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No meio das várias mudanças trazidas pela novidade legislativa, muitas de índole
exclusivamente formal, muitas outras tantas com significativo impacto substancial, pode-se apontar
significativos impactos no direito do trabalho e no direito processual do trabalho.
Tendo em vista a redação do art. 6º, § 4º, da Lei nº 11.101/2005, que fala sobre a
recuperação judicial, na qual diz que a suspensão jamais poderia ultrapassar 180 dias contados do
deferimento do processamento da recuperação na qual, se ultrapassar o prazo descrito, os credores
a partir daí já poderão seguir nas suas execuções individualmente. Porém, segundo a jurisprudência
do STJ foi relativizando esse prazo de 180 dias, com o fim de considerar e facilitar a recuperação da
empresa. Com isso, a posição da suprema corte, diz que apesar de ter ultrapassado o prazo, não
mais caberia o prosseguimento automático das execuções individuais, tanto a qualquer ato de
constrição do patrimônio da empresa que está sendo recuperada e com isso só poderia ser feito pelo
Juízo universal.
Além disso, porém não está claro no texto legal, é intuitivo que, nos 30 dias
subsequentes ao término do prazo, as execuções ainda não podem ser retomadas de logo, pois, caso
os credores mostrarem o plano novo, continuará a não possibilidade da prática de atos de constrição
pelos juízes das execuções. Desta forma, não teria sentido que se praticassem alguns atos de
constrição nesse intervalo de 30 dias para que depois existissem nova suspensão e aqueles mesmos
atos constritivos não pudessem mais gerar efeitos, e então, depois daí decorre a suspensão das
execuções trabalhistas
REFERÊNCIAS:
BÁRIL, Daniel. Especialista analisa vetos de Bolsonaro à nova lei de falências. Migalhas,
07 out. 2021.
BAYMA, Felipe.As principais alterações apresentadas pela nova Lei de Falências. Conjur,
07 out. 2021.