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REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

A aprovação da redução da maioridade penal em crimes graves

Em 19 de agosto de 2015, a Câmara dos Deputados aprovou em segundo turno a PEC


(Proposta de Emenda à Constituição) nº 171/93, que reduz a maioridade penal de 18
para 16 anos nos casos de crimes hediondo (estupro ou latrocínio), homicídio doloso e
lesão corporal seguida de morte.
A proposta, entretanto, sofreu alterações em seu texto original. A emenda que foi
apresentada originalmente ao Plenário e é de autoria dos deputados Rogério Rosso e
André Moura, e incluía outros crimes como o tráfico de drogas, terrorismo, tortura,
roubo qualificado, entre outros, mas foi rejeitada.

De acordo com as disposições da PEC aprovada, os jovens de 16 e 17 anos que


praticarem os crimes mencionados deverão cumprir suas penas em local separado dos
outros adolescentes que cumprem penas da ordem socioeducativas e dos maiores de
18 anos.

Pró-redução da maioridade penal

 O principal argumento dos defensores da redução da maioridade penal é que


adolescentes de 16 e 17 anos sabem diferenciar o certo e o errado. Esse
discernimento faz com que cometer o crime seja uma escolha e, por isso, devam
sofrer consequências por seus atos.

 Outro argumento forte é que, por causa da impunidade dos adolescentes de 16


e 17 anos, criminosos perigosos usam esses jovens para cometer os piores crimes.
Sendo assim, há um aumento da violência.

 Os Estados Unidos e alguns países da Europa já praticam a punição para


menores, inclusive para crianças que cometem crimes hediondos.

 Outro ponto é que as punições atuais para menores de 18 anos são muito
brandas, o que facilita a reincidência dos delitos e dos crimes mais graves.

 Uma estatística apontada pelo Datafolha em 2015 indica que 87% da


população brasileira é a favor da redução da maioridade penal. Isso não quer dizer
que a maioria esteja correta, mas sinaliza uma insatisfação importante com as
punições exercidas até aquele momento.

FONTE: https://examedaoab.jusbrasil.com.br/noticias/364174845/reducao-da-
maioridade-penal

Redução da maioridade penal

O que os dados da Fundação Casa dizem sobre a maioridade penal


Investigação do Ministério Público conclui que São Paulo, o estado mais avançado do
País em medidas socioeducativas, tem superlotação e internações curtas que
atrapalham a ressocialização

Situação na Fundação Casa mostra que sistemas de ressocialização não funcionam ainda
porque não foram colocados em prática de fato

A superlotação explica, segundo os promotores, outra situação diagnosticada nos oito


meses de análise. O alto número de menores na instituição tem feito com que os
adolescentes fiquem internados por períodos mais curtos. Dos 1232 casos de internação
contabilizados nas unidades da capital, entre agosto de 2014 e março deste ano, 89,6%
(1.104) não passaram mais de 12 meses na Fundação Casa. E apenas cinco adolescentes
passaram mais do que dois anos em processo de ressocialização.

Para a Promotoria da Infância e Juventude da Capital, a Fundação Casa pode estar


recomendando a liberação de menores infratores mais cedo para evitar o colapso do
sistema. “A superlotação inquestionavelmente gera necessidade de abertura de vagas. É
preciso abrir vagas para demanda crescente e existente. Isso pode estar influenciando e
essa é uma das linhas investigativas do Ministério Público”, diz o promotor de justiça
Tiago de Toledo Rodrigues. 

Reincidência e semiliberdade
O Ministério Público ainda produziu uma lista com os atos infracionais mais praticados
pelos menores na capital paulista no período entre agora de 2014 e março deste ano. O
roubo circunstanciado, ou roubo qualificado, é o ato que aparece em primeiro, por
representar 53,2% (1.793) do total de atos infracionais. Em seguida, vem o tráfico, que
corresponde a 23,1% (779) dos casos. Juntos, crimes de estupro, latrocínio e
homicídio representam 3,1% dos atos.

A superlotação e consequente “liberação” dos menores antes de um trabalho de


ressocialização completo também tem feito o Ministério Público desconfiar do índice de
reincidência apresentado pela Fundação Casa. Atualmente, a instituição diz que
aproximadamente 15% dos menores que já foram internados na Fundação Casa alguma
vez voltam ao sistema. Por isso, o MP também monitorou a reincidência dentre os casos
registrados em unidades da cidade de São Paulo no período da investigação.

Para isso, o órgão contabilizou não apenas os internados, como faz a Fundação Casa. E
sim qualquer caso de menor que foi autuado, mais de uma vez, cometendo atos
infracionais. Assim, os promotores constataram que, no período analisado, 34% dos
menores já foram flagrados mais de uma vez cometendo atos como roubo, tráfico ou
furto, entre outras possibilidades. Agora, especificamente entre os menores que
acabaram sendo internados pela Justiça, 50,5% voltaram a cometer algum ato
infracional.

“Aquilo que a Fundação Casa vem divulgando com o nome de reincidência não é
reincidência. Aquilo é única e exclusivamente uma suposta reiteração de medida
socioeducativa de internação", afirma o promotor. "Isso significa que um adolescente
foi internado e, depois de solto, cometeu outro ato infracional que levou à internação”,
critica Rodrigues. “Esse índice do MP é verdadeiramente um índice de reincidência.
Significa o quê? Que são adolescentes que praticaram um ato infracional após o trânsito
em julgado pela prática de um ato infracional anterior”, complementa.

A presidente da Fundação Casa, Berenice Gianella, questiona a cientificidade


metodológica do material produzido pelos promotores e explica que o índice de
reincidência da instituição leva em conta apenas os internados porque o órgão não é
responsável pela aplicação de outros tipos de medida socioeducativa, como liberdade
assistida ou prestação de serviços comunitários.

FONTE: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-que-os-dados-da-fundacao-casa-
dizem-sobre-maioridade-penal-9732.html

FÁBIO JOSÉ BUENO


Promotor de Justiça do Departamento da Infância e Juventude de São Paulo
 
"Eu sou favorável à redução da maioridade penal em relação a todos os crimes. Em 1940, o
Brasil estipulou a maioridade em 18 anos. Antes disso, já foi 9 anos, já foi 14. Naquela
época, os menores eram adolescentes abandonados que praticavam pequenos delitos. Não
convinha punir esses menores como um adulto. Passaram-se 70 anos e hoje os menores não
são mais os abandonados. O menor infrator, na sua maioria, é o adolescente que vem de
família pobre, porém, não miserável. Tem casa, comida, educação, mas vai em busca de
bens que deem reconhecimento a ele. As medidas do Estatuto da Criança e do Adolescente
não intimidam. Eles praticam os atos infracionais, porque não são punidos na medida. A
pena tem a função de intimidação, que a medida socioeducativa não tem. É importante
saber que o crime não compensa, que haverá uma pena, uma punição."

MICHELLO BUENO
Capitão da Polícia Militar
do Distrito Federal
 
"Como policial militar, temos visto que tem aumentado bastante o índice da participação de
menores nos crimes e a reincidência entre eles também, principalmente, por causa da
impunidade. Agora, dizer que a redução da maioridade vai resolver a questão, é muito cedo
para dizer. Pode ser que a solução não seja essa e sejam necessárias outras medidas a longo
prazo. De imediato, acho que [a redução da idade penal para alguns casos] pode resultar em
uma melhora, sim, mas também acredito que será preciso tomar outras medidas para que a
redução na criminalidade entre jovens seja efetiva. Não adianta só prender. É preciso investir
em outras medidas, como o combate ao uso e tráfico de drogas e o aumento de investimentos em
educação para que as crianças nem entrem nesse mundo."

EXEMPLO:
Faz um ano, um jovem brasiliense matou sua namorada com um tiro no rosto,
pretextando ciúmes. Filmou o assassinato com o celular, compartilhou as imagens nas
redes sociais e ocultou o cadáver. Faltava apenas um dia para ele completar 18 anos.
Preso no dia seguinte, foi julgado com base no ECA e será posto em liberdade quando
completar 21 anos, sem que nada conste em sua folha de antecedentes. Caso o crime
tivesse ocorrido um dia depois, já aos 18 anos, não escaparia de uma condenação com
base no Código Penal por homicídio muitas vezes qualificado. Poderia permanecer no
cárcere por 30 anos.

Fatos como esse, ainda que felizmente não sejam frequentes, exigem maior adequação
do sistema penal aos dias de hoje. Por que, então, a redução para 16 anos? A partir dos
16 anos, o jovem vota se quiser, seu testemunho é aceito em juízo e pode ser
emancipado, inclusive sem consentimento dos pais, se tiver economia própria. O Direito
brasileiro reconhece, assim, que a partir dos 16 anos o adolescente tem condições de
assumir a responsabilidade pelos seus atos.
Reconheço que a punição não é o único remédio para a violência cometida pelos jovens.
Evidentemente, políticas sociais, educação, prevenção, assistência social são medidas
que, se aplicadas no universo da população jovem, terão o condão, efetivamente, de
reduzir a violência. Mas, em determinados casos, é preciso uma punição mais eficaz do
que aquelas preconizadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

Fonte: http://epoca.globo.com/ideias/noticia/2015/04/favor-da-reducao-da-maioridade-
penal.html

1-  Idade

Se uma pessoa, menor de 18 (dezoito) anos, pode trabalhar, contratar, casar, matar,
roubar, estuprar, transar e votar, por que não pode então responder por seus crimes na
cadeia? Hoje, uma pessoa com 16 ou 17 anos já é capaz de ter sua personalidade
formada, tendo ciência acurada do certo e do errado. Logo, colocar esses marginais na
prisão com penas equivalentes aos crimes por eles cometidos não pode ser configurado
como um ato de maldade para com um inocente.

2- Ressocialização

Todos sabemos que essas instituições que acolhem menores infratores não conseguem
ressocializar seus detentos, que muitas vezes saem de lá e são promovidos para as
cadeias comuns depois de adultos.

3- Impunidade

O adolescente, em conflito com a lei, ao saber que não receberá as mesmas penas de um
adulto, não se inibe ao cometer mais atos infracionais. Isso alimenta a sensação de
impunidade e gera crimes que jamais poderiam acontecer. Um menor de idade sabe que,
em função de sua idade, poderá cometer quantos delitos puder, sabendo que terá uma
pena branda.

4- Mão-de-obra

Graças a essa impunidade, muitos criminosos recrutam menores de idade ( buchas ) para
executar suas atividades criminosas. O menor é arrancado de sua infância com a
promessa de uma vida de ostentação, cometendo crimes que muitas vezes adultos teriam
receio de cometer por causa da altas penas. Devido a esse sistema cruel, a demanda por
mão-de-obra menor de idade nunca é mitigada no mundo do crime.

5- Crime

A maioria das pessoas já estão cansadas de saber que são os delinquentes juvenis são os
maiores causadores de roubos e pequenos furtos no nosso país, sendo eles presos e logo
soltos para voltar para o crime. Como resultado desse sistema, pessoas passam a ter
medo de andar na rua. Muitas são as pessoas que sofrem doenças psicológicas em
função do pânico que já passaram na mão desses fascínoras, sendo obrigadas a gastar
fortunas em tratamentos médicos e psiquiátricos. Muitas são as lojas assaltadas por
esses menores que se veem obrigadas a terem que contratarem seguranças e repassar
esse investimento para seus consumidores. Logo, toda a nossa sociedade paga caro com
a tolerância a esses deliquentes.

6- Estupro

Não é justo que uma pessoa que estupre, mate e roube, como foi o caso do criminoso
Champinha, tenha uma pena tão pequena em troca de todo o mal e sofrimento que
causou a família de suas vítimas, Liana Friedenbach e Felipe Caffé. Todos os dias,
dezenas de menores infratores como Champinha cometem crimes bárbaros que acabam
no esquecimento. Não é justo que bandidos perigosos voltem pouco tempo depois de
seus crimes as ruas para cometer maldade contra outras pessoas. Liana e Champinha
tinham ambos 16 anos. Para nossa lei, Champinha era muito novo para ser
responsabilizado por seus atos; mas, Liana, mesmo sendo também menor de idade, não
foi privada de ser responsabilizada pelos atos de Champinha. Por mais leve que seja a
pena, menos pena esses jovens

Não é justo que uma pessoa que estupre, mate e roube, como foi o caso do criminoso
Champinha, tenha uma pena tão pequena em troca de todo o mal e sofrimento que
causou a família de suas vítimas, Liana Friedenbach e Felipe Caffé. Todos os dias,
dezenas de menores infratores como Champinha cometem crimes bárbaros que acabam
no esquecimento. Não é justo que bandidos perigosos voltem pouco tempo depois de
seus crimes as ruas para cometer maldade contra outras pessoas. Liana e Champinha
tinham ambos 16 anos. Para nossa lei, Champinha era muito novo para ser
responsabilizado por seus atos; mas, Liana, mesmo sendo também menor de idade, não
foi privada de ser responsabilizada pelos atos de Champinha. Por mais leve que seja a
pena, menos pena esses jovens bandidos terão de nós.

7- Ativistas dos defeitos humanos

Os ativistas de direitos humanos sempre fazem de tudo para que os direitos dos
bandidos sejam preservados, mas se esquecem que os próprios alvos de seus esforços
são os primeiros a desrespeitar os direitos humanos das pessoas inocentes.

Esses bandidos não respeitam o direito de propriedade, tampouco o direito a vida – se


bem que os ativistas de direitos humanos também não. Quando um criminoso comete
um crime bárbaro, os ativistas de direitos humanos lutam pelos direitos dos criminosos,
ao invés de lutar pelo direito de suas vítimas, essas sim, mereciam ter seus direitos
humanos defendidos.

Esses ativistas dizem que já faltam lugar na cadeia para tantos criminosos. Isso quer
dizer que esses bandidos tenham que ficar soltos? Por que então eles, que dizem gostar
tanto dos direitos dos menores, não levam esses menores infratores para casa deles?
Eles dizem que faltam lugar nas cadeias para os criminosos, mas a verdade é que o que
falta mesmo é criminosos nas cadeias. O que a população pede é que se encha ainda
mais essas cadeias, pois nosso país tem tanta impunidade que a maioria dos criminosos
estão fora delas. Então que a lei se cumpra e que se construa as prisões.

Em entrevista a revista Forum, o deputado Marcelo Freixo, defensor dos direitos dos
presos, disse que culpabilização individual é um erro. O que viria a ser isso? Quer dizer
que toda a sociedade honesta é culpada se um indivíduo comete um crime? Muito
interessante. É muito fácil socializar a culpa dos criminosos pelos crimes hediondos que
eles cometem.

Outra coisa. Esses ativistas adoram dizer que os presos são predominantemente negros
para suscitar o censo de justiça racial das pessoas. Isso só denota uma coisa. A
população nas periferias tem muitos negros e a justiça tem mais facilidade de prender as
pessoas carentes, que não podem pagar advogados. Pouco importa se os presos são
negros, brancos, magros, gordos, ateus, crentes, ricos, pobres, etc. O que importa é que
quem comete crime tem que pagar, independentemente dos grupos dos quais ele faz
parte.

8- Impostos

Pois quase 90% da população brasileira agoniza em favor da redução da maioridade


penal. O brasileiro está cansado de pagar impostos para que a sua segurança seja cada
dia mais mitigada. Vivemos numa democracia e a verdadeira vontade do povo é colocar
esses criminosos atrás das grades. Todos estamos cansados de pagar impostos para o
governo criar essas instituições que só aparecem na hora que ocorre uma grande
rebelião. Se 90% dos brasileiros clama por isso é porque essa situação a muito já saiu do
controle.

9- Coitadismo

Já que os outros 10% não conseguem ganhar no voto, apelam para o bom-mocismo e
para o coitadismo, dizendo que o menor é uma vítima do sistema. Se esquecem que nem
todos os menores de idade que moram em regiões dominada

A FAVOR: Os defensores da redução contestam os dados e argumentam que parte dos


menores retorna para o sistema prisional com mais de 18 anos.

A FAVOR: O modelo descentralizado, além de ser mais caro, não leva em conta o
custo social agregado, como o destroçamento das famílias das vítimas, além da sensação
de insegurança da sociedade.
3. Criminalidade
A FAVOR: Parte das quadrilhas é chefiada por jovens, que são mais violentos.
4. Impunidade
A FAVOR: Hoje, a restrição de liberdade é de no máximo três anos, o que incentiva a
prática criminosa.   
5. Fator Social
A FAVOR: A maioria dos adolescentes em conflito com a lei sabe que cometeu crimes
passíveis de punição. Uma das propostas é usar laudo psicológico que indique a
consciência do jovem sobre seu ato.
6.  Presídios e facções

A FAVOR: As facções criminosas já atuam em unidades socioeducativas e muitos


infratores não iriam para a cadeia, por causa das penas alternativas.
7. Encarceramento
A FAVOR: O Brasil precisa alinhar sua legislação à de países desenvolvidos, como
Suíça, Inglaterra e Estados Unidos, que aplicam sanções a jovens antes dos 18 anos.
8. Cláusula Pétrea
A FAVOR: A maioridade penal não está prvista no artigo 5º da Constituição Federal do
País, que trata de direitos imutáveis.

http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,argumentos-contra-e-a-favor-da-reducao-da-
maioridade-penal,1661582
Pior, ao completarem 18 anos terão ficha absolutamente limpa, por nunca terem
cometido nenhum crime
Até a linguagem adotada no Estatuto muda em relação ao Código Penal: o ECA não fala
de crimes, e sim de infrações; também não menciona penas, e
sim medidas socioeducativas.

PARA QUEM VALEM AS MEDIDAS DO ECA E O QUE ELE PREVÊ


PARA OS MENORES INFRATORES?
As medidas socioeducativas do ECA (descritas dos artigos 112 ao 125) são aplicadas
para jovens que já têm idade para ser responsabilizados por uma infração, ou
seja, adolescentes com 12 anos a 17 anos de idade.
Quando um menor de idade é pego participando de qualquer tipo de crime, ele fica
detido por no máximo 45 dias, que é o tempo que o Juiz da Infância e da Juventude tem
para se posicionar sobre o caso. Caso seja julgado culpado, o menor pode ser submetido
a seis tipos diferentes de medidas socioeducativas, segundo o ECA:
 Advertência
 Obrigação de reparar o dano causado
 Prestação de serviços à comunidade
 Liberdade assistida
 Semiliberdade
 Internação
As medidas são aplicadas de acordo com a gravidade do crime cometido. Na hipótese
de internação, os menores infratores ficam no máximo por três anos em centros de
recuperação.

 Porque adolescentes de 16 e 17 anos já têm discernimento o suficiente para


responder por seus atos. Esse argumento pode aparecer de formas diferentes.
Algumas apontam, por exemplo, que jovens de 16 anos já podem votar, então por
que não poderiam responder criminalmente, como qualquer adulto? Ele se pauta na
crença de que adolescentes já possuem a mesma responsabilidade pelos seus
próprios atos que os adultos.

 Porque a maior parte da população é a favor. O Datafolha divulgou


recentemente pesquisa em que 87% dos entrevistados afirmaram ser a favor da
redução da maioridade penal. Apesar de que a visão da maioria não é
necessariamente a visão correta, é sempre importante considerar a opinião popular
em temas que afetam o cotidiano.

 Com a consciência de que não podem ser presos, adolescentes sentem maior
liberdade para cometer crimes. Pode ter sido o caso do garoto que matou um
jovem na véspera de seu aniversário de 18 anos. Prender jovens de 16 e 17 anos
evitaria muitos crimes.

 Muitos países desenvolvidos adotam maioridade penal abaixo de 18


anos. Nos Estados Unidos, a maioria dos estados submetem jovens a processos
criminais como adultos a partir dos 12 anos de idade. Outros exemplos: na Nova
Zelândia, a maioridade começa aos 17 anos; na Escócia aos 16; na Suíça, aos 15.

 As medidas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) são


insuficientes. O ECA prevê punição máxima de três anos de internação para todos
os menores infratores, mesmo aqueles que tenham cometido crimes hediondos. A
falta de uma punição mais severa para esses casos causa indignação em parte da
população.

 Menores infratores chegam aos 18 anos sem ser considerados


reincidentes. Como não podem ser condenados como os adultos, os menores
infratores ficam com a ficha limpa quando atingem a maioridade, o que é visto como
uma falha do sistema.
 A redução da maioridade penal diminuiria o aliciamento de menores para o
tráfico de drogas. Hoje em dia, como são inimputáveis, os menores são atraídos
para o mundo do tráfico para fazer serviços e cometer delitos a partir do comando de
criminosos. Sem a maioridade penal, o aliciamento de menores perde o sentido.

Reincidência entre jovens infratores é de 29%; 'falta estrutura', aponta MP

Dados da Fundação da Criança e do Adolescente da Bahia são de 2014.


Mais de 85% dos jovens apreendidos em 2014 são negros ou pardos. 

A FAVOR
A maior parte da população é a favor. O Datafolha divulgou recentemente pesquisa em
que 87% dos entrevistados afirmaram ser a favor da redução da maioridade penal.
Apesar de que a visão da maioria não é necessariamente a visão mais correta, é sempre
importante considerar a opinião popular em temas que afetam o cotidiano. As
punições atuais para menores são muito brandas. O Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) prevê como medida mais drástica a internação de três anos de para
menores infratores, mesmo aqueles que tenham cometido crimes hediondos. A falta de
uma punição mais severa para esses casos causa indignação em parte da
população.
Adolescentes de 16 e 17 anos já têm discernimento o suficiente para responder por seus
atos. Esse argumento pode aparecer de formas diferentes. Alguns colocam, por
exemplo, que jovens de 16 anos já podem votar, então por que não poderiam responder
criminalmente, como qualquer adulto? Ele se pauta na crença de que adolescentes já
possuem a mesma responsabilidade pelos seus próprios atos que os adultos. Como os
menores sabem que suas punições são mais leves que as dos adultos, eles possuem
maior disposição a cometer crimes violentos. É comum, por exemplo, traficantes se
utilizarem dessa diferença para convencerem menores de que estão em uma posição
privile giada, podendo cometer crimes sem preocupação. Pode também ter sido pela
grande diferença de punições entre menores e maiores que existem casos como o garoto
que matou um jovem na véspera de seu aniversário de 18 anos.
Assim, prender jovens de 16 e 17 anos evitaria muitos crimes graves. Muitos países
desenvolvidos adotam maioridade penal abaixo de 18 anos. Alguns exemplos são:
Estados Unidos, onde a maioria dos estados submetem jovens a processos
criminais como adultos a partir dos 12 anos de idade; Nova Zelândia, onde a
maioridade começa aos 17 anos; Escócia, que pune maiores de 16; na Suíça, que
pune maiores de 15. O Brasil deveria seguir o exemplo desses países e punir
pessoas de idades inferiores a 18 anos também.

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