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NOME: PAULO HENRIQUE CRUDE NABARRO

Nº DE MATRÍCULA: 201700080650

TURMA 6000 - NOTURNO

ATIVIDADE 1º BIMESTRE

ATIVIDADE 1: SUJEITO DA RELAÇÃO DE EMPREGO

1 O Trabalhador “X” prestou serviços de estivador para a Empresa “Y”, mediante a


intermediação do respectivo Sindicato “Z”, de junho/2018 a agosto/2018. Sendo
certo que o Trabalhador “X” nada recebeu do Sindicato relativamente aos serviços
prestados, pergunta-se:

a) Trata-se a hipótese acima de que espécie de trabalhador? Fundamente.

Resposta: Trata-se de trabalhador avulso, uma espécie de trabalhador eventual om


vinculação sindical obrigatória. A atual lei dos portuários (Lei nº 12.815/2013)
considera, no inciso II, do §1º, do art. 40, a estiva como a atividade de
movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das embarcações
principais ou auxiliares, incluindo transbordo, arrumação, peação e despeação, bem
como carregamento e descarga, quando realizados com equipamento de bordo.

O sindicato ou o órgão gestor da mão de obra fazem a intermediação da mão de


obra, colocando os trabalhadores avulsos onde é necessário o serviço, cobrando
posteriormente um valor pelos serviços prestados, já incluindo os direitos
trabalhistas e os encargos previdenciários e fiscais, fazendo posteriormente o rateio
entre as pessoas que participaram da prestação de serviços;

b) A quem compete a responsabilidade pelo pagamento das verbas


trabalhistas? Por quê?

Resposta: As empresas tomadoras do trabalho avulso respondem solidariamente


pela efetiva remuneração do trabalho contratado e são responsáveis pelo
recolhimento dos encargos fiscais e socias no limite de uso que fizerem do trabalho
intermediado pelo sindicato.

2 Há direitos trabalhistas não extensíveis ao trabalhador doméstico?


Justifique.
Resposta:
 Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;   
 Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em
lei;
 Jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
 Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos,
nos termos da lei;
 Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da lei;
 Proteção em face da automação, na forma da lei;
 Ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o
limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
 Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos;
 Igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício
permanente e o trabalhador avulso.
Alguns desses direitos não foram previstos para o doméstico pelas
próprias características do trabalho. Não faria sentido, por exemplo, prever
participação nos lucros, já que não trabalham em uma pessoa jurídica.

Porém, a ausência de tais direitos não afasta a isonomia garantida pela


CF/88, pois está garante em seu art. 7º, com redação alterada pela EC 72/2013:
A igualdade de direitos trabalhistas entre os
trabalhadores domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais.

3 A Empresa de Trabalho Temporário “X” e o Trabalhador “N” estabeleceram


contrato de trabalho temporário nos ditames da Lei nº 6.019/74, e do Decreto
10.060/19, pelo prazo de 180 dias, no intuito de atender a "acréscimo
extraordinário de serviços" da Empresa de Correios e Telégrafos, em razão da
abertura de filiais. Como encerrou-se o referido prazo, “N” cessou sua atividade
na tomadora de serviços a ela retornando uma semana depois, no mesmo
padrão inicial (contrato temporário). Diante dessa hipótese, pergunta-se:
a) Trata-se a hipótese acima de trabalhador temporário? Fundamente.

Resposta: Neste caso NÃO, pois a Legislação é bastante específica quando se


refere a contratação de trabalhador temporário por meio de uma empresa. A
contratação direta deste tipo de mão-de-obra é considerada irregular . Em
vista disso, a admissão nunca deve ser feita de forma direta. Para isso,  é
necessário estabelecer contrato por escrito de prestação de serviços entre a
tomadora de serviços e a empresa de trabalho temporário.

b) Se o trabalho tivesse por objetivo a substituição de trabalhador


permanente da empresa tomadora de serviços por motivo de licença
prevista em lei, a quem competiria a responsabilidade por eventual
inadimplemento das verbas trabalhistas? Por quê?

Resposta: Com as alterações trazidas pelo decreto 10.060/2019 em seu art. 35,
torna a empresa tomadora do serviço responsável subsidiária pelo eventual
inadimplemento das verbas trabalhistas devidas ao trabalhador temporário pela
empresa de trabalho temporário, senão vejamos:

Art. 35.   A empresa tomadora de serviços ou cliente responderá


subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas referentes ao período
em que for realizado o trabalho temporário.

Parágrafo único.  Na hipótese de falência da empresa de trabalho


temporário, a empresa tomadora de serviços ou cliente responderá
solidariamente pelas verbas relativas ao período para o qual o trabalhador
tenha sido contratado.

4 No trabalho temporário, o que ocorre quando não se observa o prazo de


90 dias entre o encerramento de um contrato de trabalho e o início de
outro, perante o mesmo tomador de serviços? Justifique.

Resposta: Poderá ser reconhecido o vínculo empregatício com a empresa


tomadora dos serviços, conforme preceitua o art. 28 do decreto 10.060/2019,
senão vejamos:

Art. 28.   O trabalhador temporário que cumprir os períodos estipulados no


art. 27 somente poderá ser colocado à disposição da mesma empresa
tomadora de serviços ou cliente em novo contrato temporário após o
período de noventa dias, contado do término do contrato anterior.

Parágrafo único.  A contratação anterior ao prazo previsto


no  caput  caracterizará vínculo empregatício entre o trabalhador e a
empresa tomadora de serviços ou cliente.

5 No trabalho temporário, o trabalhador celebra contrato com a empresa


tomadora de serviços e esta com a empresa de trabalho temporário.

a) Está correta tal afirmação?

Resposta: NÃO, o trabalhador temporário celebrará contrato inividual com a


empresa de trabalho temporário, tal contrato será escrito e constará os direitos
conferidos ao trabalhador temporário, bem como a indicação da empresa tomadora
de serviços na qual este ficará a disposição no período ajustado.

b) Qual a denominação dos contratos celebrados pelas partes nessa espécie


de relação laboral?

Resposta: Contrato individual de trabalho temporário 

6 No trabalho eventual, qual a teoria que, no seu entendimento, melhor


fundamenta a distinção entre o trabalhador eventual e o empregado?

Resposta: Acredito que a teoria da fixação jurídica, para esta teoria o trabalhador
eventual é aquele que não presta serviços para o mesmo tomador ou não fixa numa
pessoa dadora do trabalho. O eventual presta serviços a vários tomadores, em
intervalos certos de tempo, ligados ao evento. Ou seja, não se fixa o eventual a
nenhuma empresa, enquanto o empregado presta serviços numa única fonte de
trabalho, como regra geral.

7 Quais as principais diferenças entre o trabalhador avulso, temporário e


eventual?

Distingue-se o avulso do trabalhador eventual, pois o primeiro tem todos os direitos


previstos na legislação trabalhista, enquanto o eventual só tem direito ao preço
avençado no contrato e à multa pelo inadimplemento do pacto, quando for o caso. O
avulso é arregimentado pelo sindicato, enquanto o eventual não tem essa
característica. O avulso, porém, é uma espécie de trabalhador eventual, pois presta
serviços esporádicos ao mesmo tomador.

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