Você está na página 1de 12

0A EMISSÃO INICIAL 16/10/2019 JCA CBY CLB

REV. DESCRIÇÃO DATA PROJ. VERIF. APROV.


OBRA:

LT 138 kV CHAPADA I - ARARIPINA

TÍTULO:

MEMORIAL DESCRITIVO DE PROJETO

DATA: 16/10/2019 DATA: -


VISTO: CBY VISTO: -
APROV.: CLB APROV.: -
DATA: - DATA: -
VISTO: - VISTO: -
APROV.: - APROV.: -
DATA: - DATA: -
VISTO: VISTO: -
APROV.: APROV.: -
DOC. Nº: - FOLHA: REVISÃO:

DOC. Nº CLIENTE: CPU03ZZL19-MD001A 1/12 0A


Sumário
1 OBJETIVO .......................................................................................................................... 3
2 DEFINIÇÃO DOS CONDUTORES ....................................................................................... 3
3 ISOLADORES ..................................................................................................................... 3
4 PARA-RAIOS...................................................................................................................... 4
5 PARÂMETROS METEREOLÓGICOS ................................................................................. 4
5.1 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS .......................................................................................................... 4
5.2 TEMPERATURA E CORRENTE DE PROJETO ................................................................................ 4
5.3 DETERMINAÇÃO DA PRESSÃO DE VENTO ................................................................................. 5
6 SÉRIE DE ESTRUTURAS ................................................................................................... 7
6.1 ESTRUTURAS METÁLICAS .......................................................................................................... 7
6.2 RESUMO DAS ESTRUTURAS METÁLICAS ................................................................................... 7
7 DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA .......................................................................................... 9
8 TRAÇÕES MÁXIMAS E CONDIÇÕES DE CONTORNO..................................................... 11
8.1 CABO CONDUTOR ................................................................................................................... 11
8.2 CABO PARA-RAIOS .................................................................................................................. 11
9 NORMAS E ESPECIFICAÇÕES APLICÁVEIS .................................................................... 11
10 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 12

PÁG.: 2/12
1 OBJETIVO
A presente memória descritiva tem como objetivo apresentar
as características técnicas e critérios adotados a serem
considerados para desenvolvimento do Projeto da LT 138 kV
CHAPADA I - ARARIP INA de propriedade da CELPE.
A LT possui comprimento total de aproximadamente 28,30km.

2 DEFINIÇÃO DOS CONDUTORES


Será considerada a utilização de condutores de alumínio nu
com alma de aço – tipo GROSBEAK - para a linha, conforme
solicitado pela proprietária

Face ao exposto, os dados do cabo condutor que será


utilizado encontram-se abaixo:

 Tipo CAA
 Código GROSBEAK
 Bitola 636 MCM
 Formação 26/7
 Diâmetro 25,15 mm
 Massa Linear 1,301 kg/m
 Área Total 374,33 mm2
Carga de Ruptura 11043 kgf
 Módulo de Elasticidade
- Inicial 4781kgf /mm2
- Final 6539kgf /mm2
 Coeficiente de Dilatação Linear 18,9 x 10-6 / °C

3 ISOLADORES
Para este projeto, está prevista a utilização de isoladores
compostos line-post e bastão polimérico, fabricados em fibra
de vidro e compostos de silicone, dimensionados para
utilização em média tensão 145 kV.

PÁG.: 3/12
4 PARA-RAIOS
O cabo para-raios a ser utilizado na LT será o cabo para-raios
OPGW 24 FO 115 mm². Suas características são:

Descrição Unidade Espec.


Carga de ruptura mínima kN 75,38
Peso aproximado kg/km 608
Resistência elétrica CC a 20°C Ω/km 0,4535
Módulo de elasticidade kN/mm² 117,7
Coeficiente de dilatação linear 10-6/ºC 14,8
Capacidade de Corrente de curto i²t kA²/s 97
Raio mínimo de curvatura mm 211,5
Descarga atmosférica C 150

5 PARÂMETROS METEREOLÓGICOS
5.1 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS

Adotamos os parâmetros meteorológicos constantes no


documento NOR.DISTRIBU-ENGE-0067, fornecido pela
CELPE. Os valores encontram-se dispostos na tabela abaixo:

Velocidade máxima do vento – (km/ h) 90

Temperatura média ambiente – (ºC), sem vento 20

Temperatura máxima do condutor – (ºC), sem vento 60

Temperatura mínima ambiente – (ºC), sem vento 05

Temperatura coincidente com vento máximo – (ºC) 15

Temperatura para correção do creep - (ºC) 15

5.2 TEMPERATURA E CORRENTE DE PROJETO

Para o cálculo das temperaturas de projeto, foram adotadas as


seguintes premissas:

• Temperatura ambiente (máxima média da região): 20ºC;


• Temperatura máxima do condutor: 60°C

PÁG.: 4/12
• Brisa – 1 m/s;
• Radiação solar máxima: 1000 W/m²;
• Coeficiente de absorção: 0,90
• Coeficiente de emissividade: 0,77.
• Ângulo de incidência do vento no condutor: 90°

Os coeficientes de absorção e emissividade adotados,


refletem condições realistas para o condutor envelhecido,
conduzindo a valores de temperatura mais conservativos.

A temperatura máxima considerada para o projeto de locação


foi de 75°, considerando a correção do creep.

5.3 DETERMINAÇÃO DA PRESSÃO DE VENTO

PRESSÕES DINÂMICAS DE REFERÊNCIA

As pressões dinâmicas de referência serão calculadas a partir


das velocidades de vento apresentadas e obtidas através da
expressão:

𝒒𝟎 = 𝟎, 𝟓 . 𝝆 . (𝑽𝒑 )𝟐

Cálculoda massa específica do ar:

 16000  64 . t  ALT 
 
1,293
1  0,00367 . t
  kg / m 
3

 16000  64 . t  ALT 

Altitude média da região: 622 m;


Temperatura coincidente: 15°C.

Onde:
𝑞 = Pressão dinâmica de referência
𝜌 = Massa específica do ar (1,139kg/m³);
𝑉 = Velocidade de referência de projeto (25 m/s).

𝒒𝟎 = 𝟑𝟓𝟓, 𝟖𝟖 𝐏𝐚

DETERMINAÇÃO DAS CARGAS DE VENTO

AÇÃO DO VENTO NOS CABOS

PÁG.: 5/12
Os esforços de vento máximo nos cabos são obtidos através
da expressão:

𝐴 = 𝑞 .𝐶 . 𝛼 . 𝑑 . 𝑉 . 𝑠𝑒𝑛 Ѳ(N)
Onde:
𝑞 = pressão dinâmica de referência;
𝐶 = coeficiente de arrasto, igual a 1,0;
𝛼 = fator de efetividade, adimensional, conforme item 8.2.2.1
da NBR 5422, igual a 0,64;
𝑑 = diâmetro do cabo, em metros;
𝑉 = Vão de vento da estrutura;
Ѳ= â n g u l o d e i n c i d ê n c i a d o v e n t o em relação à direção do
vão, igual a 90°.

Logo, o esforço de vento máximo, em função do diâmetro do


condutor e vão de vento da estrutura, é dado por:

𝐀𝐜 = 𝟓, 𝟕𝟑 𝐕𝐯 (N)

AÇÃO DO VENTO NAS ESTRUTURAS

O esforço de vento máximo nas estruturas, aplicado em seus


centros de gravidade, é obtido através da expressão:

𝐴 = 𝑞 .𝐶 . 𝑎 . 𝑙 (N)

Onde:
𝑞 = pressão dinâmica de referência;
𝐶 = coeficiente de arrasto, depende da estrutura;
𝑎 = dimensão da coluna na face de incidência do vento,
obtida da seção transversal ao nível do centro geométrico do
trecho do elemento, em m;
𝑙 = comprimento do tronco, em m.

PÁG.: 6/12
Logo:

𝐀𝑻𝑪 = 𝟑𝟓𝟓, 𝟖𝟖 . 𝑪𝑿𝑻𝑷 . 𝒂 . 𝒍 (N)

Os esforços nominais dos postes serão dimensionados a partir


dos critérios estabelecidos neste Memorial Descritivo e dos
dados obtidos na plotação (vãos, ângulos, tipos e alturas das
estruturas).

6 SÉRIE DE ESTRUTURAS
Serão utilizadas estruturas metálicas no presente projeto.

6.1 ESTRUTURAS METÁLICAS

As estruturas metálicas utilizadas nesse memorial são do tipo


A1, A2, GT, SP e ST.

6.2 RESUMO DAS ESTRUTURAS METÁLICAS

ALTURA COMPOSIÇÃO ESTRUTURA


TIPO
N° ÚTIL PÉS
ESTRUTURA EXT 1
(m)
PORTICO PORTICO
1/1 GT 15 0,0
1/2 A2 18 6,0 3,0
1/3 SP 21 6,0 6,0
1/4 SP 22,5 6,0 7,5
2/1 SP 22,5 6,0 7,5
2/2 GT 15 0,0
2/3 SP 22,5 6,0 7,5
3/1 SP 22,5 6,0 7,5
3/2 SP 22,5 6,0 7,5
3/3 A2 18 6,0 3,0
4/1 SP 18 6,0 3,0
4/2 SP 18 6,0 3,0
4/3 SP 19,5 6,0 4,5
5/1 SP 21 6,0 6,0
5/2 SP 21 6,0 6,0
5/3 A2 18 6,0 3,0
5/4 SP 21 6,0 6,0

PÁG.: 7/12
6/1 SP 21 6,0 6,0
6/2 SP 22,5 6,0 7,5
7/1 SP 22,5 6,0 7,5
7/2 A1 21 6,0 6,0
7/3 SP 21 6,0 6,0
7/4 SP 18 6,0 3,0
8/1 SP 18 6,0 3,0
8/2 SP 18 6,0 3,0
8/3 SP 21 6,0 6,0
9/1 A1 22,5 6,0 7,5
9/2 SP 22,5 6,0 7,5
9/3 SP 18 6,0 3,0
9/4 SP 18 6,0 3,0
10/1 A1 18 6,0 3,0
10/2 SP 21 6,0 6,0
10/3 SP 18 6,0 3,0
11/1 SP 21 6,0 6,0
11/2 SP 21 6,0 6,0
11/3 A1 21 6,0 6,0
12/1 SP 22,5 6,0 7,5
12/2 SP 21 6,0 6,0
12/3 SP 22,5 6,0 7,5
13/1 SP 21 6,0 6,0
13/2 A1 21 6,0 6,0
13/3 SP 22,5 6,0 7,5
14/1 SP 22,5 6,0 7,5
14/2 SP 22,5 6,0 7,5
15/1 A1 21 6,0 6,0
15/2 SP 22,5 6,0 7,5
15/3 SP 22,5 6,0 7,5
16/1 SP 22,5 6,0 7,5
16/2 A2 22,5 6,0 7,5
16/3 SP 19,5 6,0 4,5
17/1 SP 18 6,0 3,0
17/2 SP 19,5 6,0 4,5
17/3 A2 19,5 6,0 4,5
17/4 SP 22,5 6,0 7,5
18/1 SP 21 6,0 6,0
18/2 SP 22,5 6,0 7,5
19/1 SP 22,5 6,0 7,5
19/2 A1 22,5 6,0 7,5
19/3 A2 22,5 6,0 7,5
20/1 SP 18 6,0 3,0
20/2 SP 18 6,0 3,0

PÁG.: 8/12
20/3 SP 18 6,0 3,0
20/4 SP 18 6,0 3,0
21/1 SP 18 6,0 3,0
21/2 SP 18 6,0 3,0
21/3 A2 22,5 6,0 7,5
21/4 SP 18 6,0 3,0
22/1 SP 18 6,0 3,0
22/2 SP 22,5 6,0 7,5
22/3 ST 40,5 15,0 9,0
23/1 A2 22,5 6,0 7,5
23/2 A2 18 6,0 3,0
23/3 A1 18 6,0 3,0
24/1 SP 21 6,0 3,0
24/2 SP 21 6,0 6,0
24/3 A2 21 0,0 3,0
24/4 SP 19,5 6,0 4,5
25/1 SP 18 6,0 3,0
25/2 SP 19,5 6,0 4,5
25/3 SP 21 6,0 6,0
26/1 A1 22,5 6,0 7,5
26/2 SP 18 6,0 3,0
26/3 SP 18 6,0 3,0
26/4 SP 18 6,0 3,0
27/1 SP 22,5 6,0 7,5
27/2 SP 18 6,0 3,0
28/1 A1 18 6,0 3,0
28/2 SP 18 6,0 3,0
28/3 A2 18 6,0 3,0
28/4 SP 19,5 6,0 4,5
28/5 SP 18 6,0 3,0
29/1 SP 21 6,0 6,0
29/2 GT 15 0,0

7 DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA
Deverão ser respeitadas as distâncias mínimas de segurança
de acordo com a NBR 5422 e 15688. Desta maneira, serão
adotadas as seguintes distâncias:

Natureza da Região ou Distância


Obstáculo Atravessado (1) Adotada D
(m)
Locais acessíveis apenas a pedestres 8,0

PÁG.: 9/12
Máquinas Agrícolas 6,5
Rodovias, ruas e avenidas 8,0
Ferrovias não eletrificadas 9,0
Ferrovias eletrificadas ou com previsão
12,0
de eletrificação
Suporte de linha pertencente à ferrovia 4,0
Águas navegáveis H* + 2,0
Águas não navegáveis 6,0
Linhas de telecomunicações 1,8
Terraços e Telhados 4,0
Paredes e Instalações Transportadoras 3,0
Tráfego de veículos rodoviários e
3,0
ferroviários
Linhas de energia elétrica (b)

Notas:

(*) H* corresponde à altura, em metros, do maior mastro e


deve ser fixado pela autoridade responsável pela navegação
na via considerada, levando-se em conta o nível máximo de
cheia ocorrida nos últimos 10 anos.

(a) Os espaçamentos relacionados na tabela são os valores


mínimos que devem ser respeitados entre os obstáculos e os
condutores das LT's, considerando a flecha máxima destes
condutores na condição final de trabalho ("creep" de 10
anos), sem vento.

(b) Serão utilizadas as fórmulas básicas (item 10.3.1 da


NBR-5422). Para a distância básica a = 1,2m tem-se:

Distância
Adotada D (m)

Cruzamento com LT até 15 kV/terra D = 2,00 m(**)


Cruzamento com LT até 72,5 kV D = 2,00 m(**)
Cruzamento com LT 145 kV D = 2,50 m
Cruzamento com LT 245 kV D = 3,00 m
Cruzamento com LT 500 kV D = 4,00 m

(**) Para garantir melhor segurança das equipes de


manutenção valor alterado de 1,2 m (NBR5422) para 2,0 m.

PÁG.: 10/12
8 TRAÇÕES MÁXIMAS E CONDIÇÕES DE CONTORNO
8.1 CABO CONDUTOR

Para determinação das trações máximas nas condições de


contorno, foi considerado vão médio de 175 m.

Foram consideradas as condições de tração abaixo:

-25°C, sem vento, condição final (EDS): 1755,84 daN


(15,90% CR);
-15°C, sem vento, condição inicial: 1932,53 daN (17,50%
CR);
-20°C, com vento (pressão 383 Pa), condição final: 2274,86
daN (20,60% CR).

8.2 CABO PARA-RAIOS

Para determinação das trações máximas nas condições de


contorno, foi considerado vão médio de 175 m.

Foram consideradas as condições de tração abaixo:

-25°C, sem vento, condição final (EDS): 829,18 daN (11,00%


CR);
-15°C, sem vento, condição inicial: 904,56 daN (12,00% CR);
-20°C, com vento (pressão 383 Pa), condição final: 1213,62
daN (16,10% CR).

9 NORMAS E ESPECIFICAÇÕES APLICÁVEIS


Projeto Básico e Executivo da Linha de Transmissão

ABNT - NBR

5422 Projeto de linhas aéreas de transmissão de energia


elétrica – Procedimento.
5433 Redes de Distribuição Aérea Rural de Energia
Elétrica – Padronização.

PÁG.: 11/12
5909 Cordoalhas de fios de aço zincados para estais,
tirantes, cabos mensageiros e usos similares.
8158 Ferragens Eletrotécnicas para Redes Aéreas,
Urbanas e Rurais de Distribuição de Energia
Elétrica – Especificações.
8159 Ferragens Eletrotécnicas para Redes Aéreas,
Urbanas e Rurais de Distribuição de Energia
Elétrica – Formatos, Dimensões e Tolerâncias –
Padronização.
8451 Postes de Concreto Armado para Redes de
Distribuição de Energia Elétrica – Especificação.
8452 Postes de Concreto Armado para Redes de
Distribuição de Energia Elétrica – Padronização.
8453 Cruzeta de Concreto Armado para Redes de
Distribuição de Energia Elétrica – Especificação.
8454 Cruzeta de Concreto Armado para Redes de
Distribuição de Energia Elétrica – Padronização.
15688 Redes de Distribuição aérea de energia elétrica
com condutores nus.

10 REFERÊNCIAS

1 – NBR 5422 – Projetos de Linhas Aéreas de Transmissão;

2 – NBR 15688 – Redes de distribuição aérea de energia


elétrica com condutores nus;

3 –Projetos Mecânicos das Linhas Aéreas de Transmissão,


FUCHS, RUBENS DARIO.

PÁG.: 12/12

Você também pode gostar