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BENS – Art.

79 ao 103 – CC
CONCEITO:
BENS: São coisas materiais ou imateriais úteis ao homem e de expressão
econômica que sejam suscetíveis de apropriação.
COISAS: é genérico; tudo que existe objetivamente, com exclusão do homem.
CLASSIFICAÇÃO LEGAL DOS BENS:
 QUANTO À TANGIBILIDADE:
BENS CORPÓREOS: Existência física e material. Ex.: Carro, casa.
BENS INCORPÓREOS: Existência abstrata. Ex.: Direito de Autor,
Propriedade intelectual.
 BENS CONSIDERADOS EM SI MESMO:
IMÓVEIS E MÓVEIS:
 IMÓVEIS (Art. 79): São aqueles que não podem ser removidos sem a
sua destruição.
POR NATUREZA: São formados pelo solo e tudo aquilo que
o incorporar naturalmente;
Ex.: Árvore e seus frutos.
POR ACESSÃO FÍSICA, INDUSTRIAL OU
ARTIFICIAL: Tudo que o homem incorporar permanentemente ao solo,
não podendo remover sem a destruição.
Ex.: Construções, plantações.
POR ACESSÃO FÍSICA INTELECTUAL: São bens
móveis que que incorporam ao bem Imóvel pela vontade do dono.
Ex.: Pertenças, decorações.
POR DISPOSIÇÃO LEGAL (Art. 80):
I – Direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II – Direito à sucessão ABERTA.

 MÓVEIS (Art. 82): São móveis os bens suscetíveis de movimento


próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou
da destinação econômico-social.
POR NATUREZA: Remoção por força própria
(semoventes) Ex: Animais.
Remoção por força alheia Ex: Carros, cadeiras.
POR ANTECIPAÇÃO (Art. 84): Eram IMÓVEIS e foram
mobilizados por uma atividade humana. Ex: Colheita de uma
plantação.
POR DISPOSIÇÃO LEGAL: Art. 83 - CC
I - as energias que tenham valor econômico;
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações
correspondentes;
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas
ações.

FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS:
 FUNGÍVEIS (Art. 85): São SUBSTITUÍVEIS por outros da mesma
espécie, qualidade e quantidade. Ex: Dinheiro.
 INFUNGÍVEIS: São INSUBSTITUÍVEIS por serem personalizados.
Ex. Carro(chassi).
CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS:
 CONSUMÍVEIS (Art. 86): São consumíveis os bens móveis cujo uso
importa destruição imediata da própria substância (Cons. De fato),
sendo também considerados tais os destinados à alienação (Cons. De
direito).
 INCONSUMÍVEIS: São aqueles que permitem a utilização, sem perder
sua substância, como também os inalienáveis.
DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS:
 DIVISÍVEIS (Art. 87): são os que se podem fracionar sem alteração
na sua substância (aspecto físico), sem diminuição considerável de
valor (aspecto econômico), ou sem prejuízo do uso a que se destinam
(aspecto funcional).
 INDIVISÍVEIS (Art. 87-88):
I. POR NATUREZA: Não podem ser partidos sem alterarem sua
substância, diminuição de valor ou prejuízo. Ex.: Picolé.
II. POR DETERMINAÇÃO LEGAL: Indivisibilidade por
determinação expressa na lei. Ex.: Hipotecas.
III. POR VONTADE DAS PARTES (ou Convencional): Por
acordo entre as partes
SINGULARES E COLETIVOS:
 SINGULARES (Art. 89): São aqueles que, embora reunidos, são
analisados em sua individualidade. Ex.: Livro.
 COLETIVOS: São bens singulares que se encontram agregados a um
todo, com isso, são considerados em seu conjunto. Ex.: Floresta.
ABRANGEM :
 Universalidades de Fato (Art.90): Pluralidade de bens
singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham
destinação unitária. Ex.: Bibliotecas.
 Universalidades de Direito (Art.91): Complexo de relações
jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. Ex.:
Herança.

BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS:


# Ponto importante:
 O proprietário do principal é o proprietário do acessório.
 A natureza do bem acessório é a mesma do principal (Princípio da
Gravitação Jurídica);
BEM PRINCIPAL (Art.92 – 1a parte): É aquele que possui existência própria,
independentemente de outro. Ex.: Solo.

BEM ACESSÓRIO (Art.92 – 2a parte):


 Depende da existência do Principal;
 CLASSES:
# FRUTOS: São as utilidades que uma coisa periodicamente produz
SEM, com isso, sofrer alteração em sua substância.
 QUANTO A SUA ORIGEM:
Naturais: Ex..: Frutos de uma árvore.
Industriais: Ex..: Objetos produzidos por fábricas.
Civis: Ex..: Juros e Dividendos.
 QUANTO AO SEU ESTADO:
Pendentes: Ex..: Frutos ainda não colhidos da árvore.
Percebidos: Ex..: Frutos colhidos.
Estantes: Ex..: Frutos que já foram colhidos e armazenados.
Percipiendos: Aqueles deveriam ter sido colhidos, mas não
foram.
Consumidos: Não existem mais, foram consumidos.
# PRODUTOS: São bens acessórios que podem ser retirados do
principal diminuindo-lhe a quantidade, pois não se produzem
periodicamente. Ex. Ouro retirado de uma mina.
# BENFEITORIAS (Art. 96): São obras ou despesas que se faz em
bens já existentes para conservá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo.
Obs.: É necessária a intervenção do proprietário, possuidor ou
detentor para serem consideradas benfeitorias. (Art. 97)
 CLASSIFICAÇÕES:
*Necessárias (Art. 96, §3): Finalidade: Conservar o bem ou
evitar que se deteriore. Ex.: Reformar o telhado de uma casa.
*Úteis (Art. 96, §2): Aumentam ou facilitam o uso do bem.
Ex.: Construir mais um banheiro em uma casa.
*Voluptuárias (Art. 96, §1): Benfeitorias de mera satisfação ou
contentamento. Ex.: Pintura em uma casa.
#PARTES INTEGRANTES: É o bem acessório que está unido ao
principal, formando um todo independente. Ex.: Lâmpada que se
coloca no lustre.
#PERTENÇAS (Art. 93): * São bens que não integram ao principal, no
entanto, auxilia-o. Ainda assim, são destinados, de modo duradouro, ao uso, ao
serviço ou ao aformoseamento do principal.
Ex.: Automóvel para usar na Fazenda.

BENS QUANTO AO TITULAR DO DOMÍNIO:


BENS PÚBLICOS (Art. 98): São bens do domínio nacional pertencentes às
pessoas jurídicas de direito público interno.
a) CARACTERÍSTICAS:
I. Imprescritibilidade (Art. 102): Vedação a aquisição por
Usucapião (prescrição aquisitiva).
II. Impenhorabilidade: Insuscetíveis de execução judicial.
III. Inalienabilidade (Art. 100/101): Proibido a venda dos bens
públicos, EXCETO os bens dominicais, observadas as
exigências da lei.
b) CLASSIFICAÇÃO (Art. 99):
I. Uso comum do povo: Uso geral do povo, SEM precisar de
permissão especial.
Ex.: Praças e ruas.
II. Uso especial: Usado pelo Estado para prestar determinado
serviço público.
Ex.: Edifícios da Administração Pública.
III. Dominicais: Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de
direito público, SEM possuírem uma destinação específica. Ex.:
Terras devolutas.
BENS PARTICULARES: Todos os outros que tiverem como titular de seu
domínio pessoa natural ou pessoa jurídica de direito privado, serão bens
particulares.

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