Na Bahia ocorreu um fato interessante em relação à luta pela
Independência. Um mesmo lado da disputa tinha diferentes objetivos. Um
só pretendia livrar o Brasil do domínio de Portugal, enquanto o outro lado, o dos escravos, queria mais. Eles pretendiam usar seus serviços de guerra como moeda de troca para obterem a alforria. A substituição de um oficial baiano pelo brigadeiro Inácio Luís Madeira desencadeou uma revolta por parte da população, da Câmara e muitos militares, que foram derrotados e obrigados a fugir. Assim deu se inicio a uma guerra pela Independência.
Quando veio a emancipação do Brasil, Salvador ainda era controlada pelos
portugueses. Quando D. Pedro foi nomeado Imperador do Brasil ele apoio os patriotas baianos, enviando tropas para reforçar o exército pacificador. Já as tropas adversárias, os portuguesas, recebiam reforços por mar, apesar do bloqueio decretado por D. Pedro. Labatut que foi indicado por D. Pedro para organizar e comandar as tropas pacificadoras não agradava os senhores de engenhos. Principalmente depois de recrutar escravos.
Foram criados alguns decretos. Entre eles um decreto que os escravos-
soldados deveriam ser enviados de imediato para o Rio de Janeiro. Os escravos não apareciam nas documentações sobre o recrutamento e a libertação pós-guerra. Mesmo assim eles participavam das lutas e da Independência, com o objetivo de serem libertados.
Inicialmente, portugueses e brasileiros se uniram com a decisão das Cortes
de criar uma monarquia constitucional, porém, quando as Cortes decidiram recolonizar o Brasil, os brasileiros foram contra as decisões das Cortes, de um lado, e portugueses, a favor das Cortes, de outro. Em 1º de março, os primeiros combates tiveram início, porém as tropas portuguesas reagiram com violência. Várias pessoas morreram e foram feridas e 267 foram presas.
Em agosto de 1823, D. Pedro I enviou para Belém, um navio comandado por
Grenfell. Usando de astúcia anunciou que, uma grande esquadra estaria chegando à Belém e que, qualquer resistência por parte dos portugueses seria inútil. Com medo da ameaça, os portugueses não reagiram e a província de Grão-Pará se incorporou ao Império do Brasil, em 12 de outubro de 1823. Os portugueses reiniciaram as perseguições aos simpatizantes da independência. A violência iniciada pelos portugueses foi revidada com mais violência pelos brasileiros. Grenfell resolveu agir para acabar com os confrontos e convocou a população para uma reunião, em frente ao palácio do governo. Com a população reunida, escolheu cinco soldados ao acaso, e mandou executá-los. Depois prendeu 256 militares no porão de um navio, onde morreram sem ar e sem água. Os brasileiros foram conquistando lentamente o apoio do Maranhão por causa de que La existia muitos portugueses.
A burguesia comercial e mesmo os proprietários de terras do Piau, estavam
ligados à Metrópole, inclusive por laços de sangue. Poirisso ouve uma divisão entre os que queriam permanecer ligados a Portugal e os que defendiam a adesão ao Rio de Janeiro.