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PREVIDÊNCIA SOCIAL
A INFORMAÇÃO COMO INSTRUMENTO
PROPICIADOR DE ACESSO AOS BENEFÍCIOS
PREVIDENCIÁRIOS
BELÉM/PARÁ
2001
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E EDUCAÇÃO
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
Belém/Pará
2001
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E EDUCAÇÃO
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
FOLHA DE AVALIAÇÃO
NOTAS ATRIBUÍDAS
ORIENTADOR
______________________
EXAMINADOR
______________________
NOTA FINAL
______________________
DATA: ___/___/____
Concluo o Curso, com a minha
coragem, com a minha dedicação, com a
minha determinação e persistência.
Dificuldades? Com certeza. Pensei em
desistir? Nunca! Venci os obstáculos? Com
certeza, enfrentando as dificuldades trazidas
pelo cotidiano. Enfrentando os desafios do
dia-a-dia.
DEDICATÓRIA
RESUMO: O presente artigo aborda a Previdência Social de forma a torná-la evidente como
política social, destacando os benefícios previdenciários e a informação como instrumento
propiciador de acesso aos mesmos. Evidencia a importância do conhecimento dos benefícios e
como obter o acesso aos mesmos, no momento da ausência da capacidade laborativa, causado por
fatos como: doença, idade avançada, invalidez, maternidade, prisão e falecimento. Como o Serviço
Social intervém para amenizar a visão mínima e equivocada que se expressa com relação a
Previdência Social perante à sociedade.
A ausência de informação foi evidenciada nas relações sociais junto aos usuários
atendidos na Agência Previdência Social Belém Pedreira.
Frente ao fato, tomamos como objeto de estudo do nosso artigo, a informação como
instrumento propiciador de acesso aos benefícios previdenciários.
Em seu parágrafo único, do art. 6º, o Regime Geral de Previdência Social garante o
que expressa o art. 5º, exceto para o desemprego involuntário, Decreto n.º 3.048 /1999.
A administração do Regime Geral de Previdência Social é atribuída ao Ministério
da Previdência e Assistência Social, estando a Previdência sob a execução do Instituto
Nacional de Seguro Social - INSS, o qual é uma Autarquia Federal que desenvolve o
conjunto de ações públicas governamentais voltadas à concessão dos benefícios e serviços
previdenciários, estrategicamente ligados à reprodução da força de trabalho e a preservação
de ordem sócio-econômica e à política vigente.
A Constituição Federal de 1988, prevê em seu art. 193, que “A Ordem Social, tem
como base o primado do trabalho e como objetivo o bem estar e a justiça social”.
Entendemos que houve avanços significativos nas conquistas sociais, sendo que
estes foram garantidos a partir da Constituição de 1988, a Seguridade Social, concebida
como direito social, em seu tripé, está a Previdência Social, Saúde e Assistência Social, as
quais estão voltadas para o exercício da cidadania e o bem-estar social. Conforme
SPOSATI, 1999: 45.
A Previdência é uma política social, só que de forma contributiva que não está mais
direcionada essencialmente aos trabalhadores do mercado formal e informal mas também
pela garantia dos direitos e deveres individuais e coletivos de qualquer indivíduo. Isso está
expresso nos artigos 5º e 6º da Constituição Federal de 1988, os quais dispõem: “Todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade,
à segurança e a propriedade”.
Neste sentido, qualquer pessoa pode ter acesso à Previdência Social, contanto que
dela participe pela filiação e contribuição como garantia de direitos sociais, entre os quais,
estão expressos no artigo 6º: “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e a infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta constituição”.
Esses direitos foram consagrados na lei maior do país, a Carta Magna, que no
Artigo 201 prevê que: “A Previdência Social será organizada sob a forma de regime geral,
de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservam o
equilíbrio financeiro e atuarial”.
O trabalhador hoje garante o seu sustento e de sua família, no entanto, está sujeito
aos eventuais infortúnios, sendo a Previdência Social, um seguro que estabelece critérios
para seu acesso, sendo de bom senso observar que a partir da Constituição de 1988, a
Previdência Social passa por significativas mudanças, tendo como objetivo precípuo
aumentar a arrecadação, com possíveis cortes de direitos dos trabalhadores, assim como, a
profunda redução dos benefícios, principalmente nas aposentadorias tendo início com a Lei
n.º 8.212, de 24 de julho de 1991 e a Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991, passando por
inúmeras alterações para atender às tendências das políticas sociais. Como bem expressa
FALEIROS:
“...a principal modificação para os trabalhadores do setor privado na
Reforma Constitucional foi o fim da aposentadoria por tempo de serviço e a
exigência do sistema contributivo. Para se ter direito à aposentadoria, agora, são
necessários trinta anos de contribuição (mulheres) e trinta e cinco (homens). Aos
65 anos (homens) e 60 (mulheres) é garantida uma aposentadoria nos termos da
Lei n.º 9.876, de 26 de novembro de 1999, introduziu o fator previdenciário,
segundo o qual o valor do benefício depende do conjunto das contribuições e da
expectativa de vida da pessoa, com o objetivo de dilatar o pedido de aposentadoria
e incorporar ao seguro os 50% de trabalhadores informais que não contribuem
para a previdência. O número de desempregados, segundo o Departamento
Intersindical de Estudos (DIEESE), chegou a 20% em São Paulo em 1999, o que
torna difícil o processo de incorporação à previdência, pois o valor da
contribuição individual facultativa é de 20% sobre o respectivo salário de
contribuição. A idade mínima para se trabalhar passou a ser de 16 anos . (...)
(2000:209).
Diante disso, não podemos conceber, que a Previdência Social, ainda seja vista sob
o foco assistencialista, como ocorreu ao longo de sua história, pois é assim que percebemos
no cotidiano das pessoas, visto que, as mudanças, principalmente nas atividades
previdenciárias, estão voltadas para o equilíbrio orçamentário sob objetivos e exigências da
nova ordem social, nesse sentido é importante saber porque são estabelecido critérios
rígidos nas funções previdenciárias, estes são impostos pelas dotações orçamentárias, fonte
de custeio nos órgãos executores, critérios, os quais, entendemos que estão bem definidos
no que tange a concepção entre Previdência e Assistência Social dentro das ações globais
de política social do Estado que prevê a Constituição de 1988, Artigo 203: “A assistência
social será prestada a quem dela necessitar independente de contribuição à seguridade
social (...)”
A Previdência, por sua vez, está para quem a ela contribui, estes são considerados
segurados obrigatórios e facultativos. Os segurados obrigatórios, são aqueles que exercem
atividades que estejam filiadas ao Regime Geral de Previdência Social, são atividades
formais e informais.
A inscrição pode ser para pessoas a partir de 16 anos sem limite máximo de idade, a
contribuição pode ser efetuada em todas as casas lotéricas e na rede bancária.
O Art. 18 do Decreto n.º 3.048, de 6 de maio de 1999, considera inscrição de
segurado para efeito da Previdência Social o ato pelo qual o segurado é cadastrado no
Regime Geral de Previdência Social, mediante a comprovação dos dados pessoais e de
outros elementos necessários e úteis a sua caracterização.
É importante ressaltar que o homem para se aposentar, tem que comprovar 35 anos
de contribuição, e a mulher, 30 anos, portanto, quanto mais cedo começar a contribuir,
mais perto estará a aposentadoria.
II – OS BENEFÍCIOS
Estas prestações estão expressas no art. 25, Decreto n.º 3.048 de 6 de maio de 1999,
são benefícios e serviços: para o segurado, tipos de aposentadoria por invalidez, por idade,
por tempo de contribuição, especial e proporcional, os auxílios doença e acidente, salário-
família e maternidade, pensão por morte do segurado e auxílio reclusão por sua detenção e
mais a reabilitação profissional que é o serviço prestado ao segurado que se torna
incapacitado para o trabalho.
Neste contexto, podemos considerar que uma das formas de garantir o exercício de
cidadania é o envolvimento da sociedade como um todo, especialmente as pessoas que
exercem qualquer tipo de atividade, podendo ser de natureza urbana ou rural para os quais
a Emenda Constitucional n.º 20/98 limita a idade para o ingresso no Regime Geral de
Previdência Social. A idade mínima é de 16 anos e a idade máxima inexiste, para obter os
direitos aos benefícios, se faz necessário a realização do cadastro junto a Agência da
Previdência Social, além de, possibilitar esse cadastro até mesmo através do telefone, e do
site da Previdência Social. Para que o cadastro seja realizado há tempo de requerer os
benefícios da Previdência Social, visto que, isto muitas vezes não acontece até mesmo pela
falta de interesse ou pelo agravante da ausência de informação.
III – A INFORMAÇÃO COMO INSTRUMENTO PROPICIADOR DE ACESSO
AOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
Para SARMENTO:
Conforme SARMENTO:
Quem nunca trabalhou durante sua vida, mas por falta de informação e
esclarecimento dos seus direitos sociais não procurou a tempo a previdência. Quantas e
quantas vezes, não ouvimos a frase: “eu não sabia que precisava pagar o INPS, e/ou o
INSS para eu me aposentar”. (Fala de usuários atendidos no campo de estágio) – Agência
da Previdência Social, Belém – Pedreira.