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ARMAMENTO E TIRO

Material de Estudo
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CARTILHA DE ARMAMENTO E TIRO

APRESENTAÇÃO

Esta cartilha foi elaborada pelo Serviço de Armamento e Tiro da Academia Nacional de
Polícia e pelo Serviço Nacional de Armas e tem como objetivo principal fornecer os ensinamentos
que serão cobrados em exame para a comprovação de capacidade técnica para o manuseio de
arma de fogo.

O comprovante de capacitação técnica deverá atestar, necessariamente, que o


pretendente demonstre ter conhecimento da conceituação e normas de segurança pertinentes à
arma de fogo, conhecimento básico dos componentes e partes da arma de fogo e habilidade do
uso da arma de fogo demonstrada, pelo interessado, em estande de tiro.

1. ARMA DE FOGO

1.1. CONCEITO

Dispositivo que impele um ou vários projéteis através de um cano pela pressão de gases
em expansão produzidos por uma carga propelente em combustão.

1.2. CLASSIFICAÇÃO

1.2.1. Quanto à alma do cano

A alma é a parte oca do interior do cano de uma arma de fogo, que vai geralmente desde a
culatra até a boca do cano, destinada a resistir à pressão dos gases produzidos pela combustão
da pólvora e outros explosivos e a orientar o projétil. Pode ser lisa ou raiada, dependendo do tipo
de munição para o qual a arma foi projetada.
Alma raiada

A alma é raiada quando o interior do cano tem sulcos helicoidais dispostos no eixo
longitudinal, destinados a forçar o projétil a um movimento de rotação.

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Alma lisa

É aquela isenta de raiamentos, com superfície absolutamente polida, como, por exemplo,
nas espingardas. As armas de alma lisa têm um sistema redutor (choque), acoplado ao extremo
do cano, que tem como finalidade controlar a dispersão dos bagos de chumbo.

1.2.2. Quanto ao tamanho

Armas Curtas:

Pistolas – Modernamente podemos conceituar pistola como arma curta, raiada, portátil,
semi-automática ou automática, de ação simples, ação dupla, dupla ação e híbrida, com câmara
no cano, a qual utiliza o carregador como receptáculo de munição. Existem pistolas de repetição
que não dispõem de carregador e cujo carregamento é feito manualmente pelo atirador. Seu
nome provém de Pistoia, um velho centro de armeiros italianos.

Revólveres – Arma curta de alma raiada ou lisa, portátil, de repetição, na qual os


cartuchos são colocados em um cilindro giratório (tambor) atrás do cano, podendo o mecanismo
de disparo ser de ação simples ou dupla.

Armas Longas – Alma Raiada:

Rifles – Termo muito comum, de origem inglesa, que significa o mesmo que fuzil. Arma
longa, portátil que pode ser de uso militar/policial ou desportivo; de repetição, semi-automática ou
automática.

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Fuzil de Assalto – Fuzil Militar de fogo seletivo de tamanho intermediário entre um fuzil
propriamente dito e uma carabina.

Carabina (Carbine) – Geralmente uma versão mais curta de um fuzil de dimensões


compactas, cujo cano é superior a 10 polegadas e inferior a 20 polegadas (geralmente entre 16 e
18 polegadas).

Submetralhadora – Também conhecida no meio Militar como metralhadora de mão, é


classificada assim por possuir cano de até 10 polegadas de comprimento e utilizar cartuchos de
calibres equivalentes aos das pistolas semi-automáticas.

Metralhadora – Arma automática, que utiliza cartuchos de calibres equivalentes ou


superiores aos dos fuzis; geralmente necessita mais de uma pessoa para sua operação.

Armas Longas – Alma Lisa:

Espingardas - Arma longa, de alma lisa, que utiliza cartuchos de projéteis múltiplos ou de
caça.

1.2.3. Quanto ao sistema de carregamento

Antecarga – Qualquer arma de fogo que deva ser carregada pela boca do cano.

Retrocarga – Arma de fogo carregada pela parte de trás ou extremidade da culatra.

1.2.4. Quanto ao sistema de funcionamento

Repetição – Arma capaz de ser disparada mais de uma vez antes que seja necessário
recarregá-la, as operações de realimentação são feitas pela ação do atirador. Pode ser equipada
com carregador, tambor ou receptáculo (tubo).

Semi-automático – Sistema pelo qual a execução do tiro se dá pela ação do atirador (um
acionamento da tecla do gatilho para cada disparo); as operações de extração, ejeção e
realimentação se darão pelo reaproveitamento dos gases oriundos de cada disparo.

Automático – Sistema pelo qual a arma, mediante o acionamento da tecla do gatilho e


enquanto esta estiver premida, atira continuamente, extraindo, ejetando e realimentando a arma
até que se esgote a munição de seu carregador ou cesse a pressão sobre o gatilho.

1.2.5. Quanto ao sistema de acionamento

Ação simples – No acionamento do gatilho apenas uma operação ocorre, o disparo;


sendo que a operação de armar o conjunto de disparo já foi feita antes.

Ação dupla – No acionamento do gatilho ocorrem duas operações, a primeira é o armar


do conjunto de disparo e a segunda é o disparo propriamente dito.

Dupla ação – Sistema onde se faz possível a execução do tiro tanto em ação simples,
como em ação dupla.
Ação híbrida – A operação de armar o conjunto de disparo ocorre em duas etapas, uma
antes e outra depois do disparo.

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2. PARTES DA ARMA DE FOGO

Revólver

Pistola

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ESPINGARDA PUMP

CANO

JANELA DE CARREGADOR
EJEÇÃO E TUBULAR
CABEÇA
DO FELHO

GUARDA-
MÃO

GUARDA-MATO
E GATILHO

CORONHA
COM
SOLEIRA

ESPINGARDA DOIS CANOS MOCHA

TRAVA DE
TRAVA DE FECHAMENTO
SEGURANÇA

CORONHA
E
SOLEIRA CANOS DUPLOS
PARALELOS
GATILHOS DUPLOS
E GUARDA-MATO

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ESPINGARDA COMUM

CÃO
CANO

CORONHA
E SOLEIRA
GUARDA-MÃO

GATILHO E
GUARDA-MATO

CARABINA DE REPETIÇÃO

MASSA DE MIRA

CANO CARREGADOR
TUBULAR

ALÇA DE MIRA

JANELA DE
ALIMENTAÇÃO
CÃO

ALAVANCA
DE ARMAR

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RIFLE SEMI-AUTOMÁTICO

MASSA DE
MIRA COM
PROTETOR

CANO

ALÇA DE
MIRA

ALAVANCA
DE ARMAR
E FERROLHO

CORONHA
E
SOLEIRA

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RIFLE DE FERROLHO (BOLT ACTION)

FERROLHO

CANO

GUARDA-MATO E
GATILHO
CORONHA
E SOLEIRA

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3. NORMAS DE SEGURANÇA

1. Somente aponte sua arma, carregada ou não, para onde pretenda atirar;

2. NUNCA engatilhe a arma se não for atirar;

3. A arma NUNCA deverá ser apontada em direção que não ofereça segurança;

4. Trate a arma de fogo como se ela SEMPRE estivesse carregada;

5. Antes de utilizar uma arma, obtenha informações sobre como manuseá-la com um instrutor
credenciado;

6. Mantenha seu dedo estendido ao longo do corpo da arma até que você e esteja realmente
apontando para o alvo e pronto para o disparo;

7. Ao sacar ou coldrear uma arma, faça-o SEMPRE com o dedo estendido ao longo da arma;

8. SEMPRE se certifique de que a arma esteja descarregada antes de qualquer limpeza;

9. NUNCA deixe uma arma de forma descuidada;

10. Guarde armas e munições separadamente e em locais fora do alcance de crianças;

11. NUNCA teste as travas de segurança da arma, acionando a tecla do gatilho;

12. As travas de segurança da arma são apenas dispositivos mecânicos e não substitutos do
bom senso;

13. Certifique-se de que o alvo e a zona que o circunda sejam capazes de receber os impactos
de disparos com a máxima segurança;

14. NUNCA atire em superfícies planas e duras ou em água, porque os projéteis podem
ricochetear;

15. NUNCA pegue ou receba uma arma, com o cano apontado em sua direção;

16. SEMPRE que carregar ou descarregar uma arma, faça com o cano apontado para uma
direção segura;

17. Caso a arma “negue fogo”, mantenha-a apontada para o alvo por alguns segundos. Em
alguns casos, pode haver um retardamento de ignição do cartucho;

18. SEMPRE que entregar uma arma a alguém, entregue-a descarregada;

19. SEMPRE que pegar uma arma, verifique se ela está realmente descarregada;

20. Verifique se a munição corresponde ao tamanho e ao calibre da arma;


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21. Quando a arma estiver fora do coldre e empunhada, NUNCA a aponte para qualquer parte
de seu corpo ou de outras pessoas ao seu redor, só a aponte na direção do seu alvo;

22. Revólveres desprendem lateralmente gases e alguns resíduos de chumbo na folga


existente entre o cano e o tambor. Pistolas e Rifles ejetam estojos quentes lateralmente;
quando estiver atirando, mantenha as mãos livres dessas zonas e as pessoas afastadas;

23. Tome cuidado com possíveis obstruções do cano da arma quando estiver atirando. Caso
perceba algo de anormal com o recuo ou com o som da detonação, interrompa
imediatamente os disparos, descarregue a arma e verifique cuidadosamente a existência
de obstruções no cano; um projétil ou qualquer outro objeto deve ser imediatamente
removido, mesmo em se tratando de lama, terra, graxa, etc., a fim de evitar danos à arma
e/ou ao atirador;

24. SEMPRE utilize óculos protetores e abafadores de ruídos quando estiver atirando;

25. NUNCA modifique as características originais da arma, e nos casos onde houver a
necessidade o faça através armeiro profissional qualificado;

26. NUNCA porte sua arma quando estiver sob efeito de substâncias que diminuam sua
capacidade de percepção (álcool, drogas ilícitas, medicamentos);

27. NUNCA transporte ou coldreie sua arma com o cão armado;

28. Munição velha ou recarregada NÃO é confiável, podendo ser perigosa.

4. CONDUTA NO ESTANDE DE TIRO

1. O SILÊNCIO é fator preponderante para segurança e deverá ser observado rigorosamente


na linha de tiro;

2. No estande de tiro a arma permanecerá SEMPRE DESMUNICIADA E GUARDADA salvo


sob comando expresso do instrutor;

3. Todo procedimento de carregar, sacar, descarregar, inspecionar e colocar a arma no


coldre será SOB COMANDO DO INSTRUTOR, sempre com o cano apontado para direção
segura a critério do instrutor;

4. SEMPRE obedeça ao comando do instrutor, fazendo tudo o que for ordenado, NUNCA
antecipe a execução de comando ou faça qualquer coisa não comandada;

5. Em caso de qualquer incidente, permaneça DE FRENTE PARA O ALVO com a arma


apontada SEMPRE em direção ao alvo e levante o braço oposto para que o instrutor possa
atendê-lo;

6. No caso de haver mais de um candidato realizando a prova ao mesmo tempo, mantenha


SEMPRE o alinhamento com os outros atiradores.

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DOS REGULAMENTOS DAS PROVAS

PROVA TEÓRICA (para fins de registro e porte na categoria defesa pessoal em todas as
espécies):

Composição: 20 (vinte) questões objetivas, englobando os seguintes temas:

a) Normas de segurança: 06 questões;

b) Nomenclatura e funcionamento de peças: 06 questões;

c) Conduta no estande: 03 questões e,

d) Legislação vigente sobre armas de fogo no Brasil (Lei 10.826/03 e Decreto 5.123/04): 05
questões.

Aprovação: mínimo de 60% (sessenta porcento) dos acertos possíveis.

5. ARMA CURTA, ALMA RAIADA, PARA FINS DE REGISTRO DE ARMA


DE FOGO

5.1. Do Alvo: Silhueta humanóide, padrão DPF/ANP, com zonas de pontuação decrescente
de 5 (cinco) à 0 (zero) pontos;

5.2. Distância do atirador ao alvo: 10 (dez) tiros a 5 metros e 10 (dez) tiros a 7 metros;

5.3. Quantidade total de tiros: 20 (vinte) tiros;

5.4. Tempo de duração: 20 (vinte) segundos para cada seqüência de 05 (cinco) tiros ou 40
(quarenta) segundos para cada seqüência de 10 (dez) tiros.

5.5. Quanto ao sistema de acionamento:

a) Para armas de ação simples: mecanismo de disparo armado e travado.

b) Para armas de ação dupla: disparos em ação dupla.

c) Para armas de dupla ação: nas pistolas o primeiro disparo em ação dupla e os demais
em ação simples. Nos revólveres todos os disparos em ação dupla.

5.6. Da munição: Original de fábrica, PROIBIDO o uso de munição recarregada;

5.7. Da aprovação: Será aprovado o candidato que obtiver, no mínimo, 60 % da pontuação


máxima do alvo, ou seja, 30 (trinta) pontos em cada distância, do total dos 50 (cinqüenta)
pontos possíveis; para a prova teórica se adotará o mesmo percentual de acertos (60%).

5.8. Da reprovação: o Candidato dará ciência de sua reprovação em campo próprio do


formulário de aferição de habilidade de tiro real, podendo requerer nova avaliação após 30
dias.

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Observações:

1) O avaliando iniciará a prova na posição de retenção. As armas que contenham travas de


segurança deverão ficar travadas até que seja dado o comando de início da prova pelo Instrutor
do DPF ou credenciado;

2) Caso o avaliando venha a infringir as normas de segurança e/ou conduta no estande de tiro, a
critério do Instrutor avaliador, dada a gravidade do fato, o candidato poderá ser reprovado no
exame, devendo ser observado o item 5.8 acima.

6. ARMA CURTA, ALMA LISA, PARA FINS DE REGISTRO DE ARMA DE


FOGO

6.1. Do Alvo: Silhueta humanóide, padrão DPF/ANP, com zonas de pontuação decrescente
de 5 (cinco) à 0 (zero) pontos;

6.2. Distância do atirador ao alvo: 2 séries de 02 tiros a 10 metros;

6.3. Quantidade total de tiros: 04 (quatro) tiros;

6.4. Tempo de duração: 4 segundos cada série.

6.5. Quanto ao sistema de acionamento:

a) Para armas de ação simples: mecanismo de disparo armado e travado.

b) Para armas de ação dupla: disparos em ação dupla.

c) Para armas de dupla ação: nas pistolas o primeiro disparo em ação dupla e os demais
em ação simples. Nos revólveres todos os disparos em ação dupla.

6.6. Da munição: Original de fábrica, PROIBIDO o uso de munição recarregada;

6.7. Da aprovação: será aprovado o pretendente que obtiver aproveitamento mínimo de balins
constantes em um cartucho;

6.8. Da reprovação: o Candidato dará ciência de sua reprovação em campo próprio do


formulário de aferição de habilidade de tiro real, podendo requerer nova avaliação após 30
dias.

7. ARMA DE FOGO LONGAS PARA REGISTRO DE ARMA DE FOGO


CATEGORIA DEFESA PESSOAL

7.1. Silhueta humanóide, padrão DPF/ANP, com zonas de pontuação decrescente de 5


(cinco) à 0 (zero) pontos;

7.2. Distancia do atirador ao alvo:


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a) Arma Longa de alma raiada: 20 (vinte) metros;


b) Arma Longa de alma lisa: 15 (quinze) metros;
c) Arma de alma lisa espécie Pistolão (até 300 mm de cano): 10 (dez)metros.

7.3. Quantidade de tiros: 02 (duas) séries de 05 (cinco) tiros em 30 (trinta) segundos para
alma raiada; 02 (duas) séries de 02 (dois) tiros para alma lisa no tempo de 20 (vinte)
segundos para cada série.

7.4. Da munição: Original de fábrica, PROIBIDO o uso de munição recarregada. As armas de


alma lisa deverão utilizar cartucho com chumbo de nº 5 a 7,5 (padrão CBC).

7.5. Sistema de acionamento: de acordo com a especificidade da arma.

7.6. Da aprovação:

a) Será aprovado o candidato em arma longa de alma raiada que obtiver, no mínimo 60% da
pontuação máxima do alvo, ou seja, 30 (trinta) pontos do total de 50 (cinquenta) pontos
possíveis.

b) Será aprovado o candidato em arma longa de alma lisa que obtiver um bom desempenho
em acertar o alvo.

7.7. Da reprovação: o Candidato dará ciência de sua reprovação em campo próprio do


formulário de aferição de habilidade de tiro real, podendo requerer nova avaliação após 30
dias.

OBSERVAÇÕES:

1) O avaliando iniciará a prova na posição de retenção. As armas que contenham travas de


segurança deverão ficar travadas até que seja dado o comando de início da prova pelo policial
instrutor ou Instrutor credenciado;

2) Caso o avaliando venha a infringir as normas de segurança e/ou conduta no estande de tiro, a
critério do Instrutor avaliador, dada a gravidade do fato, o candidato poderá ser reprovado no
exame, devendo ser observado o item 7.7 acima.

8. ARMA CURTA, ALMA RAIADA, PARA PORTE DE ARMA DE FOGO


CATEGORIA DEFESA PESSOAL – composta de duas avaliações
AVALIAÇÃO 1

8.1 Do Alvo Silhueta humanóide: padrão DPF/ANP, com zonas de pontuação decrescente
de 5 (cinco) à 0 (zero) pontos;

8.2. Distância do atirador ao alvo: 10 (dez) tiros a 5 metros e 10 (dez) tiros a 7 metros;

8.3. Quantidade total de tiros: 20 (vinte) tiros;

8.4. Tempo de duração: 20 (vinte) segundos para cada seqüência de 05 (cinco) tiros ou 40
(quarenta) segundos para cada seqüência de 10 (dez) tiros.
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8.5. Quanto ao sistema de acionamento:

d) Para armas de ação simples: mecanismo de disparo armado e travado.

e) Para armas de ação dupla: disparos em ação dupla.

f) Para armas de dupla ação: nas pistolas o primeiro disparo em ação dupla e os demais
em ação simples. Nos revólveres todos os disparos em ação dupla.

8.6. Da munição: Original de fábrica, PROIBIDO o uso de munição recarregada;

8.7. Da aprovação: Será aprovado o candidato que obtiver, no mínimo, 60 % da pontuação


máxima do alvo, ou seja, 30 (trinta) pontos em cada distância, do total dos 50 (cinqüenta)
pontos possíveis; para a prova teórica se adotará o mesmo percentual de acertos (60%).

8.8. Da reprovação: o Candidato dará ciência de sua reprovação em campo próprio do


formulário de aferição de habilidade de tiro real, podendo requerer nova avaliação após 30
dias.

Observações:

1) O avaliando iniciará a prova na posição de retenção. As armas que contenham travas de


segurança deverão ficar travadas até que seja dado o comando de início da prova pelo Instrutor
do DPF;

2) Caso o avaliando venha a infringir as normas de segurança e/ou conduta no estande de tiro, a
critério do Instrutor avaliador, dada a gravidade do fato, o candidato poderá ser reprovado no
exame, devendo ser observado o item 8.8 acima.

CONTINUAÇÃO DA AVALIAÇÃO PARA PORTE DE ARMA DE FOGO CATEGORIA


DEFESA PESSOAL

AVALIAÇÃO 2

8.9. Do alvo de quatro cores: 24 (vinte e quatro) disparos, divididos em 6 (seis) séries de 4
(quatro) disparos cada, no tempo máximo de 10’’ (dez segundos por série) a 7 metros, contra
alvo do tipo fogo central, padrão SAT/ANP, medindo 46cm x 64cm, subdividido em quatro cores
distintas, sendo 2 (dois) disparos em cada cor, conforme comando do aplicador da verificação.
Será considerado aprovado aquele que obtiver, no mínimo, 60% (sessenta por cento) dos pontos
possíveis, ou seja, 72 (setenta e dois) pontos dos 120 (cento e vinte) pontos possíveis.

8.10. Para os 24 (vinte e quatro) disparos, a contagem de pontos será feita com base nos valores
de 0 (zero), 3 (três), 4 (quatro) e 5 (cinco), impressos no alvo tipo fogo central (Anexo II) e de
acordo com os locais atingidos pelos projéteis. Caso o projétil corte a linha que separa os valores,
contar-se-á o maior valor, para os demais, conforme os impactos das cores comandadas.

8.11. Para os candidatos comprovadamente daltônicos, que forem aferidos para o Porte de Arma,
as cores no alvo colorido receberão números de 1 (um) a 4 (quatro), e receberá o comando do
aplicador pelos números.

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8.12. Durante a verificação, será eliminado o candidato que não observar as regras de
segurança e/ou efetuar disparo acidental.

8.13. Haverá desconto de 05 (cinco) pontos para cada tiro:

- efetuado após o apito do término do tempo de 10 segundos estipulado;


- caso não acerte o alvo (conjunto das 4 cores) .

Obs. Caso acerte a cor não comandada, perderá aquele tiro sem sofrer penalidade.

8.14. Em caso de incidente de tiro (falha da arma e da munição) na verificação, o candidato


executará novamente, após o final da série, os disparos relativos aos cartuchos não deflagrados,
no mesmo tempo e posições correspondentes. Persistindo a falha, serão substituídos os
cartuchos de forma que o candidato possa completar o número de disparos previstos.

8.15. O Instrutor de Armamento e Tiro formado pelo DPF, aplicador do teste para Porte de Arma
de Fogo, deverá a cada série verificar e demarcar os locais de perfuração nos alvos.

8.16. Da reprovação: o Candidato dará ciência de sua reprovação em campo próprio do


formulário de aferição de habilidade de tiro real, podendo requerer nova avaliação após 30 dias.

9. ARMA CURTA, ALMA RAIADA, PARA PORTE DE ARMA DE FOGO


CATEGORIA INSTITUCIONAL – duas avaliações

9.1. Alvos:

Avaliação 1: Humanóide nos mesmos moldes do realizado para o registro de arma de fogo e;

Avaliação 2: Alvo de quatro cores: 24 (vinte e quatro) disparos, divididos em 6 (seis) séries de 4
(quatro) disparos cada, no tempo máximo de 08’’ (oito segundos por série) a 7 metros, contra
alvo do tipo fogo central, padrão SAT/ANP, medindo 46cm x 64cm, subdividido em quatro cores
distintas, sendo 2 (dois) disparos em cada cor, conforme comando do aplicador da verificação.
Será considerado aprovado aquele que obtiver, no mínimo, 60% (sessenta por cento) dos pontos
possíveis, ou seja, 72 (setenta e dois) pontos dos 120 (cento e vinte) pontos possíveis.

9.2. Para os 24 (vinte e quatro) disparos, a contagem de pontos será feita com base nos valores
de 0 (zero), 3 (três), 4 (quatro) e 5 (cinco), impressos no alvo tipo fogo central (Anexo II) e de
acordo com os locais atingidos pelos projéteis. Caso o projétil corte a linha que separa os valores,
contar-se-á o maior valor, para os demais, conforme os impactos das cores comandadas.

9.3. Para os candidatos comprovadamente daltônicos, que forem aferidos para o Porte de Arma,
as cores no alvo colorido receberão números de 1 (um) a 4 (quatro), e receberá o comando do
aplicador pelos números.

9.4. Durante a verificação, será eliminado o candidato que não observar as regras de segurança
e/ou efetuar disparo acidental.

9.5. Haverá desconto de 05 (cinco) pontos para cada tiro:


- efetuado após o apito do término do tempo de 08 segundos estipulado;
- caso não acerte o alvo (conjunto das 4 cores) .

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Obs. Caso acerte a cor não comandada, perderá aquele tiro sem sofrer penalidade.

9.6. Em caso de incidente de tiro (falha da arma e da munição) na verificação, o candidato


executará novamente, após o final da série, os disparos relativos aos cartuchos não deflagrados,
no mesmo tempo e posições correspondentes. Persistindo a falha, serão substituídos os
cartuchos de forma que o candidato possa completar o número de disparos previstos.

9.7. O Instrutor de Armamento e Tiro aplicador do teste para Porte de Arma de Fogo Categoria
Institucional, deverá a cada série verificar e demarcar os locais de perfuração nos alvos.

9.8. Da reprovação: o Candidato dará ciência de sua reprovação em campo próprio do formulário
de aferição de habilidade de tiro real, podendo requerer nova avaliação após 30 dias.

10. ARMA CURTA, ALMA LISA, PARA PORTE DE ARMA DE FOGO


CATEGORIA DEFESA PESSOAL

8.1 Dos Alvos Silhueta humanóide (três alvos): padrão DPF/ANP, com zonas de pontuação
decrescente de 5 (cinco) à 0 (zero) pontos, posicionados lateralmente sem intervalos entre si;

8.2. Distância do atirador ao alvo: 7 metros;

8.3. Quantidade total de tiros: 4 (quatro) tiros;

8.4. Tempo de duração: 20 (vinte) segundos.

8.5. Quanto ao sistema de acionamento:

g) Para armas de ação simples: mecanismo de disparo armado e travado.

h) Para armas de ação dupla: disparos em ação dupla.

i) Para armas de dupla ação: nas pistolas o primeiro disparo em ação dupla e os demais
em ação simples. Nos revólveres todos os disparos em ação dupla.

8.6. Da munição: Original de fábrica, PROIBIDO o uso de munição recarregada;

8.7. Da aprovação: Será aprovado o pretendente que obtiver, acertos nos alvos 01 e 03
exclusivamente, conforme a ordem de disparos comandada pelo instrutor.

8.8. Da reprovação: o pretendente será reprovado caso conste perfuração(ões) na silhueta do


alvo 02. O mesmo dará ciência de sua reprovação em campo próprio do formulário de aferição
de habilidade de tiro real, podendo requerer nova avaliação após 30 dias.

Observações:

1) O avaliando iniciará a prova na posição de retenção. As armas que contenham travas de


segurança deverão ficar travadas até que seja dado o comando de início da prova pelo Instrutor
do DPF;

2) Caso o avaliando venha a infringir as normas de segurança e/ou conduta no estande de tiro, a
critério do Instrutor avaliador, dada a gravidade do fato, o candidato poderá ser reprovado no
exame, devendo ser observado o item 8.8 acima.
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SÃO CONSIDERADAS ARMAS DE USO PERMITIDO, CONFORME LEGISLAÇÃO EM VIGOR:

1. Armas de fogo curtas, de repetição ou semi-automáticas, cuja munição comum tenha, na


saída de cano, energia de até trezentas libras-pé ou quatrocentos e sete joules e suas
munições, como por exemplo os calibres: 22 LR, 25 AUTO, 32 AUTO, 32 S&W, 38 SPL e
380 auto.

2. Armas de fogo longas raiadas, de repetição ou semi-automáticas, cuja munição comum


tenha, na saída de cano energia de até mil libras-pé ou mil trezentos e cinqüenta e cinco
joules e suas munições, como por exemplo os calibres: 22 LR, 32-22, 38-40 e 44-40;

3. Armas de fogo de alma lisa, de repetição ou semi-automática, calibre 12 ou inferior, com


comprimento de cano igual ou maior do que 24 polegadas ou seiscentos e de milímetros e
suas munições de uso permitido;

4. Armas de pressão por ação de gás comprimido ou por ação de mola, com calibre igual ou
inferior a 6 milímetros e suas munições de uso permitido;

5. Armas que tenham por finalidade dar partida em competições desportivas, que utilizem
cartuchos contendo exclusivamente pólvora.

DOS CRIMES E DAS PENAS

Posse irregular de arma de fogo de uso permitido

Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo
com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local
de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

Omissão de cautela

Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua
propriedade:

Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e
transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto,
roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas
primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.

Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido

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Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo,
acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação
legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo
estiver registrada em nome do agente. (Vide Adin 3.112-1)

Disparo de arma de fogo

Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas
adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como
finalidade a prática de outro crime:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. (Vide Adin 3.112-1)

Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito

Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma
de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:

I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo


ou artefato;

II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de


fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro
autoridade policial, perito ou juiz;

III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;

IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca
ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;

V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório,


munição ou explosivo a criança ou adolescente; e

VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma,


munição ou explosivo.

Comércio ilegal de arma de fogo

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Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo,
acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:

Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo,
qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino,
inclusive o exercido em residência.

Tráfico internacional de arma de fogo

Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer
título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:

Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de
fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.

Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade
se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei.

Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória.
(Vide Adin 3.112-1)

CONCEITOS

1. Ação simples: É o tipo de ação na qual é necessário que o cão seja armado antes do
primeiro tiro para poder disparar.
2. Ação dupla: É o sistema que permite que as armas de mão que o possuem possam
ser acionadas sem antes ter que se engatilhar o cão; o gatilho exerce duas funções,
a saber: engatilha a arma e libera o cão.
3. Acessório (Ac): É um engenho primário ou secundário que suplementa um artigo
principal para possibilitar ou melhorar o emprego deste.
4. Arma (A): É um artefato que tem por objetivo causar dano, permanente ou não, a
seres vivos e coisas.
5. Arma Semi-Automática: É aquela que realiza automaticamente todas as operações
de funcionamento, com exceção do disparo, que para ocorrer necessita um novo
acionamento do gatilho.
6. Arma Automática: É aquela em que o carregamento, o disparo e todas as operações
de funcionamento ocorrem continuamente, enquanto o gatilho estiver sendo
acionado (rajadas).
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7. Arma Controlada: É a arma que, pela suas características de efeito físico e
psicológico, pode causar danos altamente nocivos e por este motivo é controlada
pelo Comando do Exército por competência outorgada pela União.
8. Arma de Fogo: É uma arma que arremessa projéteis, empregando a força expansiva
dos gases gerados pela combustão de um propelente confinado em uma câmara, a
qual, normalmente, está solidária a um cano que tem a função de propiciar
continuidade à combustão do propelente, direção e estabilidade ao projétil.
9. Arma de Porte: É uma arma de fogo de dimensões e peso reduzidos, que pode ser
portada por indivíduo em um coldre e disparada comodamente com somente uma
das mãos pelo atirador, enquadrando-se nesta definição pistolas, revólveres e
garruchas.
10. Arma de Pressão: É uma arma cujo princípio de funcionamento implica no emprego
de gases comprimidos para projeção do projétil, os quais podem estar previamente
comprimidos em um reservatório ou se comprimidos por ação de um mecanismo, tal
como um embolo solidário a uma mola, no momento do disparo, incluídas as que
utilizam gás CO2 .
11. Arma de Repetição: É a arma em que o atirador, após cada disparo realizado,
decorrente de sua ação sobre o gatilho, necessita empregar sua força física sobre
um componente do mecanismo desta para que as operações anteriores e
necessárias ao disparo seguinte sejam realizadas, tornando-a pronta para o disparo
seguinte.
12. Arma de Uso Permitido: É a arma cuja utilização é permitida a pessoas físicas em
geral, bem como a pessoas jurídicas, de acordo com a legislação normativa do
Comando do Exército.
13. Arma de Uso Restrito: É a arma que só pode ser utilizada pelas Forças Armadas, por
alguns órgãos de segurança, e por pessoas físicas e jurídicas habilitadas,
devidamente autorizadas pelo Comando do Exército, de acordo com legislação
específica.
14. Arma de Fogo Obsoleta: Armas obsoletas são as fabricadas há mais de 100 (cem)
anos, sem condições de funcionamento eficaz, cuja munição não mais seja de
produção comercial. São também consideradas obsoletas as réplicas históricas de
comprovada ineficácia para o tiro, decorrente da ação do tempo, de dano irreparável,
ou de qualquer outro fator que impossibilite seu funcionamento eficaz, e usadas
apenas em atividades folclóricas ou como peças de coleção.
15. Arma Portátil: É uma arma que, devido às suas dimensões e ao seu peso, pode ser
transportada por um único homem, porém, este, não podendo conduzi-la em um
coldre devido às suas dimensões e, em situações normais, precisa usar ambas as
mãos para dispará-la eficientemente.
16. Calibre: É a medida do diâmetro interno do cano de uma arma medido entre os
fundos do raiamento. É a medida do diâmetro externo de um projétil sem cinta. É a
dimensão usada para definir ou caracterizar um tipo de munição ou de arma.
17. Carabina: É uma arma de fogo portátil, semelhante a um fuzil, de cano, embora
longo, relativamente menor que o fuzil, e cuja alma do cano é raiada. A constante
evolução da tecnologia de armamentos tem reduzido acentuadamente o
comprimento dos canos e dimensões dos fuzis, o que pode tornar difícil a
classificação de uma arma de assalto moderna em um dos dois conceitos.
18. Carregador: É um artefato projetado e produzido especificamente para conter os
cartuchos de uma arma de fogo, apresentar-lhe um novo cartucho após cada disparo
e a ela estar solidário em todos os seus movimentos. Pode ser parte integrante da
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estrutura da arma ou, o que é mais comum, ser independente, fixado ou retirado
da arma, com facilidade, por ação sobre um dispositivo de fixação.
19. Certificado de Registro (CR): É o documento hábil que autoriza as pessoas físicas ou
jurídicas a realizarem a utilização industrial, a armazenagem, o comércio, a
exportação, a importação, o transporte, amanutenção, a recuperação e o manuseio
de produtos controlados pelo Comando do Exército.
20. Colecionador: É a pessoa física ou jurídica que coleciona armas, munições e/ou
viaturas blindadas, devidamente registrada e sujeita a normas baixadas pelo
Comando do Exército.
21. Espingarda: É uma arma de fogo portátil, de cano longo e cuja alma do cano é lisa,
isto é, não é raiada.
22. Explosivo : É o tipo de matéria que, quando iniciada, sofre transformação química
muito rápida, em produtos mais estáveis, com grande liberação de calor e
desenvolvimento súbito de pressão.
23. Fuzil: É uma arma de fogo portátil, de cano longo e cuja alma do cano é raiada.
24. Guia de Tráfego: É um documento que autoriza o tráfego de produtos controlados.
25. Metralhadora: É uma arma de fogo portátil, que realiza tiro automático.
26. Mosquetão: É uma arma semelhante a um fuzil, porém, em tamanho reduzido, de
emprego militar. É uma arma de repetição por ação de ferrolho montado no
mecanismo da culatra, acionado pelo atirador por meio de sua alavanca de manejo.
27. Munição: É o artefato completo pronto para carregamento e disparo de uma arma,
cujo efeito desejado pode ser: destruição, iluminação ou ocultação do alvo, efeito
moral sobre pessoal, exercício, manejo e outros efeitos especiais.
28. Petrecho : É o aparelho ou equipamento elaborado para o emprego bélico.
29. Pistola: É uma arma de fogo de porte, geralmente semi-automática, cuja única
câmara faz parte do corpo do cano e carregador, mantido em posição fixa, mantém
os cartuchos em fila e os apresenta sequentemente para o carregador inicial e após
cada disparo. Há pistolas de repetição que não dispõem de carregador e cujo
carregamento é feito manualmente, tiro a tiro, pelo atirador.
30. Porte de arma: Significa ter a arma ao alcance e em condições de fazer dela pronto
uso. Não é necessário que a arma seja exibida.
31. Posse de arma: Para as posse de arma de fogo de uso permitido é necessário que
esteja registrada no órgão competente. Nesse caso, o registro só autoriza a posse
no interior da casa do possuidor.
32. Produto Controlado pelo Comando do Exército: É um produto que, devido ao seu
poder de destruição ou outra propriedade, deva ter seu uso restrito a pessoas físicas
e jurídicas legalmente habilitadas, capacitadas técnica, moral e psicologicamente, de
modo a garantir a segurança social e militar do País. Faz parte da Relação de
Produtos controlados pelo Comando do Exército ou está genericamente classificado
nesta.
33. Raias: São sulcos feitos na parte interna (alma) dos canos das armas de fogo,
geralmente de forma helicoidal, que têm a finalidade de propiciar o movimento de
rotação, dos projéteis ou granadas, que lhes garante estabilidade na trajetória.
34. Registros próprios: São aqueles previstos para as Forças Armadas e Forças
Auxiliares, no parágrafo único do artigo 2º da Lei n.º 10.826/03 e artigo 3º do Decreto
n.º 5.123/04, consignados em documentos oficiais permanentes da Instituição

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alcançando, inclusive, as armas particulares de seus integrantes para garantia do
controle administrativo sobre elas e outras finalidades legais e regulamentares.
35. Revólver: É uma arma de fogo de porte, de repetição, dotada de um cilindro giratório,
posicionado atrás do cano, que serve de carregador e contém perfurações paralelas,
equidistantes do seu eixo, que recebem a munição e servem de câmara.
36. Transporte de arma: Corresponde à locomoção de arma desmuniciada de um local
para outro. Revela apenas a intenção de mudar o objeto material de lugar, sem a
finalidade de uso. Já o porte dá a ideia de trazer consigo a arma para utilização
imediata. Transporte só ocorre quando o uso da arma, pela forma que é conduzida,
não se mostra imediato e fácil. Casos: arma desmuniciada no porta-luvas de veículo;
arma desmuniciada longe do alcance das mãos do transportador; revólver
desmuniciado, dentro de uma pasta executiva, no porta-malas de um automóvel. Há
necessidade de autorização da autoridade competente para o transporte, autorização
esta que não se confunde com o registro ou cadastro de arma.
37. Tráfego: É o conjunto de atos relacionados com o transporte de produtos
controlados, compreendendo as seguintes fases: embarque, trânsito, desembaraço,
desembarque e entrega.

Currículo Resumido do Instrutor:


Antônio César Tavares Alvaia, nascido em 13 de junho de 1976, Formado em
Gestão de Segurança Pública e Privada na Universidade Luterana de Manaus-
Amazonas. Serviu o Exército Brasileiro no 28º Batalhão de Caçadores, Praça mais
distinta, Melhor Combatente, Penta-Atleta. Atuando a mais de 20 anos no ramo de
Segurança Privada, é Inspetor de Segurança Interna da Petrobras desde 2004,
trabalhou nos Estados do Amazonas, Bahia e Sergipe. É Consultor de Segurança
Empresarial, Investigação Empresarial, atividades de Inteligência, Gerenciamento de
Risco, Gestão de Crises. Atua desde 2002 como Instrutor de Curso de Formação de
Vigilante credenciado pela Polícia Federal é Professor de Vídeo Aulas nos Cursos
ALFAMA. Ministra matérias como Gerenciamento de Crises, Sistema de Segurança
Pública e Crime Organizado, Rádio comunicações, Noções de Segurança Eletrônica,
Noções de Criminalística e Técnicas de Entrevista Prévia, Legislação Aplicada e
Direitos Humanos, Noções de Segurança Privada, Relações Humanas no Trabalho,
Prevenção e Combate a Incêndio, Primeiros Socorros, Armamento e Tiro, Segurança
para Grandes Eventos, Controle de Acesso, Gerenciamento de Público, Resolução de
Situações de Emergência, Fundamentos de Segurança no Trabalho, Prevenção e
Combate a Sinistros, Prevenção e Controle de Perdas, Transporte de Valores, Escolta
Armada, Segurança Pessoal Privada, Direção Evasiva e Defensiva. Atua como
Brigadista, CIPISTA e Instrutor Avaliador de Tiro conforme Portaria
15/2012/GAB/SR/DPF/SE.

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