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Trabalho de Ciência Política

NICOLAU MAQUIAVEL

Nicolau Maquiavel era Italiano e viveu entre 3 de maio de 1469 a 21 de


junho de 1527). Participou do período renascentista e era historiador, poeta,
diplomata e músico italiano do Renascimento.
Historicamente é conhecido como o criador da ciência política moderna.
Em suas obras, entre elas a mais conhecida que é “O Príncipe”, ele escreve
sobre o Estado e o Governo, mas não busca descrever como eles deveriam ser
e sim como eles realmente são. Sempre muito crítico e as vezes até
contraditório, seus escritos contribuíram significativamente para a compilação
do que hoje é a atual ciência política moderna.
Maquiavel, aos 29 anos foi Secretário da Segunda Chancelaria durante
o governo de Lourenço Médici, e a partir das experiências observadas no
comportamento de grandes nomes da época ele criou seus postulados.
Todo o foco da obra de Maquiavel estava no Estado, não o ideal, mas o
que já existia. Ele partia do pressuposto que a solução para resolução dos
problemas de ordem já existia no seio do Estado. Para isso, ele se concentrava
em observar a realidade como ela é e não como deveria ser.
Nas obras de Maquiavel percebe-se seu questionamento de como fazer
reinar a ordem, e paralisar o que ele definia como um ciclo contínuo de
estabilidade e caos.
Maquiavel afirmou que havia e sempre haverá um conflito entre o povo e
o Estado, no qual um quer dominar e o outro não quer ser dominado. Em suas
conclusões ele diz que alguns traços humanos são imutáveis (ingratos,
volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro), independem de tempo e
espaço e são geradores do conflito e da anarquia.
Maquiavel formula vários conceitos que ele define como o mais seguro
de ser aplicado na sociedade da época.
Um deles é que quando um príncipe domina um território duas coisas
são fundamentais para mantê-lo: extinguir toda a linhagem do antigo príncipe e
que também não fossem mudadas leis e tributos, o que faria que em pouco
tempo os territórios se tornassem um.
Sendo assim ele conclui que só havia uma maneira de conservar um
território conquistado: destruí-lo, ir morar nele, ou deixa-lo viver com suas
próprias leis.
Maquiavel critica a visão de predestinação dos homens que reinava há
muitos séculos, ele conceitua que a vontade e a energia despendidas a
alcançar um objetivo levariam as pessoas a conseguir algo, que a fortuna era
um acaso ou uma oportunidade propícia e que para o príncipe referia-se ao
momento certo, calculado por ele antecipadamente.
Para Maquiavel o Estado deveria se preocupar em manter a ordem, e
que para isso era necessário que o príncipe aprendesse a ser bom ou ruim,
dependendo da situação. Devia tomar como modelo a raposa e o leão,
observando suas características selvagens, mas balanceando os dois, pois se
fosse todo leão não veria as armadilhas e se fosse raposa não se defenderia
dos lobos.
Todos esses conceitos mostram que lá no fundo Maquiavel estava
desiludido com os homens e que até percebia o certo e errado, mas não se
opõe a certas coisas que julga ser a necessidade do estado.
Por todas estas questões Maquiavel se tornou um símbolo de astúcia e
esperteza, no sentido ruim das palavras apesar de no fundo não ter sido com
esse intuito que suas obras foram escritas. Ao analisar profundamente as
obras, em especial “O Príncipe” perceberemos que ele mascarou como uma
espécie de conselho aos reis, o que ele realmente queria que a sociedade
percebesse.

Bibliografia
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe". Coleção Leitura. Editora Paz e Terra: Rio
de Janeiro, 1996.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolau_Maquiavel
http://www.brasilescola.com/sociologia/ciencia-politica-maquiavel.htm

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