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Esta publicação tem a cooperação da UNESCO no âmbito do projeto 570BRZ3002, Formando Capacidades e Promovendo o Desenvolvimento
Territorial Integrado, o qual tem o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de vida de jovens e comunidades.
Os autores são responsáveis pela escolha e apresentação dos fatos contidos neste livro, bem como pelas opiniões nele expressas, que não são
necessariamente as da UNESCO, do Ministério das Cidades (Brasil) e da Fundação Vale, nem comprometem as Organizações. As indicações
de nomes e a apresentação do material ao longo desta publicação não implicam a manifestação de qualquer opinião por parte da UNESCO,
do Ministério das Cidades (Brasil) e da Fundação Vale a respeito da condição jurídica de qualquer país, território, cidade, região ou de suas
autoridades, tampouco da delimitação de suas fronteiras ou limites.
Esclarecimento: a UNESCO mantém, no cerne de suas prioridades, a promoção da igualdade de gênero, em todas suas atividades e
ações. Devido à especificidade da língua portuguesa, adotam-se, nesta publicação, os termos no gênero masculino, para facilitar a leitura,
considerando as inúmeras menções ao longo do texto. Assim, embora alguns termos sejam grafados no masculino, eles referem-se
igualmente ao gênero feminino.
%53,+
Saneamento básico: integralidade dos
serviços e intersetorialidade das políticas
Ao tratar dos serviços de saneamento, sob a ótica da integralidade e da integração com outras políticas públicas, vamos lançar
mão da Lei nº 11.445, de 2007, marco legal conquistado após mais de 20 anos de luta no campo do saneamento, e que define
as principais diretrizes nacionais e a política federal de saneamento básico.
Em seu artigo 2º, inciso II, a lei trata a integralidade das ações de saneamento como “o conjunto de todas as atividades e
componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso na conformidade de
suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados”.
Além disso, para consolidar o compromisso explicitado em seu texto, o artigo 48 da lei, ao definir sob quais diretrizes será
assentada a política federal de saneamento básico no Brasil, determina:
I – prioridade para as ações que promovam a equidade social e territorial no acesso ao saneamento básico;
II – aplicação dos recursos financeiros por ela administrados de modo a promover o desenvolvimento
sustentável, a eficiência e a eficácia;
III – estímulo ao estabelecimento de adequada regulação dos serviços;
IV – utilização de indicadores epidemiológicos e de desenvolvimento social no planejamento, implementação
e avaliação das suas ações de saneamento básico;
V – melhoria da qualidade de vida e das condições ambientais e de saúde pública;
VI – colaboração para o desenvolvimento urbano e regional;
VII – garantia de meios adequados para o atendimento da população rural dispersa, inclusive mediante a
utilização de soluções compatíveis com suas características econômicas e sociais peculiares;
VIII – fomento ao desenvolvimento científico e tecnológico, à adoção de tecnologias apropriadas e à difusão
dos conhecimentos gerados;
IX – adoção de critérios objetivos de elegibilidade e prioridade, levando em consideração fatores como
nível de renda e cobertura, grau de urbanização, concentração populacional, disponibilidade hídrica, riscos
sanitários, epidemiológicos e ambientais;
X – adoção da bacia hidrográfica como unidade de referência para o planejamento de suas ações;
XI – estímulo à implementação de infraestruturas e serviços comuns a Municípios, mediante mecanismos
de cooperação entre entes federados.
Em seu parágrafo único, esse mesmo artigo define mais claramente a interface do saneamento com políticas públicas
correlacionadas e determina, para a sua integração, que:
Entretanto, o Estado brasileiro, desde os seus primórdios, vem se organizando segundo o modelo cartesiano, disciplinar.
Disciplina é uma palavra que se origina de discípulo, “aquele que segue”. Essa é exatamente a ideia racional que orientou e orienta
o Estado brasileiro.
Sua organização pressupõe um arranjo estrutural em setores, chamados também de segmentos temáticos, segmentos-meio e
segmentos-fim. Quando observamos os nossos organogramas, temos uma infinidade de “caixinhas”, estanques em sua maioria,
que, ao serem vislumbradas mais de perto, guardam ainda várias outras “caixinhas”, todas hierarquizadas e verticalizadas,
segundo esse viés.
1
Engenheira civil pela UFMG e especialista em saúde pública pela Fiocruz.
Como teoria organizacional, esse modelo é, via de regra, o hegemônico no mundo ocidental, onde o Estado é laico e cartesiano.
Ele pressupõe três Poderes, teoricamente interdependentes, como mostra a Figura 1, a seguir.
Executivo Judiciário
Legislativo
O Poder Legislativo é responsável pela elaboração das leis e pela fiscalização dos atos do Poder Executivo, para que estejam em
consonância com esse arcabouço legal; o Poder Judiciário é responsável pelo cumprimento das leis na esfera pública ou na esfera
privada; e o Poder Executivo realiza as ações e os programas por meio dos seus segmentos ou setores, em conformidade com o
orçamento disponível e com as principais políticas acordadas e transformadas em leis pelo Poder Legislativo.
O Estado é burocrático e costuma ser autocrático. O Estado também é, por excelência, o território da autoridade e, em um
Estado democrático, essa autoridade é o resultado de regras consensualmente construídas, sejam elas constitucionais ou legais,
baseadas nos costumes, ou, até mesmo, informais.
Normativo por princípio, o Estado não mais se coloca como neutro, mas sim como árbitro entre as forças mais atuantes e
determinantes na sociedade.
A ótica cartesiana, sob a qual se desenvolveram as ciências exatas e naturais em um primeiro momento, no final do século XIX,
pressupõe a fragmentação dos fenômenos ou objetos de investigação, pois isso facilitaria a análise, realizada “por partes”.
Assim também foram constituídas as nossas organizações, de forma fragmentada, por partes, sem contexto nem precisão
quanto ao seu papel em relação ao todo. A ideia é a da ordem, do nível menor e mais simples para o maior e mais complexo,
como se os fenômenos, principalmente na realidade concreta, seguissem essa lógica e não fossem, utilizando uma expressão
corriqueira atualmente, “tudo junto e misturado”.
Sendo essa visão cartesiana ainda predominante no século XXI, praticamente todo o conhecimento que produzimos e
registramos é fragmentário; as nossas organizações também se estruturaram segundo essa lógica, assim como os serviços
prestados à população.
Vejamos, na Tabela 1, a seguir, os números mais atuais sobre os serviços de saneamento no Brasil.
Esgotamento sanitário 46,8 (mesmo com a precariedade dos dados, 44,1 9,1
(não inclui tratamento, foram incluídas as fossas denominadas pelos
apenas coleta ou similar) informantes como sépticas)
Fontes: Censo demográfico (IBGE, 2000), PNAD 2001 a 2008, Sisagua (MS, 2007), PNSB (IBGE, 2008). In: (HELLER, L.; GOMES, U. A. F. , 2011).
Teoricamente, essas ideias são válidas para quaisquer dos entes federados, sejam nacional, estaduais ou municipais, sejam do
Legislativo, do Executivo ou do Judiciário. É importante notar que todos os três Poderes possuem uma estrutura executiva para
viabilizar as ações sob sua responsabilidade.
Neste texto, vamos nos ater à esfera do Executivo, nos níveis federal, estadual e municipal.
Segundo a lógica cartesiana disciplinar, nos estados brasileiros, os setores inserem-se em dois grandes grupos: aqueles comuns a
todas as organizações estatais e grande parte das organizações não governamentais, chamados meio (administrativo, financeiro
e, muito recentemente, de planejamento/informática) e os setores-fim, no caso dos governos federal, estadual e municipal,
centralmente as áreas de sua responsabilidade direta, como educação, saúde e segurança.
Nossa discussão tratará, a partir de agora, da ineficiência dessa organização em setores ou segmentos, face à complexidade da realidade.
Assim, a realidade se apresenta a nós, cidadãos e cidadãs, com sua complexidade característica, emaranhada em uma teia em
que não é simples nem fácil distinguir as partes.
Tomemos como exemplo uma área comum à maioria de nós nos municípios onde atuamos: o saneamento.
Com isso, podemos nos perguntar o seguinte: como essa importante área se organiza, e como foi o seu desenvolvimento no Brasil
ao longo do último século? Essa é a questão que queremos abordar aqui. E mais: como essa área se articula com a saúde pública e
o meio ambiente nas nossas cidades?
Existe uma construção histórica que determina o papel de cada ser humano no tempo e no espaço, e isso também ocorre com
as nossas organizações.
Para aqueles que querem transformar o Estado brasileiro, em qualquer dos seus entes federados, e torná-lo mais eficiente,
equitativo, integral, acessível e universal, é necessário conhecer a história e a dinâmica de cada segmento, antes de iniciar a árdua
tarefa de integrar as ações, buscando superar essa formação e ação segmentária e disciplinar. Se o modelo que pretendemos
é o de um Estado integral, integrado e intersetorial nas ações, que articule com a sociedade civil as suas diversas organizações,
que planeje suas ações em conformidade com critérios claros e objetivos – no caso do saneamento, centralmente, sanitários e
epidemiológicos –, temos muito trabalho pela frente. O primeiro passo, sem dúvida, consiste em repensar nossas organizações,
planejar integradamente nossas ações, e envolver os usuários diretos e indiretos dos nossos serviços nessas tarefas hercúleas.
Sob esse ponto de vista, propomos uma viagem no tempo e no espaço institucional da saúde pública, do saneamento e do
meio ambiente, quanto aos acontecimentos históricos mais marcantes de cada época, conforme a Tabela 2, a seguir.
Período histórico /
Saúde Saneamento Meio ambiente
algumas características
Antes de 1930 % higienista; % ausência do Estado; ----------
Modelo econômico: % baixo componente estatal. % somente água e esgoto –
% agrário-exportador / concessões privadas;
cafeicultura paulista; % população atendida –
% necessidade de intervenção núcleos urbanos centrais.
maior do Estado para
propiciar diversificação
produtiva.
Centralidade:
% portos;
% circulação de pessoas,
mercadorias e riquezas;
% crise internacional de 1929.
1980 a 2000 % reforma sanitária – a doença % saneamento como uma ação % definição de uma política
Modelo econômico: e seus determinantes sociais; básica de saúde; nacional para o meio ambiente
Internacional % criação do SUS (1986) como % água e destinação de dejetos e sua implementação;
% privatização dos serviços um sistema único de saúde, por meio das secretarias % Sistema Nacional do Meio
públicos; ainda não consolidado de saúde, programas e Ambiente (Sisnama), Conselho
% falência do welfare State; no formato original, planos, como o Programa Nacional do Meio Ambiente
% globalização. convertendo-se no decorrer de Interiorização das Ações (Conama), Fundação Estadual
do tempo em referência de Saúde e Saneamento do Ambiente (FEAM), em
Centralidade: tanto para o atendimento (PIASS) e o Plano Diretor de Minas Gerais, por exemplo,
Brasil aos pobres como para Regionalização (PDR), para Conselho Municipal do Meio
% Constituição de 1988; atendimento especializado áreas rurais e desassistidas; Ambiente (Comam), Conselho
% eleições diretas; com uso de tecnologia de % consolidação das Municipal de Conservação
% retomada do Estado de ponta; companhias de saneamento e Defesa do Meio Ambiente
Direito. % definição de percentual para para as áreas viáveis sob o (Codema), Secretaria Municipal
a saúde nos orçamentos – ponto de vista econômico- do Meio Ambiente (SMMA);
obrigatório; -financeiro; % definição de uma política
% formação dos Conselhos % Extinção do Banco Nacional para recursos hídricos;
Municipais, Estaduais da Habitação (BNH), o banco % Sistema Nacional de
e Nacional, com poder gestor da política nacional Informação de Recursos
deliberativo; de saneamento; Hídricos (SNIRH), Comitê
% médicos profissionais % contingenciamento de Técnico de Recursos Hídricos
assalariados ou conveniados; recursos financeiros com (CT-Hidro), Comitês de Bacias
% fim da Superintendência vistas à privatização dos Hidrográficas (CBH);
de Campanhas (Sucam) e serviços. % Conferência das Nações Unidas
da FSESP, transformadas na sobre o Meio Ambiente e o
Fundação Nacional de Saúde Desenvolvimento, no Rio de
(Funasa). Janeiro (Eco 92).
A verdadeira transformação no perfil epidemiológico brasileiro, demonstrada pelos números, que se têm invertido totalmente
nas últimas décadas, não torna menor a preocupação com as doenças infectocontagiosas, relacionadas ao desenvolvimento
precário, em particular à falta de infraestrutura sanitária (abastecimento de água em quantidade e qualidade, e coleta e
destinação adequada dos resíduos sólidos e dos esgotos sanitários). Os números do saneamento esboçados na Tabela 1
podem ser referendados, senão pela ótica da mortalidade, com certeza pela ótica da morbidade. Ainda são alarmantes as
ocorrências de esquistossomose, malária e poliverminoses em alguns bolsões do país. Segundo dados do Ministério da
Saúde2, o grupo de doenças infecciosas e parasitárias apresentou um decréscimo de 59,7% no Brasil como um todo, no
período entre 1980 e 2008. Se em 1980 essas doenças eram a terceira causa de óbitos no país, em 2008 passaram a ocupar a
sétima posição. As regiões com as maiores variações negativas foram a Nordeste e a Norte (-76,0% e -74,9% respectivamente);
a região Sudeste teve a menor variação, como esperado, dado o patamar alcançado já nos idos da década de 1980 (-49,0%).
A Tabela 3, a seguir, ilustra a questão colocada.
Tabela 3. Óbitos por doenças infecciosas e parasitárias, em percentual (%) em relação ao geral de óbitos no Brasil
Região 1980 2008
Norte 26,0 6,5
Nordeste 21,0 5,0
Sudeste 9,1 4,7
Sul 8,0 3,9
Centro-Oeste 14,8 5,0
Fonte: Tabela elaborada pela autora a partir de textos e dados do Datasus e do Ministério da Saúde. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de
Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Saúde Brasil 2009: uma análise da situação de saúde e da agenda nacional
e internacional de prioridades em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. (Série G. Estatística e Informação em Saúde).
Apesar da robustez e da expressividade do decréscimo de óbitos ocasionados por doenças infecciosas e parasitárias, o guia de
bolso sobre o tema, também do Ministério da Saúde3, alerta para o número significativo de internações hospitalares ocorridas
2
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Saúde Brasil 2009: uma
análise da situação de saúde e da agenda nacional e internacional de prioridades em saúde; Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em
Saúde, Departamento de Análise de Situação de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. (Série G. Estatística e Informação em Saúde).
3
BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.
O estudo do Ministério das Cidades com vistas a subsidiar a elaboração do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab),
em atendimento à nova legislação do setor e realizado sob a coordenação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
elaborou um “Panorama do saneamento básico no Brasil” e ajustou os dados do Censo de 2000 às Pesquisas Nacionais por
Amostra de Domicílios (PNADs) no período entre 2001 e 2008. Além disso, esse estudo explicitou dados importantes para o
cotejamento da ausência de saneamento ou infraestrutura sanitária e a morbidade prevalente nos indicadores de saúde pública,
pontuando a localização dos déficits em saneamento por região, o que pode ser verificado na Tabela 4, a seguir.
Fonte: Tabela elaborada pela autora a partir dos dados e informações extraídas do estudo Panorama do Saneamento Básico no Brasil. HELLER,
Léo; GOMES, Uende Aparecida Figueiredo. Elementos conceituais para o saneamento básico. Brasília: Ministério das Cidades/Secretaria Nacional
de Saneamento Ambiental, 2011.
Vale observar que os dados sobre esgotamento sanitário expõem as demandas das áreas urbanas, nas quais se localiza um
número muito maior de domicílios; entretanto, quando se coteja as áreas urbana e rural, o déficit na segunda é três vezes maior
do que na primeira. Esse fato se repete em relação aos resíduos sólidos, que têm uma cobertura de 90% nas áreas urbanas,
enquanto que nas áreas rurais essa cobertura é de apenas 28,8 %.
A Tabela 5, a seguir, traz dados que elucidam a ausência ou a precariedade dos serviços de saneamento, conforme a localização
espaço-territorial.
Mesmo com tantas evidências, relacionar saúde com saneamento, como ocorre na realidade complexa, não tem sido tarefa fácil.
Pela ótica médico-hospitalar, atualmente dominante na área da saúde, utilizar a falta de saneamento como um dos determinantes
na relação saúde-doença tem sido uma questão menor. Pela ótica hoje dominante na área do saneamento, as obras têm sido
priorizadas, em detrimento dos indicadores epidemiológicos ou ambientais que deveriam, de fato, estar presentes entre os
principais critérios de alocação de recursos financeiros e técnicos.
No entanto, sabe-se há muito que as morbidades relacionadas às doenças infecciosas prevalentes no Brasil são consequência da
quantidade de serviços disponibilizada e também da qualidade desses mesmos serviços.
Por tratar-se de serviços integrais, a intermitência do abastecimento de água, a fragilidade da reservação coletiva ou domiciliar
da água, e a disposição inadequada dos esgotos ou dos resíduos sólidos, são elementos determinantes para uma melhor ou
pior situação na saúde pública.
O desenvolvimento institucional na área da saúde produziu uma reforma sanitária – e um Sistema Único de Saúde, ainda que não
totalmente consolidado como previsto em seu escopo original –, elaborada a partir de um vigoroso movimento que envolveu
usuários, governantes, associações técnicas, academias e trabalhadores. Processo diferente ocorreu em relação ao saneamento, que se
tornou uma área prioritariamente de obras de infraestrutura e de serviços prestados mediante retorno econômico-financeiro, após a
implantação do Planasa e de suas companhias de saneamento. A partir disso, foi então deslocado da saúde pública para uma grande
cadeia produtiva, uma área econômica – se possível – rentável, e perdeu assim sua função social, talvez por não ter construído um
movimento de sustentação extrainstitucional amplo como a saúde; ao contrário, ateve-se a rumores e reclames, legítimos e necessários,
às áreas acadêmicas e técnicas, sendo, pelo seu limite próprio, capaz de produzir apenas recentemente, após décadas, um marco
regulatório, um endereço institucional no governo federal, um descontingenciamento de recursos financeiros e um planejamento
nacional, descentralizado e participativo, que atualmente está dando seus primeiros passos.
4
Entrevista pessoal do autor com Rodolfo Costa e Silva, [199?].
Foto: © Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo / Wilson Magão e Raquel Toth Foto: © Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo / Wilson Magão e Raquel Toth