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ESTATUTO
DO IDOSO
2 edição
revista, ampliada e atualizada
EDITORA
>P O D IV M
www.editorajuspodivm.com.br
Rua Mato Grosso, 164, Ed. Marfina, 1o Andar - Pituba, CEP: 41830-151 - Salvador - Bahia
Tel: (71)3045.9051
• Contato: https://www.editorajuspodivm.com.br/sac
ISBN: 978-85-442-1921-8
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Guia de leitura
da Coleção
BIBLIOGRAFIA. 219
Capítulo
Disposições Preliminares
Art. 137,
CF/37 • seguros de velhice
alínea "m"
Art. 5»,
Direito à assistência jurídica integral e gratuita aos hipossuficientes
inc. LXXIX
12 Estatuto do idoso - Vol. 45 • Fábio lanni Goldfinger
Art. 203,
Proteção à velhice
inc. 1
Art. 203, Confere um salário mínimo ao idoso que não possuir meios de
inc. V subsistência
f) O bem-estar e cuidado.
h) A autorrealização.
0 STJ entendeu haver ofensa à liberdade pessoal no caso de policial militar que
fora do exercício de suas funções algema idoso, causando-lhe danos de ordem
moral:
"(...) 4. 0 contexto delineado no acórdão recorrido revela que, ao largo da dis
cussão acerca da prática de eventual crime de desacato, houve, por parte do
recorrente, uma atuação arbitrária, ao algemar 0 recorrido, pessoa idosa, no
interior do condomínio onde moram, em meio à uma discussão, e ainda lhe cau
sar severas lesões corporais, caracterizando-se, assim, a ofensa a sua liberdade
pessoal e, consequentemente, a sua dignidade; causadora, portanto, do dano
moral. 5. As Turmas da Seção de Direito Privado têm adotado 0 método bifásico
como parâmetro para valorar a compensação dos danos morais. (...)" (REsp
1675015/DF, Rei. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 12/09/2017,
DJe 14/09/2017).
• DIREITOS FUNDAMENTAIS
• MEDIDAS DE PROTEÇÃO
•ACESSO À JUSTIÇA
• DOS CRIMES
►Atenção!
A g ra tu id a d e d o s tra n s p o rte s c o le tiv o s p ú b lic o s u rb a n o s e s e m iu rb a n o s
é conferido a p e n a s aos ido so s de id ad e igual ou s u p e rio r a 65 anos.
►Atenção!
0 benefício de prestação continuada (BCP) se rá conferido ao idoso com
id a d e igual ou s u p e rio r a 65 anos, desd e que não possua outros m eios
de p ro va r a sua sub sistência nem a te r provido po r sua fam ília, além
dos req uisito s legais.
À VIDA
À SAÚDE
À ALIMENTAÇÃO
À EDUCAÇÃO
Á CULTURA
AO ESPORTE
* FAMÍLIA
Assegurar ao idoso, com
* COMUNIDADE
absoluta prioridade, a AO LAZER
* SOCIEDADE
efetivação do direito
* PODER PÚBLICO
AO TRABALHO
À CIDADANIA
Á LIBERDADE
À DIGNIDADE
AO RESPEITO
À CONVIVÊNCIA FAMILIAR
Atenção!
A Lei n ° 13 .4 6 6 /2 0 17 in c lu iu o § 2 ° no a rt. 3 ° d o Estatuto d o Id o so , p a ra
d isp o r que dentre "os ido so s, é assegu rad a p rio rid a d e esp ecial aos
m aio res de o itenta anos, aten d en d o -se suas necessid ad es sem pre
preferencialm ente em relação aos d em ais idosos.".
Por esse princípio, conclui-se que para que seja propiciado 0 exer
cício pleno de cidadania ao idoso, são necessários a participação e
0 envolvimento de toda a sociedade, bem como do Poder Público.
Na esteira desse princípio, a seguinte decisão do TCU consolida 0
direito do idoso ao exercício de atividade profissional por concurso
público, respeitando as suas peculiares condições: "(...) 0 Estatuto
do Idoso, consignado na Lei 10.741, de i°/io/2003, regulamenta os
direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60
(se sse n ta ) an o s. A p ró p ria Constituição F ed eral, no a rt. 230, im põe
como dever do Estado o amparo diferenciado às pessoas idosas.
Nesse diapasão, o parágrafo único do art. 27 da Lei 10.741/2003, é
cristalino ao estabelecer como privilégio ao cidadão brasileiro com
60 anos ou mais a idade como primeiro critério de desempate em
concurso público, dando-se preferência ao de idade mais eleva
da. Assim, quando um idoso participar de concurso público e fizer
0 mesmo número de pontos de um candidato menor de 60 anos,
aquele terá preferência a esse independentemente de quaisquer
outros critérios de desempate. 0 mesmo privilégio deve ser dado
para 0 idoso com idade mais avançada do que outro idoso. (...)"
(TCU, Ac. 664/2005, Plenário, j. 25.05.2005, rei. Min. Ubiratan Aguiar).
Cap. I . Disposições Preliminares 35
Princípio da Independência
Sobre a questão já decidiu 0 STF: "(...) A competência para legislar sobre direito
econômico é concorrente entre a União, os Estados-membros, 0 Distrito Federal
e os Municípios, (arts. 24 ,1, e 30, 1da CF/88). Precedentes: ADI n° 1950/SP, Min. Rei.
Eros Grau, DJe de 02/06/06, e RE 585453, Rei. Min. Dias Toffoli, DJe de 21/09/12. 2. 0
acesso gratuito de idosos, previsto em legislação municipal, a salas de projeção
cinematográfica cumpre diretrizes sociais insertas na Carta Magna, não violando
a ordem Constitucional.(...)" (STF - RE 751.345/SP, rei. Min. Luiz Fux. j. em 20, junho
de 2014).
a) d as Relações Exteriores;
b) do Trabalho e Em prego;
c) da Educação;
d) da Saúde;
e) d a Cultura;
f) do Esporte;
g) da Justiça;
h) da Previdência Social;
i) da Ciência e Tecnologia;
j) do Turism o;
n) d as Cidades;
r •organizar 0
funcionamento das
comissões
k permanentes e
grupos temáticos
Á
Atenção!
Nas participaçõ es no CNDI, nas com issões perm anentes e nos grupos
tem áticos, em bora se ja co n sid era d a função relevante, não haverá re
muneração.
• Direito à vida
• Dos Alimentos
• Do Direito à Saúde
• Da Profissionalização e do Trabalho
• Da Previdência Social
• Da Assistência Social
• Da Habitação
• Do Transporte
- opinião e expressão;
A tenção !
A a ce ssib ilid a d e d as pesso as po rtado ras de deficiência ou com m obi
lid ad e red u zid a d everá s e r o b serva d a tanto em edifício público, como
em privados.
48 Estatuto do Idoso - Vol. 45 • Fábio lanni Goldfinger
Os pais têm 0 dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maio
res têm 0 dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
0 STJ já decidiu que em ação de alimentos proposta por netos contra avô pater
no, não há litisconsórcio necessário com os avós maternos (REsp 261.772/SP, Rei.
Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, QUARTA TURMA, julgado em 05/10/2000, Dj
20/11/2000, p. 302).
Atenção!
0 que se discute na transação é quantum d eb ea tu r, pois os alim entos
são in d isp o n íve is, podendo s e r revisto a q u alq u er m omento, em razão
do binôm io n e ce ssid ad e -p o ssib ilid ad e .
52 Estatuto do idoso - Vol. 45 • Fábio lanni Goldfinger
O STF já d e c id iu q u e é o b r ig a ç ã o d e t o d a s a s e s fe ra s fe d e r a tiv a s o d e v e r d e p r e s
tar serviços de saúde, portanto, trata-se de obrigação solidária entre a União,
Estados, Distrito Federal e Municípios. Assim, 0 polo passivo pode ser composto
por qualquer um deles, isoladamente, ou conjuntamente. (RE 855178 RC, Relator
(a): Min. LUIZ FUX, julgado em 05/03/2015, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GE
RAL - MÉRITO DJe-050 DIVULG 13-03-2015 PUBLIC 16-03-2015)
I Atenção!
É v e d ad a a discrim inação do idoso nos planos de saú de pela cobrança
de v a lo re s d iferen ciad o s em razão da id a d e.
STJ - Sobre 0 mesmo tema, segundo já decidiu 0 STJ, não há afronta ao art. 15,
§ 3°, do Estatuto do Idoso, que veda a discriminação consistente na cobrança
de valores diferenciados em razão da idade. Caso 0 reajuste está previsto con
tratualmente e guarda proporção com a demanda, preenchidos os requisitos
estabelecidos na Lei n.9.656/1998, 0 aumento será legal (AgRg no REsp 1315668/
SP, Rei. Ministra NANCY ANDRIGHI, Rei. p/Acórdão Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,
TERCEIRA TURMA, julgado em 24/03/2015, DJe 14/04/2015).
STJ - Ainda sobre 0 tema referente aos reajustes dos planos de saúde, 0 STJ já
decidiu "para que as contraprestações financeiras dos idosos não ficassem ex
tremamente dispendiosas, 0 ordenamento jurídico pátrio acolheu 0 princípio da
solidariedade intergeracional, a forçar que os de mais tenra idade suportassem
parte dos custos gerados pelos mais velhos, originando, assim, subsídios cruza
dos (mecanismo do community rating modificado).5. As mensalidades dos mais
jovens, apesar de proporcionalmente mais caras, não podem ser majoradas
demasiadamente, sob pena de 0 negócio perder a atratividade para eles, 0
que colocaria em colapso todo 0 sistema de saúde suplementar em virtude do
fenômeno da seleção adversa (ou antisseleção). 6. A norma do art. 15, § 30, da
Lei n° 10.741/2003, que veda "a discriminação do idoso nos planos de saúde pela
cobrança de valores diferenciados em razão da idade", apenas inibe 0 reajuste
que consubstanciar discriminação desproporcional ao idoso, ou seja, aquele sem
pertinência alguma com 0 incremento do risco assistencial acobertado pelo con-
trato.( REsp 1568244/RJ, Rei. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, SECUNDA SEÇÃO,
julgado em 14/12/2016, DJe 19/12/2016).
Súmula 91 do TJ/SP: Ainda que a avença tenha sido firmada antes da sua vigência,
é descabido, nos termos do disposto no art. 15, § 3°, do Estatuto do Idoso, o rea
juste da mensalidade de plano de saúde por mudança de faixa etária.
Atenção!
A Lei n° 13.466/2017, acresceu 0 § 7° no art. 15 do Estatuto do Idoso para
d isp o r que: "Em todo atendim ento de saú d e , os m aio res de oitenta
anos terão preferência esp ecial sobre os d em ais idosos, exceto em
caso de em ergência.".
A Lei n° 7.713/88, no art. 6o, inc. XIV e XV, que trata da isenção do
Imposto de Renda da Pessoa Física, já previa a perícia domiciliar. 0 El
explicitou que na hipótese que é direito do idoso enfermo à perícia
domiciliar para 0 exercício de seus direitos previdenciários ou assis-
tenciais e tributários.
Cap. II • Dos Direitos Fundamentais 59
• pelos familiares, quando 0 idoso não tiver curador ou este não puder ser
fazer contato em tempo hábil;
• pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não houver tempo hábil
para consulta a curador ou familiar;
• pelo próprio médico, quando não houver curador ou familiar conhecido, caso
em que deverá comunicar 0 fato ao Ministério Público.
1 Atenção!
Na hipótese do médico se colocar no lugar de curador ou familiar, é
obrigatória a comunicação da situação ao Ministério Público.
r iCULTURA
L J
rr RO DU TO S
1! ]
J
SER VIÇO S
►Atenção!
Não há no El q u alq u er v e d açã o legal para que os ido so s pratiquem
esp o rte s ra d ic a is.
( ...)
Por sua, vez o art. i°, da Lei 9.029/95, que proíbe práticas discri
minatórias na relação jurídica de trabalho, estabelece que:
"É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e
limitativa para efeito de acesso à relação de trabalho, ou
de sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor,
estado civil, situação familiar, deficiência, reabilitação pro
fissional, idade, entre outros, ressalvadas, nesse caso, as
hipóteses de proteção à criança e ao adolescente previstas
no inciso XXXIII do art. 7° da Constituição Federal."
Portanto, a garantia do trabalho do idoso deve ser compatibili
zada com as tarefas e atividades a serem desenvolvidas e as condi
ções físicas, intelectuais e psíquicas próprias do idoso. Por tal razão,
0 trabalho do idoso não poderá ser penoso, insalubre ou desempe
nhado com alta carga de pressão psicológica, sob pena de atentar
contra os direitos dos trabalhadores idosos.
A condição de idoso não pode servir como impedimento para 0
exercício de algum trabalho ou ingresso em concurso público, salvo
se em razão da natureza de suas atividades, exigirem dispêndio de
energia que só será encontrada em algumas faixas etárias.
Já d e c id iu 0 STF q u e é p o s s ív e l e x is t ir um f a t o r d is c r im in a t ó r io , ta n to no s e t o r
p r iv a d o , c o m o no s e t o r p ú b lic o , d e s d e q u e h a ja ju s t if ic a t iv a e p r o p o r c io n a lid a d e
r e la c io n a d o s c o m a a t iv id a d e a s e r d e s e n v o lv id a , o u s e ja , 0 q u e s e v e d a é q u e
s e ja e s t a b e le c id a u m a discriminação infundada. (RM S 210 4 6 , R e la t o r(a ): M in . SE-
PÚLVEDA PERTENCE, T rib u n a l P le n o , ju lg a d o e m 1 4 /1 2 /1 9 9 0 , DJ 1 4 - 1 1 - 1 9 9 1 P P -16 3 5 6
EMENT V O L -0 16 4 2 -0 1 PP-OOO63 RTJ V O L -0 0 13 5 -0 2 PP -0 0528 ).
\ Cuidado!
A d iscrim inação não se d ará som ente na ad m issão do trabalho , mas
tam bém durante todo 0 seu desenvolvimento, bem como no término
da relação trabalhista ou estatutária.
1 . P a ra o s f in s d a p r e s e n te c o n v e n ç ã o 0 te r m o " d is c r im in a ç ã o " c o m p r e e n d e :
a ) to d a d is t in ç ã o , e x c lu s ã o o u p r e f e r ê n c ia f u n d a d a n a r a ç a , co r, se x o , r e lig iã o ,
o p in iã o p o lít ic a , a s c e n d ê n c ia n a c io n a l o u o rig e m s o c ia l, q u e t e n h a p o r e fe ito
d e s t r u ir o u a lt e r a r a ig u a ld a d e d e o p o r t u n id a d e o u d e tr a ta m e n to e m m a t é r ia
d e e m p re g o o u p r o fis s ã o ;
b ) q u a lq u e r o u t ra d is t in ç ã o , e x c lu s ã o o u p r e f e r ê n c ia q u e te n h a p o r e fe ito d e s
t r u ir o u a lt e r a r a ig u a ld a d e d e o p o r t u n id a d e s o u t ra ta m e n to e m m a t é r ia d e
e m p re g o o u p r o fis s ã o q u e p o d e r á s e r e s p e c if ic a d a p e lo M e m b ro in t e r e s s a d o
d e p o is d e c o n s u lta d a s a s o r g a n iz a ç õ e s r e p r e s e n t a t iv a s d e e m p r e g a d o r e s e t r a
b a lh a d o r e s , q u a n d o e s t a s e x is ta m , e o u tro s o r g a n is m o s a d e q u a d o s .
2. A s d is t in ç õ e s , e x d u s õ e s o u p r e f e r ê n c ia s f u n d a d a s e m q u a lif ic a ç õ e s e x ig id a s
p a r a um d e t e r m in a d o e m p r e g o n ã o s ã o c o n s id e r a d a s c o m o d is c r im in a ç ã o .
Já d e c id iu 0 TST q u e se a d is p e n s a d o t r a b a lh o o c o r r e r p o r q u e s t õ e s d is c r im i
n a t ó r ia s , a d is p e n s a é n u la d e p le n o direito, n ã o g e r a n d o e fe ito , t e n d o co m o
c o n s e q u ê n c ia ju r íd ic a a c o n t in u id a d e d a r e la ç ã o d e e m p re g o , e fe t iv a a t r a v é s d a
r e in te g r a ç ã o . (TST, ED-RR 46 28 8 8 -5 6 .19 9 8 .5 .0 9 .5 5 5 5 , 5» T. R ei. ju iz C o n v o c a d o A n d ré
L u iz M o r a e s d e O liv e ir a , ju lg a m e n t o e m 10 .0 9 .20 0 3).
A in d a 0 TRT d a 9 ° R e g iã o , já d e c id iu q u e d is p e n s a d is c r im in a t ó r ia e m r a z ã o d a
id a d e , a lé m d a r e in te g r a ç ã o , e n s e ja a in d e n iz a ç ã o p o r danos morais (TRT - 90
R e g iã o , RO 0 5 7 4 9 -2 0 0 1-0 14 -0 9 -0 0 -6 , R ei. Ju iz C é lio H o rst W a ld ra ff)
Cuidado!
0 STF já decidiu que 0 Estatuto do Idoso, po r se r lei geral, não se aplica
como critério de desem p ate, no concurso público de rem oção para ou
torga de delegação notarial e de registro, porque existente lei estadual
específica regulad o ra do certam e, a tra ta r d as regras a p licáve is em
caso de em pate. (MS 33046/PR, rei. Min. Luiz Fux, 10.3.2015).
- p r o f is s io n a liz a ç ã o e s p e c ia liz a d a p a ra os id o s o s ,
a p r o v e it a n d o s e u s p o t e n c ia is e h a b ilid a d e s p a r a a t i
v id a d e s r e g u la r e s e r e m u n e r a d a s ;
- p r e p a r a ç ã o d o s t r a b a lh a d o r e s p a r a a a p o s e n t a d o
0 Poder Público
r ia , co m a n t e c e d ê n c ia m ín im a d e 1 (u m ) a n o , p o r
criará e estimulará
m e io d e e s tím u lo a n o v o s p r o je t o s s o c ia is , c o n fo rm e
programas de:
s e u s in t e r e s s e s , e d e e s c la r e c im e n to s o b r e o s d ir e i
to s s o c ia is e d e c id a d a n ia ;
- e s tím u lo à s e m p r e s a s p r iv a d a s p a r a a d m is s ã o d e
id o s o s a o t r a b a lh o .
0 disposto no art. 28, inc. II do El, difere do art. 10, inc. IV, c, da
Lei 8.842/94. No El 0 tempo de preparação é de um ano, enquanto
na outra norma 0 prazo de preparação antes de efetivar-se a apo
s e n ta d o ria s e ria d e 2 anos. No El a preparação há o estímulo a no
vos projetos sociais, conforme seus interesses, e de esclarecimento
sobre os direitos sociais e de cidadania, enquanto na outra norma
indicava apenas a preparação para a aposentadoria nos setores pú
blico e privado.
Por su a vez, a a ssistê n cia so cial está o rg an izad a sob as d ire triz e s
d a d e sce n tra liza çã o p o lítico -ad m in istrativ a, além d a p a rticip a ção po
pular, conform e a rt. 204, inciso s I e II d a CF.
- a garantia de um salário
mínimo de benefício mensal á
■ a habilitação e reabilitação
pessoa portadora de deficiência
das pessoas portadoras de
e ao idoso que comprovem não
deficiência e a promoção de
possuir meios de prover è
sua integração à vida
própria manutenção ou de tê-la
comunitária; provida por sua família,
conforme dispuser a lei.
► Atenção!
A assistência social será prestada independente de contribuição à se
guridade social.
Ainda a LOAS (Lei 8.742/93), em seu art. 2®, incisos II e III, estabe
lece como objetivos da assistência social:
a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorial
mente a capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de
vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos;
a defesa de direitos, que visa a garantir 0 pleno acesso aos
direitos no conjunto das provisões socioassistenciais.
Organiza-se a assistência social pelos seguintes tipos de proteção:
I - proteção social básica: conjunto de serviços, programas,
projetos e benefícios da assistência social que visa a pre
venir situações de vulnerabilidade e risco social por meio
do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários;
conjunto de serviços, progra
II - proteção social especial:
mas e projetos que tem por objetivo contribuir para a re
construção de vínculos familiares e comunitários, a defesa
de direito, 0 fortalecimento das potencialidades e aquisi
ções e a proteção de famílias e indivíduos para 0 enfrenta-
mento das situações de violação de direitos.
Cap. II • Dos Direitos Fundamentais 77
I Atenção!
Os contratos de prestação de serviço po r e n tid ad es de longa p erm a
nência ou casa -la r, em razão da v u ln e ra b ilid a d e em que se encontra 0
idoso, ap lica-se 0 Código de Defesa do Consumidor.
I Atenção!
0 El autoriza a cobrança facultativa apenas na d eno m inada casa-lar.
I - Centro de Convivência: lo c a l d e s t in a d o à p e r m a n ê n c ia d iu r n a d o id o s o , o n d e
s ã o d e s e n v o lv id a s a t iv id a d e s f ís ic a s , la b o r a t iv a s , r e c r e a t iv a s , c u lt u r a is , a s s o c ia
t iv a s e d e e d u c a ç ã o p a r a a c id a d a n ia ;
V - atendimento domiciliar: é 0 s e r v iç o p r e s t a d o a o id o s o q u e v iv e só e s e ja
d e p e n d e n t e , a fim d e s u p r ir a s s u a s n e c e s s id a d e s d a v id a d iá r ia . E ss e s e r v iç o é
p r e s t a d o e m s e u p r ó p r io la r, p o r p r o f is s io n a is d a á r e a d e s a ú d e o u p o r p e s s o a s
d a p r ó p r ia c o m u n id a d e ;
IV - carteira de id en tid a d e ; ou
► Lembrando!
0 Benefício de Prestação Continuada será concedido ao b rasileiro , n a
tu ra liza d o ou nato, que com prove dom icílio e residência no Brasil e
atenda os d em ais req uisito s previstos no El, na LOAS e no Regulam ento.
STJ - 0 b e n e fíc io p r e v id e n c iá r io d e v a lo r m ín im o re c e b id o p o r p e s s o a a c im a d e
65 a n o s n ã o d e v e s e r c o n s id e r a d o n a c o m p o s iç ã o d a r e n d a fa m ilia r , p a r a f in s d e
c o n c e s s ã o d o b e n e fíc io a s s is t e n c ia l a o u tro m e m b ro d a f a m ília , c o n fo rm e p r e c o
n iz a 0 a rt. 34, p a r á g r a f o ú n ic o , d a Lei n. 10 .7 4 1/2 0 0 3 (E sta tu to d o Id o s o ). P re c e
d e n te s c it a d o s : Pet 7 .2 0 3 -P E , DJe 1 1 / 1 0 / 2 0 1 1 , A R Esp 2 3 2 .9 9 1-S C , DJe 2 5 /9 /2 0 1 2 ; AgRg
no Ag 1.39 4.59 5-SP , DJe 9 /5 /2 0 1 2 , e AgRg no R Esp 1.24 7.8 6 8 -R S , DJe 1 3 / 1 0 / 2 0 1 1 . (AgRg
no A R Esp 2 15 .1 5 8 -C E , R e i. M in. M a u ro C a m p b e ll M a rq u e s , ju lg a d o e m 1 8 /1 0 /2 0 1 2 ) .
Cap. II • Dos Direitos Fundamentais 87
I) T o d o 0 h o m e m te m d ir e it o a u m p a d r ã o d e v id a c a p a z d e a s s e g u r a r a s i e a
s u a f a m ília s a ú d e e b e m e s ta r, in c lu s iv e a lim e n t a ç ã o , v e s t u á r io , h a b ita ç ã o , c u id a
d o s m é d ic o s e o s s e r v iç o s s o c ia is in d is p e n s á v e is , e d ir e it o à s e g u r a n ç a e m c a so
d e d e s e m p r e g o , d o e n ç a , in v a lid e z , v iu v e z , v e lh ic e o u o u tro s c a s o s d e p e r d a d e
m e io s d e s u b s is t ê n c ia e m c irc u n s t â n c ia s fo r a d e s e u c o n tro le .
T o d a p e s s o a te m d ir e it o à p r o t e ç ã o e s p e c ia l n a v e lh ic e . N e s s e s e n tid o , o s E s ta
d o s P a rte s c o m p r o m e t e m -s e a a d o t a r d e m a n e ir a p r o g r e s s iv a a s m e d id a s n e c e s
s á r ia s a fim d e p ô r e m p rá t ic a e s te d ir e it o e , e s p e c ia lm e n t e , a :
a . P r o p o r c io n a r in s t a la ç õ e s a d e q u a d a s , b e m c o m o a lim e n t a ç ã o e a s s is t ê n c ia m é
d ic a e s p e c ia liz a d a , à s p e s s o a s d e id a d e a v a n ç a d a q u e c a r e ç a m d e la s e n ã o
e s t e ja m e m c o n d iç õ e s d e p r o v ê -la s p o r s e u s p r ó p r io s m e io s ;
b. E x e c u ta r p r o g r a m a s t r a b a lh is t a s e s p e c íf ic o s d e s t in a d o s a d a r a p e s s o a s id o s a s
a p o s s ib ilid a d e d e r e a liz a r a t iv id a d e p r o d u t iv a a d e q u a d a à s s u a s c a p a c id a
d e s , r e s p e it a n d o s u a v o c a ç ã o o u d e s e jo s ;
c. P ro m o v e r a f o r m a ç ã o d e o r g a n iz a ç õ e s s o c ia is d e s t in a d a s a m e lh o r a r a q u a li
d a d e d e v id a d a s p e s s o a s id o s a s .
►Atenção!
0 Idoso possui 0 direito de escolher se v ive rá acom panhado de seus
fam ilia re s ou sozinho.
á 0 b r i g a ç õ e s d; 3S
k
In s t i t u i ç õ e s q i je
a l a r i g a m id o s c >s 1
c) Aos m aio res de sessenta e cinco anos fica assegu rad a a gratuidade
d os transpo rtes coletivos públicos urbanos e sem iu rbano s, exceto nos
se rviço s seletivo s e e sp eciais, quando prestado s p aralelam ente aos
se rviço s regulares;
d) As entidades que d esenvolvam program as de institucio nalização de
longa perm anência a do tarão como p rincípio s no rteado res a p re se rv a
ção d os vínculos fam ilia re s e a m anutenção do idoso na m esm a insti
tuição, salvo em caso de força m aior;
e) Nos program as habitacion ais, públicos ou su b sid ia d o s com recursos
públicos, 0 idoso goza de p rio rid a d e na aq uisição de im óvel para m o
ra d ia p ró p ria, o b servada a reserva de 8 % d as u n id ad es habitacionais
para 0 atendim ento aos ido so s ou de pesso as por ele in d icad a s.
A alternativa e) foi co n sid era d a correta.
2 .1.10 . D ir e it o a o t r a n s p o r t e
0 art. 39, § 3°, do El, estabelece que a legislação local poderá dis
por sobre as condições da gratuidade nos meios de transporte para
as pessoas entre 60 a 65 anos.
0 art. 22, inc. XI, da CF, prevê a competência privativa da União
para legislar sobre trânsito e transporte, contudo, 0 El confere aos
municípios a competência para legislar sobre as condições da gra
tuidade nos meios de transporte para as pessoas entre 60 a 65 anos,
pois 0 art. 30, inc. I da CF, confere-se aos municípios a competência
para legislar sobre assuntos locais, bem como para organizar e pres
tar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os ser
v iç o s p ú b lic o s d e in t e re s s e lo c a l, in c lu íd o o d e tra n s p o rt e c o le tiv o ,
que tem caráter essencial.
Na hipótese do transporte coletivo interestadual;
observado,
- desconto de 50%, no mínimo, no v a lo r d a s p a s s a g e n s ,
nos termos
p a r a o s id o s o s q u e e x c e d e r e m a s v a g a s g ra t u ita s , com
da legislação
r e n d a ig u a l o u in f e r io r a 2 ( d o is ) s a lá r io s -m ín im o s .
específica:
Cap. II . Dos Direitos Fundamentais 95
STJ: A p r e v is ã o le g a l d e r e s e r v a d e 5 % d a s v a g a s n o s e s t a c io n a m e n t o s p ú b lic o s
p r e v is t a no a r t . 4 1 d a Lei n. 10 .7 4 1/2 0 0 3 n ã o im p e d e q u e a a d m in is t r a ç ã o r e s t r in ja
0 u so d e d e t e r m in a d a á r e a d e e s t a c io n a m e n t o s o m e n te à s p e s s o a s id o s a s q u e ,
d e a lg u m a fo rm a , e s t ã o v in c u la d a s à s a t iv id a d e s d e s e n v o lv id a s p e lo ó rg ã o p ú
b lic o (RM S 32.340/DF, R ei. M in istro BENEDITO GONÇALVES, PRIM EIRA TURM A, ju lg a d o
e m 2 6 /1 0 /2 0 10 , DJe 0 4 /1 1 /2 0 1 0 ) .
STJ - É ile g a l a e x ig ê n c ia d e c a d a s t r a m e n t o d o is s o p e r a n t e à c o n c e s s io n á r ia d e
t r a n s p o r t e p a r a 0 g o z a r o d ir e it o d o p a s s e liv r e (R Esp 10 5 7 27 4 /R S , R ei. M in istra
ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, ju lg a d o e m 0 1 /1 2 /2 0 0 9 , DJe 2 6 /0 2 /2 0 1 0 ). No m e sm o
s e n tid o 0 TJMG d e c id iu q u e a e x ig ê n c ia d e c a d a s t r o p r é v io , co m a e x p e d iç ã o d e
c a rtã o d e a c e s s o , im p e d e 0 e x e rc íc io d o d ir e it o g a ra n tid o a o id o s o . (TJMG; APCV
1.0 18 8 .12 .0 0 5 9 16 -0 /0 0 2 ; R ei. D es. O liv e ira F irm o ; Julg. 0 1/0 4 /2 0 16 ; DJEMG 0 5 /0 4 /2 0 16 )
idoso - p e s s o a co m id a d e ig u a l o u s u p e r io r a s e s s e n t a a n o s ;
rL 1
À
irteira de Traball
atualizada
• Advertência
• Multa
Cap. II . Dos Direitos Fundamentais 101
Medidas de São
Legitimado: E s p é c ie s :
p ro te çã o : aplicadas:
encaminhamento à família ou
curador, mediante termo de
responsabilidade;
abrigo em entidade;
abrigo temporário;
Á r e a d e p r o m o ç ã o e a s s is t ê n c ia s o c ia l
Á re a de sa ú d e
Área de educação
• inserir nos currículos mínimos, nos diversos níveis do ensino formal, conteú
dos voltados para 0 processo de envelhecimento, de forma a eliminar precon
ceitos e a produzir conhecimentos sobre 0 assunto;
Área de justiça
• zelar pela aplicação das normas sobre o idoso determinando ações para evi
tar abusos e lesões a seus direitos;
I Atenção!
0 fornecimento obrigatório de vestuário adequado é nas instituições
públicas.
► Atenção!
A Defensoria Pública pode assistir pessoas jurídicas pelo El.
Atenção!
Nem sempre a verba pública de natureza federal deverá a prestação
de contas ser destinada ao Tribunal de Contas da União.
Cap. IV . Política de Atendimento ao Idoso 131
Já decidiu o STJ que compete à Justiça Estadual processar e julgar ação de ressar
cimento movida contra ex-prefeito, pela inaplicação de verbas federais repas
sadas por força de convênio (REsp 925.494/RN, Rei. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 16/03/2010, DJe 26/03/2010).
►Atenção!
Tanto os recursos públicos, como os recursos privados deverão ob se r
var a regra da publicidade.
SANÇÕES
observado 0 devido processo legal
• advertência • advertência
►Atenção!
A multa só cabível nas entidades não governamentais. 0 fechamento
da unidade som ente é possível nas entidades governamentais, en
quanto nas entidades não governam entais somente é possível a inter
dição da unidade.
Dispositivo
Infração Penalidade
Legal
►Atenção!
Na hipótese do art. 56 do El, a multa não será aplicada, caso os fatos
se enquadrarem como crime.
►Atenção!
Não há diferença ontológica (de essência) entre 0 crime e a contraven
ção penal, distinguindo-se apenas em questão de grau e quantidade. A
contravenção compreende fatos de menor gravidade social, cujas penas
cominadas são de prisão simples ou multa, diferente do crime. 0 reno-
m ado penalista Nelson Hungria designa a contravenção de "crim e-anão".
3 - Aplicação de penalidade:
Nesse sentido, já decidiu 0 STJ que 0 termo servidor efetivo previsto no art. 60
do El refere-se ao servidor do serviço de fiscalização específico, deve contar
nas suas atribuições 0 dever de aplicar as normas de proteção ao idoso. (RMS
26.166/RJ, Rei. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/05/2009,
DJe 27/05/2009).
►Atenção!
A requisição expedida pelo Ministério Público é ordem e, como tal
deverá se r cumprida, não entrando na esfera dos destinatários a sua
avaliação ou pertinência para cumprimento.
► Atenção!
0 prazo para defesa computa-se da intimação e não das regras previs
tas no Código do Processo Civil (juntada do instrumento de autuação,
quando procedida pessoalmente, ou do tempo de anexação ao pro
cesso da carta registrada, com aviso de recebimento).
0 STJ já decidiu que na hipótese de citação de pessoa física por via postal, é indis
pensável a entrega diretamente ao citando, devendo o carteiro colher seu ciente.
Assim, se o aviso de recebimento da carta citatória for assinado por outra pessoa,
que não o próprio citando, e não houver contestação, o autor tem o ônus de de
monstrar que o réu, ainda que não tenha assinado o aviso, teve conhecimento da
demanda que lhe foi ajuizada. (REsp 164.661/SP, Rei. Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO
TEIXEIRA, QUARTA TURMA, julgado em 03/12/1998, DJ 16/08/1999, P- 74)
Lei n° 6.437/77
(Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções
respectivas, e dá outras providências).
Lei n° 9784/99
(Processo Administrativo Federal)
Atenção!
EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO: antes de aplicar qualquer das
medidas, a autoridade judiciária poderá fixar prazo para a remoção
das irregularidades verificadas, que, após cumpridas, o processo será
extinto, sem julgamento do mérito.
Acesso à Justiça
Sobre o tema já decidiu o STJ: "(...) 3. Como se vê, a CF dispõe que os débitos de
natureza alimentícia serão pagos com preferência. Contudo, o artigo 12 da Resolu
ção 115/2010 do Conselho Nacional de Justiça definiu, para recebimento de créditos
humanitários, 0 conceito de idoso da seguinte forma: "Serão considerados idosos
os credores originários de qualquer espécie de precatório, que contarem com 60
(sessenta) anos de idade ou mais na data da expedição do precatório em 9 de
dezembro de 2009, data da promulgação da EC 62/2009, sendo também conside
rados idosos, após tal data, os credores originários de precatórios alimentares
que contarem com 60 (sessenta) anos de idade ou mais, na data do requerimento
expresso de sua condição, e que tenham requerido 0 benefício". 4- Tal preferência
se dá em respeito aos princípios da dignidade da pessoa humana e do direito
à saúde, garantias fundamentais a todos os cidadãos. (...)". (RMS 49-539/RO, Rei.
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/09/2016, DJe 10/10/2016).
0 STJ já havia decidido, com fundamento no art. 1.211-A do antigo CPC, que 0
dispositivo havia contemplado, com 0 benefício da prioridade na tramitação pro
cessual, todos os idosos com idade igual ou superior a sessenta e cinco anos que
figurem como parte ou interveniente nos procedimentos judiciais, abrangendo a
intervenção de terceiros na forma de assistência, oposição, nomeação à autoria,
denunciação da lide ou chamamento ao processo. (REsp 664.899/SP, Rei. Ministra
ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/02/2005, DJ 28/02/2005, p. 307).
► Cuidado!
A prioridade não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se
em favor do cônjuge supérstite, com panheiro ou companheira, com
união estável, m aior de 60 (sessenta) anos.
►Atenção!
A Lei n° 13.466/2017 acresceu 0 § 5° ao art. 71 do Estatuto do Idoso
para d isp or que: "Dentre os processos de idosos, dar-se-á prioridade
especial aos maiores de oitenta anos."
• instaurar 0 inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos direitos e
interesses difusos ou coletivos, individuais indisponíveis e individuais homo
gêneos do idoso;
• zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados ao ido
so, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;
I - instaurar 0 inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos direitos
e interesses difusos ou coletivos, individuais indisponíveis e individuais homo
gêneos do idoso.
I Atenção!
A eficácia do título extrajudicial decorrerá tão som ente da assinatura
por tom ador e interessado, dispensada qualquer outra form alidade
(como a presença de testem unhas ou hom ologação judicial).
Já decidiu 0 STJ que 0 "(...) Ministério Público Federal, no exercício de sua função
institucional (Constituição Federal, art. 129, incs. I e II; Lei Complementar 75/93,
art. 6°, XII; e Estatuto do Idoso, art. 74), tem legitimidade para ajuizar ação civil
pública com 0 escopo de impedir 0 oferecimento de serviços de advocacia, que
alega ser feito mediante a cobrança excessiva e abusiva de horários, para a
propositura de ações judiciais referentes ao já pacificado direito à revisão de
benefícios previdenciários mediante a incidência do IRSM.(...)" (Aglnt no REsp
1528630/SP, Rei. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Rei. p/ Acórdão Ministra MARIA ISA
BEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 27/06/2017, DJe 08/09/2017).
Já decidiu o STJ que o idoso que pleiteia benefícios previdenciários, por si só,
dispensa a intervenção do MP, em razão da natureza disponível do interesse,
devendo ser demonstrada a situação de risco do idoso que justifique a inter
venção ministerial (STJ - REsp 1235375/PR, Rei. Ministro GILSON DIPP, QUINTA TURMA,
julgado em 12/04/2011, DJe 11/05/2011).
-■ Atenção!
Se a procuração for registrada no ofício de notas, por meio de trans
crição no Registro de Títulos e Documentos para fins de conservação
ou de prova de obrigações convencionadas (art. 127, l e VII, da Lei n°
6.015/73), deve se r averbada no m esm o qualquer alteração a ela ou a
revogação (art. 128, da Lei n° 6.015/73).
0 STF já deixou esclarecido que a condução coercitiva não poderá ser ordenada
pelo Ministério Público, devendo submeter 0 pedido à apreciação judicial (HC
89837, Relator (a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 20/10/2009,
Dje-218 DIVULG 19-11-2009 PUBLIC 20-11-2009 EMENT VOL-02383-01 PP-00104 LEXSTF V .
31, n. 372, 2009, p. 355-412 RTJ VOL-00218-01 PP-00272).
Em recente decisão liminar do Min. Gilmar Mendes, na ADPF 444, 0 STF vedou a
utilização da condução coercitiva de investigados para interrogatório, sob pena
de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de
ilicitude das provas obtidas, sem prejuízo da responsabilidade do Estado.
Cap. V . Acesso à Justiça 165
0 STJ já entendeu que a recusa poderá até, dependendo do caso concreto, carac
terizar improbidade administrativa (REsp 1116964/PI, Rei. Ministro MAURO CAM
PBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 15/03/2011, DJe 02/05/2011).
y Atenção!
0 Ministério Público em bora possua 0 p o d e r de investigação crim in al
reconhecido pela doutrina e pela jurisprudência, não possui legitimi
dade para instaurar inquérito policial (STF - RE 205473, Relator (a): Min.
CARLOS VELLOSO, Segunda Turma, julgado em 15/12/1998, DJ 19-03-1999
PP-00019 EMENT VOL-01943-02 PP-348).
VII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados ao
idoso, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis.
168 Estatuto do Idoso - Vol. 45 • Fábio lanni Coldfinger
F Atenção!
Já decidiu 0 STF que a contagem do prazo não se computa a partir
do "ciente" do mem bro do Ministério Público no processo, mas partir
do ingresso dos autos no setor administrativo do Ministério Público
(HC 83255, Relator (a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em
05/11/2003, DJ 12-03-2004 PP-00038 EMENT VOL-02143-03 PP-00652 RTJ VOL-
00195-03 PP-00966). Em igual sentido já decidiu 0 STJ no REsp 628.621/DF,
Rei. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, CORTE ESPECIAL, julgado
em 04/08/2004, DJ 06/09/2004, p. 155.
►Cuidado!
Tanto as m anifestações escritas, como a s orais, devem ser fu n d a
mentadas.
Atenção!
Trata-se de com petência a b so luta, com exceção das competências da
Justiça Federal e a competência originária dos Tribunais Superiores.
5.3.2. Legitimidade
Segundo 0 El, possuem legitimação para a propositura das ações:
176 Estatuto do Idoso - Vol. 45 • Fábio lonni Goldfinger
STJ - Tal quando objetiva proteger o interesse individual do menor carente (arts, n ,
201, V, 208, VI e VII, da Lei n. 8.069/1990), o Ministério Público tem legitimidade ativa
ad causam para propor ação civil pública diante da hipótese de aplicação do Estatuto
do Idoso (arts. 15,74 e 79 da Lei n. 10.741/2003). No caso, cuidava-se de fornecimento
de remédio. Precedentes citados: REsp 688.052-RS, DJ17/8/2006, e Resp 790.920-RS, DJ
4/9/2006. (Resp 855.739-RS, Rei. Min. Castro Meira, julgado em 21/9/2006).
Cap. V • Acesso à Justiça 179
Já decidiu 0 STJ que não há qualquer óbice para que 0 MPT atue em litisconsórcio
ativo facultativo com 0 MPF e 0 MPE, desde que a ação civil pública também vise
à tutela de interesse difuso ou coletivo de natureza trabalhista. (REsp 1.444.484-
RN, Rei. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 18/9/2014). 0 STF já se posicionou
também pela possibilidade de litisconsórcio facultativo entre 0 Ministério Público
da União e dos Estados (STF - ACO 1020/SP, Rei. Min. Carmen Lúcia, Tribunal Pleno,
DJE 20/03/2009, p. 237).
art. 13, parágrafo único da Lei de Ação Civil Pública e o art. 214, § 2°,
do Estatuto da Criança e do Adolescente estabelecem que 0 dinheiro
será depositado em estabelecimento oficial de crédito, em conta
com correção monetária.
5.3.7. D a s d e s p e s a s p ro c e s s u a is e a su cu m b ê n cia
Nas ações para a proteção judicial dos interesses difusos, cole
tivos e individuais indisponíveis ou homogêneos não haverá adian
tamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer
outras despesas (art. 88 do El). Por força do art. 93 do El, em rela
ção ao adiantamento de despesas processuais, aplicam-se os arts.
Cap. V • Acesso à Justiça 185
S .3 . 8 .2 . Mandado de segurança
5.3.8.2.I. Conceito
0 mandado de segurança é uma ação constitucional prevista para
conceder a proteção a direito líquido e certo, não amparado por
habeas corpus ou habeas data, quando a agente coator da ilegalida
de ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica que esteja no exercício de atribuições do Poder Público.
Assim prevê o art. 50, inc. LXIX, da CF:
"conceder-se-á m andado de segurança para proteger direi
to líquido e certo, não am parado por h a b e a s c o r p u s ou h a
b e a s d a t a , quando 0 responsável pela ilegalidade ou abuso
de p od er for autoridade pública ou agente de p essoa jurídi
ca no exercício de atribuições do Poder Público;".
5.3.8.2.2. Le gitim id a d e
já decidiu 0 STJ que 0 Governador do Estado é parte ilegítima para figurar como
autoridade coatora em mandado de segurança no qual se impugna a elabora
ção, aplicação, anulação ou correção de testes ou questões de concurso pú
blico, cabendo à banca examinadora, executora direta da ilegalidade atacada,
figurar no polo passivo da demanda. (AgRg no RMS 37.924/GO, Rei. Ministro MAU
RO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 09/04/2013, DJe 16/04/2013).
a) Ato de autoridade
c) L e s ã o o u a m e a ç a d e le s ã o
d) Direito líquido e certo não amparado por habeas corpus ou habeas data
- contra ato que caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, indepen
dente de caução;
- contra decisão judicial que caiba recurso com efeito suspensivo ou correição
(Súmula n° 267 do STF);
III - a suspen são do ato que deu m otivo ao ped ido , casa
haja fundam ento re lev an te e do ato im pugnado pu der re
sultar a ineficácia da m ed id a, caso seja finalm ente d e fe ri
d a, send o facultado exigir do im petrante caução, fiança ou
d epó sito , com 0 objetivo de a sseg u rar 0 ressarcim ento à
pesso a ju ríd ica.
5.3.7.87. Competência
A competência para 0 julgamento do mandado de segurança será de
acordo com a autoridade coatora, devendo ser observada 0 Texto Maior
para observar as prerrogativas relacionadas a determinadas funções.
Tribunal Regional
a contra ato do próprio tribunal ou de juiz federal
Federal
0 STF já decidiu que a competência desta Corte para conhecer e julgar ações
que questionam atos do Conselho Nacional de Justiça - CNj e do Conselho
Nacional do Ministério Público - CNMP se limita às ações tipicamente consti
tucionais: mandados de segurança, mandados de injunção, habeas corpus e
habeas data. Na hipótese de ação ordinária de declaração de nulidade de
ato administrativo, não será de competência do STF para processar e julgar
0 feito. (Pet 4794 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em
13/10/2015, PROCESSO ELETRÔNICO Dje-2l6 DIVULG 27-10-2015 PUBLIC 28-10-2015).
5.3.8.2.8. Sentença
5.3.8.2.9. Recursos
A Lei d o M a n d a d o d e S e g u ra n ç a e sta b e le c e a p o s s ib ilid a d e d e
recursos para as seguintes hipóteses:
Recurso Ordi
18 Quando a ordem for denegada
nário
Crimes em Espécies
do Estatuto do Idoso
►Atenção!
Aos crimes previstos no art. 99, § 2° e art. 107 do El 0 rito que deverá
se r seguido será 0 comum ordinário, previsto no art. 394 e seguintes
do CPP. Contudo, se 0 crime for de coação tentada (art. 107 do El c/c
art. 14, inc. II, do CP, aplica-se 0 procedim ento sum aríssim o da Lei n°
9.099/95, em razão da incidência obrigatória da causa de diminuição
de pena.
►Atenção!
0 art. 183, inc. Ill, do Código Penal já prevê a inaplicabilidade dos arts
181 e 182 do CP se 0 crime for praticado contra pessoa de idade igual
ou su p e rio r a 60 anos.
Sobre o crime em questão já decidiu 0 STJ: "(...) 2. In casu, apura-se no inquérito poli
cial instaurado 0 cometimento, em tese, de crime praticado por empregado da Caixa
Econômica Federal no exercício de suas funções, já que a suposta vítima, pessoa ido
sa, teria sido discriminada pelo acusado enquanto aguardava atendimento bancário,
conduta esta que se subsume ao delito previsto no art. 96 da Lei n° 10.741/2003 (Esta
tuto do Idoso). 3. Conflito conhecido para declarar-se competente 0 juízo Federal da
9a Vara Criminal da Seção Judiciária do Estado de São Paulo, 0 suscitante." (CC 97.995/
SP, Rei. Ministro JORGE MUSSI, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 10/06/2009, DJe 26/08/2009).
Cap. VI • Crimes em Espécies do Estatuto do Idoso 207
• Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pes
soal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua
assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, 0 socorro de
autoridade pública.
• Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa:
I - obstar 0 acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade;
II - negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou trabalho;
lli - recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de prestar assistência
à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa;
IV - deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de
ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei;
V - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da
ação civil objeto desta Lei, quando requisitados pelo Ministério Público.
►Atenção!
Caso a ordem judicial desobedecida tenha sido em anada em ação civil
cm fundamento nos arts. 78 a 92 do El, 0 crime será aquele previsto no
art. 101, IV, do El.
- Tentativa: é possível.
- Pena: reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
STJ - "(...) 3. Embora a apropriação do imóvel tenha se dado no ano de 2001, hou
ve nitidamente a prorrogação do momento consumativo, porquanto o Paciente
poderia fazer cessar, a qualquer momento, a atividade delituosa e assim não 0
fez. Trata-se, portanto, de crime permanente, tendo em vista a natureza dura
doura de sua consumação. (...)" (HC 111.120/DF, Rei. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA
TURMA, julgado em 02/12/2010, DJe 17/12/2010)
• Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos,
sem a devida representação legal:
1 Atenção!
Segundo NUCCI 0 sujeito passivo é 0 idoso e de form a secund ária 0
Estado, pois 0 MP e os outros fiscais não defendem interesse próprio
(NUCCI, Guilherm e de Souza. Leis Especiais e Pro cessuais Penais Com en
tad as. São Paulo: Ed. RT, 2006, p .114 ).
218 Estatuto do idoso - Vol. 45 • Fábio lanni Goldfinger