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GRAMÁTICA PARA CONCURSOS

Guia Definitivo SEDF

1. Apresentação do material
Olá, minha família pedagógica, que visa a essa tão
sonhada vaga na SEDF. Tudo bem com geral? Eu sou o
professor Fabrício Dutra, de Língua Portuguesa.
Orgulhosamente, faço parte da equipe d’Os
Pedagógicos e ministro aulas há 10 anos para
concursos públicos.

Apresento-lhes o Guia de Língua Portuguesa, com


tudo o que certamente é relevante para a sua prova e
vai surgir no seu concurso. Todo o conteúdo veiculado
neste material foi preparado com muito carinho e
produzido em um tom bem direto e objetivo, para que
seja fácil a compreensão das lições desta apaixonante
disciplina: a Língua Portuguesa.

O objetivo deste material não é encerrar qualquer


estudo sobre Português. Minha meta é produzir um
guia de estudos, para que meus alunos tenham
contato com o que de mais importante é cobrado nos
certames da banca.

Sabe-se que, para obter êxito em qualquer concurso, é


preciso entender a mente do examinador! É preciso
saber o que cai! E, para isso, o candidato não deve se
ater apenas a um olhar superficial para o edital.

Curso de Língua Portuguesa para SEDF :


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Saber o que cai em prova implica um trabalho


detalhado e minucioso com muita resolução de
questões anteriores da banca. A seguir, divididos em
tópicos, seguem os principais temas que DEVEM SER
CONSTAMENTE ESTUDADOS POR TODOS VOCÊS.

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diariamente conteúdos gratuitos, questões e dicas.
Fique à vontade para participar, família.

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2. Interpretação e Compreensão de Textos

Os concursos vêm dando muito valor a esse tipo de


questão, principalmente focando na diferença entre
compreender e interpretar. Interpretar significa ler
nas entrelinhas, perceber os pressupostos e
subentendidos. Significa fazer inferências, ir além do
texto, respeitando o limite estabelecido pelas ideias
explícitas no texto.

Observe a seguinte frase: Eu ainda não terminei a


minha monografia. A palavra ainda é um gatinho
interpretativo que pressupõe um atraso. A palavra
monografia deixa subentendido que eu estou em
fase de conclusão de curso.

Quando a banca se refere a uma compreensão das


ideias do texto, a resposta certamente estará
presente no texto. Mediante leitura analítica,
observando os de- talhes, fazendo anotações e
puxando setas, você conseguirá resolver esse tipo de
questão com facilidade e objetividade.

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O ato de compreender e o ato de interpretar as


informações veiculadas no texto são duas
competências diferentes. Apesar de sabermos que o
conhecimento de mundo e o hábito da leitura nos
ajudam com a interpretação de maneira geral, é
necessário o candidato ter a total noção de que precisa
aplicar esse conhecimento às resoluções de questões
de provas de concurso. Este é o nosso objetivo com o
presente curso.

A compreensão textual, presente em todos os editais,


envolve exclusivamente aspectos textuais, presentes e
reconhecíveis nos textos. Por exemplo, em uma
conversa pelo canal ligação telefônica, suponhamos
que aconteça ruído na comunicação no momento em
que o emissor entra em um túnel, por falta ou por
péssima qualidade do sinal. Nesse momento, o
receptor passa a não compreender o que está sendo
veiculado e informado pelo emissor da mensagem.

Note que algo prejudicou a compreensão. Se alguém


fala em um idioma que não dominamos, não
compreendemos. Se alguém fala rápido demais, ou
escreve de modo ilegível, também não
compreendemos. Com isso, percebemos que
compreender uma informação significa receber de
maneira clara a mensagem.

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Interpretar é diferente.

Interpretar envolve algo a mais.

É totalmente possível que se compreenda toda uma


informação de um texto e se faça uma interpretação
equivocada. Quantas brigas acontecem em redes
sociais de interação por justamente ser feita
erroneamente uma interpretação de uma mensagem
transmitida?

Se uma pessoa, por exemplo, fala “Já estou cansado


de assistir a esse filme”, a outra compreende que a
pessoa está cansada e interpreta que ela já viu muitas
vezes tal filme. Sendo, inclusive, possível que se faça
esta pergunta: “Você já viu quantas vezes?”.

Se acontece um convite para uma viagem, e a pessoa


diz “Vamos! Agora eu consigo ir. Eu já terminei o meu
namoro.”. O interlocutor compreende que a pessoa
fará a viagem e que a pessoa terminou o namoro, mas
a interpretação é a de que havia algo no antigo
namoro que impedia essa pessoa de viajar.

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Pratique questões de interpretação da mesma forma


que você pratica as de Gramática. Leia o texto sempre
de forma analítica, produzindo pequenos resumos
topicalizados ao lado dos parágrafos.

O leitor precisa ter a noção de três importantes


elementos no ato da leitura: o autor, o texto e o
contexto. A compreensão de um texto varia conforma
as diferentes circunstâncias de leitura. Existem textos
que foram feitos para nos informar; outros, para nos
convencer de um ponto de vista; outros, para nos
instruir a praticar determinada ação. Tudo isso tem
que ser levado em consideração para se acertar
qualquer cujo assunto seja o tipo textual essencial ou
predominante ali.

Por parte do autor do texto, foi mobilizado um


conjunto de conhecimentos escolhidos de acordo com
a sua intenção com aquela produção. Ele escreveu o
texto com determinado fim, com determinado objetivo.
O leitor, por sua vez, no processo de leitura e
produção de sentido deverá reconhecer mentalmente
os elementos textualmente presentes por meio dos
quais o autor tenta atingir o interlocutor.

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Quando o autor decide produzir um texto para relatar


uma história, um fato, um acontecimento (ou,
simplesmente, narrar), ele empregará elementos
linguísticos e marcadores textuais para que ocorra
essa interação com o leitor. A intenção dele não é a de
convencer; logo, ele não fará uso de argumentos. A
intenção dele é simplesmente contar um fato.

Certamente, todo um contexto será desenvolvido para


que o leitor se situe em uma história, conheça
personagens, imagine cenários e ambientes... os
conhecimentos escolhidos pelo autor para o seu texto
são baseados em uma expectativa de se fabricar um
“quem lê”.

No ato da leitura em prova de concursos públicos, o


candidato - que pretende acertar questões de prova,
ou seja, você - deverá ter essa noção, saber que o
texto foi feito com uma intenção. O leitor é parte desse
cenário. O texto foi feito para alguém. Quando você é
esse alguém, você faz parte do processo textual
comunicativo.

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Uma pergunta deverá permear o pensamento do


leitor: “Qual é a intenção do autor com esse texto?”.
Geralmente, a resposta será justamente o gabarito da
questão. Se o objetivo do autor é relatar um fato,
contar uma história, transmitir um enredo, em
determinado local, certamente esse texto se
enquadrará no tipo narrativo.

O leitor precisa ler pensando: “O que esse autor quer


comigo?”. Esse é o princípio interacional construtivo
mais básico de um texto. “O autor quer me convencer
de seus argumentos...”. “Eu concordo com o que ele
disse...”. “Eu discordo do que ele disse...”. “Nossa! O
autor falou bobagem!”. “Que pessoa sensata essa
autora. Ela é a melhor pessoa...”. Esses são
pensamentos que nos remetem a um cenário
argumentativo. Para que se concorde com um
argumento de alguém, é preciso haver tal argumento.
Observe que o texto foi feito para um “quem lê” com a
intenção de convencê-lo. Isso significa que se está
diante de um texto argumentativo

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4. Reconheça os elementos coesivos no


texto

Para uma boa compreensão dos elementos


constituintes de um texto, é necessário estar sempre
atento aos mecanismos de coesão empregados pelo
autor do texto. Nos estudos linguísticos, a coesão
textual consiste no uso correto das articulações
gramaticais e conectivos, que permitem a ligação
harmoniosa entre as frases, orações, termos, períodos
e parágrafos de um texto. Ela permite o
sequenciamento das ideias de modo lógico, facilitando
a leitura do texto.

Coesão referencial: Elementos empregados para fazer


referência a outros já citados (coesão anafórica) ou
que ainda vão ser citados no texto (coesão catafórica).
Também se pode estabelecer coesão com elementos
captados fora do texto (coesão exofórica ou dêitica).

Coesão sequencial: É responsável por criar as


condições para a progressão textual. De maneira
geral, as flexões de tempo e de modo dos verbos e as
conjunções são os mecanismos responsáveis pela
coesão sequencial nos textos.

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5. Sujeito, concordância e Transitividade.

O sujeito
Definição: É o termo sobre o qual o verbo faz uma
declaração e com o qual – em tese – ele concordará.
Reconhecimento: Perguntar ao verbo!
Substituição: Pronomes pessoais do caso reto.
Dificuldades no reconhecimento: 1. Inversão da
ordem; 2. Distância núcleo – verbo; 3. Que; 4. Se.

Dificuldades para se reconhecer o sujeito

Não importa as desculpas, quando ocorre


qualquer tipo de agressões contra uma mulher.

Aconteceu aqui nesse região diversas


tragédias.

Os problemas de atraso na transposição de


água do rio São Francisco certamente vem
colocando o sertanejo em uma posição
delicada.

O antepassado do cavalo, da anta, do


rinoceronte, após evidências comprovadoras
por parte de especialistas nesses assuntos,
habitaram essa região.

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Todas as frases acima apresentam incorreção


gramatical. Todas apresentam erros de concordância,
os quais ficam mais velados devido à não facilidade de
se encontrar o sujeito nos contextos apresentados.

Observe novamente, com as correções


realizadas:

Não importam as desculpas, quando ocorre qualquer


tipo de agressões contra uma mulher.

Aconteceram aqui nessa região diversas tragédias.

Os problemas de atraso na transposição de água do


rio São Francisco certamente vêm colocando o
sertanejo em uma posição delicada.

O antepassado do cavalo, da anta, do rinoceronte,


após evidências comprovadoras por parte de
especialistas nesses assuntos, habitou essa região.

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Aprenda todos os tipos de sujeito

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Verbos impessoais

Embora seja considerado um termo essencial das


orações, há, no Português, as orações sem sujeito.
Elas ocorrerão com os verbos impessoais. Vamos a
eles?

A – Haver, no sentido de existir, ocorrer,


acontecer e suceder.
Havia novos alunos presentes na sala. (haver =
existir)
Houve terríveis acidentes nesta rodovia. (haver =
acontecer, ocorrer)
Nunca haverá no Brasil um evento desse porte. (haver
= acontecer)

B - Haver e fazer = tempo decorrido


Faz meses que eu não te vejo

C – Verbos que indicam fenômenos da natureza


Nevou na montanha.

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Locuções verbais

Deve /Devem haver pessoas honestas aqui.


Pode /Podem acontecer novos deslizamentos.
Há / Hão de existir novos consumidores.
Vai / Vão fazer três meses que não te vejo.

Opa! Quem vai definir se há, ou não, flexão no verbo


auxiliar é o fato de o verbo principal ser, ou não,
impessoal.

Se o verbo principal for impessoal, o auxiliar fica no


singular.
Se o principal for pessoal, o auxiliar vai concorda

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6. O verbo e os seus complementos

O professor escreveu o livro.


O professor escreveu com carinho. (Observe que,
nessa frase, não há a ideia de ‘quem come, come
algo’. O ‘com carinho’ é o modo. Afirma-se, pois, que
o verbo sublinhado não possui complemento.)

Nós comemos a pizza inteira.


Nós comemos sempre nesse restaurante. (Observe
que, nessa frase, não há a ideia de ‘quem come,
come algo’. O ‘com carinho’ é o modo. Afirma-se,
pois, que o verbo sublinhado não possui
complemento.)

→ Transitivos diretos – exigem complemento


sem preposição.
O bom astral vai dominar o mundo.
Ele adivinhou a questão cobrada na prova.
O professor lembrou o nome desse aluno.

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→ Transitivos indiretos – exigem complementos


preposicionados.
Cariocas não gostam de dias nublados.
Essa empresa investe em tecnologias de ponta.
O professor se lembrou do nome desse aluno.

→ Transitivos diretos e indiretos – exigem um


complemento com preposição e outro sem.
Ele pediu uma ajuda aos pais.
Devolveram os documentos a esta senhora.
Eu escrevi uma linda carta para a minha mãe.

→ Intransitivos – não exigem complementos.


Podem apresentar adjuntos adverbiais ou
predicativos.
A aula maravilhosa de Química começou.
Morreu a minha vontade de brigar.
Ela falou pausadamente.
Minha professora mora em Brasília.
Uma cidade amanheceu na América.

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É preciso ficar atento - de verdade - para o estudo


correto dessa relação do verbo com os
complementos. No universo escolar, aprendemos a
analisar verbos soltos, descontextualizados. Por
exemplo, pensava assim na transitividade do verbo
jogar, solto: Quem joga joga algo. O verbo comprar:
quem compra, compra algo.
Em concursos públicos, você não pode pensar dessa
forma.

Observe atentamente as seguintes frases:

a) Este jovem joga futebol.


b) Este jovem joga na França.

Na frase A, observamos que há uma completa relação


de transitividade acon- tecendo. Nessa frase “quem
joga, joga algo”. Há o termo que pratica ação de
jogar, nesse caso, o sujeito, e há aquilo que é
jogado. A ação do verbo começa o sujeito e transitar
até o complemento, que, por sofrer ação do verbo, é
considerado objeto. Objeto direto, por não ter
preposição. E o verbo é considerado transitivo direto.

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Na frase B, temos o mesmo verbo jogar. Contudo, ele


não trabalha da mesma maneira que na primeira
frase, em relação à transitividade. Nessa frase, existe
apenas a figura que joga. O termo na França não é
aquilo que é jogado, é apenas o local onde o jovem
praticou ação de jogar. Nessa frase, então, o verbo
jogar é considerado intransitivo, pois sua ação não
transita. Como o termo na França é onde se pratica
ação, ele é considerado adjunto adverbial pela
gramática.

7. Domine o emprego e a colocação dos


pronomes oblíquos átonos
O estudo da colocação pronominal aborda as posições
possíveis para um pronome átono ser posicionado em
torno do verbo. Além disso, é preciso saber quando se
usam os pronomes átonos, principalmente os de
terceira pessoa. Quando se usam os pronomes “o, a,
os, as” e suas variações? Quando se usa o “lhe”?
Estude, revise e faça questões do assunto!

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Para relembrar, os pronomes oblíquos átonos são: me,


te, se, nos, vos, o, lhe. Tais pronomes podem ficar
antes, no meio ou depois do verbo. A posição antes do
verbo é chamada próclise. No meio, mesóclise. Depois,
ênclise.

O CESPE e A QUADRIX cobram com frequência o uso


do pronome LHE, com valor possessivo. Nesse caso,
ele funciona como adjunto adnominal. “Roubaram-lhe
a carteira.”

Tema obrigatório, na atualidade, em qualquer prova da


banca. Dentro do aspecto gramatical, aqui são
estudadas as regras de colocação dos pronomes
oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos, o, lhe), os quais
“giram em torno do verbo”. As posições pronominais
em relação ao verbo levam os seguintes nomes:
próclise, mesóclise e ênclise. O candidato precisa
atentar para o fato de que a próclise é a posição mais
importante a ser estudada, pois – a partir dela – o
entendimento de todas as outras posições fará muito
mais sentido. Tranquilo, família? Não se desespere. Eu
sou Fabrício Dutra e vou ajudar!

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Partindo da próclise (muitas vezes, chamada pelo


CESPE como posição pré-verbal), ela apresente três
critérios a serem observados: próclise obrigatória,
próclise facultativa, próclise proibida.

Quando ela é proibida? É simples!

A próclise é um fenômeno motivado. Ela ocorre


quando há razão gramatical que a justifique. Essa
razão gira em torno do reconhecimento das palavras
atrativas ou fatores de próclise. Na ausência deles, não
ocorrerá a próclise. Observe as frases abaixo e os
comentários a respeito entre parênteses.

→ Me esperem para o jantar. (Frase incorreta! Não há


fato que justifique a presença do pronome átono antes
do verbo. Com isso, pode-se afirmar que a próclise
não deveria ter acontecido.)

→ Esperem-me para o jantar. (Frase correta! Na


ausência de motivo para próclise e, com o verbo não
estando no futuro, ocorrerá a ênclise.)

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→ Se falarão amanhã os nomes dos aprovados. (Frase


incorreta! Na ausência de fator motivador de próclise,
não se emprega o pronome átono antes do verbo.
Contudo, tome muito cuidado! O verbo está no futuro.
Nesse caso, a ênclise não é uma opção.)

→ Falar-se-ão amanhã os nomes dos aprovados.


(Frase correta! Não há motivo para próclise, e o verbo
está no futuro. O cenário para a mesóclise está
criado.)

Opa! A mesóclise pode parecer feia, porém ela


apresenta uma lógica: o pronome entra entre o radical
do verbo e a desinência de futuro.

Falarão = Falar + ão = Falar-se-ão.

→ Ali, o encontrei sentado. (Frase incorreta! Mesmo


que a palavra seja atrativa, se ela estiver isolada por
um sinal de pontuação, e não houver expressão
anterior à vírgula que justifique a próclise, a posição
pré-verbal do pronome será considerada um erro.)

→ Ali, encontrei-o sentado. (Frase correta! É


importante ressaltar que a retirada da vírgula motivaria
obrigatoriamente o uso da próclise.)

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Opa! Observe abaixo os casos em que a próclise é


facultativa.

→ Eu te falei que era melhor telefonar. (No caso da


presença de pronomes pessoais do caso reto a próclise
é facultativa. Também seria correta a frase: Eu falei-te
que era melhor telefonar. Pela lógica, deve-se
raciocinar que, em frases em que se apresente a
ordem direta, sem a presença de palavras de atração
obrigatória, a próclise seja facultativa.)

→ A China se tornou uma das maiores economias do


mundo. (Com substantivos, exercendo a função de
núcleo, também temos um caso de próclise facultativa.
Observe que o verbo não está no futuro; logo, a outra
colocação possível é a ênclise: A China tornou-se uma
das maiores economias do mundo.)

→ O professor chegou e se apresentou. (Com


conjunções subordinativas, também será facultativo o
emprego da próclise. A conjunção “e” permite pensar
que a seguinte frase também esteja correta: O
professor chegou e apresentou-se.)

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→ Aquilo me deixou triste. (Ensina Fernando Pestana


que, com pronomes demonstrativos, a próclise também
é facultativa. Ficando correta a seguinte frase: Aquilo
deixou-me triste.)

→ Minha vontade era não os chamar. (Com os verbos


no infinitivo não-flexionado, precedidos de
preposições ou palavras atrativas, a próclise também é
opcional. A seguinte frase também é correta: Minha
vontade era não chamá-los.)

Opa2! Observe abaixo os casos em que a próclise é


obrigatória.
→ Hoje me vejo em situação mais confortável. (Com
advérbios e palavras denotativas, a próclise será
obrigatória.)

→ Não se fala mais neste assunto. (Com palavras de


sentido negativo, a próclise será obrigatória.)

→ Quando se notou a sua ausência, já era tarde. (Com


conjunções subordinativas e locuções conjuntivas
subordinativas, a próclise será obrigatória.)

→ Alguns se mostraram nervosos. (Com pronomes


indefinidos em função substantiva, a próclise será
obrigatória.)

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→ Este é o político que se envolveu no escândalo.


(Com pronomes relativos, a próclise será obrigatória.)

→ Quem te perguntou alguma coisa? (Com pronomes


interrogativos, a próclise será obrigatória.)

→ Eles foram elogiados por nos trazerem até aqui.


(Com infinitivos flexionados precedidos de preposição,
a próclise será obrigatória.)

→ Deus te abençoe, meu filho! (Com frases optativas


ou exclamativas, a próclise será obrigatória.)

→ Em se plantando, tudo dá. (Entre preposição “em”


e verbo no gerúndio, a próclise será obrigatória.)

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Lembre-se sempre de que nós, brasileiros, somos


proclíticos. Nós preferimos sempre a próclise a
qualquer outra posição, mesmo que ela esteja errada.
Somos informais por natureza. Falamos “Me liga, me
manda um telegrama, uma carta de amor! ”. No
registro informal, tudo isso pode. O cuidado deve
haver na linguagem formal, que é aquela que cai na
sua prova. Os ditames da norma culta devem morar
no seu imaginário. Nunca se esqueça de que você fará
um concurso, em que os que mais sabem serão
aprovados. Não temos escolha! Temos que saber
muito.
Eu sou um professor de Português com um perfil um
pouco diferente da maioria, confesso. A única poesia
de que gosto é o pagode. Sou fã do Belo e do Zeca
Pagodinho. Sempre troquei os estudos por futebol
durante a faculdade. Amo Língua Portuguesa, amo
Gramática, mas não tenho afinidade com Literatura.
Contudo, como todo professor de português, eu
preciso encerrar este capítulo com um poema, de
Oswald de Andrade (Caraca, Dutra, que culto você!
Pois é... foi mal aí!).

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Esse poema trata justamente do nosso perfil


brasileiro, não tão formal como a norma acha que
tem que ser. O nome da poesia: Pronominais.
Observe como é interessante a visão do autor, que
representa uma das principais lideranças no processo
de implantação e definição da literatura modernista
no Brasil. Tão modernista que ele reconhece que, por
vezes, a formalidade do registro culto da Língua se
afasta muito daquilo que é considerado marca do
povo brasileiro. Leia com atenção o texto do Oswald.

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro

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Percebeu o juízo de valor? BOM negro, BOM branco,


Nação brasileira... tudo isso para valorizar o nosso
jeito de “colocar” o pronome átono.
Segundo o autor, a Gramática fala de um jeito, e nós
(brasileiros sinistros do pagode e do povão) falamos
de outro.
Tirando a parte de o eu-lírico fumar, tudo na poesia é
muito interessante do ponto de vista da cultura e do
uso da Língua Portuguesa, tão amada. Nunca se
esqueça de recorrer aos grandes gramáticos. Eles são
os caras!

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8. Estude o acento indicativo de Crase

Um dos assuntos mais “badalados” da nossa


Gramática e um dos mais cobrados pela sua banca.
Não estude crase decorando as regras. Estude crase
atentando para o fato de ela ser uma CONTRAÇÃO
(fusão de preposição com artigo/ pronome, ou seja,
ocorrem dois fenômenos gramaticais. Algum elemento
exige preposição e outro elemento núcleo recebe o
artigo como determinante.

1. Conceito e método

Para começarmos, eu preciso tranquilizar o seu


coração e dizer que crase é simplesmente uma
contração entre preposição e artigo. Lembra o que é
contração?

Contração é a fusão de preposição com artigo, em


que essas duas classes gramaticais, muitas vezes se
fundem, resultando grafia e pronúncia novas.

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Exemplos de contração: de + a → da; de + o → do; em +


as → nas; em + os →nos; por + a → pela; por + os →
pelos; a + a → à; a + as → às; de + aquele → daquele; a
+ aquela → àquela.

Todos esses casos acima são chamados de contração,


na nossa língua. Observe a aplicação deles em frases
concretas.

I. Gostei muito da aula inaugural. (Ocorreu contração


entre a preposição ‘de’ e o artigo ‘a’.)

II. Moro na casa azul. (Ocorreu contração entre a


preposição ‘em’ e o artigo ‘a’.)

III. Passei pela ponte JK. (Ocorreu contração entre a


preposição ‘por’ e o artigo ‘a’.)

IV. Refiro-me à atitude prejudicial que você teve.


(Ocorreu contração entre a preposição ‘a’ e o artigo
‘a’.)

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Ocorre contração nas quatro frases acima, pelo mesmo


motivo, inclusive. Nas quatro orações, há palavra que
exija preposição e há palavra que admita a presença
de artigo. Vamos entender?

I. Gostei de + a aula
II. Moro em + a casa
III. Passei por + a ponte
IV – Refiro-me a + a atitude

Esta última contração é chamada de CRASE e é


assinalada pelo acento grave (`).

Para saber empregar corretamente o acento grave que


indica crase, é preciso que se deem dois passos
importantes.
1º passo – verificar a presença de preposição ‘a’.
2º passo – verificar a presença de artigo ‘a’.

Para dar o primeiro passo, é preciso ter aquele


conhecimento esperto sobre regência, visto que a
preposição deverá ser encontrada a partir da
EXIGÊNCIA DE ALGUM TERMO ORACIONAL. Em
palavras mais simples, a preposição ‘a’ vai aparecer na
frase quando alguém exigir.

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Observe os casos abaixo e as devidas


explicações:

Ele acompanhou a votação de perto. (Nessa oração,


não haverá a crase porque o verbo ‘acompanhou’ é
transitivo direto. Por não exigir preposição, a crase não
é viável.)

É papel deste profissional promover a justiça. (‘a


justiça’ é objeto direto, pois completa verbo que não
exige preposição. Se não exige preposição, não se fala
em crase).

Ele visitou a casa dos pais. (Mesmo que o termo ‘casa’


esteja apresentando especificação, não há crase, pois
o verbo ‘visitou’ é transitivo direto, não exige
preposição.)

Quero a risada mais gostosa. (Quem quer, quer algo.


Observe que o verbo em questão é transitivo direto.
Por esse motivo, não há preposição que se envolva no
processo chamado crase.)

Começou a nova temporada dessa série. (A expressão


‘a nova temporada’ é o sujeito do verbo ‘começou’.
Como o sujeito não é preposicionado, não se fala em
crase!)

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Eu amo a Bahia. (Quem vai à Bahia, volta da Bahia.


Certo? Contudo, não haverá crase. Por quê? Pelo
simples fato de o verbo ‘amar’ ser transitivo direto.
Não exige preposição. Não há, então, motivo para se
falar em crase.)

Para dar o segundo passo, ou seja, para saber se há


artigo definido feminino, eu recomendo um método
prático: utilizar o verbo ‘gostar’. Como assim?

Estou apto a cada modalidade desse esporte.

Observe que o termo ‘apto’ exige a preposição ‘a’:


apto a algo.

O primeiro passo foi dado. Comprovou-se a presença


da preposição ‘a’. No entanto, isso não é suficiente
para se falar em crase.

É preciso confirmar, ou não, a presença do artigo


neste momento. Observe o uso do verbo GOSTAR para
se chegar a relevantes conclusões.

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Estou apto a cada modalidade desse esporte.

1º - Quem está apto, está apto A ALGO. EXISTE


PREPOSIÇÃO ‘A’.

2º - ‘Cada modalidade desse esporte’. Utilize essa


expressão após o verbo ‘GOSTEI’.

GOSTEI DE CADA MODALIDADE DESSE ESPORTE.


Observe que a preposição ‘DE’ apareceu pura, sem
artigo. Se não há artigo, não há crase.

Estou apto a cada modalidade desse esporte. (Esse ‘a’


é preposição pura. Observe a IMPOSSIBILIDADE de
haver artigo antes de ‘cada modalidade’: Gostei DE
CADA modalidade. Acreditei EM cada modalidade. Luto
POR cada modalidade.)

Ficou claro que, para não haver crase, basta não haver
preposição OU não haver artigo definido feminino?
Abaixo, haverá frases em que ACONTECE PREPOSIÇÃO
(devido à regência), mas não há crase justamente por
falta de artigo. Observe.

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O professor emprestou o livro a essa aluna. (O verbo


emprestar – vtdi – exige preposição ‘a’. Empresta-se
algo A alguém. Contudo, a expressão ‘essa aluna’
não admite artigo. Observe com o método: ‘Gostei
DESSA aluna’. Não ocorre artigo. Por falta de artigo,
não há crase.)

As terras foram destinadas a cada família afetada.


(O verbo ‘destinadas’, no particípio, exige preposição
‘a’. Contudo, a expressão ‘cada família afetada’ não
admite artigo. Observe com o método: ‘Gostei DE
cada família afetada’. Não ocorre artigo. Por falta de
artigo, não há crase.)

Ele chegou a realizar o pagamento. (Formando


expressão verbal, o verbo chegar exige a preposição
‘a’. Contudo, a expressão que se segue é ‘realizar o
pagamento’. Não se trata, nesse caso, de expressão
feminina.

Graças a Deus! (Deus é uma palavra masculina. Não


se emprega artigo feminino antes de substantivo
masculino. Por esse motivo, a crase é inviável.)

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Atribuíram uma boa nota a toda turma inscrita.


(‘Atribuir’ é um vtdi que exige preposição ‘a’; porém,
a expressão ‘toda turma inscrita’ não aceita artigo.
Observe com o método: Gostei DE toda turma.)
Observe, ainda, a seguinte sequência de frases,
aplicando-se o método do ‘gostei’.

Fomos contrários à opinião dos jovens. (Quem é


contrário, é contrário a algo. “Gostei da opinião dos
jovens”. Além da preposição exigida, ocorre artigo. O
resultado é CRASE!)

Fomos contrários a essa opinião dos jovens. (Quem é


contrário, é contrário a algo. “Gostei dessa opinião
dos jovens’. Não ocorre artigo. Sem artigo, não há
crase.)

Fomos contrários a qualquer opinião dos jovens.


(Quem é contrário, é contrário a algo. “Gostei de
qualquer opinião dos jovens. Não ocorre artigo. Sem
artigo, não há crase.)

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Fomos contrários a toda opinião dos jovens. (Quem é


contrário, é contrário a algo. “Gostei de toda opinião
dos jovens. Não ocorre artigo. Sem artigo, não há
crase.)

Fomos contrários à péssima opinião dos jovens. (Quem


é contrário, é contrário a algo. “Gostei da péssima
opinião dos jovens. Além da preposição exigida, ocorre
artigo. O resultado é CRASE.)

Fomos contrários a nenhuma opinião dos jovens.


(Quem é contrário, é contrário a algo. “Gostei de
nenhuma opinião dos jovens. Não ocorre artigo. Sem
artigo, não há crase.)

Fomos contrários a uma opinião dos jovens. (Quem é


contrário, é contrário a algo. “Gostei de uma opinião
dos jovens. Não ocorre artigo. Sem artigo, não há
crase.)

Fomos contrários a alguma opinião dos jovens. (Quem


é contrário, é contrário a algo. “Gostei de alguma
opinião dos jovens. Não ocorre artigo. Sem artigo, não
há crase.)

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Fomos contrários a cada opinião. (Quem é contrário,


é contrário a algo. “Gostei de cada opinião dos
jovens. Não ocorre artigo. Sem artigo, não há crase.)

Fomos contrários à mesma opinião dos jovens.


(Quem é contrário, é contrário a algo. Além da
preposição exigida, ocorre artigo. O resultado é
CRASE!)

Fomos contrários a opiniões dos jovens. (Quem é


contrário, é contrário a algo. A palavra ‘opiniões’ está
no plural. O que fazer? E agora? Calma. A partir do
próximo tópico falaremos de casos específicos a
respeito de crase. Para começar, palavras no plural!)

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9. O estudo do Que, dos conectivos e do


período composto

A classe gramatical do QUE é muito cobrada. Além


disso, é necessário demais que vocês saibam
reconhecer as funções sintáticas do que, quando ele é
um pro- nome relativo.

Eu costumo recomendar aos meus alunos que não


decorem conteúdos gramaticais, e sim que entendam
o contexto, a realidade textual em que os vocábulos
estão inseridos.

No entanto, existem duas classes gramaticais que não


exercem função sintática, pois servem apenas para
ligar elementos. Tais palavras são chamadas de
conectores, na Língua Portuguesa. Como o próprio
nome já diz, os conectores servem exclusivamente
para atar ou vincular elementos, eles não exercem as
variadas funções sintáticas (sujeito ou complemento),
simplesmente subordinam um termo ou uma oração
a outro termo.

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Devido a essa falta de função sintática, os conectores


não possuem a capacidade de alterar a sua classe
gramatical de frase a frase, porque essa alteração
decorre do poder que uma palavra tem de exercer
várias funções sintáticas diferentes, dependendo, é
claro, do contexto.

9. Vírgula e os sinais de pontuação

Pontuação cai muito porque todo mundo erra! Já


pararam pensar nisso? Nós sempre tivemos dúvidas
em vírgula. Sempre ficamos inseguros ao usá-la. Nós
não sabemos usar com segurança o ponto-e-vírgula.
Concordam? E o travessão? Ah... o travessão. Eu
aprendi que o travessão servia para introduzir um
diálogo, apenas. Hoje, em provas, vemos o travessão
sendo empregado para isolar ou intercalar diversos
elementos sintáticos. Pois é, as regras de pontuação
precisam ser dominadas por nós.

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Como cai?

A banca gosta de perguntar a razão por que a


vírgula foi empregada.

A banca gosta de propor trocas de sinais de


pontuação.

A banca gosta de propor inserção ou retiradas


de vírgulas.

A banca gosta de que saibamos o bom e o mau


uso da vírgula.

Vírgula não tem nada a ver (o correto é ‘a ver’, e


não ‘haver) com o seu sistema respiratório! Esquece
isso, família do meu coração. Para se pensar em
vírgula em provas de concursos, é preciso estar
atento à sintaxe, à semântica e à estilística.

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A principal regra de vírgula proibida deve ser levada


como lei (ou como um mandamento) para a prova:
“Não se usa vírgula isolada separando os itens do
SVC”. Ou seja, não se separa por vírgula o sujeito do
verbo, o verbo dos complementos e o núcleo de seus
adjuntos adnominais, mesmo que haja uma leve
pausa entre a pronúncia de tais elementos.

Fato importante a se observar é que tal proibição


também se aplica à relação entre Oração Principal e
Oração Subordinada, visto que esta é apenas uma
espécie de termo que exerce função naquela; logo,
também não poderá ser isolada por vírgula. “Ele
disse, que estava muito calor”. (A vírgula está
empregada erroneamente, entre o verbo e o seu
complemento.).

Observe a frase: “No último domingo, diversas


manifestações ocorreram pelo Brasil. ” A vírgula,
nesse caso, trabalha como elemento de preservação
da ordem direta, visto que isola elemento que
“desrespeita a ordem direta”. O termo “No último
domingo” foge à sua posição natural e aparece
deslocado.

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Para que o SVC fosse empregado de forma plena, a


oração começaria com o sujeito “diversas
manifestações”. Todavia, o elemento que inicia o
texto é o adjunto adverbial (que expressa
circunstância de tempo), isto é, ele não se encontra
na sua posição natural (em relação à ordem direta):
o final da oração. O isolamento dos adjuntos
adverbiais por vírgula pode ser facultativo ou
obrigatório, a depender da quantidade de palavras
que existem em seu interior. Com uma ou duas
palavras, a vírgula é opcional. Com mais de duas
palavras, a vírgula se faz obrigatória.

Dentro do aspecto sintático, as vírgulas também


separam itens de uma enumeração (elementos
coordenados). Costumo dizer aos alunos que essa
vírgula é a que ninguém erra. Exemplo: O acordo foi
assinado por Portugal, Brasil, Moçambique, Angola.
Note que a enumeração deve ser isolada por vírgula
e não há ninguém com bom senso no mundo que
imagine tais elementos sem a presença de vírgulas.

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Há também situações textuais em que a vírgula pode


ser substituída por outros sinais de pontuação, a
saber: travessões, dois-pontos, parênteses, ponto-e-
vírgula. É-se sugerido que o produtor do texto
diversifique o uso desses sinais; com isso, convencerá
a banca de que domina os mais variados recursos
linguísticos de pontuação.

Não se esqueçam de isolar com vírgula (ou travessão)


elementos explicativos: isto é, ou seja, por exemplo,
apostos explicativos (Brasil, o país do futebol, vem
passando por dificuldades.), adjetivos explicativos,
orações adjetivas explicativas (Todos aplaudiram o
discurso, que convenceu os presentes). Bem
como isolar com vírgula conjunções conclusivas e
adversativas: logo, portanto, então, pois, porém, no
entanto, entretanto, contudo, todavia. Tal uso,
segundo os gramáticos é facultativo quando as
conjunções iniciam suas orações e obrigatório quando
elas estão deslocadas.

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Um texto bem pontuado permite ao leitor


(examinador) uma leitura cadenciada. Embora ela
não tenha a ver com a respiração, lê-se melhor um
texto com os sinais de pontuação bem empregados.
Já experimentou ler um texto sem pontuação? É algo
caótico, falta ar. Quanto mais o candidato treinar
(lendo ou escrevendo), melhor saberá pontuar o seu
texto.

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10. Questões de Reescritura – Revisão geral

Fazer questões de reescritura garantirá a todos uma


plena revisão do conteúdo estudado, visto que, para
encontrar incorreções gramaticais, o candidato
precisa estar afiado na Gramática de modo completo.
Além disso, o aspecto semântico de uma
interpretação bem feita não será problema na hora de
comparar os sentidos dos dois textos

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11. Para finalizar, Resumir essa história...

Meu objetivo com este “material” foi produzir de


maneira rápida e objetiva um guia de estudos acerca
dos tópicos gramaticais cobrados em prova. Não se
esqueça de que, sem conteúdo teórico, não se faz
uma questão sequer. Da mesma forma, sem resolver
questões você não saberá o que fazer com tanta
teoria. Portanto, busque um equilíbrio entre as duas
frentes. Estude.

Faça um curso completo.

Encha-se de conteúdo relevante em provas. Depois


de cada aprendizado, ponha-o em prática por meio
da resolução de questões. Invista em um bom site
que reúne questões atualizadas. Pratique. Baixe
questões. Faça simulado. Seja um viciado em praticar
o que você aprende. Tenho total convicção de que
este é o caminho do sucesso na vida, em qualquer
âmbito, inclusive em provas de concursos públicos.

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12. Sobre o estudo de Língua Portuguesa


para Concursos
Não há ser humano que possa dizer: “Sei tudo sobre
língua portuguesa!” Mas todos podem estudar com
competência para concursos o que está presente no
edital e fazer uma excelente prova, alcançando,
assim, a aprovação.

Primeiro, é preciso paciência e controle da ansiedade.


Saber que existe um passo a passo a ser seguido e
respeitá-lo é fundamental, e esse passo a passo nem
sempre corresponderá à ordem presente nos itens
um edital. Por exemplo, eu recomendo que a
primeira matéria a ser estudada deva ser classe
gramatical. Ela nos fornece base para quebrar
alguns paradigmas escolares equivocados e para
entender o restante do curso.

Estude todas as classes gramaticais (com exceção do


verbo, verbo não é um assunto introdutório!).
Depois, parta para o estudo do sujeito
(reconhecimento, tipos e relações de concordância).
Após isso, o seu assunto será transitividade/
regência verbal. Esses três passos lhe garantirão
entender classes gramaticais e o domínio da
estrutura SVC. O que já representa muuuuita coisa.

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Nunca se esqueça de que você está estudando para


concorrer com pessoas por meio de uma prova, ou
seja, a resolução de milhares de questões é a única
maneira de se preparar de verdade para o dia da
prova. Só assim você entenderá a mente do
examinador, o que é a sua grande intenção e o seu
maior desafio. Faça questões preferencialmente da
banca que organizará o seu concurso, e questões
atuais, por favor.

Escolha o melhor estímulo de captação de conteúdo,


aquele que é compatível com o seu perfil: PDF, livro,
videoaula, aula presencial… Independentemente de
sua escolha, saiba que sem resolução questões você
não saíra do lugar! Eu recomendo que você escolha
mais de um estímulo, por exemplo, videoaula + PDF
ou presencial + livro.

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Nunca deixe de perguntar a um professor quais são


os assuntos preferidos de cada banca e nunca deixe
de lado a prática de questões de interpretação de
texto, ela é um dos assuntos mais cobrados em
qualquer prova.
Tenho certeza de que todos poderão mandar muito
bem na prova, desde que saibam estudar, respeitem
seus limites e se desafiem o tempo todo.

A VAGA NA SEDF É SUA! CONTE COMIGO!

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