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25 Diez, Manoel Maria, ob. cit., pág. 88 e Zanobini, Guido, págs. 324 e 325.
26 Ob. cit., pág. 145.
27 Zanobini, Guido, ob. cit., 325 e Diez, Manuel Maria, ob. cit., pág. 89.
28 Zanobini, Guido, ob. cit., pág. 325.
29 Zanobini Guido, ob. cit., pág. 326 e Diez, Manoel Maria, pág. 90.
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complexo e o ato contratual: os fins no contrato são diversos para as vontades
que pactuam, o que não acontece no ato complexo, onde existe unidade de fim.
Não integra o ato complexo o ato de contrôle da entidade autárquica, nem
a decisão de um Tribunal de Contas que julga da legalidade de um contrato
ou de uma aposentadoria. Ainda que, segundo Zanobini, e de acôrdo com o nosso
direito positivo, o ato praticado pela entidade autárquica possa precisar da
aprovação do Executivo, ou o ato reaIiza.do por êste (aposentadoria, contrato,
reforma, etc.) precise da aprovação do Tribunal de Contas para que possa valer,
trata-se de atos distint09. Os fins são distintos: o ato da entidade autárquica
ou o ato do Executivo procuram uma finalidade administrativa. A aprovação
de um ato de uma entidade autárquica pelo Executivo ou o julgamento da lega-
lidade pelo Tribunal de Contas de um ato do Executivo são atos separados que
têm por objetivo certificar que, com a deliberação, não se violou nenhuma norma
e que nenhum dano se originou da atuação da entidade autárquica ou do Executivo
para os interêsses respectivos. A deliberação da entidade, di-lo com propriedade
Zanobini, é um ato juridicamente perfeito, a respeito do qual a aprovação
atua como uma condição suspensiva de eficácia. 32 O ato do Tribunal de Contas
que julga da legalidade da deliberação do Executivo é condição de eficácia da
mesma deliberação: condição suspensiva. O ato do Executivo é jur'ldicamente
perfeito, antes de pronunciamento do Tribunal de Contas. A sua eficácia é que
depende dêsse pronunciamento ou julgamento.
Como adverte Gabino Fraga e Seabra Fagundes, convém não confundir o ato
complexo com o procedimento administrativo. 33 As diversas vontades, diz Ga-
bino Fraga, não se fundem num só ato, senão que dão nascimento cada uma
delas a atos que, sucessivamente, se condicionam. 34 A doutrina moderna, e es-
pecialmente Gianni, pôs enl relêvo que a Administração pública não atua normal-
mente mediante atos isolados, senão através de constelações de atos. 35
c) Com fundamento no elemento volitivo, podem ser os atos administra-
tivos divididos em negócios juridic08 de direito público e atos meramemte admU-
ttistratWos, segundo a doutrina italiana. 3~ N0'9 negócios juridicos de direito pú-
blico, a Administração quer o ato e os efeitos dêle decorl"Emtes. Nos atos mera-
mente administrativos, a Administração pratica o ato, não importando os efeitos
que decorrerão dêle.
Os negócios juridicos de direito público podem ser divididas em duas grandes
categorias: as destinadas a aumentar o poder juridico dos cidadãos e as desti-
nadas a restringir-lhes os podêres juridicos ou prerrogativas e regalias. Na
primeira categoria, será a nomeação de um cidadão para funcionário público.