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Diamantina
2021
SUMÁRIO
1. OBJETIVO 3
3. DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES 3
3.1.2 Captor A1 4
3.1.2 Captor A2 8
4. CONCLUSÃO 25
REFERÊNCIAS 26
2
1. OBJETIVO
O trabalho abaixo tem como objetivo projetar um sistema de ventilação local
exaustora para coleta de material particulado industrial utilizando os conhecimentos
adquiridos durante o curso de ventilação industrial do curso de engenharia mecânica da
UFVJM.
3. DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES
Nesta etapa será apresentado os cálculos e decisões envolvidas no projeto do
sistema de ventilação com as suas respectivas justificativas necessárias para
dimensionamento dos captores, seleção das tubulações, do ventilador e levantamento das
curvas do sistema.
3
Figura - 1: Sistema de Ventilação Local Exaustora.
Fonte: (Autores).
3.1.2 Captor A1
Primeiramente, de acordo com a ACGIH (2010, página 368), foi escolhido o
captor para a posição 5 e determinou-se a vazão de operação para o mesmo, como descrito
pela Figura (2).
4
Figura - 2: Captor 1.
5
Portanto, a largura da entrada do captor 1 será:
Para uma entrada do captor de 6" e o slot de 1", prosseguiremos com o cálculo da
vazão através da área do tambor que pode ser determinada pela Equação 02 de acordo
com ACGIH (2010, página 368) .
πD2 𝒎𝟑
Q𝐴1 = 100 ∗ A ⇒ Q = 100 ∗ = 𝟎. 𝟏𝟐𝟓 (02)
4 𝒉
sendo
𝑚3
Q𝐴1 – vazão no ramal A1 ( ℎ )
Fonte: (Autores).
6
Figura - 5: Vista Superior do Captor 1.
Fonte: (Autores).
Fonte: (Autores).
7
3.1.2 Captor A2
Semelhante ao captor 1, de acordo com a ACGIH (2010, página 368), foi escolhido
o captor para a posição 6 apresentada na Figura (1) e determinou-se a vazão de operação
para o mesmo, como descrito pela Figura (7).
Figura - 7: Captor 2.
Fonte: (Autores).
8
Figura - 9: Vista Lateral do Captor 2.
Fonte: (Autores).
3.1.3 Cálculo dos Diâmetros
A partir da Equação 02, foi possível obter a vazão no Captor 1 sendo,
𝑄𝐴1 = 𝟎, 𝟏𝟐𝟓 𝒎𝟑 /𝒔
Com base na velocidade recomendada pela ACGIH, sabemos que a velocidade
mínima é dada por
𝑣𝑚𝑖𝑛 = 3500 𝑝é/𝑚𝑖𝑛 ⇒ 𝑣𝑚𝑖𝑛 = 17,78 𝑚/𝑠 .
Assim, conhecendo a vazão do captor 1 e a velocidade, podemos isolar o diâmetro
da Equação 02 e obter o diâmetro da tubulação. Logo,
4𝑄
𝐷1 = √ 𝜋𝑣 1 (03)
1
9
Após determinar os diâmetros iniciais das tubulações dos ramais 1 e 2, podemos
selecionar alguma tubulação comercial como mostrado na Figura (10), obtido no catálogo
completo Refrin Dutos.
Figura - 10: Tubulações Para os Ramais 1 e 2.
4𝑄3
𝐷𝑖3 = √ ⇒ 𝐷𝑖3 = 𝟏𝟑𝟑 𝒎𝒎
𝜋𝑣𝑖3
Como mostrado na Figura (11), a tubulação selecionada após a união dos ramais
1 e 2 foi a tubulação com diâmetro nominal de 125 𝑚𝑚 de aço galvanizado com
0,48 𝑚𝑚 de parede diâmetro externo de. Com base nessas informações, sabemos que o
novo diâmetro poderá ser determinado a partir da equação (04).
D = 𝐷𝑒 − 2𝑒
11
Logo,
𝐷𝐴3 = 𝐷𝑒 − 2𝑒 ⇒ 𝐷3 = 127 − 2(0,48)
𝐷𝐴3 = 𝟏𝟐𝟔, 𝟎𝟒 𝒎𝒎.
Com base no diâmetro e vazão, podemos determinar velocidade do sistema após a união
como sendo
𝑄𝐴3
𝑣𝐴3 =
𝐴3
Portanto, a velocidade após a união dos ramais será
𝑣𝐴3 = 𝟐𝟑, 𝟐𝟔𝟕 𝒎/𝒔.
Por fim, para a tubulação de descarga, sabemos que a velocidade é igual à
velocidade após a união dos ramais e o mesmo ocorre com a vazão. Assim sendo, foi
possível selecionar a mesma tubulação usada no trecho após a união dos ramais até o
ventilador levando às características abaixo.
𝒎𝟑
𝑄𝐴4 = 𝑄𝐴3 = 𝟎, 𝟐𝟗𝟎
𝒔
𝒎
𝑣𝐴4 = 𝑣𝐴3 = 𝟐𝟑, 𝟐𝟔𝟕
𝒔
𝐷𝐴4 = 𝐷𝐴3 = 𝟏𝟐𝟔, 𝟎𝟒 𝒎𝒎
v∗D
Re = (6)
υ
Onde:
R e - número de Reynolds (-);
v - velocidade do fluido (m/s);
D - diâmetro da tubulação (m);
12
υ - viscosidade cinemática do ar (m²/s).
ε ε 0,44 ε 0,134
f = 0,53 ∗ + 88 ∗ ( ) ∗ R e −1,62∗(D) (7)
D D
Onde:
f - fator de atrito (-);
ε - rugosidade das paredes da tubulação (m);
D - diâmetro da tubulação (m).
A rugosidade foi obtida na Figura (12), sendo ε = 0,12.
13
Com as informações obtidas pode-se utilizar a seguinte equação para cálculo de
perda de carga em dutos de seção circula segundo Clezar e Nogueira (2009, p. 37), temos:
f ∗ L ∗ v2 ∗ 𝜌
Δpdis = (8)
D∗2
Onde:
Δpdis - perda de carga devido a tubulação reta (Pa);
f - fator de atrito (-);
L - comprimento da tubulação (m);
v - velocidade do fluido (m/s).
D - diâmetro da tubulação (m);
𝜌 - densidade do fluido (kg/𝑚3 ).
Para os cálculos da perda de carga localizada, considerando os acessórios da
tubulação, segundo Clezar e Nogueira (2009, p. 37), temos:
k ∗ v2 ∗ 𝜌
Δploca = (9)
2
Onde:
Δploc - perda de carga nos acessórios (Pa);
k - coeficiente de perda de carga no acessório (-);
v - velocidade do fluido (m/s);
𝜌 - densidade do fluido (kg/𝑚3 ).
O cálculo da perda de carga total em cada ramal pode ser calculado pela soma das
perdas, como pode ser observado nas seguintes equações:
Onde:
Δptotal - perda de carga total (Pa);
Δpcaptor - perda de carga devido ao captor (Pa)
Δpdis - perda de carga devido a tubulação reta (Pa);
14
Δploc - perda de carga devido aos acessórios da tubulação (Pa);
0,225 0,44
0,12 ∗ 10−3 0,12 ∗ 10−3 0,12 ∗ 10−3
𝑓𝐴1 = 0,53 ∗ + 0.094 ∗ ( ) + 88 ∗ ( )
0.10104 0.10104 0.10104
0,134
0,12∗10−3
−1,62∗( )
∗ 105112.03 0.10104 → f = 𝟎. 𝟎𝟐𝟑𝟓𝟔 [−]
Para o cálculo de perda de carga do Captor A1, utilizou-se a equação (11), onde a
velocidade média na frenda foi definida como 𝐯𝐟𝐞𝐧𝐝𝐚 = 𝟏𝟎. 𝟏𝟔 𝒎/𝒔 , pela ACGIH (2010,
pag. 13-141).
2 2
ρ ∗ vfenda ρ ∗ vrama1duto
Δpcaptor = 1,78 ∗ + 0,25 ∗ (11)
2 2
15
1,21 ∗ 10,162 1,21 ∗ 15.6052
Δpcaptor = 1,78 ∗ + 0,25 ∗ = 𝟓𝟒. 𝟕𝟔 𝐏𝐚
2 2
Onde:
Δpcaptor - Perda de carga no captor A1 (Pa);
ρ - Densidade do fluido (kg/m3 );
vram1_duto - Velocidade média no duto (m/s);
Para o cálculo das perdas de carga localizada utilizou-se a equação (9), onde o
coeficiente de perda de carga do acessório para uma curva de 90° foi retirado da Figura
(13), considerando R = 2D:
Deste modo, a perda de carga total da ramificação 1 é dada pela equação (11):
16
v∗D 20.601 ∗ 0.10104
R 𝑒 𝑟𝑎𝑚𝑎𝑙 𝐴2 = = = 𝟏𝟑𝟖𝟕𝟔𝟔. 𝟒𝟒 [−]
υ 1,5 ∗ 10−5
Obtendo-se o fator de atrito, segue:
0,225 0,44
0,12 ∗ 10−3 0,12 ∗ 10−3 0,12 ∗ 10−3
𝑓𝐴2 = 0,53 ∗ + 0.094 ∗ ( ) + 88 ∗ ( )
0.10104 0.10104 0.10104
0,134
0,12∗10−3
−1,62∗( )
∗ 105112.03 0.10104 → f𝐴2 = 𝟎. 𝟎𝟐𝟑𝟏𝟖 [−]
Para o captor utilizado no ramal A2 através da equação (12) definida pela ACGIH
(2010, pag. 13-168), tem-se:
2
ρ ∗ vrama1duto
Δpcaptor = 0,25 ∗ (12)
2
1,21 ∗ 20,6012
Δpcaptor = 0,25 ∗ = 𝟔𝟑. 𝟗𝟐𝟒 𝐏𝐚
2
Onde:
Δpcaptor - Perda de carga no captor A1 (Pa);
ρ - Densidade do fluido (kg/m3 );
vrama1_duto - Velocidade média no duto (m/s);
Para o Ramal A2 seja a presença do acessório da junção dos dois ramais (T),
estabelecido com um ângulo de 40º, assim como mostra a Figura (14) o seu coeficiente
de perda, e com uma curva de 90º assim como obtido anteriormente, obtém-se:
17
Figura 14: Coeficiente de perda do T para 40°
ΔptotalA2 = 𝟒𝟗𝟗. 𝟎𝟗 𝐏𝐚
18
Δpmenor = menor perda de carga no ramal (Pa);
Δpmaior − Δpmenor
Difpercentual2 = ∗ 100
Δpmaior
19
499,09 − 485,91
= ∗ 100 = 𝟐. 𝟔𝟒%
499,09
v ∗ D3 23.27 ∗ 0.12604
R 𝑒 𝑟𝑎𝑚𝑎𝑙 𝐴3 = = = 𝟏𝟗𝟓𝟓𝟎𝟓, 𝟐𝟒 [−]
υ 1,5 ∗ 10−5
0,225
0,12 ∗ 10−3 0,12 ∗ 10−3
f𝐴3 = 0,53 ∗ + 0,094 ∗ ( )
0,12604 0,12604
0,44 0,134
0,12 ∗ 10−3 0,12∗10−3
−1,62∗( )
+88 ∗ ( ) ∗ 195505,24 0,12604
0,12604
f𝐴3 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟏𝟖𝟗 [−]
As perdas nos acessórios também devem ser consideradas, sabendo que no ramal
A3 temos um joelho de 90°, onde o coeficiente de perda de carga é de 0,19, com isso
temos a Equação (9).
(0,19) ∗ 23,262 ∗ 1,2
Δploc = = 𝟔𝟏, 𝟗𝟕 𝐏𝐚
2
Δptotal_A4 = 𝟏𝟏𝟑, 𝟑𝟏 𝐏𝐚
Onde:
PTV - Pressão total do ventilador (Pa);
Δptotal ramalA4 - Perda de carga total na saída do ventilador (Pa);
Δptotal ramalA3 - Perda de carga total na entrada do ventilador (Pa);
v𝐴4 2 ∗ 𝜌 v𝐴3 2 ∗ 𝜌
PTV = Δptotal_A4 ∗ − (−Δptotal_A3 ∗ )
2 2
2
23,262 ∗ 1,2 23,262 ∗ 1,2
PTV = (113,31 ∗ ) − (−911,81 ∗ )
2 2
21
𝜌 - densidade do fluido (kg/𝑚3 ).
Onde,
PTV - pressão total do sistema (mmca)
Q - vazão do fluido (m³/h)
K - constante característica do sistema ou canalização (𝑚−4)
Com o valor de K conhecido foi plotado a curva do sistema, o qual é representado
pela Figura 16.
Figura - 16: Curva característica do sistema
Fonte: (Autores).
3.3 Seleção do ventilador
A seleção do ventilador pode ser feita por meio de duas varáveis conhecidas, as
quais são a pressão e a vazão do sistema. No caso do trabalho apresentado a vazão é igual
a 1045.1 m³/h e pressão igual a 104.56 mmca. A partir desses valores e com o problema
apresentado foi procurado em catálogos o melhor ventilador para solucionar o problema
proposto. Com isso, foi selecionado o ventilador. da OTAM S&P Equipamentos de
22
ventilação, LFS – 280. A Figura (17) mostra as curvas características do ventilador
selecionado bem como a marcação do ponto em que o ventilador deve operar neste
projeto.
Figura - 17: Curvas características do ventilador
23
A Figura está representando a curva do sistema com as curvas características do
ventilador selecionado. Como pode-se perceber o ventilador possui vários pontos de
funcionamento em função da rotação. Porém, para atender este projeto deve ser o capaz
de fornecer a vazão e pressão total do ventilador calculados anteriormente. Dessa forma,
o ponto de funcionamento é o que está associado a rotação de 3000 rpm, o qual está
relacionado com os pontos calculados anteriormente, Q = 1045 m3/h e 104.56 mmca.
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n = 3000 rpm
Pa = 0,7 cv
ƞ = 64%
4. CONCLUSÃO
O projeto do dimensionamento do sistema VLE, bem como a seleção do
ventilador foi capaz de atender aos requisitos técnicos exigidos, a eficiência do ventilador
é de 64%, por mais que não seja uma eficiência alta, dentre a situação e s valores
calculados é a maior eficiência. Além disso, foi possível aplicar os conhecimentos
adquiridos durante o curso de ventilação industrial da UFVJM absorvendo da melhor
forma possível o conteúdo.
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REFERÊNCIAS
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