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Intervenção pedagógica em pessoas com disfunção neuromotora
– paralisia cerebral
Revisão Textual:
Profa. Ms. Rosemary Toffoli
Unidade Intervenção pedagógica em pessoas com disfunção
neuromotora – paralisia cerebral
iStock/Getty Images
• Disfunção Neuromotora – Paralisia Cerebral
• Comunicação Alternativa e Ampliada
• Algumas das grandes contribuições, sempre
presentes
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma.
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Unidade: Intervenção pedagógica em pessoas com disfunção neuromotora – paralisia cerebral
Contextualização
A Paralisia Cerebral é uma das deficiências físicas mais comuns. Ela é definida como uma
Disfunção Neuromotora. A disfunção neuromotora é um transtorno motor causado por lesão
cerebral nas fases de gestação, parto ou pós-parto. Por isso a ênfase da prevenção já estudada
em unidades anteriores.
A lesão pode levar à inabilidade, dificuldades ou descontrole dos músculos e movimento
do corpo. Essa disfunção nem sempre vem acompanhada de sequelas neurológicas que
comprometem o aspecto cognitivo. Portanto, uma pessoa com Paralisia Cerebral geralmente
não tem deficiência intelectual e pode chegar ao mais alto nível de escolarização.
A pessoa com Paralisia Cerebral beneficia-se muito com o ensino comum. Seu problema
centra-se mais na comunicação. Esta unidade mostrará como funciona a comunicação
alternativa e ampliada e outras contribuições da tecnologia assistiva na escolarização das
pessoas com paralisia cerebral.
Apesar dos recursos, o professor precisa de suportes inspiradores, para avançar na busca
de possibilidades de ações positivas no cotidiano escolar. Estes suportes inspiradores são os
mestres atemporais, da cultura ocidental e da cultura oriental, das culturas negadas e das culturas
extintas. Alguns serão lembrados na unidade, porque sacralizam a prática do professor.
Não desfazendo de muitos outros mestres estudados na formação básica, sabemos que há
uma emergência ética na ação pedagógica que não se consolida sem quebrar barreiras limitantes
de algumas ideologias superadas. O homem, antes de ser produtivo, é um ser amoroso, benéfico
e de capacidade infinita. Numa escola excludente, simplesmente perdemos o aluno. O mundo
perde uma possibilidade. Os humanos perdem sua humanidade.
Wikimedia Commons
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Disfunção Neuromotora – Paralisia Cerebral
A Paralisia Cerebral é uma das deficiências físicas mais comuns. Ela é definida como uma
Disfunção Neuromotora. A disfunção neuromotora é um transtorno motor causado por
lesão cerebral nas fases de gestação, parto ou pós-parto. A lesão pode levar à inabilidade,
dificuldades ou descontrole dos músculos e movimentos do corpo. A disfunção neuromotora
nem sempre vem acompanhada de sequelas neurológicas. Isso significa que a pessoa com
essa disfunção nem sempre tem o seu aspecto cognitivo comprometido.1
Remoção de barreiras
arquitetônicas no espaço
público
Os meios de transporte, as cabines
telefônicas, os bebedouros, as ruas e seus
passeios também precisam ser adaptados às
necessidades desses sujeitos.
1 BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para
o atendimento às necessidades educacionais de alunos com deficiência física/neuro-motora. [2. ed.] / coordenação geral SEESP/MEC. -
Brasília : MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006. 36 p. (Série : Saberes e práticas da inclusão)
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Unidade: Intervenção pedagógica em pessoas com disfunção neuromotora – paralisia cerebral
futurasaude.com.br
Aqui, o professor pode ser criativo e, caso não haja um engrossador de lápis, o professor
poderá fazê-lo engrossando-o com várias camadas de fita adesiva ou outro material, como uma
espuma, que facilite a utilização.
Engrossador de lápis
aeeufc2013salete.blogspot.com
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Teclado Colmeia
darthandrey.blogspot.com
Uso de pulseiras com peso pode controlar a movimentação involuntária e devem ser indicadas
por um terapeuta responsável.
Pulseira de peso
expansao.com
Capacete
intervox.nce.ufrj.br
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Materiais pedagógicos podem ser adaptados. Existem alguns industrializados como letras do
alfabeto ou números em quadrados de madeira para construção da escrita de sílabas, palavras
ou frases. Contudo, reconhecemos que existem locais no Brasil e situações de escolas em que a
espera é imensa para obter recursos, então, cada professor pode sugerir adaptações de materiais
e criar outros que possam dar melhor acesso aos seus alunos.
As universidades, em seus cursos de docência, podem colaborar com escolas nas oficinas de
produção de material pedagógico durante a formação docente. Vejam alguns exemplos:
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O importante é mesmo acreditar no potencial dos alunos
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Unidade: Intervenção pedagógica em pessoas com disfunção neuromotora – paralisia cerebral
Cartões de comunicação
assistiva.com.br
A imagem apresenta vários cartões de comunicação com símbolos gráficos representativos
de mensagens. Os cartões estão organizados por categorias de símbolos e cada categoria
se distingue por apresentar uma cor de moldura diferente: cor de rosa são os cumprimentos
e demais expressões sociais, (visualiza-se o símbolo “tchau”); amarelo são os sujeitos,
(visualiza-se o símbolo “mãe”); verde são os verbos (visualiza-se o símbolo “desenhar”)
; laranja são os substantivos (visualiza-se o símbolo “perna”), azuis são os adjetivos
(visualiza-se o símbolo “gostoso”) e branco são símbolos diversos que não se enquadram
nas categorias anteriormente citadas (visualiza-se o símbolo “fora”).
Assim vários são os desafios que podem ser vivenciados pelas crianças cometidas de disfunção
neuromotora para sua inclusão escolar; dessa forma, a utilização de recursos de tecnologia
assistiva tem sido preconizada com intuito de ampliar as habilidades funcionais desses alunos
no contexto escolar.
Os vocalizadores e softwers
Comunicação aumentativa (suplementar) e
alternativa são amplamente utilizadas nos recursos
eletrônicos e permitem a comunicação expressiva
e receptiva das pessoas. Além das pranchas de
comunicação com os símbolos PCS ou Bliss, existem
os vocalizadores e softwares dedicados para esse fim.
Alta tecnologia: computadores, fala artificial,
comunicadores com voz gravada etc.
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Signos gestuais
Os signos gestuais referem-se à língua gestual utilizada, por exemplo, pelos surdos, que varia
de acordo com o pais. Existem também símbolos gestuais que utilizam gestos que vão de acordo
com a linguagem oral/falada do país. Existem também os signos Makaton, que usa gestos,
símbolos, figuras e expressões faciais.
Os Sinais usados são conceitos/ideias selecionados, de acordo com o que é mais apropriado
para a criança. Este programa, ao utilizar gestos e símbolos em simultaneidade com a fala,
permite desenvolver a comunicação funcional, a estrutura da linguagem oral, facilitando o
acesso aos significados do e no mundo com os outros, o que proporciona mais disponibilidade
para a relação.
SISTEMA BLISS
Sistema Bliss: composto por símbolos feitos de formas geométricas, que
representam conceitos simples ou complexos, por exemplo: caixa + olhar + ouvir
+ eletricidade = televisão. Apesar da sua vasta possibilidade de combinações, a
sua aprendizagem é mais lenta e exige mais desempenho cognitivo.
lapsicopedagoga.files.wordpress.com
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SISTEMA PIC
Sistema PIC: sinais em branco sobre fundo negro. Estão organizados nas pranchas
de comunicação, obedecendo a uma organização semântica. Os desenhos
aparentam-se a sinais do ambiente comunitário. Indicados para crianças que
apresentem dificuldades de visão, visto que o branco no preto cria um maior
contraste. Apresenta limitações no fato de ainda ter um leque reduzido de símbolos.
SISTEMA PECS
Sistema PECS (Picture Exchange Communication System): utiliza cartões
contendo fotos ou logotipos de coisas relevantes para a criança. Fomentando a
comunicação, a resolução de problemas (pedir ajuda), a descriminação de figuras
e a estruturação de frases. Pode-se iniciar com coisas que a criança gosta de
comer e ensiná-la a utilizar os cartões como objeto de troca pelo que deseja.
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Para começar: Me ajuda a olhar
“Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai,
enfim, alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de
seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.E
quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: - Me ajuda a olhar!”
(Eduardo Galeano - extraído do Livro dos abraços)
Fonte - http://devaneiospsi.blogspot.com.br/2011/09/me-ajuda-olhar.html
Acreditamos que educar seja: “ajudar a olhar”. Independente das condições que nossos
alunos se encontrem, nossa missão, nosso dever, nosso compromisso é ampliar sua visão de
mundo. Quando falamos em inclusão, de quem, exatamente, estamos falando? Do Menino,
Menina, Negro, Oriental, Deficiente, Magro, Gordo? De quem sabe muito? Sabe pouco? Sabe
coisas diferentes? De quem veio de longe? Quem anda de chinelo? Quem fala outra língua?
Do Homem? Da Mulher? Da 3a. idade? Do índio, do homossexual? Do adulto analfabeto? Do
camelô? Do dependente químico?
Ao tratarmos da inclusão dos declarados “portadores de necessidades educacionais
especiais”, vamos fazer questão de lembrar que a educação escolar, e por extensão toda a
sociedade, deve pensar e agir com todos. Será que fazemos justiça, apenas com igualdade? Ou
não será necessário ampliarmos nosso olhar e, ao percebermos as necessidades de cada um,
providenciar os instrumentais, metodologias e demais condições capazes de favorecer, criar
condições de aprendizagem?
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Unidade: Intervenção pedagógica em pessoas com disfunção neuromotora – paralisia cerebral
Inspirados por Paulo Freire, devemos refletir sobre nossos fazeres pedagógicos, modificando
aquilo que for preciso e, especialmente, aperfeiçoar o trabalho, além de fazer, a cada dia, a
opção pelo melhor, não de forma ingênua, mas com a certeza de que, se há tentativas, há
esperanças e possibilidades de mudanças em prol dos nossos alunos.
Para Freire, o homem e a mulher são os únicos seres capazes de aprender com alegria e esperança,
na convicção de que a mudança é possível. Aprender é uma descoberta criadora, com abertura
ao risco e a aventura do ser, pois ensinando se aprende e aprendendo se ensina. Para Freire, a
educação é ideológica e dialógica, para que se possa estabelecer a autêntica comunicação da
aprendizagem, entre gente, com alma, sentimentos e emoções, desejos e sonhos. A sua pedagogia
é fundada na ética, no respeito à dignidade e à própria autonomia do educando. Freire, ainda,
é vigilante contra todas as práticas de desumanização. É necessário que o saber-fazer da auto
reflexão crítica e o saber-ser da sabedoria exercitada ajudem a evitar a “degradação humana” e o
discurso fatalista da globalização, que dá a falsa impressão de igualdade.
balonado.files.wordpress.com
Paulo Freire, um Professor que, através da sua vida, não só procurou perceber os problemas
educativos da sociedade brasileira e mundial, mas propôs uma prática educativa para resolvê-
los. De forma poética e amorosa, ensina-nos como voar por esse imenso céu, orientando-nos por
uma bússola peculiar, que aponta entre outros as seguintes diretrizes: a rigorosidade metódica e
a pesquisa, a ética e estética, a competência profissional, o respeito pelos saberes do educando e
o reconhecimento da identidade cultural, a rejeição de toda e qualquer forma de discriminação,
a reflexão crítica da prática pedagógica, a corporificação, o saber dialogar e escutar, o querer
bem aos educandos, o ter alegria e esperança, o ter liberdade e autoridade, o ter curiosidade, o
ter a consciência do inacabado. A prática docente reveste-se de uma importância tal, em Freire,
que vale a pena fazer as seguintes considerações revendo seus ensinamentos:
• teoria e prática são indissociáveis e para que nenhuma perca seu sentido ou importância,
deve existir uma reflexão crítica entre ambas.
• o professor deve estar aberto aos questionamentos e dificuldades dos alunos.
• é preciso reforçar a capacidade crítica do educando e sua insubmissão, dentro de uma
rigorosidade metódica, para que ele não se torne um simples “memorizador”.
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• os conhecimentos dos alunos têm que ser respeitados, principalmente daqueles vindos de
classes mais baixas, e aplicá-los aos conteúdos ensinados, sem nunca perder de vista a
realidade dentro do aprendizado, não, obviamente para permanecer na mesma realidade,
mas para superá-la.
• a crítica deve estar inserida no ensino, a partir da curiosidade dos alunos. Esta, inicialmente
ingênua, ao ser superada, pode tornar-se epistemológica, com a aplicação da prática
pedagógico-progressista.
• não deve haver discriminação, pois essa prática fere a dignidade do ser humano e não se
aplica à democracia.
• o professor tem que estar ciente de que suas atitudes podem influenciar profundamente a
vida de um aluno, positiva ou negativamente.
• o conhecimento do professor precisa ser vivido por ele, encarnado, para que se transforme
em prática aplicável.
• o ensino e sua prática não podem ser tratados como algo definitivo, são passíveis de
mudança. O ser humano também é inacabado e justamente por isso, o ato de ensinar/
aprender deve estar em permanente transformação.
• é necessária a consciência de que as pessoas podem ser condicionadas de acordo com o
meio. Porém, isso não significa que elas sejam determinadas por ele (os obstáculos não
são eternos).
• o respeito pela autonomia do aluno é exigido pela ética. Cada um possui particularidades
e pensamentos que não podem ser minimizados ou ridicularizados. Se isso acontecer, a
ética é transgredida.
• autoridade não pode ser entendida como autoritarismo. O professor tem que entender,
em certas ocasiões, pontos falhos do aluno. Ao invés de reprimi-lo, tem que ajudá-lo, com
humildade e tolerância.
• sobre a avaliação: seria boa uma forma na qual fosse feita junto com os alunos, pois a
avaliação é para eles, e não para o educador.
• para a realização da docência decente, devem existir condições favoráveis, higiênicas,
espaciais e estéticas. O corpo docente deve lutar pelos seus direitos (como um salário
digno), isto faz parte da prática de lecionar.
• deve haver alegria e esperança. A esperança faz parte do ser humano, e negá-la contradiz a
prática progressista da educação e a ética (sempre contra a frase: “o que fazer? a realidade
é assim mesmo”).
• o professor, assim como o aluno, também é movido pela curiosidade. Ela é a mola propulsora
do aprendizado e do ensino do educador, da construção e produção de conhecimentos.
Proporciona um diálogo entre o professor e o aluno. Porém, este diálogo não deve ser
tratado como apenas um vai-vem de perguntas e respostas: momentos explicativos do
educador são necessários.
• é preciso tomar muito cuidado com a relação autoridade- liberdade, sempre ameaçadas
pela prática do autoritarismo e da licenciosidade, prática esta que pode acabar levando a
disciplina à indisciplina.
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Unidade: Intervenção pedagógica em pessoas com disfunção neuromotora – paralisia cerebral
• não se deve falar de cima para baixo, achar que é o dono da verdade. Um educador não
deve falar PARA o educando, mas sim COM ele, e isso só é possível quando o educador
sabe escutar. Porém, a escuta não deve ser passiva, ela é uma boa forma de se fazer
questionamentos sobre o que está sendo exposto, de defender uma opinião própria. Isto
pode ser refletido numa maneira crítica e justa de avaliação.
• enfatiza a necessidade de respeito ao conhecimento que o aluno traz para a escola, visto
ser ele um sujeito social e histórico, e da compreensão de que “formar é muito mais do que
puramente treinar o educando no desempenho de destrezas”.
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da Pedagogia Freinet em várias escolas. Porém discuti-se: “porque essa metodologia foi
tão elitizada, visto que sua pedagogia partiu do POVO?” A pedagogia Freinet era a
pedagogia da Liberdade, das atividades diversas, mas com o cuidado de não perder o princípio
social e ter como protagonista o aluno infanto-juvenil.
Muitas das atividades propostas por Freinet são executadas em diversas escolas do país como
os livros da vida – pois é o processo de registro usado por muitos professores como elemento
necessário para acompanhar o desenvolvimento dos alunos e conhecê-los ainda melhor. Serve
também de apoio para os professores das séries seguintes como forma de conhecer o seu novo
aluno e dar continuidade ao seu desenvolvimento. O livro da Vida não é só um registro,
mas um “formador de professores”
A escola freneitiana é uma escola alegre, colorida, muito diferente das escolas da
época. Toda escola deve ser permeada de intenção. Para Freinet – Ser educador
é ser alguém que liberta.
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Unidade: Intervenção pedagógica em pessoas com disfunção neuromotora – paralisia cerebral
Educação da Vida
É a parte da filosofia de Masaharu Taniguchi2 que trata da educação, focada na “reeducação
do adulto” e no “sorriso, elogio e palavras de incentivo”. Tem como objetivo, acreditar na essência
boa da criança, (com ou sem deficiência) fazê-la crescer através do amor com sabedoria.
Esta cartilha tem como objetivo propor um conjunto de práticas a serem utilizadas por pais,
professores e alunos com o sentido de criar ambientes de aprendizagem repletos de alegria,
harmonia e amor. As práticas podem ser adaptadas aos diversos ambientes, pois seu objetivo é
que reflitamos sobre nosso comportamento e nossas atitudes, tornando nossa vida iluminada.
Pode parecer estranho, porque trata-se de uma cultura diferente da nossa, mas disciplinar e
alinhar a mente, palavras e ações, é o que fazemos sempre quando desejamos um dia melhor.
Quando estamos em desarmonia, as palavras, pensamentos e ações são de pessimismo,
desgastantes e voltam-se para um dia ruim, carregado, cheio de conflitos aparentemente
impossíveis de serem superados. A filosofia é baseada no elogio.
Ser livre
Ser Ser
elogiado reconhecido
EU
2 Por razões de espaço, não foi possível colocar todos os pontos citados na Cartilha da Vida, porém, mais informações poderão ser encontras
no endereço: http://sni.org.br/educadores/
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O desejo de ser reconhecido.
Todos possuem no íntimo o desejo de ser reconhecido, principalmente, pelas pessoas que
amam e respeitam.
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Unidade: Intervenção pedagógica em pessoas com disfunção neuromotora – paralisia cerebral
Olhar positivo
• Iniciativa (ação) e perseverança
• Coragem e encorajamento (foco no potencial)
• Esperança e otimismo: confiança na superação das adversidades
• Confrontar o que é possível: aceitar o que não pode ser mudado
Transcendência e espiritualidade
• Valores, propostas e objetivos de vida.
• Espiritualidade, fé, esperança.
• Inspiração: criatividade e visualização de novas possibilidades.
• Transformação: aprender e crescer através das adversidades.
Flexibilidade
• Capacidade para mudanças: reformulação, reorganização e adaptação.
• Estabilidade: sentido de continuidade e rotinas.
Coesão
• Apoio mútuo, colaboração e compromisso.
• Respeito às diferenças, necessidades e limites individuais.
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• Forte liderança: prover, proteger e guiar crianças e membros vulneráveis.
• Busca de reconciliação e reunião em casos de relacionamentos problemáticos.
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Unidade: Intervenção pedagógica em pessoas com disfunção neuromotora – paralisia cerebral
como lidar com seus filhos (com e sem deficiência) reorganizando as reuniões na escola numa
atitude de aproximação através de palestras, depoimentos, vídeos. Pontos importantes a
serem trabalhados:
Elogiar.
Elogiando, estimula-se o filho a elevar notas. Para as crianças com deficiências, trazer vídeos
e depoimentos de pessoas com sucesso escolar apesar da deficiência.
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Erradicar o complexo de inferioridade e/ou a vaidade dos pais.
Surpreendentemente, muito do que os pais desejam para os filhos é motivado pelo complexo
de inferioridade ou vaidade, e não por pensarem realmente nos filhos. Filmes e vídeos que
recoloquem a verdadeira expressão do amor, é muito positivo na escola durante as reuniões.
Esperar florescer
A natureza verdadeira da Vida é o bem, é o belo. O bem é diferente do bom. O que é bom é
para mim. O bem é para todos. A Vida existe exclusivamente para exteriorizar o bem, e o bem
é o belo. Mas não devemos apressá-la. Germinar, florescer e dar fruto é a ação natural da Vida.
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Unidade: Intervenção pedagógica em pessoas com disfunção neuromotora – paralisia cerebral
Material Complementar
3. VÍDEO: MANDOKY, Luis. Gaby: A True Story (Original). Drama de uma história real – de
Gaby Brimmer. EUA, 1987. – VIDEO COMPLETO – GABI – UMA HISTÓRIA VERDADEIRA.
• https://www.youtube.com/watch?v=JSwOk92C9cs
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Referências
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Unidade: Intervenção pedagógica em pessoas com disfunção neuromotora – paralisia cerebral
Anotações
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