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Comunicação
Prof. Fábio Roberto Tavares
Prof.ª Débora Cristina Curto da Costa Bocato
2016
Copyright © UNIASSELVI 2016
Elaboração:
Prof. Fábio Roberto Tavares
Prof.ª Débora Cristina Curto da Costa Bocato
301.1
T231p Tavares; Fábio Roberto
162 p. : il.
ISBN 978-85-7830-998-5
1.Psicologia social.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico! Chegou a hora de você conhecer melhor a Psicologia
da Comunicação e aprender um pouco mais sobre ela! Esse é um importante
ramo da Psicologia, tanto para a sua vida acadêmica e profissional quanto
para o cotidiano.
III
Desejo a você um ótimo aprendizado! Espero que ao terminar o
estudo deste caderno você tenha aprendido os conhecimentos básicos sobre
a inter-relação entre a Comunicação e a Psicologia, consiga compreender a
importância desta disciplina e também consiga aplicar esses conhecimentos
na vida acadêmica, profissional e no cotidiano.
Bons estudos!
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
UNI
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA............................ 1
VII
TÓPICO 2 – O PAPEL DO PSICÓLOGO SOCIAL E OS RECURSOS DE COMUNICAÇÃO:
INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO ............................................................................. 81
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 81
2 ENTENDENDO A PSICOLOGIA SOCIAL E O PSICÓLOGO SOCIAL................................... 81
3 COMUNICAÇÃO, CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO.......................................................... 82
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 90
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 92
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 93
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 157
VIII
UNIDADE 1
CONTEXTUALIZAÇÃO DA
PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e ao final de cada um deles você
encontrará atividades que o auxiliarão no aprendizado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Por volta de 700 anos a.C., na Grécia, tiveram início as discussões sobre
o pensamento humano. Os gregos eram um povo bastante desenvolvido e
foi lá que surgiram as primeiras cidades-estados. A partir de então, houve a
necessidade de busca por riquezas pelos cidadãos (classe dominante) para a
manutenção das cidades. Isso gerou o crescimento e a busca de soluções para
problemas de aspectos sociais, para a agricultura e também arquitetura. Tais fatos
geraram desenvolvimento nas áreas da Física, da Geometria e da política (BOCK;
FURTADO; TEIXEIRA, 2001).
3
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
FIGURA 1 - SÓCRATES
FONTE: <http://www.diegomaia.com.br/blog/as-tres-peneiras-de-socrates-e-a-fofoca-
no-ambiente-de-trabalho/>. Acesso em: 30 jun. 2016.
4
TÓPICO 1 | CONCEITOS GERAIS DA PSICOLOGIA E SUA CONSTITUIÇÃO COMO CIÊNCIA
FIGURA 2 - PLATÃO
Agora vamos falar sobre as concepções de outro filósofo grego que merece
destaque, Aristóteles, um opositor das ideias de Platão (BOCK; FURTADO;
TEIXEIRA, 2001).
FIGURA 3 - ARISTÓTELES
FONTE: <http://compartilhandoebook.blogspot.com.br/2014/06/livros-aristoteles-pdf-
download-gratis.html>. Acesso em: 14 jul. 2016.
5
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
DEMAIS ANIMAIS
HOMEM (3 ALMAS)
APENAS UMA ALMA
Alma Sensitiva
(Percepção e Movimento)
Alma Racional
(Ser Pensante)
6
TÓPICO 1 | CONCEITOS GERAIS DA PSICOLOGIA E SUA CONSTITUIÇÃO COMO CIÊNCIA
7
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
NOTA
Em uma das teses de Giovanni Pico della Mirandola, a que melhor representa o manifesto
renascentista do homem seria o Discurso sobre a Dignidade do Homem. Fica clara a descrição
do homem como centro do mundo e o destaque em relação ao seu valor. Pico (apud LACERDA,
2010) diz que: sendo o homem o centro, teria livre-arbítrio para escolher onde queria chegar e
o que queria fazer. Contudo, não se é negada a existência de Deus, ao contrário, o homem é
criatura de Deus, o qual o colocou em destaque, ocupando lugar central no mundo.
FIGURA 5 - ANTROPOCENTRISMO
FONTE: <https://br.pinterest.com/saganome/teocentrismo-y-antropocentrismo/>.
Acesso em: 14 jul. 2016.
8
TÓPICO 1 | CONCEITOS GERAIS DA PSICOLOGIA E SUA CONSTITUIÇÃO COMO CIÊNCIA
NOTA
Na realidade não existe uma única definição para este termo, considerando sua
abrangência. Podemos dizer que a Ciência é uma forma de reflexão baseada na realidade
cotidiana. Contudo, o conhecimento científico e o cotidiano se aproximam e se afastam ao
mesmo tempo. Isso porque, para compreender a realidade, a Ciência se utiliza de abstrações,
ou seja, se afasta do real, colocando-o como objeto de investigação, de modo a ter uma melhor
compreensão sobre os fenômenos, para além das aparências (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001).
No caso das ciências que estudam o homem, como a psicologia, existe uma
diversidade de objetos de estudo. Em um sentido mais amplo, o objeto de estudo
da Psicologia seria o ser humano, contudo, uma gama de valores sociais intrínsecas
ao mesmo permite inúmeras concepções. Deste modo, o objeto de estudo é definido
de acordo com a visão de homem que cada teoria possui, sendo a psicologia uma
ciência que estuda os “diversos homens” (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA 2001).
9
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
ATENCAO
FONTE: <https://www.passeidireto.com/arquivo/6363734/resumo---psicologia-social/9>.
Acesso em: 2 jul. 2016.
4.1 O FUNCIONALISMO
A partir dos estudos de Wiliam James, nos Estados Unidos, o
Funcionalismo tem seu marco inicial. Foi a primeira organização sistemática de
conhecimentos voltados para a psicologia. A partir de um olhar voltado para o
desenvolvimento econômico, os principais questionamentos levantados eram
sobre o que os homens faziam e por que faziam. Com o objetivo de encontrar
as respostas, James começou a investigar o funcionamento da consciência, no
sentido de como o homem a utiliza para se adaptar ao meio (MACHADO, 2016).
Neste aspecto, buscou investigar por meio de uma abordagem funcional e não
experimental como se dá a adaptação dos seres humanos ao seu meio.
10
TÓPICO 1 | CONCEITOS GERAIS DA PSICOLOGIA E SUA CONSTITUIÇÃO COMO CIÊNCIA
HOMEM
COMPREENSÃO DO
ADAPTAÇÃO
FUNCIONAMENTO
MENTAL AO MEIO
CONSCIÊNCIA
4.2 ESTRUTURALISMO
Vamos entender no que se baseia o Estruturalismo, é interessante
conhecermos as principais ideias de Wilhelm Wundt, seu fundador.
11
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
FIGURA 7 - WUNDT
FONTE: <http://www.biografiasyvidas.com/biografia/w/wundt.htm>.
Acesso em: 5 jul. 2016.
NOTA
FONTE: <http://abc-da-psicologia.webnode.com.pt/temas/metodos/metodo-introspecti-
vo/>. Acesso em: jul. 2016.
12
TÓPICO 1 | CONCEITOS GERAIS DA PSICOLOGIA E SUA CONSTITUIÇÃO COMO CIÊNCIA
4.3 ASSOCIACIONISMO
Agora vamos conhecer um pouco das teorias de Edward L. Thorndike à
luz do pensamento de Schultz e Schultz (2009).
13
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
FONTE: <http://animais.culturamix.com/comportamento/psicologia-e-
comportamento-animal>. Acesso em: 14 jul. 2016.
NOTA
14
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
• Para Aristóteles, o corpo e a alma eram inseparáveis, sendo que a psyque seria
a parte ativa da vida.
15
AUTOATIVIDADE
16
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Estudos científicos sobre o desenvolvimento humano tiveram seu início
a partir do século XIX. Antes disso, a Psicologia, como um ramo da filosofia,
preocupava-se em estudar apenas a alma. A partir das ideias de Wundt se inicia
uma nova visão, denominada como a Psicologia “sem alma”. Isto porque as
pesquisas passam a apresentar um caráter mais científico, a partir de constatações
experimentais. Assim, o conhecimento passa a ser produzido a partir de um
laboratório com uso de instrumentos e medições.
Para facilitar nossos estudos, vamos entender a que se refere cada uma
dessas teorias e seus principais defensores.
17
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
2 BEHAVIORISMO
Um dos principais defensores do Behaviorismo clássico, Watson (1878-1958),
dizia que a psicologia deveria se voltar apenas aos dados das ciências naturais, ou
seja, àquilo que era passível de ser observado, que seria o comportamento. Para isso,
utilizava-se de alguns métodos de investigação, que eram: 1) Observação; 2) Métodos
de Teste; 3) Método de Relato Verbal; 4) Método do Reflexo Condicionado. Desta
forma, Watson ofereceu o que os psicólogos daquela época estavam precisando.
Algo passível de observação, mensurável, em que os experimentos poderiam ser
reproduzidos em diferentes sujeitos e situações.
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TÓPICO 2 | AS PRINCIPAIS TEORIAS DO SÉCULO XX
Alto-falante
Luz sinalizadora
CAIXA DE Alavanca Dispensador
SKINNER de comida
Pedaço de
Comida
Grade
Elétrica
Gerador de
Choques
Elétricos
FONTE: <http://pt.slideshare.net/CatarinaNeivas/condicionamento-
operante-20792301>. Acesso em: 14 jul. 2016.
NOTA
19
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
BEHAVIORISMO
Análise do Comportamento
divide-se em
criado por criado por
propõe propõe
FONTE: <file:///E:/CADERNO%20UNIASSELVI/Behaviorismo%20-%20O%20estudo%20
do%20comportamento%20_%20Portal%20Administração.html>. Acesso em: 16 jun. 2016.
20
TÓPICO 2 | AS PRINCIPAIS TEORIAS DO SÉCULO XX
COMPORTAMENTO COMPORTAMENTO
OPERANTE RESPONDENTE
Refere-se a um comportamento
não voluntário e engloba respostas
O que propicia a aprendizagem dos produzidas a partir de estímulos
comportamentos é a ação do indivíduo antecedentes do ambiente. Esses
sobre o meio e o efeito dela resultante. comportamentos são interações
Visa satisfazer alguma necessidade ou a incondicionadas estímulos-resposta
aprendizagem a partir do efeito da ação. entre o indivíduo e o ambiente. São
comportamentos gerados por estímulos
que independem de “Aprendizagem”.
21
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
22
TÓPICO 2 | AS PRINCIPAIS TEORIAS DO SÉCULO XX
Fuga
Reforço Negativo
Punição
Esquiva
Condicionamento
FIGURA 13 - MAPA CONCEITUAL DA TEORIA COMPORTAMENTALISTA DE SKINNER
operante
Reforço Positivo
Extinção
Conexão
Skinner
Resposta
Teoria comportamentalista
Resposta incondicionada
Comportamento
Mudança
Negativos
Estímulos ambientais
Do indivíduo
Positivos
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UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
FONTE: <http://psicologiamodera.blogspot.com.br/2014/10/psicologia-da-gestalt.html>.
Acesso em: 5 jul. 2016.
NOTA
24
TÓPICO 2 | AS PRINCIPAIS TEORIAS DO SÉCULO XX
Por isso, essa teoria tem por finalidade analisar a vida psíquica sob a ótica da
combinação dos elementos que seriam as sensações e imagens que as constituem.
Portanto, a Gestalt propõe um estudo global do homem e do mundo e seu lema é
“o todo é mais que a soma das suas partes”.
FONTE: <http://alunosonline.uol.com.br/matematica/ilusao-otica.html>.
Acesso em: 6 jul. 2016.
25
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
26
TÓPICO 2 | AS PRINCIPAIS TEORIAS DO SÉCULO XX
FONTE: <http://esquizoestetica.blogspot.com.br/2011/12/postado-por-larissa-cosmi-o-
que-e.html>. Acesso em: 21 jun. 2016.
27
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
FONTE: <http://ascessetha.blogspot.com.br/2008/09/figura-e-fundo.html>.
Acesso em: 10 jul. 2016.
FIGURA 18 - FIGURA/FUNDO
FONTE: <http://www.megatopico.com/sapo-ou-cavalo-t16683.html>.
Acesso em: 10 jul. 2016.
28
TÓPICO 2 | AS PRINCIPAIS TEORIAS DO SÉCULO XX
NOTA
Você sabia que essa alternância entre a figura e o fundo acontece também
em nossas vidas? Nossa figura muda de acordo com nossas necessidades e interesses.
Por exemplo, se estou escrevendo algo e sinto fome, a fome passa a ser minha figura e o
escrever se torna o meu fundo até que a minha fome seja saciada. Por isso, na Gestalt, esse
processo é denominado alternância de fluido.
29
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
4 PSICANÁLISE
A Psicanálise tem como seu principal propagador Sigmund Freud (1856-
1939), médico psiquiátrico austríaco. Ele foi capaz de alterar radicalmente o
modo de pensar sobre a vida psíquica. A psicologia, enquanto ciência, precisava
buscar por teorias científicas que pudessem atender aos anseios da sociedade
naquele período histórico em seus aspectos econômicos, políticos e sociais. Neste
contexto, a teoria psicanalítica de Freud buscou entender as percepções sensoriais
interiores do homem, tais como as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, vistos
por ele como problemas científicos, levando à criação da Psicanálise.
30
TÓPICO 2 | AS PRINCIPAIS TEORIAS DO SÉCULO XX
FIGURA 20 - O INCONSCIENTE
• INFORMAÇÕES ORIUNDAS
DO MUNDO INTERIOR E
CONSCIENTE EXTERIOR
• DESTACAM-SE A
PERCEPÇÃO, ATENÇÃO E
RACIOCÍNIO
31
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
FONTE: <http://direitoitajuba.blogspot.com.br/2014/08/id-ego-e-superego-psicologia.
html>. Acesso em: 12 jul. 2016.
32
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
33
AUTOATIVIDADE
34
UNIDADE 1
TÓPICO 3
PSICOLOGIA SOCIAL
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico trabalharemos inicialmente acerca da Teoria das
Representações Sociais, tal teoria foi alvo de estudos de dois dos mais renomados
psicólogos do mundo, Serge Moscovici e Jean Piaget. Para eles, as representações
sociais refletem a forma como os indivíduos pensam, interpretam e acreditam
em determinada realidade. Dessa forma, as representações começam a surgir no
momento em que o sujeito tem contato com a sociedade, ou seja, no momento
de seu nascimento. Nessa fase, os mecanismos do conhecimento ainda são
limitados, e somente terão um valor significativo a partir da inserção da criança
em ambiente escolar. Isso está fundamentado na carga de estímulos a que ela
será exposta, construindo dessa forma seus valores, crenças, as quais resultarão
em seu caráter. Para tanto, faremos um pequeno resgate histórico da origem das
Representações Sociais, destacando seu contexto, evidenciando a etimologia da
expressão e, finalmente, revelando sua concepção conceitual.
35
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
FONTE: <https://en.wikipedia.org/wiki/Serge_Moscovici>.
Acesso em: jul. 2016.
36
TÓPICO 3 | PSICOLOGIA SOCIAL
37
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
NOTA
38
TÓPICO 3 | PSICOLOGIA SOCIAL
39
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
40
TÓPICO 3 | PSICOLOGIA SOCIAL
SOCIOLOGIA
HISTÓRIA ECONOMIA
PSICOLOGIA
SOCIAL
FILOSOFIA PERSONALIDADE
CIÊNCIAS
POLÍTICAS
FONTE: <https://svtratamentodq.wordpress.com/psicologia-social/>.
Acesso em: jul. 2016.
41
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
E
IMPORTANT
FONTE: <http://mrsaraujo-educao.blogspot.com.br/2012/06/projeto-meios-de-
comunicacao-educacao.html>. Acesso em: jul. 2016.
42
TÓPICO 3 | PSICOLOGIA SOCIAL
43
UNIDADE 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO DA PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA
LEITURA COMPLEMENTAR
44
TÓPICO 3 | PSICOLOGIA SOCIAL
45
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
46
AUTOATIVIDADE
2 Jean Piaget (1979) foi um dos primeiros autores a refletir que a criança, no
momento da elaboração de suas representações, baseia-se nas transmissões
(diretas/indiretas), bem como nas suas próprias experiências, onde o nível
intelectual é fator preponderante para a compreensão da realidade. Por
outro lado, Moscovici (2004) atribui duas funções às RS, explique-as:
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48
UNIDADE 2
ASPECTOS DA PSICOLOGIA
SOCIAL, IDENTIDADE E AS
INTERAÇÕES SOCIAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um deles você
encontrará atividades que contribuirão para sua reflexão e análise dos
conteúdos explorados.
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50
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, você já parou para pensar como age quando está sozinho
e quando está acompanhado? Já é regra que a maioria das pessoas age de forma
diferente quando está sozinha de quando está com diferentes grupos de pessoas.
Veja: quando estamos em família, agimos de um jeito; quando estamos em um
grupo de amigos, agimos de forma diferente; quando estamos no trabalho,
agimos de outro jeito. E aí, acertei? Pois é. Sabe por que isso é uma realidade?
A razão para isso é simples. O que fazemos sozinhos ou em grupo, nosso agir,
nossos pensamentos, o que sentimos são quase na sua totalidade fortemente
influenciados pelas pessoas com quem convivemos.
Neste tópico, vamos entender como a psicologia social age. Sabemos que a
maioria das pessoas age de forma diferente quando estão com diferentes grupos de
pessoas, quando estão em diferentes lugares, quando estão ... diferentes! Analise
o seu dia a dia. Você acorda: caso more com a família, vai ter um jeito de agir. Vai
se dirigir ao trabalho ou à escola, à faculdade, vai agir de forma diferente e assim
por diante; conforme as pessoas, conforme as circunstâncias, agimos diferente.
Por que isso acontece dessa forma? Por que o nosso agir, o nosso pensar, aquilo
que a gente sente sofre influência das pessoas que fazem parte de nossas vidas?
Ortega Y Gasset (1967), filósofo espanhol, proferiu a seguinte frase: “Eu sou eu e
minhas circunstâncias”. Perceba que nossas ações, pensamentos e sentimentos são
quase sempre influenciados pelos indivíduos que nos cercam. A psicologia social
nos ajuda a entender esses fenômenos para entendermos melhor como a presença
das pessoas em nossa vida pode afetar nossos comportamentos, pensamentos e
sentimentos. E isso é real.
51
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
FONTE: <https://br.pinterest.com/pin/318629742363522402/>.
Acesso em: 16 jul. 2016.
52
TÓPICO 1 | A FORMAÇÃO DOS PAPÉIS SOCIAIS E DA IDENTIDADE NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SOCIAL
FONTE: <http://diegokoelho.blogspot.com.br/>.
Acesso em: 30 jun. 2016.
53
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
54
TÓPICO 1 | A FORMAÇÃO DOS PAPÉIS SOCIAIS E DA IDENTIDADE NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SOCIAL
E
IMPORTANT
55
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
DICAS
PSICOLOGIA
PSICOLOGIA
PSICOLOGIA PSICOLOGIA DO APRENDIZAGEM
COMO PSICOFÍSIOLOGIA MOTIVAÇÃO INTELIGÊNCIA PERSONALIDADE
SOCIAL DESENVOLVIMENTO E MEMÓRIA
CIÊNCIA
O HOMEM ESTATUTOS
COMO GRUPOS E PAPÉIS ATITUDES
SER SOCIAL SOCIAIS
ESTATUTO PAPEL
CONFLITOS
SOCIAL SOCIAL
FONTE: <http://slideplayer.com.br/slide/43433/>.
Acesso em: 17 jul. 2016.
56
TÓPICO 1 | A FORMAÇÃO DOS PAPÉIS SOCIAIS E DA IDENTIDADE NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SOCIAL
57
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
FONTE: <http://www.osvigaristas.com.br/imagens/criancas/melhor-cosplay-da-
historia-5505.html>. Acesso em: 30 jul. 2016.
58
TÓPICO 1 | A FORMAÇÃO DOS PAPÉIS SOCIAIS E DA IDENTIDADE NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SOCIAL
Uma mulher que é uma mãe para algumas crianças pode ser uma tia ou avó
para os outros. Ao mesmo tempo, ela pode ser uma esposa para um homem, ela
muito provavelmente é filha e neta de outras pessoas. Para cada um destes vários
estados de parentesco ela deverá desempenhar um papel um pouco diferente e ser
capaz de alternar entre eles de forma instantânea.
59
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
Até a década de 30 a mulher não podia votar e nem ser votada, portanto, o
sufrágio feminino foi uma conquista de equiparar a mulher ao homem e torná-la
um membro da sociedade como qualquer um, ou seja, uma pessoa participativa
aos desígnios políticos do país.
FONTE: <http://paduacampos.com.br/2012/2012/07/27/charge-elas-estao-ocupadas-
mesmo/>. Acesso em: 30 jul. 2016.
60
TÓPICO 1 | A FORMAÇÃO DOS PAPÉIS SOCIAIS E DA IDENTIDADE NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SOCIAL
Não se pretende aqui fazer nenhum tipo de apologia à mulher, muito pelo
contrário, a mulher é só um bom exemplo para que possamos perceber o quanto
ela se transformou perante a sociedade. Antes ela não votava e nem era votada,
antes ela não trabalhava fora de casa, antes a sua vida limitava-se a cuidar de
filhos e marido e da casa. E hoje?
FONTE: <http://andorinharosa.blogspot.com.br/2009/03/um-poema-em-
homenagem-ao-dia.html>. Acesso em: 30 jul. 2016.
61
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
Estas interações podem mudar, assim como a moral que é mutável, como
diziam os romanos – “o tempora! o mores!” – (Oh tempos! Oh costumes!), ou seja,
os costumes mudam com o tempo. Srour (2003, p. 56) elenca alguns itens para a
compreensão do que vem a ser moral:
Por isso mesmo, as morais são as nervuras sensíveis das culturas e dos
imaginários sociais, as peças de resistência que armam as identidades
organizacionais, códigos genéticos das condutas sociais requeridas
pelas coletividades. Assim sendo, enquanto as morais correspondem
às representações mentais que dizem aos agentes sociais o que se
espera deles, quais comportamentos são recomendados e quais não
o são, a ética diz respeito à disciplina teórica e ao estudo sistemático
dessas morais e de suas práticas efetivas.
62
TÓPICO 1 | A FORMAÇÃO DOS PAPÉIS SOCIAIS E DA IDENTIDADE NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SOCIAL
FONTE: <https://rolhasuave.files.wordpress.com/2013/08/regras.jpg>.
Acesso em: 30 jul. 2016.
63
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
Pode haver conflito entre ética e moral? Com certeza, e podemos verificar
essa realidade com muita frequência. Vejamos.
Grande parte da confusão entre essas duas palavras pode ser rastreada
até suas origens. Por exemplo, a palavra "ética" vem do francês antigo “etique”‘,
do latim “ethica” e do grego “ethos” e se refere aos costumes ou filosofias morais.
FONTE: <http://www.umsabadoqualquer.com/category/socrates/>.
Acesso em: 17 jul. 2016.
64
TÓPICO 1 | A FORMAÇÃO DOS PAPÉIS SOCIAIS E DA IDENTIDADE NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SOCIAL
• Ética e moral como esferas distintas: a ética tem a ver com a busca da própria
felicidade ou bem-estar e estilo de vida privada, isto é, como devemos viver para
levarmos uma boa vida para nós mesmos. A moralidade tem a ver com os interesses
de outras pessoas e as restrições deontológicas apresentadas por Habermas.
• A equação da ética e da moral defendidas por Peter Singer.
• Moralidade como um campo especial na esfera ética: Ética é o termo genérico
para questões éticas e morais, no sentido apresentado por Peter Singer.
• A moralidade como parte especial de ética desenvolvida por Bernard Williams
• Moralidade como o objeto da ética: Ética é a teoria filosófica da moralidade que
é a análise sistemática de normas e valores (de leitura padrão) morais.
65
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
O que o autor quer alertar é que todos esses problemas são práticos e reais
e se apresentam nas relações afetivas dos seres humanos. As decisões práticas
humanas podem afetar um pequeno grupo ou um grande grupo.
66
TÓPICO 1 | A FORMAÇÃO DOS PAPÉIS SOCIAIS E DA IDENTIDADE NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SOCIAL
• Capitalismo.
• Socialismo.
67
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
A ética tem incidência no âmbito da vida pública, como reflexão em torno das
questões morais que envolvem a vida em sociedade. A ética assume uma dimensão
ontológica imprescindível na medida em que somos convidados a pensar a nossa
forma de ser e estar no mundo, a qualidade de nossas relações conosco e com os
outros seres humanos. Pela sua dimensão ontológica, a ética diz respeito à esfera
política do ser humano, na medida em que nos remete a pensar o bem comum, o
bem viver, a vida em sociedade como condição da felicidade individual e social.
68
TÓPICO 1 | A FORMAÇÃO DOS PAPÉIS SOCIAIS E DA IDENTIDADE NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SOCIAL
FIGURA 35 - IDENTIDADE
FONTE: <http://cotidianonaperiferia.files.wordpress.com/2011/08/banner-post-lid.jpg>.
Acesso em: 17 jul. 2016.
69
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
E
IMPORTANT
A palavra VALOR tem sua raiz no latim, valere, e significa coragem, bravura, o
caráter do homem; daí por extensão significa aquilo que dá a algo um caráter.
1. A noção filosófica de valor está relacionada por um lado àquilo que é bom, útil, positivo;
e, por outro lado, à prescrição, ou seja, a algo que deve ser realizado.
2. Do ponto de vista ético, os valores são os fundamentos da moral, das normas e regras que
prescrevem a conduta correta (JAPIASSU; MARCONDES, 2001, p. 268).
70
TÓPICO 1 | A FORMAÇÃO DOS PAPÉIS SOCIAIS E DA IDENTIDADE NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SOCIAL
FONTE: O autor
71
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
FIGURA 36 - SOLIDARIEDADE
FONTE: <http://www.perguntascretinas.com.br/wp-content/uploads/2008/01/
mafalda.jpg>. Acesso em: 15 jan. 2012.
72
TÓPICO 1 | A FORMAÇÃO DOS PAPÉIS SOCIAIS E DA IDENTIDADE NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SOCIAL
A satisfação de interesses
pessoais gera bem restrito
PRÁTICA ABUSIVA
Autointeresse Egoísmo
(Individualidade) (Exclusividade)
73
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
Todo homem pode ser considerado um ser ético e que nossas raízes éticas
advêm da nossa própria história por meio do trabalho. Podemos questionar a sua
forma de ser, ou seja, qual a natureza da moral? Por que a moral é necessária? E
como ela é? Pois sabemos que “a (re)produção da vida social coloca necessidades
de interação entre os homens, modos de ser constitutivos da cultura, produtos do
trabalho, tais como a linguagem, os costumes, os hábitos, as atividades simbólicas,
religiosas, artísticas e políticas” (BARROCO, 2000, p. 25).
74
TÓPICO 1 | A FORMAÇÃO DOS PAPÉIS SOCIAIS E DA IDENTIDADE NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA SOCIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Deve haver empatia entre as partes, mas não aquele manjado “se eu fosse
você”. Para se colocar no lugar do outro é preciso observar que existe toda uma
bagagem emocional trazida por esta pessoa. Cada um tem valores diferentes, e
estes valores são moldados e forjados com o passar dos anos, a partir do resultado
da soma da educação recebida, das experiências vividas e do ambiente onde se
passou, sobretudo, a infância, que é a época de formação da personalidade.
FONTE: <http://www.webartigos.com/artigos/o-papel-da-psicologia-na-comunicacao/40478/>.
Acesso em: 17 jul. 2016.
75
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, vimos que:
• O campo da moral é vasto, pois a moral é o alicerce para que a sociedade possa
estipular as suas regras de convivência.
• Os objetos têm o valor que o sujeito lhe atribui, ou seja, não há valor em si, mas
o valor para alguém.
76
• Existe um processo de crise onde a sociedade promove alguns movimentos, em
princípio de forma isolada e, depois, vai se expandindo e tomando corpo e lugares.
77
AUTOATIVIDADE
a) ( ) I, apenas.
b) ( ) III, apenas.
c) ( ) I e II, apenas.
d) ( ) II e III, apenas.
e) ( ) I, II e III.
78
I- No contexto da saúde, as intervenções em grupo com foco na psicoeducação
têm maior eficácia do que as práticas individualizadas.
II- No contexto educacional, privilegiam-se as práticas individuais com os
alunos, já que se lida com o processo de aprendizagem.
III- No contexto organizacional, empregam-se práticas grupais para
desenvolver competência e melhorar a qualidade do desempenho.
IV- No contexto comunitário, para a eficácia das práticas grupais, deve-se
considerar as redes de relações nela existentes.
a) ( ) I.
b) ( ) II.
c) ( ) I e IV.
d) ( ) II e III.
e) ( ) III e IV.
79
80
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A psicologia está sempre em busca do melhor para o indivíduo e para a
sociedade. A psicologia social, assim como os profissionais dessa área, pode criar
ambientes que são réplicas de ambientes do mundo real. Indivíduos e grupos de
indivíduos podem ser colocados nestes ambientes, e os psicólogos sociais podem,
em seguida, observar seus comportamentos e ações.
81
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
82
TÓPICO 2 | O PAPEL DO PSICÓLOGO SOCIAL E OS RECURSOS DE COMUNICAÇÃO: INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
FONTE: <http://www.pybony.xpg.com.br/wp-content/uploads/2011/06/tv-brasileira.
jpg>. Acesso em: 29 jul. 2016.
83
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
DICAS
FONTE: <http://www.palavras.blog.br/2009/04/crise-mundial-no-psicologo.html>.
Acesso em: 29 jul. 2016.
DICAS
84
TÓPICO 2 | O PAPEL DO PSICÓLOGO SOCIAL E OS RECURSOS DE COMUNICAÇÃO: INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
FONTE: <http://sandra1martins.files.wordpress.com/2011/11/sem-nome2.png>.
Acesso em: 29 jul. 2016.
85
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
86
TÓPICO 2 | O PAPEL DO PSICÓLOGO SOCIAL E OS RECURSOS DE COMUNICAÇÃO: INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
• Conhecimento intelectual
• Conhecimento popular
• Conhecimento científico
• Conhecimento teológico
87
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
88
TÓPICO 2 | O PAPEL DO PSICÓLOGO SOCIAL E OS RECURSOS DE COMUNICAÇÃO: INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
89
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
FALHAS NA COMUNICAÇÃO
Ricardo Miyasaki
90
TÓPICO 2 | O PAPEL DO PSICÓLOGO SOCIAL E OS RECURSOS DE COMUNICAÇÃO: INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
Muitas vezes, ao recebermos aquilo que outra pessoa nos passa, por causa
de nossos preconceitos, acabamos interpretando de forma diferente daquilo que
realmente é. Se alguém cometeu um erro uma vez, a probabilidade de ele ser
julgado negativamente é grande (intolerância ao erro), assim como se alguém é
sempre assertivo, a probabilidade de ser julgado para melhor também acontecerá
antes mesmo de se concluir aquela situação. [...]
91
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, vimos que:
• O psicólogo social lança seu olhar para o comportamento do grupo, vai prestar
atenção na percepção social, seja ela verbal ou não verbal, vai atentar para os
diferentes comportamentos, que podem se de conformidade, de agressão, de
preconceito, de liderança e tantos outros.
92
AUTOATIVIDADE
93
94
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Você já parou para pensar como, muitas vezes, temos comportamentos, ideias
e até crenças que vêm e vão de forma quase automática em nossas vidas? Questão de
hábito? Pois é. Dito de outra forma, muitas das coisas que fazemos, o que dizemos e
aquilo em que acreditamos são produto do hábito. No dia a dia, sem perceber, vamos
internalizando todos os tipos de comportamento de forma quase automática, que
é semelhante a uma resposta reflexa a um estímulo físico. Por exemplo, você já fez
aquele teste que consiste em bater em lugar específico no seu joelho que provoca uma
reação instintiva de movimento da sua perna? É mais ou menos assim. De um modo
semelhante, nós, seres humanos, reagimos automaticamente, e frequentemente
também inconscientemente, a estímulos sociais. Não vamos entrar nos detalhes
pavlovianos de estímulo-resposta. Você pode pesquisar mais sobre isso. Queremos
avançar na importância da psicologia para o sucesso das interações sociais, já que
somos seres sociais, não vivemos sozinhos.
2 INFLUÊNCIAS SOCIAIS
Vivemos um dia a dia cheio de tensões, com várias tentativas de influências
alheias a nós. Muitas pessoas passam sua vida fazendo com que os outros cumpram
suas solicitações. Calcule você, acadêmico, quantas vezes em um dia você será
apelado, persuasivamente, a realizar algo para alguém. Todos nós estamos sujeitos
a um número incontável de tentativas de influência a todo o momento. E se nos
estendêssemos para as influências que recebemos da TV, das mídias sociais? E se
incluirmos o tempo que gastamos com as pessoas no trabalho? Não podemos
esquecer nossa família, vizinhos, estranhos, e inúmeros outros que encontramos
durante um dia, porque, de uma forma ou de outra, todos querem que você faça
alguma coisa, qualquer coisa.
95
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
96
TÓPICO 3 | A INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES SOCIAIS NA SOCIEDADE E RELIGIÃO
DICAS
FONTE: <https://o2porminuto.ativo.com/corrida-de-rua/dicas/dica-de-filme-mcfarland-usa/>.
Acesso em: 27 jul. 2016.
97
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
As normas sociais são regras sobre como se comportar que não estão
escritas em algum lugar de honra. Elas nos dão uma ideia esperada de como
devemos nos comportar em um determinado grupo social ou cultura. Parece bem
simples, mas não é. Lembremos dos casos de intolerância, bullying, seja na escola,
em casa, na rua, no grupo social.
DICAS
98
TÓPICO 3 | A INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES SOCIAIS NA SOCIEDADE E RELIGIÃO
99
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
FONTE: <http://www.koinonia.org.br/tpdigital/detalhes.asp?cod_artigo=302&cod_
boletim=16&tipo=Artigo>. Acesso em: 16 jul. 2016.
100
TÓPICO 3 | A INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES SOCIAIS NA SOCIEDADE E RELIGIÃO
vezes sem sentido religioso. Essa nova caracterização não é privilégio de uma
religião, mas de praticamente todas as grandes religiões.
FONTE: <http://www.palavras.blog.br/2009/04/crise-mundial-no-psicologo.html>.
Acesso em: 29 jul. 2016.
101
UNIDADE 2 | ASPECTOS DA PSICOLOGIA SOCIAL, IDENTIDADE E AS INTERAÇÕES SOCIAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
PSICOLOGIA E CULTURA
Zygmunt Bauman
102
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, vimos que:
• A psicologia social é, muitas vezes, pensada para ser uma combinação entre a
sociologia e a psicologia, uma vez que utiliza métodos analíticos de ambas as
áreas de pesquisa.
• As normas sociais são regras sobre como se comportar que não estão escritas
em algum lugar de honra.
• A normas sociais nos dão uma ideia de como devemos nos comportar em um
determinado grupo social ou cultura.
• Nesta visão sociológica da religião, as práticas religiosas e rituais são vistas como
atividades simbólicas que ajudam a definir a identidade de indivíduos e grupos.
103
AUTOATIVIDADE
104
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta primeira unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um
deles você encontrará atividades que contribuirão para sua reflexão e análise
dos conteúdos explorados.
105
106
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Na Bíblia, o livro do Eclesiastes, 4:9-12, já confirmava que o homem não foi
feito para viver só e sim será mais feliz quando viver junto com outro. E quando
um cair, terá o outro para apoiá-lo. Aí vem a psicologia, aproximadamente
2000 anos depois, nos apresentando Freud, Jung, que nos apontam essa mesma
realidade. Vimos, anteriormente, que a interdisciplinaridade se faz presente
nesse nosso estudo, e constatamos que enquanto a psicologia abraça o indivíduo,
a sociologia esmiúça a sociedade. Queremos, sim, estudar a interação entre
indivíduo e sociedade como duas instâncias distintas que interagem entre si:
atitudes, preconceitos, comunicação, relações grupais, liderança, e muito mais e
de como tudo isso, indivíduo e sociedade, vai se ajustando (STREY, 1998).
107
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
108
TÓPICO 1 | OS CAMPOS PARA A COMUNICAÇÃO E A PSICOLOGIA
109
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
110
TÓPICO 1 | OS CAMPOS PARA A COMUNICAÇÃO E A PSICOLOGIA
DICAS
Os dirigentes da escola, habituados com os péssimos resultados, ano após ano, não
enxergavam possibilidade de êxito e se acomodaram em repetir formas ultrapassadas de
ensino e não acreditavam no bom desempenho dos alunos.
É nesse contexto que chega o treinador Carter, técnico de basquete que já estudou na
mesma escola e fica preocupado com o desempenho escolar dos alunos que jogam no
time de basquete. Em meio ao desânimo e descrença dos professores, pais e alunos, o
técnico desafiou sua equipe a buscar algo que ia além das quadras, que pedia a união do
grupo e busca de transformação de suas vidas e também de suas famílias. Assista. Vale a
pena ver as interações que vão se desenrolando durante o filme, transformando vidas.
111
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
FONTE: <http://livraria.folha.com.br/filmes/drama/coach-carter-treino-vida-dvd-1151232.
html>. Acesso em: 30 jul. 2016.
112
TÓPICO 1 | OS CAMPOS PARA A COMUNICAÇÃO E A PSICOLOGIA
É na sociedade mais uma vez que ele tem que estar em conformidade
com as normas, já que vive integrado como membro de um grande grupo. Essa
questão da relação entre o indivíduo e a sociedade é o ponto de partida de muitas
discussões. Ela está intimamente ligada com a questão da relação do homem e da
sociedade. A relação entre os dois depende do fato de que o indivíduo e a sociedade
são dependentes mutuamente e um cresce com a ajuda do outro.
113
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
O modo como a psicologia tenta dar conta das relações sociais apresenta
dupla característica. Uma consiste em focalizar as dimensões ideais e
simbólicas e os processos psicológicos e cognitivos que se articulam
aos fundamentos materiais dessas relações. A outra aborda essas
dimensões e esses processos considerando o espaço de interação entre
pessoas ou grupos, no seio do qual elas se constroem e funcionam
(JODELET, 2004, p. 54).
Já vimos que a psicologia não está sozinha no trato com o ser humano.
Uma variante muito interessante e de muita valia é a psicologia cultural, a qual
permite que os profissionais de saúde mental possam aumentar a eficácia do
tratamento das pessoas de diferentes origens.
114
TÓPICO 1 | OS CAMPOS PARA A COMUNICAÇÃO E A PSICOLOGIA
115
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
TUROS
ESTUDOS FU
116
TÓPICO 1 | OS CAMPOS PARA A COMUNICAÇÃO E A PSICOLOGIA
LEITURA COMPLEMENTAR
Marcos Teixeira
Deve haver empatia entre as partes, mas não aquele manjado “se eu fosse
você”. Para se colocar no lugar do outro é preciso observar que existe toda uma
bagagem emocional trazida por esta pessoa. Cada um tem valores diferentes, e
estes valores são moldados e forjados com o passar dos anos, a partir do resultado
da soma da educação recebida, das experiências vividas e do ambiente onde se
passou, sobretudo, a infância, que é a época de formação da personalidade.
FONTE: <http://www.webartigos.com/artigos/o-papel-da-psicologia-na-comunicacao/40478/>.
Acesso em: 30 jul. 2016.
117
RESUMO DO TÓPICO 1
• Tudo o que sabemos sobre o ser humano tende a mostrar que nenhum ser
humano pode, normalmente, desenvolver-se isoladamente.
• A sociedade tornou-se uma condição essencial para a vida humana, para o seu
surgimento e para sua continuidade e evolução.
• Cada pessoa com uma origem étnica diferente tem problemas que são diferentes
do que os problemas que os outros enfrentam por causa de sua singularidade
cultural.
118
AUTOATIVIDADE
1 (ENADE - 2012) O modo como a Psicologia tenta dar conta das relações
sociais apresenta dupla característica. Uma consiste em focalizar as
dimensões ideais e simbólicas e os processos psicológicos e cognitivos que
se articulam aos fundamentos materiais dessas relações. A outra aborda
essas dimensões e esses processos considerando o espaço de interação
entre pessoas ou grupos, no seio do qual elas se constroem e funcionam
(JODELET, 2004, p. 54, adaptado).
PORQUE
119
120
UNIDADE 3
TÓPICO 2
A COMUNICAÇÃO, O CONHECIMENTO
E A INFORMAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Muitas vezes tomamos como certo que as nossas palavras transmitem
exatamente o que pretendemos com elas. Esta é uma suposição que carece de
certezas e que, por isso, as palavras, os conceitos tendem a não ser recebidos na
forma como quem envia pretende ser entendido. No momento em que algumas
frases são pronunciadas, podemos ter uma comunicação totalmente desperdiçada.
Quantas vezes precisamos refazer uma pergunta para poder entender o que eles
querem dizer com a palavra ou palavras que eles estão usando?
121
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
2 COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM
Podemos entender a linguagem como uma construção da comunicação,
como um sistema gramatical, o que significa que sons, suficientemente
normatizados para serem utilizados por duas pessoas, podem transmitir
informação de uma para outra.
122
TÓPICO 2 | A COMUNICAÇÃO, O CONHECIMENTO E A INFORMAÇÃO
DICAS
Caro acadêmico, busque mais informações sobre Skinner, Pavlov, Chomsky para
aumentar seu conhecimento sobre essa temática.
FONTE: <http://jornalistaflavioazevedo.blogspot.com.br/2015_06_01_archive.html>.
Acesso em: 16 jul. 2016.
123
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
124
TÓPICO 2 | A COMUNICAÇÃO, O CONHECIMENTO E A INFORMAÇÃO
125
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
126
TÓPICO 2 | A COMUNICAÇÃO, O CONHECIMENTO E A INFORMAÇÃO
127
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
Sinais
Gestos Sons
Ideias,
sentimentos,
conceitos...
FONTE: <http://grhprofissional.blogspot.com.br/2014/09/quem-nao-se-comunica-se-
trumbica.html>. Acesso em: 17 jul. 2016.
4 DIFICULDADES NA COMUNICAÇÃO
A nossa forma de codificar e decodificar mensagens é baseada no processo
de comunicação que fomos desenvolvendo nas fases anteriores da nossa vida.
128
TÓPICO 2 | A COMUNICAÇÃO, O CONHECIMENTO E A INFORMAÇÃO
129
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
FONTE: <http://ideagri.com.br/plus/modulos/noticias/imprimir.php?cdnoticia=414>.
Acesso em: 2 jun. 2016.
130
TÓPICO 2 | A COMUNICAÇÃO, O CONHECIMENTO E A INFORMAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
Mônica Portella
Logo, o negociador que não sabe decodificar mensagens não verbais, está
perdendo 65% do que é comunicado, sendo assim, este, além de perder grande
parte da comunicação, deixa de aproveitar oportunidades importantes para fazer
bons negócios, bem como facilitar este processo complexo. Em contrapartida, o
negociador que sabe decodificar mensagens não verbais pode negociar de forma
mais eficaz, bem como empregar tais estratégias para facilitar o processo de
negociação (artigo: tire partido dos sinais que enviam seus clientes).
• Será que ao negociar estamos transmitindo sinais não verbais para que a outra
parte possa ler?
• Conseguimos ler corretamente as mensagens não verbais transmitidas pela
outra parte e empregamos adequadamente tais informações?
131
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
GESTOS
132
TÓPICO 2 | A COMUNICAÇÃO, O CONHECIMENTO E A INFORMAÇÃO
PARALINGUAGEM
FACE
As pessoas possuem maior dificuldade de mentir com a face do que com as
palavras. Quando falamos, podemos nos monitorar com a audição, o mesmo não
acontece com as expressões faciais. Inibir uma expressão facial espontânea pode
ser muito difícil, e nem sempre estamos atentos o suficiente para antecipar sua
ocorrência e controlá-la a tempo de escondê-la com outra expressão. Enumeramos
a seguir algumas pistas faciais indicadoras de que a pessoa está dissimulando:
133
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
CONCLUSÃO
Em suma, podemos aprender a ler e fazer uso dos sinais não verbais no
processo de negociação, bem como decodificar a dissimulação, alcançando desta
forma melhores resultados. Por outro lado, a falta de tais habilidades pode nos
deixar em desvantagem em relação à outra parte.
FONTE: <http://www.sdr.com.br/professores/MPortella/Decifrando.htm>. Acesso em: 30 jul. 2016.
134
RESUMO DO TÓPICO 2
• A psicologia social pode, a partir de seus estudos, ser aplicada para ajudar a
pôr um fim ou diminuir a propagação de certos problemas sociais.
• O receptor, quando recebe uma mensagem, pode não ter habilidade suficiente
para decodificar a mensagem, adicionar significado próprio que não coaduna
com a intenção do remetente da mensagem.
135
AUTOATIVIDADE
a) ( ) I, apenas.
b) ( ) III, apenas.
c) ( ) I e II, apenas.
d) ( ) II e III, apenas.
e) ( ) I, II e III.
136
Com base na situação apresentada e tendo como referência o Código de Ética
Profissional do Psicólogo, avalie as afirmações a seguir.
a) ( ) I, apenas.
b) ( ) II, apenas.
c) ( ) I e III, apenas.
d) ( ) II e III, apenas.
e) ( ) I, II e III.
137
138
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
As mídias sociais de todos os tipos e formas se tornaram uma parte tão
importante da nossa sociedade que, olhando para elas de uma forma negativa, só
irá provocar retrocessos de tudo o que já foi construído até aqui no que tange à
comunicação. Nós, como sociedade, devemos promover e continuar a incorporar
a mídia social de forma cada vez mais positiva, porque sites de redes sociais são
ferramentas poderosas quando precisamos entrar em contato com pessoas que
estão distantes de nós.
139
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
Estudos sobre a competência social dos jovens que passam grande parte de
seu tempo em redes sociais são às vezes muito conflitantes. Há sempre as análises
que ficam com os lados extremos e aí fazem julgamentos sem fundamentos em
relação às pessoas que passam muito tempo nas mídias sociais. Aqui, é mais
necessária a psicologia, como acompanhamento e orientação do que pesquisar e
investigações apenas para detectar os males que podem advir do uso das redes
sociais e os comportamentos antissociais.
Por outro lado, o que vemos com bastante frequência, nas últimas duas
décadas, é uma superação dos isolamentos comportamentais pela intensificação
das formas de comunicação virtual. Não sendo físicas, essas formas de comunicação
pela web provocam, não obstante, um aumento exponencial dos diálogos e da troca
de informação. Amplificam, ao invés de diminuir, os relacionamentos. Permitem,
por extensão, a amplificação de grupos sociais distantes fisicamente.
140
TÓPICO 3 | A PSICOLOGIA COMO FUNDAMENTO DA RESPONSABILIDADE NA COMUNICAÇÃO
[...] A relação com a realidade concreta com seus cheiros, cores, frios,
calores, pesos, resistências e contradições é mediada pela imagem
virtual que é somente imagem. O pé não sente mais o macio da grama
verde. A mão não pega mais um punhado de terra escura, o mundo
virtual criou um novo hábitat para o ser humano, caracterizado pelo
encapsulamento sobre si mesmo e pela falta do toque, do tato e do
contato humano (BOFF, s.d.).
Diante do cenário high tech (de alta tecnologia), a inclusão digital faz-
se necessária para todos. As situações rotineiras geradas pelo avanço
tecnológico produzem fascínio, admiração, euforia e curiosidade em
alguns, mas, em outros, provoca sentimento de impotência, ansiedade,
medo e insegurança. Algumas pessoas ainda olham para a tecnologia
como um mundo complicado e desconhecido. No entanto, conhecer as
características da tecnologia e sua linguagem digital é importante para
a inclusão na sociedade globalizada (FERREIRA, 2004, p. 86).
141
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
142
TÓPICO 3 | A PSICOLOGIA COMO FUNDAMENTO DA RESPONSABILIDADE NA COMUNICAÇÃO
DICAS
Assista ao filme
FONTE: <http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQJ19-QyPb-cdY99Dm9GjsDpXhW2
CtUw6kFvEymXpDesX_Pifh7>. Acesso em: 16 abr. 2016.
143
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
Um filme que retrata bem a realidade do jornalismo investigativo é o filme Spotlight, que
relata a situação difícil de um grupo de jornalistas que apresenta um número enorme de
documentações provando abuso de crianças realizado por padres na cidade de Boston. A
história, baseada em fatos reais, é pesada, mas mostra a importância da investigação na busca
e apresentação da comunicação da verdade.
FONTE: <http://www.efdeportes.com/efd163/los-medios-de-comunicacion-en-el-
mundo-del-deporte.htm>. Acesso em: 16 jul. 2016.
144
TÓPICO 3 | A PSICOLOGIA COMO FUNDAMENTO DA RESPONSABILIDADE NA COMUNICAÇÃO
Já virou senso comum que na atualidade cada vez mais esportes, equipes,
organizações não governamentais estão lançando programas de mídia social,
participando e interagindo nas redes e mídias sociais. Por que está acontecendo
isso? Qual a importância?
Parece óbvio, mas somente a criação de uma página com fãs no Facebook
ou conta no Twitter, sem uma compreensão das regras de engajamento social,
não garante os itens acima elencados. Pode acontecer o inverso: pode resultar
em oportunidades perdidas, pode provocar um isolamento no mundo digital,
diminuindo as relações no mundo real.
FONTE: <http://suzyanearaujo.blogspot.com.br/2011/10/interpretando-charges.html>.
Acesso em: 25 jun. 2016.
145
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
• da tecnologia utilizada como difusora das informações: tevê, rádio, imprensa são
compreendidos de maneira distinta uns dos outros. A televisão, por exemplo,
possui conteúdo fragmentado e maior visibilidade;
• do acesso: há regiões no Brasil onde o rádio é o meio mais acessível;
• das diferenças culturais, sociais e econômicas que influenciam na escolha e no
acesso aos meios: os jornais são mais lidos pelas classes A e B;
• do papel que cada meio possui na sociedade em que atua: jornais, por exemplo,
são mais relevantes para a opinião pública em alguns países da Europa do que
no Brasil.
146
TÓPICO 3 | A PSICOLOGIA COMO FUNDAMENTO DA RESPONSABILIDADE NA COMUNICAÇÃO
DICAS
Este filme é muito bacana, não é mesmo? Vemos nele o que acontece no mundo
do esporte: a falta de autocrítica, o narcisismo exacerbado, a falta de escrúpulos que
transborda por toda a sociedade. Para sairmos dessa situação é preciso:
147
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
148
TÓPICO 3 | A PSICOLOGIA COMO FUNDAMENTO DA RESPONSABILIDADE NA COMUNICAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
PSICOLOGIA E COMUNICAÇÃO
Leandro Murta
149
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
rede que se estende em todas as direções. Com isto, uma profunda transformação
nas mudanças de pensamento e valores se apresenta, uma nova visão de mundo
como um todo integrado e não como uma simples somatória de partes isoladas. É
neste momento que vimos a necessidade da Psicologia e Comunicação mais uma
vez se aproximarem do mundo virtual que vem refletindo a expressão da mais
recente forma de comunicação humana e da rede de relações que se estabelecem
dentro de redes, não havendo hierarquias, nem acima nem abaixo, havendo
somente redes aninhadas dentro de redes (CAPRA, 1996).
150
TÓPICO 3 | A PSICOLOGIA COMO FUNDAMENTO DA RESPONSABILIDADE NA COMUNICAÇÃO
A Web e a Psicologia
O Impacto da Rede
151
UNIDADE 3 | A RELAÇÃO ENTRE O INDIVIDUAL, O COLETIVO E A COMUNICAÇÃO
Conclusão
152
RESUMO DO TÓPICO 3
153
AUTOATIVIDADE
Diante do cenário high tech (de alta tecnologia), a inclusão digital faz-
se necessária para todos. As situações rotineiras geradas pelo avanço
tecnológico produzem fascínio, admiração, euforia e curiosidade em alguns,
mas, em outros, provocam sentimento de impotência, ansiedade, medo e
insegurança. Algumas pessoas ainda olham para a tecnologia como um
mundo complicado e desconhecido. No entanto, conhecer as características
da tecnologia e sua linguagem digital é importante para a inclusão na
sociedade globalizada.
Nesse contexto, políticas públicas de inclusão digital devem ser norteadas
por objetivos que incluam:
a) ( ) I e II.
b) ( ) I e IV.
c) ( ) II e III.
d) ( ) I, III e IV.
e) ( ) II, III e IV
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2 (ENADE – 2015)
PORQUE
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c) ( ) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
d) ( ) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) ( ) As asserções I e II são proposições falsas.
PORQUE
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REFERÊNCIAS
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