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11, nP 3, 1981
G. S. S. NUNES e Y. VISWANADHAM
Instituto de Pesquisas Espaciais/CNPq, São Jos6 dos Campos, SP
Recebido em 18 de Agosto de 1 9 i i
Segundo ~ o o d ~( 1 '964),
~ i dealmente, todas as profundidades da
atmosfera poderiam ser p r e v i s t a s a p a r t i r de modelos f í s i c o s , s u j e i t o s a
condições de contorno de um dado f 1uxo de radiação.
As d i f i c u l d a d e s e n v o l v i d a s no c á l c u l o satisfatoriamente exato
da r a d i a ç ã o na atmosfera foram apontadas p o r P l a s s e ~ a r n e r ~ " " ( 1 9 5 2 a , b ) .
Um dos grandes problemas do c ~ l c u l ode t r a n s f e r ê n c i a de r a d i a ç ã o na at-
mosfera r e s i d e na d i f i c u l d a d e de se obterem dados s u f i c i e n t e m e n t e atura-
O p r e s e n t e método de cá1 c u l o da t r a n s f e r ê n c i a r a d i a t i va b a s e i a -
- se nas l e i s fundamentais da r a d i a ç ã o , as q u a i s f o r a m p a r t i c u l a r i z a d a s pa-
r a serem u t i 1i z a d a s na a t m o s f e r a t e r r e s t r e . A s e g u i r , s e r á apresentada de
forma s u c i n t a , a d e r i v a ç ã o das equações usadas nos c ã l c u l o s dos f l u x o s de
r a d i a ç ã o i n f r a v e r m e l h a d e v i d o aos e f e i t o s do vapor d'água na a t m o s f e r a .
2.1. Fluxo de Radiação
onde :
IA - i n t e n s i d a d e monocromát ca da radiação,
X - comprimento de onda,
dç - t r a j e t ó r i a de absorção p e r c o r r i d a p e l a radiação,
onde :
-
I ~ ~ ( T )intensidade monocromática de emissão de um corpo negro.
onde :
8 - ângulo z e n i t e , e
b) e f e i t o de alargamento de Doppler.
onde :
P
P
- v a l o r da pressão a t m o s f é r i c a padrão (P
P
= 1013,25 mb)
T
P
- v a l o r da temperatura padrão (2'
P
= 273, 16 OK)
onde :
r - i n t e n s i d a d e da 1 inha de absorção, e
d - d i s t â n c i a e n t r e as l i n h a s de absorção.
1000 -
Au* = -
$7
s 4J (2.9)
onde :
L'-
R Au* = (Rhp AU* = RAp AU
A.
P
onde :
Kh = ( K h ' ~ ~ 0(K~)co~
+
(2.13)
Na b a i x a t r o p o s f e r a , as p r i n c i p a i s substâncias absorventes da
rad iação i n f ravermel ha são o vapor d 'água e o d i ó x i d o de carbono e segundo
~ l s a s s e r ' (1942),
~ pode-se a d m i t i r que o d i õ x i d o de carbono absorve e, e-
m i t e completamente, na banda de 15 um. Porêm a c o n t r i b u i ç ã o do d i õ x i d o de
carbono não será considerada n e s t e modelo.
p z 1
- K~
T
f
(u,T) = 2
onde:
H (2) =
n i, e-xS d5 é conhecida como função de Gold de o r -
dem n , c u j o s v a l o r e s para diferentes
K u foram calculados por Elsasser (1942).
A
onde:
ut e ur referem-se à profundidade õ t i c a no topo da atmosfera e
no n í v e l de r e f e r ê n c i a respectivamente, sendo a p r o f u n -
didade Õ t i c a na s u p e r f í c i e da t e r r a "us" i g u a l a infi-
to.
com relação a u:
onde
a F+, a
- au
é o valor de - F~+
au
c a l c u l a d o no topo da atmosfera, ou seja,
no l i m i t e s u p e r i o r da s u b s t â n c i a r a d i a n -
te.
onde:
C
P
- c a l o r e s p e c í f i c o a pressão constante
4 - umidade e s p e c í f i c a do a r , que a q u i é expressa em grama
/grama
Neste c a p í t u l o , serão t r a t a d o s os d e t a l h e s da d e t e r m i n a ç ã o da
emissividade de f l u x o de radiação do vapor d'água e de suas a p l icações
nos c á l c u l o s de radiação. A emissividade de f l u x o t e m sido amplamente
usada por v á r i o s autores nos c á l c u l o s dos FRI e WLT na atmosfera.
TABELA 4.1
BROOKS STALEY
u(g.cm-') LOG,, (u) ROB I NSON JUR I CA
* dados i n t e r p o l a d o s ou extrapolados
5. CALCULO DOS PARAMETROSAUXILIARES
-
Os c ã l c u l o s dos FRI e TVLT exigem o conhecimento de v á r i o s pa-
râmetros que são derivados dos dados de pressão atmosférica, temperatura
e umidade do a r , os quais são c o l e t a d o s a t r a v é s de observ.açÕes por r a d i o s -
sonda.
E ( u . + Au) - E
f
(u
j
- Au)
-*
2Au
onde E (u ) são v a l o r e s i n t e r p o l a d o s e
f i
Au 6 o espaçamento e n t r e os pontos.
onde :
Os f i u x o s de r a d i a ç ã o e a t a x a de v a r i a ç ã o l o c a l de temperatura
podem s e r c a l c u l a d o s a t r a v é s da i n t e g r a c ã o das expressões (2.25), (2.26)
e (3.7), com r e s p e i t o à p r o f u n d i d a d e Ó t i c a , u t i l izando o método d e dife-
renças f i n i t a s . E uma boa aproximação supor a a t m o s f e r a e s t r a t i f i c a d ã com
uma d i s t r i b u i ç ã o v e r t i c a l a r b i t r ã r i a de p r o f u n d i d a d e ó t i c a , t e m p e r a t u r a e
umidade r e l a t i v a , ou s e j a supor que os parânietros termodinãmicos são in-
dependentes das coordenadas h o r i z o n t a i s , sendo função da a1 tuma somente.
Nessas c o n d i ç õ e s , pode-se s u b s t i t u i r as i n t e g r a i s nas equações (2.25) ,
(2.26) e (3.7) p o r um s o m a t ó r i o , de t a l forma que a02'~/aupossa s e r c o n s i -
derado c o n s t a n t e e i g u a l a aoT4/au. Segundo t?rooks2 (l95O), o erro rela-
t i v o , i n t r o d u z i d o nos c ã l c u l o s da TVLT p o r essa aproximação, é inferior a
t r ê s por c e n t o .
BIBLIOGRAFPA