Você está na página 1de 13

Página 1 de 13

A resiliência na indústria da construção durante a crise da Covid-19

Thiago Bello1, Salvador Ávila2, Tiago Sena3, Yago Alves4

1
Universidade Federal da Bahia, Rua Professor Aristides Novis, CEP 40210-630, Salvador,
Brasil, thiagoacbello@gmail.com
2
Universidade Federal da Bahia, avilasalva@gmail.com
3
Universidade Federal da Bahia, tiago.oliveirasena@gmail.com
4
Universidade Federal da Bahia, yago_alves1@hotmail.com

RESUMO

A crise econômica no Brasil e, posteriormente, a crise global sanitária provocada pelo Covid-19,
promoveram a busca por resiliência organizacional dentro de sistemas complexos, para que esses possam
resistir à crise e se recuperar após os eventos negativos. Essa situação ampliou a necessidade de mensurar
o quão resiliente é um ecossistema, visto que grande parte dos indicadores são expostos de forma
subjetiva. Dentro do conjunto de atividades que formam o ecossistema da sociedade brasileira, o papel da
indústria da construção civil é altamente relevante. Essa indústria é responsável por fatia considerável do
PIB nacional e fomenta um grande número de empregos, o que a torna imprescindível na recuperação
econômica após momentos de depressão. O volume de trabalho nessa área é, inclusive, um dos principais
parâmetros para se observar o comportamento econômico pátrio. O presente artigo trata sobre resiliência
organizacional na indústria da construção, com ênfase no impacto de crises como a pandemia da Covid-
19. O estudo da resiliência envolve diversas ciências, como psicologia, filosofia, e ciências
comportamentais, porém, a literatura específica para a construção civil ainda é incipiente. Neste estudo,
desenvolveu-se uma revisão da literatura sobre resiliência organizacional, com ênfase na aplicação da
Engenharia de Resiliência no setor da construção civil. Posteriormente, como resultados foram analisados
os impactos da atual crise econômica para o setor, as boas práticas sanitárias adotadas nos canteiros de
obras e qual o cenário de recuperação após a crise.

Palavras-chave: resiliência organizacional, construção civil, Covid-19


Página 2 de 13

RESILIENCE OF CONSTRUCTION INDUSTRY DURING THE CRISIS OF COVID-19

ABSTRACT

The economic crisis in Brazil and later the global health crisis caused by Covid-19, increased interest in
philosophies that build organizational resilience within organized systems, so that they can resist the crisis
and recover after negative events. This article aims to address organizational resilience in the construction
industry, highlighting the impacts of crises, such as the Covid-19 pandemic. The current crisis has
amplified reflections that seek to measure how resilient an ecosystem is, because most of the indicators
are exposed in a subjective way. The construction industry has a very relevant economical role within
Brazilian society, as it is responsible for a considerable share of the national GDP and fosters several jobs.
Therefore, this industry is extremely important for the social environment as well, with a fundamental
role in economic recovery after a recession, and the amount of work within this as a parameter to analyse
the country's economic behaviour.The study of resilience involves several sciences (psychology,
philosophy, behavioral sciences, among others), specifically for construction there are few works that
deal with the subject, thus there is a large space for the development of research. The present work will
seek information about the literature built on the organizational resilience, with an emphasis on the
application of Resilience Engineering in the building construction sector and what are the impacts of the
current Covid-19 crisis, which strongly affect the sector and what is the scenario of recovery after the
crisis.

Key-words: resilience, construction, COVID-19


Página 3 de 13

1. INTRODUÇÃO

Nos dias atuais o mundo vive um cenário atípico e sem precedentes, com as consequências do
novo Coronavírus Covid-19. Em razão da elevada infectividade do vírus, houve rápida
disseminação da doença em escala mundial e, em março de 2020, menos de dois meses após o
primeiro caso notificado, a Organização Mundial de Saúde - OMS elevou o estado de
contaminação da Covid-19 a pandemia.

Em fevereiro de 2020, iniciou-se a pandemia do coronavírus no Brasil, com confirmação do


primeiro caso na cidade de São Paulo. Desde então, a doença se disseminou rapidamente no
território brasileiro, gerando colapso no sistema de saúde e fortes impactos na economia do país.

No tocante a construção civil tem uma particularidade, pois trata-se de um setor com grande
concentração de pessoas nos canteiros de obras e por ser um setor bastante vulnerável a crises e
mudanças no mercado. (Pereira, Azevedo, 2020).

Como medidas de combate a Covid-19, foram determinadas ações de isolamento social, o que
produz relevantes impactos econômicos simultâneos tanto sobre a oferta quanto sobre a
demanda. Até o momento, esses impactos têm levado a economia mundial a uma rápida
desaceleração. (Dweck et al. ,2020)

A rotina da grande maioria dos setores da economia, e principalmente da construção civil, foram
bastante impactados, sendo necessários novas regras e remodelando o cotidiano do setor, na
tentativa de evitar a proliferação do vírus nos canteiros de obras e nos seus respectivos
escritórios. (Pereira, Azevedo, 2020).

A construção civil possui mais de 6,74 milhões de trabalhadores segundo a Câmara Brasileira da
Indústria da Construção (CBIC, 2020), sendo setor de grande relevância na economia nacional.
A atividade foi considerada pelo governo federal como uma atividade essencial, o que fez com
que a mesma pudesse manter na maior parte do período as obras em funcionamento.

Para sequência é importante conceituar o entendimento sobre resiliência que será utilizada no
presente trabalho. Segundo a norma BS 65000 resiliência é a capacidade das organizações se
prepararem, responderem e se adaptarem a mudanças incrementais e interrupções bruscas a fim
de sobreviver e prosperar.

Segundo Martina K. (2017) a partir do ano 2000 houve elevação das pesquisas relacionadas a
resiliência, em consequência do terrorismo, elevação da complexidade e interdependência de
sistemas sócio-econômicos, financeiros e tecnológicos com maior grau de risco.

De acordo com Woods (2006) apud Melo (2020) existe um entendimento que a resiliência é uma
característica intrínseca à organização ou sistema, que visa gerenciar as condições observadas no
modelo atual de competência e a melhor maneira de revisar esse modelo em função das ameaças
que gerem alterações no estado inicial.

Segundo Pereira e Azevedo (2020) as pessoas e os setores, tiveram que remodelar-se devido a
crise da Covid19, e a construção civil não foi diferente, um setor, aonde o contato direto e a
fluência de pessoas é intensa, a necessidade de reformulação têm sido de suma importância.
Página 4 de 13

Sem sombra de dúvidas a pandemia testou a resiliência das organizações, sendo que o setor da
construção, de grande relevância no PIB nacional, foi um dos que demonstraram sua resiliência
na atual crise, conseguindo dar sequência em suas atividades e obter boa recuperação.

O estudo está organizado em quatro seções, além desta introdução. A seção 2 faz uma revisão
bibliográfica relacionada a resiliência organizacional. A seção 3 apresenta a metodologia de
pesquisa utilizada. A seção 4 analisa e discute os principais impactos da pandemia da Covid 19
no setor da construção civil. Por fim, a seção 5 apresenta algumas considerações finais.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

No presente artigo serão apresentados os conceitos de Engenharia de Resiliência (ER), com suas
aplicações relacionadas a indústria da construção civil. Segundo Melo (2020) a literatura indica
uma evolução ao longo dos anos sobre resiliência, porém com poucos estudos específicos na
indústria da construção civil.

Woods (2006) apud Melo (2020) discorre que um dos propósitos da ER é compreender como as
organizações ajustam as metas para ser mais rápido, melhor e mais barato, e como isso influencia
nos riscos de acidentes de trabalho.

Holling (1973) apud Pascua e Chang-Richards (2017) define resiliência como a capacidade de
um sistema de absorver mudanças e permanecer em pleno funcionamento. Segundo Combaz
(2014) para que países ou comunidades possam ser consideradas resilientes devem ser capazes
de resistir, acomodar e retornar ao estágio anterior frente aos impactos do choque, ou se adaptar
às mudanças causadas pelos eventos. Mais recentemente o conceito é que a resiliência deve
buscar a prevenção da perda de controle, ao invés de dar ênfase ao processo de recuperação
apenas após já ter ocorrido os eventos adversos (HALE; HEIJER, 2006 apud Melo 2020).

Woods (2015) subdivide os conceitos de resiliência em quatro: (1) resiliência como a habilidade
de retornar ao equilíbrio após eventos pertubadores, (2) resiliência como capacidade de absorver
distúrbios, (3) resiliência como um sistema passa a estender seu desempenho a partir de eventos
não previstos, alterando seus limites, e (4) resiliência como a adaptabilidade, ligada à capacidade
de se adaptar a eventos inesperados.

O artigo de Z. Sapeciay et al (2019) trata da resiliência organizacional no setor da construção na


Nova Zelândia, destacando quais indicadores podem melhor compreender a relação de perda e
recuperação após a ocorrência de crises ou desastres. Estudos de Chang et al (2013) e Z.
Sapeciay et al (2013) dizem que para os programas de reconstrução após crises serem bem-
sucedidos é importante que haja resiliência organizacional no setor da construção.

Embora pareça haver uma falta de consenso sobre a definição de resiliência, vários pontos em
comum no conceito de resiliência podem ser observados (Pascua e Chang-Richards, 2017):
• a capacidade de antecipar e prevenir eventos potencialmente perturbadores;
• a capacidade de manter um certo nível de funcionalidade durante eventos perturbadores;
• a capacidade de se recuperar rapidamente dos impactos negativos de eventos perturbadores;
• a capacidade de se adaptar às mudanças provocadas por eventos perturbadores;
Página 5 de 13

2.1 Cisne Negro

Taleb (2008) apresentou o conceito de Cisne Negro para denominar eventos de grande impacto e
com baixa probabilidade de ocorrer, que por essa característica costuma ser neglicenciado ou
subestimado. Sabemos que os Cisnes negros irão acontecer, só não sabemos o que vai acontecer
e, mais importante do que tentar explicar o porquê de não conseguirmos prevê-lo, é
conseguirmos reagir rapidamente e nos adaptar ao inesperado.

Dentro destes critérios a pandemia da Covid-19 pode ser classificada como um Cisne Negro.
Analisando de maneira mais detalhada seus impactos, a maior crise sanitária das últimas
décadas, pandemia que atingiu todo o mundo pode-se notar que a transformação digital foi
enormemente acelerada, com grande número de pessoas aderindo aos serviços digitais, incluindo
vendas no mercado da construção civil e trabalho a distância.

2.2 Covid -19 na Bahia

Na Bahia, bem como em Salvador, os primeiros casos confirmados da doença ocorreram em


março de 2020 (SAEB, 2020). E, a partir deste marco, a Administração Pública Estadual e
Municipal, em consonância com os Decretos Federais, adotaram diversas medidas para
mitigação dos impactos da doença na sociedade.

Uma das formas encontradas de medir o avanço do contágio, foi elaborado pela empresa, Inloco
que busca mensurar o percentual da população que está respeitando as recomendações de
isolamento e observar a efetividade do distanciamento social por meio do Índice de Isolamento
Social (IIS).

No Brasil, o maior IIS foi registrado em 22 de março de 2020 (62,2%), e em 09 de junho o país
apresentou IIS de 38,2%. Na região Nordeste, todos os estados possuíam neste mesmo período,
índices abaixo de 60%. Na Bahia, o índice chegou a 45,7% no dia 26 de maio, sendo considerado
o quinto melhor do Brasil. A capital baiana, por sua vez, apresenta o terceiro melhor índice
dentre todas as capitais do país, perdendo apenas para Macapá e Recife, respectivamente.
(Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab)).

Na Bahia, os trabalhadores ligados a construção nos diversos setores, tem a renda do trabalho no
estado de cerca de 30%. Assim, o isolamento social e as políticas de bloqueio na economia local
podem resultar em altas taxas de desemprego, com graves consequências para o mercado de
trabalho e a economia local (Santos et al., 2019).

No dia 26 de maio de 2021 os trabalhadores da construção civil desempenhado suas funções no


município do Salvador, foram incluídos nos grupos prioritários de vacinação, dado a sua
importância econômica para a cidade (CMS, 2021).

O controle de disseminação da COVID-19 na Bahia está sendo realizado pelas autoridades


regionais por meio de diversas estratégias de bloqueio parcial e políticas de isolamento social
(Ferreira Dos Santos, 2020). Até o dia 07 de junho de 2021, a Casa Civil do Estado da Bahia
emitiu 228 decretos (BAHIA, 2021). O Município de Salvador publicou 139 decretos e 2
portarias entre 14.03.2020 e 24.04.2021, com diversas ações para enfrentamento da doença,
incluindo paralisações nos canteiros de obras no município (SEDUR, 2021).
Página 6 de 13

3. METODOLOGIA

O presente trabalho irá utilizar como metodologia para seu desenvolvimento uma revisão da
bibliografia disponível sobre resiliência, com ênfase na aplicação da Engenharia de
Resiliência no setor da construção civil, com exemplos na literatura internacional e do
Brasil.

Será realizado também um conjunto de entrevistas semi-estruturadas de modo a verificar


junto a pessoas atuantes no setor os impactos da atual crise da Covid-19 na indústria da
construção e qual o panorama para o para o setor após a crise. Foi escolhido este método,
pois o mesmo é indicado para verificar como o setor vem sendo impactado por um
fenômeno ainda em andamento.

O questionário utilizado para as entrevistas encontra-se no Apêndice 1. Foram aplicados em


empresas de médio porte atuantes em obras do setor público e privado, com atuação na
região Nordeste do Brasil, com ênfase na cidade de Salvador-Ba.

Na figura 1 abaixo, é possível ver um fluxograma das atividades desenvolvidas na presente


pesquisa.

Figura 1: Fluxograma de atividades

4. IMPACTOS DA COVID

No presente artigo serão analisados impactos advindos da crise da Covid-19 no setor da


construção civil no Brasil, em especial na cidade de Salvador-Ba.

Abaixo podemos observar os gráficos dos casos e número de mortes de Covid-19 no estado da
Bahia e na cidade de Salvador:
Página 7 de 13

A análise do gráfico demonstra que os casos ainda não sofreram relevante redução, logo ainda
estamos enfrentando a maior pandemia dos últimos cem anos, com consequências ainda em
andamento.

Porém já é possível afirmar que o setor da construção sofreu inúmeros impactos, seja em relação
ao aspecto econômico e de variação de custos de insumos, bem como a metodologia de trabalho
e cuidados com impactos sanitários relativos a saúde e segurança dos trabalhadores.

4.1 Impactos econômicos e custos de materiais


Página 8 de 13

A pandemia trouxe como principais impactos a paralisação de indústrias e fábricas, suspensão de


atividades, a redução de contingentes de mão de obra, a queda dos estoques de matérias prima no
mercado, o desabastecimento de insumos básicos inerentes à construção civil e a consequente
alta dos preços das matérias primas.

Diante do exposto, este panorama excepcional afetou diretamente a indústria da construção


nacional e, em consequência, vem refletindo na execução dos contratos, com grandes alterações
devido ao cenário atual.

Pode-se observar nos gráficos abaixo a elevação do Índice Nacional da Construção Civil (INCC)
medido pela Fundação Getúlio Vargas, sendo o principal índice de variação de preços do setor.
Observa-se na figura 1 uma grande elevação na taxa acumulada em 12 meses, desde o início da
pandemia:

Figura 2: Gráfico INCC

Fonte: FGV- IBRE

Na figura 2 temos que a pandemia d Covid19 provocou a maior elevação do INCC de materiais e
equipamentos (taxa acumulada em 12 meses) desde o ano de 1997 – 29,5%:

Figura 3: Gráfico INCC materiais


Página 9 de 13

Fonte: FGV- IBRE

Figura 4: Gráfico INCC materiais

De acordo com CBIC (2021) um impacto relevante da Covid19 a ser destacado diz respeito a
continuidade das obras públicas com contratos anteriormente firmados, pois a elevação dos
preços enseja a necessidade de reequilíbrio econômico dos contratos. Isso porque os aumentos de
custos do setor, na proporção atual, não tinham como ser previstos, e isso inviabilizou o
orçamento realizado.
Página 10 de 13

4.2 Impactos sanitários e medidas adotadas

Diante da atual pandemia de Covid-19, constata-se que os aspectos relacionados à segurança e à


saúde dos trabalhadores deve ser um foco das empresas, visto que a exposição ocupacional pode
ocorrer a qualquer momento, seja durante as atividades dentro da própria empresa (Silva et al ,
2021).

Segundo Dias et al (2020) demonstra o cenário atual da Construção Civil de alguns Estados
brasileiros, separando os locais que estabeleceram a parada do setor e de locais que continuaram
a atuação normalmente, sendo feito uma comparação levando em consideração a densidade
demográfica dos Estados e a maior e menor quantidade de óbitos até a data atual e também
demonstrar as medidas adotas nos canteiros de obras e os impactos na indústria da construção.

Algumas medidas foram adotadas para preservar a saúde diante pandemia nos canteiros de obras
por algumas construtoras. A CBIC (2020) elaborou um catálogo com as recomendações para o
ambiente de trabalho na indústria da construção civil com objetivo prevenir a propagação da
doença. Conforme o catálogo, algumas medidas adotadas são:
 A empresa deve fornecer lavatórios com água e sabão, além de sanitizantes, como álcool
70% e orientar os trabalhadores sobre o seu uso, quando do início dos trabalhos e pelo
menos a cada duas horas;
 Os ambientes de trabalho, que não estão a céu aberto, devem ser mantidos ventilados,
com a retirada de barreiras que impeçam a circulação de ar, observadas as normas de
segurança;
 Todas as ferramentas, máquinas e equipamentos de uso manual devem ser
constantemente limpos e higienizados, antes e durante a execução dos trabalhos;
 Devem ser tomadas medidas de distanciamento social em ambientes fechados do canteiro
de obras, como escritórios e refeitórios, de forma a preservar a separação mínima de dois
metros entre as pessoas, nos postos de trabalho ou local de refeições.

5. CONCLUSÕES

O Covid-19 e a teoria do Cisne Negro nos oferecem uma lição preciosa: embora o desconhecido
nos desperte incertezas é preciso manter uma postura de cautela. Com informações confiáveis,
podemos agir de maneira responsável, reduzindo os impactos da pandemia e coletando
informações consistentes e verdadeiras sobre a sua evolução.

As mudanças apresentadas pela Covid-19 ocorreram em uma velocidade nunca antes vista. A
pandemia trouxe uma mudança tão rápida na vida pessoal e profissional que acabou exigindo
que as empresas se adaptem a novos formatos de trabalho. Em um mundo cada vez mais
complexo, com diversas fontes de riscos, um gerenciamento eficaz dos mesmos faz grande
diferença para que empresas e governos consigam atingir seus objetivos.

A presente pesquisa possui limitações, tendo em vista que os questionários foram aplicados em
empresas do setor da construção atuantes em Salvador-Ba. Como a pandemia encontra-se em
curso, os impactos ainda podem ter outros desdobramentos.
Página 11 de 13

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAHIA, Casa Civil do Estado da. DECRETOS COVID-19 NA BAHIA. Disponível em:
http://www.legislabahia.ba.gov.br/documentos?num=&ementa=&exp=&data[min]=&data[max]
=&sort_by=changed_1&order=field_data_doc&sort=desc. Acesso em: 29 jun. 2021.

BAHIA. Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Bahia está em 5º lugar no ranking
nacional em isolamento social [Internet]. [cited 2020 Jun 10]. Available from:
http://www.saude.ba.gov.br/2020/05/27/ bahia-esta-em-5o-lugar-no-ranking-nacional-de-
isolamento-social/

CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Cresce população ocupada na indústria


da construção civil no trimestre. Brasília, 2020. Disponível em: <https://cbic.org.br/cresce-
populacao-ocupada-na-industria-da-construcao-civil-no-trimestre/ >. Acessado em: 10 de maio
de 2021.

CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção. A pandemia do coronavírus:


Recomendações para o ambiente de trabalho na indústria da construção. (2020) From:
https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2020/03/A_pandemia_do_coronavirus.pdf.

Chang-Richards, S. Wilkinson, R. Seville, and D. Brunsdon, “Resourcing of the Canterbury


rebuild: Case studies of construction organisations,” Resilience Organisations Research Report
2013/01, New Zealand, Resilient Organisations. 2013.

COMBAZ, E.. Disaster Resilience: Topic Guide, Governance and Social Development Research
Centre, University of Birmingham, Birmingham, UK. 2014

CMS – Câmara Municipal de Salvador. Trabalhadores da construção civil na prioridade da


vacina contra a Covid-19. 2021. Disponível em: https://www.cms.ba.gov.br/noticias/26-05-
2021-trabalhadores-da-construcao-civil-na-prioridade-da-vacina-contra-a-covid-19. Acesso em:
29 jun. 2021.

Department for International Development, Defining Disaster Resilience: a DFID approach


paper, Department for International Development, London, UK. 2011

DIAS, SC, Silva, LMC, Nascimento, LG, Oliveira, FC, Lopes, SJC & Sousa, LM. Civil
Construction Scenario in Brazil during the COVID-19 Pandemic. Research, Society and
Development, 9(7): 1-18, e528974464. (2020).

FILHO, S. Á. Ávila, J. S. , Santos, A.A. Carmo, M. C. N. Souza, L. F. L. Crisis Decision Tool,


fighting against COVID-19. 2020

DWYECK, E. et al. Impactos macroeconômicos e setoriais da Covid-19 no Brasil, UFRJ, 2020.

HOLLING, C.S.,. Resilience and Stability of Ecological Systems, Annual Review of Ecology and
Systematics; Annu.Rev.Ecol.Syst. 4, p. 1-23. 1973

HAIGH, R., Amaratunga, D. An integrative review of the built environment discipline's role in
the development of society's resilience to disasters. International Journal of Disaster Resilience
in the Built Environment 1, p. 11-24, 2010
Página 12 de 13

Inloco [Internet]. Geolocalização e privacidade: os dados no combate à COVID-19. [cited 2020


Jun 10].

MARTINA K. Linnenluecke. Resilience in Business and Management Research: A Review of


Influential Publications and a Research Agenda. International Journal of Management Reviews,
Vol. 19, 4–30 (2017) DOI: 10.1111/ijmr.12076.

MELO, R.R.S, Modelo para desenvolvimento e aperfeiçoamento dos potenciais para resiliência
assistido por meio do monitoramento com Vant, 264f. UFBA, 2020

PASCUA, M.C. Chang-Richards, A. Investigating the resilience of civil infrastructure firms in


New Zealand.7th International Conference on Building Resilience; Using scientific knowledge to
inform policy and practice in disaster risk reduction, ICBR2017, 27 – 29 November 2017,
Bangkok, Thailand

PEREIRA, Lohana Lopes; AZEVEDO, Bruno Freitas de. O Impacto da Pandemia na


Construção Civil: O Papel da Gestão no Cenário Atual (2020)

PORSSE, A. A.; Souza, K. B. de; Carvalho, T. S.; Vale, V. A. lmpactos Econômicos do COVID-
19 no Brasil. Nota Técnica NEDUR-UFPR No 01-2020, Núcleo de Estudos em
Desenvolvimento Urbano e Regional (NEDUR) da Universidade Federal do Paraná, Curitiba,
Abril/2020.

SAEB. Bahia confirma primeiro caso importado do Novo Coronavírus (Covid-19). 2020.
Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/2020/03/06/bahia-confirma-primeiro-caso-
importado-do-novo-coronavirus-covid-19/. Acesso em: 29 jun. 2021.

SANTOS, G. F., Ribeiro, L. C. S., Souza, K. B., Carvalho, J. T. A., & Vieira, R. E. P.
Tendencial path analysis and invest-ment shocks in dynamic general equilibrium for the state of
Bahia. Revista Econômica Do Nordeste, 50(2), 183–203. (2019)

SEDUR. Sedur - Covid 19. Disponível em:


http://www.sucom.ba.gov.br/category/legislacoes/covid-19/. Acesso em: 29 jun. 2021.

SILVA I.V., Teodoro, C.J.A., Santos, J.F., Monteiro, A.C.D., A VIGILÂNCIA DE AMBIENTES
E PROCESSOS DE TRABALHO NA PREVENÇÃO DA COVID-19 NA BAHIA, Revista Baiana
de Saúde Pública, V. 45, jan-mar 21.
DOI: 10.22278/2318-2660.2021.v45.NEspecial_1.a3244

TALEB, N.N., A lógica do cisne negro, Best Business, 2008.

WOODS, D. D. Essential characteristics of resilience. In: Hollnagel, E., Woods, D. D., Leveson,
N. (Eds). Resilience engineering: Concepts and precepts. v. 1., p. 21- 34. Burlington: Ashgate,
2006

WOODS, D. D. Four concepts for resilience and the implications for the future of re-
silience engineering. Reliability Engineering & System Safety, v. 141, p. 5-9, 2015.
Página 13 de 13

Z. Sapeciay, S. Wilkinson, S.B. Costello, and M.N. Sajoudi, “Potential key indicators of
organisational resilience for the construction industry,” in The 38th Australasian Universities
Building Education Association Conference, 2013 Auckland, New Zealand.

Você também pode gostar