo no esgotamento dos fundos públicos inclusive o de contingência. Se
houver fontes orçamentárias suficientes, não se justifica a cobrança do tributo.

(ESAF/Analista Jurídico - SEFAZ CE/2007) Sobre os


empréstimos compulsórios, espécie de tributo da competência da União, é
incorreto afirmar-se que
a) podem ser instituídos para atender a despesas extraordinárias decorrentes
de calamidade pública.
b) podem ser instituídos para o custeio de investimento público de caráter
urgente.
c) depende a sua instituição, em alguns casos, da edição de lei complementar.
d) a aplicação dos recursos provenientes da sua arrecadação será
integralmente vinculada à despesa que tenha fundamentado a sua instituição.
e) poderão, ou não, sujeitar-se ao princípio constitucional da anterioridade
(conforme a hipótese que tenha motivado a sua instituição).
Comentários:
A CF disciplina os empréstimos compulsórios no seguinte artigo:
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“Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos


compulsórios:
I- para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública,
de guerra externa ou sua iminência;
II- no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.”
Alternativa A: Correta. Conforme o inciso I do art. 148 da CF, os
empréstimos compulsórios podem ser instituídos para atender a despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade pública.
Alternativa B: Correta. Conforme o inciso II do art. 148 da CF, os
empréstimos compulsórios podem ser instituídos para atender a custeio de
investimento público de caráter urgente.
Ressaltamos que o investimento público deve ser de caráter urgente E de
relevante interesse nacional. Logo essa alternativa está incompleta. Mas não
fique brigando com a banca! Vejamos a próxima alternativa...
Alternativa C: Incorreta. Conforme o art. 148 da CF, os empréstimos
compulsórios somente podem ser instituídos por Lei Complementar. Logo, o
erro dessa alternativa é gritante e aqui se encontra o nosso gabarito! 
Alternativa D: Correta. Essa alternativa está de acordo com o parágrafo único
do art. 148 da CF.
Alternativa E: Correta. Os empréstimos compulsórios instituídos nas
hipóteses do inciso I do art. 148 constituem exceção à regra de obediência ao
princípio da anterioridade. Já os empréstimos compulsórios instituídos na
hipótese do inciso
II do art. 148 devem obedecer a tal princípio. Gabarito: C

2.6 Contribuições Especiais (CF, arts. 149 e 149-A)


Devido à extensão do assunto Contribuição Especiais, incluímos
inicialmente um panorama geral para que você se situe ao longo do estudo:
1. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

1.1 “As Contribuições da Seguridade Social”:

a) Sobre os Empregadores ou Empresas (art. 195, I, CF):

a1) Contribuição Social Patronal sobre a Folha de Pagamentos;

a2) Contribuição Social sobre a receita ou faturamento: PIS/PASEP


e COFINS;

a3) Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL);


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b) Sobre os trabalhadores (art. 195, II, CF);

c) Sobre os servidores públicos submetidos a regime próprio de


previdência (CF, art. 40, caput e § 18; art. 149, § 1º)

d) Sobre a receita de concurso de prognósticos (art. 195, III, CF);

e) Sobre a importação de bens e serviços (art. 195, IV, CF);

f) Contribuição Social residual para a seguridade social (art. 195, § 4º,


CF).

1.2 “As Contribuições Sociais Gerais”:

a) a contribuição para o Salário-educação (art. 212, § 5º, CF);

b) as contribuições ao Sistema “S” (art. 240, CF).

2. CONTRIBUIÇÕES INTERVENTIVAS (CF, art. 149)

3. CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS (CF, art. 149)

4. CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO


PÚBLICA - COSIP (CF, art. 149-A)

2.6.1 Contribuições sociais (CF, arts. 149 e 195)


Trata-se de contribuições criadas para que o Poder Público ou entidades
de utilidade pública utilizem seus recursos na efetivação dos direitos sociais
(CF, art. 6º).
As contribuições sociais subdividem-se em duas subespécies:
destinadas a financiar,
Seguridade especificamente, direitos relativos à
social saúde, previdência e assistência
social
Contribuições
Sociais destinadas a financiar outros direitos
sociais pelo Poder Público (ou
entidades privadas de assistência
Gerais social), como a contribuição do salário
educação e as constribuições em favor
dos serviços sociais autônomos
(Senai/Sesi/Senac/Sesc)

CUIDADO! Súmula 353 do STJ: “As disposições do Código Tributário Nacional


não se aplicam às contribuições para o FGTS.” Ou seja, o valor que a empresa
paga de FGTS não é tributo, pois é um valor pago ao próprio trabalhador e
não ao Poder Público.
As contribuições sociais constituem exceção ao princípio da
anterioridade anual, o que significa que as leis instituidoras ou majoradoras
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de tais tributos não precisam ser publicadas no exercício anterior para que
possam ser exigidas. No entanto, elas podem não podem ser cobradas de
forma imediata, pois deve haver um interstício mínimo de 90 dias:
anterioridade especial / mitigada / nonagesimal (art. 195, § 6º).

CUIDADO! Essa regra refere-se apenas às contribuições sociais e não a todas


as contribuições especiais!

Conforme o art. 195, as contribuições para a seguridade social de


competência da União são as seguintes:

Contribuições Sociais para Seguridade Social

Sobre Sobre receitas Sobre


empregadores Sobre de concursos importação de Contribuição
ou empresas trabalhadores de bens e social residual
prognósticos serviços

Contribuições Sociais para Seguridade Social


C.S. sobre a folha de Refere-se à contribuição social
pagamentos patronal sobre a folha, a qual é
Sobre
paga pelo empregador
empregadores ou
empresas C.S. sobre a receita ou Refere-se ao PIS/PASEP e à
faturamento COFINS
(CF, art. 195, I)
C.S. sobre o lucro Trata-se da CSLL – Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido
Sobre É a contribuição dos filiados ao Regime Geral de Previdência
trabalhadores Social (os não concursados).
(CF, art. 195, II)
C.S. sobre os servidores públicos submetidos ao regime
próprio de previdência social.
Sobre os
servidores Essa contribuição é instituída pela entidade política com a qual
públicos os servidores titulares de cargos efetivos estão vinculados
submetidos a estatutariamente (U, E, DF ou M)
regime próprio de
Conforme o § 1º do art. 149, a alíquota dessa contribuição
previdência
não poderá ser INFERIOR àquela cobrada pela União, para
(CF, art. 40, caput e a mesma situação, dos seus servidores titulares de cargos
§ 18; art. 149, § 1º) efetivos, cujo valor, atualmente, é de 11%.
Sobre receitas de Concursos de prognósticos compreendem os jogos, apostas
concursos de e loterias permitidos pela legislação.
prognósticos
(CF, art. 195, III)
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Sobre importação Refere-se a PIS-Importação e à Cofins-Importação.


de bens e serviços
(CF, art. 195, IV e
art. 149, §2º, II)
Contribuição social Além das contribuições já discriminadas no texto
residual constitucional, a União ainda possui a competência
residual, que lhe autoriza a criação de novas contribuições
(CF, art. 195, § 4º)
por Lei Complementar

Contribuições sociais residuais

Não podem Obedece aos


Só podem ser Criadas só por ter FG ou BC princípio da
criadas pela Serão não-
Lei próprios de anterioridade
União cumulativas
Complementar outras nonagesimal e
contribuições anual.

CUIDADO!! Uma contribuição social residual poderá ter fatos geradores ou


bases de cálculos de impostos já previstos na CF/88, uma vez que não há
proibição alguma para tanto.

As principais contribuições sociais gerais são as seguintes:

Contribuições Sociais Gerais

Contribuições destinadas aos


Contribuição para o Salário-
Serviços Sociais Autônomos, o
Educação
chamado Sistema “S”

a) Contribuição para o Salário-Educação (CF, art. 212, §5º):


“A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a
contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na
forma da lei.”

b) Contribuições destinadas aos Serviços Sociais Autônomos, o


chamado Sistema “S” (SENAI, SESC, SESI, SENAT, SENAC,
SENAR, SEST, entre outros) (art. 240, CF e art. 62 do ADCT):
“Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais
contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários,
destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação
profissional vinculadas ao sistema sindical.”
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ATENÇÃO: Conforme decisão do STF, embora o SEBRAE faça parte desse


sistema S, a contribuição a ele devida não é uma contribuição social geral, mas
uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE).

2.6.2 Contribuições interventivas (art. 149, CF)


O objetivo desses tributos é custear as atividades de intervenção da
União na economia. Referem-se às contribuições de intervenção no
domínio econômico, as quais são exigidas normalmente do setor atingido
pela intervenção. Entretanto, o STF admite que a cobrança recaia
também
sobre pessoas fora do setor objeto da intervenção.

Compete exclusivamente à União

Pode ser instituída por meio de lei ordinária


Contribuições
interventivas
Exceção: CIDE-
Obedece aos princípio da combustíveis,
anterioridade quanto ao princípio
nonagesimal e anual e da da anterioridade
legalidade. anual e a ao da
legalidade.

não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação

incidirão também sobre a importação de produtos


estrangeiros ou serviços

ad valorem, tendo por base o


CONTRIBUIÇÕES faturamento, a receita bruta ou o
SOCIAIS E CIDE valor da operação e, no caso de
poderão ter importação, o valor aduaneiro
alíquotas:

específica, tendo por base a unidade


de medida adotada

a lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão


uma única vez

ATENÇÃO! A CIDE-combustíveis é a única que possui regras contidas na


CF (§ 4º do artigo 177): A lei que instituir CIDE relativa às atividades de
importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e
seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos:
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diferenciada por produto ou uso


a alíquota da CIDE-
combustíveis poderá
ser:
reduzida e restabelecida por ato do Poder
Executivo, não se lhe aplicando o princípio da
legalidade;

ao pagamento de subsídios a preços ou


transporte de álcool combustível, gás natural e
seus derivados e derivados de petróleo;
os recursos
arrecadados com a ao financiamento de projetos ambientais
CIDE-combustíveis relacionados com a indústria do petróleo e do gás;
serão destinados:

ao financiamento de programas de infra-


estrutura de transportes

2.6.3 Contribuições corporativas (art. 149, CF)


Referem-se às contribuições de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, também chamadas de parafiscais. São instituídas
exclusivamente pela União, com o objetivo de custear atividades
representativas e sindicais de entidades que realizam fiscalizações e
representam categorias profissionais ou econômicas, atuando de forma
paralela ao Estado.
São exemplos dessas contribuições a Contribuição Sindical e as
Contribuições de Interesse dos Órgãos de Fiscalização do Exercício de
Profissões Regulamentadas, como é o caso do CREA.
CUIDADO!! Súmula 666 do STF: “A contribuição confederativa de que trata
o art. 8º da CF, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo”.

Contribuição Contribuição
Corporativa Confederativa

• É tributo • Não é tributo


• Instituída por lei • Fixada em assembléia
• Obrigatória • Voluntária
• Exemplo: contribuição • Filiados ao sindicato pagam
sindical que deve ser paga mensalmente
uma vez ao ano
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2.6.4 Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública –


COSIP (CF, art. 149-A)
A COSIP foi introduzida no art. 149-A da Constituição Federal pela EC
39/2002, para substituir a Taxa de Iluminação Pública, considerada
inconstitucional pelo STF (Súmula 670 do STF).
A competência para instituição é dos municípios e DF e há autorização
constitucional para que seja cobrada na fatura do consumo de energia
elétrica, conferir praticidade à administração tributária municipal.

(FCC/ICMS SP/2006) Sobre as contribuições relacionadas


na Constituição Federal, é correto afirmar que
a) as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não
incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
b) os recursos arrecadados com a contribuição de intervenção no domínio
econômico serão destinados, exclusivamente, para ações e serviços públicos
de saúde e para a manutenção e desenvolvimento do ensino.
c) a União tem competência privativa para instituir contribuição previdenciária
dos servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, cuja alíquota
não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos
da União.
d) às contribuições sociais aplicam-se os princípios constitucionais da
anterioridade (ano-calendário) e da anterioridade nonagesimal (noventena),
cumulativamente.
e) todas as contribuições relacionadas na Constituição Federal são
denominadas "contribuições parafiscais", porque ocorre o fenômeno
denominado "parafiscalidade".
Comentários: Alternativa A: Essa é a nossa resposta, conforme previsão do
art. 149, § 2º, I da CF.
Alternativa B: Com exceção da CIDE – combustíveis, que tem previsão de
destinação de recursos na CF, nas demais CIDEs será a lei instituidora que
definirá o destino da arrecadação. Portanto, não necessita ser exatamente
estes referidos na alternativa.
Alternativa C: A União possui competência para instituir contribuição
previdenciária apenas sobre os seu servidores (servidores federais), já os
estados e municípios detêm essa mesma competência respectivamente em
relação aos servidores estaduais e municipais.
Alternativa D: Conforme o art. 195, § 6º, as contribuições sociais somente
obedecem à anterioridade nonagesimal, sendo exceção à anterioridade anual.
Alternativa E: Não são todas as contribuições que são parafiscais.
Gabarito: A
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3- Classificação dos Tributos

Veremos algumas classificações que costumam ser objeto de questões no


Direito Tributário.

3.1. Classificação quanto ao destino da arrecadação: Tributos de


arrecadação vinculada e de arrecadação não vinculada
Conforme já vimos, os tributos são vinculados, quando o fato gerador
depende de uma atividade estatal específica (taxas e contribuição de
melhoria); e são não vinculados quando o fato gerador independe de uma
atividade estatal em relação ao contribuinte (impostos).
Não confunda! Aqui estamos tratando da classificação quanto à
arrecadação:

A receita arrecadada deve ser


destinada exclusivamente a
determinadas atividades

VINCULADA
São conhecidos como tributos
finalísticos.
Ex: empréstimos compultórios e
contribuições especiais
Tributo de
ARRECADAÇÃO
A receita arrecadada pode ser
utilizada em qualquer
despesa do ente estatal.
NÃO
VINCULADA
Ex: impostos, taxas e
contribuições de melhoria

3.2. Quanto à finalidade: Fiscal; Extrafiscal e Parafiscal

TRIBUTOS TRIBUTOS TRIBUTOS


FISCAIS EXTRAFISCAIS PARAFISCAIS
Objetiva Objetiva
principalmente: A instituidora do
principalmente:
arrecadar recursos intervir em uma tributo atribui a
financeiros situação social ou disponibilidade dos
econômica. recursos arrecadados
Ex.: IR, IPTU, ICMS, Ex.: II, IE, IOF, IPI a entidade distinta.
IPVA, ITBI, ISS
Ex: Contribuição ao
CREA.
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ATENÇÃO: tanto a finalidade fiscal como a extrafiscal estão presentes


com alguma intensidade em todos os tributos. Na finalidade extrafiscal, o
tributo pode ser utilizado para regular a economia, interferir na produção e no
consumo e nas atividades financeiras, incentivando ou desestimulando
setores da
economia.

3.3. Quanto à possibilidade de repercussão do encargo


econômico-financeiro: Tributos Diretos e Indiretos
Antes de conhecermos essa classificação, precisamos conhecer os
conceitos de contribuinte de direito e contribuinte de fato.

Aquele que tem o dever


de direito legal de pagar o tributo
Contribuinte
Aquele que, do ponto de
de fato vista econômico, suporta
o ônus da carga tributária

TRIBUTOS DIRETOS TRIBUTOS INDIRETOS

Contribuinte de Direito Contribuinte de Direito


= Contribuinte de = Contribuinte de
Fato Fato

 Não há transferência /  Há transferência /


repercussão do ônus repercussão do ônus
tributário. tributário.
 Contribuinte de Direito arca  Contribuinte de Direito
com o ônus econômico do repassa o encargo
tributo. econômico do tributo para
 Ex: IR, IPVA, IPTU, ITDC, outro (contribuinte de fato)
ITBI  Ex: IPI, ICMS e ISS

Essa classificação se faz importante quando do estudo do art. 166 do


CTN, o qual afirma:
“Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza,
transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem
prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a
terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.”
Os ‘tributos que comportem, por sua natureza, a transferência do
respectivo encargo financeiro’ referidos nesse artigo acima são os tributos
indiretos acima descritos. 
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3.4. Quanto aos aspectos objetivos e subjetivos da Hipótese de


Incidência: Reais e Pessoais

REAIS PESSOAIS

• Tributos que não levam em • Tributos que levam em consideração


consideração características as características pessoais de cada
pessoais, subjetivas dos contribuinte, incidindo de forma
contribuintes. subjetiva.

• Incidem sobre coisas. • Exemplo: Duas pessoas que


ganham o mesmo salário não
• Exemplo: Dois proprietários de pagarão, necessariamente, o mesmo
veículos idênticos (residentes no valor de IR, pois o valor do tributo a
mesmo estado) pagarão o mesmo ser pago dependerá também de
valor de IPVA, independentemente características pessoais do sujeito
de suas suas carcterísticas pessoais. passivo, como a quantidade de
dependentes, gastos com saúde,
educação, etc.

Enfim, finalizamos a teoria! Suplicamos para que você vá adiante e faça


os exercícios propostos abaixo, pois são essenciais para que o conteúdo da
aula grude no seu cérebro! Esperamos revê-los em breve na nossa aula 01! 
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4- Questões Comentadas

1. (ESAF/ISS RJ/2010) Assinale a opção que contém tributos que podem


ser cobrados pelo município do Rio do Janeiro.
a) Contribuição de melhoria, contribuição de intervenção no domínio
econômico e contribuição para custeio do serviço de iluminação pública.
b) Contribuição para o regime previdenciário dos servidores municipais,
contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas e
contribuição de melhoria.
c) Contribuição social, contribuição para o regime previdenciário dos
servidores municipais e contribuição de intervenção no domínio econômico.
d) Contribuição para o regime de previdência dos servidores municipais,
contribuição de melhoria e contribuição para custeio do serviço de iluminação
pública.
e) Contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
contribuição de intervenção no domínio econômico e contribuição sindical.
Comentários:
Alternativa A: Incorreta. Contribuição de melhoria, contribuição
de intervenção no domínio econômico (União) e contribuição para custeio do
serviço de iluminação pública.
A competência para instituir contribuições de intervenção no domínio
econômico
(CIDE) é exclusiva da União (art. 149 da CF).
Já a contribuição de melhoria, por se tratar de um tributo de competência
comum, pode ser exigida por qualquer um dos entes políticos (U, E, DF, M),
desde que o ente em questão tenha realizado uma obra pública da qual
decorreu uma valorização imobiliária (CF, art. 145, III).
Por fim, a contribuição para custeio do serviço de iluminação pública (COSIP)
é de competência exclusiva dos municípios e do DF. Ressalta-se que há
autorização constitucional para que seja cobrada na fatura do consumo de
energia elétrica, conferir praticidade à administração tributária municipal. (CF,
art. 149-A).
Alternativa B: Incorreta. Contribuição para o regime previdenciário dos
servidores municipais, contribuição de interesse das categorias profissionais ou
econômicas (União) e contribuição de melhoria.
As contribuições de interesse das categorias profissionais ou
econômicas são instituídas exclusivamente pela União (art. 149 da CF).
Já a contribuição para o regime previdenciário dos servidores é
instituída pela entidade política (U, E, DF ou M) com a qual os servidores
titulares de cargos efetivos estão vinculados estatutariamente (§ 1º do art.
149 da CF).
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Alternativa C: Incorreta. Contribuição social (União), contribuição para o


regime previdenciário dos servidores municipais e contribuição de
intervenção no domínio econômico. (União)
A contribuição social é de competência da União (CF, arts. 149 e 195).
Alternativa D: Correta, conforme visto ao longo das alternativas.
Alternativa E: Incorreta. Contribuição de interesse das categorias
profissionais ou econômicas (União), contribuição de intervenção no domínio
econômico (União) e contribuição sindical (União).
Acerca da contribuição sindical, este tributo é espécie do gênero
‘Contribuição
de interesse das categorias profissionais ou econômicas’, assim como as
‘Contribuições de Interesse dos Órgãos de Fiscalização do Exercício de
Profissões Regulamentadas’ (exemplo CREA). Sendo assim, são instituídas
exclusivamente pela União (art. 149 da CF). Gabarito: D

2. (ESAF/ISS RJ/2010) Sobre as taxas, é incorreto afirmar que:


a) diferentemente dos impostos, cuja característica marcante é a
desvinculação da receita a uma finalidade determinada, a taxa é o tributo
vinculado por excelência, isto é, só é devido pelo contribuinte se houver
contraprestação por parte do ente estatal que a houver instituído.
b) preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daqueles, são compulsórias, e têm sua cobrança condicionada
à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.
c) a Constituição Federal dá o conceito de taxa como sendo o tributo instituído
pela União, estados, Distrito Federal e municípios, em razão do poder de
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos
e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
d) o serviço prestado ou posto à disposição, que permite a instituição de uma
taxa, é sempre estatal, podendo, excepcionalmente, ser serviço prestado por
empresa privada.
e) somente o poder de polícia específico é passível de estipêndio por meio de
taxas; e mesmo assim exige-se que seja divisível e mensurável.
Comentários:
Questão problemática, mas vamos enfrentá-la!
Alternativa A: Correta, conforme arts. 145, II e 167, IV da CF.
Alternativa B: Trata-se da Súmula 545 STF: “preços de serviços públicos
e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são
compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização
orçamentária, em relação à lei que as instituiu.” Contudo, salientamos que esta
súmula foi elaborada em 1969, estando hoje desatualizada em sua segunda
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parte. Ocorre que o princípio da anualidade já foi revogado no ordenamento


jurídico brasileiro. Por esse motivo, deve ser desconsiderada a exigência de prévia
autorização orçamentária para a cobrança de taxas. Assim, incorreta a assertiva.
Alternativa C: Correta, conforme o art. 145, II, da CF.
Alternativa D: Incorreta. Para permitir a instituição de uma taxa, o serviço
prestado ou posto à disposição deve ser sempre estatal.
Alternativa E: Incorreta. Não há norma legal determinando que o poder de
polícia seja específico e divisível. Conforme dos arts. 77 e 78 do CTN, na
verdade, o serviço público prestado é que deve ser específico e divisível e não
o poder de polícia. Gabarito oficial: D
PS.: Lamentavelmente essa questão não foi anulada. =/

3. (FJG/ISS RJ/2002) A compulsoriedade, como elemento conceitual do


tributo, decorre da:
a) natureza legal da obrigação tributária
b) obrigatoriedade do pagamento do tributo
c) vontade do sujeito passivo da obrigação tributária
d) contratualidade que caracteriza a relação tributária
Comentários:
Perceba que compulsoriedade é sinônimo de obrigatoriedade. Conforme o art.
3º do CTN, o tributo é uma obrigação cujo surgimento depende de lei. Assim, a
compulsoriedade (obrigatoriedade) dos tributos decorre da natureza legal do
tributo.
Desse modo, em virtude de o tributo decorrer da natureza legal da obrigação
tributária, não importa a vontade do sujeito passivo (não há
discricionariedade) e nem ocorre relação de contratualidade (não importa a
vontade das partes).
Gabarito: A

4. (FJG/ISS RJ/2002) Dos tributos abaixo alinhados, considera-se


vinculado:
a) imposto sobre serviços de qualquer natureza
b) imposto sobre operações financeiras
c) taxa de coleta de lixo domiciliar
d) imposto sobre a renda
Comentários:
Essa questão é mamão com açúcar, né? 
Relembrando:
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TAXAS e CONTRIBUIÇÕES
IMPOSTOS
DE MELHORIA
•Fato do Contribuinte • Fato do Estado (da Adm.
• Não vinculado Pública)
• Não contraprestacional • Vinculadas
• Caráter contributivo • Contraprestacionais
• Caráter retributivo

Gabarito: C

5. (ESAF/Analista de Comércio Exterior - MDIC/2012) Sobre as


taxas, espécie tributária prevista pelo art. 145, inciso II da Constituição
Federal, julgue os itens abaixo e a seguir assinale a opção correta.
I. O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder
de polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando
apenas a estas a prestação potencial do serviço público.
II. O Supremo Tribunal Federal entende como específicos e divisíveis, e
passíveis de tributação por meio de taxa, os serviços públicos de coleta,
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de
outros serviços públicos de limpeza realizados em benefício da população em
geral (uti universi) e de forma indivisível.
III. Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à
prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.
IV. A taxa, enquanto contraprestação a uma atividade do Poder Público, não
pode superar a relação de razoável equivalência que deve existir entre o custo
real da atuação estatal referida ao contribuinte e o valor que o Estado pode
exigir de cada contribuinte, considerados, para esse efeito, os elementos
pertinentes às alíquotas e à base de cálculo fixadas em lei.
a) Apenas I, II e IV estão corretos.
b) Apenas I, III e IV estão corretos.
c) Apenas II e IV estão corretos.
d) Apenas III e IV estão corretos.
e) Todos os itens estão corretos.
Comentários:
Item I: Correto. Essa afirmação está de acordo com o art. 145, II, da CF, o
qual de fato discrimina as duas espécies de taxas em seu texto:
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"Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão


instituir os seguintes tributos:
(...)
II- taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva
ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos a sua disposição".
Contudo, salientamos que o que pode ser efetivo ou potencial é a UTILIZAÇÃO
do serviço público pelo contribuinte. A prestação do serviço que enseja a taxa
de serviços deve existir (a prestação do serviço deve ser efetiva, deve estar
disponível), o uso pelo contribuinte é que pode ser apenas potencial.
Item II: Correto. Essa afirmação está contida na Súmula Vinculante nº 19 do
STF: “A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de
coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes
de imóveis não viola o art. 145, II, da CF”.
Além disso, o entendimento descrito no item também está presente em um
julgado do STF de 2011 (RE 613287): "As taxas cobradas em razão dos
serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou
resíduos provenientes de imóveis, desde que dissociadas da cobrança de
outros serviços públicos de limpeza são constitucionais (...)".
Item III: Correto. Segundo a Súmula 545 STF: “preços de serviços
públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente
daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia
autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.” Salientamos que
esta súmula foi elaborada em 1969, estando hoje desatualizada em sua
segunda parte. Ocorre que o princípio da anualidade já foi revogado no
ordenamento jurídico brasileiro. Por esse motivo, deve ser desconsiderada a
exigência de prévia autorização orçamentária para a cobrança de taxas.
Relembremos as diferenças entre o preço público e a taxa:
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Preço Público (TARIFA) TAXA

• Não é tributo • É tributo


• Decorre de contrato • Decorre sempre de lei
• Regime Jurídico de direito • Regime Jurídico de Direito
Privado Público (tributário)
• A receita arrecadada é originária • A receita arrecadada é derivada
• Depende de manifestação de • Não há autonomia da vontade
vontade (é facultativo) (compulsória)
• Não se sujeita aos princípios • Se sujeita aos princípios tributários
tributários • Pode ser exigida apenas por
• Pode ser exigida por pessoa jur. de pessoa jurídica de direito público
dir. público ou privado. • Inadmissível a rescisão da
• A relação pode ser rescindida relação.

• Exemplo: Pedágio cobrado por • Exemplo: Taxa de coleta domiciliar


concessionária; Passagem de de lixo; taxa judiciária (custa
transporte coletivo processual)

Item IV: Correto. Como a taxa é um tributo contraprestacional, o valor a ser


pago pelo contribuinte deve ter relação com o custo suportado pelo Estado
para a prestação do serviço ou para o exercício do poder de polícia. Essa regra
é decorrência do princípio da proporcionalidade e da razoabilidade.
Gabarito: E

6. (ESAF/APO - MPOG/2010) É sabido que, de acordo com o art. 3º do


Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação pecuniária, compulsória,
em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de
ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.
Consoante tal entendimento, é errado afirmar-se que:
a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são tributos,
mas consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao lado do tributo, para
que se submetam ao mesmo regime de constituição, discussão administrativa,
inscrição em dívida ativa e execução dos tributos.
b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear
suas ações no interesse da sociedade. A fiscalização tributária implica exercício
do poder de polícia, e somente mediante atividade administrativa pode ser
exigido o pagamento de tributo.
c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa
tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte,
havendo, no entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade.
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d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o


produto de renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos
ilícitos, são passíveis de tributação.
e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim
toda prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes do
art. 3º do CTN, como por exemplo o caráter obrigatório.
Comentários:
Alternativa A: Correta. Apesar de tributo e multa serem conceitos distintos, a
doutrina e a jurisprudência consideram que a expressão crédito tributário
compreende tanto os tributos como as multas pecuniárias cobradas do sujeito
passivo pelo inadimplemento da obrigação tributária. A título de exemplo, o
STJ, em 2006, afirmou que: "(...) o conceito de crédito tributário abrange
também a multa (...)” (REsp 831.278/PR). No trabalho prático do auditor
fiscal, essa regra também se verifica, pois o auto de infração é lançado
abrangendo o tributo devido e também a multa aplicada pelo inadimplemento
da obrigação tributária.
Alternativa B: Correta. O tributo constitui um tipo de receita derivada, isto
é, aquela que o Estado obtém por meio da realização das atividades que lhe
são típicas, utilizando-se da soberania.
As receitas derivadas surgem das prerrogativas de Direito Público, nas quais
o Estado ocupa posição de superioridade em relação ao particular (a receita é
DERIVADA DO poder de império do Estado). A lei obriga o particular a
contribuir com o Estado, independente de sua vontade. Assim, o poder de
tributar é exclusivo dos Entes políticos, para obtenção de recursos para custear
as ações no interesse da sociedade.
No final dessa alternativa, consta que “somente mediante atividade
administrativa pode ser exigido o pagamento de tributo”. Salientamos a
diferença existente entre os conceitos de Exigibilidade e Executoriedade,
estudada na disciplina de Direito Administrativo. Pela exigibilidade, o Estado,
mediante atividade administrativa, pode exigir os tributos, sendo originada
uma obrigação para o particular. Já, pela executoriedade, o Poder Público
pode compelir materialmente o administrado (sem necessidade de buscar
previamente as vias judiciais) ao cumprimento da obrigação que impôs e
exigiu. Assim, correto esse final da alternativa também.
Alternativa C: Incorreta. Conforme o art. 3º do CTN, o tributo é uma
prestação “cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada”. Assim, a autoridade tributária não pode analisar se é conveniente
e oportuno cobrar o tributo. Ou seja, não há nenhuma discricionariedade
na cobrança de tributos.
Alternativa D: Correta. No caso de fatos geradores que ocorrem em meio a
atos ilícitos, tal como ocorre no jogo do bicho, a tributação ocorre
normalmente (a cobrança ocorre não em consequência do ato ilícito praticado,
mas sim em função do acontecimento do fato gerador obtenção de
rendimentos e circulação
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de mercadorias). A doutrina denomina essa possibilidade como “princípio do


pecúnia non olet”, que significa o dinheiro não cheira.
O art. 118, I, do CTN, também corrobora a cobrança de tributos no caso
de fato geradores ocorrendo em meio a ilícitos. Conforme o Código, “a
definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade
jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou
terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos.”
Alternativa E: Correta. Para ser considerada tributo, a prestação deve se
enquadrar em todas as características abaixo desmembradas:

prestação pecuniária

compulsória
em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir
TRIBUTO
é toda
que não constitua sanção e de ato ilícito

instituída em lei

cobrada mediante atividade administrativa


plenamente vinculada

Gabarito: C

7. (ESAF/APO - MPOG/2010) A extrafiscalidade é característica que


possuem alguns tributos de permitirem, além da pura e simples forma de
ingresso de receitas nos cofres públicos, também de intervirem na economia,
incentivando ou não determinada atividade ou conduta do contribuinte.
Assinale, entre os tributos listados abaixo, aquele que não possui caráter
extrafiscal.
a) Imposto sobre produtos industrializados.
b) Imposto sobre importação.
c) Contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis.
d) Imposto sobre produtos industrializados.
e) Taxa de iluminação pública.
OBS.: Perceba que as letras "a" e "d" são idênticas. Nós mantivemos a questão
de acordo com o modo cobrado na prova.
Comentários:
Os tributos extrafiscais objetivam principalmente intervir em uma situação
social ou econômica, sendo a função arrecadatória uma função secundária.
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Conforme a doutrina majoritária, os seguintes tributos são extrafiscais: II, IE,


IOF, IPI, CIDE.
As taxas (da mesma forma que as contribuições de melhoria) são tributos
VINCULADOS (ou contraprestacionais), pois a obrigação de pagar está
vinculada ao momento em que o Estado realiza alguma atividade em direção
ao contribuinte.
Assim, o valor a ser pago pelo contribuinte a título de taxa deve ter relação
com o custo suportado pelo Estado para a prestação do serviço ou para o
exercício do poder de polícia. Em outras palavras, para que seja lícita a
exigência da taxa, deve haver a contraprestação por parte do ente instituidor
do tributo. Gabarito:
E

8. (ESAF/AFRFB/2009) Em relação aos empréstimos compulsórios, é


correto afirmar que:
a) é um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3º do Código
Tributário Nacional.
b) é espécie de confisco, como ocorreu com a retenção dos saldos de depósitos
a vista, cadernetas de poupança e outros ativos financeiros, por ocasião do
chamado "Plano Collor" (Lei n. 8.024/90).
c) o conceito de 'despesa extraordinária' a que alude o art. 148, inciso I, da
Constituição Federal, pode abranger inclusive aquelas incorridas sem que
tenham sido esgotados todos os fundos públicos de contingência.
d) se conceitua como um contrato de direito público, com a característica da
obrigatoriedade de sua devolução ao final do prazo estipulado na lei de sua
criação.
e) se subordina, em todos os casos, ao princípio da anterioridade da lei que o
houver instituído.
Comentários:
Alternativa A: Correta. O CTN, em seu art. 5º e o art. 145 da CF adotaram a
Teoria Tripartite ou Tripartida dos tributos: ou seja, os tributos são divididos
em 3 espécies: impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Contudo, há uma corrente que defende que as espécies tributárias existentes
são 5, incluindo, além das já mencionadas, os empréstimos compulsórios e
as contribuições especiais, definidos no art. 145 e 149 da CF,
respectivamente. A Teoria Pentapartida tornou-se a corrente dominante
em nosso ordenamento jurídico após ser adotada em decisões do STF, além de
ser amplamente cobrada em provas de concurso público. Por conseguinte,
segundo essa segunda teoria, o empréstimo compulsório é tributo, ou seja, se
enquadra na definição apresentada no art. 3° do CTN.
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Alternativa B: Incorreta. Conforme explicado na letra A, o empréstimo


compulsório é espécie de tributo e não de confisco.
Alternativa C: Incorreta. Conforme a definição doutrinária de despesas
extraordinárias, o caráter extraordinário refere-se a uma situação de uma
anormalidade fática, não previsível, caracterizada pelo esgotamento dos fundos
públicos. Ou seja, para instituição do empréstimo compulsório, é
imprescindível a completa exauriência dos cofres estatais, consistindo no
esgotamento dos fundos públicos inclusive o de contingência. Se
houver fontes orçamentárias suficientes, não se justifica a cobrança do tributo.
Alternativa D: Incorreta. De fato o empréstimo compulsório apresenta a
característica da obrigatoriedade de sua devolução ao final do prazo estipulado
na lei de sua criação. Contudo, conforme a corrente dominante, trata-se de um
tributo (conforme explicado na letra A), e não de um contrato de direito
público.
Alternativa E: Incorreta. Conforme os arts. 148, I, e 150, § 1°, da CF, há dois
casos de instituição de empréstimos compulsórios que não se subordinam ao
princípio da anterioridade: despesas extraordinárias decorrentes de
guerra externa (ou sua iminência) e de calamidade pública. Gabarito: A

9. (ESAF/Assistente Técnico Administrativo – Min. Fazenda/2009)


A determinação da natureza jurídica específica do tributo, de acordo com o
Código Tributário Nacional, decorre, especificamente:
a) do fato gerador da respectiva obrigação.
b) da destinação legal do produto da arrecadação.
c) da denominação.
d) da fixação do agente arrecadador.
e) das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação.
Comentários:
Questão resolvida com a literalidade do CTN, em seu art. 4º:
“Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo
fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para
qualificá-la: I- a e demais características formais adotadas
pela lei; II- a destinação legal do produto da sua arrecadação.”
Gabarito: A

10. (ESAF/AFRFB/2009) Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto, que:


a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do
Estado; este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa das
pessoas que dela se aproveitam.
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b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode


consistir no exercício regular do poder de polícia.
c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode
consistir na prestação ao contribuinte, ou na colocação à disposição deste, de
serviço público específico, divisível ou não.
d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e
não com as taxas.
e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular
quando desempenhado pelo órgão competente e nos limites da lei aplicável,
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha
como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Comentários:
Alternativa A: Correta. No caso das Taxas (da mesma forma que a
Contribuição de Melhoria), os fatos geradores estão relacionados com
alguma atividade estatal: serviço público específico e divisível ou exercício
regular do poder de polícia (taxas) e valorização imobiliária decorrente de obra
pública (contribuição de melhoria). Assim, pode-se dizer que as taxas e
contribuições de melhoria são tributos contraprestacionais (ou vinculados),
pois a obrigação de pagar está vinculada ao momento em que o Estado realiza
alguma atividade
em direção ao contribuinte. São também chamadas de retributivas.

TAXAS e CONTRIBUIÇÕES
IMPOSTOS
DE MELHORIA
•Fato do Contribuinte • Fato do Estado (da Adm.
• Não vinculado Pública)
• Não contraprestacional • Vinculadas
• Caráter contributivo • Contraprestacionais
• Caráter retributivo

Alternativa B: Correta. Conforme o art. 145, II, CF, o fato gerador da taxa
pode sim se referir ao exercício do poder de polícia.
Alternativa C: Incorreta. No caso das taxas de serviços públicos, estes devem
ser sempre específicos E divisíveis (art. 145, II, CF):
prestado ao
Efetiva de específico contribuinte
Taxa pela OU serviço E divisível OU
UTILIZAÇÃO potencial público posto à sua
U, disposição
E,
DF
e
M
Taxa pelo EXERCÍCIO regular do poder de polícia.

Alternativa D: Correta. O STF consagrou o entendimento de que as


atividades ou serviços gerais do Estado devem ser financiados com impostos, e
não com taxas, por não constituírem serviços públicos específicos e divisíveis
(ADI 1.942, ADI 2.424).
Alternativa E: Correta. Essa alternativa consiste na literalidade do parágrafo
único do art. 78 do CTN. Gabarito: C

11. (ESAF/ISS Natal/2008) Sobre o conceito de tributo e sua natureza


jurídica, assinale a única opção correta.
a) A Lei Complementar n. 104/2001, ao permitir a dação em pagamento de
bens imóveis, como forma de extinção do crédito tributário, promoveu a
derrogação do art. 30 do CTN, que confere ao tributo uma prestação
pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir.
b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória instituída em lei. Todavia,
não há restrição para que o Município majore alíquotas de tributos, sob sua
competência, por meio de decreto.
c) Tendo em vista que o tributo não pode constituir uma sanção por ato ilícito,
não se faz possível a incidência de tributos sobre atividades criminosas, pois
assim agindo o Estado estaria obtendo recursos de uma atividade por ele
proibida.
d) A cobrança de impostos decorre de uma atividade administrativa não
vinculada, haja vista os recursos poderem ser utilizados com quaisquer
despesas previstas no orçamento.
e) O que determina a natureza jurídica de um tributo é o fato gerador da
respectiva obrigação, independentemente de sua denominação e da destinação
legal do produto de sua arrecadação.
Comentários:
Alternativa A: Incorreta. Atualmente o tributo também pode ser pago, além
de moeda, em bens imóveis, nos termos da lei. Essa hipótese encontra-se no
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CTN (inciso XI do art. 156) e depende de ser regulada em lei de cada esfera
(União, Estados, DF e municípios).
Contudo, embora a LC 104/2001 tenha introduzido essa exceção no CTN, não
se pode considerar essa autorização como uma derrogação do art. 3º do CTN,
no que se refere à definição de tributo como uma prestação pecuniária “em
moeda ou cujo valor nela [em moeda] se possa exprimir”.
Em resumo, o CTN permitiu o pagamento de créditos tributários por intermédio
da entrega de outras utilidades que possam ter seu valor exprimido em moeda.
Contudo, em obediência ao art. 141 do Código, tais hipóteses devem estar
previstas no próprio texto do CTN para que extingam o crédito tributário.
Alternativa B: Incorreta. Veremos essa regra na próxima aula, mas, conforme
a CF, art. 150, I: “É vedado à U, aos E, ao DF e aos M: (I) exigir ou
aumentar tributo sem lei que o estabeleça.”
Alternativa C: Incorreta. No caso de fatos geradores que ocorrem em meio a
atos ilícitos, tal como ocorre no jogo do bicho, o tributo Imposto de Renda é
devido (a cobrança ocorre não em consequência do ato ilícito praticado, mas
sim em função do acontecimento do fato gerador obtenção de rendimentos). A
doutrina denomina essa possibilidade como “princípio do pecúnia non olet”,
que significa o dinheiro não cheira.
O art. 118, I, do CTN, também corrobora a cobrança de tributos no caso
de fato geradores ocorrendo em meio a ilícitos. Conforme o Código, “a
definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade
jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou
terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos.”
Alternativa D: Incorreta. CUIDADO! É verdade que os recursos arrecadados
a título de impostos podem ser utilizados com quaisquer despesas previstas no
orçamento. Essa frase descreve o caráter não vinculado dos impostos, os quais
possuem fato gerador independe de contraprestação estatal.
Contudo a cobrança de impostos (assim como a de todos os tributos) decorre
de uma atividade administrativa plenamente vinculada, haja vista a previsão
no art. 3º do CTN de que tributo é uma prestação “cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada”. Assim, a autoridade
tributária não pode analisar se é conveniente e oportuno cobrar o tributo. Ou
seja, não há nenhuma discricionariedade na cobrança de tributos.
Alternativa E: Correta. Conforme o art. 4º do CTN: “A natureza jurídica
específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva
obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e
demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do
produto da sua arrecadação”. Gabarito: E
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12. (ESAF/APO - MPOG/2008) Em relação ao imposto sobre a renda e


proventos de qualquer natureza, de competência da União, é correto afirmar-
se que:
a) rendimentos oriundos de atividade ilícita não se sujeitam à sua incidência,
pois o legislador não descreveu estes como elemento da hipótese de
incidência.
b) rendimentos oriundos de atividade ilícita permitem a exigência do imposto,
já que a ilicitude dos atos praticados não interfere na relação tributária.
c) rendimentos oriundos de atividade ilícita só permitem a cobrança do
imposto após o pronunciamento declaratório da licitude da atividade.
d) rendimentos oriundos de atividade ilícita, por não se circunscreverem
dentro do conceito de ato jurídico – que requer agente capaz, objeto lícito e
forma prescrita ou não defesa em lei – não permitem o nascimento da
obrigação tributária.
e) rendimentos oriundos de atividade ilícita permitem a exigência do imposto,
já que a cobrança de tributo, a teor da definição deste no art. 3º do Código
Tributário Nacional, pode também constituir sanção de ato ilícito.
Comentários:
Alternativa A: Incorreta. No caso de fatos geradores que ocorrem em meio a
atos ilícitos, tal como ocorre no jogo do bicho, o tributo Imposto de Renda é
devido (a cobrança ocorre não em consequência do ato ilícito praticado, mas
sim em função do acontecimento do fato gerador obtenção de rendimentos). A
doutrina denomina essa possibilidade como “princípio do pecúnia non olet”,
que significa o dinheiro não cheira.
O art. 118, I, do CTN, também corrobora a cobrança de tributos no caso de
fato geradores ocorrendo em meio a ilícitos. Conforme o Código, “a definição
legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos
efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem
como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos.”
Alternativa B: Correta, conforme explicação da letra A.
Alternativa C: Incorreta. Isso de pronunciamento declaratório da licitude da
atividade é invenção do examinador. Mesmo não sendo lícita a atividade, será
devido IR em relação à obtenção de rendimentos.
Alternativa D: Incorreta. Conforme o art. 118, I, do CTN, “a definição legal
do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos
efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem
como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos.”
Assim, mesmo os atos que não estejam circunscritos no conceito de ato
jurídico permitem o nascimento da obrigação tributária (“princípio do pecúnia
non olet”, que significa o dinheiro não cheira”).
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Alternativa E: Incorreta. Conforme o art. 3º do CTN, tributo não pode


constituir sanção de ato ilícito. Gabarito: B

13. (ESAF/APO - MPOG/2008) O Código Tributário Nacional prevê, em


seu art. 166, que a restituição de tributos que comportem, por sua natureza, a
transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem
prove haver assumido referido encargo. É exemplo desta espécie de tributo:
a) imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros, se o contribuinte,
numa importação de bens, faz a inclusão destes em seu ativo.
b) taxas, quando venham a integrar os custos fixos de determinada empresa.
c) contribuição previdenciária.
d) imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza.
e) imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação
de serviços.
Comentários:
Os ‘tributos que comportem, por sua natureza, a transferência do respectivo
encargo financeiro’ referidos no artigo acima são os tributos indiretos abaixo
descritos.

TRIBUTOS DIRETOS TRIBUTOS INDIRETOS

Contribuinte de Direito Contribuinte de Direito


= Contribuinte de = Contribuinte de
Fato Fato

 Não há transferência /  Há transferência /


repercussão do ônus repercussão do ônus
tributário. tributário.
 Contribuinte de Direito arca  Contribuinte de Direito
com o ônus econômico do repassa o encargo
tributo. econômico do tributo para
 Ex: IR, IPVA, IPTU, ITDC, outro (contribuinte de fato)
ITBI  Ex: IPI, ICMS e ISS

Logo, a única alternativa que contém um tributo indireto é a letra E: ICMS.


Gabarito: E

14. (ESAF/Analista Jurídico - SEFAZ CE/2007) Sobre os empréstimos


compulsórios, espécie de tributo da competência da União, é incorreto afirmar-
se que
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a) podem ser instituídos para atender a despesas extraordinárias decorrentes


de calamidade pública.
b) podem ser instituídos para o custeio de investimento público de caráter
urgente.
c) depende a sua instituição, em alguns casos, da edição de lei complementar.
d) a aplicação dos recursos provenientes da sua arrecadação será
integralmente vinculada à despesa que tenha fundamentado a sua instituição.
e) poderão, ou não, sujeitar-se ao princípio constitucional da anterioridade
(conforme a hipótese que tenha motivado a sua instituição).
Comentários:
A CF disciplina os empréstimos compulsórios no seguinte artigo:
“Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:
I- para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência;
II- no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.”
Alternativa A: Correta. Conforme o inciso I do art. 148 da CF, os
empréstimos compulsórios podem ser instituídos para atender a despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade pública.
Alternativa B: Correta. Conforme o inciso II do art. 148 da CF, os
empréstimos compulsórios podem ser instituídos para atender a custeio de
investimento público de caráter urgente.
Ressaltamos que o investimento público deve ser de caráter urgente E de
relevante interesse nacional. Logo essa alternativa está incompleta. Mas não
fique brigando com a banca! Vejamos a próxima alternativa...
Alternativa C: Incorreta. Conforme o art. 148 da CF, os empréstimos
compulsórios somente podem ser instituídos por Lei Complementar. Logo, o
erro dessa alternativa é gritante e aqui se encontra o nosso gabarito! 
Alternativa D: Correta. Essa alternativa está de acordo com o parágrafo único
do art. 148 da CF.
Alternativa E: Correta. Os empréstimos compulsórios instituídos nas
hipóteses do inciso I do art. 148 constituem exceção à regra de obediência ao
princípio da anterioridade. Já os empréstimos compulsórios instituídos na
hipótese do inciso II do art. 148 devem obedecer a tal princípio. Gabarito: C
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15. (ESAF/ICMS RN/2005) Avalie as indagações abaixo e em seguida


assinale a resposta correta.
 Em caso de guerra externa, é vedado à União instituir impostos
extraordinários não compreendidos em sua competência tributária?
 É permitido ao Distrito Federal e aos Municípios instituir contribuição
para o custeio do serviço de iluminação pública?
 É permitido que o serviço de iluminação pública seja remunerado
mediante taxa?
a) Não, sim, não
b) Não, não, sim
c) Sim, sim, não
d) Sim, não, sim
e) Sim, sim, sim
Comentários:
Item I: Não. Conforme o art. 154, II, da CF, em caso de guerra externa, é
PERMITIDO à União instituir impostos extraordinários não compreendidos em
sua competência tributária. Estudaremos esse imposto em aula posterior.
Item I: Sim. De acordo com o art. 149-A da CF, os Municípios e o DF poderão
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço
de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Item III: Não. A COSIP foi introduzida no art. 149-A da Constituição Federal
pela EC 39/2002, para substituir a Taxa de Iluminação Pública, considerada
inconstitucional pelo STF (Súmula 670 do STF). Gabarito: A

16. (ESAF/AFRFB/2005)
- Aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios compete instituir
contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, desde que para o custeio, em benefício
dos respectivos sujeitos passivos, e no âmbito territorial do ente tributante?
- A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a
importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e
seus derivados, e álcool etílico combustível (CIDE) foi instituída pela União
com a finalidade de financiamento de projetos de proteção ao meio ambiente,
ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico
e paisagístico?
- Compete aos municípios o imposto sobre a cessão, a título oneroso, de
direitos à aquisição, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis?
a) Não, não, sim
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b) Não, não, não


c) Sim, sim, sim
d) Não, sim, sim
e) Não, sim, não
Comentários:
Item I: Não. A competência para instituir contribuições de intervenção no
domínio econômico (CIDE) é exclusiva da União (art. 149 da CF). O mesmo
ocorre com as contribuições de interesse das categorias profissionais ou
econômicas.
Item II: Não. ATENÇÃO! A CIDE-combustíveis é a única que possui
regras contidas na CF (§ 4º do artigo 177): A lei que instituir CIDE relativa às
atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás
natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes
requisitos:

diferenciada por produto ou uso


a alíquota da CIDE-
combustíveis poderá
ser:
reduzida e restabelecida por ato do Poder
Executivo, não se lhe aplicando o princípio da
legalidade;

ao pagamento de subsídios a preços ou


transporte de álcool combustível, gás natural e
seus derivados e derivados de petróleo;
os recursos
arrecadados com a ao financiamento de projetos ambientais
CIDE-combustíveis relacionados com a indústria do petróleo e do gás;
serão destinados:

ao financiamento de programas de infra-


estrutura de transportes

Item III: Sim. Conforme o art. 156 da CF, o ITBI é tributo de competência dos
Municípios. Estudaremos esse imposto em aula posterior. Gabarito: A

17. (ESAF/AFRFB/2005)
 Podem os Municípios instituir contribuição para o custeio do serviço de
iluminação pública, cobrando-a na fatura de consumo de energia elétrica?
 Podem os Estados cobrar contribuição previdenciária de seus servidores,
para o custeio, em benefício destes, de regime previdenciário, com alíquota
inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União?
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 As contribuições sociais de intervenção no domínio econômico e de


interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, poderão incidir sobre as receitas decorrentes de
exportação?
a) Não, sim, não.
b) Sim, não, sim.
c) Sim, não, não.
d) Não, não, sim.
e) Sim, sim, não.
Comentários:
Item I: Sim. A COSIP foi introduzida no art. 149-A da Constituição Federal
pela
EC 39/2002, para substituir a Taxa de Iluminação Pública, considerada
inconstitucional pelo STF (Súmula 670 do STF).
A competência para instituição é dos Municípios e DF e há autorização
constitucional para que seja cobrada na fatura do consumo de energia
elétrica, conferir praticidade à administração tributária municipal.
Item II: Não. A contribuição sobre os servidores públicos submetidos ao
regime próprio de previdência social é instituída pela entidade política com
a qual os servidores titulares de cargos efetivos estão vinculados
estatutariamente (U, E, DF ou M).
Conforme o § 1º do art. 149, a alíquota dessa contribuição não poderá ser
INFERIOR àquela cobrada pela União, para a mesma situação, dos seus
servidores titulares de cargos efetivos, cujo valor, atualmente, é de 11%.
Exemplo: sendo o valor cobrado pela União de 11%, os Estados podem cobrar
11%, 12% ou um valor maior, mas não podem cobrar apenas 10%.
Item III: Não. Conforme o § 2º do art. 149 da CF:

não incidirão sobre as receitas decorrentes de


exportação

incidirão também sobre a importação de produtos


estrangeiros ou serviços
ad valorem, tendo por base o
CONTRIBUIÇÕES faturamento, a receita bruta ou o
SOCIAIS E CIDE valor da operação e, no caso de
poderão ter importação, o valor aduaneiro
alíquotas:

específica, tendo por base a


unidade de medida adotada

a lei definirá as hipóteses em que as contribuições


incidirão uma única vez
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Gabarito: C

18. (FCC/ICMS RJ/2014) Na iminência ou no caso de guerra


a) civil ou externa, a União, mediante lei complementar, poderá instituir
empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias dela
decorrentes.
b) civil ou externa, a União, os Estados e o Distrito Federal poderão instituir,
por meio de lei complementar, tributos extraordinários compreendidos ou não
em sua competência tributária para atender a despesas extraordinárias, os
quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
c) externa, a União, os Estados e o e o Distrito Federal, mediante lei ordinária
poderão instituir empréstimos compulsórios para atender a despesas
extraordinárias dela decorrentes.
d) externa ou convulsão social de natureza grave, a União poderá instituir, por
meio de lei complementar, tributos extraordinários, compreendidos ou não em
sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente,
cessadas as causas de sua criação.
e) externa, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios, para atender a despesas extraordinárias dela decorrentes.
Comentários:
Conforme o art. 148 da CF, a competência para instituir empréstimos
compulsórios é exclusiva da União e deve ser por meio de Lei
Complementar.
E os empréstimos compulsórios só podem ser instituídos em casos de:
 guerra externa ou sua iminência (não inclui guerra civil);
 calamidade pública;
 investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional.
Gabarito: E

19. (FCC/Procurador - Recife/2014) A Prefeitura do Recife, por meio de


sua Secretaria de Finanças, resolveu enviar proposta ao legislativo municipal
para a instituição de novas taxas aplicáveis aos munícipes recifenses.
É prescrição normativa constitucional que deve ser observada por esta
proposta legislativa:
a) Instituir em 2014 taxa para o custeio do serviço de iluminação pública que
possa ser cobrada ainda no primeiro semestre do mesmo ano, tendo em vista
as necessidades deste serviço nos bairros carentes do Recife.
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b) Instituição de taxas cobradas pela valorização de imóveis decorrente de


obras públicas municipais, tomando-se o cuidado de não atribuir às taxas
instituídas bases de cálculo própria de imposto.
c) Instituição de taxas pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte, desde que elas não tenham
base de cálculo própria de impostos.
d) Instituição de taxas pelo exercício potencial ou efetivo do poder de polícia
ou pela utilização de serviços públicos específicos e indivisíveis, prestados ao
contribuinte.
e) Sempre que possível, instituir taxas que tenham caráter pessoal e que
sejam graduadas segundo a capacidade econômica dos contribuintes.
Comentários:
Alternativa A: Incorreta. Primeiramente, perceba que as taxas de serviço só
podem ser cobradas se o serviço em questão for específico e divisível (art.
79, CTN). Assim, a taxa não pode ser utilizada para o financiamento de um
serviço em que seus destinatários não possam ser individualmente conhecidos
e quantificados.
Conforme o art. 149-A, da CF, esse seria um caso que autoriza a cobrança de
COSIP, a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública:
“Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição,
na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública,
observado o disposto no art. 150, I e III.”
Além disso, estudaremos detalhadamente os princípios tributários em aula
futura, mas já pincelamos esse assunto nessa aula. Conforme o art. 150, III,
“b”, CF, é vedada a cobrança de tributo no mesmo exercício financeiro em que
haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou (princípio da
anterioridade anual).
Alternativa B: Nesse caso, pode ser instituída apenas a contribuição de
melhoria. Lembre-se de que o STF entende que não se pode instituir taxa
quando for cabível a criação de contribuição de melhoria (RE 121.617).
Alternativa C: Correta! Essa alternativa atende perfeitamente ao regramento
das taxas previsto no CTN:
“Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos
aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das
empresas.”
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Alternativa D: Essa alternativa tem dois erros graves: o exercício do poder


de polícia deve ser EFETIVO e a utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e DIVISÍVEIS. Cuidado!
Alternativa E: Essa assertiva refere-se aos impostos e será vista em encontro
futuro, mas não custa darmos a explicação: “Sempre que possível, os
impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte” (art. 145, §1º, CF). Gabarito: C

20. (FCC/ICMS RJ/2014) Com a aproximação das datas em que serão


realizados os Jogos Olímpicos e os Jogos da Copa do Mundo, na cidade do Rio
de Janeiro, o governo fluminense tomou a decisão de incrementar a
fiscalização dos estabelecimentos hoteleiros e congêneres do Estado, a fim de
lhes imprimir uma qualidade de nível internacional, mesmo quando se tratar
de pequenos estabelecimentos.
Para realizar esse intento, seriam necessários aportes de recursos novos, com
o fito de custear essas atividades estatais. Em razão disso, um deputado
estadual propôs que se alterassem os valores das taxas de segurança cobradas
pelo Estado.
O referido deputado, depois de constatar que o valor das diárias de um hotel,
ou de um estabelecimento congênere, não mantinha relação direta com o porte
desse hotel, nem com a quantidade de quartos/apartamentos que ele possui,
nem com o capital social dessa empresa hoteleira, considerou possível e viável
promover uma alteração drástica no correspondente item da tabela de valores
das taxas estaduais.
Desse modo, com a finalidade de adequar a cobrança da taxa à capacidade
contributiva do contribuinte, o referido deputado decidiu apresentar projeto de
lei para alterar a maneira como essa taxa seria cobrada. De acordo com seu
projeto, o valor anual dessa taxa, em relação aos hotéis e congêneres,
passaria a ser calculado mediante a aplicação da alíquota de 0,1% sobre o
capital social da empresa hoteleira ou da empresa congênere.
No tocante especificamente aos motéis, visando, ainda, alcançar o objetivo de
adequar a cobrança da taxa à capacidade contributiva do contribuinte, essa
taxa passaria a ser calculada mediante a aplicação de uma alíquota de 10%
sobre a mesma base de cálculo utilizada para cálculo do ISSQN devido ao
município de localização do estabelecimento contribuinte.
Com base nas informações apresentadas e no que dispõe o CTN a esse
respeito, considere:
I. O projeto de lei em questão não merece prosperar, em relação aos hotéis e
congêneres, pois as taxas não podem ser calculadas em função do capital das
empresas.
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II. O projeto de lei em questão merece prosperar, em relação aos hotéis e


congêneres, pois os tributos devem ser graduados com base na capacidade
econômica do contribuinte (capacidade contributiva).
III. A capacidade econômica do contribuinte (capacidade contributiva) é
relevante para a graduação do valor dos tributos a serem cobrados do sujeito
passivo.
IV. O projeto de lei em questão não merece prosperar, em relação aos motéis,
pois as taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos, nem
idênticas às que correspondam à base de cálculo de impostos.
V. O projeto de lei em questão merece prosperar, em relação aos motéis, pois,
quando as taxas vierem a ter base de cálculo própria de impostos, os impostos
deverão deixar de ser cobrados, para que as taxas possam sê-lo.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e IV.
b) IV e V.
c) I e II.
d) II e III.
e) III e V.
Comentários:
Item I: Correto, pois, conforme o art. 77, parágrafo único, CTN, é vedado que
as taxas sejam calculadas em função do capital social das empresas.
Item II: Errado. Segundo o art. 145, § 1º, CF, são os impostos, e não os
tributos, que devem ser graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte.
Item III: Errado. Conforme vimos no item acima, a CF determinou que a
capacidade econômica do contribuinte (capacidade contributiva) é relevante
para a graduação do valor dos impostos a serem cobrados do sujeito passivo.
Item IV: Correto. Conforme o parágrafo único do art. 77 do CTN e art. 145, §
2º da CF, as taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Item V: Errado. Pessoal isso é invenção: as taxas não podem ter base de
cálculo própria de imposto e ponto final. Gabarito: A

21. (FCC/Procurador - Cuiabá/2014) Visando ao aumento da


arrecadação municipal, a Secretaria de Finanças de Cuiabá elaborou diversas
propostas de lei ordinária a serem encaminhadas à Câmara Municipal. A
proposta que NÃO afronta o disposto na Constituição Federal é:
a) Instituir em 2014 e cobrar em 2015 nova taxa específica sobre o serviço de
coleta de lixo de materiais eletrônicos dos proprietários de imóveis localizados
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tanto no perímetro urbano, como na área rural do município, cuja base de


cálculo não pode ser a mesma utilizada para a cobrança do IPTU.
b) Instituir e cobrar em 2014 nova taxa específica sobre o serviço de coleta de
lixo de materiais eletrônicos dos proprietários de imóveis localizados no
perímetro urbano do município, cuja base de cálculo será o valor venal dos
imóveis que vierem a ser beneficiados com o serviço de coleta
c) Instituir em 2014 e cobrar somente em 2015 nova taxa específica sobre o
serviço de coleta de lixo de materiais eletrônicos dos proprietários de imóveis
localizados tanto no perímetro urbano, como na área rural do município, cuja
base de cálculo será o valor venal dos imóveis que vierem a ser beneficiados
com o serviço de coleta.
d) Instituir e cobrar em 2014 nova taxa específica sobre o serviço de coleta de
lixo de materiais eletrônicos dos proprietários de imóveis localizados no
perímetro urbano do município, cuja base de cálculo não pode ser a mesma
utilizada para a cobrança do IPTU.
e) Instituir em 2014 e cobrar em 2015 nova taxa específica sobre o serviço de
coleta de lixo de materiais eletrônicos dos proprietários de imóveis localizados
no perímetro urbano do município, cuja base de cálculo será o valor venal dos
imóveis que vierem a ser beneficiados com o serviço de coleta.
Comentários:
Antes de mais nada, para responder essa questão, temos que ter em mente o
teor da Súmula Vinculante nº 19, de que é constitucional a taxa cobrada
exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e
tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis.
Precisamos relembrar também a Súmula Vinculante nº 29: “É constitucional a
adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de
cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral
identidade entre uma base e outra.” Agora vamos às alternativas:
Alternativa A: Essa já é a nossa resposta! Repare que a assertiva obedece ao
princípio da anterioridade anual, à Súmula 19, à Súmula 29 e ao disposto no
CTN:
“Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador
idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função
do capital das empresas”
Alternativa B: Essa letra tem dois erros: 1º) Em virtude do princípio da
anterioridade anual, o município só pode arrecadar a taxa no exercício
seguinte
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ao da sua instituição; 2º) Caso fosse adotado o valor venal do imóvel como
base de cálculo, estaríamos adotando a mesma base de cálculo do IPTU, o que
é vedado, conforme o CTN e a Súmula Vinculante 29.
Alternativa C: Essa alternativa repete o segundo erro da letra B.
Alternativa D: Essa alternativa repete o primeiro erro da letra B.
Alternativa E: Essa alternativa repete o segundo erro da letra B. Gabarito: A

22. (FCC/Analista Processual - PGE BA/2013) A contribuição social para


a seguridade social se adequa às limitações constitucionais ao poder de
tributar, previstas no Sistema Tributário Nacional, da seguinte forma:
a) Não se submete à regra da anterioridade anual, mas só pode ser exigida
noventa dias da data da publicação da lei que a houver instituído ou
modificado.
b) Não se submete à regra da legalidade, podendo ser instituída ou modificada
por ato do Poder Executivo, hipótese em que não se submeterá também à
regra da anterioridade anual.
c) Deve obediência às regras da anterioridade anual e nonagesimal, bem assim
à regra da legalidade, só podendo ser criada ou modificada por lei e exigida
noventa dias após o exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei.
d) Deve obediência à regra da anterioridade anual, só podendo ser exigida no
exercício financeiro àquele em que a lei instituidora ou modificadora foi
publicada.
e) Por não ter natureza tributária, não se submete às limitações
constitucionais ao poder de tributar, razão pela qual pode ser criada e
modificada por medida provisória.
Comentários:
Alternativa A: Essa já é a nossa resposta. De fato, a contribuição social para
a seguridade social é exceção ao princípio da anterioridade de exercício, mas
se submete à anterioridade nonagesimal.
Alternativa B: A contribuição social para a seguridade social obedece ao
princípio da legalidade. CUIDADO! Em virtude do art. 3º do CTN, nenhum
tributo pode ser instituído/criado por ato do Poder Executivo!
Alternativas C e D: Como vimos nas letras A e B, a contribuição social para a
seguridade social é exceção ao princípio da anterioridade de exercício, mas se
submete à anterioridade nonagesimal e ao princípio da legalidade.
Alternativa E: A contribuição social para a seguridade social tem natureza
tributária e se submete às limitações ao poder de tributar, com exceção do
princípio da anterioridade anual. Gabarito: A
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23. (FCC/ISS SP/2012) Projeto de lei estadual, no intuito de fiscalizar a


pesca esportiva no rio Piracicaba, foi enviado à Assembleia Legislativa,
propondo a criação da Taxa de Fiscalização de Pesca do Rio Piracicaba,
como meio de custear aparato fiscalizador estadual das atividades de pesca do
referido rio. Tendo em vista que os benefícios trazidos por tal fiscalização
atingiriam toda a população das cidades ribeirinhas, o projeto de lei em
questão propunha que a base de cálculo da taxa pelo exercício do poder de
polícia sobre a pesca esportiva fosse o valor venal dos imóveis localizados no
perímetro urbano das cidades, desde que esses imóveis se encontrassem na
zona limítrofe do rio Piracicaba, até a distância máxima de 10 km. O projeto de
lei não foi aprovado pela Assembleia Legislativa, tendo sido arquivado, sob o
fundamento de inconstitucionalidade.
Com base na situação descrita acima, é correto afirmar:
a) Como a competência para instituir taxas pelo exercício do poder de polícia é
exclusiva dos municípios, o projeto de lei deveria ser municipal.
b) A taxa não pode ter base de cálculo idêntica à que corresponda a imposto.
c) A espécie tributária a ser criada deveria ser uma contribuição de melhoria, e
não uma taxa pelo exercício do poder de polícia, tendo em vista os benefícios
trazidos pela fiscalização da pesca às cidades ribeirinhas.
d) A espécie tributária a ser criada deveria ser um imposto estadual com base
de cálculo idêntica à do IPTU, e não uma taxa pelo exercício do poder de
polícia.
e) Nas circunstâncias descritas e pela relevância social do projeto de lei
proposto, somente a União teria competência para instituir um imposto
extraordinário, com a mesma finalidade e com a mesma base de cálculo do
IPTU.
Comentários:
Alternativa A: A competência das taxas é comum, ou seja, podem ser
instituídas pelos Estados, Municípios, DF e União (art. 145, II, da CF).
Alternativa B: Esse é o nosso gabarito! Conforme o parágrafo único do art. 77
do CTN e CF, art. 145, § 2º, as taxas não poderão ter base de cálculo própria
de impostos (valor venal do imóvel é a base de cálculo do IPTU).
Alternativa C: A contribuição de melhoria só poderia ser instituída caso
houvesse uma valorização imobiliária decorrente de obra pública.
Alternativa D: Os Estados não podem instituir impostos fora dos previstos na
sua competência tributária pela CF. Ressaltamos que será objeto de aula
futura a competência da União (e só dela!) para instituir imposto residual. Esse
imposto residual só pode ser instituído por Lei Complementar e não deve
possuir fato gerador ou base de cálculo dos impostos já previstos na CF. (art.
154, I).
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Alternativa E: Outro assunto de aula futura, mas os impostos extraordinários


só podem ser criados pela União na iminência ou no caso de guerra externa
(CF, art. 154, II, CF). Gabarito: B

24. (FCC/ISS SP/2012) A realização de obras públicas, que


transformaram uma região anteriormente pantanosa em um belo e aprazível
parque, ocasionou a valorização da maior parte dos imóveis localizados em
suas proximidades, da seguinte maneira:
- o imóvel "A", que valia R$ 4.000.000,00 antes das obras, teve fator de
absorção do benefício de valorização de 200%, passando a valer R$
12.000.000,00.
- o imóvel "B", que valia R$ 3.000.000,00 antes das obras, teve fator de
absorção do benefício da valorização de 100%, passando a valer R$
6.000.000,00.
- o imóvel "C", que valia R$ 2.000.000,00 antes das obras, teve fator de
absorção do benefício da valorização de 50%, passando a valer R$
3.000.000,00.
- o imóvel "D" não teve valorização alguma em decorrência das obras
realizadas.
Obs.: Todos os quatro imóveis têm a mesma área de terreno e o que
determinou a diferença nos fatores de absorção do benefício da valorização
foram elementos alheios à dimensão do
terreno. O custo total da obra foi orçado em R$ 6.000.000,00 e a referida
contribuição deverá custeá-la integralmente.
Com base nessas informações e considerando que o município em questão
editou lei ordinária estabelecendo a cobrança de contribuição de melhoria para
fazer face ao custo dessa obra, é correto afirmar que
a) os proprietários dos imóveis "A", "B", "C" e "D" deverão pagar contribuição
de melhoria, pois estão na zona beneficiada.
b) os proprietários dos imóveis "A", "B" e "C" deverão pagar contribuição de
melhoria, desde que a fixação das bases de cálculo e dos fatos geradores
respectivos sejam estabelecidos por lei complementar.
c) os proprietários dos imóveis "A", "B" e "C", que tiveram seus imóveis
efetivamente valorizados com a obra, deverão ratear integralmente o valor de
custo da obra, com base na área do terreno de cada um deles, cabendo a cada
um o valor de R$ 2.000.000,00.
d) a municipalidade poderá exigir, cumulativamente, de todos os quatro
proprietários, contribuição de melhoria em valor igual ao da valorização de
seus respectivos imóveis, cabendo ao imóvel "A" pagar R$ 8.000.000,00, ao
imóvel
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"B" pagar R$ 3.000.000,00, ao imóvel "C" pagar R$ 1.000.000,00 e não


cabendo nada a "D", perfazendo um total de R$ 12.000.000,00.
e) a municipalidade poderá exigir do proprietário do imóvel "C" contribuição de
melhoria no valor de R$ 500.000,00, mesmo que seu imóvel tenha sido
valorizado em R$ 1.000.000,00, desde que o limite total da exigência referente
ao custo da obra não ultrapasse R$ 6.000.000,00.
Comentários:
Vejam que essa questão imensa é bastante semelhante à outra questão já
apresentada durante a nossa aula.
A cobrança da questão novamente é o cumprimento dos limites na cobrança da
contribuição de melhoria. Relembrando, devemos observar DOIS limites:
1º) O valor total cobrado dos contribuintes não pode ultrapassar o custo total
da obra: 6 milhões. Esse é o limite TOTAL.
CUIDADO! A soma das valorizações dos imóveis é 12 milhões. Entretanto o
Estado gastou apenas 6 milhões, então ele não pode arrecadar mais do que
gastou, por isso o limite máximo é 6 milhões.
2º) O valor cobrado separadamente de cada imóvel não pode exceder o
montante da respectiva valorização. Por exemplo, no caso do imóvel II, não se
pode exigir mais do que 3 milhões. Esse é o limite INDIVIDUAL.
Assim, vamos às alternativas:
Alternativa A: Incorreta. Como o imóvel “D” não teve valorização em
decorrência da obra, não ocorreu o fato gerador da contribuição de melhoria.
Alternativa B: Incorreta. Não há exigência de Lei Complementar para
instituição de contribuição de melhoria.
Alternativa C: Incorreta. Essa alternativa contém dois erros: 1º) A
valorização do imóvel C (limite individual) é de R$ 1 milhão, por isso não
podem ser cobrados R$ 2 milhões; 2º) Área do terreno não é base de cálculo
para contribuição de melhoria. O rateio do custo da obra é feito com base no
fator individual de valorização de cada imóvel (art. 82, § 1º, CTN).
Alternativa D: Incorreta. Nessa alternativa está sendo cobrado mais do que
foi gasto com a obra, desrespeitando o limite global de R$ 6 milhões.
Alternativa E: Esse é o nosso gabarito! Por eliminação chegaríamos
novamente à resposta ganhando tempo precioso na hora da prova, mas
vejamos como é feito o cálculo do rateio dos valores a serem pagos a título de
contribuição de melhoria:
O imóvel A valorizou 8 milhões e a soma de todas valorizações foi 12 milhões.
Logo, a porcentagem que pode ser cobrada deste imóvel é de 8/12 do gasto
total, o qual é de 6 milhões. Assim temos: (8/12)*6 milhões = 4 milhões.
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O imóvel B valorizou 3 milhões e a soma de todas valorizações foi 12 milhões.


Logo, a porcentagem que pode ser cobrada deste imóvel é de 3/12 do gasto
total, o qual é de 6 milhões. Assim temos: (3/12)*6 milhões = 1 milhão e
meio.
O imóvel C valorizou 1 milhão e a soma de todas valorizações foi 12 milhões.
Logo, a porcentagem que pode ser cobrada deste imóvel é de 1/12 do gasto
total, o qual é de 6 milhões. Assim temos: (1/12)*6 milhões = meio milhão.
Gabarito: E

25. (FGV/ICMS RJ/2011) A respeito das espécies de tributos, é correto


afirmar que
a) a União, os Estados e o Distrito Federal, e os Municípios poderão instituir,
exclusivamente, os seguintes tributos: impostos, taxas e contribuições de
melhoria
b) de acordo com o CTN, considera-se imposto o tributo vinculado a qualquer
atividade estatal específica.
c) A taxa é um tributo não vinculado a uma atuação estatal específica e tem,
como possível fato gerador, o exercício regular do poder de polícia.
d) A instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico
e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, é de competência
exclusiva da União.
e) A contribuição de melhoria é tributo cobrado em função da realização de
obras e prestação de serviços.
Comentários:
Alternativa A: Incorreto, pois de acordo com a Teoria Pentapartida também
são espécies tributárias os empréstimos compulsórios, de competência
exclusiva da União, e as contribuições especiais. Estas últimas, em regra, são
de competência da União, com exceção da contribuição social a ser cobrada
dos servidores de cargos efetivos dos Estados, Distrito Federal e Municípios
para custeio do regime previdenciário, de competência dos respectivos entes,
e da COSIP, de competência do DF e municípios.
Alternativa B: “considera-se imposto o tributo não vinculado a qualquer
atividade estatal específica.”
Alternativa C: “A taxa é um tributo não vinculado a uma atuação estatal
específica (...)”.
Alternativa D: Essa assertiva é gabarito da questão, embora não esteja
perfeitamente correta. Ela abordou a regra geral, mas é preciso lembrar que os
demais entes federados podem cobrar contribuição social de seus servidores
para custeio, em benefício destes, do regime previdenciário.
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Alternativa E: A contribuição de melhoria é tributo cobrado em função da


realização de obras das quais decorra valorização imobiliária e
prestação de serviços. Gabarito: D

26. (FGV/ICMS RJ/2009) Em relação às espécies tributárias, assinale a


afirmativa incorreta.
a) Compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de atuação nas
respectivas áreas.
b) Os impostos são tributos não vinculados a quaisquer atividades estatais
relacionadas ao contribuinte, sendo vedada a vinculação de suas receitas a
órgãos, fundos ou despesas, salvo exceções constitucionalmente previstas.
c) A contribuição de melhoria é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.
d) As taxas, cobradas em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição, não poderão ter base de
cálculo própria de impostos.
e) A União poderá instituir, mediante lei ordinária, impostos extraordinários,
compreendidos ou não em sua competência tributária, na iminência ou no caso
de guerra externa, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as
causas de sua criação.
Comentários:
Alternativa A: Afirmativa incorreta, pois compete exclusivamente à União
instituir contribuições de intervenção no domínio econômico e de
interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento
de atuação nas respectivas áreas (CF, art. 149). Vale lembrar que Estados, DF
e Município têm competência para instituir contribuição, cobrada de seus
servidores, para custeio, em benefício destes, do regime previdenciário.
Alternativa B: Correta, conforme a CF, art. 167, IV.
Alternativa C: Correta, conforme o CTN, art. 81.
Alternativa D: Correta, conforme a CF, art. 145, II e § 2º.
Alternativa E: Correta, conforme a CF, art. 154, II. Estudaremos em aula
futura. Gabarito: A
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27. (FCC/ICMS RO/2010) Sobre as características das espécies de


tributos, é correto afirmar que:
a) imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma
atividade estatal.
b) taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma obra
pública
c) contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a uma prévia
atividade estatal, qual seja, obra pública.
d) o empréstimo compulsório é um tributo de competência comum e pode ser
instituído por medida provisória em caso de investimento urgente.
e) a contribuição para custeio do serviço de iluminação pública é de
competência exclusiva dos Estados e do Distrito Federal.
Comentários:
Alternativa A: É o contrário: o imposto é tributo não vinculado.
Alternativa B: As taxas são devidas em razão da prestação de um serviço
público específico e divisível ou pelo exercício regular do poder de polícia.
ATENÇÃO: a contribuição de melhoria não tem como fato gerador uma obra
pública, mas sim a valorização imobiliária decorrente de uma obra pública.
Alternativa C: Correta, pois, assim como a taxa, a contribuição de melhoria é
um tributo vinculado a uma atividade estatal específica relativa ao
contribuinte, isto é, uma obra pública que acarrete valorização imobiliária.
Alternativa D: Há dois graves erros nessa alternativa: a competência para
instituição de empréstimo compulsório é exclusiva da União e a CF exige que
sua criação seja por meio de lei complementar.
Alternativa E: A competência para instituição da COSIP é dos Municípios e do
Distrito Federal, e não dos Estados (art. 149-A, CF). Gabarito: C

28. (FCC/ICMS SP/2009) Os Empréstimos Compulsórios


a) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, não
sendo necessária, nesses casos, a observância ao princípio da anterioridade.
b) poderão ser instituídos no caso de investimento público de caráter urgente
e de relevante interesse nacional, não sendo necessária, nesse caso, a
observância ao princípio da anterioridade.
c) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, observando-se a competência material de cada um desses entes
políticos
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d) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas as causas


de sua criação.
e) têm, em decorrência das razões de urgência e de relevância para sua
instituição, a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo Compulsório
desvinculada da despesa que fundamentou sua instituição.
Comentários:
Alternativa A: Esse já é o nosso gabarito! Somente nesses casos (calamidade
pública, de guerra externa ou sua iminência) não é necessário observar o
princípio da anterioridade.
Alternativa B: No caso de investimento público de caráter urgente e de
relevante interesse nacional, é necessária a observância ao princípio da
anterioridade.
Alternativa C: A instituição de empréstimos compulsórios é competência
EXCLUSIVA da UNIÃO!
Alternativa D: CUIDADO! Essa regra refere-se aos Impostos Extraordinários
de Guerra (art. 76, CTN: o qual detalharemos em aula futura) e não aos
Empréstimos Compulsórios!
Alternativa E: Conforme parágrafo único do art. 148, CF: a aplicação dos
recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa
que fundamentou sua instituição. Gabarito: A

29. (FGV/ICMS RJ/2008) O Estado do Rio de Janeiro decidiu instituir


tributo relativo à construção de rede de esgotos, com lançamento ao mar por
emissário submarino construído com dotação orçamentária específica. O
tributo aludido:
a) só poderá ser uma contribuição de melhoria.
b) não poderá ser instituído, por ser devida, no caso, apenas a cobrança de
tarifa.
c) é de competência privativa conforme classificação doutrinária.
d) deve ser imposto, uma vez que tal serviço não é específico nem divisível.
e) só poderá ser uma taxa, por vinculado à prestação de serviço específico e
divisível.
Comentários:
Essa questão exige análise da nossa parte, não é simples “letra da lei”. O
enunciado afirma que o Estado do Rio deseja instituir um tributo relacionado à
construção de rede de esgotos e afirma que há dotação orçamentária
específica.
Bom, se falou em construir alguma coisa e associou a tributo, devemos logo
associar essas informações à “contribuição de melhoria”. Vamos pensar se
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poderia ser instituída taxa para este serviço. Lembremos que a taxa serve para
financiar serviços públicos “específicos e divisíveis”. Esgoto é divisível? Não!
Logo, não pode ser cobrada taxa nesse caso. E imposto, poderia ser criado?
Não, pois o imposto não é um tributo vinculado a uma atividade específica.
Já a contribuição de melhoria é, sim, um tributo que se encaixa na necessidade
do Estado na situação mencionada. Tem como fato gerador obras de que
decorram valorização imobiliária. É provável que a construção valorize os
imóveis da região beneficiada e, nesse caso, poderá ser instituído esse tributo,
de acordo com os preceitos legais. As outras espécies tributárias, empréstimos
compulsórios e contribuições especiais, também não se encaixam na situação
mencionada.
Assim, verificamos que a alternativa “a” está correta. Você pode estar se
questionando: “mas o enunciado não deveria ter falado que houve valorização
imobiliária para marcamos essa opção?”. Ocorre que você deve ser cuidadoso
(a) nesse tipo de questão para não perder um ponto de bobeira. Veja que a
alternativa diz que esse tributo “só poderá” ser contribuição de melhoria e
poderá ser se atender às exigências do art. 81 do CTN.
Com a nossa análise, eliminamos as outras opções. No caso da assertiva “c”,
veja que não se trata de competência privativa, já que a contribuição de
melhoria pode ser instituída por todos os entes de acordo com suas
competências. Gabarito: A

30. (FCC/ICMS SP/2009) A respeito das contribuições sobre o domínio


econômico, é correto afirmar que:
a) a sua hipótese de incidência é vinculada à atuação estatal, devendo atingir
o particular de modo específico e divisível.
b) incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
c) incidirão sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços.
d) deve ser instituída por lei complementar, em razão de sua natureza
excepcional.
e) a lei que a institui deverá indicar prazos e condições em que os valores
serão restituídos.
Comentários:
Alternativa A: As CIDES são tributos não vinculados, tal qual os impostos, ou
seja, não estão vinculadas a qualquer atividade estatal específica.
Alternativa B: Conforme o art. 149, § 2º, I, CF, as contribuições sociais e as
CIDEs não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
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Alternativa C: Essa é a nossa resposta. Conforme art. 149, § 2º, II da CF, as


contribuições sociais e as CIDES incidirão também sobre a importação de
produtos estrangeiros ou serviços.
Alternativa D: A instituição de CIDEs pode ser feita por meio de Lei Ordinária,
não havendo da necessidade de Lei Complementar.
Alternativa E: Essa característica de restituição dos valores arrecadados
refere-se aos Empréstimos Compulsórios e não às CIDEs. Gabarito: C
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31. (FCC/ICMS RO/2010) Para se identificar a natureza jurídica específica


de um tributo considera-se, em regra,
a) A validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes
b) Os efeitos dos atos jurídicos efetivamente ocorridos
c) A denominação e demais características formais adotadas pela lei.
d) O fato gerador da respectiva obrigação tributária
e) A destinação legal do produto de sua arrecadação
Comentários:
Conforme art. 4º do CTN, na regra geral, é pelo fato gerador que se determina
a natureza jurídica do tributo, não importando o nome que a lei lhe atribuiu
(denominação), nem a destinação do produto da arrecadação. Esta regra
geral é válida para taxas, impostos e contribuições de melhoria.
A presente questão nós já conseguimos responder tranquilo. Mas cuidado:
relembramos que, no caso das contribuições especiais e empréstimos
compulsórios, é necessário também que se faça a verificação da
destinação legal da arrecadação. Gabarito: D

32. (FJPF/ICMS RO/2006) É característica das espécies tributárias:


a) os impostos são tributos vinculados a órgãos, fundos ou despesas
b) os empréstimos compulsórios podem se prestar à absorção temporária do
poder aquisitivo da população
c) as contribuições de intervenção no domínio econômico têm por fato gerador
o exercício potencial do poder de polícia
d) as taxas podem ter como fato gerador a prestação de serviço público não
utilizado efetivamente pelo contribuinte
e) as contribuições de melhoria podem ser instituídas e exigidas em caso de
valorização do patrimônio mobiliário do contribuinte
Comentários:
Alternativa A: Incorreta. É o contrário: o imposto é tributo não vinculado.
Alternativa B: Incorreta. CUIDADO! A absorção temporária de poder
aquisitivo consta no art. 15 do CTN como uma das hipóteses autorizativas de
empréstimo compulsório. Contudo, esse inciso não foi recepcionado pela
CF/88. Conforme o art. 148 do texto constitucional, as hipóteses de cobrança
de empréstimos compulsório são as seguintes:
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Investimento público urgente e de


relevante interesse nacional

EMPRÉSTIMOS
COMPULSÓRIOS Guerra externa (ou sua iminência)

Calamidade pública

Alternativa C: Incorreta. Conforme o art. 145, II, CF, é a taxa de polícia que
tem por fato gerador o exercício do poder de polícia (exercício este que deve
ser regular e não potencial).
prestado ao
Efetiva de específico contribuinte
Taxa pela OU serviço E divisível OU
UTILIZAÇÃO potencial público posto à sua
U, disposição
E,
DF
e
M
Taxa pelo EXERCÍCIO regular do poder de polícia.

Alternativa D: Correta. Conforme o esquema acima, as taxas de serviço


podem sim ser cobradas em razão da utilização potencial de serviço público
posto à disposição do contribuinte.
Alternativa E: Incorreta. “as contribuições de melhoria podem ser instituídas
e exigidas em caso de valorização do patrimônio mobiliário imobiliário do
contribuinte decorrente de obra pública”. Gabarito: D

33. (FCC/Analista Legislativo - AL PE/2014) É taxa decorrente da


prestação de serviço público passível de ser validamente cobrada:
a) pedágio cobrado por Concessionários de rodovias, no regime da Lei de
Concessões (Lei nº 8.987/1995).
b) custas processuais.
c) taxa de fiscalização e funcionamento de estabelecimentos.
d) taxa de fiscalização de anúncios.
e) taxa de pavimentação asfáltica cobrada dos munícipes em geral de
determinado Município.
Comentários:
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Questão em que é necessário conhecer a jurisprudência: conforme o STF, os


valores cobrados a título de custas processuais e emolumentos judiciais e
extrajudiciais são tributos da espécie taxa (ADI nº. 1.444). Vejamos as demais
alternativas.
Alternativa A: A concessão de serviço público é quando o Estado atribui o
exercício de um serviço público a alguém que aceita prestá-lo em nome
próprio, por sua conta e risco, nas condições fixadas e alteráveis
unilateralmente pelo Poder Público, remunerando-se pela própria exploração
do serviço mediante tarifas cobradas diretamente dos usuários do serviço.
Assim, temos que o pedágio é um preço público (tarifa).
Alternativa C e D: Não se trata de taxa decorrente da prestação de serviço
público, mas sim decorrente do exercício regular do poder de polícia.
Alternativa E: Essa taxa seria inconstitucional, pois não se trata de serviço
público específico e divisível. Gabarito: B

34. (FCC/ICMS SP/2013) Com respeito à disciplina legal das taxas, é


a) inconstitucional a taxa cobrada em razão da prevenção de incêndios,
porquanto instituída como contraprestação a serviço não divisível.
b) inconstitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais
elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não
haja integral identidade entre uma base e outra.
c) inconstitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos
provenientes de imóveis.
d) constitucional a cobrança da taxa decorrente do poder de polícia em que
haja a manutenção, pelo sujeito ativo, de órgão de controle em
funcionamento, ficando restrita a cobrança aos contribuintes cujos
estabelecimentos foram efetivamente visitados pela fiscalização.
e) constitucional a cobrança de taxa de fiscalização ambiental sobre o mesmo
fato gerador pela União e por Estado, pois ambos têm competência para
exercer a fiscalização desta atividade, haja vista se tratar de competência
comum, exercida concomitantemente por todos entes políticos.
Comentários:
Alternativa A: O STF já se posicionou pela constitucionalidade da taxa de
prevenção de incêndios: “É legítima a cobrança da Taxa cobrada em razão da
prevenção de incêndios, porquanto instituída como contraprestação a serviço
essencial, específico e divisível.” (AI 677.891).
Alternativa B: Nessa alternativa, a FCC copiou o texto da Súmula Vinculante
29 e trocou a palavra constitucional por inconstitucional, tornando a assertiva
errada.
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Alternativa C: Nessa alternativa, a FCC copiou o texto da Súmula Vinculante


19 e trocou a palavra constitucional por inconstitucional, tornando a assertiva
errada.
Alternativa D: Conforme o STF, é presumido o exercício do poder de polícia
quando existente a estrutura do órgão fiscalizador e este estiver em pleno
funcionamento. Ou seja, para ser cobrada a taxa, não se exige a ocorrência
de efetiva fiscalização ao contribuinte.
Alternativa E: Este é o nosso gabarito. Essa alternativa é considerada difícil
por ser necessário conhecer uma decisão do STF (não é uma Súmula).
Entretanto, a eliminação das demais alternativas é bem tranquila, não é? Mas
vamos explicar a letra E: as atividades de fiscalização ambiental exercidas pela
União e pelo estado não se sobrepõem e, portanto, não ocorre bitributação (RE
602.089). Gabarito: E

35. (FCC/ISS SP/2012) Um contribuinte deixou de emitir o documento


fiscal referente a uma prestação de serviço tributada pelo ISS, tributo de
competência municipal, e, como consequência, foi-lhe aplicada penalidade
pecuniária pelo descumprimento dessa obrigação acessória (art. 230, caput,
inciso V, alínea "a" do Decreto Municipal 52.703/11)
Essa penalidade pecuniária
a) é imposto, pois está prevista na legislação do ISS.
b) não é imposto, mas é tributo, em sentido amplo, pois tem natureza
compulsória.
c) é tributo, porque é cobrado por meio de atividade vinculada, conforme
estabelece o Código Tributário Nacional.
d) não é tributo, pois sanção pelo cometimento de ato ilícito não pode ser
definida como tributo.
e) é taxa, pois tem a finalidade de ressarcir o erário pelo dano causado pelo
descumprimento de uma obrigação acessória.
Comentários:
Gente a questão fala que será aplicada uma penalidade pecuniária, ou seja,
uma sanção pelo descumprimento da norma tributária. Como vimos, tributo
não pode ser sanção! Logo estão incorretas de cara as letras B e C que
afirmam se tratar de tributo.
Nas letras A e E temos espécies de tributos. Ora se a penalidade não é um
tributo, ela não pode ser uma das espécies de tributos! Logo, nossa alternativa
correta é a letra D, que está perfeita. Gabarito: D
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36. (FCC/Analista de Controle - TCE PR/2011) A contribuição de


melhoria
a) Tem por finalidade gerar receita para realização de obra pública que deverá
ser concluída até o exercício financeiro seguinte ao da sua arrecadação.
b) Tem como base de cálculo o acréscimo de valor que a obra resultar para
cada imóvel beneficiado, que representa o limite individual para cobrança
desse tributo.
c) Tem por fato gerador serviço público ou obra pública que gere valorização
imobiliária, tal qual o serviço de pavimentação asfáltica e o serviço de
saneamento básico.
d) Tem sua instituição por competência concorrente dos Estados, Distrito
Federal e Municípios.
e) Pode ser exigida antes, durante ou depois da realização da obra pública ou
do serviço, por se tratar de um tributo de receita vinculada.
Comentários:
Alternativa A: O fato gerador da contribuição de melhoria é a valorização
imobiliária decorrente de obra pública. Assim, o objetivo desse tributo é fazer
retornar ao poder público o valor gasto com a obra, e não angariar valores
para executá-la.
Alternativa B: Esse é o nosso gabarito. Conforme o art. 81 do CTN, tem-se
que a base de cálculo é o quanto de valorização que o imóvel apresentar.
Alternativa C: A contribuição de melhoria não tem como fato gerador serviços
públicos; apenas valorização imobiliária decorrente de obras públicas.
Alternativa D: A competência para instituição da contribuição de melhoria é
comum, podendo ser criada pela U, E, DF, M.
Alternativa E: Antes da obra não se pode aferir se houve valorização
imobiliária, logo não há fato gerador para cobrança de contribuição de
melhoria. Gabarito: B

37. (FGV/OAB/2015) Em 17/07/2014, o Tribunal de Justiça do Estado X


da Federação instituiu, por meio de Provimento da Corregedoria Geral da
Justiça, as custas judiciais e os emolumentos cartorários vigentes a partir da
data da publicação. Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.
a) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de
preço público e, portanto, não estão sujeitos às limitações constitucionais ao
poder de tributar.
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b) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de


taxa de serviço. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os
princípios da legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal.
c) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de
contribuição social. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os
princípios da legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal.
d) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de
taxa de poder de polícia. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral
viola os princípios da legalidade e da anterioridade de exercício.
Comentários:
Questão em que é necessário conhecer a jurisprudência: conforme o STF, os
valores cobrados a título de custas processuais e emolumentos judiciais e
extrajudiciais são tributos da espécie taxa, decorrente da prestação de serviços
públicos específicos e divisíveis (ADI nº 1.444).
Logo, em virtude de serem tributos, as custas judiciais e os emolumentos
devem obediência aos princípios tributários da legalidade, da anterioridade de
exercício e da anterioridade nonagesimal. Gabarito: B

38. (FGV/ISS Cuiabá/2014) Assinale a opção que apresenta elemento


estranho ao conceito legal de tributo.
a) Prestação compulsória.
b) Prestação pecuniária.
c) Prestação com natureza de sanção.
d) Prestação cobrada mediante atividade administrativa vinculada.
e) Prestação instituída em lei.
Comentários:
A definição legal de tributo é dada pelo art. 3º do CTN. Para ser considerada
tributo, a prestação deve se enquadrar em todas as características abaixo
desmembradas:
prestação

pecuniária

compulsória
TRIBUTO
é toda
em moeda ou cujo valor nela se possa

exprimir que não constitua sanção e de

ato ilícito
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i stituída em
n lei

cobrada mediante atividade administrativa


plenamente vinculada

Com isso já percebemos que o gabarito é a letra D, mas vamos agora


aproveitar as alternativas para revisar as características dos tributos:
Alternativa A: Correta. “Compulsória”  por ser uma receita
derivada, o tributo tem caráter obrigatório.
Alternativa B: Correta. “Prestação pecuniária”  significa que o
tributo é algo que deve ser pago em dinheiro, não em serviços ou bens.
Alternativa C: Incorreta. “Não constitua sanção de ato ilícito” 
significa que o dever de pagar tributo decorre do acontecimento do fato
gerador, que é uma situação prevista na lei instituidora do tributo.
Assim, o dever de pagar tributo não pode ser confundido com uma
punição / sanção ao contribuinte. Por essa razão, tributo e multa
apresentam naturezas distintas.
Alternativa D: Correta. “cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada”  A autoridade tributária
não pode analisar se é conveniente e oportuno cobrar o tributo. Ou
seja, não há nenhuma discricionariedade na cobrança de tributos.
Alternativa E: Correta. “instituída em lei”  essa característica é
decorrência do tributo ser compulsório, pois, conforme a Constituição
Federal: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão
em virtude da lei” (CF, art.
5º, II). Os atos infralegais, isto é, hierarquicamente abaixo das leis,
como os decretos, não podem instituir tributos. Essa é uma regra
sem exceção! CUIDADO! Embora não haja exceções à essa regra na
criação de tributos, existem exceções na alteração das alíquotas,
conforme detalharemos na
próxima aula.
Gabarito: C

39. (FGV/ISS Cuiabá/2014) É sabido que todos os tributos têm


função arrecadatória, ainda que alguns tenham mais acentuada
função extrafiscal,
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buscando, assim, objetivos outros que não apenas o de arrecadar receitas


públicas.
Assinale a opção que indica o tributo com função extrafiscal mais acentuada
a) Taxa para a expedição de Alvará de Localização.
b) Imposto Sobre Serviços.
c) Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis e Doação.
d) Imposto de Importação
e) Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.
Comentários:
Relembrando nosso esquema sobre tributos extrafiscais:
TRIBUTOS TRIBUTOS
TRIBUTOS
FISCAIS
EXTRAFISCAIS PARAFISCAIS
Objetiva
Objetiva
principalmente: A instituidora do
principalmente:
arrecadar recursos tributo atribui a
intervir em uma
financeiros disponibilidade dos
situação social ou
econômica. recursos arrecadados
Ex.: IR, IPTU, ICMS, a entidade distinta.
Ex.: II, IE, IOF, IPI
IPVA, ITBI, ISS
Ex: Contribuição ao
CREA.

ATENÇÃO: tanto a finalidade fiscal como a extrafiscal estão presentes com


alguma intensidade em todos os tributos. Na finalidade extrafiscal, o tributo
pode ser utilizado para regular a economia, interferir na produção e no
consumo e nas atividades financeiras, incentivando ou desestimulando
setores da
economia. Gabarito: D

40. (FGV/Auditor - AL BA/2014) Com referência às taxas, assinale a


afirmativa correta.
a) Atendem precipuamente ao interesse privado do usuário em determinado
serviço.
b) Remuneram serviço público uti universi, que a Administração presta para
atender à comunidade.
c) Deve ser observado o valor do serviço e a sua efetiva utilização pelo
particular.
d) Têm por fonte a vontade da pessoa em receber determinado serviço público.
e) Sua base de cálculo está vinculada a uma atuação estatal.
Comentários:
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Alternativa A: Incorreta. A taxa não atende ao interesse privado, mas sim ao


interesse público, pois visa remunerar uma atuação Estatal em favor do
contribuinte.
Alternativa B: Incorreta. O STF consagrou o entendimento de que as
atividades ou serviços gerais do Estado (universais, prestados “uti universi”)
devem ser financiados com impostos, e não com taxas, por não constituírem
serviços públicos específicos e divisíveis. Assim, apenas os serviços públicos
específicos (singulares, prestados “uti singuli”) devem ser financiados por meio
das taxas (ADI 1.942, ADI 2.424).
Alternativa C: Incorreta. Pela leitura do disposto no CTN, percebemos que o
fato gerador das taxas é dividido em duas espécies, havendo a taxa de serviço
e a taxa de polícia:
prestado ao
Efetiva de específico contribuinte
Taxa pela OU serviço E divisível OU
UTILIZAÇÃO potencial público posto à sua
U, disposição
E,
DF
e
M
Taxa pelo EXERCÍCIO regular do poder de polícia.

No que se refere à taxa de serviço, no caso de serviços de utilização


compulsória que sejam colocados à disposição do contribuinte, a utilização do
serviço pode ser potencial por parte do usuário-contribuinte (CUIDADO!!
Repare no esquema acima que os atributos “efetiva” e “potencial” referem-se à
utilização, e não ao serviço!!).
Perceba que não basta o Estado ter a incumbência de prestar o serviço, mas
sim é necessário que o serviço exista efetivamente, em condições
razoáveis de utilização. Mas não há necessidade de efetiva utilização do serviço
pelo particular, por isso incorreta a alternativa.
Alternativa D: Incorreta. A fonte da cobrança da taxa é a lei que a instituiu e
não a vontade da pessoa que receber o serviço.
Alternativa E: Correta. Tanto as Taxas e como a Contribuição de Melhoria
apresentam os fatos geradores relacionados com alguma atividade
estatal: serviço público específico e divisível ou exercício regular do
poder de polícia (taxas) e valorização imobiliária decorrente de obra
pública (contribuição de melhoria). Assim, pode-se dizer que as taxas e
contribuições de melhoria são tributos contraprestacionais (ou vinculados),
pois a obrigação de pagar está vinculada ao momento em que o Estado realiza
alguma atividade em direção ao contribuinte. São também chamadas de
retributivas.
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TAXAS e CONTRIBUIÇÕES
IMPOSTOS
DE MELHORIA
•Fato do Contribuinte • Fato do Estado (da Adm.
• Não vinculado Pública)
• Não contraprestacional • Vinculadas
• Caráter contributivo • Contraprestacionais
• Caráter retributivo

Gabarito: E

41. (FGV/Auditor - AL BA/2014) A Prefeitura do Município Beta pretende


cobrar contribuição de melhoria pela obra que realizou e que veio a valorizar
os imóveis situados no município vizinho, limítrofe ao Município Beta.
Neste caso, é
a) cabível a cobrança da contribuição de melhoria em função da existência de
obra pública e de valorização imobiliária.
b) cabível a cobrança da contribuição, desde que o Município Beta seja
autorizado pelo Legislativo do Município vizinho.
c) incabível a cobrança da contribuição, dado que a valorização dos imóveis no
município vizinho representa reflexo indireto da obra.
d) incabível a cobrança da contribuição, que cabe ao ente político que tiver a
atribuição administrativa para realizar a obra em seu respectivo território.
e) cabível a cobrança da contribuição, que fica sujeita à verificação pela
autoridade do município limítrofe da valorização imobiliária.
Comentários:
Questão resolvida pela doutrina. Conforme Eduardo Sabbag (Manual de Direito
Tributário, p. 479, editora Saraiva, 6 ed., 2014):
“Não se pode cobrar tributo fora da área territorial de competência da pessoa
política, independentemente da zona de influência. A exigência deve se limitar
ao território da entidade tributante, sob pena de se veicular uma
extraterritorialidade, somente admissível por lei complementar ou convênio,
conforme o art. 102 do CTN.”
Percebam que na questão o imóvel valorizado está situado no Município
vizinho. Assim, é incabível a cobrança da contribuição, em virtude de o
Município Beta não ser competente para realizar a cobrança em território de
outro município. Gabarito: D
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42. (FGV/Advogado - AL MA/2013) O Prefeito do município de Presal,


preocupado com as finanças municipais, busca aconselhamentos com seus
partidários para reforçar o caixa local diante das múltiplas demandas dos
munícipes, não suportando o tesouro as despesas extraordinárias que tais
pleitos acarretariam ao já combalido orçamento anual.
Após diversas sugestões, resolve apresentar projeto de lei, remetendo‐o à
Câmara municipal para a criação de empréstimo compulsório.
Nos termos das normas constitucionais que regem a repartição de
competências tributárias, assinale a afirmativa correta.
a) O referido tributo é daqueles que podem ser instituídos pela União, Estados
e municípios.
b) No regime de competência tributárias é típico tributo estadual.
c) É da competência da União a instituição de empréstimos compulsórios.
d) Autorizado por lei complementar pode o município instituir o tributo.
e) O tributo é residual e de competência dos territórios.
Comentários:
Alternativas A e B: Incorretas. Conforme o art. 148 da CF, o empréstimo
compulsório é de competência exclusiva da União.
Alternativa C: Correta, conforme visto no comentário acima.
Alternativa D: Incorreta. Conforme o art. 148 da CF, se a União desejar
instituir o empréstimo compulsório, deverá fazê-lo por lei complementar.
Contudo, como vimos acima, a competência para instituição do empréstimo
compulsório é exclusiva da União. Estudaremos a competência tributária na
aula
01, mas saiba desde já que a competência tributária é indelegável e
intransferível:

atribuído pela CF a um ente político

para instituir determinado tributo

indelegável e intransferível
Competência
Tributária
é o poder:
irrenunciável e inalterável

imprescritível

facultativo
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Alternativa E: Incorreta. O empréstimo compulsório não é tributo residual,


pois trata-se de tributo previsto na CF (não é um novo tributo). Novamente
vamos repetir para que grude no seu cérebro: conforme o art. 148 da CF, o
empréstimo compulsório é de competência exclusiva da União.
A competência residual, por sua vez, é o poder da União de criar (1) novos
impostos (art. 154, I, CF) e (2) novas contribuições da seguridade social
(art. 195, § 4º, CF) além dos casos previstos na CF, devendo respeitar alguns
requisitos:

Competência da União

Instituição por Lei Complementar


COMPETÊNCIA
RESIDUAL Pode ser instituído a qualquer tempo

Inovação quanto ao fato gerador e base de cálculo

Respeito ao princípio da não cumulatividade

Gabarito: C

43. (FGV/Juiz - TJ AM/2013) Assinale a alternativa que melhor sintetiza


as distinções entre as espécies tributárias indicadas.
a) O imposto pressupõe um ato do Poder Público, assim como a taxa, sendo
distintos os fatos geradores dos dois tributos, mas não as bases de cálculo.
b) O imposto pressupõe um ato do contribuinte, assim como a taxa, sendo
distintas as bases de cálculo, mas não os fatos geradores.
c) O imposto pressupõe um ato do Poder Público, assim como a taxa, sendo
distintas as bases de cálculo dos dois tributos, mas não os fatos geradores.
d) O imposto pressupõe um ato do contribuinte, assim como a taxa, sendo
distintos os fatos geradores dos dois tributos, mas não as bases de cálculo.
e) O imposto pressupõe um ato do contribuinte e a taxa pressupõe um ato do
Poder Público, sendo distintos os fatos geradores e as bases de cálculo dos dois
tributos.
Comentários:
Para responder a essa questão, devemos nos lembrar da diferença entre
tributos vinculados (caso das taxas e contribuições de melhoria), que
para serem cobrados dependem de uma atividade estatal específica, e
tributos não vinculados (caso dos impostos), que independem de uma
atividade estatal específica prestada ao contribuinte.
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Em geral, o fato gerador dos impostos ocorre em função de um ato do


contribuinte, uma manifestação de riqueza, como obtenção de renda (IR) e
propriedade de veículo automotor (IPVA).
Já o fato gerador das taxas e contribuições de melhoria ocorre em função
de atos do Poder Público, como prestação de serviço específico e divisível ou
exercício regular do Poder de Polícia (taxas) e obras públicas das quais
decorram valorização imobiliária (contribuição de melhoria).
Sobre a base de cálculo, o art. 145, § 2º, da CF determina que as taxas não
poderão ter base de cálculo própria de impostos. Gabarito: E

44. (FGV/ICMS RJ/2010) Em relação às normas constitucionais relativas


às contribuições previdenciárias, examine as afirmativas a seguir.
I. A seguridade social será financiada, dentre outras, por contribuições a cargo
do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos
ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, desde
que com vínculo empregatício.
II. As contribuições do empregador, da empresa e da entidade a ela
equiparada poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão
da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da
empresa ou da condição estrutural do mercado de
trabalho. III. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as
contribuições incidentes sobre a receita ou faturamento serão não-cumulativas.
Assinale:
a) se todas as afirmativas estiverem corretas.
b) se somente afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
Comentários:
Item I: O art. 195 da CF diz que a Seguridade Social – que compreende os
direitos relativos à saúde, previdência e assistência social – será financiada por
toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante
recursos provenientes dos orçamentos dos entes federados e de contribuições
sociais devidas por:
1- Empregador / Empresa sobre
a- salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
empregatício;
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b- receita ou faturamento;
c- lucro.
2- Do trabalhador / demais segurados da Previdência Social
3- Receita de concurso de prognósticos;
4- Importador de bens ou serviços do exterior (ou de quem a lei a ele
equiparar).
Portanto, incorreto o item I, pois a referida contribuição independe de vínculo
empregatício.
Item II: Correto, de acordo com o art. 195 da CF, § 9º.
Item III: Correto, de acordo com a CF, art. 195, § 12. Gabarito: D
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45. (FCC/ISS SP/2007) Para que uma prestação pecuniária compulsória


possa ser conceituada como tributo, é preciso que, além de ser cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada, tenha como objeto
a) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou não
sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei.
b) unicamente moeda corrente, não constitua sanção de ato ilícito e esteja
instituída em lei.
c) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção
de ato ilícito e esteja instituída em lei.
d) unicamente moeda corrente, constitua ou não sanção de ato ilícito e esteja
instituída em lei.
e) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção
de ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária.
Comentários:
Para que uma prestação pecuniária compulsória seja conceituada como tributo,
é preciso que atenda todas as exigências do art. 3º do CTN: pecuniária;
compulsória; em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir; que não
constitua sanção de ato ilícito; instituída em lei; cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.
Por esse motivo, apenas a letra C está correta. Gabarito: C

46. (FCC/Procurador - Teresina/2010) A partir do conceito legal de


tributo, é possível afirmar que a multa NÃO é espécie de tributo porque o
tributo:
a) tem que ser instituído mediante lei, ao passo que a multa não se reveste
desta obrigatoriedade.
b) é cobrada mediante atividade administrativa vinculada, enquanto a multa
pode ser aplicada de forma discricionária pelo poder público.
c) Não é sanção por ato ilícito e a multa é sanção pecuniária por prática de ato
ilícito
d) É prestação pecuniária compulsória, ao passo que a aplicação da multa não
é compulsória, dependendo de condenação administrativa.
e) Pode ser objeto de compensação, anistia e remissão, ao contrário da multa,
que só pode ser objeto de anistia.
Comentários:
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Questão boa para treinarmos as diferenças e semelhanças entre tributos e


multas!
Alternativa A: Lembram que, conforme a CF, ninguém será obrigado a fazer
ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei? Por isso tanto o tributo como
a multa devem ter previsão legal para serem exigidos.
Alternativa B: A cobrança, tanto do tributo como da multa, é uma atividade
vinculada. A autoridade fiscal não pode fazer uso da conveniência e
oportunidade e alterar o valor devido de acordo com a lei.
Alternativa C: Aqui temos exatamente o elemento diferenciador entre tributo
e multa: a sanção por ato ilícito.
Alternativa D: Ambos são de prestação obrigatória, isto é, compulsórios.
Alternativa E: Esse assunto será objeto de aula futura, mas não vamos deixar
você curioso(a)! O tributo pode ser objeto de compensação e remissão,
entretanto não pode ser objeto de anistia, a qual consiste em forma de
exclusão do crédito tributário relativo apenas à penalidade pecuniária (art.
170, CTN). Além disso, a multa pode ser objeto de compensação e remissão,
além da anistia (art. 172, CTN).
Em resumo:
- TRIBUTO pode ser objeto de COMPENSAÇÃO e REMISSÃO.
- TRIBUTO não pode ser objeto de ANISTIA.
- MULTA pode ser objeto de COMPENSAÇÃO, REMISSÃO e ANISTIA.
Gabarito: C

47. (FCC/Procurador-SE/2005) A natureza jurídica do tributo é


determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo
a) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características
formais adotadas pela lei
b) relevante para qualificá-la apenas a destinação legal do produto da
arrecadação
c) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características
formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação
d) relevante para qualificá-la apenas a correta destinação do valor arrecadado
e) irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características
formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação
Comentários:
Essa questão é para o conhecimento grudar na sua cabeça mesmo! 
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Como o enunciado não menciona nenhuma espécie de tributo, está sendo


cobrada a literalidade do art. 4º do CTN.
A resposta correta é a E. Nas outras alternativas, a banca utilizou os incisos do
mesmo artigo, fazendo pegadinhas com as palavras. Gabarito: E

48. (FCC/Auditor TCE PB /2006) À luz da Constituição Federal vigente, a


destinação do produto da arrecadação do tributo é:
a) irrelevante em qualquer hipótese
b) relevante, em se tratando de taxa de segurança pública
c) relevante, em se tratando de empréstimo compulsório
d) relevante, em se tratando de imposto.
e) irrelevante, em se tratando de contribuição confederativa
Comentários:
Agora sim temos uma questão em que a literalidade do CTN não basta para
acertarmos! Nesse caso, o enunciado não faz referência ao CTN, mas sim à
CF/88. Além disso, a questão informou nas alternativas nomes de espécies
tributárias.
Como vimos, a regra geral o art. 4º do CTN será suficiente apenas para
impostos, taxas e contribuições de melhoria. Já, no caso dos empréstimos
compulsórios e contribuições especiais, deve ser feita também a análise
do
destino do produto da arrecadação do imposto. Gabarito: C

49. (FCC/Agente Legislativo SP/2010) Existem inúmeras classificações


para os tributos. Duas podem ser citadas como muito usuais. A primeira
considera o tributo como vinculado e não vinculado. A outra considera o tributo
quanto à destinação específica do produto da arrecadação.
Recebe a classificação como não vinculado e sem destinação específica do
produto da arrecadação
a) o imposto.
b) a taxa.
c) a contribuição de melhoria.
d) o empréstimo compulsório.
e) as contribuições especiais.
Comentários:
A definição de imposto (art. 16 do CTN: “Imposto é o tributo cuja obrigação
tem
por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
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específica, relativa ao contribuinte.”) é a mesma definição de tributo não-


vinculado.
Quanto à arrecadação, o art. 167, IV, da CF veda a vinculação da receita de
impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas as exceções constitucionais.
Gabarito: A

50. (FCC/ACE TCE-GO/2009) Os tributos classificam-se em vinculados e


não vinculados. É exemplo de tributo vinculado, de forma direta, com
finalidade de remunerar serviço público:
a) Imposto
b) Taxa
c) Contribuição de Melhoria
d) Contribuição Social
e) Empréstimo Compulsório
Comentários:
Tributos vinculados são aqueles em que os fatos geradores estão relacionados
com alguma atividade estatal.
A questão fala também que é um tributo com a finalidade de remunerar um
serviço público. Ora, esta é a definição de taxas. Lembrando que contribuição
de melhoria é vinculada a obras das quais decorram valorização imobiliária.
Gabarito: B

51. (FCC/ICMS PB/2006) NÃO é competência da União instituir


contribuição
a) social.
b) de intervenção no domínio econômico.
c) de interesse das categorias profissionais ou econômicas.
d) para o custeio do serviço de iluminação pública.
e) de melhoria.
Comentários:
Essa questão é um presente pra você dar uma relaxada! 
Moleza, não? Veremos o assunto competência novamente em encontro futuro,
mas vejamos já...
A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é competência
dos Municípios e do DF e não da União. A contribuição de melhoria pode ser
instituída por todos os entes, assim como a contribuição social dos respectivos
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servidores para custeio, em benefício destes, do regime previdenciário. As


demais contribuições citadas são de competência da União. Gabarito: D

52. (FCC/ICMS PB/2006) A Contribuição de Intervenção no Domínio


Econômico (CIDE) relativa às atividades de importação ou comercialização de
petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível
poderá ter sua alíquota reduzida e restabelecida por
a) resolução do Senado, não se lhe aplicando o princípio da anterioridade.
b) lei complementar, não se lhe aplicando o princípio da noventena.
c) decreto legislativo, não se lhe aplicando o princípio da irretroatividade.
d) resolução do Congresso Nacional, não se lhe aplicando o princípio da
noventena.
e) ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o princípio da anterioriedade.
Comentários:
Conforme o § 4° do art. 177, CF, a contribuição de intervenção no domínio
econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo
e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível poderá
ser: a) Diferenciada por produto ou uso; b) Reduzida e restabelecida por ato
do Poder Executivo, não se lhe aplicando o princípio da anterioridade.
Gabarito: E
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5- Lista de Exercícios

1. (ESAF/ISS RJ/2010) Assinale a opção que contém tributos que


podem ser cobrados pelo município do Rio do Janeiro.
a) Contribuição de melhoria, contribuição de intervenção no domínio
econômico e contribuição para custeio do serviço de iluminação pública.
b) Contribuição para o regime previdenciário dos servidores municipais,
contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas e
contribuição de melhoria.
c) Contribuição social, contribuição para o regime previdenciário dos
servidores municipais e contribuição de intervenção no domínio econômico.
d) Contribuição para o regime de previdência dos servidores municipais,
contribuição de melhoria e contribuição para custeio do serviço de iluminação
pública.
e) Contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas,
contribuição de intervenção no domínio econômico e contribuição sindical.
Comentários:

2. (ESAF/ISS RJ/2010) Sobre as taxas, é incorreto afirmar que:


a) diferentemente dos impostos, cuja característica marcante é a
desvinculação da receita a uma finalidade determinada, a taxa é o tributo
vinculado por excelência, isto é, só é devido pelo contribuinte se houver
contraprestação por parte do ente estatal que a houver instituído.
b) preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daqueles, são compulsórias, e têm sua cobrança condicionada
à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.
c) a Constituição Federal dá o conceito de taxa como sendo o tributo instituído
pela União, estados, Distrito Federal e municípios, em razão do poder de
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos
e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
d) o serviço prestado ou posto à disposição, que permite a instituição de uma
taxa, é sempre estatal, podendo, excepcionalmente, ser serviço prestado por
empresa privada.
e) somente o poder de polícia específico é passível de estipêndio por meio de
taxas; e mesmo assim exige-se que seja divisível e mensurável.
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3. (FJG/ISS RJ/2002) A compulsoriedade, como elemento conceitual do


tributo, decorre da:
a) natureza legal da obrigação tributária
b) obrigatoriedade do pagamento do tributo
c) vontade do sujeito passivo da obrigação tributária
d) contratualidade que caracteriza a relação tributária

4. (FJG/ISS RJ/2002) Dos tributos abaixo alinhados, considera-se


vinculado:
a) imposto sobre serviços de qualquer natureza
b) imposto sobre operações financeiras
c) taxa de coleta de lixo domiciliar
d) imposto sobre a renda

5. (ESAF/Analista de Comércio Exterior - MDIC/2012) Sobre as


taxas, espécie tributária prevista pelo art. 145, inciso II da Constituição
Federal, julgue os itens abaixo e a seguir assinale a opção correta.
I. O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder
de polícia daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando
apenas a estas a prestação potencial do serviço público.
II. O Supremo Tribunal Federal entende como específicos e divisíveis, e
passíveis de tributação por meio de taxa, os serviços públicos de coleta,
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de
imóveis, desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de
outros serviços públicos de limpeza realizados em benefício da população em
geral (uti universi) e de forma indivisível.
III. Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à
prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.
IV. A taxa, enquanto contraprestação a uma atividade do Poder Público, não
pode superar a relação de razoável equivalência que deve existir entre o custo
real da atuação estatal referida ao contribuinte e o valor que o Estado pode
exigir de cada contribuinte, considerados, para esse efeito, os elementos
pertinentes às alíquotas e à base de cálculo fixadas em lei.
a) Apenas I, II e IV estão corretos.
b) Apenas I, III e IV estão corretos.
c) Apenas II e IV estão corretos.
d) Apenas III e IV estão corretos.
e) Todos os itens estão corretos.
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6. (ESAF/APO - MPOG/2010) É sabido que, de acordo com o art. 3º do


Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação pecuniária, compulsória,
em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de
ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.
Consoante tal entendimento, é errado afirmar-se que:
a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são tributos,
mas consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao lado do tributo, para
que se submetam ao mesmo regime de constituição, discussão administrativa,
inscrição em dívida ativa e execução dos tributos.
b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear
suas ações no interesse da sociedade. A fiscalização tributária implica exercício
do poder de polícia, e somente mediante atividade administrativa pode ser
exigido o pagamento de tributo.
c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa
tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte,
havendo, no entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade.
d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o
produto de renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos
ilícitos, são passíveis de tributação.
e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim
toda prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes do
art. 3º do CTN, como por exemplo o caráter obrigatório.

7. (ESAF/APO - MPOG/2010) A extrafiscalidade é característica que


possuem alguns tributos de permitirem, além da pura e simples forma de
ingresso de receitas nos cofres públicos, também de intervirem na economia,
incentivando ou não determinada atividade ou conduta do contribuinte.
Assinale, entre os tributos listados abaixo, aquele que não possui caráter
extrafiscal.
a) Imposto sobre produtos industrializados.
b) Imposto sobre importação.
c) Contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis.
d) Imposto sobre produtos industrializados.
e) Taxa de iluminação pública.
OBS.: Perceba que as letras "a" e "d" são idênticas. Nós mantivemos a questão
de acordo com o modo cobrado na prova.
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8. (ESAF/AFRFB/2009) Em relação aos empréstimos compulsórios, é


correto afirmar que:
a) é um tributo, pois atende às cláusulas que integram o art. 3º do Código
Tributário Nacional.
b) é espécie de confisco, como ocorreu com a retenção dos saldos de depósitos
a vista, cadernetas de poupança e outros ativos financeiros, por ocasião do
chamado "Plano Collor" (Lei n. 8.024/90).
c) o conceito de 'despesa extraordinária' a que alude o art. 148, inciso I, da
Constituição Federal, pode abranger inclusive aquelas incorridas sem que
tenham sido esgotados todos os fundos públicos de contingência.
d) se conceitua como um contrato de direito público, com a característica da
obrigatoriedade de sua devolução ao final do prazo estipulado na lei de sua
criação.
e) se subordina, em todos os casos, ao princípio da anterioridade da lei que o
houver instituído.

9. (ESAF/Assistente Técnico Administrativo – Min. Fazenda/2009)


A determinação da natureza jurídica específica do tributo, de acordo com o
Código Tributário Nacional, decorre, especificamente:
a) do fato gerador da respectiva obrigação.
b) da destinação legal do produto da arrecadação.
c) da denominação.
d) da fixação do agente arrecadador.
e) das peculiaridades dos sujeitos ativo e passivo da obrigação.

10. (ESAF/AFRFB/2009) Sobre as taxas, podemos afirmar, exceto, que:


a) o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do
Estado; este exerce determinada atividade, e por isso cobra a taxa das
pessoas que dela se aproveitam.
b) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode
consistir no exercício regular do poder de polícia.
c) a atuação estatal referível, que pode ensejar a cobrança de taxa, pode
consistir na prestação ao contribuinte, ou na colocação à disposição deste, de
serviço público específico, divisível ou não.
d) as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, e
não com as taxas.
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e) o poder de polícia, que enseja a cobrança de taxa, considera-se regular


quando desempenhado pelo órgão competente e nos limites da lei aplicável,
com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha
como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

11. (ESAF/ISS Natal/2008) Sobre o conceito de tributo e sua natureza


jurídica, assinale a única opção correta.
a) A Lei Complementar n. 104/2001, ao permitir a dação em pagamento de
bens imóveis, como forma de extinção do crédito tributário, promoveu a
derrogação do art. 30 do CTN, que confere ao tributo uma prestação
pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir.
b) Tributo é toda prestação pecuniária compulsória instituída em lei. Todavia,
não há restrição para que o Município majore alíquotas de tributos, sob sua
competência, por meio de decreto.
c) Tendo em vista que o tributo não pode constituir uma sanção por ato ilícito,
não se faz possível a incidência de tributos sobre atividades criminosas, pois
assim agindo o Estado estaria obtendo recursos de uma atividade por ele
proibida.
d) A cobrança de impostos decorre de uma atividade administrativa não
vinculada, haja vista os recursos poderem ser utilizados com quaisquer
despesas previstas no orçamento.
e) O que determina a natureza jurídica de um tributo é o fato gerador da
respectiva obrigação, independentemente de sua denominação e da destinação
legal do produto de sua arrecadação.

12. (ESAF/APO - MPOG/2008) Em relação ao imposto sobre a renda e


proventos de qualquer natureza, de competência da União, é correto afirmar-
se que:
a) rendimentos oriundos de atividade ilícita não se sujeitam à sua incidência,
pois o legislador não descreveu estes como elemento da hipótese de
incidência.
b) rendimentos oriundos de atividade ilícita permitem a exigência do imposto,
já que a ilicitude dos atos praticados não interfere na relação tributária.
c) rendimentos oriundos de atividade ilícita só permitem a cobrança do
imposto após o pronunciamento declaratório da licitude da atividade.
d) rendimentos oriundos de atividade ilícita, por não se circunscreverem
dentro do conceito de ato jurídico – que requer agente capaz, objeto lícito e
forma prescrita ou não defesa em lei – não permitem o nascimento da
obrigação tributária.
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e) rendimentos oriundos de atividade ilícita permitem a exigência do imposto,


já que a cobrança de tributo, a teor da definição deste no art. 3º do Código
Tributário Nacional, pode também constituir sanção de ato ilícito.

13. (ESAF/APO - MPOG/2008) O Código Tributário Nacional prevê, em


seu art. 166, que a restituição de tributos que comportem, por sua natureza, a
transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem
prove haver assumido referido encargo. É exemplo desta espécie de tributo:
a) imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros, se o contribuinte,
numa importação de bens, faz a inclusão destes em seu ativo.
b) taxas, quando venham a integrar os custos fixos de determinada empresa.
c) contribuição previdenciária.
d) imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza.
e) imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação
de serviços.

14. (ESAF/Analista Jurídico - SEFAZ CE/2007) Sobre os empréstimos


compulsórios, espécie de tributo da competência da União, é incorreto afirmar-
se que
a) podem ser instituídos para atender a despesas extraordinárias decorrentes
de calamidade pública.
b) podem ser instituídos para o custeio de investimento público de caráter
urgente.
c) depende a sua instituição, em alguns casos, da edição de lei complementar.
d) a aplicação dos recursos provenientes da sua arrecadação será
integralmente vinculada à despesa que tenha fundamentado a sua instituição.
e) poderão, ou não, sujeitar-se ao princípio constitucional da anterioridade
(conforme a hipótese que tenha motivado a sua instituição).

15. (ESAF/ICMS RN/2005) Avalie as indagações abaixo e em seguida


assinale a resposta correta.
 Em caso de guerra externa, é vedado à União instituir impostos
extraordinários não compreendidos em sua competência tributária?
 É permitido ao Distrito Federal e aos Municípios instituir contribuição
para o custeio do serviço de iluminação pública?
 É permitido que o serviço de iluminação pública seja remunerado
mediante taxa?
a) Não, sim, não
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b) Não, não, sim


c) Sim, sim, não
d) Sim, não, sim
e) Sim, sim, sim

16. (ESAF/AFRFB/2005)
- Aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios compete instituir
contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, desde que para o custeio, em benefício
dos respectivos sujeitos passivos, e no âmbito territorial do ente tributante?
- A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a
importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e
seus derivados, e álcool etílico combustível (CIDE) foi instituída pela União
com a finalidade de financiamento de projetos de proteção ao meio ambiente,
ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico
e paisagístico?
- Compete aos municípios o imposto sobre a cessão, a título oneroso, de
direitos à aquisição, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, e de direitos reais sobre imóveis?
a) Não, não, sim
b) Não, não, não
c) Sim, sim, sim
d) Não, sim, sim
e) Não, sim, não

17. (ESAF/AFRFB/2005)
 Podem os Municípios instituir contribuição para o custeio do serviço de
iluminação pública, cobrando-a na fatura de consumo de energia elétrica?
 Podem os Estados cobrar contribuição previdenciária de seus servidores,
para o custeio, em benefício destes, de regime previdenciário, com alíquota
inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União?
 As contribuições sociais de intervenção no domínio econômico e de
interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua
atuação nas respectivas áreas, poderão incidir sobre as receitas decorrentes de
exportação?
a) Não, sim, não.
b) Sim, não, sim.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arqui

d) Não, não, sim.


e) Sim, sim, não.

18. (FCC/ICMS RJ/2014) Na iminência ou no caso de guerra


a) civil ou externa, a União, mediante lei complementar, poderá instituir
empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias dela
decorrentes.
b) civil ou externa, a União, os Estados e o Distrito Federal poderão instituir,
por meio de lei complementar, tributos extraordinários compreendidos ou não
em sua competência tributária para atender a despesas extraordinárias, os
quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
c) externa, a União, os Estados e o e o Distrito Federal, mediante lei ordinária
poderão instituir empréstimos compulsórios para atender a despesas
extraordinárias dela decorrentes.
d) externa ou convulsão social de natureza grave, a União poderá instituir, por
meio de lei complementar, tributos extraordinários, compreendidos ou não em
sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente,
cessadas as causas de sua criação.
e) externa, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios, para atender a despesas extraordinárias dela decorrentes.

19. (FCC/Procurador - Recife/2014) A Prefeitura do Recife, por meio de


sua Secretaria de Finanças, resolveu enviar proposta ao legislativo municipal
para a instituição de novas taxas aplicáveis aos munícipes recifenses.
É prescrição normativa constitucional que deve ser observada por esta
proposta legislativa:
a) Instituir em 2014 taxa para o custeio do serviço de iluminação pública que
possa ser cobrada ainda no primeiro semestre do mesmo ano, tendo em vista
as necessidades deste serviço nos bairros carentes do Recife.
b) Instituição de taxas cobradas pela valorização de imóveis decorrente de
obras públicas municipais, tomando-se o cuidado de não atribuir às taxas
instituídas bases de cálculo própria de imposto.
c) Instituição de taxas pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte, desde que elas não tenham
base de cálculo própria de impostos.
d) Instituição de taxas pelo exercício potencial ou efetivo do poder de polícia
ou pela utilização de serviços públicos específicos e indivisíveis, prestados ao
contribuinte.
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e) Sempre que possível, instituir taxas que tenham caráter pessoal e que
sejam graduadas segundo a capacidade econômica dos contribuintes.

20. (FCC/ICMS RJ/2014) Com a aproximação das datas em que serão


realizados os Jogos Olímpicos e os Jogos da Copa do Mundo, na cidade do Rio
de Janeiro, o governo fluminense tomou a decisão de incrementar a
fiscalização dos estabelecimentos hoteleiros e congêneres do Estado, a fim de
lhes imprimir uma qualidade de nível internacional, mesmo quando se tratar
de pequenos estabelecimentos.
Para realizar esse intento, seriam necessários aportes de recursos novos, com
o fito de custear essas atividades estatais. Em razão disso, um deputado
estadual propôs que se alterassem os valores das taxas de segurança cobradas
pelo Estado.
O referido deputado, depois de constatar que o valor das diárias de um hotel,
ou de um estabelecimento congênere, não mantinha relação direta com o porte
desse hotel, nem com a quantidade de quartos/apartamentos que ele possui,
nem com o capital social dessa empresa hoteleira, considerou possível e viável
promover uma alteração drástica no correspondente item da tabela de valores
das taxas estaduais.
Desse modo, com a finalidade de adequar a cobrança da taxa à capacidade
contributiva do contribuinte, o referido deputado decidiu apresentar projeto de
lei para alterar a maneira como essa taxa seria cobrada. De acordo com seu
projeto, o valor anual dessa taxa, em relação aos hotéis e congêneres,
passaria a ser calculado mediante a aplicação da alíquota de 0,1% sobre o
capital social da empresa hoteleira ou da empresa congênere.
No tocante especificamente aos motéis, visando, ainda, alcançar o objetivo de
adequar a cobrança da taxa à capacidade contributiva do contribuinte, essa
taxa passaria a ser calculada mediante a aplicação de uma alíquota de 10%
sobre a mesma base de cálculo utilizada para cálculo do ISSQN devido ao
município de localização do estabelecimento contribuinte.
Com base nas informações apresentadas e no que dispõe o CTN a esse
respeito, considere:
I. O projeto de lei em questão não merece prosperar, em relação aos hotéis e
congêneres, pois as taxas não podem ser calculadas em função do capital das
empresas.
II. O projeto de lei em questão merece prosperar, em relação aos hotéis e
congêneres, pois os tributos devem ser graduados com base na capacidade
econômica do contribuinte (capacidade contributiva).
III. A capacidade econômica do contribuinte (capacidade contributiva) é
relevante para a graduação do valor dos tributos a serem cobrados do sujeito
passivo.
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IV. O projeto de lei em questão não merece prosperar, em relação aos motéis,
pois as taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos, nem
idênticas às que correspondam à base de cálculo de impostos.
V. O projeto de lei em questão merece prosperar, em relação aos motéis, pois,
quando as taxas vierem a ter base de cálculo própria de impostos, os impostos
deverão deixar de ser cobrados, para que as taxas possam sê-lo.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I e IV.
b) IV e V.
c) I e II.
d) II e III.
e) III e V.

21. (FCC/Procurador - Cuiabá/2014) Visando ao aumento da


arrecadação municipal, a Secretaria de Finanças de Cuiabá elaborou diversas
propostas de lei ordinária a serem encaminhadas à Câmara Municipal. A
proposta que NÃO afronta o disposto na Constituição Federal é:
a) Instituir em 2014 e cobrar em 2015 nova taxa específica sobre o serviço de
coleta de lixo de materiais eletrônicos dos proprietários de imóveis localizados
tanto no perímetro urbano, como na área rural do município, cuja base de
cálculo não pode ser a mesma utilizada para a cobrança do IPTU.
b) Instituir e cobrar em 2014 nova taxa específica sobre o serviço de coleta de
lixo de materiais eletrônicos dos proprietários de imóveis localizados no
perímetro urbano do município, cuja base de cálculo será o valor venal dos
imóveis que vierem a ser beneficiados com o serviço de coleta
c) Instituir em 2014 e cobrar somente em 2015 nova taxa específica sobre o
serviço de coleta de lixo de materiais eletrônicos dos proprietários de imóveis
localizados tanto no perímetro urbano, como na área rural do município, cuja
base de cálculo será o valor venal dos imóveis que vierem a ser beneficiados
com o serviço de coleta.
d) Instituir e cobrar em 2014 nova taxa específica sobre o serviço de coleta de
lixo de materiais eletrônicos dos proprietários de imóveis localizados no
perímetro urbano do município, cuja base de cálculo não pode ser a mesma
utilizada para a cobrança do IPTU.
e) Instituir em 2014 e cobrar em 2015 nova taxa específica sobre o serviço de
coleta de lixo de materiais eletrônicos dos proprietários de imóveis localizados
no perímetro urbano do município, cuja base de cálculo será o valor venal dos
imóveis que vierem a ser beneficiados com o serviço de coleta.
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22. (FCC/Analista Processual - PGE BA/2013) A contribuição social para


a seguridade social se adequa às limitações constitucionais ao poder de
tributar, previstas no Sistema Tributário Nacional, da seguinte forma:
a) Não se submete à regra da anterioridade anual, mas só pode ser exigida
noventa dias da data da publicação da lei que a houver instituído ou
modificado.
b) Não se submete à regra da legalidade, podendo ser instituída ou modificada
por ato do Poder Executivo, hipótese em que não se submeterá também à
regra da anterioridade anual.
c) Deve obediência às regras da anterioridade anual e nonagesimal, bem assim
à regra da legalidade, só podendo ser criada ou modificada por lei e exigida
noventa dias após o exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei.
d) Deve obediência à regra da anterioridade anual, só podendo ser exigida no
exercício financeiro àquele em que a lei instituidora ou modificadora foi
publicada.
e) Por não ter natureza tributária, não se submete às limitações
constitucionais ao poder de tributar, razão pela qual pode ser criada e
modificada por medida provisória.

23. (FCC/ISS SP/2012) Projeto de lei estadual, no intuito de fiscalizar a


pesca esportiva no rio Piracicaba, foi enviado à Assembleia Legislativa,
propondo a criação da Taxa de Fiscalização de Pesca do Rio Piracicaba,
como meio de custear aparato fiscalizador estadual das atividades de pesca do
referido rio. Tendo em vista que os benefícios trazidos por tal fiscalização
atingiriam toda a população das cidades ribeirinhas, o projeto de lei em
questão propunha que a base de cálculo da taxa pelo exercício do poder de
polícia sobre a pesca esportiva fosse o valor venal dos imóveis localizados no
perímetro urbano das cidades, desde que esses imóveis se encontrassem na
zona limítrofe do rio Piracicaba, até a distância máxima de 10 km. O projeto de
lei não foi aprovado pela Assembleia Legislativa, tendo sido arquivado, sob o
fundamento de inconstitucionalidade.
Com base na situação descrita acima, é correto afirmar:
a) Como a competência para instituir taxas pelo exercício do poder de polícia é
exclusiva dos municípios, o projeto de lei deveria ser municipal.
b) A taxa não pode ter base de cálculo idêntica à que corresponda a imposto.
c) A espécie tributária a ser criada deveria ser uma contribuição de melhoria, e
não uma taxa pelo exercício do poder de polícia, tendo em vista os benefícios
trazidos pela fiscalização da pesca às cidades ribeirinhas.
d) A espécie tributária a ser criada deveria ser um imposto estadual com base
de cálculo idêntica à do IPTU, e não uma taxa pelo exercício do poder de
polícia.
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e) Nas circunstâncias descritas e pela relevância social do projeto de lei


proposto, somente a União teria competência para instituir um imposto
extraordinário, com a mesma finalidade e com a mesma base de cálculo do
IPTU.

24. (FCC/ISS SP/2012) A realização de obras públicas, que


transformaram uma região anteriormente pantanosa em um belo e aprazível
parque, ocasionou a valorização da maior parte dos imóveis localizados em
suas proximidades, da seguinte maneira:
- o imóvel "A", que valia R$ 4.000.000,00 antes das obras, teve fator de
absorção do benefício de valorização de 200%, passando a valer R$
12.000.000,00.
- o imóvel "B", que valia R$ 3.000.000,00 antes das obras, teve fator de
absorção do benefício da valorização de 100%, passando a valer R$
6.000.000,00.
- o imóvel "C", que valia R$ 2.000.000,00 antes das obras, teve fator de
absorção do benefício da valorização de 50%, passando a valer R$
3.000.000,00.
- o imóvel "D" não teve valorização alguma em decorrência das obras
realizadas.
Obs.: Todos os quatro imóveis têm a mesma área de terreno e o que
determinou a diferença nos fatores de absorção do benefício da valorização
foram elementos alheios à dimensão do
terreno. O custo total da obra foi orçado em R$ 6.000.000,00 e a referida
contribuição deverá custeá-la integralmente.
Com base nessas informações e considerando que o município em questão
editou lei ordinária estabelecendo a cobrança de contribuição de melhoria para
fazer face ao custo dessa obra, é correto afirmar que
a) os proprietários dos imóveis "A", "B", "C" e "D" deverão pagar contribuição
de melhoria, pois estão na zona beneficiada.
b) os proprietários dos imóveis "A", "B" e "C" deverão pagar contribuição de
melhoria, desde que a fixação das bases de cálculo e dos fatos geradores
respectivos sejam estabelecidos por lei complementar.
c) os proprietários dos imóveis "A", "B" e "C", que tiveram seus imóveis
efetivamente valorizados com a obra, deverão ratear integralmente o valor de
custo da obra, com base na área do terreno de cada um deles, cabendo a cada
um o valor de R$ 2.000.000,00.
d) a municipalidade poderá exigir, cumulativamente, de todos os quatro
proprietários, contribuição de melhoria em valor igual ao da valorização de
seus respectivos imóveis, cabendo ao imóvel "A" pagar R$ 8.000.000,00, ao
imóvel
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"B" pagar R$ 3.000.000,00, ao imóvel "C" pagar R$ 1.000.000,00 e não


cabendo nada a "D", perfazendo um total de R$ 12.000.000,00.
e) a municipalidade poderá exigir do proprietário do imóvel "C" contribuição de
melhoria no valor de R$ 500.000,00, mesmo que seu imóvel tenha sido
valorizado em R$ 1.000.000,00, desde que o limite total da exigência referente
ao custo da obra não ultrapasse R$ 6.000.000,00.

25. (FGV/ICMS RJ/2011) A respeito das espécies de tributos, é correto


afirmar que
a) a União, os Estados e o Distrito Federal, e os Municípios poderão instituir,
exclusivamente, os seguintes tributos: impostos, taxas e contribuições de
melhoria
b) de acordo com o CTN, considera-se imposto o tributo vinculado a qualquer
atividade estatal específica.
c) A taxa é um tributo não vinculado a uma atuação estatal específica e tem,
como possível fato gerador, o exercício regular do poder de polícia.
d) A instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico
e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, é de competência
exclusiva da União.
e) A contribuição de melhoria é tributo cobrado em função da realização de
obras e prestação de serviços.

26. (FGV/ICMS RJ/2009) Em relação às espécies tributárias, assinale a


afirmativa incorreta.
a) Compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de atuação nas
respectivas áreas.
b) Os impostos são tributos não vinculados a quaisquer atividades estatais
relacionadas ao contribuinte, sendo vedada a vinculação de suas receitas a
órgãos, fundos ou despesas, salvo exceções constitucionalmente previstas.
c) A contribuição de melhoria é instituída para fazer face ao custo de obras
públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a
despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.
d) As taxas, cobradas em razão do exercício do poder de polícia ou pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição, não poderão ter base de
cálculo própria de impostos.
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e) A União poderá instituir, mediante lei ordinária, impostos extraordinários,


compreendidos ou não em sua competência tributária, na iminência ou no caso
de guerra externa, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as
causas de sua criação.

27. (FCC/ICMS RO/2010) Sobre as características das espécies de


tributos, é correto afirmar que:
a) imposto é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma
atividade estatal.
b) taxa é o tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma obra
pública
c) contribuição de melhoria é uma espécie de tributo vinculado a uma prévia
atividade estatal, qual seja, obra pública.
d) o empréstimo compulsório é um tributo de competência comum e pode ser
instituído por medida provisória em caso de investimento urgente.
e) a contribuição para custeio do serviço de iluminação pública é de
competência exclusiva dos Estados e do Distrito Federal.

28. (FCC/ICMS SP/2009) Os Empréstimos Compulsórios


a) poderão ser instituídos para atender às despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, não
sendo necessária, nesses casos, a observância ao princípio da anterioridade.
b) poderão ser instituídos no caso de investimento público de caráter urgente
e de relevante interesse nacional, não sendo necessária, nesse caso, a
observância ao princípio da anterioridade.
c) são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, observando-se a competência material de cada um desses entes
políticos
d) têm sua cobrança suprimida, gradativamente, quando cessadas as causas
de sua criação.
e) têm, em decorrência das razões de urgência e de relevância para sua
instituição, a aplicação dos recursos provenientes do Empréstimo Compulsório
desvinculada da despesa que fundamentou sua instituição.

29. (FGV/ICMS RJ/2008) O Estado do Rio de Janeiro decidiu instituir


tributo relativo à construção de rede de esgotos, com lançamento ao mar por
emissário submarino construído com dotação orçamentária específica. O
tributo aludido:
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a) só poderá ser uma contribuição de melhoria.


b) não poderá ser instituído, por ser devida, no caso, apenas a cobrança de
tarifa.
c) é de competência privativa conforme classificação doutrinária.
d) deve ser imposto, uma vez que tal serviço não é específico nem divisível.
e) só poderá ser uma taxa, por vinculado à prestação de serviço específico e
divisível.

30. (FCC/ICMS SP/2009) A respeito das contribuições sobre o domínio


econômico, é correto afirmar que:
a) a sua hipótese de incidência é vinculada à atuação estatal, devendo atingir
o particular de modo específico e divisível.
b) incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação.
c) incidirão sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços.
d) deve ser instituída por lei complementar, em razão de sua natureza
excepcional.
e) a lei que a institui deverá indicar prazos e condições em que os valores
serão restituídos.

31. (FCC/ICMS RO/2010) Para se identificar a natureza jurídica específica


de um tributo considera-se, em regra,
a) A validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes
b) Os efeitos dos atos jurídicos efetivamente ocorridos
c) A denominação e demais características formais adotadas pela lei.
d) O fato gerador da respectiva obrigação tributária

32. (FJPF/ICMS RO/2006) É característica das espécies tributárias:


a) os impostos são tributos vinculados a órgãos, fundos ou despesas
b) os empréstimos compulsórios podem se prestar à absorção temporária do
poder aquisitivo da população
c) as contribuições de intervenção no domínio econômico têm por fato gerador
o exercício potencial do poder de polícia
d) as taxas podem ter como fato gerador a prestação de serviço público não
utilizado efetivamente pelo contribuinte
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e) as contribuições de melhoria podem ser instituídas e exigidas em caso de


valorização do patrimônio mobiliário do contribuinte

33. (FCC/Analista Legislativo - AL PE/2014) É taxa decorrente da


prestação de serviço público passível de ser validamente cobrada:
a) pedágio cobrado por Concessionários de rodovias, no regime da Lei de
Concessões (Lei nº 8.987/1995).
b) custas processuais.
c) taxa de fiscalização e funcionamento de estabelecimentos.
d) taxa de fiscalização de anúncios.
e) taxa de pavimentação asfáltica cobrada dos munícipes em geral de
determinado Município.

34. (FCC/ICMS SP/2013) Com respeito à disciplina legal das taxas, é


a) inconstitucional a taxa cobrada em razão da prevenção de incêndios,
porquanto instituída como contraprestação a serviço não divisível.
b) inconstitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais
elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não
haja integral identidade entre uma base e outra.
c) inconstitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos
provenientes de imóveis.
d) constitucional a cobrança da taxa decorrente do poder de polícia em que
haja a manutenção, pelo sujeito ativo, de órgão de controle em
funcionamento, ficando restrita a cobrança aos contribuintes cujos
estabelecimentos foram efetivamente visitados pela fiscalização.
e) constitucional a cobrança de taxa de fiscalização ambiental sobre o mesmo
fato gerador pela União e por Estado, pois ambos têm competência para
exercer a fiscalização desta atividade, haja vista se tratar de competência
comum, exercida concomitantemente por todos entes políticos.

35. (FCC/ISS SP/2012) Um contribuinte deixou de emitir o documento


fiscal referente a uma prestação de serviço tributada pelo ISS, tributo de
competência municipal, e, como consequência, foi-lhe aplicada penalidade
pecuniária pelo descumprimento dessa obrigação acessória (art. 230, caput,
inciso V, alínea "a" do Decreto Municipal 52.703/11)
Essa penalidade pecuniária
a) é imposto, pois está prevista na legislação do ISS.
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b) não é imposto, mas é tributo, em sentido amplo, pois tem natureza


compulsória.
c) é tributo, porque é cobrado por meio de atividade vinculada, conforme
estabelece o Código Tributário Nacional.
d) não é tributo, pois sanção pelo cometimento de ato ilícito não pode ser
definida como tributo.
e) é taxa, pois tem a finalidade de ressarcir o erário pelo dano causado pelo
descumprimento de uma obrigação acessória.

36. (FCC/Analista de Controle - TCE PR/2011) A contribuição de


melhoria
a) Tem por finalidade gerar receita para realização de obra pública que deverá
ser concluída até o exercício financeiro seguinte ao da sua arrecadação.
b) Tem como base de cálculo o acréscimo de valor que a obra resultar para
cada imóvel beneficiado, que representa o limite individual para cobrança
desse tributo.
c) Tem por fato gerador serviço público ou obra pública que gere valorização
imobiliária, tal qual o serviço de pavimentação asfáltica e o serviço de
saneamento básico.
d) Tem sua instituição por competência concorrente dos Estados, Distrito
Federal e Municípios.
e) Pode ser exigida antes, durante ou depois da realização da obra pública ou
do serviço, por se tratar de um tributo de receita vinculada.

37. (FGV/OAB/2015) Em 17/07/2014, o Tribunal de Justiça do Estado X


da Federação instituiu, por meio de Provimento da Corregedoria Geral da
Justiça, as custas judiciais e os emolumentos cartorários vigentes a partir da
data da publicação. Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta.
a) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de
preço público e, portanto, não estão sujeitos às limitações constitucionais ao
poder de tributar.
b) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de
taxa de serviço. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os
princípios da legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal.
c) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de
contribuição social. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral viola os
princípios da legalidade, da anterioridade de exercício e nonagesimal.
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d) As custas judiciais e os emolumentos cartorários têm natureza jurídica de


taxa de poder de polícia. Sendo assim, o provimento da Corregedoria Geral
viola os princípios da legalidade e da anterioridade de exercício.

38. (FGV/ISS Cuiabá/2014) Assinale a opção que apresenta elemento


estranho ao conceito legal de tributo.
a) Prestação compulsória.
b) Prestação pecuniária.
c) Prestação com natureza de sanção.
d) Prestação cobrada mediante atividade administrativa vinculada.
e) Prestação instituída em lei.

39. (FGV/ISS Cuiabá/2014) É sabido que todos os tributos têm função


arrecadatória, ainda que alguns tenham mais acentuada função extrafiscal,
buscando, assim, objetivos outros que não apenas o de arrecadar receitas
públicas.
Assinale a opção que indica o tributo com função extrafiscal mais acentuada
a) Taxa para a expedição de Alvará de Localização.
b) Imposto Sobre Serviços.
c) Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis e Doação.
d) Imposto de Importação
e) Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido.

40. (FGV/Auditor - AL BA/2014) Com referência às taxas, assinale a


afirmativa correta.
a) Atendem precipuamente ao interesse privado do usuário em determinado
serviço.
b) Remuneram serviço público uti universi, que a Administração presta para
atender à comunidade.
c) Deve ser observado o valor do serviço e a sua efetiva utilização pelo
particular.
d) Têm por fonte a vontade da pessoa em receber determinado serviço
público.
e) Sua base de cálculo está vinculada a uma atuação estatal.
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41. (FGV/Auditor - AL BA/2014) A Prefeitura do Município Beta pretende


cobrar contribuição de melhoria pela obra que realizou e que veio a valorizar
os imóveis situados no município vizinho, limítrofe ao Município Beta.
Neste caso, é
a) cabível a cobrança da contribuição de melhoria em função da existência de
obra pública e de valorização imobiliária.
b) cabível a cobrança da contribuição, desde que o Município Beta seja
autorizado pelo Legislativo do Município vizinho.
c) incabível a cobrança da contribuição, dado que a valorização dos imóveis no
município vizinho representa reflexo indireto da obra.
d) incabível a cobrança da contribuição, que cabe ao ente político que tiver a
atribuição administrativa para realizar a obra em seu respectivo território.
e) cabível a cobrança da contribuição, que fica sujeita à verificação pela
autoridade do município limítrofe da valorização imobiliária.

42. (FGV/Advogado - AL MA/2013) O Prefeito do município de Presal,


preocupado com as finanças municipais, busca aconselhamentos com seus
partidários para reforçar o caixa local diante das múltiplas demandas dos
munícipes, não suportando o tesouro as despesas extraordinárias que tais
pleitos acarretariam ao já combalido orçamento anual.
Após diversas sugestões, resolve apresentar projeto de lei, remetendo‐o à
Câmara municipal para a criação de empréstimo compulsório.
Nos termos das normas constitucionais que regem a repartição de
competências tributárias, assinale a afirmativa correta.
a) O referido tributo é daqueles que podem ser instituídos pela União, Estados
e municípios.
b) No regime de competência tributárias é típico tributo estadual.
c) É da competência da União a instituição de empréstimos compulsórios.
d) Autorizado por lei complementar pode o município instituir o tributo.
e) O tributo é residual e de competência dos territórios.

43. (FGV/Juiz - TJ AM/2013) Assinale a alternativa que melhor sintetiza


as distinções entre as espécies tributárias indicadas.
a) O imposto pressupõe um ato do Poder Público, assim como a taxa, sendo
distintos os fatos geradores dos dois tributos, mas não as bases de cálculo.
b) O imposto pressupõe um ato do contribuinte, assim como a taxa, sendo
distintas as bases de cálculo, mas não os fatos geradores.
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c) O imposto pressupõe um ato do Poder Público, assim como a taxa, sendo


distintas as bases de cálculo dos dois tributos, mas não os fatos geradores.
d) O imposto pressupõe um ato do contribuinte, assim como a taxa, sendo
distintos os fatos geradores dos dois tributos, mas não as bases de cálculo.
e) O imposto pressupõe um ato do contribuinte e a taxa pressupõe um ato do
Poder Público, sendo distintos os fatos geradores e as bases de cálculo dos dois
tributos.

44. (FGV/ICMS RJ/2010) Em relação às normas constitucionais relativas


às contribuições previdenciárias, examine as afirmativas a seguir.
I. A seguridade social será financiada, dentre outras, por contribuições a cargo
do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, desde que
com vínculo empregatício.
II. As contribuições do empregador, da empresa e da entidade a ela
equiparada poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão
da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da
empresa ou da condição estrutural do mercado de
trabalho. III. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as
contribuições incidentes sobre a receita ou faturamento serão não-
cumulativas.
Assinale:
a) se todas as afirmativas estiverem corretas.
b) se somente afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

45. (FCC/ISS SP/2007) Para que uma prestação pecuniária compulsória


possa ser conceituada como tributo, é preciso que, além de ser cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada, tenha como objeto
a) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, constitua ou não
sanção de ato ilícito e esteja instituída em lei.
b) unicamente moeda corrente, não constitua sanção de ato ilícito e esteja
instituída em lei.
c) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção
de ato ilícito e esteja instituída em lei.
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d) unicamente moeda corrente, constitua ou não sanção de ato ilícito e esteja


instituída em lei.
e) moeda corrente ou valor que nela possa ser expresso, não constitua sanção
de ato ilícito e esteja instituída na legislação tributária.

46. (FCC/Procurador - Teresina/2010) A partir do conceito legal de


tributo, é possível afirmar que a multa NÃO é espécie de tributo porque o
tributo:
a) tem que ser instituído mediante lei, ao passo que a multa não se reveste
desta obrigatoriedade.
b) é cobrada mediante atividade administrativa vinculada, enquanto a multa
pode ser aplicada de forma discricionária pelo poder público.
c) Não é sanção por ato ilícito e a multa é sanção pecuniária por prática de ato
ilícito
d) É prestação pecuniária compulsória, ao passo que a aplicação da multa não
é compulsória, dependendo de condenação administrativa.
e) Pode ser objeto de compensação, anistia e remissão, ao contrário da multa,
que só pode ser objeto de anistia.

47. (FCC/Procurador-SE/2005) A natureza jurídica do tributo é


determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo
a) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características
formais adotadas pela lei
b) relevante para qualificá-la apenas a destinação legal do produto da
arrecadação
c) relevantes para qualificá-la apenas a denominação e demais características
formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação
d) relevante para qualificá-la apenas a correta destinação do valor arrecadado
e) irrelevantes para qualificá-la a denominação e demais características
formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da arrecadação

48. (FCC/Auditor TCE PB /2006) À luz da Constituição Federal vigente, a


destinação do produto da arrecadação do tributo é:
a) irrelevante em qualquer hipótese
b) relevante, em se tratando de taxa de segurança pública
c) relevante, em se tratando de empréstimo compulsório
d) relevante, em se tratando de imposto.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arqui

e) irrelevante, em se tratando de contribuição confederativa

49. (FCC/Agente Legislativo SP/2010) Existem inúmeras classificações


para os tributos. Duas podem ser citadas como muito usuais. A primeira
considera o tributo como vinculado e não vinculado. A outra considera o tributo
quanto à destinação específica do produto da arrecadação.
Recebe a classificação como não vinculado e sem destinação específica do
produto da arrecadação
a) o imposto.
b) a taxa.
c) a contribuição de melhoria.
d) o empréstimo compulsório.
e) as contribuições especiais.

50. (FCC/ACE TCE-GO/2009) Os tributos classificam-se em vinculados e


não vinculados. É exemplo de tributo vinculado, de forma direta, com
finalidade de remunerar serviço público:
a) Imposto
b) Taxa
c) Contribuição de Melhoria
d) Contribuição Social
e) Empréstimo Compulsório

51. (FCC/ICMS PB/2006) NÃO é competência da União instituir


contribuição
a) social.
b) de intervenção no domínio econômico.
c) de interesse das categorias profissionais ou econômicas.
d) para o custeio do serviço de iluminação pública.
e) de melhoria.

52. (FCC/ICMS PB/2006) A Contribuição de Intervenção no Domínio


Econômico (CIDE) relativa às atividades de importação ou comercialização de
petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível
poderá ter sua alíquota reduzida e restabelecida por
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arqui

b) lei complementar, não se lhe aplicando o princípio da noventena.


c) decreto legislativo, não se lhe aplicando o princípio da irretroatividade.
d) resolução do Congresso Nacional, não se lhe aplicando o princípio da
noventena.
e) ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o princípio da anterioriedade.

6- Gabaritos

1 2 3 4 5 6 7 8
D D A C E C E A
9 10 11 12 13 14 15 16
A C E B E C A A
17 18 19 20 21 22 23 24
C E C A A A B E
25 26 27 28 29 30 31 32
D A C A A C D D

33 34 35 36 37 38 39 40

B E D B B C D E

41 42 43 44 45 46 47 48

D C E D C C E C

49 50 51 52

A B D E

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