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19, 20 E 21 DE JU NHO DE 2018

Título – Actas das 5.as Jornadas de Engenharia Hidrográfica


Autor – Instituto Hidrográfico
Tiragem – 70 exemplares
Edição e paginação – Instituto Hidrográfico, 2018
Impressão e acabamento – ACDPRINT, S.A.
ISBN – 978-989-705-128-9
Depósito Legal – 441477/18
Lisboa, 19, 20 e 21 de junho de 2018

OBSERVA.PT - Observações a bordo de navios comerciais


nacionais nos ecossistemas do Mar Português*
A.M.P. Santos (1;2), N. Lourenço (1), A. Carvalho (1), I. Sousa Pinto (3) e A. Oliveira (4)
(1) IPMA-Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P., amsantos@ipma.pt
(2) CCMAR-Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, ampsantos@ualg.pt
(3) CIIMAR-Centro Interdisciplinar de Investigação do Mar e Ambiente/FCUP
(4) Transinsular-Transportes Marítimos Insulares, S.A. (Grupo E.T.E.)

Resumo: O objectivo principal do projecto OBSERVA.PT é implementar tecnologias adequadas de


monitorização do meio marinho (e.g., satélites e termosalinógrafos) para a produção de informações
oceanográficas e meteorológicas operacionais. Mais especificamente, o projecto assegurará
actividades de monitorização de longo prazo no oceano aberto, pretende criar séries temporais
bioceanográficas e mapear a sua variabilidade espaço-temporal, para apoiar a gestão adaptativo dos
ecossistemas marinhos, avaliar a sua biodiversidade, melhorar a caracterização climática e as
previsões meteorológicas para apoio às actividades marítimas. Estas observações contribuirão também
como informação base para vários descritores da DQEM e para alargar o contributo nacional para
organizações e programas internacionais (e.g., EuroGOOS, Euro-Argo e JCOMM). Irão ser instaladas
estações meteorológicas e equipamentos oceanográficos de registo automático a bordo de navios de
comerciais em rota de Portugal Continental para as ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde.
Palavras-chave: oceanografia, meteorologia, operacional, DQEM, ecossistemas.

importantes para a biodiversidade. Os montes


1. INTRODUÇÃO
submarinos são habitats ameaçados e/ou em declínio
O Mar é um dos principais vectores de de acordo com a convenção OSPAR. Por isso,
desenvolvimento nacional e de importância capital Portugal pretende criar várias Áreas Marinhas
para um crescimento económico inteligente Protegidas (AMP) no mar da sua jurisdição, pelo que
sustentável, em que um dos objectivos é a criação de considerou esta medida um objectivo específico do
emprego, de acordo com a estratégia Europa 2020 Mar2020. Concretamente, no Programa de Medidas
(“Estratégia para um crescimento inteligente, da DQEM está previsto a criação de duas grandes
sustentável e inclusivo”). AMP, uma a sul dos Açores (AMP do Great Meteor)
A grande extensão do Mar Português, com uma ZEE e outra entre o Arquipélago da Madeira e a Costa
de mais de 1,7 milhões de km2 e um acréscimo Ibérica (AMP do Madeira-Tore). A primeira com
recente de cerca de 2,1 milhões de km2 da proposta 123 000 km2 e a segunda com 132 000 km2 (Fig. 1).
submetida para a extensão da plataforma continental No entanto, a informação relativa a estas áreas é
jurídica, faz com que Portugal tenha jurisdição sobre escassa, especialmente no que respeita à
cerca de 3,8 milhões de km2 de território imerso. Isto caracterização do seu ecossistema pelágico e sua
trará muitas oportunidades para a exploração dos variabilidade temporal, bem como da sua
recursos marinhos e um aumento das actividades biodiversidade.
económicas relacionadas com o mar, mas também Os diferentes Relatórios de Avaliação do Painel
grandes desafios para a gestão, monitorização e Intergovernamental para as Alterações Climáticas
utilização sustentável destes ecossistemas marinhos, (IPCC) têm feito uma menção clara à falta de séries
que devem ser suportados num conhecimento temporais de observações do ambiente marinho, na
profundo de todo este Mar Português. Este avaliação dos impactos climáticos, em comparação
conhecimento só será possível com sistemas de com outras zonas do Sistema Terra (e.g., criosfera).
observação do oceano a longo prazo, o que exigirá As enormes alterações que se esperam nos próximos
uma grande capacidade operacional e esforço anos a nível das condições climáticas (e.g. dos
financeiro. O esforço Português para a padrões de vento e da temperatura da atmosfera e do
implementação da Directiva-Quadro da Estratégia oceano e, o aumento da frequência de eventos
Marinha (DQEM) é o mais elevado da União extremos) originarão importantes alterações na base
Europeia, sendo cerca de 16 ha/habitante (o valor da cadeia alimentar marinha e na sua produtividade,
médio dos estados costeiros da EU é de cerca de 1,3 bem como na distribuição e abundância dos níveis
ha/habitante). tróficos seguintes (e.g., peixes e crustáceos). Estas
No Mar Português existem vários montes alterações são já evidentes em indicadores, como por
submarinos, os quais são zonas extremamente exemplo, da temperatura da água do mar, das razões
de equilíbrio dos nutrientes e da produtividade,

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composição e distribuição planctónica, salientando- biodiversidade e à melhoraria da caracterização


se ainda o expectável crescimento anómalo de climática nesta região.
algumas espécies autóctones nocivas e a ocorrência
• Melhorar os indicadores de previsão numérica para
de outras, que até agora se tinham desenvolvido
a navegação e apoio às actividades marítimas.
apenas em regiões tropicais. Prever em que medida
as novas evidências das alterações climáticas irão • Alargar a contribuição Portuguesa em
afectar os recursos e a diversidade biológica dos organizações internacionais para a afirmação de
oceanos, é fundamental para a sua gestão, a médio e Portugal no contexto internacional dos assuntos do
longo prazo, permitindo que as políticas e mar (e.g., EuroGOOS-European Global Ocean
investimentos socioeconómicos possam ser Observing System, Euro-Argo Program e JCOMM-
adaptados em conformidade. Joint WMO/IOC Technical Commission for
Oceanography and Marine Meteorology).
Em conclusão, a aplicação de sistemas de
observação do meio marinho, baseados em novas
tecnologias de medição directa e na detecção remota
(e.g., satélites e registadores contínuos), reveste-se
de grande importância para a gestão dos recursos e
sua conservação, pela grande extensão do Mar
Português. Este necessita de metodologias
adequadas à sua observação para disponibilizar
dados fiáveis e completos, representativos da
variabilidade e alterações a médio e longo prazo do
ecossistema marinho. Estes dados são essenciais,
tanto para os pareceres científicos, como para fins de
execução e controlo de um desenvolvimento
sustentável da economia do mar. Assim, esta
proposta visa contribuir para a preservação e
revitalização da biodiversidade na região da
Macaronésia, através da produção de informação
oceanográfica obtida de uma forma operacional com
equipamentos de registo automático instalados em
navios comerciais voluntários nacionais.
2. OBJECTIVOS DO PROJECTO
O projecto “OBSERVA.PT - Observações a bordo
de navios comerciais nacionais para apoio à
protecção e restauração da biodiversidade nos
ecossistemas marinhos do Mar Português” pretende
desenvolver métodos de registo automático de dados
oceanográficos/meteorológicos e contribuir para o
conhecimento do ecossistema pelágico do Mar
Português. Os seus principais objectivos são:
• Implementar tecnologias de observação do
ambiente marinho adequadas (e.g., satélites e
equipamentos de registo continuo), tendo em vista a
produção de informação oceanográfica e
meteorológica operacional, de apoio à gestão e
conservação dos recursos e da biodiversidade e às
actividades de pesca e navegação marítima no Fig. 1. Área de estudo: (a) Rotas de navegação regular dos
âmbito da vigilância meteorológica no mar. navios comerciais do armador nacional, Transinsular (grupo
E.T.E), que participa desde 2013 no programa de observação
• Garantir a realização de actividades de meteorológica voluntária no Mar Português (Programa VOS da
monitorização de longo prazo em oceano aberto, EUMETNET); (b) O Mar Português, indicando-se a vermelho as
novas Áreas Marinhas Protegidas oceânicas do Madeira-Tore e
concretamente nas AMP Oceânicas. Great Meteor (infografia retirada e adaptada do jornal
• Cartografar a variabilidade espácio-temporal de “Público”). A linha amarela a ponteado em (b) representa as
várias rotas dos navios da Transinsular.
variáveis oceanográficas, biológicas e espécies
invasores. 3. ACTIVIDADES DO PROJECTO
• Construir e manter séries temporais de índices 3.1. Equipamentos e observações (Actividade 1)
bioceanográficos para apoio a uma gestão adaptativa Os fenómenos oceânicos que se pretende observar,
dos ecossistemas marinhos, à avaliação da ocorrem em escalas de variabilidade que vão dos

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dias a décadas e da dezena à centena de quilómetros. com satélites, que permite a observação sinóptica
Assim é necessário implementar vários sistemas de com uma cobertura espacial e temporal adequada
observação que cubram estas escalas. A escassez de aos fenómenos oceanográficos (e.g., frentes, vórtices
dados ambientais nesta vasta região do Mar e o florescimento de microalgas). Vão ser utilizados
Português torna urgente que se implementem dados obtidos com vários satélites (e.g., o Sentinel-3
sistemas de observação adequados para colmatar tal e Aquarius/SAC-D) e sensores (e.g., OLCI-Ocean
lacuna e que se complementem. Os navios and Land Colour Instrument, SRAL-SENTINEL-3
comerciais, que efectuam com grande regularidade Ku/C Radar Altimeter e o SLSTR-Sea and Land
estas rotas, são as plataformas ideais para a Surface Temperature Radiometer), com resoluções
instalação destes equipamentos (Tarefa 1.1), que vão das dezenas de metros à dezena de km e
permitindo uma regularidade temporal relativamente coberturas diárias (Tarefa 1.4).
elevada e uma cobertura espacial aceitável. Assim,
3.2. Análise dos dados (Actividade 2)
serão instalados 3 termosalinógrafos+fluorómetro e
3 estações meteorológicas a bordo de 3 navios da A oceanografia operacional consiste na recolha
companhia Transinsular-Transportes Marítimos sistemática e continuada de dados do oceano e da
Insulares, S.A., pertencente ao Grupo Português atmosfera, e a sua rápida interpretação e
E.T.E, nas rotas do Continente-Madeira-Açores e disseminação. Na base da assimilação dos dados
Continente-Cabo Verde (Fig. 1). Estes equipamentos estão modelos numéricos de previsão que fornecem
registam em contínuo parâmetros oceanográficos e diferentes produtos, dos quais se destacam a
meteorológicos, que são transmitidos via o sistema estimativa de evolução diária das correntes
GTS. Serão também recolhidas amostras de água oceânicas e a estrutura termohalina associada.
superficial para medição de nutrientes e Apesar dos exercícios de validação, que têm vindo a
identificação de comunidades planctónicas, ser feitos, mostrarem a crescente capacidade destes
incluindo espécies não indígenas (Tarefa 1.2). Para modelos reproduzirem as principais estruturas de
a recolha de dados de ocorrência de cetáceos, 2 circulação à escala das grandes bacias oceânicas, é
observadores treinados embarcam nos navios para a importante aferir a qualidade dos resultados à escala
sua observação ao longo das rotas (Tarefa 1.2). Os regional. A conjugação e análise das diferentes
observadores seguem o protocolo de monitorização estratégias de amostragem servirão para identificar e
em que recolhem a presença dos animais, espécie, avaliar todos os processos meteo-oceanográficos
tamanho do grupo, comportamentos e outros dados relevantes para a biodiversidade e para estimar a
como as condições de visibilidade e informação de distribuição e abundância dos organismos marinhos,
tráfego marítimo. Os dados de ocorrência são depois tanto espacial, como temporalmente. Todos os dados
cruzados com dados de habitat (topográficos e serão sujeitos a controlo de qualidade, tratamento
oceanográficos) para estudar as preferências e estatístico e, sempre que possível, serão utilizados na
desenvolver modelos de habitat e mapear as áreas de comparação com os parâmetros dos modelos
“hotspots” e de habitats preferenciais na área através oceânicos e atmosféricos (Tarefa 2.1). Os dados
da análise geo-espacial (ver Actividade 2). Os obtidos com satélites serão comparados
flutuadores Argo (Fig. 2a) são um dos meios de estatisticamente com os dados in situ, para validação
observação oceanográfica automáticos, que dos algoritmos existentes e, caso seja necessário,
permitem estimar as correntes das camadas desenvolver algoritmos mais adequados para o Mar
intermédias do oceano (~1000 m) e obter perfis Português (Tarefa 2.1). Serão desenvolvidas
verticais de temperatura e salinidade, bem como metodologias de detecção automática de frentes
outros parâmetros biogeoquímicos, até aos 2000 m. oceânicas pela aplicação de operadores específicos
No entanto, como são instrumentos derivantes com (Tarefa 2.1). As comunidades planctónicas serão
as correntes é necessário o seu lançamento regular analisadas para identificar grupos funcionais que
para manter uma representatividade sinóptica das caracterizam os ecossistemas pelágicos das áreas em
condições oceanográficas de todo o oceano e estudo e estudada a importância relativa, caso
preencher as grandes lacunas que se observa em ocorram, de espécies não indígenas (Tarefa 2.2).
determinadas áreas do mesmo, nomeadamente da Vão ser desenvolvidos modelos de habitat de
região em estudo (Fig. 2b). Estes flutuadores fazem cetáceos através de análises geo-estatísticas. Os
perfis de 10 em 10 dias. A informação recolhida é dados de ocorrência de cetáceos serão
transmitida, via satélite, para os centros de dados em correlacionados com os dados oceanográficos e
terra. A vida média de um flutuador Argo é de cerca meteorológicos para estudar as suas relações e
de 4-5 anos. A informação de todos os flutuadores preferências. A associação com frentes oceânicas
activos no Mar Português será tratada e analisada (zonas de convergência e aglomeração de
neste projecto (Tarefa 1.3) e serão lançados organismos) permitirá perceber até que ponto estas
flutuadores em colaboração com o Euro-Argo ERIC. estruturas são importantes nas cadeias tróficas
Outro sistema de observação importante para pelágicas em oceano aberto (Tarefa 2.2). Será feita
observar grandes áreas da superfície do oceano é o a classificação do Mar Português quanto ao estado
baseado em informação obtida por detecção remota de eutrofização (Tarefa 2.3), utilizando o índice de
eutrofização desenvolvido por Cabrita et al. (2015).

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(b)

(a)

Fig. 2. Flutuadores Argo: (a) Lançamento do flutuador Argo WMO-3901909, no dia 29 de Dezembro de 2017, pelas 20:56, a bordo do NI
Noruega do IPMA; e (b) Mapa com os flutuadores activos no Atlântico Nordeste, em 23 de Fevereiro de 2017 (Cortesia de Romain
Cancouët, Euro-Argo ERIC). A seta amarela indica a posição do flutuador Argo WMO-3901909.

Este índice utiliza valores de nutrientes, relatórios da DQEM. Assim, será desenvolvida uma
transparência da água, fitoplâncton, clorofila e base de dados (Tarefa 4.1) e uma plataforma
oxigénio dissolvido, obtidos in situ e por satélite. dinâmica de visualização em SIG (Tarefa 4.2),

3.3. Produção de informação (Actividade 3) 3.5. Divulgação e comunicação (Actividade 5)

Os diferentes sectores de actividade relacionados A literacia do oceano, a todos os níveis da


com o mar (e.g., pesca, transporte marítimo, náutica sociedade, é fundamental para a sua conservação e
de recreio e turismo) necessitam de informação de sua sustentabilidade, pelo que é importante que se
valor acrescentado para desenvolver, apoiar e consiga transmitir, de uma forma acessível e
realizar com segurança as suas operações marítimas. interessante, as actividades e seus resultados. Assim,
A gestão e conservação do oceano necessitam de o projecto irá disponibilizar toda a informação na
uma monitorização contínua do estado ambiental página do IPMA e irá colaborar com várias
dos seus ecossistemas e da sua biodiversidade, muito iniciativas de divulgação sobre os oceanos (e.g.,
especialmente nas AMPs oceânicas. No entanto, esta IPMA-Escolas e Ciência Viva), para divulgar os
monitorização tem que ser transformada em resultados do projecto e sensibilizar a sociedade para
informação sintética e de fácil compreensão, que a necessidade de observar e monitorizar a grande
permita a sua utilização pelos diferentes decisores de extensão do Mar Português, motivando os jovens
política do mar. Assim, vão ser estimados os para a ciência e para as questões do mar.
indicadores de base da DQEM (Tarefa 3.1), para os 4. CONCLUSÕES
descritores da biodiversidade, espécies exóticas e
O relatório da DQEM (MAMAOT, 2012) refere a
eutrofização, bem como desenvolver metodologias
grande lacuna de séries temporais com uma
para usar espécies de cetáceos para detectar o bom
deficiente cobertura espacial, concretamente nas
estado ambiental do meio marinho. As observações
zonas mais oceânicas, como é o caso da área que se
serão utilizadas operacionalmente nos produtos
pretende observar no projecto. Assim, o projecto
disponíveis para apoio à elaboração da previsão e
OBSERVA.PT será uma contribuição importante
vigilância meteorológica no mar (24h/7dias),
para colmatar esta lacuna de informação.
aumentando significativamente a qualidade e
fiabilidade das previsões meteorológicos e Agradecimentos: OBSERVA.PT é financiado pela
oceanográficos nas áreas sob responsabilidade UE e Governo Português, no âmbito do Mar2020.
nacional e viabilizando a produção de produtos de REFERÊNCIAS
clima em mar alto (por exemplo, regimes de vento,
tendências da temperatura média da água do mar e Cabrita, M.T., Silva, A., Oliveira, P.B., Angélico,
indicadores relevantes para a identificação da M.M., e Nogueira, M. (2015). Assessing
mudança climática e seus impactos) (Tarefa 3.2). eutrophication in the Portuguese continental
exclusive economic zone within the European
3.4. Bases de dados e cartografia (Actividade 4) marine strategy framework directive. Ecological
A organização e gestão dos dados é fundamental Indicators, 58, 286-299
para qualquer sistema de observação e
monitorização do oceano, bem como para
Nota: este documento não utiliza o novo acordo ortográfico.
disponibilizar esses dados para a Administração,
empresas e comunidade científica, sendo também
uma exigência para a elaboração dos futuros

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