ÉTICA E

CIDADANIA

Ronildo Alves dos Santos

2020
 ÉTICA E CIDADANIA

Ética, cidadania e
contemporaneidade
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NORBERTO BOBBIO
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NORBERTO BOBBIO
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NORBERTO BOBBIO
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NORBERTO BOBBIO
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NORBERTO BOBBIO
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NORBERTO BOBBIO
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Manoel Gonçalves Ferreira

Filho, Direitos Humanos
Fundamentais.
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ZYGMUNT BAUMAN
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Modernidade líquida

Vivemos na modernidade líquida,

porque, segundo Bauman, como uma
variedade dos fluidos, os líquidos não
mantêm sua forma com facilidade e
estão sempre propensos a mudá-la. É
neste sentido que eles servem como
metáfora para capturarmos a
natureza da era contemporânea.

Z.Bauman, /
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Modernidade líquida
 a metamorfose do cidadão, sujeito de
direitos, em indivíduo em busca de
afirmação no espaço social;

 a passagem de estruturas de solidariedade

coletiva para as de disputa e competição;

 o enfraquecimento dos sistemas de proteção

estatal;

 a colocação da responsabilidade por

eventuais fracassos no plano individual;

 o fim da perspectiva do planejamento a

longo prazo;

 e o divórcio e a iminente apartação total

entre poder e política.

Z.Bauman, Entrevista: https://revistacult.uol.com.br/home/entrevis-zygmunt-bauman/

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Que é modernidade?

Francis Bacon (1561 – 1626)

Organon

Aprendamos a lei da natureza e

seremos os senhores dela, tal
como agora somos, por
ignorância, seus servos

O sonho da socialização da
ciência para a conquista da
natureza e a ampliação do
poder do ser humano.
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Francis Bacon (1561 – 1626)

Organon

“Estou trabalhando para

lançar as fundações não de
qualquer seita ou doutrina,
mas da utilidade e do poder.”
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Rene Descartes (1596 – 1650)

Discurso do Método

Insistência em que devemos nos

preparar para a reconstrução do
conhecimento com base, exclusi-
vamente, na razão humana.

Implica na rejeição de todos os

sistemas antigos de pensamento
Teria que haver um novo começo,
baseado em um novo método para
descobrir a verdade
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“Faz alguns anos já dei-me conta de que, por

um lado, admitira desde a infância muitas
coisas falsas por verdadeiras e de como era
duvidoso, por outro lado, tudo o que depois
sobre elas construíra. Era preciso em
conseqüência que, uma vez na vida, fossem
postas abaixo as opiniões em que até então
confiara, recomeçando dos primeiros
fundamentos, se desejasse estabelecer um
dia algo firme e permanente nas ciências.
Mas como se me afigurasse uma vasta tarefa,
esperei por uma idade que fosse bastante
madura para que não se lhe seguisse outra em
que estivesse mais apto a executá-la. Por isso,
demorei-me tanto que de ora em diante seria
culpado se consumisse em deliberação o tempo
que me resta para agir.”
Descartes

Meditações sobre Filosofia Primeira (Em que se demonstram aexistência

de Deus e a distinção real entre a alma e o corpo do homem), 1641.
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J.W.Goethe (1749 – 1832)

Afinidades eletivas
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“A ‘agenda moral’ de nossos

tempos está cheia de itens em que
escritores éticos do passado mal
ou sequer tocaram, e por boa
razão: em sua época eles não eram
articulados como parte da
experiência humana.”
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“A afirmação principal do livro é

que, no resultado da idade
moderna, (…) muitos caminhos
antes seguidos por teorias éticas
(mas não pelos interesses morais
dos tempos modernos) começaram
a parecer mais semelhantes a uma
alameda cega; ao mesmo tempo se
abriu a possibilidade de uma
compreensão radicalmente nova
dos fenômenos morais.”
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“Resta ver se o tempo da pós-

modernidade passará para a história
como crepúsculo ou como
renascimento da moralidade.”
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“A promessa da técnica moderna

converteu-se em uma ameaça, ou a
ameaça está inseparavelmente ligada
à promessa”

Hans Jonas, 1979

The Imperative of Responsibility: In
Search of Ethics for the Technological
Age
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“A era tecnológica atual, na qual o

poder do homem alcança dimensão e
implicações até agora inimagináveis,
exige uma conscientização ética.

A iminente possibilidade de destruir

ou de alterar a vida planetária faz
necessário que a magnitude do
ilimitado poder da ciência seja
acompanhada por uma nova ética,
uma ética orientada para o futuro.”

“a modificada natureza das ações

humanas exige também uma
mudança na ética”

Hans Jonas, 1979

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“... a natureza qualitativamente nova

de várias de nossas ações abre uma
dimensão totalmente nova, de
relevância ética, não prevista nas
perspectivas e cânones da ética
tradicional.”

Hans Jonas, 1979

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JEAN-FRANÇOIS LYOTARD
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“O progresso é pensado não mais a

partir do contexto de um desejo de
corrida para a frente, mas em conexão
com o esforço desesperado para se
manter na corrida.”

“Nossos ancestrais eram esperançosos:

quando falavam de ‘progresso’, se
referiam à perspectiva de cada dia ser
melhor do que o anterior. Nós estamos
assustados: ‘progresso’, para nós,
significa uma constante ameaça de ser
chutado para fora de um carro em
aceleração”
Z.Bauman, Entrevistas:
https://revistacult.uol.com.br/home/entrevis-zygmunt-bauman/
https://istoe.com.br/102755_VIVEMOS+TEMPOS+LIQUIDOS+NADA+E+PARA+DURAR+/
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https://www.ted.com/talks/frans_de_waal_do_animals_
have_morals#t-985940