Analise as questões e respondam TODAS de maneira justificada e/ou
fundamentada:
1. Qual (is) o (s) objeto (s) do controle concentrado de
constitucionalidade (indique as hipóteses de incidência, assim como, as não hipóteses de incidência)? Emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos, resoluções, tratados internacionais e demais atos normativos que sejam genéricos e abstratos .As hipóteses poderão ele ser exercido em qualquer tipo de ação, ou seja, de natureza cível, penal, trabalhista, tributária, etc., em processos de conhecimento, cautelar ou de execução, sendo de destacar que, ocorrendo a arguição, esta é feita em relação processual onde a lide a resolver-se tem por objeto matéria estranha ao controle, entrando a arguição apenas como incidente, e por isto mesmo, podendo ser arguida em qualquer grau ou juízo. As hipóteses de não incidência corresponde aos fatos ou atos que não estão constantes na lei para dar nascimento a obrigação tributária, acontecimento material não se sujeita ao tributo por não se enquadrar à hipótese legal da respectiva incidência. Esta norma descreve a situação de fato que, quando realizada, faz nascer o dever jurídico de pagar o tributo. Norma de tributação, ou norma descritora da hipótese de incidência do tributo. 2. Qual a diferença entre inconstitucionalidade originária e inconstitucionalidade superveniente? As duas hipóteses são reconhecidas pelo Supremo Tribunal Federal? A inconstitucionalidade Originária, recai sobre o texto original da constituição de 1988, afastando a análise através das emendas, e se atendo aos dispositivos estabelecidos no primeiro texto constitucional publicado em entrado em vigor em 1988. A inconstitucionalidade Superveniente, seria aquela que recai sobre emenda à constituição, porém, a posição pacífica do STF é que essa espécie de inconstitucionalidade inexiste, pois nesta situação, seria caso de revogação, e não declaração de inconstitucionalidade. 3. Explique a diferença entre os efeitos vinculante das decisões exaradas nas ações de controle concentrado de constitucionalidade e a revogação de uma lei. No caso do controle concentrado, o Poder Judiciário é acionado para decidir acerca da constitucionalidade ou inconstitucionalidade de lei ou ato normativo de forma abstrata; ou seja, se a norma indigitada está ou não se contrapondo à Constituição, por meio das ações diretas de inconstitucionalidade (ADI); das ações declaratórias de constitucionalidade (ADC), instituídas pela Lei n° 9.868/99; ou das arguições de descumprimento de preceito fundamental (ADPF), regulamentada pela Lei nº 9.882/99. As decisões proferidas nestas ações de controle concentrado têm efeitos ex tunc, anulam a lei desde a sua criação, erga omnes valem para todos e vinculante para todo o Poder Judiciário e para todos os órgãos da Administração Pública, direta e indireta, não abrangendo, apenas, o Poder Legislativo. Já a revogação de lei é o ato que põe fim à sua vigência. Uma lei só pode ser revogada por lei, pois os costumes não lhe retiram a vigência. Cuidado com as leis de vigência temporária, que são editadas para terem vigor por certo período de tempo ou durante determinada situação. Elas não precisam de outra lei para serem revogadas, mas também são revogadas por lei, uma vez que a própria lei traz a sua revogação. A revogação de lei, só pode ocorrer através de outra lei produzida pelo processo legislativo advindo do poder legislativo (Art.2º da CF/88).
4. ual (is) são as formas que os poderes legislativo e executivo atuam
nas questões de controle de constitucionalidade? Comissão de Constituição e Justiça CCJ. Comissão legislativa, são grupos formados por parlamentares, que possuem como finalidade a análise técnica prévia de projetos de lei, ao final, será emitido um parecer técnico, que atesta a viabilidade ou não da entrada da lei em vigor, porém, não possui força vinculante. CCJ, é uma comissão legislativa fixa, qual todos os projetos de lei serão analisados, de maneira prévia, a respeito da sua constitucionalidade ou não, porém o seu parecer não possui força vinculante controle de constitucionalidade prévio/preventivo político. Refere-se a possibilidade que o parlamentar possui de impetrar MS diretamente ao STF com o intuito de suspender o processo legislativo, e posteriormente o STF analisar a constitucionalidade ou não do projeto de lei; é denominado, controle de constitucionalidade preventivo político. Poder executivo: duas espécies de veto: político, interesse público e o jurídico, controle de constitucionalidade preventivo político, o veto político é motivado em decorrência do interesse público, é uma cláusula subjetiva, interesse público refere-se a não inovação da lei no conteúdo discutido, ou quando financeiramente a aplicação da lei se torna inviável, porém, por ser subjetiva, há possibilidade de outras formas de aplicação, o veto jurídico ocorre quando o chefe do executivo veta o projeto de lei que contraria o texto constitucional. O Chefe do Executivo, ao receber um projeto de lei, poderá sancioná-lo ou vetá-lo. Se há veto, estará havendo controle preventivo. Na verdade, o Chefe do Executivo veta o projeto de lei, e não a lei, porque o projeto de lei só se torna lei com a sanção (aquiescência) ou eventual derrubada do veto. Assim, o controle de constitucionalidade preventivo feito pelo poder executivo ocorre por meio do veto. Vale ressaltar que existe o veto político e o veto jurídico. O veto é político quando o Chefe do Executivo entende que o projeto é contrário ao interesse público. O veto é jurídico quando se veta o projeto não mais por ser contrário ao interesse público, mas por entender que o projeto é inconstitucional. Nos termos do art. 66, §1º, da CF/88, estabelece a Carta Magna que se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional veto jurídico ou contrário ao interesse público veto político, vetá-lo-á total ou parcialmente. Somente o veto jurídico é, de fato, o controle de constitucionalidade prévio, o veto político não é controle de constitucionalidade, porque nesse caso não há afronta à Constituição. 5. Diferencie controle difuso e controle concentrado, elucidando os seus efeitos práticos. Controle difuso concreto: a discussão advém do caso concreto, incidental, controle por via de defesa, o objeto principal da ação, não é a análise da constitucionalidade, mas sim, o bem da vida pleiteado. Juízo singular em legitimidade para análise do controle, assim como, órgãos colegiados. Efeitos: INTER PARTES, EX NUNC, E NÃO VINCULANTES. Controle Concentrado Abstrato: objetivo é discussão sobre a lei, controle por via de ação, análise principal é a lei federal ou estadual, o ato normativo federal ou estadual, ou o tratado internacional, somente o STF possui competência para analisar as demandas do controle concentrado. Efeitos: ERGA OMNES, EX TUNC, e é vinculante. 6. Quem são os legitimados na Ação Direta de inconstitucionalidade- ADI? Justifique sua resposta elucidando os legitimados que necessitam demonstrar a pertinência temática da ação. De acordo com Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Os legitimados que necessitam demonstrar a pertinência temática: Governador do Estado ou Distrito Federal, Mesa da assembleia Legislativa Estadual ou Câmara do Distrito Federal, Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.