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Cadernos PDE
II
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
VIOLÊNCIA NA ESCOLA: AÇÕES DESENVOLVIDAS PELA ESCOLA E PELO
ESTADO ATRAVÉS DE PROGRAMAS, PROJETOS E POLÍTICAS PÚBLICAS
PARA O ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA ESCOLAR
MILDRE MERI NOVAKOSKI
Disciplina/Área Gestão Escolar
Escola de Colégio Estadual Dona Branca
Implementação do Rua Jorge Bonn, 10 – Bairro Tingui
Projeto e sua
localização
Município da escola Curitiba, PR
Núcleo Regional de Curitiba, PR
Educação
Professor Dulce Dirclair Huf Bais
Orientador
Instituição de Universidade Federal do Paraná
Ensino Superior
Relação No desenvolvimento deste projeto não haverá uma relação
Interdisciplinar interdisciplinar. Haverá, sim, uma relação intertemática, a
saber: políticas públicas educacionais e de direitos humanos,
pedagogia e violência escolar.
Resumo As relações no cotidiano escolar devem traduzir respeito ao
próximo, através de atitudes que priorizem a amizade, a
harmonia e a integração das pessoas, visando atingir os
objetivos propostos no projeto político pedagógico da
instituição. Discute-se muito sobre o “combate à violência”,
porém, levando ao pé da letra, combater significa: guerrear,
bombardear, batalhar, o que não traduz um conceito correto
para se revogar a mesma. Este conceito é também utilizado
pelas instituições públicas, princípio que deve ser o motivador
para a falta de engajamento dessas ações. A escola é o
primeiro ambiente social que a criança experimenta depois da
família, igrejas, vizinhos, enfim, um círculo bastante restrito. É
na escola que ela vai, realmente, experimentar um ambiente
social e aprender a conviver com as diferenças e se constituir
num ser social. Sendo assim é urgente e essencial tratar a
violência na escola como um trabalho de lucidez quanto ao que
se está fazendo com o presente e, sobretudo, com o que nele
se planta, pois isto definirá o futuro. Para isso, é preciso
renovar a capacidade de diálogo e propor um novo projeto de
sociedade no qual o bem de todos seja o foco da ação. Diante
disto este caderno temático traz três unidades que buscam
discutir a violência escolar, as políticas públicas para o
enfrentamento a esta e o papel das redes de proteção diante tal
problemática.
Palavras-chave Violência escolar; políticas públicas; redes de proteção.
Formato do Material Caderno temático
Didático
Público Alvo Professores, equipe diretiva e equipe pedagógica.
APRESENTAÇÃO
VIOLÊNCIA ESCOLAR
1
SORGE, B. A violência. São Paulo: Loyola, 1993.
podendo acontecer fora dos muros desta e se estendendo até ela. São os casos de
invasão para venda de drogas ou para “acerto de contas” com os alunos.
A violência à escola ou contra a escola é aquela onde há danos ao patrimônio
ou aos seus agentes. Trata-se dos atos de vandalismo e depredação ao patrimônio
da escola (pichações, quebra de carteiras, roubos de aparelhos). Podemos incluir
aqui, os insultos e ameaças de alunos aos professores e funcionários porque estes
são representantes ou agentes da escola.
Já a violência da escola é aquela praticada pela própria instituição e por seus
funcionários (professores, agentes de apoio, equipe administrativa, pedagógica e
diretiva).
Charlot (2002, p. 434) acredita que tal distinção seja necessária; pois, se a
escola é impotente diante da violência na escola, ela tem condições de combater a
violência da e à escola. Ao afirmar isso, o autor acredita que a violência escolar não
é apenas reprodução daquilo que se passa fora dos muros da instituição; pois, se
assim o fosse, a escola estaria de mãos atadas diante desse fenômeno.
Laterman apud Pereira (2012, p. 16) corrobora com a ideia de que a violência
que ocorre dentro da escola não é um simples reflexo do que vem acontecendo na
sociedade, uma vez que muitas comunidades violentas contam com instituições de
ensino tranquilas, nas quais não há registros de atos violentos.
Aquino (1998) e Guimarães (1996) acreditam que, nem sempre, as atitudes
violentas ocorridas dentro dos muros escolares refletem o que acontece lá fora. Por
vezes, a instituição pode ser complacente com situações que exigiram uma tomada
de providências e, sem fazê-la, favorece tais ocorrências. Quanto a isso, Aquino
(1998, p. 10) afirma ser evidente que “algo de novo se produz nos interstícios do
cotidiano escolar, por meio da (re)apropriação de tais vetores de força por parte de
seus atores constitutivos e seus procedimentos instituídos/instituintes.” Guimarães
(1996) também defende tal pensamento. A autora acredita que a escola acaba por
produzir sua própria violência e indisciplina que, obviamente, causa efeitos de
retorno à comunidade escolar.
Segundo Sposito (1998), a maioria dos estudos sobre a violência escolar
acaba por associá-la à pobreza. Contudo, trata-se de uma relação incoerente, uma
vez que, atualmente, as escolas de classe média também estão enfrentando tal
problema.
Conforme afirma Gonçalves e Sposito (2002, p.07), “ambientes sociais
violentos nem sempre produzem práticas escolares caracterizadas pelas violências”.
É necessário que a escola busque formas de trabalhar a violência ocorrida dentro da
instituição, buscando auxílio dos órgãos governamentais que, por sua vez, deverão
contribuir com a criação de programas, com o preparo dos professores, provendo
recursos para trabalhos com a comunidade local, enfim, colaborando para o
enfrentamento do problema. A violência escolar atrapalha a escola em sua função
pedagógica e civilizatória, tanto em transmitir os conhecimentos historicamente
produzidos de forma sistemática, quanto de formar o cidadão. Assim, nos valemos
aqui do pensamento de Abramovay e Rua (2003) sobre a violência escolar ser um
fenômeno preocupante à medida que:
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
INDICAÇÕES DE LEITURA
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Esta unidade visa contribuir para enriquecer o seu conhecimento acerca das
políticas adotadas pelo Estado para o enfrentamento à violência. Além de
documentos legais sobre o tema, você terá a oportunidade de assistir os seguintes
vídeos:
Vídeo 1 – “Violência na Escola”, do programa “Em Tese”, da TV-UFPR, com
duração de 30’22’’, disponível em: www.youtube.com/watch?v=s8QXFav4Jcg.
Vídeo 2 – “Estratégias para reverter a violência nas escolas”, da TV para o
Futuro, da Fundação Roberto Marinho, com duração de 20’28’’, disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=3iJvUzO_WaM.
A carga horária desta unidade será de 4 horas. Divididas em: 60 minutos para
leitura e discussão do material teórico sobre as políticas públicas; 60 minutos para
apresentação e discussão sobre o vídeo 1; 60 minutos para apresentação e
discussão sobre o vídeo 2; 60 minutos para elaboração de uma análise sobre os
dois vídeos e as principais ideias trazidas por estes.
REGISTRE SUA IDEIA
INDICAÇÕES DE LEITURA
REDE DE PROTEÇÃO
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Esta unidade traz uma breve explicação sobre o que vem a ser Rede de
Proteção. Nesta você terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre os
órgãos que fazem parte da Rede.
Esta unidade possui uma carga horária de 4 horas, onde 60 minutos serão
utilizados para a leitura de documentos inerentes ao tema; 60 minutos serão para a
discussão daquilo que foi lido e 120 minutos serão destinados à pesquisa acerca da
Rede de Proteção existente em sua localidade.
REGISTRE SUA IDEIA
INDICAÇÕES DE LEITURA
O livro indicado traz em suas páginas informações úteis acerca das Redes de
Proteção, nelas é possível agregar mais conhecimento sobre o assunto. Trata-se de
um material de fácil leitura.