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CDU 635.92
SUMÁRIO
Página
RESUMO..................................................................................................................... vii
SUMMARY.................................................................................................................. viii
REFERÊNCIAS.......................................................................................................... 30
vii
SUMMARY - The Syagrus oleracea (Mart.) Becc palm is the only species
producer of bitter palm heart and arouses great interest in the Brazilian landscape, but is
still little studied. The slow and uneven germination of seeds cause problems in the
propagation of this species, mainly the seedlings production on a commercial scale.
The objective of this study was to describe the disseminule and seedling morphology
and to study the effect of substrate and mechanical scarification on germination of S.
oleracea seed. For study the morphology, was made the sowing of 100 disseminules in
plastic boxes (50 x 22 x 16 cm) containing a layer of 10 cm medium vermiculite and
samples representing each phase of the germination process. The samples, the external
and internal face, and embryo of the seeds were documented using the help of a clear
camera coupled to a stereomicroscope. For study the effect of substrate and mechanical
scarification, the design was completely randomized in factorial scheme (6x2) with 4
replications of 25 disseminules. Noted to every 5 days during 90 days the number of
germinated seed adopting as criterion for germination the appearance of the first leaf. It
was determined percentage of germination (%), speed of emergence index (IVE), leaf
area (cm2), root length (cm), leaf dry mass (g) and root dry mass (g). The averages were
compared by Tukey test at 5%. The results showed that the seeds are albuminous type,
ruminal endosperm with hard consistency occupying almost the entire interior of the
disseminule; the embryo is lateral, peripheral, straight and little differentiated; the seed
germination is remote tubular type. It was concluded that seeds without scarification in
vermiculite, germinated faster and had higher percentage of germination (65%) and
greater length of root (16.55 cm), leaf dry mass (5.07 g) and dry mass root (12.41 g).
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DE LITERATURA
Esta palmeira fornece muitos produtos úteis, sendo o caule muito utilizado como
madeira na construção civil; as folhas são utilizadas na alimentação animal e na
cobertura de casas; os frutos podem ser utilizados na fabricação de doces, licores e
sorvetes ou consumidos ‘in natura’ e tanto o mesocarpo como a amêndoa (semente)
são comestíveis, sendo que, esta última, é bastante apreciada pela população goiana.
A semente pode ser usada, também, para extração de óleo comestível, ou ainda, uma
opção para produção de biodiesel; a planta é bastante ornamental e utilizada em praças
e jardins, principalmente, da região centro-oeste do Brasil (LORENZI et al., 2004;
NASCENTE, 2009).
autor, e ao fazer a semeadura, as sementes devem ficar com a metade exposta acima
da superfície do meio de germinação.
Remota tubular
Remota ligulada
Adjacente ligulada
cotilédone não são evidentes, mas correspondem ao pecíolo e à bainha. Uma espécie
de lâmina cotiledonar permanece presa à semente, funcionando como um órgão de
sucção. A plúmula é, normalmente, projetada através da lígula e, pelo fato de ser o
embrião curvo, o crescimento da radícula procede-se externamente. Uma larga raiz
substitui a estreita raiz inicial. Essa raiz larga apresenta crescimento restrito e funciona
como uma raiz principal, até que, eventualmente, seja substituída por raízes laterais,
oriundas do caule jovem. Antes que a folha com limbo apareça, a plúmula promove o
desenvolvimento de duas bainhas, sem lâminas (TOMLINSON, 1961).
PENARIOL (2007) estudando a germinação de sementes de Roystonea regia,
classificou sua germinação como adjacente; semelhantemente LUZ (2008) observou
este mesmo tipo de germinação para Archontophoenix cunninghamii. A germinação de
sementes do tipo remota tubular foi observada por IOSSI (2002) em Phoenix roebelenii,
VIANA (2003) em Livistona rotundifolia, KOBORI (2006) em Livistona chinensis e
PIMENTA (2007) em Caryota urens L.
Os trabalhos sobre a morfologia de plântula têm merecido atenção há algum
tempo, quer como parte dos estudos morfo-anatômicos, objetivando ampliar o
conhecimento sobre determinada espécie ou grupamento sistemático de plantas, ou
visando o conhecimento e identificação de plântulas de certa região, dentro de um
enfoque ecológico (OLIVEIRA, 1993).
O estudo morfológico e anatômico de sementes e plântulas é muito importante
sendo muito utilizado, segundo FERREIRA et al. (2001). O conhecimento da morfologia
de sementes e plântulas é essencial para a análise do ciclo vegetativo das espécies
(KUNIYOSHI, 1983), como também para o reconhecimento das espécies no estádio
juvenil, indispensável nos estudos de regeneração e manejo de florestas naturais ou
implantadas (RODERJAN, 1983) e ainda, nos trabalhos em laboratório, auxiliando a
interpretação dos testes de germinação e no viveiro, contribuindo para o
reconhecimento da espécie e para adequar os métodos de produção de mudas.
O conhecimento da germinação, envolvendo os aspectos morfológicos é
importante para estudos taxonômicos, ecológicos e agronômicos (FERREIRA et al.,
2001).
10
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base nas Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 1992), o teor de água
do lote de diásporos apresentou um valor médio de 19,90%; a massa de 1000
diásporos foi de 13,08 kg e 1kg conteve 77 diásporos.
O teor de água para os diásporos de guariroba no lote estudado está dentro dos
níveis ótimos, pois ROBERTS (1973) ressalta que o valor crítico de umidade para
sementes recalcitrantes é de 12 a 30 % dependendo da espécie.
As sementes recalcitrantes têm sua viabilidade reduzida quando o teor de água
atinge valores inferiores àqueles considerados críticos; quando iguais ou inferiores
àqueles considerados letais ocorre a perda total de viabilidade, sendo que essa
sensibilidade à dessecação varia de acordo com a espécie (MARTINS et al., 1999).
Segundo LORENZI et al. (2004), um quilograma de diásporos de S. oleracea
contém, aproximadamente, 70 diásporos. NASCENTE et al. (2000) observaram que um
quilograma de sementes variou de 19 a 62 sementes para 120 progênies estudadas no
Estado de Goiás. No entanto, ABREU (1997) encontrou uma amplitude menor de 38 a
42 sementes por quilograma. Esta variação pode ser explicada pelo fato dos autores
15
O fruto é uma drupa que contém uma amêndoa sólida, córnea, branca e
oleaginosa, onde se localliza o embrião, cada fruto apresenta somente uma semente
(Figura 1).
m
1 cm
e
s
m
A B
t
0,5 cm
en
C D
Figura 2 (A-D). Aspectos da semente de Syagrus oleracea (Mart.) Becc: A - vista lateral
da semente; B - vista ventral da semente; C - corte longitudinal da
semente expondo o embrião e o endosperma; D - embrião; r - rafe; m -
região da micrópila; t - tegumento; e - embrião; en - endosperma.
18
A B C D E
pc
pc
rp
pc
pc
pc
3cm
fp
fp
bs
bp ra
rp
f
rp
rp
3cm F cG H
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
Composto de poda de
Determinações árvore Plantmax® Turfa®
pH em CaCl2 1:5 6,9 5,1 7,1
3-1
Densidade (Kg.m ) 473 370 485
-1
Nitrogênio total (N g.Kg ) 12,0 4,2 7,7
-1
Fósforo total (P2O5 g.Kg ) 3,0 4,3 10,5
-1
Potássio total (K2O g.Kg ) 7,0 2,5 7,7
-1
Cálcio total (Ca g.Kg ) 14,9 8,3 33
-1
Magnésio total (Mg g.Kg ) 3,1 28 5,7
-1
Enxofre total (S g.Kg ) 3,4 2,3 2,8
-1
Umidade 65 °C (g.Kg ) 64,5 370,5 398,7
-1
Carbono orgânico (Corg g.Kg ) 217,2 157,1 125,4
Relação C/N (C orgânico e N total) 18:1 37:1 16:1
-1
Carbono total (g.Kg ) 304,9 224,8 181,9
Relação C/N (C total e N total) 25:1 54:1 24:1
-1
Cobre total (Cu mg.Kg ) 19 6 36
-1
Ferro total (Fe g.Kg ) 36,8 17,1 18,4
-1
Manganês total (Mn mg.Kg ) 76 70 320
-1
Zinco total (Zn mg.Kg ) 19 11 236
-1
Boro total (mg.Kg ) 18 11 19
*Laboratório de Análises Agrícolas (DMLab). Ribeirão Preto - SP.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Fibra de
Vermiculita Areia Plantmax Turfa coco Composto** CV(%)
(%G) 11,65
S/E* 53,781 (65)2Aa 29,95(25)BCb 34,97(33)Ba 31,23(27)BCa 17,39(9) Da 25,02(18)Ca
C/E* 46,16 (52) Ab 34,97(33)Ba 23,58(16)Cb 13,98(6) Db 20,96(13)CDa 18,35(10)CDb
IVE 8,65
S/E 0,3222 Aa 0,1359 Cb 0,1620 Ba 0,1182 Ca 0,0342 Eb 0,0704 Da
C/E 0,2047 Ab 0,1510 Ba 0,0721 Cb 0,0345 Db 0,0522 CDa 0,0318 Db
2
AF (cm ) 9,48
S/E 8,03 Ea 17,71 Ca 31,55 Aa 21,87 Ba 11,87 Da 16,35 Ca
C/E 6,98 Ca 8,19 Cb 25,70 Ab 22,01 Ba 7,38 Cb 6,43 Cb
CR (cm) 10,74
S/E 16,55 Aa 9,52 DEb 13,78 Ba 7,69 Ea 12,07 BCa 10,79 CDa
C/E 13,09 Ab 12,13 Aa 11,40 Ab 6,25 Ba 11,85 Aa 8,00 Bb
MSF (g) 19,53
S/E 5,07 Aa 2,87 Ba 4,52 Aa 2,86 Ba 2,45 BCa 1,60 Ca
C/E 3,33 Ab 2,19 Ba 2,10 Bb 0,67 Cb 2,59 ABa 0,90 Ca
MSR (g) 17,21
S/E 12,41 Aa 2,87 BCb 3,50 Ba 1,14 Da 2,14 CDa 1,23 Da
C/E 4,78 Ab 3,87 ABa 1,25 Cb 0,09 Db 2,88 Ba 0,75 CDa
1 1/2
Dados transformados em arc sen (x/100)
2
Dados não transformados
Médias seguidas da mesma letra minúscula na coluna (escarificação dentro de cada substrato) e
maiúscula na linha (substrato dentro de cada escarificação) não diferem entre si pelo teste de Tukey a
5% de probabilidade.
*S/E (sem escarificação mecânica) e C/E (com escarificação mecânica).
**Composto de poda de árvore.
Areia
Vermiculita
18 Sem escarificação 18 Sem escarificação
16 Com escarificação 16
Com escarificação
14 14
12 12
10 10
NG
NG
8 8
6 6
4 4
2 2
0 0
37 42 47 52 57 62 67 72 77 82 37 42 47 52 57 62 67 72 77 82
Dias Dias
Turfa
Plantmax
18 18
Sem escarificação
16 16
Sem escarificação Com escarificação
14 14
Com escarificação
12 12
10 10
NG
NG
8 8
6 6
4 4
2 2
0 0
37 42 47 52 57 62 67 72 77 82 37 42 47 52 57 62 67 72 77 82
Dias Dias
10
NG
8
6 8
4 6
2 4
0 2
0
37 42 47 52 57 62 67 72 77 82
37 42 47 52 57 62 67 72 77 82
Dias Dias
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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