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Sugestões de Atividades para a sala de aula

Bom dia queridos alunos!


É com muito entusiasmo que iniciamos o nosso Sábado Letivo!
O Melhor de nossas Vidas!!!
Não desconecte!
Antes de iniciarmos os trabalhos de hoje, desejo que tenhamos um feliz e
abençoado sábado! Se tiverem alguma dúvida ou dificuldade na atividade, estou à
disposição para ajudá-los.
Nosso sábado será recheado de momentos inspiradores e especiais.
Na aula deste sábado letivo iremos refletir sobre o tema TRABALHO ANÁLOGO À
ESCRAVIDÃO NO BRASIL.

Momento 1

Sem banheiro, pagamento ou equipamentos de segurança, mas com diversas dívidas por trabalho. Em
dezembro de 2020, uma operação da Auditoria Fiscal do Trabalho encontrou um grupo de 18
trabalhadores em situação análoga à escravidão.
O caso, que ocorreu em uma fazenda de laranjas no interior de São Paulo, exemplifica uma violação
que nunca abandonou o Brasil apesar do fim oficial da escravidão há 133 anos. De acordo com dados
da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério da Economia, nos últimos 25 anos, mais
de 55 mil trabalhadores foram resgatados do trabalho escravo contemporâneo.
Ao longo deste período, o cientista político e coordenador da área de Combate ao Trabalho Escravo
na Comissão Pastoral da Terra (CPT), Frei Xavier Plassat, vem promovendo o debate sobre a questão.
Ele ressalta que a manutenção do imaginário do que caracteriza o trabalho escravo cria obstáculos
para o seu reconhecimento.
“A escravidão não existe apenas pela corrente. A escravidão moderna se refere a tratar alguém pior
do que um animal, a restringir a liberdade, oferecer um salário ruim, a violar a dignidade humana”,
argumenta.
Somente na década de 1990, o Brasil passou a reconhecer a existência do trabalho escravo no país.
Antes disso, organizações da Sociedade Civil, como o CPT, já se mobilizavam para combater a violação
e pressionar o Estado.

Desde então, o Brasil é referência em relação às políticas públicas de combate ao trabalho escravo
contemporâneo. Foi no artigo nº 149 do Código Penal (Lei nº 10.803), alterado em 2003, que se firmou
a definição do que caracteriza a violação:
“Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a
jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por
qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto”.
Para Ricardo Rezende, coordenador do Grupo de Pesquisa Trabalho Escravo Contemporâneo (GPTEC)
no Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), o próprio poder judiciário tem dificuldade para compreender a complexidade do
trabalho escravo.

Agora vocês irão clicar no link e assistir ao vídeo : https://youtu.be/Q1T9qRb9B


Momento 2

Leia o texto abaixo:


Um cenário que promove violações
Em meio à pandemia, apesar das restrições com o isolamento social, as ocorrências do trabalho
escravo contemporâneo continuaram a ser registradas. Em 2020, 942 trabalhadores foram resgatados
do trabalho análogo à escravidão.
Contudo, o número de pessoas vítimas do trabalho escravo no último ano pode ser bem maior.
Mesmo com as ações de inspeção, um relatório da ONU cita o Brasil como um exemplo na redução da
capacidade de monitorar e detectar violações de direitos trabalhistas e de escravidão contemporânea.

A exploração legalizada e o refúgio que vira prisão
Sem dados consolidados, o trabalho escravo doméstico é outro aspecto desta violação. Por ocorrer
no ambiente privado, a fiscalização é ainda mais complexa. Desta forma, casos como o de Madalena,
resgatada após 38 anos trabalhando em condições análogas à escravidão para a mesma família,
podem ocorrer por todo o país sem chegarem a ser denunciados.“É difícil romper o vínculo entre o
empregador e a vítima. Em alguns casos, cria-se a ideia de uma relação de afeto. Madalena buscou
ajuda porque reconheceu a situação de abuso emocional e físico a que estava exposta. São pessoas
pobres e que em nenhum momento receberam outras ofertas de trabalho. É um ciclo exploratório
familiar e a sociedade legitima o trabalho doméstico quando se refere às mulheres”, explica Lys Sobral,
coordenadora do Conaete.Ela reforça que os casos que ganham repercussão colaboram para que as
denúncias sejam feitas.“Ainda tem uma resistência gigante. É bem mais complicado porque muita
gente não denuncia por ter medo, por ser um vizinho e não ter certeza ou achar certa a condição de
exploração que está vendo. Mas ver o caso repercutir, ser levado à justiça e a vítima livre colabora
para que as situações sejam identificadas”.Outro grupo vulnerável à exploração é composto por
imigrantes e refugiados. Durante a pandemia, a exploração em oficinas de costura aumentou, com a
necessidade da produção de máscaras.

Foto: Ministério Público do Trabalho (MPT) | Operação resgata 17 trabalhadores em condições análogas à escravidão no sudoeste de Mato Grosso do
Sul.
Em alguns locais da cidade de São Paulo, imigrantes produziam os itens recebendo R$ 0,05 por peça,
sem qualquer direito trabalhista ou carteira assinada, com uma rotina que ultrapassava 18 horas
diárias de trabalho.

O que vem depois do resgate?


Os trabalhadores resgatados recebem até três parcelas do seguro-desemprego, independentemente
de há quanto tempo são vítimas da exploração trabalhista. Além disso, podem receber uma
reparação individual e moral. Contudo, esse benefício pode não ocorrer se o judiciário chegar ao
entendimento de que não houve trabalho escravo.Mesmo com ações em prol da defesa dos direitos
das vítimas resgatadas, os auditores não conseguem garantir que a vítima não vá retornar para a
cadeia de exploração. De acordo com um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
com base nas guias de seguro-desemprego do trabalhador resgatado no Brasil, ao menos 1,73% dos
mais de 35 mil trabalhadores resgatados entre 2003 e 2017 haviam sido resgatados mais de uma
vez.

Foto: Ascom/MPT Bahia | Cinco trabalhadores da construção civil foram resgatados em uma operação da força-tarefa da Comissão Estadual para
Erradicação do Trabalho Escravo da Bahia (Coetrae) em balneário de alto padrão de Praia do Forte em uma obra contratada pela Prefeitura do
Município de Mata de São João.

É possível denunciar ocorrências de trabalho análogo à escravidão pelo Disque 100.


Por isso temos que estudar e sempre nos manter informados!
Momento 3

Agora é com vocês!

Façam as atividades!
Vocês irão responder 3 perguntas no caderno: “Muitas pessoas desconhecem a

existência do trabalho escravo contemporâneo, não sabem o que caracteriza. Durante a

escravidão, havia escravos que não estavam amarrados, mas eles não eram livres, não

tinham controle sobre suas vidas ou qualquer perspectiva. Existem muitas semelhanças

em relação ao que ocorre hoje”.Copie e responda logo baixo da pergunta.

1) Você tinha conhecimento sobre oque é trabalho análogo ao escravo?


2) O vídeo foi esclarecedor para você? Explique sua resposta.

3) Você conhece ou conheceu alguém que já passou por esse tipo de situação?

Depois de todas as atividades prontas, tire fotos bem nítidas e poste sua atividade no classroom.
CAPRICHE!

4)

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