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1.FUNDAMENTO DA RESPONSABILIDADE
2.HISTÓRICO/EVOLUÇÃO
5.RESPONSABILIDADE OBJETIVA 1
CONDUTA
DANO
NEXO DE
CAUSALIDADE
A) CONDUTA: A conduta deve ser de determinado agente público que atue nesta
qualidade ou, ao menos, se aproveitando da qualidade de agente para causar o dano.
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Culpa In Eligendo: é a culpa na escolha. Isto é, a escolha de algo ou alguém é realizada sem as cautelas
necessárias, surgindo responsabilidade para aquele incumbido de escolher.
Culpa in vigilando: ocorre quando há falta de cautela na supervisão de algo ou de alguém.
ATENÇÃO: Entendimento majoritário da doutrina é que a conduta que enseja a
responsabilidade objetiva do ente público é a conduta comissiva.
Agente público abarca todos aqueles que atuam em nome do Estado, ainda que
temporariamente e sem remuneração, seja a qualquer título, com cargo, emprego,
mandato ou função.
B) DANO:
C) NEXO DE CAUSALIDADE:
ATENÇÃO! O Estado responderá ainda que haja uma situação de caso fortuito,
bastando a comprovação de que este fortuito só foi possível em virtude da custódia do
ente estatal. Tal situação é o que a doutrina designa FORTUITO INTERNO (OU CASO
FORTUITO).
7. INDENIZAÇÃO
C) SACRIFÍCIO DE DIREITO: Base legal - art. 5º, XXIV e XXV da CF. DL 3365/41, entre
outros. (EX: DESAPROPRIAÇÃO E REQUISIÇÃO)
Desta forma, a doutrina que aponta caso fortuito, força maior e culpa exclusiva da
vítima, como únicas hipóteses de excludentes de responsabilidade, está totalmente
equivocada.
ATENÇÃO! Nas situações em que não se pode atribuir exclusivamente à vítima o dano
causado, verificando-se a culpa concorrente entre a vítima e o ente público, haverá
redução do valor indenizatório a ser pago pelo Estado.
5 ANOS: Jurisprudência e doutrina que defendem essa posição explicam que, o CC/02
é lei geral e lei geral não revoga lei especial.
Há duas possibilidades.
Executada pelo próprio Estado, a responsabilidade é objetiva, uma vez que a conduta
do agente público está ensejando um dano ao particular.
B) PELOS SIMPLES FATO DA OBRA: O simples fato de a obra existir poderá vir a causar
um dano ao particular. Nestes casos é irrelevante saber quem está executando a obra.
Ocorrendo o prejuízo, ter-se-á a responsabilidade objetiva do Estado.
Art. 5° LXXV, CF/88: LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim
como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
CAIU ASSIM: Pedro foi preso preventivamente, por meio de decisão judicial
devidamente fundamentada, mas depois absolvido por se entender que ele não
tivera nem poderia ter nenhuma participação no evento. No entanto, por causa da
prisão cautelar, Pedro sofreu prejuízo econômico e moral. Nessa situação, conforme
entendimento recente do STF, poderão ser indenizáveis os danos moral e material
sofridos. (CERTO) (COMO ELE FOI ABSOLVIDO, TRATA-SE DE ERRO JUDICIÁRIO)
14. OMISSÃO DO ESTADO
CONDUTA
DANO
NEXO CAUSAL
CULPA/DOLO
“(...) não ser correto dizer, sempre, que toda hipótese de dano proveniente de
omissão estatal será encarada, inevitavelmente, pelo ângulo subjetivo. Assim
o será quando se tratar de omissão genérica. Não quando houver OMISSÃO
ESPECÍFICA, pois aí há dever individualizado de agir".
Isso não significa, todavia, que o STF aplique indistintamente tal modalidade de
responsabilização a todo e qualquer dano advindo da omissão da Administração. Pelo
contrário, entende o Excelso Pretório pela aplicação da responsabilidade subjetiva por
omissão, com base na culpa anônima, nos casos em que há um dever genérico de agir
e o serviço não funciona, funciona mal ou funciona tardiamente (omissão genérica).
O Estado possui responsabilidade civil direta e primária pelos danos que tabeliães e
oficiais de registro, no exercício de serviço público por delegação, causem a terceiros.
O Estado tem responsabilidade civil objetiva para reparar danos causados a terceiros
por tabeliães e oficiais de registro no exercício de suas funções cartoriais. Por maioria
de votos, o colegiado negou provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 842846, com
repercussão geral reconhecida, e assentou ainda que o Estado deve ajuizar ação de
regresso contra o responsável pelo dano, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de
improbidade administrativa.
Nesta ação de regresso, o Estado, para ser indenizado, deverá comprovar que o
tabelião ou registrador agiu com dolo ou culpa? SIM.
SÚMULAS DO STF
Súmula Vinculante n.17: Durante o período previsto no parágrafo III do artigo 100 da
Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos.
SÚMULAS DO STJ
Súmula n.7: A Pretensão De Simples Reexame De Prova Não Enseja Recurso Especial.
Súmula n. 37: São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral
oriundos do mesmo fato.
Súmula n, 186: Nas indenizações por ato ilícito, os juros compostos somente são
devidos por aquele que praticou o crime.
Súmula n, 387: É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.
Súmula n, 406: A Fazenda Pública pode recusar a substituição do bem penhorado por
precatório.
JURISPRUDÊNCIAS:
Em caso de inobservância do seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, XLIX,
da CF, o Estado é responsável pela morte de detento. Essa a conclusão do Plenário,
que desproveu recurso extraordinário em que discutida a responsabilidade civil
objetiva do Estado por morte de preso em estabelecimento penitenciário. No caso, o
falecimento ocorrera por asfixia mecânica, e o Estado-Membro alegava que, havendo
indícios de suicídio, não seria possível impor-lhe o dever absoluto de guarda da
integridade física de pessoa sob sua custódia. O Colegiado asseverou que a
responsabilidade civil estatal, SEGUNDO A CF/1988, EM SEU ART. 37, § 6º, SUBSUME-
SE À TEORIA DO RISCO ADMINISTRATVO (REPONSABILIDADE OBJETIVA), TANTO
PARA AS CONDUTAS ESTATAIS COMISSIVAS QUANTO PARAS AS OMISSIVAS, UMA
VEZ REJEITADA A TEORIA DO RISCO INTEGRAL. Assim, a OMISSÃO DO ESTADO
reclama nexo de causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nas hipóteses
em que o Poder Público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de agir para
impedir o resultado danoso. Além disso, é dever do Estado e direito subjetivo do
preso a execução da pena de forma humanizada, garantindo-se lhe os direitos
fundamentais, e o de ter preservada a sua incolumidade física e moral. Esse dever
constitucional de proteção ao detento somente se considera violado quando possível a
atuação estatal no sentido de garantir os seus direitos fundamentais, pressuposto
inafastável para a configuração da responsabilidade civil objetiva estatal. Por essa
razão, NAS SITUAÇÕES EM QUE NÃO SEJA POSSÍVEL AO ESTADO AGIR PARA EVITAR A
MORTE DO DETENTO (QUE OCORRERIA MESMO QUE O PRESO ESTIVESSE EM
LIBERDADE), ROMPE-SE O NEXO DE CAUSALIDADE. AFASTA-SE, ASSIM, A
RESPONSABILIDADE DO PODER PÚBLICO, SOB PENA DE ADOTAR-SE A TEORIA DO
RISCO INTEGRAL, AO ARREPIO DO TEXTO CONSTITUCIONAL. A morte do detento
pode ocorrer por várias causas, como homicídio, suicídio, acidente ou morte natural,
não sendo sempre possível ao Estado evitá-la, por mais que adote as precauções
exigíveis. Portanto, A RESPONSABILIDADE CIVIL ESTATAL FICA EXCLUÍDA NAS
HIPÓTESES EM QUE O PODER PÚBLICO COMPROVA CAUSA IMPEDITIVA DA SUA
ATUAÇÃO PROTETIVA DO DETENTO, ROMPENDO O NEXO DE CAUSALIDADE DA SUA
OMISSÃO COM O RESULTADO DANOSO. Na espécie, entretanto, o tribunal "a quo"
não assentara haver causa capaz de romper o nexo de causalidade da omissão do
Estado-Membro com o óbito. Correta, portanto, a decisão impositiva de
responsabilidade civil estatal. RE 841526/RS, rei. Min. Luiz Fux, 30.3.2016. (RE-841526)