Você está na página 1de 53

Mecânica Hı́brido

Revisão

Profa . Tatiana Moura

11/08 e 18/08 1 / 53
Revisão

1. Conceitos Fundamentais
2. Sistema de Unidades
3. Trigonometria
4. Vetores

11/08 e 18/08 2 / 53
1. Conceitos Fundamentais

Curso dedicado a cinemática (descrição do movimento sem se preocupar


com a análise de suas causas) e a dinâmica (estudo do movimento e as
causas desse movimento), primeiramente de um ponto material em
seguida de um corpo rı́gido em duas e três dimensões.

11/08 e 18/08 3 / 53
A fı́sica se baseia na medição de grandezas fı́sicas. Algumas grandezas
fı́sicas, como comprimento, tempo e massa, foram escolhidas como
grandezas fundamentais e definidas a partir de um padrão; a cada
uma dessas grandezas foi associada uma unidade de medida, como
metro, segundo e quilograma. Outras grandezas fı́sicas são definidas a
partir das grandezas fundamentais e seus padrões e unidades.
O sistema de unidades mais usado atualmente é o Sistema
Internacional de Unidades (SI). Os padrões para essas unidades foram
definidos através de acordos internacionais. Esses padrões são usados
em todas as medições, tanto as que envolvem grandezas
fundamentais como as que envolvem grandezas definidas a partir das
grandezas fundamentais. A notação cientı́fica e os prefixos são usados
para simplificar a apresentação dos resultados de medições.

11/08 e 18/08 4 / 53
Massa versus Peso

Enquanto a massa de um corpo corresponde à quantidade de matéria do


corpo, ou, à medida de sua inércia, o peso é uma força cuja intensidade é
determinada pela 2a lei de Newton: P=m.g.
A massa (m) de um corpo permanece a mesma onde quer que ele esteja.
Mas seu peso varia de acordo com a aceleração gravitacional (g). E a
aceleração gravitacional diminui com a altitude. Ao nı́vel do mar a
aceleração gravitacional é 9,807 m/s2 , portanto, um corpo cuja massa é
1 kg pesa 9,807 N.

11/08 e 18/08 5 / 53
Partı́cula versus Corpo

Partı́cula (ou ponto material) é um corpo que possui massa, mas, tem
dimensões desprezı́veis.
O corpo é constituı́do por um conjunto de partı́culas cuja dimensão não é
desprezı́vel. O corpo é chamado de rı́gido se não sofre deformação quando
sujeito a qualquer tipo de força. No estudo da Estática os corpos serão
considerados como corpos rı́gidos. Os corpos deformáveis são estudados
na Resistência dos Materiais.

11/08 e 18/08 6 / 53
Leis de Newton

1a Lei (Princı́pio da Inércia): Se uma partı́cula está em repouso ou em


movimento retilı́nio uniforme, ela permanecerá indefinidamente neste
estado caso não venha atuar nela qualquer força ou cuja resultante das
forças nela atuantes seja nula.
2a Lei (Princı́pio fundamental da dinâmica): Se numa partı́cula de massa
m atuar uma força F esta partı́cula adquire uma aceleração a na mesma
direção e sentido da força, conforme a seguinte equação: F = m·a.
3a Lei (Princı́pio da ação e reação): A toda ação de uma força
corresponde a uma força de reação com mesma intensidade, mesma
direção e sentido contrário.

11/08 e 18/08 7 / 53
Lei da gravitação universal: Dois corpos se atraem com forças
proporcionais às suas massas e inversamente proporcionais ao quadrado da
distância entre seus centros.
Graças a esta lei, há em torno da terra uma região denominada campo
gravitacional onde todos os corpos são atraı́dos para o centro da terra com
uma força chamada força gravitacional a qual impõe ao corpo uma
aceleração denominada de aceleração da gravidade, indicada por g. Esta
força gravitacional sobre um corpo de massa m é denominada de peso do
corpo e é calculada por

P = m·g

11/08 e 18/08 8 / 53
Exercı́cios 1

1. Um corpo tem massa 12 kg. Qual é o peso (em N) deste corpo na Terra
sabendo-se que a aceleração da gravidade é 9,81 m/s2 ? Qual o peso deste
mesmo corpo na Lua cuja aceleração da gravidade é 1,6 m/s2 ?
Respostas: PTerra =117,7 N, PLua =19,2 N

2. Se a aceleração de um corpo de massa 3kg é 5 m/s2 , qual é a força


resultante que atua no corpo?
Resposta: F = 15 N

3. Um bloco está apoiado num plano horizontal sem atrito. Duas forças
horizontais colineares e de sentidos opostos, cujos módulos são
respectivamente 23 N e 17 N atuam neste bloco. Sabendo-se que a
aceleração adquirida pelo bloco foi de 3 m/s2 , qual é a massa do bloco?
Resposta: m = 2 kg

11/08 e 18/08 9 / 53
4. (EEM-SP) Um automóvel trafegando a 72 km/h leva 0,5 s para ser
imobilizado numa freada de emergência.
a) Que aceleração, suposta constante, foi aplicada ao veı́culo?
b) Sabendo-se que a massa do automóvel é 1,6×103 kg, qual a intensidade
da força que foi a ela aplicada em decorrência da ação dos freios?
Resposta:
a) a = 40 m/s2
b) F = 6,4×104 N

11/08 e 18/08 10 / 53
2. Sistema de Unidades

O sistema de unidades adotado no Brasil e na maioria dos paı́ses, exceto


nos paı́ses de lı́ngua inglesa é o Sistema Internacional de Medidas (SI).
Baseado no sistema métrico suas unidades básicas são o metro o
quilograma e o segundo. Por isto é chamado também de sistema MKS. A
multiplicidade de suas unidades é feita na base 10.
Já no Sistema Inglês: FPS (Feet, Pounds, Second) a multiplicidade de
suas unidades é feita de forma arbitrária. Ex.: 1 pé=12 pol

11/08 e 18/08 11 / 53
Sistema Internacinal de Medidas (SI)
Grandezas básicas (primárias) e derivadas (secundárias)

No SI as grandezas básicas são o comprimento, a massa, o tempo,


temperatura, etc. As grandezas derivadas são formadas pela combinação
das grandezas básicas.

11/08 e 18/08 12 / 53
Múltiplos e submúltiplos da unidade

11/08 e 18/08 13 / 53
Razão de conversão de unidades

Uma forma de fazermos a conversão de uma unidade para outra de mesma


caracterı́stica é utilizarmos o que se chama de razão de conversão unitária.
Por exemplo: Converter 3,5km para metros.
1 km
Como 1 km = 103 m a razão de conversão pode ser 103 m
= 1 ou seu
3m
inverso 10
1 km = 1
Pegamos então o valor a ser convertido e o multiplicamos pela razão de
conversão que venha cancelar a unidade a ser alterada. No nosso caso fica:
3m
3,5 km 10
1 km = 3,5×10 m
3

11/08 e 18/08 14 / 53
Exercı́cios 2

1. Converter 2380 cm em m.
2. Converter 3,7 kg em mg.
3. Converter 200 mg em g.
4. Converter 4735 m em km.
5. Converter 8,9 dm em km.
6. Converter 65 km/h em m/s.
Respostas:
1) 23,8 m
2) 3,7×106 mg
3) 0,2 g
4) 4,735 km
5) 8,9×10−4 km
6) 18,06 m/s

11/08 e 18/08 15 / 53
Sistema técnico

Um sistema muito usado na engenharia é o sistema técnico que utiliza as


mesmas unidades do SI, exceto no caso da força cuja unidade é o kgf em
vez do newton (N); e da unidade de massa que é a u.t.m (unidade técnica
de massa). O kgf é a força que atuando num corpo cuja massa é 1kg
provoca uma aceleração igual a aceleração da gravidade. Onde 1kgf =
9,81N

11/08 e 18/08 16 / 53
Sistema de unidades inglês (FPS)

11/08 e 18/08 17 / 53
Homogeinidade dimensional
Não podemos somar quantidades que possuem unidades diferentes.
Exemplo: Não podemos somar 35kg+7m Uma equação que não é
dimensionalmente homogênea está errada.

Algarismos significativos
São aqueles que sabemos estarem corretos e mais um aproximado. Por
exemplo, quando medimos uma distância com uma trena temos certeza da
medida em centı́metros, mas a visualização dos traços correspondentes aos
milı́metros não é exata, mas aproximada. Dado o resultado de uma
medição, os algarismos significativos são todos aqueles contados da
esquerda para direita a partir do primeiro algarismo diferente de zero.

11/08 e 18/08 18 / 53
Exemplos:
2,85cm tem 3 algarismos significativos
0,00000285cm tem 3 algarismos significativos
2,850cm tem 4 algarismos significativos
46,3mm tem 3 algarismos significativos
46,30m tem 4 algarismos significativos
A quantidade de algarismos significativos no resultado de uma operação
matemática não deve ser maior que o menor número de algarismos
significativos presentes em qualquer dos números operados.

11/08 e 18/08 19 / 53
Notação cientı́fica

Deve-se dar preferência ao uso da notação cientı́fica, pois, ela simplifica o


manuseio de números muito grandes ou muito pequenos. A notação
cientı́fica é escrita como o produto de um número entre 1(inclusive) e 10
(exclusive) e de uma potência de 10. Ex. 150.000.000 deve ser escrito
como 1,5×108 .
Uma grandeza fı́sica deve ser composta não só com um número que mede
seu valor, mas também com sua unidade. Nas operações de somas,
subtrações, multiplicações, divisões, etc. As unidades devem ser tratadas
como qualquer outra entidade algébrica. A vantagem de se incluir as
unidades nas equações é que podemos conferir se o resultado teve a
unidade correta.

11/08 e 18/08 20 / 53
Exercı́cios 3

1. Utilizando a razão de conversão unitária, fazer as seguintes conversões:


(a) 1,7m para polegadas, (b) 4ft para mm (c) 65J para lb.ft (d) 3,8 × 103
psi para Pa.
2. Usando os sı́mbolos de múltiplos e submúltiplos representar as seguintes
grandezas:
(a) 50.000joules , (b) 0,007grama (c) 9×106 metro (d) 1.000.000 pascal
3. Escrever as seguintes grandezas eliminando os sı́mbolos de múltiplos e
submúltiplos:
(a) 18 MW , (b) 5 mW (c) 7,2 km
4. Escrever em notação cientı́fica: (a) 30.000, (b) 0,000070 (c)
634.000.000.000. (d) 0,000508

11/08 e 18/08 21 / 53
Respostas:
1.a) 66,93in
1.b) 1219,2mm
1.c) 47,9lb.ft
1.d) 26,2×106 Pa
2.a) 50kJ
2.b) 7mg
2.c) 9Mm
2.d) 1MPa
3.a) 18×106 W
3.b) 5×10−3 W
3.c) 7200m
4.a) 3×104
4.b) 7,0×10−5
4.c) 6,34×1011
4.d) 5,08×10−4

11/08 e 18/08 22 / 53
3. Trigonometria

Grau é a medida do ângulo θ entre duas retas o qual é medido


utilizando-se como unidade o ângulo correspondente à divisão da
circunferência em 360 partes.
Radiano é a medida do ângulo θ entre duas retas calculado pelo quociente
entre o comprimento do arco entre as duas retas e o raio do arco (Figura
1) Portanto o ângulo θ medido em radiano é definido como:
s
θ= r

11/08 e 18/08 23 / 53
Figura 1

O radiano é uma grandeza adimensional


Relação de conversão entre graus e radianos:

360◦ = 2πrad

11/08 e 18/08 24 / 53
Exercı́cios 4

1) Qual a medida em radianos de um ângulo de 45◦ ?


2) Qual a medida em graus de um ângulo π 3 radianos?
3) Somar os ângulos 12◦ 45’55” e 70◦ 50’20”
4) Subtrair 10◦ 47’12” do ângulo 30◦ 28’32”
Resp. 1: π/4
Resp. 2: 60◦
Resp. 3: 83◦ 36’15”
Resp. 4: 19◦ 41’20”

11/08 e 18/08 25 / 53
Funções trigonométricas para o triângulo retângulo
Conforme o trinângulo da Figura 2, temos
a cateto oposto
senθ = c hipotenusa
b cateto adjacente
cosθ = c hipotenusa
a cateto oposto senθ
tgθ = b cateto adjacente = cosθ

Figura 2

11/08 e 18/08 26 / 53
As outras três funções são definidas como as inversas destas funções:
c 1 c 1 b 1
secθ = b cosθ cossecθ = a senθ cotθ = a tg θ
Relações importantes:

a2 + b2 = c2 (Pitágoras)
sen2 θ +cos2 θ = 1

Para ângulo θ pequeno e medido em radianos:

tgθ ≈ senθ ≈ θ
cosθ = 1

11/08 e 18/08 27 / 53
Exercı́cios 5

1. Um triângulo retângulo tem os dois catetos iguais a 1. Calcular o seno


o co-seno e a tangente de 45◦ .
2. Um triângulo retângulo ABC possui os lados a, b e c que são
respectivamente opostos aos vértices A, B e C. Pede-se calcular o seno,
co-seno e tangente de cada um dos ângulos correspondentes aos vértices A
e B, sabendo-se que a=12cm e b=9cm são os catetos do triângulo ABC.
3. Os catetos de um triângulo retângulo medem 3m e 4m. Determinar o
comprimento da hipotenusa, os senos, cosenos e tangentes dos ângulos
não retos deste triângulo.
4. Num triângulo retângulo a hipotenusa mede 30cm e um dos ângulos
mede 35◦ . Pede-se calcular os catetos.
5. Num triangulo retângulo um dos catetos mede 50m e seu ângulo
oposto mede 30◦ . Calcular o outro cateto e a hipotenusa.

11/08 e 18/08 28 / 53
Respostas
1. sen 45◦ = cos 45◦ = √1
2
2. sen A = 0,80; cos A = 0,60; sen B = 0,60; cos B = 0,80;
tg A = 1,33; tg B = 0,75
3. sen α = cos β = 53 ; cos α = sen β = 45 ; tg α = 43 ; tg β = 4
3
4. a = 17,2; b = 24,6
5. c = 100; b 86,6

11/08 e 18/08 29 / 53
Relações entre lados e ângulos de um triângulo qualquer

Dado um triângulo qualquer como o da Figura 3 temos Lei dos senos


a b c
sen A = sen B = sen C

Lei dos cossenos

c2 = a2 + b2 - 2 a b cos C

Figura 3

11/08 e 18/08 30 / 53
Exercı́cio 6

Determinar os ângulos de um triângulo sabendo-se que a = 229 m, b = 61


m e c = 232 m
Respostas: A = 79,6◦ , B = 15,2◦ , C = 85,2◦

11/08 e 18/08 31 / 53
4. Vetores

A quantidade de massa de um corpo é representada por um número


seguido por sua unidade, por exemplo, 3,2kg. Este número que representa
a quantidade de massa é chamado de escalar. O escalar pode ser também
um número negativo, por exemplo, a temperatura média no cume de uma
determinada montanha é -10◦ C. Portanto o escalar nos informa o valor ou
a intensidade de uma determinada grandeza fı́sica.
Se temos um conjunto de corpos de massas diferentes podemos obter a
massa total deste conjunto bastando somar algebricamente suas grandezas
individuais. Entretanto determinadas grandezas fı́sicas possuem
caracterı́sticas espaciais onde não é possı́vel simplesmente somar suas
intensidades para obter o resultado final.
É o caso, por exemplo, quando temos várias forças atuando sobre um
determinado corpo. Neste caso temos de levar em conta, também, as
direções e sentidos das forças aplicadas ao corpo.

11/08 e 18/08 32 / 53
Para representar entidades fı́sicas como a força, a velocidade, a aceleração,
etc. adotamos o ente matemático chamado vetor.
O vetor é a representação de uma grandeza fı́sica que possui intensidade
(ou módulo), direção e sentido. O vetor é representado através de uma
seta cujo comprimento em escala nos fornece o seu módulo. A ponta da
seta, que é a extremidade do vetor, nos informa o seu sentido. Sua direção
(ou orientação) pode ser informada através das coordenadas das
extremidades do vetor ou do ângulo formado por sua reta suporte (ou
linha de ação) e um eixo de referência qualquer.

11/08 e 18/08 33 / 53
A Figura 1 nos mostra a representação de um vetor situado no plano xy de
um sistema cartesiano de referência, onde sua direção é dada pelo ângulo
de 35◦ em relação ao eixo x e seu módulo é a medida da seta que tem 3
unidades. A Figura 1 mostra também a origem e a extremidade do vetor,
bem como a linha de ação ou reta suporte do vetor.

Figura 1

11/08 e 18/08 34 / 53
Como vemos na figura acima o sı́mbolo que representa um vetor é
~ ), muitas vezes é
constituı́do por uma letra com uma seta em cima (F
representado simplesmente por uma letra em negrito (F). O módulo é
~ ou simplesmente por A seguido de sua unidade, que
representado por |A|
no caso da força no SI, é o newton (N).
Dois ou mais vetores são iguais quando possuem a mesma direção, mesmo
sentido e mesmo módulo (ver Figura 2-a). Vetores iguais podem ser
representados pela mesma letra.

Figura 2

11/08 e 18/08 35 / 53
Dois vetores são opostos se possuem a mesma direção, mesmo módulo e
sentidos diferentes (ver Figura 1-b). Neste caso o vetor oposto G pode ser
representado por -F. A soma de dois vetores opostos dá como resultado
um vetor nulo: F+G = F+(-F) = 0

11/08 e 18/08 36 / 53
Adição de vetores

O resultado da soma de dois ou mais vetores é chamado de resultante.


Isto é: P + Q = R Para obtermos a soma (resultante) de dois vetores
devemos usar a lei do paralelogramo. Para somarmos P + Q devemos
colocar a origem dos dois vetores num mesmo ponto O e pela extremidade
de cada vetor traçamos paralela ao outro vetor, formando, portanto, um
paralelogramo. O vetor representado pela diagonal que passa pela origem
O dos dois vetores é o vetor soma. Ver a Figura 3.

Figura 3

11/08 e 18/08 37 / 53
Subtração de vetores

A subtração entre os vetores P - Q pode ser obtida somando-se o vetor P


com o vetor oposto de Q, isto é, P – Q = P + (-Q) A diferença entre os
vetores P e Q da Figura 3 é determinada conforme a Figura 4.

Figura 4

11/08 e 18/08 38 / 53
Adição ou subtração de vetores colineares

Vetores colineares são vetores que possuem a mesma linha de ação. Se


dois vetores são colineares e possuem o mesmo sentido então a soma dos
vetores P + Q resultará num vetor de mesma direção e sentido dos vetores
P e Q, e o módulo será a soma algébrica de seus módulos P+Q (ver
Figura 5-a) Se os dois vetores são colineares, porém, de sentidos
contrários, a resultante será um vetor de direção igual à dos vetores,
módulo igual à diferença dos módulos P-Q e sentido igual ao do vetorde
módulo maior (ver Figura 5-b).

Figura 5

11/08 e 18/08 39 / 53
Produto (ou divisão) de um escalar por um vetor

A multiplicação do vetor P por um escalar n positivo resulta num vetor


n.P de mesma direção mesmo sentido porém de módulo igual a n.P.~ Se n
for negativo o vetor resultado terá a mesma direção o mesmo módulo n.P~
porém sentido contrário a P. A divisão de um vetor por um escalar é o
produto do inverso do escalar pelo vetor.

11/08 e 18/08 40 / 53
Decomposição de vetores. Componentes retângulares de
um vetor
Decompor um vetor em suas componentes é a operação inversa da
operação de achar a resultante de dois vetores. Neste caso, são dados um
vetor e as duas direções segundo as quais queremos determinar suas
componentes. Achamos as componentes do vetor dado utilizando a lei do
paralelogramo. Por exemplo, na Figura 6 vemos a decomposição do vetor
F segundo as direções dos eixos cartesianos x e y. As componentes do
vetor F são os vetores Fx e Fy . Neste caso as componentes são chamadas
de componentes retangulares porque o paralelogramo é um retângulo.

Figura 6
11/08 e 18/08 41 / 53
Vetor Força

Como a força é uma grandeza vetorial podemos usar as regras acima para
lidar com as forças que atuam numa partı́cula (ou corpo). Basicamente os
problemas de forças atuantes numa partı́cula poderão ser apresentados de
duas formas: ou tem-se uma força e são pedidas as suas componentes
segundo duas (ou três) direções, ou se conhece as várias forças atuantes
na partı́cula e é pedida a resultante.

11/08 e 18/08 42 / 53
Componentes cartesianas de uma força. Vetores unitários
cartesianos

Podemos representar as componentes de uma força em termos de vetores


unitários cartesianos. Estas componentes são chamadas de componentes
cartesianas.
Os vetores unitários cartesianos i e j são vetores de módulo unitário que
possuem as direções e sentidos dos eixos x e y respectivamente (Figura 7).
Assim sendo as componentes Fx e Fy de uma força poderão ser escritas na
forma do produto de um escalar que é o módulo das componentes pelo
vetor unitário correspondente. Os vetores unitários definirão a direção e o
sentido da componente da força. Os vetores unitários cartesianos são
perpendiculares entre si, pois, possuem a direção dos eixos cartesianos. Se
o sentido do vetor unitário cartesiano for contrário ao do eixo cartesiano
ele deverá ser precedido do sinal negativo.

11/08 e 18/08 43 / 53
Figura 7 O módulo de cada componente de F é Fx e Fy . Então a
representação do vetor F como um vetor cartesiano é:

F = Fx i + Fy . j

O módulo do vetor F é calculado usando o teorema de Pitágoras, isto é,


q
F = Fx2 + Fy2

O módulo das componentes de F são calculadas por trigonometria

Fx = F.cos α Fy = F.sen α

11/08 e 18/08 44 / 53
Exercı́cios resolvidos

1) Um gancho fixado ao teto suporta uma força de 400N conforme


mostrado na figura. Determinar as componentes horizontal e vertical da
força. Escrever o vetor da força na forma cartesiana.

11/08 e 18/08 45 / 53
Solução:
Colocando a origem dos eixos de coordenadas no ponto de aplicação da
força no gancho e decompondo a força F segundo as direções x e y,
podemos observar que Fx é positivo, pois tem a mesmo sentido do eixo x
mas Fy é negativo, pois tem sentido contrário ao eixo y. Os módulos das
componentes da força são:
Fx = F.cos 50◦ = 257,1 N
Fy = F.sen 50◦ = 306,4 N
Então suas componentes são
Fx = 257,1.i
Fy = -306,4.j
A força F na forma cartesiana é escrita como segue:
F = (257,1 N).i - (306,4 N).j

11/08 e 18/08 46 / 53
2) Determinar o módulo da força F = (3kN).i + (4kN).j e o ângulo que
ela forma com o eixo x.
Solução:
Módulo de F
q √
F= Fx2 + Fy2 = 32 + 42
F = 5kN

Ângulo
F
α = arctg Fyx = arctg 43
α = 53,13◦

11/08 e 18/08 47 / 53
Exercı́cio 7
1) A força F mostrada na figura tem módulo de 300N. Pede-se:
a) Determinar os módulos de suas componentes horizontal e vertical
b) Representar estas componentes em vetores cartesiano
c) Representar a força F em vetor cartesiano.

Respostas:
a) Fx = -192,8N, Fy = 229,8N
~ x = -(192,8N)~i, F
b) F ~ y = (229,8N)~j
~ = -(192,8N)~i + F
c) F ~ y = -(229,8N)~j
11/08 e 18/08 48 / 53
Resultante de forças concorrentes coplanares
Forças concorrentes são forças que possuem o mesmo ponto de aplicação
(Figura 10)

Figura 10
11/08 e 18/08 49 / 53
Forças coplanares são forças situadas no mesmo plano. No caso da Figura
10 estamos considerando que todas as forças estão contidas no plano
determinado pelos eixos x e y. A resultante de várias forças aplicadas no
ponto O é a soma vetorial destas forças, isto é,
R = F1 + F2 + ... + Fn
Chamando de F1x o módulo da componente de F1 no eixo x e F1y o
módulo da componente no eixo y e, assim, sucessivamente para as demais
forças, podemos escrever o vetor resultante destas forças da seguinte forma

R = (F1x + F2x + ... + Fnx ).i + (F1y + F2y + ... + Fny ).j

Generalizando
P P
R= Fx .i + Fy .j

Ao aplicar esta equação devemos ficar atentos quanto ao sinal das


componentes das forças. Elas serão positivas se possuı́rem o mesmo
sentido do eixo cartesiano correspondente. Caso contrário, deverão ser
lançadas na equação com o sinal negativo.

11/08 e 18/08 50 / 53
Exercı́cio resolvido
Um anel está sujeito às forças indicadas na figura. Pede-se determinar a
resultante das forças aplicadas.

11/08 e 18/08 51 / 53
Solução
Soma das componentes das forças em x e em y
Fx = 80.cos 40◦ - 110.cos 25◦ - 50.sen 30◦ + 200.cos 60◦ = 36,6kN
P

Fy = 80.sen 40◦ - 110.sen 25◦ - 50.cos 30◦ - 200.sen 60◦ = -211,57kN


P

Resultante
P P
R= Fx .i + Fy .j
R = (36,6kN).i - (211,57kN).j
Módulo da resultante
p
R = 36, 62 + (−211, 57)2 = 214,7kN

11/08 e 18/08 52 / 53
Exercı́cios 8
1) Determinar os módulos das seguintes forças
~ = -(300N)~i + (400N)~j
a) A
~ = (200N)~i - (800N)~j
b) B
Respostas: A = 500N e B = 824,6N
2) Dados os vetores A e B do exercı́cio anterior determinar:
a) O vetor resultante destas forças
b) O módulo da resultante
c) A direção da resultante
Respostas: a) R ~ = -(100N)~i - (400N)~j b) R = 412,3N

c) α = 75,96 (conforme Figura 12)

11/08 e 18/08 53 / 53

Você também pode gostar