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Introdução
Micorrizas
Micorrizas arbusculares
Estabelecimento da simbiose
Tabela 1. Continuação.
Micorriza orquidóide
• Colonização da raiz: todas as orquídeas, durante a germinação, têm uma fase não-
fotossintética em que são dependentes de suprimento externo de carbono, o qual é
suprido pela associação. Na planta adulta, a natureza e a extensão da colonização é
bastante variável. Hifas enoveladas e pelotões são formados no interior das células do
córtex radicular. Como Rhizoctonia é um potente patógeno, é possível que as orquídeas
tenham metabólitos secundários capazes de controlar o fungo
• Estruturas características: hifas enoveladas e pelotões
• Ecossistemas predominantes: ecossistemas tropicais
Micorriza ericóide
• Microssimbiontes fúngicos: fungos septados, Basidiomicetos e Ascomicetos. Exemplo
de gênero: Hymenoscyphus (Ascomiceto)
• Macrossimbiontes vegetais: plantas da ordem Ericales e da família Monotropaceae
• Colonização da raiz: algumas formam verdadeiras ectomicorrizas, mas a superfície
das raízes possui menos hifas do que uma típica ectomicorriza. As hifas crescem entre
as células e invadem-na, formando hifas enoveladas
• Estruturas características: hifas enoveladas
• Ecossistemas predominantes: ecossistemas polares ou de grande altitude
Micorriza arbutóide
• Microssimbiontes fúngicos: fungos septados, Basidiomicetos. Exemplo de gêneros:
Cortinarius, Cenococcum
• Macrossimbiontes vegetais: descrita em plantas do gênero Arbutus, ordem Ericales
• Colonização da raiz: similar a ectomicorrizas na morfologia radicular, formando a
Rede de Hartig. O manto pode ser bem organizado, como nas ectomicorrizas. As
células da epiderme são colonizadas, formando hifas enoveladas no interior, as quais
desintegram sem afetar as células, que podem ser colonizadas novamente
• Estruturas características: hifas enoveladas, Rede de Hartig e manto
• Ecossistemas predominantes: ecossistemas polares ou de grande altitude
uma possível futura divisão em duas famílias, não nomeadas por serem
parafiléticas. A ordem Diversisporales engloba as famílias preexistentes
Acaulosporaceae e Gigasporaceae e uma família inédita, a
Diversiporaceae, formadas com membros da antiga família Glomaceae.
A ordem Glomerales inclui a maioria dos membros da antiga família
Glomaceae, mas deverá ser dividida em pelo menos duas famílias ainda
não nomeadas, chamadas de Glomeraceae Grupo-Glomus A (composta
pelos fungos agrupados com a Glomus mosseae), e Glomeraceae Grupo-
Glomus B (composta pelos fungos agrupados com a Glomus etunicatum).
Alterações rizosféricas
Funcionamento da simbiose
de clima, solo e manejo cultural nos quais eles deverão ser utilizados.
Quanto mais ampla a adaptação dos FMAs a essas condições maior a
sua ES. Fungos que apresentem elevada ES em diferentes avaliações
podem ser utilizados em condições menos específicas de clima, solo e
cultura. Na busca de FMAs de alta ES, adaptados a condições edafo-
climáticas e culturais, tem-se isolado fungos indígenas do próprio
ecossistema em que se pretende aplicá-los (MENGE, 1983; SAGGIN
JÚNIOR; SIQUEIRA, 1996). Os diferentes isolados devem ser avaliados
quanto à resposta que sua inoculação promove na planta de interesse,
preferencialmente sob diferentes condições. Sieverding (1991) sugere
que os testes de ES devam ser feitos primeiramente sob competição
com outros organismos do solo, incluindo outros FMAs. Depois, os
isolados selecionados, por competirem eficientemente, serão avaliados
sob diferentes condições edáficas (pH, P, N, K, salinidade, temperatura
e estresse hídrico), a fim de se obter isolados que tenham características
compatíveis com o objetivo da seleção.
A capacidade de esporular é tida com um importante critério de
seleção de FMAs (ABBOTT; ROBSON, 1981; 1985), pois a esporulação
é ligada à capacidade de persistência do FMA após a inoculação.
A persistência é considerada uma vantagem, pois, na maioria das vezes,
a inoculação das mudas é a única oportunidade de introdução de FMAs
em uma cultura. Além disso, o fungo selecionado deve produzir bastante
propágulos para produção de inoculantes, e esses propágulos devem
ser resistentes ao ressecamento e às técnicas de armazenamento e
aplicação do inoculante. Assim, além da avaliação da ES em diferentes
condições, a persistência tem sido utilizada também como critério de
seleção de FMAs. A persistência é resultado da competição, tolerância
a fatores do solo e do ambiente, e da capacidade do fungo de se espalhar
no solo, de esporular e produzir propágulos. Entretanto, pode-se estar
causando o mesmo problema que hoje se verifica em relação a rizóbios
no Brasil. As seleções de rizóbios buscaram estirpes competitivas e
agressivas de modo que a maioria dos inoculantes comerciais de rizóbios
para soja no Brasil contém estirpes de Bradyrhizobium japonicum e
B. elkanii. Porém, quando se busca a introdução de outras estirpes
eficientes em fixar nitrogênio, como as estirpes de crescimento rápido
de Sinorhizobium fredii, estas não competem com a estirpe B. elkanii
P aplicado P disponível
Muda Referência
------------ mg kg-1 ------------
Cafeeiro 87 24 Colozzi-Filho & Siqueira (1986)
Cafeeiro 80-160 – Souza et al. (1991)
Cafeeiro 200 24 Saggin Júnior et al. (1994)
Cafeeiro 80-160 13-27 Vaast et al. (1996)
Citros 0 – Antunes & Cardoso (1991)
Mamoeiro 87 – Weber & Amorim (1994)
Jacarandá-da-baía 0-50 – Chaves et al. (1995)
Acacia mangium 120 18 Faria et al. (1996)
Fedegoso e trema 30-60 9-21 Paron et al. (1997)
Limão-cravo 100-200 – Melloni et al. (2000)
Amplitude 0-200 9-27
Referências
BERTA, G.; TROTTA, A. F.; HOOKER, J.; MUNRO, M.; ATKINSON, D.;
GIOVANETTI, M.; MARINI, S.; LORETI, F.; TISSERANT, B.; GIANINAZZI-
PEARSON, V.; GIANINAZZI, S. The effects of arbuscular mycorrhizal
infection on plant growth, root system morphology and soluble protein
content in Prunus cerasifera L. Tree Physiology, Victoria, v. 15, p. 281-
293, 1995.