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Sandro Adams2
Resumo
INTRODUÇÃO
Jean-Paul Sartre (1968) inicia seu prefácio à obra de Frantz Fanon (Os Condenados da
Terra) discorrendo sobre quem possuí o direito de outorgar Humanidade. Em sua perspectiva,
os colonizados precisavam pedir o Verbo aos europeus. Este dilema pertence à América Latina
e permanece meio século depois. Os latino-americanos acabam por fazer eco aos projetos da
Europa por não ter essa habilidade existencial de legitimamente inventar-se e justificar-se
humanos. Se os europeus arquitetam a igualdade, os colonizados latino-americanos concebem
a desigualdade.
1
Este artigo resulta de uma pesquisa em andamento. Orienta-se consultar o autor para realizar citações a partir
deste texto.
2
Mestrando em Sociologia no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pelotas;
sandroadams@gmail.com; Bolsista da Coordenadoria de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior/CAPES.
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Em outra frente, Boaventura de Souza Santos (2010) concorda com esse falso desígnio
de pedir emprestado à teoria do centro o que a teoria crítica latino-americana havia superado já
nas décadas de 1960. Volta-se ao estágio de tão somente adjetivar os substantivos: se a teoria
convencional afirma o desenvolvimento, a teoria crítica referencia o “[...] desarrollo alternativo,
democrático o sostenible” (SANTOS, 2010, p. 30); se afirmarem a democracia, referenciam-se
a “[...] democracia radical, participativa o deliberativa” (SANTOS, 2010, p. 30); se afirmarem
o cosmopolitismo, referenciam-se o “[...] cosmopolitismo subalterno, de oposición o
insurgente, enraizado” (SANTOS, 2010, p. 30); se afirmarem os direitos humanos, referenciam-
se os “[...] derechos humanos radicales, colectivos, interculturales” (SANTOS, 2010, p. 30).
Diante disto, sustentar-se-á que a imaginação sociológica (Cf. MILLS, 1972) e política
do trabalho não produz uma teoria crítica latino-americana quando restringe seu olhar científico
ao mercado de emprego que, sendo tão somente uma visão do mercado de desemprego, faz eco
ao projeto eurocêntrico ou acaba por adjetivar seus conceitos modernos. Tal tensão dialética é
demonstrativa na usurpada normalidade que o Estado e a sociedade latino-americana tanto
almejam em relação ao centro.
Esta revisão bibliográfica analisa, objetivamente, a ideia de Estado Normal proposto
pela intelligentsia dirigente argentina quando implantou o programa neoliberal após o processo
de redemocratização. Expõe a heterogeneidade estrutural das relações imbricadas nos modos
de produção capitalista e nas formas de exploração do trabalho a fim de sustentar a premente
dimensão serva-escravista da América Latina. Indaga se pensar a dinâmica do trabalho pelo
viés do desenvolvimento não sustenta uma submissão colonial. Por ultimo, filia-se a virada
epistemológica decolonial por uma releitura crítica dos atuais padrões críticos.
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incondicional em qualquer iniciativa norte-americana. Constituía “[...] romper com os
princípios da autodeterminação e da não intervenção” (CERVO, 2000, p. 06) em prol de uma
ordem internacional regulada por relações de força. Deste modo, significou sujeitar a sua
estrutura econômica interna aos dogmas externos do Consenso de Washington.
Destarte, ser normal converteu-se no “[...] desideratum de todos os países da América
Latina” (CERVO, 2000, p. 06). Objetivavam agradar à matriz do novo sistema internacional,
notoriamente, os Estados Unidos. Esta transição do Estado desenvolvimentista para o Estado
normal significou a “[...] adoção de um processo de modernização concebido pelo centro em
substituição à formulação da inteligência local” (CERVO, 2000, p. 06).
As ideias estruturalistas da CEPAL (centro-periferia, deterioração dos termos de troca,
indústria, mercado interno, expansão do emprego e da renda) que inspiraram a política dos
países latino-americanos na tentativa de superação do atraso histórico foram arquivadas pelos
dirigentes neoliberais. Em seu lugar, adotou-se a “[...] visão de um mundo harmônico, global”
(CERVO, 2000, p. 07), individualista, privado e oligopolista. A América Latina encontrava-se
novamente em uma situação homogênea porque “[...] não havia outra opção para a América
Latina” (CERVO, 2000, p. 07). Cabalmente, pode-se afirmar que o “[...] eurocentrismo da
Modernidade é exatamente a confusão entre a universalidade abstrata com a mundialidade
concreta hegemonizada pela Europa como centro” (DUSSEL, 2005, p. 28).
Esta narrativa hegemônica da modernidade ocidental já impôs a América Latina uma
retórica salvacionista baseada na conversão ao cristianismo (século XVI), à civilização (XVIII),
ao desenvolvimento (1945) e na tríade desenvolvimento-democracia-mercado (1989). É uma
violência epistêmica que se estrutura no controle da economia (exploração do trabalho), da
autoridade (formas de governo), do público (normativa sexual e familiar) e do intersubjetivo
(cultural) que foram alterados ao longo dos séculos, mas permanece a lógica da colonialidade
do conhecimento e da subjetividade (Cf. MIGNOLO, 2008). No que segue, ir-se-á tratar da
divisão internacional do trabalho capitalista pelas suas formas de exploração.
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Pablo Conzález Casanova
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trabalho. Neste sentido, a condição central do poder capitalista é o controle hierárquico,
heterogêneo e racista do trabalho (Cf. QUIJANO, 2005, p. 244-246).
As ligações entre a raça, o eurocentrismo e o capitalismo são fundamentais para
compreender que o capital existe como eixo dominante das formas conhecidas de controle do
trabalho coexistindo com os diferentes modos de produção que coabitam articulados no mesmo
tempo e espaço latino-americano. É justamente essa heterogeneidade estrutural que permite a
existência do escravo, do servo, do assalariado e do pequeno produtor (mercantilista)
simultaneamente integrado ao sistema-mundo colonial-moderno. Essas formas de exploração
do trabalho sempre estiveram presentes de forma articulada nos modos de produção nestes 500
anos de construção do capitalismo em um mercado mundial (Cf. CASANOVA, 2002, p. 110-
135).
Destarte, sem uma homogeneidade linear dos modos de produção se torna impossível
sustentar que o capitalismo transformou e classificou todos os trabalhadores em relação ao
salário: empregados versus desempregados. O mito do fim do trabalho pela constante evolução
tecnológica não resiste a esta homogeneidade da heterogeneidade estrutural latino-americana,
isto é, os trabalhadores continuam e continuaram sendo obrigados a aceitar novas/velhas formas
de exploração para poderem sobreviver (Cf. QUIJANO, 2003, p. 269-270).
Essa crítica desconstrói a divisão histórica entre a fase pré-capitalista e a fase capitalista
transposta pela narrativa hegemônica da Europa sem observar a especificidade da América
Latina. Tanto a escravidão, a reciprocidade e a servidão (“fase pré-capitalista”) quanto o salário
(“fase capitalista”) são dinamicamente conexos ao capitalismo. Assim, esta não linearidade dos
modos de produção combinados com as formas de exploração de trabalho não podem ser
substituídas exclusivamente pela relação capital-salário, isto é, pelo emprego.
Não há dois mundos separados entre o pré-capitalismo e o capitalismo, mas duas logicas
diferentes: modernidade e colonialidade. Porque se não contiver a noção de capitalismo em
escala mundial claramente, corre-se o risco de colocar os países centrais como sendo capitalistas
e os demais como pré-capitalistas. Desta forma, poderia se reproduzir a equivocada lógica
eurocêntrica da evolução linear ou unidirecional (Cf. QUIJANO, 2003, p. 273). É um único
sistema que associa a dominação racial, a exploração e distribuição do trabalho, o poder da
diferença entre centro-periferia. Os eixos do padrão mundial de poder são as diferenças entre
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“centro” e “periferia”, e de regimes socioculturais não poderiam ser explicadas sem a relação
entre raça e exploração do trabalho.
Essa não linearidade dos modos de produção com as formas de exploração do trabalho
coexistem harmoniosamente na América Latina desde 1492 até os idos atuais. Exemplificamos
essa relação circular e permanente no quadro abaixo.
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Há um problema contemporâneo normal que supostamente não pertence
sociologicamente aos modos de produção e nem a exploração da força de trabalho: a agenda
sustentável do meio ambiente. O aumento exponencial da população mundial é uma
possibilidade originária da revolução energética do início do século XVIII. Se considerarmos a
trajetória da humanidade nos rastros das descobertas científicas, concordaremos que delongou
quase 200 mil anos para atingir o primeiro mil milhões de pessoas. De outra forma, demorou
123 anos para alcançar os dois bilhões em 1927; 33 anos para alcançar os três bilhões em 1960;
14 anos para alcançar os quatro bilhões em 1974; 13 anos para alcançar os cinco bilhões em
1987; 12 anos para alcançar os seis bilhões em 1999 e os mesmos 12 anos para alcançar os sete
bilhões em 2011 (Cf. ASH, 2008, p. 280-281).
Esse vertiginoso crescimento populacional sustenta uma preocupação retórica
ambientalista que esconde uma lógica de defesa do status quo. Um exemplo claro desse engodo
é o relatório “Os limites do crescimento” apresentado pelo Clube de Roma em 1972. Tal estudo
concluiu que o problema da finitude dos recursos naturais do planeta poderia ser facilmente
resolvido se os pobres continuassem sendo pobres (Cf. SCHONS, 2012, p. 71). Um gesto de
caridade normal para uma região latino-americana ainda pré-capitalista.
No estudo global das desigualdades, entretanto, a América Latina aparece como a região
central. A desigualdade social no contexto latino-americano constitui o “[...] leitmotiv que
predomina en la región desde 1492” (GOTENBERG, p. 2010, p. 376) e, aqui e agora, é uma
das “[...] condições estruturantes da sociabilidade brasileira” (CARDOSO, 2019, p. 01). Esta
desigualdade é perpetrada secularmente e prolongada culturalmente mesmo durante as
transições paradigmáticas, cíclicas e históricas do capitalismo. Assim, não faz sentido discutir
as perdas de oportunidades nacionais-desenvolvimentistas nas brechas históricas como o quer
Márcio Pochmann (2004).
Ironicamente, Pochmann desmerece as figuras científicas e políticas de Darcy Ribeiro,
Maria da Conceição Tavares, Hélio Jaguaribe e Vania Bambirra porque só diz aquilo que é
prazeroso de ser dito/escutado. Assim, incorre em uma leitura eurocêntrica da realidade latino-
americana creditando pertencer a uma teoria crítica sem, no entanto, fazer nada mais do que
adjetivar os substantivos. Não crítica o conceito de democracia, mas tão somente as elites locais
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que barraram o avanço do regime democrático de direito. Em outra frente, continua a acreditar
na possibilidade da democracia social (Cf. POCHMANN, 2004, p. 09-14), mas sem questionar
efetivamente a democracia racial, por exemplo. Ao apostar as suas fichas no estalo democrático
do neodesenvolvimentismo nacionalista olvida aquilo que Boaventura (2016) e Quijano (2004)
já inquiriram perfeitamente: como pensar que uma democracia possa resolver os problemas
ontológicos da heterogeneidade estrutural capitalista-trabalho?
Em determinados momentos, parece que a América Latina tem por adágio “procurar
chifres em cabeça de cavalo”. Tenazmente, requer que a democracia resolva o problema da
pobreza, da desigualdade, da segurança, da violência, da discriminação e do racismo, mas a
“[...] democracia não é feita para isso” (CASTAÑEDA, 2008, p. 98). A democracia não resolve
o problema da pobreza, da exploração, da escravidão e essa constatação teórica produz um
assombro: “[...] mas de que serve a democracia se não resolve o problema da pobreza?”
(CASTAÑEDA, 2008, p. 98). Aliás, na maior parte da história latino-americana, ela aguçou os
problemas. Novamente, adjetivos ao substantivo: a democracia precisa ser mais deliberativa,
participativa, representativa, popular. Criticamente, dir-se-á que observar as transformações
recentes do mundo do trabalho requer que as “[...] perguntas que surgem do presente sejam tão
ricas, gerais e básicas, que nos obriguem a mudar nossas concepções costumeiras”
(SEGUNDO, 1978, p. 11).
Esta ruptura epistemológica e metodológica nasce da atenção crítica, do desconfiar, do
sentir e do agir. A ciência sociológica, na América Latina, almeja fazer perguntas profundas
sobre sua realidade social, política, econômica e cultural para se transformar com elas porque
os atuais padrões civilizatórios colocam a tarefa de “[...] desconstruir discursos hegemônicos”
(DUPAS, 2006, p. 17).
A radicalidade do pensar reside nessa sua intencionalidade. Maria da Conceição Tavares
(1999), em suas lidas pelos movimentos sociais rurais e urbanos, nos recorda a premissa do
sistema econômico autoritário e socialmente predatório que sustenta um cosmopolitismo de
excluídos das benesses do capitalismo latino-americano. Sua prerrogativa é questionar a elite
econômica, política e cultural sobre quem são os sacrificados e por que eles são os escolhidos
para esse sacrifício. Desta forma, irá concluir que a existência dos milhares de sacrificados visa
garantir o progresso e o bem estar de poucos (Cf. TAVARES, 1999, p. 105-110).
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Entrementes, Eduardo Galeano (1990) nos adverte de que a história oficial é engendrada
a partir de uma perspectiva hegemonicamente universal e legitimadora dos velhos disfarces do
sistema que, não obstante, “[...] mente pelo que diz e mente pelo que cala” (GALEANO, 1990,
p. 30). O árduo percurso teórico descolonial/decolonial busca “[...] destruir os particularismos
que impedem a autêntica compreensão de um fenômeno que só pode e deve ser compreendido
tendo em conta os horizontes que o limitam” (DUSSEL, 1997, p.15), isto é, romper com a
explicação histórica do povo latino-americano partindo de alguns fatos considerados relevantes
e que acabam por “[...] simplesmente ‘mitificar’ e não ‘historiar’” (DUSSEL, 1997, p.15).
Identificar os problemas parcialmente pelo espelho eurocêntrico distorce a realidade por
somente refletir uma imagem parcial da Europa para a América Latina. Quijano atenta para este
componente histórico de formação identitária desde o eurocentrismo imperial e compreende a
tragédia latino-americana como uma extensão exterior que nos impõe continuar “[...] sendo o
que não somos” (QUIJANO, 2005, p. 240).
O não ser normal para o centro é a normalidade latino-americana. O fato fundante deste
continente é a conquista do território pelos espanhóis e portugueses em um ato “[...] desigual
como nenhum outro” (CASTAÑEDA, 2008, p. 100). Para piorar, somente a escravidão pode
ser tão desigual quanto à conquista. Ambas existiram e persistem em cada latino-americano
como em nenhum europeu. Assim, desde o início, “[...] tudo na América Latina tem sido
desigual” (CASTAÑEDA, 2008, p. 100).
O fato é que a América Latina não é a região economicamente mais pobre (África),
etnicamente mais dividida em castas/hierarquias (Ásia) ou geopoliticamente mais turbulenta
(Oriente Médio), mas é a que convive com a desigualdade desde a sua formação. Adalberto
Cardoso (2019) observa curiosamente que a “[...] desigualdade percebida deixa de ser
sociologicamente relevante” (CARDOSO, 2019, p. 29) tal qual a agenda normal do estado, do
mercado de emprego e do desenvolvimento. Fundamentalmente, “[...] nem toda desigualdade
percebida gera sentimento de que a sociedade é injusta” (CARDOSO, 2019, p. 29) porque pode
haver centros na periferia, isto é, as “[...] sociedades profundamente desiguais podem cumprir
suas promessas” (CARDOSO, 2019, p. 29).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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A América Latina, em seu bojo histórico-cultural, produziu inúmeros sacrifícios
materiais, políticos, culturais e humanos em nome das promessas civilizacionais do
desenvolvimento, da democracia, dos direitos humanos. As poucas promessas cumpridas estão
restritas a extratos sociais cada vez menores e específicos. Reconhecer as “[...] singularidades
de cada luta” (HARDT & NEGRI, 2014, p. 94) e como configuram as novas identidades
democráticas e resistências trabalhistas não é uma tarefa fácil e aprazível porque tenciona os
egos intelectuais de variadas correntes científicas por outro modo de ver e produzir mundos.
Assim, a sociologia do trabalho na América Latina não se incumbe à teoria crítica latino-
americana sem uma perspicaz sociologia da exploração. A proteção social do trabalhador não
virá pela agenda democrática, isto é, só surge pelo deslumbre assombroso de que a América
Latina foi pensada para ser desigual. Sua normalidade é não ser europeia e, contudo, continuar
buscando ser uma Europa. Talvez o que lhe resta não seja o privilegio da servidão que
permanentemente a acompanha nas suas conformações capitalistas, mas a capacidade crítica de
olhar com o olhar de quem realmente sofre e não com o olhar de quem é capaz de dizer o que
é sofrer sem, no entanto, ser capaz de sofrer.
Romper com a ideia de desenvolvimento é romper com o horizonte colonial. É
reconhecer que a democracia implantou o regime neoliberal. É romper o horizonte colonial de
dominação que ainda silencia (colonialmente), inferioriza (epistemologicamente) e subestima
(politicamente) as vozes críticas latino-americanas que apostam em novos horizontes possíveis
contra a concepção do Estado normal.
Por último, Darcy Ribeiro (2006) inicia seus questionamentos antropológicos a partir de uma
constatação: por que o Brasil e a América Latina não deram certos? Porém, Ribeiro reconhece
o caráter atípico da formação histórica latino-americana e brasileira que não se “[...] enquadra
nos esquemas conceituais elaborados para explicar outros contextos” (RIBEIRO, 2006, p. 247).
Assim, em nova dobra crítica-reflexiva, questiona a partir de outro ponto de vista: por que o
Brasil e a América Latina deram certos?
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