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CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

Texto atualizado apenas para consulta.


Esta Lei, com as alterações da Lei nº 913, de 1995, foi declarada inconstitucional: ADI
1358 – STF, Diário de Justiça, de 3/3/2015.

LEI Nº 842, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1994


Institui pensão especial para os cônjuges
de pessoas assassinadas, vítimas de
crimes hediondos que especifica,
ocorridos no Distrito Federal, e dá outras
providências.
O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL,
Faço saber que a Câmara Legislativa do Distrito Federal decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Fica instituída a pensão especial a ser concedida pelo Governo do
Distrito Federal em benefício dos cônjuges de pessoas assassinadas, vítimas de
crimes hediondos que são definidos no art. 2º desta Lei e contemplados no vigente
Código Penal. (Caput com a redação da Lei nº 913, de 13/9/1995.) 1
Parágrafo único. Inexistindo cônjuge supérstite por ser a vítima solteira ou
viúva, a pensão será deferida aos herdeiros necessários na ordem vocacional
estabelecida pelo Código Civil e nas condições previstas nesta Lei.
Art. 2º São considerados para os efeitos do benefício social ora instituído os
crimes hediondos de latrocínio, do art. 157, § 3º; da extorsão, do artigo 158, § 2º; e
de estupro, do art. 213 combinado com o art. 223, parágrafo único, todos estes
seguidos de morte e capitulados no Código Penal em vigor e no art. 1º da Lei nº
8.072, de 25/7/1990.
Art. 3º A pensão de que trata o art. 1º desta Lei será concedida no valor
correspondente a 5 (cinco) UPDFs – Unidade Padrão do Distrito Federal, sem
prejuízo dos seguros da previdência social a que porventura tenham direito os seus
beneficiários.
Art. 4º São beneficiários da pensão especial para os efeitos desta Lei: (Caput
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com a redação da Lei nº 913, de 13/9/1995.)
I – o cônjuge sobrevivente desde que em plena vigência da sociedade
conjugal;
II – a companheira que esteja convivendo com a vítima há mais de 2 anos
na falta da esposa;
III – os descendentes diretos como sucessores necessários na inexistência
do cônjuge supérstite, desde que menores, ou mesmo maiores, quando deficientes
físicos ou que, por qualquer motivo, esteja incapacitado para o trabalho;
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Texto original: Art. 1º Fica instituída a pensão especial a ser concedida pelo Governo do Distrito
Federal em benefício dos cônjuges de pessoas assassinadas durante o exercício de suas atividades
profissionais, quando causados por agentes públicos cujos crimes hediondos são definidos no art. 2º
desta Lei, e contemplados no vigente Código Penal.
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Texto original: Art. 4º São beneficiários da pensão social para os efeitos desta Lei:
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CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

IV – os ascendentes, pai ou mãe aposentados, na falta do cônjuge e dos


descendentes, e sempre desde que comprovada a relação de dependência com a
vítima.
Art. 5º Para atender ao custeio decorrente dos benefícios concedidos nesta
Lei, fica o Poder Executivo autorizado a constituir um fundo específico consignado à
Secretaria de Desenvolvimento Social e Ação Comunitária, formando-se esta fonte
com os recursos provenientes de 60% (sessenta por cento) do valor total das multas
de trânsito e de outras originárias de infrações fiscais sobre os tributos da
competência do Distrito Federal, bem como de parcela dos recursos destinados à
assistência social nos termos do art. 220 e seu parágrafo único da Lei Orgânica do
Distrito Federal. (Artigo com a redação da Lei nº 913, de 13/9/1995.) 3
Art. 6º O Poder Executivo promoverá, no prazo de 120 dias, a
regulamentação da presente Lei.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 29 de dezembro de 1994
106º da República e 35º de Brasília
JOAQUIM DOMINGOS RORIZ
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do Distrito Federal, de 30/12/1994.

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Texto original: Art. 5º Para atender ao custeio decorrente dos benefícios autorizados nesta Lei,
fica o Poder Executivo autorizado a constituir um fundo específico consignado à Secretaria de Ação
Social, formando-se esta fonte com os recursos provenientes das multas pelas infrações de trânsito
de transportes de mercadorias e de passageiros coletivos ou individuais de passeio, bem como por
60% das multas de todos os tributos arrecadados e devidos ao Distrito Federal.

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